Jornada sobre Variación geolectal y terminología

Transcripción

Jornada sobre Variación geolectal y terminología
català
Présentation
Règlement
Membres
Español
français
galego
italiano
Português
română
▸ Realiter ▸ Réunions et journées
JORNADA SOBRE "VARIACIÓ GEOLECTAL I
TERMINOLOGIA"
Activités
Réunions et journées
24 de Novembre de 2004
Auditori de la Universitat Pompeu Fabra
La Ramble 30-32 - BARCELONA
Documents fondamentaux
Lexiques Realiter
Téléchargements
Inventaire des producteurs de
terminologie
7e Journée scientifique
Realiter 2011
1ère journée technologique
Realiter 2011
Duas questões em discussão : o que são brasileirismos nos dicionários de Língua
Portuguesa ? Existem brasileirismos terminológicos ? (Enilde Faulstich)
Pour le français : réflexions et pratiques sur la variation topolectale en terminologie
(Tina Célestin)
Neologia terminológica e variação geolectal (português europeu, português brasileiro e
francês hexagonal) : um projecto de cooperação / Néologie terminologique et variation
géolectale (portugais européen, portugais brésilien et français hexagonal) : un projet
Realiter bénéficie du
de coopération (Ieda Maria Alves ‐ Isabel Desmet)
soutien de la Délégation
générale à la langue
La selecció de variants dialectals en terminologia (Rosa Colomer y Jordi Bover)
française et aux langues de
France (DGLFLF)
Les aportacions perifèriques en terminologia catalana : una qüestió oberta (Xavier Rull)
Unidad en la variación : la terminología del español y las marcas diatópicas (Joaquín
García Palacios)
Variation géolectale et terminologie en Roumanie et en République de Moldavie (Ioana
Vintilă‐Rădulescu)
Antenas Neológicas : la neología y el estudio de las variantes gelolectales del español
(Judit Freixa)
Conferència final del professor Bernard Quemada, fundador de REALITER : La
terminologie partagée et la promotion des langues romanes. Regards sur la genèse de
Realiter
Comitè científic
Louis‐Jean Rousseau
Ieda Alves
M. Teresa Cabré
Secrétariat de Realiter
Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine
131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE
Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39
[email protected]
Generated by www.PDFonFly.com at 5/11/2011 7:47:15 AM
URL: http://www.realiter.net/spip.php?article207
català
Présentation
Règlement
Membres
Activités
Réunions et journées
Realiter
Español
français
galego
italiano
Português
română
Réunions et journées
DUAS QUESTÕES EM DISCUSSÃO : O QUE SÃO
BRASILEIRISMOS NOS DICIONÁRIOS DE LÍNGUA
PORTUGUESA ? EXISTEM BRASILEIRISMOS
TERMINOLÓGICOS ?
Documents fondamentaux
Enilde Faulstich
Lexiques Realiter
1. Ponto de vista geral
Téléchargements
Estudar brasileirismos na Língua do Brasil é penetrar em um universo de ambigüidades conceituais em
que se misturam pontos de vista bastante diferenciados, no que diz respeito à formação de tais
expressões. Para fins de compreensão do ponto de vista crítico, que apresentaremos mais adiante,
serão expostos, de maneira sucinta, pontos de vista que procuraram definir brasileirismos na língua
portuguesa.
Inventaire des producteurs de
terminologie
7e Journée scientifique
Realiter 2011
1ère journée technologique
Realiter 2011
Realiter bénéficie du
soutien de la Délégation
générale à la langue
française et aux langues de
France (DGLFLF)
Para João Ribeiro (1889), citado por Pinto [1]. Rio de Janeiro : Livros Técnicos e Científicos ; São
Paulo : EDUSP, 1978.], “brasileirismo é a expressão que damos a toda casta de divergências notadas
entre a linguagem portuguesa vernácula e a falada geralmente no Brasil.” (p. 333). No excerto de
Ribeiro, brasileirismo é enfocado primordialmente sob o ponto de vista da língua oral. Anos mais
tarde, já em 1905, o mesmo autor amplia a perspectiva de definição de brasileirismo quando diz que
“os colonos trouxeram no século XVI as mesmas qualidades e a mesma linguagem idiomática dos
precursores da época clássica ; muitos dos chamados brasileirismos de expressão, e até de prosódia,
acham-se em perfeita concordância com certas peculiaridades dos séculos XIV e XV...” (p. 352).
Nesta nova classificação, Ribeiro inclui os brasileirismos lexicais, quando se refere ao plano da
expressão.
Carneiro Ribeiro, em 1890, declarara que “brasileirismos são vocábulos ou locuções da língua
portuguesa falada pelos brasileiros, ou modos de dizer especiais do idioma luso-brasileiro.” Para esse
autor, os brasileirismos ou são léxicos ou são sintáticos, assim “os primeiros respeitam às palavras, já
consideradas em seus elementos fônicos, já em sua própria forma ; os segundos dizem respeito à
frase, ao tecido mesmo do discurso.” Carneiro Ribeiro reconhece nos brasileirismos não só os
elementos claramente por ele referenciados, mas, ainda, a diversidade fonética nacional, em relação
ao falar ibérico.
Em artigo de 1958, Rodrigues informa que “nesta contribuição apresentamos justamente uma série
de brasileirismos de origem ameríndia com étimos documentados” [2]. E complementa :
“consideramos documentado um étimo, quando ocorre um dos seguintes fatos :
a) são atestados na língua indígena a mesma forma e o mesmo sentido do brasileirismo
em questão ou forma e sentido ligeiramente diferenciados ; b) o brasileirismo provém
evidentemente de um composto, cujos componentes são atestados na língua indígena
(o composto só é considerado evidente, quando ele se explica pelos padrões de
composição da língua indígena e apresenta sentido condizente com o de
brasileirismo).” N a c o n t i n u i d a d e d e s e u t e x t o , R o d r i g u e s i n f o r m a q u e s e r ã o
consideradas apenas palavras provenientes do tupinambá, pois é do “tupinambá que
procede maior quantidade de brasileirismos”. Das palavras do autor podemos concluir
que os brasileirismos por ele estudados são provenientes de “étimos tupinambás.” (p.
6)
Melo (1972) concebe que há somente um tipo de brasileirismo, o de natureza semântica, ao afirmar
q u e “entende por brasileirismos de significação as muitíssimas palavras portuguesas que, sem
perderem o antigo, adquiriram nesta banda do Atlântico novo ou novos significados.” [3] E
completa : “Trata-se de um crescimento semântico da palavra, um enriquecimento por dentro, com
economia de vocábulos.”
Para Silva Neto (1979), o “qualificativo de brasileirismo só se deve aplicar a palavras de uso
exclusivamente regional. Para nomes de árvores, animais e palavras de uso geral [...] é preciso usar o
qualificativo de português do Brasil.” [4] Silva Neto percebe brasileirismo somente no plano lexical
da língua, tanto na variação horizontal, a geográfica, quanto na variedade vertical, que organiza os
quadros taxonômicos do conhecimento humano.
No seu artigo Brasileirismo, Afrânio Peixoto [5] diz que « decidiu a Academia Brasileira considerar
como tais [brasileirismos] as palavras de uso nacional, estranhas ao hábito lusitano, umas de origem
regional, outras de gíria das capitais, quando todavia autorizadas ou abonadas por um escritor. O seu
dicionário [da Academia] deverá recolher todos estes vocábulos e expressões - nossa colaboração à
língua comum - com essas respectivas abonações. » Peixoto aponta a questão internamente, porém
informa que somente é brasileirismo a expressão escrita que tiver testemunho de autoridade.
Ao tratar das questões do Modernismo e da língua portuguesa no Brasil, Lessa (1976) equivale
brasileirismos a termos populares. No caso, termos populares são “termos e expressões que
habitualmente só empregamos no linguajar descuidado, os quais sentimos pertencerem,
caracteristicamente, à linguagem corrente.” E mais : “termos e expressões que, no consenso
unânime dos que falamos o português do Brasil, são próprios da língua falada, coloquial ou
plebéia.” [6] Lessa interpreta os brasileirismos sob o sentimento de que tais termos e expressões só
são usados no plano da língua oral. Deixa ainda a forte impressão de que o brasileirismo pertence a
um nível de língua abaixo do que seja o “padrão”, o que cria uma certa contradição com outra
declaração do mesmo autor, quando diz que os brasileirismos pertencem caracteristicamente à
linguagem corrente.
Para Maria Tereza C. Biderman (1998), apud Pires de Oliveira [7], 1999:95, brasileirismo é "qualquer
fato lingüístico (palavra, expressão ou seu sentido) próprio de uma ou de outra variedade regional
do português do Brasil, com exceção da variedade usada no eixo Rio - São Paulo, que se considera
como o português brasileiro padrão, isto é, a variedade de referência, e com exclusão também das
variedades usadas em outros territórios lusófonos". Biderman se serve de dois critérios para
remarcar brasileirismos, quais sejam, um critério social, com ênfase a um “português brasileiro
padrão” e outro sócio-geográfico, ao excluir os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo do mapa em
que é possível criar brasileirismos.
http://www.realiter.net/spip.php?article209
Page 1 / 5
Como demonstrado, as definições correntes de brasileirismo relacionam essas unidades lexicais a
fontes etimológicas difusas – indígenas, linguagem portuguesa vernácula e a falada geralmente no
Brasil, vocábulos ou locuções da língua portuguesa falada pelos brasileiros, palavras portuguesas que
adquiriram novo ou novos significados no Brasil, palavras de uso exclusivamente regional,
brasileirismos de origem ameríndia, termos e expressões que habitualmente só empregamos no
linguajar descuidado -, entre outros pontos de vista que deixamos de apresentar aqui porque, de
uma forma ou de outra, a conceituação se situa na mesma esfera.
A contradição que encontramos no fundo da questão é que grande número de brasileirismos é
etiquetado, na lexicografia tradicional, com marcas de uso que os tipificam como pertencentes a
linguagens de especialidade. Porém, nenhum autor separa os brasileirismos por tipo, de acordo com
o discurso a que serve, se ao uso comum, se ao uso especializado. Mediante o exposto, nosso ponto
de vista é o de que, para classificar brasileirismo como entidade pertencente à lexicologia da língua
ou como entidade pertencente às terminologias científicas ou técnicas, será preciso, em primeiro
lugar, compreender o processo lingüístico em que se formaram e o universo extralingüístico em que
foram criados ; em seguida, investigar se as questões relativas ao conceito são idênticas às de
significado etimológico. Depois disso, será possível responder se existem ou não brasileirismos
terminológicos.
Para esse fim, apresentaremos aqui, em breves palavras, uma discussão em torno de brasileirismo,
que considere : i) uma definição boa de brasileirismo diante de outras para as quais temos críticas ;
ii) as marcas de uso que dão ao brasileirismo o estatus de brasileirismo terminológico ; iii) a
abrangência dos brasileirismos no universo lexicológico e terminológico, com base na formação
(lingüística) dessas unidades ; iv) a criação (extralingüística) ; v) conceito de brasileirismo X
significado etimológico. E finalmente dizer o que é brasileirismo terminológico.
Para análise de dados, servimo-nos do Novo Dicionário Aurélio – Século XXI (NDA) [8], cuja obra
fornece 25 273 brasileirismos e apresenta como vantagem a pesquisa reversa, o que nos possibilita
extrair do corpo geral da obra exclusivamente os brasileirismos com marca Bras. Esse método nos dá
confiabilidade como recurso para a análise.
Vale observar que o conceito de brasileirismo no NDA diverge dos conceitos dos autores
supramencionados, no sentido de que este dicionário não estabelece uma correlação a priori entre
brasileirismo e variação vertical. Ao contrário, para o NDA, brasileirismo é um conceito genérico e
meramente geográfico, a tal ponto que as distinções entre brasileirismo de significação de Melo,
brasileirismo e português do Brasil de Silva Neto ficam neutralizadas. Por outro lado, o NDA registra
uma grande quantidade de brasileirismos com marcas de especialidade, transformando um conceito
genérico em específico, sem fazer menção disso em qualquer parte da obra. Observemos a presença
ou a ausência desses princípios nas 5 definições para brasileirismo que o NDA apresenta : 1. E. Ling.
(na área de estudos da linguagem) Palavra ou locução própria de brasileiro (2). 2. E. Ling. (idem)
Modismo próprio da linguagem dos brasileiros. 3. E. Ling. (idem) Idiotismo do português do Brasil. 4.
Bras. (brasileirismo) Caráter distintivo do brasileiro e/ou do Brasil. 5. Bras. (brasileirismo) Sentimento
de amor ao Brasil ; brasilidade. Em resumo, no NDA são rotulados brasileirismos, fatos de ordem
etimológica e fatos de ordem pragmática, combinados com outros usos, de tal forma que, por vezes,
as marcas se acumulam numa mesma entrada, como nos exemplos seguintes :
Caderneta de poupança. Bras. Econ.
1. Conta bancária na qual são creditados periodicamente juros e correção monetária ; conta de
poupança.
2. O certificado correspondente a tal conta (antigamente, uma caderneta). [Tb. se diz apenas
poupança.] Comentário : caderneta de poupança é uma unidade complexa com duas marcas ; uma
indica a origem brasileirismo e a outra indica a área de especialidade economia. Estas duas marcas
servem às duas definições subseqüentes à entrada.
fábula
8. Bras. Quantia ou importância muito elevada ; grande soma de dinheiro. [Tb. se diz, nesta acepç.,
fábulas, mas sem artigo.] [Dim. irreg. : fabela. Cf. fabula, do v. fabular. ] Comentário : somente a
acepção 8, do verbete fábula, é um brasileirismo, de natureza semântica, conceitual, porque marca
só uma definição, entre as várias que compõem o verbete ; não é um brasileirismo terminológico,
pois não apresenta qualquer marca de área de especialidade, e, de fato, é uma forma de uso
corrente, popular, na língua.
farinha
3. Bras. PA MG SP MT Bot. Pequena árvore da família das leguminosas (Dimorphandra mollis), de casca
grossa, flores pequenas, amarelas, dispostas em espigas protegidas por brácteas, e cujo fruto é
vagem carnosa e achatada, com sementes cilíndricas, sendo a polpa rica em rutina ; barbatimão-defolha-miúda, barbatimão-falso, faveiro-do-cerrado. Comentário : farinha, na acepção 3, é um
brasileirismo, com seguidas marcas geográficas que indicam o uso em estados brasileiros, a saber, no
Pará, em Minas Gerais, em São Paulo, em Mato Grosso e, ao final, a marca de especialidade indica
ser da área de botânica.
Em continuidade, gostaríamos de remarcar que a falta de precisão no entendimento de brasileirismo
nos levou a reconsiderar o emprego dessa expressão, em relação aos fatos lingüísticos que refere.
Entendemos que, no âmbito do léxico e, particularmente, da lexicografia, deve ser feita a distinção
entre a etimologia e o emprego de uma palavra ou acepção. O uso de uma palavra, especificamente
no Brasil, não é o critério unicamente válido para fixar o conceito de brasileirismo, porque, por
exemplo, uma dada palavra pode ser de uso corrente no Brasil e já ser considerada um arcaísmo em
Portugal, ou uma palavra pode ser usada no Brasil mas a origem é estrangeira. Da mesma forma, a
etimologia por si só não é o critério mais preciso, mas, sim, a etimologia combinada com a criação, a
formação e a significação da palavra em causa.
Assim, na tentativa de criar um novo conceito que circunscrevesse brasileirismo no âmbito
geográfico de formação e de criação, Faulstich e Strehler, em 1998, [9] elaboraram a seguinte
definição : Brasileirismos são palavras, locuções e outras estruturas sintagmáticas criadas e
formadas no Brasil, com base em formantes já existentes no vernáculo, abandonando-se o ponto de
vista de que adstratos e substratos são brasileirismos porque fazem parte do uso brasileiro do
português.
1. 2. Existem brasileirismos terminológicos ?
As reflexões apresentadas até agora servem para tipificar brasileirismos na língua comum. Feito isso,
a posição que assumimos, a partir de então, é a de perquirir se existem brasileirismos
terminológicos, pois os dados analisados nos permitem constatar que há uma certa quantidade de
brasileirismos cujo quadro conceitual é mais de natureza terminológica do que de língua comum. Por
outro lado, o quadro conceitual em que se inserem os ‘brasileirismos terminológicos’ demonstra que
essa categoria não se enquadra em qualquer definição existente acerca de brasileirismo da língua
comum. Para isso, elaboramos alguns critérios que subsidiam uma resposta à questão.
Os critérios surgiram da análise dos dados, constantes do NDA, em decorrência dos seguintes
procedimentos metodológicos :
1) lemos todas as entradas que, no NDA, apresentam a rubrica Bras. (brasileirismo), num
http://www.realiter.net/spip.php?article209
Page 2 / 5
total de 25 273 ;
2) selecionamos brasileirismos
que contêm marcas de áreas de especialidade ;
que aparecem com a indicação de origem latina, ou que não
apresentem nenhuma informação sobre a origem, mas que são palavras
vernaculares, pois buscamos saber a origem ;
que aparecem com a marca Bras. acompanhada de marca regional e
de marca de especialidade ;
que aparecem com a marca Bras. seguida de outras marcas, como
Pop (popular), Fig. (figurado), Fam. (familiar), Chulo, Gír (gíria) e Irôn.
(irônico), desde que apresentem também marca de área de
especialidade.
3) rejeitamos as palavras
marcadas com Bras. e com a indicação de que são de origem
estrangeira ;
marcadas com Bras., mas de origem tupi ou africana ;
marcadas com Bras., formadas no Brasil, porém com a indicação de
ser o termo primitivo de origem estrangeira ;
que, apesar de sabermos que deveriam ser marcadas com Bras., não
apresentam nenhuma marca indicativa ;
que aparecem com a marca Bras. seguida de outras marcas, como
Pop (popular), Fig. (figurado), Fam. (familiar), Chulo, Gír (gíria) e Irôn.
(irônico), mas que não apresentem marca de área de especialidade.
1.3. Delimitação de critérios
Para a delimitação de critérios de brasileirismos terminológicos, analisamos a lista de palavras do
NDA, com especial atenção às que contivessem marca de brasileirismo seguida, obrigatoriamente, de
marca de área de especialidade. A título de ilustração, apresentamos alguns casos :
feijoada [De feijão + -ada1, com desnasalação.]
S. f.
3. Bras. Cul. Prato típico nacional, preparado com feijão [10], em geral preto, toucinho, carne-seca,
carnes de porco salgadas, lingüiças, etc. [No N.E. do Brasil, leva, além de tudo isso, vários legumes,
como quiabo, maxixe, couve, abóbora, etc.] Comentário : feijoada é brasileirismo da área de
culinária.
macaca1
[Fem. de macaco.]
S. f. 8. Bras. RJ Tip. Entre gráficos e revisores, asterisco(s) que se coloca(m) entre parágrafos.
Comentários : macaca1 é substantivo feminino, brasileirismo, usado no Rio de Janeiro, da área de
tipografia. O NDA informa que é “feminino de macaca’, no entanto nós consideramos esta
informação indevida, uma vez que ‘macaco / macaca’ são animais primatas, enquanto ‘macaca’ com
marca de brasileirismo não guarda qualquer significado com o genérico animal.
quarta-de-final
S. f. Bras. Esport.
1. Num torneio disputado por eliminação, etapa em que se realizam quatro jogos, com oito times
buscando a classificação às semifinais. Comentário : quarta-de-final é substantivo feminino,
brasileirismo da área de esportes.
unha
[Do lat. ungula.]
S. f.
15. Bras. Constr. Nav. Peça abaulada que se coloca numa vigia, de dentro para fora, a fim de ventilar
o interior do navio. Comentários : unha é substantivo feminino, brasileirismo, da área de construção
naval.
Com base na análise de dados, elaboramos os critérios abaixo para delimitar brasileirismo
terminológico. Assim sendo, para que uma palavra seja considerada um brasileirismo terminológico,
deve, no nível de unidade simples e no nível de unidade composta ou complexa, admitir num
crescendo :
1. a marca Bras. ; _ 2. a marca Bras., seguida ou não de quaisquer outras marcas sociais,
geográficas ou estilísticas ; _ 3. a marca Bras., seguida ou não de quaisquer outras marcas
sociais, geográficas ou estilística, seguida de marca de área de especialidade.
OU
palavra = + marca Bras. ± marca social, geográfica ou estilística + marca
de área de especialidade
↓ termo
↓ brasileirismo terminológico
Estes critérios serviram de fundamento para desenvolvermos uma nova categoria de brasileirismo,
que tem na base um quadro conceitual de especialidade com um foco distante do uso da língua
comum.
Passamos, desse modo, a considerar que existem brasileirismos terminológicos, e, para esse fim,
elaboramos a seguinte definição :
Brasileirismo terminológico é palavra, locução e outra estrutura sintagmática criada e
formada no Brasil, que tenha significado autonômico e esteja encerrado num conceito
de especialidade, que possibilite reconhecer a área a que pertence. (Faulstich, 2004,
REALITER)
http://www.realiter.net/spip.php?article209
Page 3 / 5
No NDA, há muitos brasileirismos que não apresentam marca da área de especialidade, mas que
sabemos serem brasileirismos terminológicos, porque as definições que aparecem no dicionário são
transparentes no que diz respeito ao significado e possibilitam a inclusão em áreas de especialidade,
ainda que não estejam marcadas no dicionário, como :
superquadra
[De super- + quadra.]
S. f. Bras. DF
1. Área residencial aberta ao público, em contraposição a condomínio fechado, com uma única
entrada para veículos, emoldurada por larga faixa verde densamente arborizada, com edificações de
gabarito uniforme de seis ou três pavimentos sobre pilotis livres, e equipamentos de uso comum,
como playgrounds e escolas [Em Brasília, ficam situadas em quatro seqüências contínuas, ao longo do
eixo rodoviário.] Comentário : superquadra é substantivo feminino, brasileirismo, usado no Distrito
Federal, das áreas de arquitetura [Arquit.] e urbanismo [Urb.]
udenismo
S. m. Bras.
1. O ideário da UDN (União Democrática Nacional), agremiação política fundada em 1945, após a
redemocratização do Brasil, e extinta em 1965 ; o programa, o espírito desse partido. 2. Filiação a
esse partido, ou simpatia por ele. Comentário : udenismo é substantivo masculino, brasileirismo, da
área de política [Polít.]
Diante do exposto, defendemos que há brasileirismos de distintas naturezas, pois uma entrada
lexicográfica que seja contemplada com a marca de Bras., com marca(s) de uso em área(s) de
especialidade e com definição própria que indique a especificidade do significado vincula termo à
densidade conceptual e à função no discurso.
4. Conclusão
Anexo
Alguns brasileirismos terminológicos [11]
abano
[De a-4 + lat. vannu, ’joeira’, ’crivo’.]
5. Bras. Bot. V. abaneiro.
Comentário : brasileirismo, da área de botânica.
abaneiro
[De abano + -eiro.]
S. m. Bras. Bot.
1. Planta da família das gutíferas (Clusia fluminensis), muito ornamental graças às folhas arredondadas
e às esplêndidas flores, e cuja casca se utiliza nos curtumes por conter cerca de 15% de tanino ;
abano, manga-da-praia, mangue-bravo, mangue-da-praia. Comentário : brasileirismo, da área de
botânica
abrazô
[Var. de ambrozô.]
S. m. Bras. Cul.
1. Bolinho feito de farinha de milho ou de mandioca misturada com azeite-de-dendê, pimenta e
outros temperos, e frito nesse azeite ; ambrazô, ambrozô.
Comentário : brasileirismo, da área de culinária.
agrovila
[De agro-2 + vila.]
S. f. Bras. Neol.
1. Núcleo de povoamento, com serviços integrados de comunidade, planejado e construído para
abrigo e prestação de assistência aos construtores de estradas de penetração e a suas famílias.
Comentário : brasileirsmo, neologismo ; deveria conter a marca Arquit. e Urb.
amiga
[Do lat. amica.]
S. f.
3. Bras. PE Cul. Caldo preparado com o do feijão, engrossado com farinha peneirada, e temperado
com pimenta.
Comentário : brasileirismo, usado em Pernambuco, da área de culinária.
araponga
[Var. de uiraponga.]
S. f. Bras.
1. Zool. Ave passeriforme procniatídea (Procnias nudicollis), do Brasil médio-oriental e estemeridional. O macho é branco, sendo verde a zona nua da cabeça ; a fêmea é verde-azeitona na
parte superior, amarelada com manchas escuras do lado ventral, o vértice e a garganta pretos.
Alimenta-se exclusivamente de frutos, e o seu canto lembra os sons metálicos produzidos pelo bater
de ferro em bigorna. [Sin. : ferreiro, ferrador, guiraponga, iraponga, uiraponga.]
Comentário : brasileirismo, da área de zoologia.
buzina
[Do lat. bucina, por buccina.]
S. f.
9. Bras. Constr. Nav. Conduto de ferro, fixo no convés, por onde passa a amarra dos navios.
Comentário : brasileirismo, da área de construção naval.
cabeça-de-chave
S. 2 g.
2. Bras. Turfe Cavalo ou égua cujo número no páreo é o primeiro da chave (q. v.) que lhe
corresponde, e que tem, ger., mais chance do que os colocados abaixo na mesma chave.
Comentário : brasileirismo, da área de turfe.
capela
[Do lat. tard. cappella.]
S. f.
Bras. Mús. Grupo de foliões dos festejos populares juninos ; rancho.
Comentário : brasileirismo, da área de música.
gato
[Do lat. cattu.]
S. m.
8. Bras. Mar G. Objeto, serviço ou obra, feitos durante o horário de expediente e/ou com material
do navio, sem autorização competente.
Comentário : brasileirismo, da área de marinha de guerra.
http://www.realiter.net/spip.php?article209
Page 4 / 5
pau
[Do lat. palu.]
S. m.
Bras. Jorn. O ponto de exclamação, entre os revisores.
Comentário : brasileirsmo, da área de jornalismo.
redonda
[F. subst. do adj. redondo.]
S. f. Bras. Fut.
A bola de futebol
Comentário : brasileirismo, da área de futebol.
reduzir
[Do lat. reducere, ’reconduzir’ ; ’restringir’.]
V. int.
Bras. Autom. Engrenar marcha de maior poder de tração para diminuir a velocidade do veículo
automóvel sem usar os freios.
Comentário : brasileirismo, da área de automobilismo.
roda
[Do lat. rota.]
S. f.
Bras. Cap. Conjunto de cantadores, músicos e jogadores que formam um círculo para a prática da
capoeira.
Comentário : brasileirismo, da área de capoeira.
serviço
[Do lat. servitiu, ’a escravidão’, ’os escravos’.]
S. m.
24. Bras. Esport. Em certos jogos, como tênis, tênis de mesa e vôlei, o saque ou uma série destes.
Comentário : brasileirismo, da área de esportes.
telão2
[De tela + -ão1.]
S. m. Telev. Bras.
1. Tela grande, semelhante à de cinema, utilizada em shows, estádios esportivos, praças públicas,
etc., para projeção de imagens de TV por meio de projetor multimídia (q. v.).
[Cf. videowall.]
Comentário : na área de televisão, é brasileirismo.
vatapá
S. m. Bras.
1. Cul. Prato típico da cozinha baiana, muito apimentado, feito com peixe ou galinha, a que se
adiciona leite de coco, camarões secos e frescos, pão da véspera, amendoim e castanha de caju
torrados e moídos, e que se tempera com azeite-de-dendê, além dos temperos habituais (sal,
cebola, pimentão, coentro, cheiro-verde, etc.).
Comentário : brasileirismo, da área de culinária.
_____________________________
[1] PINTO, Edith Pimentel. O português do Brasil. Textos críticos e teóricos, 1 - 1820/1920 - Fontes
para a teoria e a história [Seleção e apresentação da autora
[2] RODRIGUES, Aryon Dall’Igna. Contribuição para a etimologia dos brasileirismos. Revista Portuguesa
de Filologia, Coimbra, Vol. IX, tomos I e II, 1958-1959, pp. 1-54. Extraímos do artigo de A. Rodrigues
somente a parte em que apresenta os critérios para definir brasileirismo.
[3] MELO, Gladstone Chaves de. Alencar e a língua brasileira. 3 ed., Rio de Janeiro, Conselho Federal
de Cultura, 1972
[4] SILVA NETO, Serafim. História da língua portuguesa. 3 ed., Rio de Janeiro / MEC, 1979, p. 606
[5] Em separata da Revista de Filologia portuguesa, números 6, 7, 8 e 9, São Paulo, Nova Era, s/d, p.
1-52
[6] LESSA, Luiz Carlos. O modernismo brasileiro e a língua portuguesa. 2 ed. rev. ampl., Rio de
Janeiro, Grifo, 1976, p. 46
[7] PIRES DE OLIVEIRA, Ana Maria P. ‘O português do Brasil : brasileirismos e regionalismos’. Tese,
UNESP, Araraquara, SP, 1999
[8] FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa – Século
XXI. 3 ed. rev. e ampl, Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999
[9] FAULSTICH, Enilde & STREHLER, René. Brasileirismos. Artigo não publicado, 1998
[10] feijão
[Do lat. *phaseolonu < lat. phaseolu.]
S. m.
Semente de feijoeiro.
[11] Os dados foram extraídos do NDA, que não reconhece brasileirismo terminológico, esta
designação é de nossa responsabilidade.
Secrétariat de Realiter
Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine
131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE
Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39
[email protected]
http://www.realiter.net/spip.php?article209
Page 5 / 5
català
Présentation
Règlement
Membres
Activités
Realiter
Español
français
galego
italiano
Português
română
Réunions et journées
POUR LE FRANÇAIS : RÉFLEXIONS ET PRATIQUES
SUR LA VARIATION TOPOLECTALE EN
TERMINOLOGIE
Réunions et journées
Tina Célestin
Annie Galarneau
Robert Vézina
Documents fondamentaux
Lexiques Realiter
Introduction
Téléchargements
La prise en compte de la variation lexicale dans le travail terminologique et lexicographique est
devenue au fil des années une des préoccupations importantes des terminologues et des
lexicographes s’intéressant aux langues de grande diffusion. Ainsi, dans un dictionnaire de langue
générale ou à caractère terminologique, on a généralement recours au marquage linguistique pour
décrire plus précisément l’usage qui est fait d’une unité lexicale, selon qu’on l’analyse d’un point
de vue temporel, social ou géographique.
Inventaire des producteurs de
terminologie
7e Journée scientifique
Realiter 2011
1ère journée technologique
Realiter 2011
Realiter bénéficie du
soutien de la Délégation
générale à la langue
française et aux langues de
France (DGLFLF)
C’est d’abord de la variation lexicale géographique, ou topolectale, qu’il sera question dans cette
présentation, et plus précisément du traitement qui en est fait en terminologie française. La
variation lexicale géographique peut être définie comme étant l’ensemble des différences qui
touchent le vocabulaire d’une langue (sa composition ou son utilisation) en fonction des territoires
où elle est en usage (continents, pays, régions, États, localités, etc.). En général, plus une langue
est parlée sur un vaste territoire, plus cette variation géographique est perceptible.
De manière à situer l’état actuel des réflexions sur ce type de variation en français et sur la
pratique terminologique qui en découle, nous tracerons un bref portrait historique de l’évolution
de la prise en compte du phénomène, principalement à travers l’expérience québécoise. Nous
serons ainsi amenés à faire état des différents types de marquage topolectal qui sont utilisés dans la
réalisation de travaux terminologiques francophones. Nous poursuivrons en abordant la
problématique du marquage topolectal dans un contexte de terminologie multilingue. L’examen de
ce contexte particulier nous conduira également à émettre quelques observations relatives à la
façon de présenter les termes de langues différentes dans un ouvrage multilingue.
I- La prise en compte de la variation topolectale dans la pratique terminologique
1- Un rappel historique
La prise en compte de la variation topolectale en terminologie et en lexicographie de langue
française a connu une évolution notable au fil des ans. De façon générale, l’histoire de la
lexicographie française montre que les auteurs de dictionnaires ont eu tendance à proposer une
version uniforme et monolithique de la langue et à négliger les particularismes propres au français
parlé en dehors de Paris. Dans le cas des particularismes propres aux variétés de français parlées
hors de France, cette réticence des lexicographes français s’est prolongée jusqu’à la fin des
années 70 [1]. Conformément à cette vision plutôt centralisatrice de la langue, le français du
Québec, comme d’ailleurs le français de Belgique et le français de Suisse, a été généralement perçu
et décrit comme une variété régionale du français.
Dans les années 60, l’Office de la langue française (créé en 1961) partage essentiellement cette
vision des choses. Toutefois, il considère que l’usage doit s’aligner sur le français international (qui,
dans les faits, correspond essentiellement au français de Paris) « tout en faisant sa place à
l’expression des réalités spécifiquement nord-américaines » [2] . L’ouverture à l’expression des
réalités nord-américaines est cependant fortement encadrée, et les canadianismes ne sont
acceptés « que dans la mesure où ils sont sentis comme utiles et pratiquement irremplaçables » [3].
Le même principe est appliqué dans les travaux terminologiques effectués au Québec ; ceux-ci sont
d’abord conduits dans une optique d’alignement sur le français en usage en France, orientation
pondérée toutefois d’une certaine tendance à l’intégration des canadianismes. C’est ainsi que
Fernand Sylvain et ses collaboratrices, en publiant le Dictionnaire de la comptabilité en 1977 [4],
tentent de normaliser la terminologie comptable en proposant une terminologie utilisée ailleurs dans
la francophonie, tout en faisant une place à quelques termes propres à la terminologie comptable
employée au Canada.
À partir des années 80 surtout, on constate une volonté accrue de valorisation des différentes
variétés de français hors de France ; du coup, la pratique terminologique et lexicographique
francophone tient compte de façon plus importante du phénomène de la variation géographique.
Cette plus grande ouverture face aux différences d’ordre lexical qui marque le paysage
francophone est en partie causée par les contacts de plus en plus étroits entre les différentes
communautés ayant le français en partage ainsi que par une reconnaissance de l’importance des
identités culturelles. Le français du Québec, le français de Belgique et le français de Suisse,
notamment, sont désormais définis comme des variantes ou des variétés nationales de français [5], et
les désignations de leurs particularités lexicales sont appelées respectivement québécismes,
belgicismes et helvétismes. En ce qui touche la production terminologique effectuée à l’Office
québécois de la langue française, on constate que les québécismes tendent à être évalués en
fonction non seulement du respect de la grammaire française et du vocabulaire français commun,
mais aussi en fonction des pratiques linguistiques des locuteurs québécois.
ette nouvelle tendance est clairement perceptible, par exemple, dans la seconde édition du
Dictionnaire de la comptabilité publié en 1982 sous le titre Dictionnaire de la comptabilité et des
disciplines connexes. L’auteur principal de l’ouvrage affirme en préface qu’il souhaite « faire
connaître ce qui est en usage ailleurs [qu’au Canada] de façon à ce que tous puissent saisir la
portée des termes utilisés » [6]. L’objectif de son ouvrage n’est pas d’uniformiser les terminologies
de la comptabilité et des domaines connexes puisque, selon lui, « il convient que chaque pays
conserve ce qui lui est propre, pourvu que la langue ne soit pas fautive » [7].
2- L’approche variationniste
Des organismes de normalisation internationaux se sont prononcés en faveur de la reconnaissance
de la variation géographique dans les travaux terminologiques unilingues français ou multilingues. Par
exemple, l’ISO reconnaît que la variation géographique peut permettre de répondre plus
adéquatement aux besoins terminologiques d’une communauté :
http://www.realiter.net/spip.php?article210
Page 1 / 8
« Les notions et les termes qui figurent dans les normes internationales ont été élaborés
pour usage international, mais ils peuvent être inacceptables tels quels dans un contexte
national. Ce principe s’applique également aux langues officielles de l’ISO aux différents
niveaux nationaux [8]. »
Pour sa part, Realiter [9] soutient l’approche variationniste « qui consiste à refléter la variété des
usages et des traditions terminologiques des différentes aires géographiques propres à chaque
langue qui fait l’objet de travaux [10] ». Selon les principes relatifs aux pratiques terminologiques
adoptés par Realiter, le choix des termes à proposer doit tenir compte « de l’usage observé, soit
l’usage officialisé lorsqu’il existe, soit l’usage dominant parmi le public auquel le produit
terminologique s’adresse [11] ».
Comme les langagiers sont de plus en plus conduits à participer à des activités de traduction et de
rédaction en tenant compte des spécificités culturelles de leurs publics cibles (ce qui correspond à
un aspect important de ce qu’on appelle dans certains milieux la localisation), on peut considérer
q u e l’approche variationniste s’inscrit dans un mouvement général d’adaptation culturelle des
produits et services.
En définitive, on peut faire un parallèle entre l’approche variationniste en contexte unilingue et
celle de la valorisation et de la reconnaissance de la diversité linguistique en contexte multilingue.
Dans les deux cas, on perçoit la volonté de préserver les identités culturelles nationales tout en
encourageant la communication internationale. Dans cette optique, le Québec fait la promotion de
la diversité linguistique pour veiller au maintien du statut du français sur son territoire et même
pour favoriser le multilinguisme sur le plan supranational afin que le français occupe une place parmi
les grandes langues partenaires.
À l’heure actuelle, pour les auteurs de vocabulaires spécialisés, de glossaires, de lexiques et de
banques de données terminologiques, le travail de description des variantes topolectales
s’accompagne du défi constant de concevoir des outils qui répondent pleinement aux besoins du
plus grand nombre de francophones possible ainsi qu’à leur besoin d’intercommunication. Le succès
de cette entreprise réside notamment dans la concertation et l’é c h a n g e , a u s e i n d e l a
francophonie, entre les experts d’un domaine donné et les langagiers, dans un esprit de respect de
l’évolution linguistique des différentes communautés.
3- Les difficultés entourant la prise en compte de la variation topolectale
Plusieurs ouvrages terminologiques produits ces dernières années s’inscrivent dans une tendance
renforcée de valorisation de la diversité linguistique, laquelle se fonde sur une volonté de
participation à l’enrichissement du français comme outil de développement national, supranational
et international. Cette perspective relativement nouvelle entraîne avec elle un ajustement des
pratiques méthodologiques sous-jacentes au travail terminologique. Car si concevoir l’importance de
tenir compte de la variation géographique est une chose, réussir à la cerner correctement en est
une autre. Ainsi, l e travail terminologique doit s’effectuer dans un souci constant de recherche de
la documentation la plus vaste et la plus diversifiée possible et avec le recours à un bassin de
spécialistes de divers domaines et provenant de différents États de la francophonie. En effet, l a
variation terminologique sur le plan géographique constitue un phénomène linguistique complexe.
Pour saisir de façon précise de quelle façon elle touche un champ terminologique donné, il faut
généralement disposer de grands corpus représentatifs de l’usage des divers groupes professionnels
concernés et des différentes communautés linguistiques prises en considération. Ces types de
corpus ne sont pas toujours accessibles aux terminologues, et ces derniers doivent souvent s’en
remettre aux indications à caractère topolectal qu’ils trouvent dans les ouvrages terminologiques et
lexicographiques déjà existants. Ils peuvent néanmoins chercher à cerner la variation
terminologique topolectale à l’aide des moteurs de recherche dans Internet, tout en gardant à
l’esprit qu’il faut exploiter les données géolinguistiques du Web avec discernement et beaucoup de
prudence.
4- Le marquage topolectal
De façon générale, les terminologues qui relèvent des variantes topolectales dans les domaines
d’activités sur lesquels portent leurs travaux [12] recourent à des marques topolectales pour
caractériser ces variantes. Toutefois, bien peu d’entre eux font explicitement état des principes
qui guident leur façon de marquer géographiquement les termes. Dans les ouvrages portant sur la
terminologie, le traitement de la variation topolectale ne semble pas non plus avoir fait l’objet de
travaux de réflexion d’envergure. Généralement, on se contente de souligner l’utilité du marquage
topolectal [13] en indiquant uniquement qu’il est important d’associer à une variante topolectale un
code alphabétique correspondant à la zone géographique où elle est employée (ce qu’il convient de
qualifier de marquage topolectal de terme ).
Certains principes généraux sont néanmoins connus et partagés par plusieurs organismes dédiés à la
production terminologique. Ainsi, l’ISO préconise le recours à la catégorie usage géographique
« pour indiquer des différences d’emploi des termes, à l’échelle locale, régionale ou nationale [14] »
et suggère que soient identifiés les usages géographiques à l’aide de symboles de pays ou par un
nom de continent. S’il est disponible et pertinent, l’identifiant de l’usage géographique devrait
prendre la forme d’un symbole de pays (ou de l’une de ses subdivisions) spécifié dans la norme ISO
3166 [15]. À ce sujet, l’ISO suggère des codes alphabétiques à deux ou à trois lettres. Ainsi, on peut
faire référence à la Belgique par BE o u BEL, et au Canada par CA o u CAN, et au Québec par QC.
Cette façon de faire a également été adoptée par la Conférence des services de traduction des
États d’Europe occidentale [16].
Par ailleurs, Realiter se prononce en faveur d’un marquage topolectal souple à l’intérieur duquel
une marque n’a pas de valeur exclusive, le terme marqué pouvant circuler ou être utilisé dans
d’autres zones de la latinité. À cet effet, Loïc Depecker [17], lors de la 7e réunion de coordination
de Realiter tenue à Rome en juin 1998, a précisé que « le sens d’une marque topolectale indique de
façon générale, et sauf indication contraire, que le terme est particulièrement utilisé (ou a fait
l’objet d’une proposition) dans la zone géographique notifiée [18] ». Pour l’essentiel, la même valeur
est donnée à la marque topolectale dans la production terminologique de l’Office québécois de la
langue française.
5- L’importance du phénomène de la variation géographique
http://www.realiter.net/spip.php?article210
Page 2 / 8
Malgré quelques différences, il ne faut pas perdre de vue que la grande majorité des termes et
expressions diffusés, par exemple, dans Le grand dictionnaire terminologique (GDT) sont dans les
faits en usage à la fois en France, au Québec et dans les autres pays de la francophonie [19].
L’harmonisation des termes demeure d’ailleurs un idéal toujours poursuivi par la pratique
terminologique. Un relevé très approximatif nous a permis d’établir quelques statistiques quant à la
présence de la variation topolectale à l’intérieur de la partie française du Grand dictionnaire
terminologique. À ce jour, nous estimons à près de 0,75 % la proportion de fiches diffusées dans
lesquelles au moins un indicatif de pays est utilisé pour rendre compte de la variation géographique
touchant un terme français. Si on ajoute à ce pourcentage la proportion de fiches diffusées qui
comportent des indications topolectales fournies à l’intérieur de notes, nous obtenons un total
d’un peu moins de 2 %. De même, dans la banque Termium Plus, produite par le Bureau de la
traduction du Canada, le pourcentage de fiches terminologiques qui comportent au moins une
marque topolectale dans leur volet français est d’environ 1,1 % [20]. Ces faibles pourcentages
indiquent que la variation topolectale ne touche qu’une très petite partie du lexique spécialisé
francophone. Cependant, il ne faut pas oublier que le contenu d’une banque terminologique
comme le GDT (qui compte environ 3 millions de termes français et anglais) témoigne de trois
décennies de production terminologique et qu’une partie de ce contenu reflète les orientations
normatives des années 70 et du début des années 80, moins ouvertes à la variation. Si tout le
contenu du GDT reflétait les orientations actuelles, le pourcentage de fiches terminologiques qui
comporteraient une marque topolectale serait sans doute un peu plus élevé.
La validité de cette assertion se trouve en partie vérifiée lorsqu’on examine l’état de la variation
topolectale dans la toute dernière édition du Dictionnaire de la comptabilité et de la gestion
financière (2004), dont environ 7 % des entrées françaises comportent une marque topolectale [21].
L’attention toute particulière qui a été portée au phénomène de la variation géographique dans ce
domaine spécialisé explique pour une bonne part pourquoi ce pourcentage est plus élevé que ce
qu’on trouve dans le GDT. L’écart s’explique également en raison du fait que le domaine de la
comptabilité et de la gestion financière est plus sujet à la variation géographique que, par exemple,
la chimie ou les mathématiques.
Somme toute, on peut avancer que la variation topolectale ne touche qu’une frange du lexique
spécialisé francophone. Ce constat vient renforcer l’idée selon laquelle les différences topolectales
sur le plan terminologique constituent des signes de la richesse lexicale du français qui sont peu
susceptibles d’affecter l’intercompréhension entre les francophones de différentes communautés.
La reconnaissance des variantes topolectales dans les travaux propres aux différentes variétés
nationales de français apparaît d’autant plus légitime.
6- Les cas de non-marquage
La décision et la façon de recourir à des marques topolectales dans un travail terminologique
dépendent principalement des objectifs poursuivis et du public visé. Ainsi, une fiche terminologique
ou un glossaire élaboré par des francophones belges et pour des francophones belges pourrait
proposer des marques uniquement pour les usages géographiques différents de ceux qui ont cours
en Belgique, les usages belges étant alors considérés comme la référence à partir de laquelle on
établit les différences. Dans un contexte comme celui-là, un terme qui ne serait employé que sur le
territoire belge ne serait pas identifié par une marque topolectale.
En lexicographie, les auteurs du Dictionnaire québécois d’aujourd’hui (DQA) ont choisi de prendre
comme objet de description l’intégralité du français en usage au Québec. En ne limitant pas leur
travail au relevé des différences et en posant ainsi la variante québécoise au centre de leur
description, ils ont opté pour l’usage d’un marquage topolectal inversé qui s’appliquait dès lors aux
particularités du français en usage en France, variété de référence dans les ouvrages conçus en
France. C’est ainsi que, dans le DQA, le terme traversier « navire spécialement aménagé pour faire
traverser des passagers, des véhicules d’une rive à l’autre d’un cours d’eau » a été présenté sans
marque, alors que son synonyme ferry-boat est porteur de la marque topolectale France [22].
ans le cadre d’un travail terminologique qui s’adresse à un public panfrancophone, l’absence de
marquage peut prendre un tout autre sens. Ainsi, dans Le grand dictionnaire terminologique et la
b a s e d e d o n n é e s Termium Plus, un terme sans marque topolectale est considéré comme
appartenant à l’usage de l’ensemble des communautés linguistiques où le français a le statut de
langue nationale (Belgique, Canada, France, Québec, Suisse, etc.) [23]. Par exemple, les termes
daltonisme et produit intérieur brut, dont l’usage est partagé par les locuteurs de toutes les zones
francophones, ne portent pas de marques topolectales dans ces deux banques terminologiques.
De même, dans le cas d’un terme néologique, si on a pour objectif de le voir s’implanter dans
l’ensemble de la francophonie, on s’abstient généralement de lui attribuer une marque topolectale
indiquant la communauté où le terme a été créé ; cette façon de faire repose également sur le
constat selon lequel les néologismes voyagent désormais rapidement d’une communauté à l’autre,
notamment grâce à Internet (par exemple, dans le GDT, le terme hameçonnage [24], créé en avril
2004 par une terminologue de l’Office, est déjà attesté en Europe). D’ailleurs, o n ne saurait trop
insister sur l’impossibilité d’établir une équivalence stricte entre l’origine géographique d’un terme
et son aire d’utilisation, et ce, que ce soit en contexte de néologie ou non. Ainsi, le terme
courriel , d’abord implanté au Québec, est désormais en usage non seulement au Canada, mais
également en Europe. De même, le terme baladeur (équivalent français de Walkman), créé en
France et officialisé en 1983, est implanté au Québec depuis déjà plusieurs années.
II- Les types de marquage topolectal
Lorsque la variation terminologique touche clairement une notion donnée sur le plan géographique,
cette information d’ordre géographique peut être intégrée sur la fiche de terminologie de deux
façons :
par le marquage topolectal de terme ;
par le marquage topolectal notionnel.
Le marquage topolectal de terme consiste à attribuer à un terme une certaine territorialité ;
autrement dit, ce type de marquage vise à décrire l’extension géographique d’un terme (ou bien
d’une variante graphique, etc.). Quant au marquage topolectal notionnel, il consiste à associer à la
notion traitée une appartenance géographique.
1- Le marquage topolectal de terme
De façon générale, en terminologie, pour une notion donnée, dans une situation où il existe
plusieurs termes distribués sur des territoires différents, chaque terme reçoit une marque
topolectale correspondant à chacune des communautés où il est en usage. Par exemple, dans
Termium Plus, sous ombudsman, le terme synonyme protecteur du citoyen est identifié comme
propre à l’usage canadien, Commissaire du Parlement, comme propre au français de Belgique et
médiateur, comme propre à la langue française en usage en France.
http://www.realiter.net/spip.php?article210
Page 3 / 8
De la même manière, le Dictionnaire de la comptabilité et de la gestion financière de Louis Ménard
(2004) recourt aux marques géographiques abrégées (codes alphabétiques à deux ou trois lettres)
pour indiquer qu’un usage est propre à un pays ou à un État. Une liste en début d’ouvrage expose
les différentes marques géographiques utilisées. Par exemple, dans l’article bond discount sont
présentés l’équivalent français en usage au Canada, escompte d’émission d’obligations, e t
l’équivalent français en usage en France et en Belgique, prime d’émission.
Q u a n t a u x v a r i a n t e s t o p o l e c t a l e s p r é s e n t é e s d a n s Le grand dictionnaire terminologique,
l’information qui permet de distinguer et de situer géographiquement des usages concomitants est
f o u r n i e e n a b r é g é a u m o y e n d’u n c o d e a l p h a b é t i q u e ; l’u s a g e d e s t e r m e s m a r q u é s
géographiquement peut aussi faire l’objet de notes explicatives. Les indicatifs qui sont actuellement
le plus couramment utilisés sont QC (Québec), CA (Canada), FR (France), BE (Belgique) et CH
(Suisse). Le cas échéant, des symboles peuvent être ajoutés en puisant dans la norme ISO 3166. Les
notes qui accompagnent l’utilisation des marques topolectales permettent d’expliquer la nature et
le sens des variations géographiques. Par exemple, le terme commanditaire, en usage au Québec,
est accompagné de l’indicatif géographique QC, alors que le terme parraineur, en usage en France,
est suivi de FR et d’une note explicative.
Ce type de marquage, souvent le seul qui est mentionné dans les manuels de terminologie, n’est pas
satisfaisant pour tous les cas de variation géographique. Ainsi, il ne permet pas de rendre compte du
caractère particulier d’une notion qui correspond à une réalité propre à une communauté
donnée ; dans un tel cas, c’est la notion elle-même qui est associée directement à un territoire. Le
terme qui y est associé devient donc le seul auquel les usagers d’une même langue peuvent recourir
pour désigner la notion en cause, et ce, indépendamment de la variété de langue qu’ils utilisent. On
doit alors plutôt recourir au marquage topolectal notionnel.
2- Le marquage topolectal notionnel
Le marquage topolectal notionnel vise à décrire l’extension géographique d’une notion associée à
des réalités politiques, administratives, socioéconomiques, matérielles et culturelles qui sont
propres à un État, à un ensemble d’États, à un peuple ou à un territoire donné. Ce type de
marquage se rencontre notamment à l’intérieur de définitions et dans des notes explicatives.
Mentionnons également la possibilité de recourir à un type de marquage qui s’apparente à une
indication de domaine d’emploi, par lequel il est possible d’indiquer la territorialité d’une notion en
choisissant, dans un menu déroulant, le nom de l’État ou d’un ensemble d’États où la notion traitée
existe.
2.1- Le marquage intradéfinitionnel
La marque topolectale intradéfinitionnelle peut être placée au tout début de la définition, en tant
que proposition circonstancielle de lieu, ou bien à l’intérieur du texte de la définition. Ce type de
marquage est tout indiqué lorsque la notion renvoie nettement à une réalité propre à une
communauté linguistique. Cette appartenance à une communauté particulière est alors vue comme
un trait définitoire. Selon ce principe, dans Le grand dictionnaire terminologique, la fiche
correspondant au terme évaluateur agréé propose la définition suivante : « membre de l’Ordre des
évaluateurs agréés du Québec, régi par le Code des professions », et Termium Plus propose, pour
taxe sur les produits et services, la définition suivante : « taxe qui s’applique sur la plupart des
produits et services offerts au Canada ».
Certains auteurs préfèrent avoir recours à la marque topolectale de type marque de terme, c’est-àdire aux noms de pays complets ou sous forme de codes alphabétiques, pour indiquer les notions
qui s’appliquent à des territoires géographiques déterminés. Les marques topolectales utilisées dans
des cas comme ceux-là peuvent être placées au début de la définition, de manière à signaler que
c’est la notion qui est marquée géographiquement. C’est cette méthode qui est utilisée dans le
Dictionnaire de la comptabilité et de la gestion financière (2004). L’article goods and services tax est
un bon exemple de ce type de marquage. Dans cet article, la marque (CA) est présentée devant la
définition, plutôt qu’à côté du terme principal. On peut également recourir à une marque
intradéfinitionnelle lorsqu’on définit une notion qui réfère à une réalité naturelle rattachée à un
territoire donné. Lorsque la réalité à décrire connaît une distribution géographique particulière, la
mention de cette aire de distribution constitue un trait définitoire important. Ce territoire (un
continent ou une partie de continent, un hémisphère, un océan, etc.) ne correspond
généralement pas à un territoire national d’une communauté francophone et il est le plus souvent
plus vaste que ce dernier. Ainsi, dans Le grand dictionnaire terminologique, le terme bleuet est
accompagné de la définition suivante : « Baie comestible bleu-noir d’Amérique du Nord […]. »
2.2- La présence d’indications de nature topolectale dans les notes explicatives
Des indications de nature topolectale peuvent être données à l’intérieur de notes explicatives à
caractère notionnel lorsque, pour une certaine notion décrite, de légères différences sont
perceptibles dans les usages de différentes communautés linguistiques. La note sert alors à
renseigner l’usager sur les particularités fines ou complexes de la notion selon le territoire où sont
en usage les termes (ou le terme) qui la désignent. Dans Termium Plus, une note suit la définition
donnée au terme passif : « En France et en Belgique, le passif comprend non seulement les capitaux
empruntés […] mais aussi les capitaux propres. »
II- La problématique de la variation topolectale en contexte de terminologie multilingue
Tous les travaux terminologiques, qu’ils visent la rédaction d’une fiche de terminologie, l’élaboration
d’o u v r a g e s t e r m i n o l o g i q u e s o u l e d é v e l o p p e m e n t d u c o n t e n u d e b a n q u e s d e d o n n é e s
terminologiques, devraient être menés en suivant une politique éditoriale qui en détermine le cadre
des valeurs et en définit les options terminologiques. De fait, les auteurs de produits
terminologiques ont tout intérêt à se doter d’une telle politique éditoriale parce qu’elle explicite
leur position concernant la norme linguistique et terminologique. Et c’est cette position qui
influence les choix qu’ils doivent faire quant au terme principal à privilégier, à l’ordre de
présentation des synonymes, aux critères d’acceptation des emprunts, à l’utilisation des marques
topolectales, etc. Ces considérations valent autant pour les travaux unilingues que pour les travaux
terminologiques bilingues ou multilingues.
C e s c o n s i d é r a t i o n s p r e n n e n t t o u t e l e u r i m p o r t a n c e l o r s q u’i l e s t q u e s t i o n d e t r a v a u x
terminologiques menés en collaboration avec plusieurs partenaires, que ce soit dans une optique
unilingue ou multilingue. La terminologie telle qu’elle est pratiquée par exemple au sein de Realiter
nous confronte à ces questions sur lesquelles les partenaires d’un projet doivent s’entendre. Il ne
sera pas question ici de la recherche terminologique en tant que telle, mais de la présentation des
résultats de cette recherche, même si une politique éditoriale couvre les deux volets. Selon nous, il
est évident que la présentation des résultats est un aspect à ne pas négliger étant donné que la
clarté du message diffusé en dépend.
1- La présentation d’ouvrages terminologiques multilingues : choix de la langue
Le choix de la langue à partir de laquelle seront présentés les articles terminologiques constitue
une des préoccupations des auteurs de produits terminologiques parce qu’il oriente leur travail.
http://www.realiter.net/spip.php?article210
Page 4 / 8
Lorsqu’au Québec le besoin d’une terminologie en français se fait sentir dans des domaines ou des
secteurs fortement anglicisés ou occupés par une autre langue, l’Office québécois de la langue
française choisit généralement de présenter le résultat des recherches à partir de l’anglais ou
d’une autre langue (langue source) vers le français (langue cible). Par exemple, dans le Lexique de la
restauration chinoise, publié en 1984, les données sont présentées de l’anglais vers le français, en
passant par le chinois.
Par contre, dans des situations où le vocabulaire fait défaut en français, ou lorsque règne la
confusion sémantique ou lexicale, l’Office publie des ouvrages terminologiques élaborés à partir du
français et à l’intérieur desquels paraît également l’anglais afin de répondre aux besoins de
traduction qui, au Québec, vont de l’anglais vers le français. Par exemple, le Vocabulaire de la
chaussure (1982), le Vocabulaire de l’habillement (1994) et le Dictionnaire de l’industrie automobile
(2001) présentent les données en partant du français.
Dans le cas de travaux multilingues comme le Lexique panlatin d’Internet, publié en 1999, il a été
convenu que l’ouvrage se présenterait comme une série de fascicules lexicaux qui se succéderaient
selon l’ordre alphabétique des huit langues (selon leur appellation en langue originale) dans
lesquelles la recherche avait été menée. On trouve donc, dans l’ordre, les lexiques catalan
(catalán), anglais (English), espagnol (español), français, galicien (galego), italien (italiano), portugais
(português) et roumain (românǎ).
Étant donné les enjeux qui motivent les travaux de Realiter et qui peuvent être différents d’un pays
o u d’un État à un autre, il convient évidemment qu’on se prononce sur le type de présentation
souhaitée. Devrait-elle être toujours la même ? Quels seraient les besoins qui justifieraient des choix
différents ?
2- L’article terminologique : choix du terme principal dans une langue et ordre d’apparition des
autres langues
Pour chacune des langues en cause, le choix du terme principal obéit aux mêmes règles que dans le
cadre de travaux terminologiques unilingues. C’est la politique éditoriale adoptée par les auteurs qui
guide le choix du terme à privilégier. Dans une perspective de travaux multilingues, quel terme
principal doit-on retenir pour chacune des langues et quelle est l’influence de la variation
topolectale sur ce choix ?
Chaque produit terminologique obéit à des politiques d’édition qui lui sont propres, politiques qui
comprennent notamment des règles de marquage. Cela explique les différences que l’on peut
observer entre les articles terminologiques relatifs à une même notion, selon qu’ils sont présentés
dans un produit terminologique ou dans un autre. Si on compare le traitement de la notion de
« conversation entre internautes » dans quatre produits terminologiques différents, on peut
constater qu’il existe des différences dans le choix du terme principal ainsi que dans le marquage
ou le non-marquage du terme.
Produit terminologique
Terme principal
Le grand dictionnaire terminologique
(fiche de 1998)
bavardage-clavier n. m.
clavardage n. m.
(fiche de 2003)
CRITER (1999)
causette n. f. familier
Lexique panlatin d’Internet (1999)
bavardage-clavier n. m. (QC)
Termium Plus (2004)
bavardage n. m.
Le tableau révèle que le terme principal et les critères de marquage topolectal ne sont pas les
mêmes dans tous les ouvrages, notamment lorsqu’il s’agit de propositions néologiques ; les choix
effectués dépendent avant tout de la politique éditoriale adoptée.
De même, à l’intérieur d’un article terminologique, lorsque des équivalents de plusieurs langues sont
présentés, il convient que soit déterminé l’ordre de leur présentation. C’est l’ordre alphabétique
des noms de langues (en langue originale) qu’ont adopté les auteurs du Lexique panlatin du
commerce électronique disponible gratuitement dans Internet. Ces derniers ont toutefois choisi de
placer les termes de la langue anglaise à part, pour faire la distinction entre les langues latines et
l’anglais.
Lexique panlatin du commerce électronique (2004)
Section « langue française »
Terme principal fra
Équivalents
catalán
cat
español
spa
galego
glg
italiano
ita
português
por
româno
ron
English
eng
3- La présentation des synonymes par langue et présentation des marques topolectales
En ce qui concerne la présentation des autres termes que le terme principal, par exemple les
synonymes, même si aucune règle écrite n’explique leur ordre de présentation, nous savons que
plusieurs facteurs l’influencent néanmoins. Parmi ces facteurs, notons la fréquence d’usage du
terme, sa temporalité, l’aire géographique de son emploi, etc. Actuellement, à l’Office québécois
de la langue française, ce sujet est étudié dans le cadre des réflexions suscitées par le
d é v e l o p p e m e n t d u n o u v e a u m o d u l e d e p r o d u c t i o n d u Grand dictionnaire terminologique
multilingue.
http://www.realiter.net/spip.php?article210
Page 5 / 8
En observant la pratique terminologique qui se dégage de deux articles terminologiques, l’un extrait
d u Lexique panlatin d’Internet (1999) et l’autre du Grand dictionnaire terminologique (2004), on
constate que les synonymes d’une même langue sont généralement présentés selon un ordre
déterminé par des considérations de nature linguistique ou extralinguistique propres à l’auteur de
la recherche terminologique. En terminologie, cette façon d’établir l’ordre de présentation des
synonymes est répandue.
Lexique panlatin d’Internet (1999) Le grand dictionnaire terminologique (2004)
bavardage-clavier (37) n. m. (QC)
clavardage n. m.
fra dialogue en direct n. m.
bavardage-clavier n. m.
fra causette n. f. [FRA]
cyberbavardage n. m.
fra clavardage n. m. (QC)
bavardage en ligne n. m.
fra cyberbavardage n. m.
bavardage n. m.
fra bavardage n. m.
causette* n. f.
fra causerie bavardage n. f.
*mention, en note, de l’adoption officielle en France
Pour alléger les difficultés inhérentes à des projets terminologiques portant sur une même langue,
notamment dans le cadre de projets internationaux menés en partenariat, il peut être souhaitable,
comme certains l’ont d’ailleurs proposé, que l’ordre alphabétique soit privilégié dans la présentation
des synonymes, indépendamment de la marque topolectale qui leur est associée [25]. Opter pour
l’ordre alphabétique dans la présentation des synonymes d’une même langue fait en sorte, entre
autres, d’éliminer la prédominance d’une variante topolectale par rapport à une autre, ce qui peut
être éventuellement un effet recherché.
Présentation possible des synonymes dans l’ordre alphabétique
clavardage n. m.
bavardage-clavier n. m. (QC)
fra bavardage n. m.
fra bavardage n. m.
fra causerie bavardage n. f. fra bavardage-clavier n. m.
fra causette n. f. (FRA)
fra bavardage en ligne n. m.
fra clavardage n. m. (QC)
fracausette n. f.
fra cyberbavardage n. m.
fra cyberbavardage n. m.
fra dialogue en direct n. m.
Lorsque plusieurs marques topolectales sont associées à un même terme, il serait souhaitable
également qu’elles soient présentées l’une à la suite de l’autre, dans l’ordre alphabétique [26] .
Ainsi, un terme propre à l’usage des communautés francophones de Belgique et de France serait
suivi des marques BE et FR.
Terme principal anglais : bond discount
Équivalent français prime d’émission (BE et FR)
Ce principe a l’avantage d’être facilement applicable dans le traitement terminologique des marques
géographiques dans toutes les langues et il a d’ailleurs déjà été adopté dans le cadre de travaux
terminologiques de Realiter.
Ces considérations nous amènent à nous demander si cette façon de présenter des données
terminologiques et les marques géographiques qui les accompagnent convient au public cible auquel
on destine les produits terminologiques, qu’ils soient unilingues, bilingues ou multilingues. Les
usagers d’un produit terminologique doivent pouvoir saisir facilement le contexte de communication
visé. Voilà les préoccupations qui doivent être au cœur des discussions relatives à la mise au point
d’une politique éditoriale sous-jacente à tout projet terminologique mené en partenariat.
IV- Conclusion
La recherche d’équilibre entre la valorisation des variétés nationales et le renforcement de
l’appartenance à la francophonie justifie le recours au marquage topolectal dans les travaux de
nature terminologique, et ce, même si la variation topolectale touche en fait très peu de termes et
de notions dans le registre spécialisé de la langue. On ne peut donc qu’encourager la poursuite de
la réflexion sur les marques topolectales et sur leur présentation. Il faut en effet toujours viser à
faciliter l’interprétation adéquate des données figurant dans un produit terminologique ; le
marquage topolectal s’avère d’ailleurs un outil utile à l’atteinte de cet objectif.
Dans les produits terminologiques de langue française, rappelons que le marquage topolectal doit
rester souple, d’autant plus qu’il est souvent difficile de disposer d’un corpus suffisamment vaste,
diversifié et détaillé pour pouvoir rendre compte avec précision de la répartition géographique
d’une variante. Par ailleurs, si une variante est utilisée dans plus d’une aire géographique, elle
devrait être accompagnée de toutes les marques topolectales pertinentes et ces dernières
devraient être présentées dans l’ordre alphabétique. Toutefois, lorsqu’un terme est en usage dans
toutes les aires géographiques, aucune marque n’est évidemment nécessaire. De plus, il convient
que les marques topolectales ne soient jamais considérées comme définitives, étant donné
l’évolution constante de la langue et des usages. L’abolition progressive des distances et des
frontières, rendue possible par les nouvelles technologies de l’information (dont Internet est un
élément majeur) et par la multiplication des partenariats internationaux, crée des conditions idéales
pour la diffusion des terminologies et favorise les contacts entres les différentes variétés d’une
langue ainsi qu’entre des langues différentes.
Dans un produit terminologique multilingue développé en partenariat, nous sommes d’avis que les
équivalents de différentes langues devraient être présentés selon l’ordre alphabétique des noms de
langues
http://www.realiter.net/spip.php?article210
Page 6 / 8
De même, chaque nom de langue présenté devrait correspondre à celui en usage dans cette langue.
Bien entendu, certains aspects que nous n’avons fait qu’effleurer doivent faire l’objet de réflexions
supplémentaires par l’ensemble des intervenants afin qu’on puisse dégager un consensus quant au
traitement de la variation topolectale dans les produits terminologiques multilingues.
Enfin, étant donné que la langue n’est pas uniquement un instrument de communication, mais
qu’elle constitue également un moyen d’expression de la culture des communautés, nous croyons
que le marquage topolectal est un moyen de souligner positivement la richesse lexicale d’une
langue telle qu’elle se manifeste dans ses différentes variétés. À l’heure où on insiste de plus en
plus sur l’importance de l’adaptation culturelle, et donc linguistique, des produits et des services,
les avantages du marquage topolectal deviennent indéniables.
Bibliographie
Conférence des services de traduction des États d’Europe occidentale. Groupe de travail
terminologie et documentation (1990). CST : recommandations relatives à la terminologie, [Suisse],
Conférence des services de traduction des États de l’Europe occidentale, Groupe de travail
terminologie et documentation, 1 volume (f. mobiles).
Depecker, Loïc (1998). [Sans titre], texte proposé par Loïc Depecker et adopté par les membres du
Réseau présents à la 7e réunion de coordination de Realiter (Rome, 26-27 juin 1998). Ce texte
constitue maintenant la section II (Traitement des anglicismes) d’un document intitulé Principes
méthodologiques du travail terminologique, consultable en ligne sur le site de Realiter.
DQA (1993). Dictionnaire québécois d’aujourd’hui , rédaction dirigée par Jean-Claude Boulanger,
supervisée par Alain Rey, Saint-Laurent (Québec), Dicorobert inc., nouv. éd., xxxvii-1273 p. Complété
par un Atlas géographique & historique, une Chronologie, un Dictionnaire de noms propres et des
Annexes grammaticales.
Dubuc, Robert (1985). Manuel pratique de terminologie, s. l., Linguatech, 158 p.
Galarneau, Annie (2000). Traitement des nord-américanismes et prise en compte du contexte nordaméricain dans le Nouveau Petit Robert, mémoire de maîtrise, Sainte-Foy, Université Laval, vii-136 p.
Hausmann, Franz Josef (1986). « Les dictionnaires de français hors de France », dans La lexicographie
québécoise : bilan et perspectives : actes du colloque organisé par l’équipe du Trésor de la langue
française au Québec et tenu à l’Université Laval les 11 et 12 avril 1985, Lionel Boisvert, Claude
Poirier et Claude Verreault (dir.), Québec, Les Presses de l’Université Laval, p. 3-21 (Langue
française au Québec. 3 e section, Lexicologie et lexicographie ; 8).
Le grand dictionnaire terminologique, [En ligne], Québec, Office québécois de la langue française
http://www.oqlf.gouv.qc.ca/ressources/gdt_bdl2.html
Ménard, Louis (2004). Dictionnaire de la comptabilité et de la gestion financière : anglais-français
avec index français-anglais, avec la collab. de Murielle Arsenault, Jean-François Joly et JeanJacques Lavoie ; publ. en collab. avec l’Ordre des experts comptables (France), la Compagnie
nationale des commissaires aux comptes (France) et l’Institut des reviseurs d’entreprises (Belgique),
2 e éd., Montréal et Toronto, Institut canadien des comptables agréés, xxvi-1581 p.
Office de la langue française (1965). Norme du français écrit et parlé au Québec, [Québec],
Ministère des Affaires culturelles du Québec, 12 p.
Organisation internationale de normalisation (1996). Travaux terminologiques – Harmonisation des
notions et des termes = Terminology work – Harmonization of concepts and terms, [Genève], ISO, iv-7
p. (Recommandation ISO/860).
Organisation internationale de normalisation (1997). Codes for the representation of names of
countries and their subdivisions – P art 1 : Country codes = Codes pour la représentation des noms de
pays et de leurs subdivisions – Partie 1 : Codes pays , [Genève], ISO, ix-58 p. ( Norme internationale
ISO 3166-1).
Organisation internationale de normalisation (1998). Codes for the representation of names of
countries and their subdivisions – Part 2 : Country subdivision code = Codes pour la représentation
des noms de pays et de leurs subdivisions – Partie 2 : Code pour les subdivisions de pays, [Genève],
ISO, ix-105 p. (Norme internationale ISO 3166-2).
Organisation internationale de normalisation (1999, a). Aides informatiques en terminologie –
Catégories de données = Computer applications in terminology – Data categories, [Genève], ISO, iv-58
p. (Norme internationale ISO 12620).
Organisation internationale de normalisation (1999, b). Codes for the representationof names of
countries and their subdivisions – Part 3 : Code for formerly used names of countries = Codes pour la
représentation des noms de pays et de leurs subdivisions – Partie 3 : Code pour les noms de pays
antérieurement utilisés, [Genève], ISO, ix-11 p. (Norme internationale ISO 3166-3).
Organisation internationale de normalisation (2001). Terminographie axée sur la traduction =
Translation-oriented terminography, [Genève], ISO, 20 p. (ISO/FDIS 12616. ISO/TC 37/SC 2. Projet
final).
Rondeau, Guy (1984). Introduction à la terminologie, Chicoutimi (Québec), Gaëtan Morin éditeur,
xlvi-238 p.
Rousseau, Louis-Jean (1995). [Sans titre], texte proposé par Louis-Jean Rousseau et adopté par les
membres du Réseau présents à la 4 e réunion de coordination de Realiter (Barcelone, 14-16
décembre 1995). Ce texte constitue maintenant la section I (Principes généraux) d’un document
intitulé Principes méthodologiques du travail terminologique, consultable en ligne sur le site de
Realiter.
Sylvain, Fernand (1977). Dictionnaire de la comptabilité, avec la collab. de Murielle Arsenault et
Marie-Éva de Villers-Sidani, Toronto, Institut canadien des comptables agréés, 258 p.
Sylvain, Fernand (1982). Dictionnaire de la comptabilité et des disciplines connexes, avec la
collaboration de Murielle Arsenault, Jean-François Joly, Dominique Ledouble et Henri Olivier, 2 e éd.
ent. rev., corr. et augm., Toronto, Institut canadien des comptables agréés ; Paris, Ordre des
experts comptables et des comptables agréés ; Bruxelles, Institut des reviseurs d’entreprises, xxi662 p.
Vézina, Robert (à paraître, a). « L’OQLF et les particularismes du français du Québec : aspects
rétrospectifs », dans GLESSGEN, M.D. et A. THIBAULT (éds), La lexicographie différentielle du
français et le “ Dictionnaire des régionalismes de France ”, Colloque en l’honneur de Pierre Rézeau
pour son soixante-cinquième anniversaire, tenu à l’Université Marc Bloch (Strasbourg) du 20 au 22
juin 2003, Strasbourg, Presses Universitaires de Strasbourg.
http://www.realiter.net/spip.php?article210
Page 7 / 8
Vézina, Robert (à paraître, b). « La prise en compte de la variation lexicale dans la production
terminologique et linguistique de l’Office de la langue française », La variation dans la langue
standard. Actes du colloque tenu les 13 et 14 mai 2002 à l’Université Laval dans le cadre du 70e
Congrès de l’Acfas, sous la direction de Pierre Bouchard, Robert Vézina, Denise Deshaies, Claude
Verreault et Madeleine Allard, Québec, Office québécois de la langue française.
_________________________
[1] Voir à ce sujet Galarneau (2000).
[2] Office de la langue française (1965 : 6).
[3] Vézina (à paraître, a).
[4] Sylvain (1977).
[5] Hausmann (1986 : 4-5).
[6] Sylvain (1982 : xvi).
[7] Ibid.
[8] Organisation internationale de normalisation (1996 : iv).
[9] Voir à ce sujet Rousseau (1995), texte proposé par Louis-Jean Rousseau et adopté par les
membres du Réseau présents à la 4 e réunion de coordination de Realiter (Barcelone, 14-16
décembre 1995).
[10] Rousseau (1995).
[11] Ibid.
[12] La présence de variantes topolectales dépend de la situation linguistique du secteur de
l’activité humaine sur lequel porte le travail terminologique.
[13] Voir, par exemple, Organisation internationale de normalisation (1999, a : 13), Dubuc (1985 : 104)
et Rondeau (1984 : 86).
[14] Organisation internationale de normalisation (2001 : 15).
[15] Organisation internationale de normalisation (1997, 1998 et 1999, b).
[16] Conférence des services de traduction des états d’Europe occidentale. Groupe de travail
terminologie et documentation (1990 : 9).
[17] Alors secrétaire général du Réseau panlatin de terminologie.
[18] Depecker (1998).
[19] Voir à ce sujet Vézina (à paraître, b).
[20] D’après les renseignements qui nous ont été fournis.
[21] D’après les renseignements qui nous ont été fournis.
[22] DQA (1993 : 485 et 1202).
[23] On entendra par langue nationale la langue officielle d’un État qui constitue également la
langue maternelle de la majorité de sa population et qui est largement utilisée dans le système
d’éducation et dans les activités socioéconomiques et culturelles de cet État.
[24] Hameçonnage : Envoi massif d’un faux courriel, apparemment authentique, utilisant l’identité
d’une institution financière ou d’un site commercial connu, dans lequel on demande aux
destinataires de mettre à jour leurs coordonnées bancaires ou personnelles, que le pirate utilisera
pour détourner des fonds à son avantage.
[25] Proposition faite en janvier 2003 par Louis-Jean Rousseau, alors coordonnateur linguistique du
français d’Amérique et responsable du dossier des principes méthodologiques du travail
terminologique (Realiter).
[26] Ibid.
Secrétariat de Realiter
Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine
131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE
Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39
[email protected]
http://www.realiter.net/spip.php?article210
Page 8 / 8
català
Présentation
Règlement
Membres
Activités
Réunions et journées
Realiter bénéficie du
italiano
Português
română
Ieda Maria Alves
Isabel Desmet
Universidade de São Paulo
Universidade de Paris 8
Téléchargements
1ère journée technologique
Realiter 2011
galego
NEOLOGIA TERMINOLÓGICA E VARIAÇÃO
GEOLECTAL (PORTUGUÊS EUROPEU, PORTUGUÊS
BRASILEIRO E FRANCÊS HEXAGONAL) : UM
PROJECTO DE COOPERAÇÃO
Lexiques Realiter
7e Journée scientifique
Realiter 2011
français
Realiter Réunions et journées
Documents fondamentaux
Inventaire des producteurs de
terminologie
Español
1. O Observatório do francês e do português europeu e do português brasileiro : um projecto de
cooperação
O presente projecto de cooperação integra-se num programa de intercâmbios pedagógicos e
científicos bastante vasto, entre as nossas universidades, no âmbito de um convénio entre a
Universidade de Paris 8 e a Universidade de São Paulo. Na Universidade de Paris 8, ele faz parte de
um programa mais alargado, o Projecto América Latina 2004-2008, lançado pelo Conselho Científico e
pelas Relações internacionais, ao longo de 2003 e, na Universidade de São Paulo, de um Projeto
Integrado de Pesquisa financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq).
Na Universidade de Paris 8, desde 1990, temos vindo a constituir progressivamente corpora de
referência no âmbito das nossas pesquisas em linguística textual e lexical de especialidade, numa
perspectiva comparativa português-francês. No quadro da formação universitária e da investigação,
visamos sobretudo três grandes aplicações da terminologia teórica :
soutien de la Délégation
générale à la langue
française et aux langues de
o ensino / aprendizagem de uma ou várias línguas de especialidade ;
France (DGLFLF)
a tradução geral e especializada ;
a lexicografia e terminografia electrónica bilingue e plurilingue, ao serviço do
ensino e da tradução geral e de especialidade.
Os trabalhos de investigação em terminologia e terminografia realizados no curso de Línguas
Estrangeiras Aplicadas – Português e outras línguas (sob a nossa responsabilidade pedagógica e
científica) alimentam em parte as nossas bases textuais e terminológicas no domínio das ciências
sociais e humanas, políticas, económicas e jurídicas (mais recentemente, também no domínio das
novas tecnologias). Estas bases, que constituem hoje em dia corpora praticamente diacrónicos,
podem ser consideradas como verdadeiros observatórios do francês e do português contemporâneo
nos domínios anteriormente referidos. Associadas à tradução geral e de especialidade praticada na
formação em tradução, estas bases comportam textos de graus de especialização variáveis, de textos
altamente especializados a textos da imprensa geral. Quanto aos critérios de constituição dos
corpora, nas duas línguas, estes são normalmente comparáveis e, quando possível, paralelos.
Frequentemente, em função das actividades de tradução do francês para o português, as
investigações e a alimentação das bases partem do francês de França. Tal facto permite-nos
observar de maneira sistemática não só as diferentes etapas do nascimento, instalação e difusão dos
neologismos em cada uma das línguas, como também os processos de circulação dos novos termos
entre elas, incluindo obviamente todas as fases de instabilidade na instalação ou recusa de um novo
termo (cf. Desmet 2001, 2002 e 2003b).
A perspectiva comparativa, uma metodologia baseada simultaneamente na linguística textual e na
diversidade discursiva, assim como uma pesquisa documental apoiada pelas novas tecnologias,
permitem-nos identificar certas particularidades da neologia, por vezes invisíveis na pesquisa
unilingue e unicorpus.
Actualmente, o trabalho que desenvolvemos desde 1990 constitui oficialmente o Observatório do
Francês e do Português Europeu (contemporâneos) do Centro de Recursos e de Investigação em
Tecnologias de Aprendizagem das Línguas (CERTAL) da UFR 5, centro de investigação sob a nossa
responsabilidade científica e administrativa.
Na Universidade de São Paulo, o Observatório de Neologismos Científicos e Técnicos do Português
Contemporâneo do Brasil, criado em 1988, tem realizado pesquisas sobre a neologia em duas
perspectivas : por um lado, procura observar, analisar e difundir aspectos da criatividade lexical,
tanto de unidades lexicais da língua geral como de unidades lexicais especializadas ; por outro lado,
procura atender às necessidades do desenvolvimento tecnológico e científico, no português
brasileiro, por meio da elaboração de trabalhos terminológicos em algumas áreas. Vinculado ao
Programa de Pós-Graduação em Filologia e Língua Portuguesa da Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, o observatório é integrado por alunos do curso de
Graduação em Letras, que recebem bolsas de Iniciação Científica de agências de fomento à pesquisa
e por pós-graduandos de Mestrado de Doutorado.
A Economia tem sido abordada de maneira especial desde o início da criação desse observatório. Os
altos índices de inflação, as diferentes moedas e os vários planos de estabilização econômica por
que tem passado o Brasil são responsáveis, dentre outros fatores, pelo emprego de uma terminologia
bastante variada, muitas vezes efêmera, que reflete as mudanças econômicas que a sociedade
brasileira vem sofrendo. Como primeiro resultado dessa observação da neologia da Economia, foi
publicado, em 1988, o Glossário de Termos Neológicos da Economia, que reflete a neologia da
terminologia da Economia brasileira na década de 1990, coletada em cadernos de Economia de
jornais e em revistas de divulgação. Por ter sido coletado em um corpus de divulgação, dirigido a
leitores não-especialistas, porém usuários das atividades econômicas, o Glossário destina-se a esse
público. Pretende, assim, elucidar os termos da Economia que são mais freqüentes nos veículos
analisados e que mais afetam a vida do brasileiro no que concerne às aplicações financeiras, ao
mercado de trabalho, às relações econômicas estabelecidas internamente e, ainda, pelo Brasil com
outros países.
http://www.realiter.net/spip.php?article211
Page 1 / 4
Paralelamente à observação da terminologia da Economia em materiais de divulgação, e em parceria
com docentes da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, está se
procedendo à constituição de uma base textual constituída por um corpus especializado
(dissertações, teses, atas de congressos, manuais, apostilas de cursos...) de Economia em diferentes
subáreas. Os termos extraídos dessa base estão constituindo uma base de dados, que, além da
observação da terminologia da Economia em um corpus especializado, visa ainda à elaboração de um
dicionário destinado aos alunos do curso de Economia da universidade.
Deste modo, por desenvolvermos trabalhos bastante similares no que concerne à terminologia da
Economia, no âmbito do programa de intercâmbios entre a Universidade de Paris 8 e a Universidade
de São Paulo, estamos desenvolvendo um projecto que visa oficializar os nossos trabalhos comuns,
assim como formar estudantes e jovens pesquisadores que connosco trabalham nas nossas
investigações em linguística de especialidade. No nosso projecto de investigação em neologia
terminológica, a variação geolectal encontra-se no centro dos nossos objectivos de reflexão,
descrição, consignação e divulgação dos dados. De início, já nos deparámos com as seguintes
questões :
Que critérios para a selecção dos corpora textuais ?
Quais os critérios para a identificação dos neologismos terminológicos ?
Quais os tipos de variação intra- e interlinguística ?
Como tratar, descrever, consignar e divulgar os dados obtidos ?
2. Critérios de selecção dos corpora textuais
A partir das nossas bases electrónicas de dados textuais no domínio da economia (textos científicos
e de divulgação) estamos a constituir um Observatório do francês e do português europeu (sob a
responsabilidade científica de Isabel Desmet) e do português brasileiro (sob a responsabilidade
científica de Ieda Maria Alves), tendo como objectivo o estudo da neologia em francês e nas duas
variedades do português, neste ramo do saber. Tomaremos como ponto de partida o subdomínio da
micro-economia para estudar a variação intralinguística e interlinguística entre o francês, o
português de Portugal e o português do Brasil, no que concerne a neologia, no período
compreendido entre 2000 e 2005.
Assim, num primeiro tempo, o corpus textual especializado é composto por manuais de microeconomia em francês de França, português de Portugal e português do Brasil.
O corpus textual de divulgação é composto por textos da imprensa francesa, portuguesa e
brasileira : para o francês, Le Monde e o Nouvel Observateur ; para o português de Portugal, o
Expresso e o Público ; para o português do Brasil, Folha de S. Paulo e O Globo.
3. Critérios de identificação dos neologismos terminológicos
No que respeita a neologia propriamente dita, analisaremos os três grandes tipos de neologia :
neologia formal ;
neologia semântica ;
neologia por empréstimo.
Os empréstimos do inglês em francês, português de Portugal e português do Brasil merecerão um
estudo particular.
Quanto aos critérios de identificação dos neologismos terminológicos, utilizaremos os parâmetros
normalmente seguidos nas pesquisas em neologia :
a diacronia : uma unidade é neológica se aparece num período recente a lexicografia : uma unidade é neológica se não surge nos dicionários, gerais,
especializados ou terminológicos ;
a novidade : uma unidade é neológica se é sentida como nova pelos locutores ;
a instabilidade : um novo conceito é denominado alternativamente por duas ou mais
formas neológicas diferentes, o que conduz à variação denominativa (para o carácter
relativo destes critérios, assim como para uma tipologia de instabilidades, cf. Desmet
2001, 2002 e 2003b).
O corpus de exclusão, também designado por “anti-dicionário”, é constituído por dicionários da
língua geral - para o francês, o TLF e o Robert ; para o português de Portugal, o Dicionário da
Língua Portuguesa da Porto Editora e o Dicionário da Língua Portuguesa da Academia ; para o
português do Brasil, o Novo Aurélio Século XXI : o dicionário dalíngua portuguesa de Aurélio Buarque
de H. Ferreira e o Dicionário Houaiss da língua portuguesa de Antonio Houaiss e por dicionários de
especialidade.
4. Tipos de variação intra- e interlinguística
Em nossos respectivos corpora, temos observado uma variação em âmbitos específicos do português
europeu (ex. : curva de procura / curva da procura ; pirâmide de necessidades / pirâmide das
necessidades / pirâmide de Maslow ; desfasamento cambial / desfasamento dos câmbios ) ;
do português brasileiro (ex. : mercado de câmbio / mercado cambial ; curva de demanda / curva da
demanda) ;
e do português europeu / francês (ex. : comércio interno / commerce intérieur ; comércio
externo / commerce extérieur).
Com base em nossa observação, nossa análise pretende enfocar a variação nas perspectivas da
variação ortográfica, fonológica com influência gráfica, morfológica, morfossintáctica, semântica e
pragmática.
Exemplificamos alguns tipos de variação como exemplos do português europeu e do português
brasileiro :
http://www.realiter.net/spip.php?article211
Page 2 / 4
variação ortográfica : factura / fatura ; acto jurídico / ato jurídico ;
variação morfológica : balança de pagamentos / balanço de pagamentos ; valor
aduaneiro / valoração aduaneira ; franchising industrial / franquia industrial ;
variação morfossintáctica : sistema tributário, sistema de tributação (neste caso a
variação é interna e corresponde nas duas variedades da língua portuguesa) ; direitos
aduaneiros, direitos alfandegários / direitos aduaneiros, direitos de alfândega ; licença
de exploração de marca / licença do direito de uso da marca ; lei da oferta e da
procura / lei da oferta e da demanda ;
variação semântica : subida de custos / aumento de custos ; direitos
proteccionistas / barreiras protecionistas.
Por fim, consideramos também a possibilidade da variação pragmática, directamente
relacionada com os diferentes graus ou estratos de língua, isto é, casos em que um
neologismo possa pertencer a um discurso generalista numa dada variedade de língua
e a um discurso especializado na outra variedade do português.
5. Tratamento, consignação e divulgação dos dados
Com este estudo, pretendemos realizar um dicionário neológico no domínio da economia científica e
de divulgação, em suporte de papel e electrónico, que poderá ser publicado pelas editoras das
nossas universidades. Este projecto pretende ainda ser o início de um projecto mais vasto de
constituição de um Observatório do francês e do português, nas variedades europeia e brasileira,
visando as trocas internacionais. Este Observatório será também um lugar de intercâmbios teóricos e
metodológicos no domínio dos estudos linguísticos, nomeadamente lexicais e lexicográficos.
ravés deste projecto, temos a intenção de fomentar intercâmbios não só entre docentes, mas
também entre os jovens investigadores das nossas universidades que nele participam.
Finalmente, na Universidade de Paris 8, este projecto articula-se com o Master de ciências da
linguagem, especialidade “estudos linguísticos de especialidade” e com o Master de tradução
especializada, a entrarem em vigor em 2005. Ele pode ainda ser enriquecido com outras línguas,
docentes e jovens investigadores, no âmbito das investigações levadas a cabo no CERTAL (projecto
“Observatórios de línguas : francês e línguas estrangeiras”, l i n h a s d e a c ç ã o 1 e 2 , e i x o d a
investigação).
Bibliografia
Alves, I. M. (1990). Neologismo. Criação lexical. São Paulo : Ática.
Alves, I. M. (1996). “Definição terminológica : da teoria à prática”, Tradterm, São Paulo, 3. 125-136.
Alves, I. M. (coord.) (1998). Glossário de Termos Neológicos da Economia. São Paulo : Humanitas.
Alves, I. M. (1998). “Uma experiência terminológica : a elaboração do Glossário de Termos Neológicos
da Economia”, Alfa - Revista de Lingüística, São Paulo, 42. 205-211.
Alves, I. M. (2000a). “Polissemia e homonímia em uma perspectiva terminológica”, Alfa - Revista de
Lingüística, São Paulo, 44. 261-72.
Alves, I. M. (2000b). “Étude contrastive du processus créatif en portugais et en français dans le
vocabulaire de l’Intelligence Artificielle”, La Banque Des Mots, Paris, 60. 89 – 102.
Alves, I. M. (2001a). ”Terminologia e neologia”, Tradterm, São Paulo, 27. 53-70.
Alves, I.M. (2001b). “Em torno de um jargão técnico : o economês”, Dino Preti e seus temas :
oralidade, literatura, mídia e ensino.1 ed. São Paulo : Cortez.173-180.
Alves, I. M., Dias, J. G., Maroneze, B. O., Anjos, E. D., Araújo, M., Melo, S. L. (2002). ”A pesquisa em
terminologia : aspectos da variação nas línguas de especialidade”, Estudos Linguísticos, São Paulo,
31.
Alves, I. M. (2002). “Neologia técnico-científica e análise de corpora”, Actas do VI Simpósio IberoAmericano de Terminologia. Lisboa : Colibri. 139-150.
Alves, I. M., Silva, M. M. A., Araújo, M. (2003). “O léxico nas línguas especializadas“, Linguagem,
conhecimento e aplicações : estudos de língua e linguagem. Rio de Janeiro : Europa. 32-39.
Alves, I. M. (2003). “Neologia na língua falada”, Léxico na língua oral e escrita. São Paulo : Humanitas,
1. 261-277.
Alves, I. M. (2004). “A unidade lexical neológica : do histórico-social ao morfológico”, As ciências do
léxico : lexicologia, lexicografia, terminologia. Campo Grande : Editora UFMS, v.2. 77-88.
Desmet, I. (1990). “A propósito da neologia terminológica do português. O caso do empréstimo”,
Actes du colloque de lexicologie et de lexicographie, Université Nouvelle de Lisbonne.182-187.
Desmet, I. (1990). “Princípios teóricos da terminologia. Especificidades da neonímia.” (Principes
théoriques de la terminologie. Spécificités de la néonymie), Terminologias n° 1, Lisboa, TERMIP. 1426.
Desmet, I. (1996). Pour une approche terminologique des sciences sociales et humaines. Les sciences
sociales et humaines du travail en portugais et en français, thèse de doctorat en sciences du
langage, Université Paris XIII, 3 tomes, 786 p.
Desmet, I. (1998). "Caractéristiques sémantiques, syntaxiques et discursives des vocabulaires
spécialisés. Quelques données théoriques et pratiques pour la lexicographie spécialisée", Actes du
2ème Colloque de Linguistique Appliquée, Les linguistiques appliquées et les sciences du langage.
Strasbourg : COFDELA Publications. 292-305.
Desmet, I. (1999). "Enjeux lexicaux et phraséologiques du discours journalistique : bilans
économiques dans les quotidiens portugais, français et espagnols", Travaux et Documents n° 4,
Université Paris 8 – Presses Universitaires de Vincennes – Saint-Denis. 165-186.
Desmet, I. (2001). "Le portugais et le français en dialogue dans la presse écrite : analyse de certains
mécanismes de variation linguistique. Variation lexicale intra- et interlangues dans le domaine de la
politique internationale", Travaux et Documents n° 11, Presses Universitaires de Vincennes – SaintDenis. 73-106.
Desmet, I.(2002). "Néologie du portugais contemporain : une zone d’instabilité linguistique", Actes de
la journée "Instabilités linguistiques dans les langues romanes", Université Paris 8, Travaux et
Documents n° 16, Presses de l’université de Vincennes – Saint-Denis. 77-99.
http://www.realiter.net/spip.php?article211
Page 3 / 4
Desmet, I. (2003a). "Equivalence et bidirectionnalité dans les dictionnaires terminologiques portugaisfrançais", comunicação apresentada nas IVème Journées d’étude sur la lexicographie bilingue,
Institut Hongrois de Paris, sob a direcção de Thomas Szende (INALCO), 22, 23 e 24 de Maio de 2003
(no prelo, Editions Honoré Champion).
Desmet, I. (2003b). "Évolutions théoriques et méthodologiques dans la recherche en néologie
scientifique et technique" Actas do Colóquio Internacional "La néologie scientifique et technique :
bilan et perspectives", Realiter, Roma, 28 de Novembro de 2003.
Desmet, I. (2004a). "Terminographie d’apprentissage et apprentissage de la terminographie : le
dictionnaire électronique bilingue des contrats du commerce international (portugais-français et
français-portugais)", no prelo para o próximo número da revista Études de linguistique appliquée.
Desmet, I. (2004b). "Modalités de coopération et de formation en terminologie : coopération locale,
nationale et internationale", AET, 2a Cimeira Mundial de Terminologia, 26 e 27 de Novembro de 2004,
Barcelona.
Desmet, I. (2004c). "Terminologia e terminografia : cooperação entre meios universitários e meios
profissionais”, Riterm 2004, de 29 de Novembro a 2 de Dezembro, Barcelona.
Secrétariat de Realiter
Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine
131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE
Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39
[email protected]
http://www.realiter.net/spip.php?article211
Page 4 / 4
català
Présentation
Règlement
Membres
Español
Téléchargements
Inventaire des producteurs de
terminologie
7e Journée scientifique
Realiter 2011
1ère journée technologique
Realiter 2011
italiano
Português
română
LA SELECCIÓ DE VARIANTS DIALECTALS EN
TERMINOLOGIA
Rosa Colomer
Jordi Bover
TERMCAT
Réunions et journées
Lexiques Realiter
galego
Realiter Réunions et journées
Activités
Documents fondamentaux
français
Al TERMCAT ens enfrontem diàriament amb el repte de compaginar dues aspiracions antitètiques :
d’una banda, la tendència a la uniformització per preservar la precisió i la univocitat de la
comunicació científica i, d’altra banda, el respecte a la diversitat dialectal.
En aquesta comunicació ens proposem apuntar algunes solucions a aquest antagonisme que puguin
facilitar la selecció i marcatge de variants geogràfiques en el treball terminològic, a partir de la
nostra experiència al TERMCAT tant en l’elaboració de productes terminològics com en les
propostes de normalització.
La sinonímia en terminologia
Com és sabut, en terminologia, a diferència de la llengua general, la proliferació de sinònims és un
factor que se sol evitar perquè dificulta la comunicació unívoca. Sempre que és possible, doncs, es
tendeix a seleccionar els sinònims d’ús més general i bandejar els altres o reduir-los a la condició de
sinònims complementaris.
La quasisinonímia
Realiter bénéficie du
soutien de la Délégation
générale à la langue
française et aux langues de
France (DGLFLF)
Aquesta selecció, que ja és prou dificultosa en sinònims no marcats, esdevé molt més delicada quan
els sinònims són variants dialectals i el seu ús està condicionat pel dialecte de l’emissor de la
comunicació. Estrictament, doncs, tot i que designen un mateix concepte, els geosinònims no són
pròpiament sinònims : són quasisinònims, atès que no s’utilitzen en les mateixes situacions
comunicatives. La quasisinonímia es produeix també en altres casos, en els quals tampoc no és
possible utilitzar indistintament dos termes que designen una mateixa noció : per exemple, en
diferències de registre ( com ara les que hi ha entre mal de cap i cefalàlgia), en diferències
temporals (velocípede i bicicleta), entre marques comercials i els noms genèrics (líquid correctiu i
Tipp-Ex) o entre escoles de coneixement diferents (terme i unitat de coneixement especialitzat).
La geosinonímia en els àmbits més tradicionals
Les variants geogràfiques no afecten de la mateixa manera tots els àmbits de coneixement. D’una
banda, la geosinonímia és molt més palesa en els àmbits més ancestrals i més propers a la llengua
comuna, com ara la botànica o la ictiologia, en els quals la majoria de denominacions es van
encunyar molt abans que els mitjans de transport i els de comunicació facilitessin una difusió
unificada del coneixement en tot un territori lingüístic.
Així doncs, els pescadors de Roses denominen futarra el peix que a Palamós, setanta quilòmetres
més avall, s’anomena guilla i que rep com a mínim quatre noms més al llarg de la costa catalana :
dormilega de Barcelona a Cambrils, ueca a l’Ametlla de Mar i gitaneta i rabosa a Sant Carles [1].
Sembla evident que aquest no és un panorama ideal per facilitar els intercanvis de comunicació, per
als quals es fa necessari que una d’aquestes denominacions prevalgui per sobre de les altres i fins i
tot que en alguns contextos no es consignin les que tenen un ús molt local. Així, per exemple, en
l’obra terminològica Espècies pesqueres d’interès comercial aquest peix, de nom científic Blennius
ocellaris, es designa amb una sola denominació preferent, ase mossegaire, i nou sinònims
complementaris. Com es constata a la mateixa introducció d’aquesta obra, establir una relació
biunívoca entre nom científic i nom català de les espècies de més interès pesquer és un pas
necessari per facilitar els intercanvis comercials, però això no vol dir que s’hagin de deixar
d’utilitzar les formes populars conegudes. Sens dubte, el context permetrà que els emissors que les
tinguin com a pròpies utilitzin en molts casos aquestes denominacions secundàries, però també
sabran que quan vulguin fer-se entendre inequívocament a tot el territori tenen una denominació
única, que pot coincidir o no amb la pròpia. En definitiva, estem descrivint un procés
d’estandardització, que no difereix gaire del que duríem a terme per eliminar la sinonímia en
general, encara que els sinònims no fossin variants geogràfiques.
La geosinonímia en els àmbits més moderns
D’altra banda, les disciplines més joves, sorgides en un món globalitzat, tampoc no es lliuren dels
geosinònims, tot i que els afecten d’una manera molt diferent. Si bé els nous conceptes solen
néixer amb una única denominació per a tot el territori d’una llengua, convé no oblidar que les
extensions de significat a partir de la llengua general i, fins i tot, els usos metafòrics són els
recursos més habituals de producció de nous termes. Això vol dir que quan el terme coincideix amb
una denominació que en llengua general té geosinònims, o bé en conté si es tracta d’un sintagma,
aquests també coexistiran en l’àmbit terminològic.
Per exemple, el terme surfing, que designava un esport nou en anglès, es va introduir en català com
a surf. Després, van sorgir-ne variants que es van denominar en català amb sintagmes que tenien surf
com a base, encara que en anglès no fos així : per a windsurfing, surf de vela ; per a snowboarding,
surf de neu, i per a sandboarding... aquí ja tenim un geosinònim : com que en català tant s’utilitza el
mot sorra com arena, com n’hem de dir del terme sintagmàtic : surf de sorra o surf d’arena ? En
aquest cas, doncs, un terme que designa un concepte absolutament nou ens planteja, per
herència, el mateix dilema que algunes denominacions que fan referència a conceptes encunyats fa
centúries.
La selecció d’un geosinònim
http://www.realiter.net/spip.php?article212
Page 1 / 3
Un cop vista la necessitat de prioritzar, com en qualsevol procés d’estandardització, un dels
geosinònims, el pas següent és decidir quin. De fet, tal com hem pogut constatar en els dos
exemples vistos, els geosinònims en terminologia només es generen si ja existeixen en la llengua
general, encara que sigui indirectament, com en el cas de les disciplines més modernes. Per tant,
en molts casos, si hi ha alguna obra lexicogràfica de referència en la llengua que estem treballant, el
més prudent serà seguir-ne l’ús. Estem pensant, per exemple, en el diccionari normatiu de l’Institut
d’Estudis Catalans [2] en la llengua catalana o el diccionari de la Real Academia [3] en la castellana.
És evident, però, que aquest criteri no serà sempre aplicable. És probable que els geosinònims
apareguin en aquestes obres sense una remissió explícita o bé que la jerarquia de la remissió no
sigui clara. En aquests casos caldrà tenir en compte un conjunt de factors : l’abast territorial de
cadascuna de les variants dialectals sinònimes, el nombre de parlants, si el concepte tractat té un
ús més preferent en algun dels dialectes, el context en què s’ha de difondre el terme, etc. Per
exemple, en el cas de surf d’arena i surf de sorra el TERMCAT va decidir de donar preferència a surf
d’arena perquè arena té un abast territorial més ampli que sorra, tot i que probablement el nombre
de parlants que utilitzen sorra sigui superior al d’arena.
En aquests casos, però, a diferència dels geosinònims de tipus patrimonial que citàvem abans, en
què la priorització d’una forma inequívoca era indispensable per establir la comunicació, la forma
triada pot variar d’acord amb el context i es pot valorar d’introduir ambdues formes com a
sinònimes, sense preferència. El fet que els geosinònims no s’explicitin en un article terminològic no
vol dir que no es puguin utilitzar : se sobreentén que la distribució del seu ús és paral·lela a la que
tinguin en la llengua general i que la competència lingüística de l’emissor li permetrà reconèixer la
forma pròpia i la seva adequació al context.
Aquest mateix criteri és el que ha establert el Consell Supervisor del TERMCAT [4] per als
neologismes terminològics que aprova. Així, per exemple, quan el Consell Supervisor aprova el terme
graons com a alternativa a l’anglicisme steps (‘modalitat d’aeròbic que consisteix a pujar i a baixar
repetidament una plataforma fent una coreografia’), no s’expliciten els geosinònims i les variants
formals deduïbles del seu ús en la llengua general (escalons, esglaons, esgraons, glaons, grasons,
graus), però això no vol dir que contextualment no puguin utilitzar-se.
La geosinonímia en la llengua de procedència del manlleu
Certament, amb l’aplicació d’aquest criteri es poden resoldre bona part dels dubtes que genera la
creació dels neologismes a partir de peces lèxiques pròpies del sistema lingüístic. Ara bé, quan la
variació geogràfica afecta els manlleus en la mateixa llengua de la qual procedeixen, les dificultats a
l’hora de fixar o prioritzar una forma en detriment d’altres es fan novament evidents.
Avui, la incorporació a la llengua de termes que designen realitats i conceptes propis d’altres
cultures és contínua i creixent. Per una sèrie de macrofactors socioeconòmics, tecnològics,
demogràfics i polítics, com són la globalització, l’obertura de nous mercats, la introducció massiva a
la societat de les tecnologies de la comunicació i la informació, la democratització del coneixement
o els nous fluxos migratoris, les llengües han d’adaptar-se contínuament per a designar noves
realitats emprant tots els recursos disponibles. El manlleu es destaca com un dels procediments més
utilitzats, a causa de la rapidesa, la immediatesa i el gran abast que caracteritzen els intercanvis
comunicatius en el món globalitzat.
En català, com passa en la majoria de llengües, rebem cada dia nous termes procedents de les
llengües de comunicació internacional (sobretot de l’anglès), de llengües veïnes (com és el castellà)
i de llengües que comencen a tenir presència al nostre país a causa, fonamentalment, de la
immigració, com és el cas de l’àrab. En aquest darrer cas, les dificultats que presenta l’adopció de
manlleus no provenen únicament de la necessitat d’establir criteris de transliteració o transcripció,
sinó també de la gran variació denominativa d’aquesta llengua, a causa de la seva àmplia extensió
territorial.
L’àrab, com dèiem, és una llengua parlada en un territori extens i divers, amb una gran variació
dialectal, molt evident en alguns aspectes com ara el vocalisme. Una possible solució per tractar les
variants geogràfiques que sol presentar seria recórrer a les formes estàndard de l’àrab clàssic, però
no és una opció aplicable en tots els casos atesa la gran llunyania que hi sol haver entre les
denominacions de la llengua clàssica i les de la llengua popular, que en definitiva són les que ens
han arribat a nosaltres. El terme hummus, per exemple, es tendeix a pronunciar en algunes zones
hommos ; falàfel seria, seguint l’àrab clàssic, falàfil, i kefta es pronuncia en alguns llocs kafta, i en
àrab clàssic és kufta. En aquests casos, al costat de criteris etimològics i d’adequació lingüística,
per seleccionar l’alternativa àrab a partir de la qual caldrà fer l’adaptació catalana es fa necessari
recórrer a criteris de tipus sociolingüístic, com poden ser els usos majoritaris en el territori de
procedència, d’una banda, o el grau d’implantació en la llengua receptora de determinades formes
o grafies, de l’altra.
En molts termes, a més, a la variació dialectal s’hi afegeix la variació provinent de l’adaptació o la
semiadaptació del manlleu en la llengua que l’ha vehiculat, generalment el francès o l’anglès. Sovint,
la influència de la llengua vehicular és important i es reflecteix en la forma que acaba adoptant el
terme. En d’altres casos, però, si hi ha prou consens entre els especialistes consultats, s’opta per
una grafia més d’acord amb el que seria el procediment normal d’importació i es desestimen els
trets derivats de l’adaptació feta en una altra llengua. El Consell Supervisor del TERMCAT, per
exemple, d’acord amb la majoria d’arabistes, va aprovar la forma tabule (adaptació de l’àrab tabbūla)
com a denominació d’una amanida típica dels països del Pròxim Orient, i va desestimar explícitament
la forma afrancesada tabulé, que també ha tingut una certa difusió.
Marcatge dels geosinònims en un treball terminològic
Un cop fetes aquestes reflexions, és el moment de plantejar-nos si cal indicar d’alguna manera en
un treball terminològic la distribució territorial dels geosinònims seleccionats, tant en català com en
les altres llengües, i, en cas afirmatiu, quina és la millor manera de fer-ho.
En els treballs elaborats pel TERMCAT, d’acord amb el criteri esmentat abans, només hem indicat la
procedència dialectal de les denominacions catalanes en ocasions molt comptades. Aquest mateix
tractament ha estat d’aplicació per a altres llengües de treball com el castellà o el francès. Per
exemple, en un diccionari notarial [5] que hem publicat recentment, l’única referència a variants
dialectals la trobem en el terme notari –ària, que presenta dos equivalents castellans, escrivano i
notario, i u n a n o t a q u e i n f o r m a q u e “L’equivalència castellana escrivano é s p r ò p i a
d’Hispanoamèrica”. En canvi, tradicionalment s’ha fet una excepció en el cas dels equivalents
anglesos, que en algunes obres s’han marcat amb el codi [GB], en el cas de l’anglès britànic, i [US]
per a l’americà.
es del nostre punt de vista , en l’elaboració d’un recull terminològic només s’hauria de marcar la
distribució geogràfica de les denominacions en el cas en què no sigui deduïble de la consulta al
diccionari de la llengua general, i sempre que es tingui la plena seguretat que s’està donant aquesta
informació d’una manera coherent i sistemàtica. Si es donen aquestes condicions, la manera més
sintètica de marcar aquest ús seria amb un codi entre claudàtors, a continuació de cada
equivalència afectada, tal com hem indicat per a l’anglès.
http://www.realiter.net/spip.php?article212
Page 2 / 3
En la majoria de casos, però, serà preferible no marcar de cap manera els geosinònims, tant per
evitar una excessiva proliferació de sinònims predictibles com per evitar incoherències per
desconeixement. Per exemple, en un diccionari es pot decidir de no marcar variants del tipus
acclimatisation [GB] i acclimatization [US], o fins i tot recollir-ne només una, sempre que s’expliciti
aquest criteri a la introducció de l’obra.
En els casos en què la diferent distribució geogràfica de les denominacions no sigui deduïble de les
regles de formació de la llengua general, com en el cas que apuntàvem de notario i escrivano, pot
s e r d’interès consignar aquesta informació. Probablement, com que es tractarà de molt pocs
termes, es podran introduir notes explicatives sense que això signifiqui recarregar excessivament el
diccionari.
Com hem dit, però, aquestes indicacions només són orientatives perquè no només depenen de
criteris lingüístics, sinó també (i sobretot) d’aspectes pragmàtics i d’ús dels termes. La nostra
experiència ens mostra que no es poden establir uns criteris estrictes o rígids d’homogeneïtzació
pel que fa a la presentació de la variació geogràfica per a tots els productes terminològics, sinó que
es fa necessari estudiar cada cas en el seu context per poder garantir-ne l’adequació global.
Conclusions
Recapitulant, doncs, el que hem exposat al llarg d’aquesta comunicació, tot i que la terminologia es
circumscriu habitualment a les varietats funcionals de la llengua i a registres més aviat formals, la
variació geogràfica té presència en els treballs de recerca terminològica. Aquesta variació es fa més
evident en la terminologia dels sectors professionals més tradicionals, de les ciències que descriuen
realitats físiques que varien segons el territori (zoologia, botànica, geologia) i dels àmbits vinculats a
l’antropologia, la cultura i el folklore. A més, la variació geogràfica també té una presència
destacada en l’activitat neològica, concretament en l’elaboració de noves propostes denominatives,
siguin formacions autòctones, basades en elements de la llengua general, o siguin manlleus d’altres
llengües, perquè la correcta selecció dels elements que conformaran els nous termes garantirà la
seva adequació en l’ús en els diferents punts del territori en què aquests termes seran utilitzats.
D’altra banda, convé no oblidar que la variació geogràfica que pot presentar la terminologia no és
altra que la que presenta la llengua general. Tenint en compte això, i també que la terminologia
forma part del sistema general de la llengua i de la seva varietat estàndard, els criteris que s’adoptin
en el treball terminològic han de tenir una clara correlació amb els criteris que segueix el diccionari
general, perquè altrament serien del tot inaplicables per als parlants.
Finalment, quant a la presentació de les varietats geogràfiques en els productes terminològics, tant
pel que fa a la seva inclusió en major o menor grau, i al marcatge de procedència, és un aspecte
que caldrà valorar en cada cas segons les característiques de l’obra, l’àmbit d’especialitat que
tracta, la finalitat que es proposa, el públic a què va adreçada, i l’àmbit territorial en què es preveu
de fer-ne difusió. És evident que caldrà una presentació diferent per a una guia de les espècies
pesqueres d’interès comercial, en què la necessitat de normalització és ben palesa, que per a un
recull de plantes d’interès medicinal d’una determinada contrada. Des del nostre punt de vista, no
cal buscar l’homogeneïtzació de tots els productes terminològics, però sí els criteris que ens
permetran optar de manera sistemàtica per una presentació o per una altra en funció dels objectius
que ens hàgim proposat.
______________________
[1] Informació extreta de : Huguet i Sesma, A. Catàleg de les 125 principals espècies d’interès
pesquer a Catalunya. [Barcelona] : Generalitat de Catalunya. Departament d’Agricultura, Ramaderia i
Pesca, 1991. 282 p.
[2] Institut d’Estudis Catalans. Diccionari de la llengua catalana . Barcelona ; Palma de Mallorca ;
València : Edicions 3 i 4 : Edicions 62 : Moll : Enciclopèdia Catalana : Publicacions de l’Abadia de
Montserrat, 1995.
[3] Real Academia Española. Diccionario de la lengua española. 22a ed. Madrid : Espasa-Calpe, 2001.
[4] El Consell Supervisor és l’òrgan encarregat de la fixació dels nous termes en català, presidit per
un membre de la Secció Filològica de l’Institut d’Estudis Catalans (IEC) i integrat per membres de
l’IEC, terminòlegs del TERMCAT i especialistes representants dels diversos àmbits del coneixement.
[5] TERMCAT, Centre de Terminologia. Terminologia notarial. Barcelona : TERMCAT, Centre de
Terminologia, 2004. 86 p. (Terminologies ; 4)
Secrétariat de Realiter
Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine
131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE
Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39
[email protected]
http://www.realiter.net/spip.php?article212
Page 3 / 3
català
Présentation
Règlement
Membres
Español
français
galego
italiano
Português
română
Realiter Réunions et journées
LES APORTACIONS PERIFÈRIQUES EN
TERMINOLOGIA CATALANA : UNA QÜESTIÓ OBERTA
Activités
Xavier Rull
Universitat Rovira i Virgili
[email protected]
Réunions et journées
Documents fondamentaux
1. Introducció
Lexiques Realiter
És sabut que la teoria terminològica té com a principi desrecomanar la sinonímia (un concepte = una
única denominació). Ara bé, la variació geolectal és un fet vivíssim en qualsevol llengua ; per tant,
l’activitat terminològica no hauria de negligir-ho. En català, a més, hi ha hagut força debat sobre la
presència de variants geolectals a la llengua normativa (basta veure la quantitat de bibliografia sobre
aquest aspecte per a adonar-se de la importància que hom hi ha donat) ; en aquest debat
geolectalista s’hi pot incloure la terminologia. Per tot plegat, sembla oportú plantejar-se què cal fer
amb les variants geolectals en el tractament terminològic. Aquesta qüestió, a causa del refús a la
sinonímia, no ha estat gaire tractada. [1]
Téléchargements
Inventaire des producteurs de
terminologie
7e Journée scientifique
Realiter 2011
1ère journée technologique
Realiter 2011
Realiter bénéficie du
soutien de la Délégation
générale à la langue
Que la qüestió de la sinonímia en terminologia no es pot defugir ho demostren alguns exemples. En
posarem un : en la construcció de castells humans (una activitat folklòrica típica de les terres
catalanes), tot i que hi ha una terminologia molt unitària, trobem algun cas de sinonímia geolectal.
Els castellers del Penedès o de Barcelona fan una triple classificació segons el nombre de castellers
per pis : pilar (1 casteller per pis), torre (2 castellers per pis) i castell (3 o més castellers per pis).
En canvi, al Camp de Tarragona fan una doble classificació, més simple : pilar (1 casteller per pis) i
castell (2 o més castellers per pis). Per tant, el que a Barcelona és una torre a Tarragona és un
castell de dos. En un vocabulari del lèxic casteller hauríem de plantejar-nos què fem amb aquest fet
(si entrem les dues formes o tan sols una ; si donem preferència a una de les dues formes ; etc.). Cal
tenir present que la tria pot tenir repercussió en el llenguatge dels mitjans de comunicació
(cròniques per la televisió, la ràdio o la premsa escrita local i nacional). En definitiva : el tractament
de la sinonímia geolectal no és una qüestió simple.
française et aux langues de
France (DGLFLF)
A l’hora de tractar des del punt de vista terminològic la sinonímia geolectal, cal tenir present com a
mínim tres factors (i se n’hi pot afegir un quart segons l’interès del terminòleg) :
La tradicionalitat d’una disciplina.
L’extensió territorial dels geosinònims.
L’organització política i administrativa d’un domini lingüístic.
L’interès específic d’una peça lèxica.
2. La tradicionalitat d’una disciplina
Un primer factor a tenir en compte és la tradicionalitat d’una disciplina, ja que com més arrelada
estigui una disciplina en el nostre context cultural més variació geolectal hi trobem. Diu Josep
Moran :
“La problemàtica del lèxic deu ser diferent segons les especialitzacions [...] : a) En
algunes (construcció, jurídic, tèxtil), cal recollir i depurar sobretot el vocabulari
establert. b) En d’altres cal crear un vocabulari nou, sovint culte (de procedència grega
o llatina) o bé adoptar els termes formats en les llengües veïnes. c) De vegades les dues
formes (popular i culta) són recollides i estudiades (vocabulari botànic).” (intervenció de
Josep Moran a la ponència de M. Teresa Cabré i Castellví “Normalització terminològica”,
publicada a A c t e s d e l e s Segones Jornades d’Estudi de la Llengua Normativa ,
Publicacions de l’Abadia de Montserrat, 1987, pàg. 84)
Tot i que l’aportació de Moran fa referència a la recollida de paraules tradicionals o a la creació de
noves peces lèxiques, les seves reflexions són aplicables al cas de la geosinonímia. En efecte,
l’agricultura, la ramaderia, la indústria tèxtil, l’excursionisme, etc., són disciplines amb un gran
arrelament al domini lingüístic català, i és precisament en aquestes disciplines on es documenten
molts geosinònims.
En canvi, en disciplines com la informàtica, la matemàtica, la física, la química, l’estadística, etc., les
paraules que s’hi documenten no solen presentar variació geolectal (si hi ha variació és per altres
raons, com ara l’adscripció a un corrent ideològic o a un paradigma científic). En efecte, un
valencià sol emprar la mateixa terminologia química que un mallorquí o un gironí.
3. L’extensió territorial
En el cas de les disciplines amb un fort arrelament, una segona observació que cal fer és que, tant
en lexicografia com en terminologia, hom tendeix a bandejar les formes molt restringides quant a
extensió territorial. Per posar dos exemples de fruites, els mots nespla ( o nespre, o nispro, etc.),
poma i síndria tenen més extensió territorial que micaco (Barcelonès nord i Maresme), maçana (o
mançana) (Lleida) i meló de moro (Terres de l’Ebre), respectivament. [2] Per tant, en segons quines
llistes de fruites potser no hi han de figurar les variants menys usuals (o bé si hi figuren caldrà
indicar que són secundàries).
Hi ha geosinònims, però, que conviuen en una mena d’empat tècnic : es reparteixen el territori en
proporcions semblants. És el cas conegudíssim entre lingüistes de granera i escombra, o de mirall i
espill. Aleshores la millor sortida és considerar-les sinònimes amb peu d’igualtat, sense preferències.
Val a dir que, a vegades, la fragmentació dialectal és prou complexa i no és fàcil decidir quina forma
ha de ser la preferent per raons d’extensió. Així, entre estudiosos de la llengua és conegut que el
cereal Zea mays s’anomena de moltes maneres en català : panís, dacsa, moresc, millot, blat dindi (o
blat de les Índies, o blat indi) i blat de moro. De totes aquestes denominacions, no n’hi ha cap que
tingui una preeminència des del punt de vista geogràfic. Passa el mateix amb vit, bitxo, pesteta i
coralet. En aquests casos, potser s’han de recollir les diverses formes.
http://www.realiter.net/spip.php?article213
Page 1 / 4
Lògicament, es poden arribar a combinar empats tècnics i formes locals. Així, el duet guix i algeps es
troben en empat tècnic, ja que la primera forma és pròpia de Catalunya i la segona és pròpia del
País Valencià. Però alhora existeix ges, forma pròpia de l’Alt Pirineu. En un recull terminològic de
minerals o materials de la construcció que tingui per finalitat educar, l’elecció de quina forma s’hi
posa dependrà de l’abast territorial de la mateixa publicació : tot el domini lingüístic, només
Catalunya, o només unes comarques catalanes. [3]
En aquest context de complexitat cal afegir-hi la lateralitat de doble presència. Els dialectòlegs
usen el terme d’àrea lateral per a referir-se a les contrades allunyades dels centres de poder que
presenten trets arcaïtzants, perquè les innovacions hi arriben més tard. A cops, un tret arcaïtzant
es troba en més d’una àrea lateral. [4] Així, tot i que els sinònims pastanaga i safanòria són corrents,
existeix carrota (o carlota), forma emprada en parlars valencians, a Andorra i a la Catalunya Nord. Si
només mirem la realitat andorrana i nord-catalana però no pas la valenciana, podríem pensar que
carrota és un localisme i per tant amb menys possibilitats de figurar en un recull lèxic. En canvi, si es
té en compte també la realitat valenciana, carrota s’acosta a l’empat tècnic. El mateix passa amb
brossat, forma tortosina i mallorquina de mató (a Tortosa, i també a la Catalunya Nord, diuen que la
llet es brossa quan es converteix en mató). Un vocabulari que vol arribar a tot arreu ha de tenir
present que l’extensió de brossat va més enllà del localisme.
4. L’organització política i administrativa
Generalment, quan es parla de la relació entre dialectes i llengua estàndard, hom pensa en els 6
grans dialectes del català (septentrional, central, nord-occidental, valencià, baleàric i alguerès).
Però, de fet, la qüestió de la relació entre dialectes i llengua estàndard ha d’analitzar a partir de les
unitats administratives en què es troba dividit el domini lingüístic català. En efecte, l’aportació nordoccidental i de l’alguerès en un corpus terminològic és puntual (per no dir negligible) en
comparació amb l’aportació valenciana i illenca.
Tenim algun exemple d’això. No és casualitat que les autopistes que creuen Catalunya tinguin
sortides i que les autopistes que creuen el País Valencià tinguin eixides. L’aplicació territorial
d’aquests dos mots no s’ha fet en funció de l’extensió territorial de cada mot, sinó que s’ha fet en
funció dels límits administratius entre comunitats autònomes.
Igualment, el Diccionari complementari del català normatiu, de Lluís López del Castillo (Edicions 62,
1998), proposa d’admetre nomoblides com a sinònim de nomoblidis. La raó és que la morfologia
verbal valenciana té com a subjuntiu oblides. Aquesta proposta no té tant en compte la variabilitat
morfològica geolectal, sinó el fet que el País Valencià ha anat construint un model de llengua (que
es troba a l’escola valenciana, als mitjans de comunicació públics valencians, a l’administració
autonòmica i local valenciana, etc.) on aquest tipus subjuntiu té una presència gairebé única. Si de
f e t s’haguessin volgut respectar totes les variants dialectals, caldria haver proposat també
nomoblidos (Terra Alta i terres de Lleida), cosa que no s’ha fet.
El mateix es pot dir de l’expressió petita i mitjana empresa (i en sigla lexicalitzada : pime). Aquesta
expressió és pròpia del llenguatge econòmic i és de creació moderna ; per tant, és poc suspecta de
variació geolectal. Tanmateix, en terres valencianes s’ha optat per usar el mot més corrent en
aquestes contrades, xicotet ( p e r petit), de manera que es pot veure arreu xicoteta i mitjana
empresa (veiem aquest terme al lloc web de la Universitat Jaume I de Castelló). Aquesta opció dual
s’explica sobretot per la fragmentació administrativa del domini lingüístic, ja que els habitants de les
Terres de l’Ebre (administrativament a la comunitat autònoma de Catalunya) no reclamen el terme
menuda i mitjana empresa, a pesar que l’adjectiu més habitual en aquesta regió és menut. La
problemàtica s’agreuja pel fet que aquest terme ha donat una sigla lexicalitzada, pime. Si s’admeten
totes les variants, caldrà admetre també les sigles lexicalitzades xime i mime ?
En el cas català hi ha l’especificitat d’Andorra, que s’ha de tractar a banda. Tot i ser un territori
molt reduït, Andorra és un estat independent i ha mantingut (i, en algun cas, creat modernament)
especificitats lèxiques per al llenguatge administratiu i judicial. Així, tenim batlle ‘jutge de primera
instància’ (a la resta del domini, batlle significa ‘alcalde’) , raonador -a del ciutadà ‘síndic de
greuges’, parròquia ‘divisió administrativa local’, comú ‘corporació local’, quart o veïnat ‘subdivisió
administrativa local’, cònsol ‘màxim responsable del Comú’, nunci núncia ‘conserge de l’administració
pública’, bander -a ‘guarda forestal’, parapública ‘empresa pública’, etc. Un recull terminològic de
llenguatge administratiu per a tot el domini lingüístic —i també el diccionari normatiu— ha de recollir
aquests usos. [5]
Tots aquests exemples mostren que les fronteres administratives tenen força pes, i que, per tant,
en el tractament terminològic cal mirar tant les isoglosses com les fronteres (que en algun cas
coincidiran, però en altres casos no).
5. L’interès del terminòleg
Finalment, hi pot haver l’interès del terminòleg per a potenciar una determinada paraula que, des
del punt de vista de l’extensió territorial, no és la més usada. Per exemple, el Lèxic de la ciència del
sòl (Universitat Politècnica de Catalunya, 1989) explicita, en els criteris de confecció del vocabulari,
que s’ha donat preferència a arena per damunt de sorra perquè existeix el formant culte areno(que trobem a arenòfil). Un altre exemple és el refús de remer -a i la potenciació de remador -a ; la
raó és la possible confusió homofònica en alguns dialectes amb el castellanisme ramera
‘prostituta’. [6]
Cal esmentar igualment les indicacions de l’Institut d’Estudis Catalans per a l’admissió de localismes
en el seu diccionari. [7] Per exemple, es va admetre catxel (un mot propi del delta de l’Ebre) perquè
substituïa un castellanisme, almeja. [8]
6. La interferència d’altres llengües per zones
En l’estudi de les aportacions geolectals en terminologia no s’ha de perdre de vista una qüestió
fonamental : la inteferència de llengües superposades en els neologismes. La major part del domini
lingüístic català es troba en territori administratiu espanyol, i la llengua espanyola és un factor
d’interferència important. Però la Catalunya Nord es troba en territori administratiu francès, i és el
francès que conforma la llengua catalana en aquest territori. En efecte, a la Catalunya Nord es diu
essència o carta pel que a la resta de territoris s’anomena gasolina i carnet. [9] Aquesta influència
del francès també es troba a Andorra : hi trobem reglatge per ajust dels esquís, convivial p e r
amigable en informàtica, etc. La raó d’aquesta influència francesa sobre Andorra s’explica per la
presència de l’escola francesa en aquest principat i el fet que alguns andorrans cursen estudis
universitaris a Tolosa de Llenguadoc. Finalment, cal esmentar la influència del sard i, sobretot, de
l’italià, a l’Alguer.
Atès que un dels principis de la terminologia és buscar la màxima internacionalitat possible en la
forma dels mots, l’elecció d’una variant geolectal també s’ha de fer tenint present quin és el terme
corresponent en espanyol, francès i italià.
7. Aplicació de més d’un criteri
Fixem-nos que combinant diversos criteris podem obtenir resultats diferents. Un vocabulari que fixa
el nom de les espècies pesqueres pot aplicar el criteri de l’extensió territorial, però amb
excepcions perquè s’hi aplica el criteri administratiu en algun cas :
http://www.realiter.net/spip.php?article213
Page 2 / 4
“S’ha donat prioritat a totes les formes usades en una àrea geogràfica més extensa :
moll / roger, per a la família Mullidae ; llissa / llíssera, per a la família Mugilidae. En
alguns casos ha calgut tenir en compte l’àmbit d’aplicació d’aquest treball (Principat de
Catalunya) i s’han hagut de descartar com a prioritàries formes que, tot i ser presents en
una major extensió geogràfica, eren desconegudes en la variant lingüística del Principat :
aladroc / seitó, Engraulis encrasicholus. Només s’han deixat com a formes concurrents
anfós / mero, Epinephelus guaza, perquè la Secció Filològica de l’Institut d’Estudis
Catalans així ho va acordar.” (Espècies pesqueres d’interès comercial. Nomenclatura
oficial catalana, Generalitat de Catalunya, pàg. 8) [10]
Per l’interès del terminòleg podem trobar solucions aparentment il·lògiques, però que tenen la seva
justificació. És el cas de l’expressió correu brossa, una de les propostes de traducció per a
l’anglicisme junk mail o spam. L’anglès junk i l’espanyol basura solen aparèixer aposats en
construccions per a designar productes de molt baixa qualitat. Així, tenim junk mail, junk food,
comida basura, contrato basura, telebasura, e t c . A t è s q u e a l’e s c o l a s’ha difós sobretot
escombraries, la solució més fàcil és traduir basura per escombraria, i dir menjar escombraria,
contracte escombraria, teleescombraria, etc. [11] Ara bé, El Periódico de Catalunya i TV3 utilitzen
correu brossa i no pas correu escombraria, tot i que escombraria és més usual a Barcelona i a més és
unívoc (brossa i fem tenen altres significats ; cf. brossa a l’ull ‘petita partícula’). La raó de l’opció
d’El Periódico de Catalunya p o t s e r l’espai : aquest diari es confecciona primer en espanyol i
després es tradueix en català. Si l’expressió correo basura en un titular es traduís al català per
correu escombraria hi hauria problemes d’espai, ja que l’espai que ocupa correu escombraria és molt
més gran ; en canvi, correu brossa ocupa més o menys el mateix espai que l’expressió equivalent
espanyola.
8. Algunes reflexions
Certament, caldria aprofundir en l’estudi de l’aportació geolectal en terminologia catalana. Per
diverses raons.
l
En primer lloc, per a assegurar-nos que els vocabularis de camps lèxics molt propers
recolliran les variants necessàries. Així, si féssim un vocabulari d’ocells o de rèptils sense
tenir en compte les variants valencianes i baleàriques, aquest vocabulari no tindria gens
d’utilitat a bona part del domini lingüístic.
l
En segon lloc, per a establir criteris de treball aplicables a la totalitat del domini lingüístic.
Així ens estalviaríem ensurts com el de la xicoteta i mitjana empresa i menuda i mitjana
empresa.
l
En tercer i darrer lloc, per tal de veure què poden aportar els parlars catalans diferents del
central als llenguatges d’especialitat.
Alguns exemples d’aquest tercer punt demostren que encara hi ha camí a recórrer en aquest camp.
Als anys 70, alguns mallorquins van demanar d’incloure l’expressió a daus a l a Gran enciclopèdia
catalana, en comptes de l’expressió de quadres (per a construccions com camisa a daus). Aquesta
petició va ser denegada. Amb la denegació, es va tancar la porta a una expressió genuïna i es va
obrir la porta a una expressió idèntica a l’espanyola. L’aportació mallorquina hauria estat un granet
d’arena que hauria ajudat a mantenir distant el català respecte de l’espanyol (opció que ha de triar
qualsevol llengua que no vulgui esdevenir un dialecte d’una altra llengua).
Un altre exemple —que té poc a veure amb el distanciament d’una llengua respecte d’una altra— és
plomall. L’any 2001, l’empresa d’enginyeria automobilística IDIADA (ubicada al Baix Penedès) va posar
el mot plomall en els documents tècnics per a referir-se al fum del tub d’escapament dels vehicles
(en aquella època feia controls de qualitat del fum). La raó és que l’enginyera que s’encarregava del
projecte era de Tàrrega (Urgell), i en aquesta població s’empra plomall per a referir-se al fum que
surt d’una xemeneia. En aquest cas, tenim un exemple de compleció : s’ha omplert un buit amb una
peça lèxica provinent d’un indret prou allunyat de la capital catalana.
Tenim un tercer i darrer exemple en la construcció de vocabulari especialitzat per a una regió. A
l’Alt Pirineu català (Pallars, Ribagorça, Andorra, Alt Urgell, Cerdanya, etc.) trobem construccions o
espais tradicionals per al bestiar : bordes i pletes. Avui dia, a l’Alt Pirineu proliferen els restaurants
anomenats borda (aleshores vol dir que són —o volen ser— restaurants típics de la regió) i les
urbanitzacions aparentment típiques anomenades pleta (vegeu la pleta de Saga, vora Puigcerdà, i
pleta d’Aravell, vora la Seu d’Urgell). En aquest cas, és pràcticament obligatori recollir aquestes
extensions semàntiques de mots tradicionals en un vocabulari especialitzat (així es va fer al
Diccionari de turisme i hoteleria, del 2001, amb borda ‘restaurant típic de l’Alt Pirineu’).
Ja es veu, doncs, que cal aprofundir en l’estudi de la variació geolectal en terminologia catalana —
c o m s’ha anat fent en altres llengües— per tal de resoldre satisfactòriament totes aquestes
qüestions.
________________________
[1] L’excepció és l’aportació de Magdalena Ramon “Normativa i variants dialectals” (Jornada sobre
terminologia i serveis lingüístics, IULA, 2001).
[2] Tot i que, de fet, de la síndria se’n diu també meló d’Alger i meló d’aigua (des de l’Urgell fins al
País Valencià). Per als qui anomenen meló de... la síndria (Cucumis citrullus), utilitzen el terme meló
de tot l’any o (segons el Diccionari català-valencià-balear) meló de cristià per a referir-se al meló
(Cucumis melo).
[3] Curiosament, totes tres formes provenen del mateix ètim : el grec gypsos, passat per l’àrab giss
(Gran diccionari de la llengua catalana, Enciclopèdia Catalana, 1998). Aquest fenomen (un sol ètim
per a dos o més mots distints i sinònims) també es dóna en algun altre cas, com melic i llombrígol.
[4] Per exemple, tot i que a la majoria de parlars es diu cantem, mengem, etc., a les Illes i a la
comarca de la Terra Alta es diu cantam, menjam, etc. És una coincidència morfològica entre àrees
laterals allunyades entre si.
http://www.realiter.net/spip.php?article213
Page 3 / 4
[5] El 2003, el Servei de Política Lingüística d’Andorra va confeccionar una llista d’andorranismes
perquè fossin admesos a la 2a edició del Diccionari de la llengua catalana d e l’Institut d’Estudis
Catalans. La majoria van ser admesos per aquesta institució (juny del 2004). A la llista hi ha algun mot
d’ús tradicional, però s’hi van posar sobretot paraules pròpies del llenguatge administratiu andorrà.
Cal tenir present que bona part del lèxic tradicional de la ramaderia apareix en els textos legals i
administratius andorrans (per exemple, padral, peixena i peixeder). Entre les paraules que es van
proposar —i admetre— hi ha aute ‘interlocutòria judicial’, que, tot i ser un castellanisme, és l’única
forma utilitzada pels tribunals andorrans, i a pesar que el 1998 l’Institut d’Estudis Catalans havia
acordat desestimar aute (Documents de la Secció Filològica IV, 2003, pàg. 13).
[6] “Ús de llenguatge no discriminatori i terminologia” (aportació de Gemma Mas), Ús de llenguatges
no discriminatoris. València : L’Ullal / Federació d’Ensenyament, CCOO del País Valencià, 1999, pàg.
25-36.
[7] “Criteris d’admissió...”, Documents de la Secció Filològica III, 1996.
[8] Les formes cloïssa i escopinya presentaven diversos problemes.
[9] Joan Solà, La llengua, una convenció dialèctica, Columna, 1993.
[10] Val a dir que a vegades hi juguen altres factors. La Guia dels ocells dels Països Catalans i
d’Europa de Peterson, Mountfort i Hollom [traducció de Francesc Giró, Rosa Llinàs i Jordi Sargatal ;
Omega, 1987] explica (“Nota del traductor”, pàg. 15) que es recullen noms d’ocells en la modalitat
baleàrica quan difereixen de l’estàndard, però que no es recullen formes valencianes perquè no hi
ha cap obra que les forneixi.
[11] El Termcat va proposar, en un principi, infratelevisió.
Secrétariat de Realiter
Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine
131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE
Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39
[email protected]
http://www.realiter.net/spip.php?article213
Page 4 / 4
català
Présentation
Règlement
Membres
Téléchargements
Inventaire des producteurs de
terminologie
7e Journée scientifique
Realiter 2011
1ère journée technologique
Realiter 2011
Realiter bénéficie du
soutien de la Délégation
générale à la langue
française et aux langues de
France (DGLFLF)
galego
italiano
Português
română
UNIDAD EN LA VARIACIÓN : LA TERMINOLOGÍA DEL
ESPAÑOL
Joaquín García Palacios
Universidad de Salamanca
Réunions et journées
Lexiques Realiter
français
Realiter Réunions et journées
Activités
Documents fondamentaux
Español
Un poeta cualquiera, pudo decir en un momento cualquiera de lucidez de su poesía que en lo más
hondo de la verdad se encuentra la certidumbre de la paradoja. Una verdad que tiene la ventaja de
afirmar categóricamente y al mismo tiempo de sugerir un abanico de posibilidades que se descubren
al adentrarse en los caminos diversos que pueden contemplar la explicación (o la resolución total)
de esa unión de contrarios.
Permítanme seguir la senda de ese poeta y adentrarme en lo que de paradójico puede tener el
título de esta intervención, pues no en vano lo que solemos llamar condición humana se desarrolla
en un vaivén, en un movimiento dialéctico que, entre otras cosas, transcurre “entre la afirmación
de la diferencia y la nostalgia de lo semejante, entre la unidad y la multiplicidad, lo homogéneo y lo
heterogéneo...” Son palabras que pronunciaba hace un mes el periodista argelino Jean Daniel al
recoger el Premio Príncipe de Asturias de Comunicación y Humanidades [1], y que ahora quiero
hacer mías para pensar en voz alta con ustedes acerca de ese movimiento, que en nuestro caso se
centra en un asunto no sé si trascendente, pero desde luego muy importante, para la vida futura
del español como lengua de comunicación científica y profesional. Me refiero, como pueden
suponer, a la variación geográficamente motivada de su terminología. Homogeneidad de una lengua
frente a la heterogeneidad de la variación que en ella se produce.
Al emprender esta reflexión no hago sino recoger el guante que en su momento me lanzó Teresa
Cabré en nombre de la presidencia de REALITER, al proponerme encarar ese asunto desde una
perspectiva muy concreta, la de la marcación de ese tipo de variación en las obras terminológicas.
Acepté encantado el ofrecimiento (y desde aquí quiero agradecerles el depositar en mí su
confianza) pues me interesaba un asunto como éste entre otras cosas porque me obligaba a realizar
un acercamiento plural, desde una serie de ángulos complementarios, que debían ser abordados si
queríamos dar cuenta de toda su complejidad, la cual está determinada en general por la propia
naturaleza de los hechos lingüísticos, y en particular por las influencias mutuas y las relaciones que
se dan entre los distintos tipos de variación [2].
La convocatoria de REALITER hablaba de variación geolectal, pero de una manera inconsciente (o
consciente) hemos tendido hacia la variación denominativa, a acercarnos o alejarnos ligeramente,
aunque eso sí, incluyendo en prácticamente todos los casos un formante que remite a los
elementos geográficos que fundamentan este tipo de variación. Así, en los títulos de esta mañana y
esta tarde vemos escrito (salvando las lógicas fronteras entre lenguas cercanas) variación geolectal,
variación topolectal, variantes dialectales, y, en mi caso, marcas diatópicas, índices claros del grupo
de variantes existente, y entre las cuales resultaría difícil decidir entre una buena y una mala
formación. Desde luego yo no me atrevería en estos momentos a juzgar a la ligera sin conocer los
condicionamientos de cada una de esas elecciones. Si sé que, en mi caso, conscientemente, me he
servido de una terminología que no es la más utilizada en la actualidad, pero que encierra un halo
de tradición lingüística con la que en estos momentos, y para este caso concreto, me interesa
enlazar. No quiero ocultar que desde el título, con esas referencias a la marcación diatópica, he
pretendido evocar a los grandes dialectólogos que en el siglo pasado se enfrentaron a ese mismo
tipo de variación.
Son sugerencias que me interesan no porque me haya embargado en estos momentos un ansia
patriótica manifestada en el empleo de esa terminología ampliamente difundida en los estudios
filológicos del estado español. Lo que pretendo es poner de relieve desde un primer momento la
existencia de esa variación, cuestionarme las pretensiones de unidad o normalización terminológica,
y situarme dentro de una corriente que aprecia en los estudios de dialectología algunas
aportaciones sobre todo metodológicas que pueden representar sugerencias interesantes para el
estudio de la variación diatópica (o geolectal, que tanto da) y su marcación en las obras
terminológicas [3]. Un punto de partida –la dialectología- que evidentemente ha de provocar no
pocos desacuerdos, pues no en vano nos interesa ver una serie de aspectos relacionados con
nuestro objeto de estudio, la terminología del español, que sólo en parte coinciden con la realidad
que los dialectólogos analizaban.
No se trata aquí de dar cuenta de dialectos o de usos específicos frente a un estándar, ni de
dibujar el complejo mosaico dialectal que supone una lengua como el español. Tampoco de delimitar
la terminología en lo que ésta tiene de diferencial respecto a la lengua común. Pero sí podemos
aprender de quienes intentaban acotar mediante isoglosas un fenómeno concreto o situar las
realizaciones de determinadas formas en un atlas lingüístico. Así podríamos observar la distribución
de un hecho determinado y en función de ésta tomar decisiones importantes dirigidas, por ejemplo,
a la marcación de la terminología, un aspecto que, desde múltiples puntos de vista, resulta
completamente necesario abordar. Para lograrlo habremos de dejarnos guiar además por una
disciplina más nueva, surgida en parte de aquella -la sociolingüística- que nos abrirá cauces mucho
más propicios para la consideración de la variación. Es evidente, no obstante, que entre nuestras
pretensiones no están las de marcar fronteras entre disciplinas, máxime cuando sabemos que los
logros actuales de la terminología – el vuelco comunicativo- no se deben a la influencia de un solo
ámbito científico, sino que se han producido en gran medida por su apertura a un conglomerado de
disciplinas, la mayoría de ellas directamente relacionadas con la lingüística.
Si hablamos de señalar fronteras entre usos terminológicos, está claro que no podemos hacerlo sin
tener en cuenta hechos determinantes como son las influencias que en estos momentos puede
recibir el español de otras lenguas de su entorno, las cuales a su vez son lenguas pertenecientes a
sociedades económicamente más potentes. Sin olvidarnos igualmente del desarrollo de las
terminologías en un mundo fundamentalmente urbano, o de la variación vertical que se produce en
distintas terminologías en función del grado de especialización o de los grupos profesionales que las
usan.
La naturaleza del objeto de estudio
http://www.realiter.net/spip.php?article214
Page 1 / 6
Una aplicación exhaustiva de los principios dialectológicos al estudio de la variación diatópica en
terminología sería impensable a causa de distintos aspectos inherentes al propio objeto de estudio.
Algunas características de la terminología, en parte relacionadas con su imbricación en un hecho
temporal, en parte con su situación dentro de un sistema lingüístico o en sus relaciones con otros
sistemas, son completamente determinantes para la consideración que hagamos de la variación
geográfica. Aspectos como el dinamismo, la actualidad o la escasa estabilidad de las unidades
terminológicas, a los que nos referiremos dentro de un momento, tendrán sin duda consecuencias
importantes para la actuación en lo que a marcación diatópica se refiere.
La consideración de las unidades terminológicas como elementos léxicos que básicamente
comparten sus características con otras unidades lingüísticas de su mismo nivel (Cabré, 2001),
probablemente nos apartará de aquella visión que consideraría un contrasentido la afirmación de
que el factor tiempo (tradicionalmente alejado de los estudios terminológicos) resulta
imprescindible para la comprensión de la terminología : la unidad terminológica, como toda unidad
lingüística sujeta al paso del tiempo, se caracteriza por su dinamismo, y además por otro hecho
temporal : su relación directa con la actualidad. A nadie se le oculta la sencillez de aprehender una
realidad fosilizada (como hicieron en determinados estudios los dialectólogos) frente a la dificultad
que entraña hacerlo con otra realidad caracterizada por su constante evolución. Los “ciclos de
innovación cada vez más cortos” y el “crecimiento exponencial de conocimientos”, que conducen
inexorablemente a una comunicación que intenta ser cada vez más rápida y eficaz (Palomar, 2004)
provocan cambios en las denominaciones especializadas, en la relación que se establece entre forma
y contenido del término, y llevan emparejada así mismo la evolución y modificación de los propios
conceptos especializados. Por eso, aunque nos encontremos ante unidades esencialmente iguales, a
la fuerza ha de diferenciarse un estudio que tiene por objeto un conjunto léxico inmóvil, que
remite a una realidad que se quedó anclada en una época pasada, de otro en el que el objeto está
constituido por una serie de unidades léxicas inscritas en la novedad, en la neología, en las
modificaciones constantes en función del avance del conocimiento.
Tanto ese dinamismo del término, como su tendencia a la actualidad, determinan una tercera
característica, importante para el hecho que estamos considerando : la poca estabilidad de los
términos. Un aspecto que incide directamente sobre la marcación diatópica y en las dificultades
que ésta comporta y que, como cualquier otro relacionado con las lenguas, no puede ser tomado
como un valor absoluto, pues se encuentra en diversos grados en las distintas unidades. Si las
características anteriores nos inclinaban a la intervención sobre los términos, especialmente cuando
éstos apenas se habían visto sujetos a los avatares de la variación, la poca estabilidad de los términos
aconseja proceder en esa marcación desde una actuación conservadora (tal como se entiende este
término en medicina) y pecar por menos antes que por más.
Otro hecho que es necesario considerar, por sus repercusiones en la marcación, es el carácter
interlingüístico de una buena parte de estos elementos léxicos, los cuales trascienden en muchas
ocasiones las fronteras de una lengua, frente a lo que suponen esos otros léxicos que pertenecen a
un fondo patrimonial, y por tanto se encuentran encerrados en los límites de un solo sistema
lingüístico. Fijándonos en ejemplos por todos conocidos, el carácter mucho más internacional de las
terminologías de la biología o de la informática, frente a la tradición denominativa a que se
encuentra apegada una terminología como la de la construcción.
A nadie se le oculta que este hecho condicionará también la actitud que se adopte en la marcación
a causa de sus relaciones evidentes con la normalización.
En un sentido parecido a lo anteriormente dicho, hay una quinta y última característica que, por
obvia, no tenemos que dejar de considerar : aunque estemos refiriéndonos a la terminología en
general, es evidente que estamos pensando en subconjuntos léxicos diferenciados que comparten
unas peculiaridades como grupo, pero que a la vez tienen grandes diferencias entre ellos, las cuales
corren el peligro de pasar desapercibidas en el caso de realizar una generalización apresurada. La
adscripción de estos subconjuntos a las comunicaciones que se llevan a cabo en las distintas áreas
de la actividad humana, diferentes entre sí, y con distintos equilibrios de fuerzas dentro de cada
una de ellas, llevarán sin duda a que la marcación, aunque parta de unos principios y de un plan
metodológico comunes, adquiera aspectos propios en función de cada una de las área del
conocimiento.
Pero de eso hablaremos más adelante. Ahora nos interesa comentar cómo las características de la
terminología que repercuten directamente sobre la marcación, se ven condicionadas igualmente por
el hecho de circunscribir esa actuación a un espacio lingüístico muy concreto : el del español.
Pensar en la terminología del español, e intentar relacionarla con la amplia área geográfica en que
se habla esta lengua es recibir inmediatamente la sensación de estarnos acercando a los dominios
de la queja, tantas veces utilizada como arma eficaz para ocultar otras actitudes más cercanas al
inmovilismo o la dejadez. Pues no en vano estamos ante un asunto extremadamente complejo.
Leer (y oír hablar) sobre la terminología del español ha sido enfrentarse a continuas advertencias
sobre los peligros que representaba la variación, sobre la posible disgregación que ésta
comportaba ; ha sido ver falta de entendimiento entre especialistas ; y actuaciones voluntariosas
pero incapaces de conseguir los apoyos necesarios para lograr la necesaria integración entre
colegas o instituciones con intereses parecidos. Ha sido contemplar una y otra vez propósitos
dirigidos hacia una intervención tendente a la normalización puestos en boca de terminólogos y de
expertos en distintos ámbitos, de lingüistas, políticos y autoridades. Quejas y más quejas, y deseos,
e intentos loables pero la mayor parte de las veces fallidos, con creación de organismos y
asociaciones, pero hechos, resultados, muy pocos. Y desde luego no porque todos pensasen como
J. Fernández Sevilla que la propia lengua, por los avances de la comunicación, podría llegar a
autorregularse [4].
Escribir sobre esa terminología podría ser también seguir con esa tradición ya secular, y lanzar otra
vez palabras al viento sobre la necesidad de intervenir. Pero quedarnos nada más que en eso. Otra
posibilidad es tergiversar esos maravillosos versos, por todos conocidos, que durante los meses en
que ha estado preparando esta intervención se han visto escritos en muchos periódicos como
conmemoración del centenario del nacimiento de Pablo Neruda. Y decir : “No quiero escribir los
versos más tristes esta noche, ...” porque no quiero repetir cuestiones –versos tristes- que tantas
veces se han dicho, y sobre las que podemos estar dando vueltas y más vueltas, y que como mucho
podrán otorgarnos una pequeña dosis de autocomplacencia, pero que van a llevarnos siempre al
mismo destino. Vamos a aceptar lo evidente, como el referente de ese poema que reconoce que el
amor se ha acabado : existe variación, y en ello no podemos buscar ningún tipo de perversión
porque nada se ha trastocado. No se trata, no puede tratarse, de buscarle unas causas para
emprender un posible tratamiento, y curar a la terminología de ese mal. Porque no es una
enfermedad. Es, como todos sabemos, un principio de las lenguas, algo que se manifiesta en
cualquiera de sus subsistemas y niveles, por ejemplo en los léxicos de especialidad, una de cuyas
características es precisamente la presencia de distintos tipos de variación. Y lo normal es que sea
así en un área geográfica tan extensa como la del español. Seguirá habiendo alarmistas que clamen
contra el peligro de desintegración de la lengua si no se pone freno a esa variación. Pero sabemos
que ese peligro no es tal a no ser que vaya acompañado de otras circunstancias como la de no
valorar la propia lengua, no cuidarla lo suficiente, y no preocuparse por su mantenimiento ; o que
se produzcan una serie de dificultades para la traducción, las empresas o los organismos
internacionales, a causa de una profusión desordenada de variantes, muchas de ellas mal formadas.
http://www.realiter.net/spip.php?article214
Page 2 / 6
No es miedo a la ruptura, a la fragmentación, es miedo a que la que se considera como más
importante garantía de esta lengua –su demografía- nos tenga cegados y nos impida ver los problemas
y los peligros que tiene a causa de determinadas actitudes de sus hablantes y de quienes tienen
responsabilidades públicas en los países en que se habla español. Decía don Manuel Alvar que “no
hay lingüista con un mínimo de solvencia que no lo repita hasta el agotamiento : no hay más que un
español”. Y añadía : “Es absolutamente falaz escindir esa realidad única en dos mundos opuestos :
América y Europa” [5]. Por supuesto que en un caso como en el que nos ocupa no tiene ningún
sentido plantearse dos mundos, ni siquiera complementarios.
Lo importante, creo, no es tanto pensar en la posibilidad –remota por otra parte- de que la variación
pueda conducir a una fragmentación del español (también en los lenguajes de especialidad), sino en
los peligros que encierra en el momento actual una falta de uniformidad terminológica si esa lengua
sigue aspirando a ser una lengua de cultura con carácter internacional. Si esa normalización
(fundada en la razón y el uso lingüístico, y respetuosa con la variación cuando ésta sea significativa)
no se produce, los peligros no son tanto internos (algunos hay como el que la comunicación entre
especialistas hispanohablantes se vuelva dificultosa), sino externos, en la relación de fuerzas del
español con otras lenguas. Y sabemos que en estos momentos existe un peligro real de
monolingüismo científico -en inglés, por supuesto-, ecológicamente indeseable y culturalmente
empobrecedor que, como dice Rainer E. Hamel en un artículo esclarecedor, supone un proceso
que atenta, entre otras cosas, contra el principio formal de igualdad entre las lenguas, atribuyendo
al inglés “cualidades intrínsecas de superioridad estructural” (Hamel, 2002). Un peligro que sólo
puede contrarrestarse con una serie de políticas audaces (que no arriesgadas) que valoren de
verdad la producción científica en español en los países en que ésta es la lengua materna, y
realicen el necesario esfuerzo normalizador, sin descuidar por supuesto todo el proceso
informatizador de las lenguas al que ya se refería hace unos años J. A. Pascual (1995). Si no se
procede así es cuando puede producirse no la fragmentación interna, pero sí una descompensación
ante otras lenguas y un desprestigio externo como lengua internacional lista para acometer
cualquier tipo de comunicación.
No descubrimos nada si decimos que estamos ante un problema ; y tampoco que lo primero que
tenemos que hacer para solucionarlo es valorarlo en su justa medida. Situar correctamente una
lengua que se habla en un extenso territorio, y que está reconocida como lengua oficial en
veintidós países distintos, que no tiene el mismo grado de diversificación en todos sus estratos, y
que en algunos casos, como en el de la lengua formal, tiene una variación poco significativa, lo que
plantea muy pocas dificultades para la comprensión entre hablantes de países distintos ; que
desempeña además un papel cada vez más importante en el mundo contemporáneo (primera lengua
minoritaria de los Estados Unidos a causa de la emigración procedente de la América hispana, y una
de las más demandadas para ser aprendida como segunda lengua debido a su peso indudable como
lengua de cultura y para los intercambios internacionales). Y que se caracteriza por no tener un
único centro gravitatorio, sino por poseer un carácter “multipolar”, con al menos cuatro polos
dinámicos de irradiación : Argentina, Colombia, España y México (Lara, 2002) [6] . Un hecho que
refleja una realidad que resulta totalmente opuesta a la ya antigua concepción centralista y estática
de la lengua.
En esta valoración no podemos olvidarnos (aunque a veces nos resulte mucho menos molesto
hacerlo) de la influencia fundamental y, por qué no decirlo, también de la rémora que supone para
esta lengua, una tradición encarnada en los poderes públicos, pero también en los prejuicios y
actitudes de los hablantes, basada en la necesidad de una academia y en la tendencia a dejar en sus
manos tanto los asuntos lingüísticos que puede acometer con garantías, como aquellos otros (por
ejemplo la actuación sobre la terminología) que, según ha demostrado hasta ahora, no está en
condiciones de afrontar.
En las obras lexicográficas del español la marcación de la variación geográfica ha estado presidida
tradicionalmente por la actuación académica en sus diccionarios, la cual, a pesar de su lenta
aunque indudable evolución, en líneas generales se ha caracterizado por señalar un punto cero
(claramente eurocentrista, aunque un tanto difuso) en función del cual se producía la desviación y
el consiguiente reflejo en la marcación. Y al mismo tiempo ha hecho gala, en la tradición
acumulativa de los diccionarios decimonónicos, de la incorporación cada vez mayor de
americanismos, como si ese aumento (tímido antes, ahora decidido) supusiese un cambio de actitud
y una apertura real a las nuevas corrientes lexicográficas que reclamaban la consideración de los
hechos léxicos desde la variación. A pesar de ser pequeño, ese cambio ha supuesto una
modificación significativa, al menos en las formas, aunque no en el fondo de la cuestión. En épocas
anteriores hubiera sido impensable contemplar la inclusión -como se hace a partir de la edición 21ª
(1992)- de una marca para señalar las voces específicas de España.
Un cambio en las formas, impulsado desde la propia institución académica (y nos parece justo
reconocer el esfuerzo que ello ha supuesto), pero al que han obligado también las actitudes
cambiantes de la propia sociedad –española e hispanoamericana-, los avances teóricos de la
lexicografía, y la realización de algunos diccionarios basados en un principio no diferencialista para
algunas zonas del mundo hispánico (Lara, 1995) [7].
Son todos los anteriores hechos propiciados por la propia evolución de los tiempos, también por el
avance de los conocimientos lingüísticos, pero que, en esa tendencia que a veces tenemos al
extremismo, nos han llevado a situarnos en el polo contrario y, al menos desde el púlpito de la
palabra con trascendencia pública, olvidarnos de cualquier posibilidad que no sea la de defender a
ultranza la diferencia, como si siempre fuese autoritarismo señalar un centro gravitatorio dentro de
un colectivo caracterizado por la diversidad. Aunque más grave puede ser seguir utilizando palabras
por la única razón de agradar a los oídos de la galería, incluso a costa de no mostrar otras menos
agradecidas pero que remiten a un saber que –modestamente- interpreta sin apasionamientos y de
manera adecuada los puntos de partida, analiza correctamente –es decir, desde el conocimiento- los
hechos y, desde el respeto a todas las opciones, propugna unas conclusiones que la seriedad del
razonamiento convierte en respetables.
Es evidente, parafraseando las palabras de Claudio Magris en las que el objeto era Europa, que el
amor por España (o por cualquier otro país) no puede presuponer ninguna miope soberbia,
hispanocéntrica en este caso : el centro del mundo hoy está en cualquier parte y no tolera ningún
inicuo dominio de una concreta parte del mundo [8].
Pero puede que los centros que se señalan para la lengua general no coincidan con los que se
constituyen en referentes en cada uno de los ámbitos especializados, algo que no podremos
conocer en su justa medida si no emprendemos una serie de estudios que nos muestren claramente
esa realidad.
http://www.realiter.net/spip.php?article214
Page 3 / 6
La diferenciación clara de subconjuntos léxicos especializados, que a grandes rasgos se
corresponden con las distintas áreas de la actividad humana, nos lleva a prever consideraciones
distintas para ámbitos cognitivos diferentes, pues se supone que los equilibrios de fuerzas entre los
agentes que intervienen en los mismos tendrán características diferentes de unas áreas a otras. Y
puede que los estudios previos de carácter extralingüístico nos indiquen la conveniencia de adoptar
un planteamiento diferencial respecto a un punto cero para unas áreas, mientras que para otras
sería necesario contemplar como norma general la consideración de todas las variantes al mismo
nivel. No parece muy cercano al espíritu científico mantener a ultranza un planteamiento
metodológico que sólo por una cuestión ideológica nos lleve a considerar por igual los casos en que
se observa poca variación y aquellos otros caracterizados por la multiplicidad de posibilidades
denominativas para un concepto. La lógica parece exigir acciones distintas que en unos casos
tiendan a suprimir la marcación, pero que en otros apuesten por una marcación adecuada que pase
incluso por privilegiar una zona geográfica frente a otras si en ella se ubica una comunidad científica
con prestigio reconocido o con una trascendencia especial. Parece necesario por tanto llevar a
cabo actuaciones diferenciadas, pues en un caso como el de la teledetección posiblemente no
tenga demasiado sentido preocuparse en el momento actual por la variación geográfica y su
marcación, ya que lo verdaderamente importante es intentar asentar en español una terminología
que ahora mismo no se caracteriza precisamente por la variación, sino por estar integrada sobre
todo por unidades léxicas en inglés, que utilizan por igual expertos que hablan en español y que
habitan en distintos lugares de uno y otro lado del Atlántico.
Es difícil pensar en un fondo común de vocabulario para todo el español cuando hablamos de
terminología, a no ser que nos centremos exclusivamente en los fenómenos de creación léxica que
están por encima de las fronteras difusas entre léxico común y léxico especializado. Y desde luego
nunca en un fondo que pudiéramos fragmentar señalando las mismas áreas geográficas que para el
léxico general de esta lengua.
Por tanto esa parcelación del dominio hispánico, en lo que a la terminología se refiere, habrá que
hacerla en primer lugar en función de las distintas especialidades. Y más adelante de acuerdo con lo
que nos muestre la observación y descripción de los usos dentro de cada una de ellas. Eso nos
permitirá realizar el oportuno mapa del dominio, el cual muy posiblemente cambiará de unos ámbitos
especializados a otros al estar basado en una distribución geográfica diferente.
La marcación diatópica. Marcas, coherencia y sistematicidad
Cuando en los tratados de Lexicografía se comenta la situación sobre la marcación en los distintos
diccionarios (bien es verdad que sobre todo en los generales) se suele insistir en el carácter
fundamental, necesario, de esas marcas, pero al mismo tiempo en dos de sus defectos más
evidentes : son asistemáticas y poco objetivas (Garriga, 2003).
Todos los usuarios de diccionarios sabemos lo importante que nos resulta ver señaladas las
restricciones de uso de las distintas unidades, pero sabemos también lo que nos disgusta que en
unos casos se haya procedido a la indicación del carácter especializado de una voz o de su uso
particular en la lengua coloquial, pero que en otros similares se haya olvidado esa marcación.
Sabemos cuánto nos molesta que las marcas de distinto tipo no tengan diferenciación tipográfica, o
que esas sencillas etiquetas respondan claramente a la visión subjetiva de los redactores del
diccionario.
Quienes además hemos tenido que tratar constantemente con los diccionarios del español,
realizados mayoritariamente bajo la guía más o menos reconocida de la lexicografía académica,
sabemos de la extrañeza que nos produce encontrar tantas voces con la restricción geográfica que
indica que se trata de una voz propia de Salamanca, cuando no las hemos oído en nuestra vida y
cuando además, la mayor parte de salmantinos que conocemos tampoco saben de su existencia.
Sabemos del establecimiento de una minuciosa parcelación de algunas zonas del español de España,
mientras que otras se dejan en un genérico América Meridional.
Si además nos hemos dedicado a profundizar algo más en estos asuntos, sabemos también que la
cultura textual del consultor del diccionario le lleva a buscar marcas, y por tanto a interpretar la
ausencia de esas restricciones en algunas voces como un índice claro de su uso general. Sabemos lo
importante que resulta dar informaciones diversas en el diccionario, pero también que es mejor no
proporcionarlas cuando no se actúa de manera sistemática en todas las zonas del diccionario, o
cuando simplemente no se tiene constancia cierta de algunas de esas informaciones [9].
Un usuario de diccionarios de lengua que consultase por primera vez un diccionario especializado,
parecido a los anteriores en lo fundamental, posiblemente pensaría que la terminología es igual en
todos los lugares en que se habla una lengua, pues la mayor parte de las obras terminológicas no
registran la variación geográfica. Puede que esos diccionarios hayan conseguido acabar con la
sinonimia, un lastre evidente para la comunicación especializada. Puede que no se produzca ese
tipo de variación, o que los diccionarios no la reflejen. Aunque mucho nos tememos que lo que
suceda sea que los diccionarios y obras terminológicas, bien por su orientación normalizadora, es
decir, prescriptiva, bien por deficiencias en su actuación, hayan obviado una situación que se da
realmente en los intercambios comunicativos, olvidando por tanto su tarea de reflejar fielmente el
uso que las unidades terminológicas tienen en su hábitat natural, los textos, los productos de la
comunicación especializada.
Por otro lado, es difícil encontrar en los manuales prácticos de terminología, pensados para enseñar
a quienes en el futuro pueden dedicarse a las labores terminológicas, referencias claras a la
variación geográfica, y mucho menos proporcionar instrucciones para su tratamiento en las obras
terminológicas de distinto tipo. Y esto a pesar de que no es raro encontrar aceptada como un mal
menor la existencia de variación motivada por la extensión geográfica de una lengua [10].
No podemos olvidar, sin embargo, que son muchos y muy distintos los productos que puede generar
la práctica terminológica, y que los objetivos y funciones que pretenden conseguir y cumplir
pueden tener características muy distintas (Cabré, 2001). Sería lógico por tanto encontrar en unos
casos marcación geográfica, por ejemplo en aquellos que tienden hacia la descripción, pero ver que
no existe en otros en los que está clara su orientación hacia la prescripción de unos usos
terminológicos determinados.
Una situación como la anterior, a pesar de ser muy sencilla desde la teoría, se complica
enormemente al pasar al terreno de los hechos, pues muchas veces las posiciones que se adoptan
no responden a la lógica, sino que se rigen por las más que dudosas normas de la improvisación y la
desatención a las máximas lexicográficas y terminológicas de sistematicidad y coherencia.
Por lo que se ve tras el estudio de muchas de esas obras, no debe de ser todo tan sencillo como
realizar un estudio previo que indique la situación real de la terminología en cada ámbito
especializado y, a partir de ahí, en función de los objetivos que se pretendan conseguir con la obra
terminológica, proceder con el rigor y minuciosidad que exige el trabajo en este tipo de obras.
Propuestas ante la marcación
http://www.realiter.net/spip.php?article214
Page 4 / 6
Volviendo al caso del español, antes de descender a las realizaciones concretas en las obras
terminológicas, deberíamos preguntarnos si es más positivo intentar suprimir la variación geográfica
en las lenguas de especialidad (a lo que sin duda contribuirían obras terminológicas sin marcas
diatópicas), o si por el contrario no tenemos que hacer ningún esfuerzo tendente a la uniformidad
de los usos especializados de la lengua, pues la procedencia geográfica de los textos no implica en
el caso del español diferencias significativas.
A veces, no obstante, resulta complicado tomar una decisión cuando estudiosos que gozan de un
sólido prestigio, y que se refieren a los hechos en un mismo período temporal, parecen percibir la
realidad de manera muy diferente. Y nos puede entrar la duda de si quedarnos con la visión
optimista de Humberto López Morales (2003) quien basándose en hipótesis como la de la
“globalización léxica” o la de la “mortandad léxica” afirma que “en el ámbito de los tecnolectos [...]
salvo excepciones muy llamativas [...] marchamos hacia la unidad terminológica”. O si optar por la
carta más pesimista de Luis F. Lara (2002) quien cree que “Tenemos, [...], una gran concurrencia
terminológica, que dificulta al máximo el discurso científico hispánico y, naturalmente, la
traducción”. Desde la primera posición posiblemente nos apuntaríamos a la línea del aplauso ante los
logros conseguidos. Desde la segunda, no sería descabellado subirnos al carro de la preocupación
ante la situación actual y futura de la terminología del español, e incluso ponernos también a
contracorriente [11], eso sí, con el remo de un navegante experimentado, buen conocedor de
estos ríos, como es el profesor L. F. Lara, quien desde hace tiempo viene escribiendo sobre la
necesidad de intervenir sobre esa terminología con proyectos coordinados que desarrollen distintas
actuaciones complementarias en todos los países en que se habla español. Lo que en nuestro caso
apuntaría hacia el estudio de esos universos léxicos y a la realización de distintos diccionarios de
especialidad convenientemente marcados, elaborados desde un planteamiento no diferencialista.
A la vista de las consideraciones hechas hasta este momento sobre la variación geográficamente
motivada en el ámbito hispano, la actuación que conduzca a una marcación con garantías ha de
partir de una serie de presupuestos básicos :
1. Realizar una serie de estudios previos que permitan determinar la situación real de
las comunicaciones especializadas que se producen en cada área de conocimiento,
cuáles son los centros científicos más importantes, las revistas fundamentales, etc. Y
para no perdernos en objetivos demasiado pretenciosos partir de unos ejemplos
concretos (uno muy técnico, otro de humanidades y otro del ámbito sanitario).
2. Describir y dibujar el mapa de las áreas geográficas que se observan dentro de cada
especialidad, y en función de ello llevar a cabo la marcación correspondiente.
3. Relativizar al mismo tiempo esa marcación, pues puede ser aconsejable llevar a cabo
una marcación en profundidad para unos ámbitos especializados, pero actuar con
menor prolijidad en otros, e incluso optar en algunos casos por una marcación nula,
una opción más, deducible tras un estudio previo.
4. Adoptar como principio metodológico la consideración por igual de todas las
variantes, objetivando los resultados de los estudios, sin tomar ninguna de ellas a
priori como punto cero o variante no marcada. La excepción a esta regla vendrá
determinada por el hecho de que en un ámbito especializado el predominio de un
lugar sobre otros sea fundamental. Algo que puede parecer un contrasentido, pero
que sólo responde a un intento de dar flexibilidad al método para que no pueda llegar
a ocultarnos la realidad.
5. Actuar desde un planteamiento descriptivo, por lo que las actuaciones no irán
dirigidas a la prescripción de unos usos, sino, si acaso, a la recomendación de las
unidades léxicas bien formadas y que puedan tener el respaldo de los especialistas en
el ámbito al que pertenezcan. Algo que sin duda repercutirá en la unidad
terminológica del español, así como en la calidad de las elecciones terminológicas de
esta lengua. Para lo cual no se puede actuar de espaldas a la realidad internacional, o
con visos de localismo o nacionalismo hispano, sino intentado proyectar el español de
la ciencia y la técnica a su dimensión más internacional como lengua de comunicación
y cultura.
6. Emprender, siempre en función de los estudios realizados, la marcación sistemática
en función de la variación geográfica que se produzca, en todas las obras
terminológicas que se editen, y actuar en consecuencia con la coherencia siempre
necesaria.
7. Difundir los resultados dentro de una política normalizadora más general basada en
las recomendaciones, que no en las imposiciones, pues éstas en cuestiones
lingüísticas ofrecen dudosos resultados. Un intento serio de normalizar esa parcela
del español con el fin de conseguir esa lengua terminológicamente fuerte, con una
terminología que no dificulte su informatización ni el buen entendimiento entre los
especialistas.
Algo que sin duda contribuirá a su pervivencia como una de las lenguas científico-técnicas de
carácter internacional ; a que, como decía don Ángel Martín Municio, “nuestra lengua siga estando
en el corazón de nuestra cultura y sea el patrimonio compartido de tantas naciones ; para que logre
permanecer o incrustarse en la comunicación internacional ; y para que conserve su esencial
presencia en el desarrollo social y económico de nuestra comunidad lingüística” [12].
Nuestras propuestas de defensa del español en este ámbito no han querido ser apasionadas como
las actitudes del purista, pues la experiencia nos dice que la pasión en la relación con la lengua es
buena como arma para la venta de una política lingüística, pero no es tan efectiva como otras
relaciones menos aparentes, pero basadas en el cariño hacia el bien común que representa la
lengua, y en el sentido común a que obliga el conocimiento pausado de los asuntos lingüísticos.
Referencias bibliográficas
Cabré, M.T. (2001) “Sumario de principios que configuran la nueva propuesta teórica” y
“Consecuencias metodológicas de la propuesta teórica”. En Cabré, M.T. y Feliu, J. La terminología
científico-técnica, Barcelona, IULA, 2001, pp. 17-36.
Fajardo, A. (1996) “Las marcas lexicográficas : concepto y aplicación práctica en la Lexicografía
española”, Revista de Lexicografía, III, 1996-1997, pp. 31-57.
Fernández Sevilla, J. (1974) Problemas de lexicografía actual. Bogotá, Instituto Caro y Cuervo.
Garriga, C. (2003) “La microestructura del diccionario : las informaciones lexicográficas”, en Medina
Guerra, A. M. Lexicografía española, Barcelona, Ariel, pp. 103-126.
Geeraerts, D. et al. (1994) The Structure of Lexical Variation, Berlin-New York, Mouton de Gruyter.
Haensch, G. (2000) “L a l e x i c o g r a f í a d e l e s p a ñ o l d e A m é r i c a y u n n u e v o d i c c i o n a r i o d e
americanismos”, Revista de Lexicografía, VI, 1999-2000, pp. 179-200.
http://www.realiter.net/spip.php?article214
Page 5 / 6
Hamel, R.E. (2002) “El español como lengua de las ciencias frente a la globalización del inglés.
Diagnóstico y propuestas de acción para una política iberoamericana del lenguaje de las ciencias”.
Actas del Congreso internacional sobre lenguas neolatinas en la comunicación especializada, México,
El Colegio de México. Publicación electrónica :
http://dtil.unilat.org/cong_com_esp/comunicaciones_es/hamel.htm#a.
Lara, L. F. (1995) “El Diccionario del español de México como vocabulario dialectal”. En Ahumada, I.
Vocabularios dialectales, Jaén, Universidad de Jaén, pp. 15-29.
Lara, L. F. (1997) Teoría del diccionario monolingüe, México, El Colegio de México.
Lara, L. F. (2002) “Una visión excéntrica del español contemporáneo”. Ponencia del I Congreso El
español, lengua de traducción, Almagro, 2002.
Lara, L. F. (2004) “La construcción del diccionario”. Ponencia del II Congreso El español, lengua de
traducción, Toledo, 2004.
López Morales, H. (2003) Tendencias actuales del léxico hispánico, Cuenca, Centro de Profesores y
Recursos.
Palomar, V. “La importancia de la normalización terminológica”. Ponencia del II Congreso El español,
lengua de traducción, Toledo, 2004.
Pascual, J. A. (1995) “Escándalo o precaución. Sobre el futuro de nuestra lengua. En Marqués de
Tamarón (dir) El peso de la lengua española en el mundo, Fundación Duques de Soria, pp. 135-171.
Ruhstaller, S. (2003) “Las obras lexicográficas de la Academia”, en Medina Guerra, A. M. Lexicografía
española, Barcelona, Ariel, pp. 235-261.
______________________
[1] Recogidas en El País, 23.10.2004
[2] Perspectiva adoptada por D. Geeraerts et al. (1994) para quienes la variación contextual
(contextual variation) –uno de cuyos tipos es la variación geográfica- tiene influencias sobre cada
uno de los otros tipos de variación que señalan : semasiological, onomasiological y formal).
[3] Algo similar hizo en los años 70 del siglo pasado J. Fernández Sevilla (1974) al señalar cómo los
atlas dialectológicos podían ayudar a solucionar determinadas incongruencias que había detectado
en el diccionario académico.
[4] “Claro que es de esperar que la frecuencia y la intensidad crecientes de las comunicaciones
contribuirán a la unificación, dando preferencia a una de las palabras competidoras. Es bien
conocida la lucha de sinónimos, que suele acabar con el triunfo de uno de ellos y el confinamiento
de los demás” (Fernández Sevilla, 1974, p. 150).
[5] En “Introducción” a Manual de dialectología hispánica. El español de América, Barcelona, Ariel,
1996, p.3.
[6] L. F. Lara (2002) señala cuatro características para el español contemporáneo que “contradicen
el eurocentrismo tradicional de la educación española y correlativamente el eurocentrismo de la
hispanoamericana” : c a r á c t e r m u l t i n a c i o n a l , m u l t i p o l a r i d a d , m u l t i d i m e n s i o n a l i d a d e
internacionalidad.
[7] Encabezan la nómina los diccionarios surgidos del proyecto dirigido por L.F. Lara Diccionario del
Español de México. Y, aunque sean contrastivos, a la nómina de los diccionarios que han tratado
sobre un área del dominio hispanoamericano y que han contribuido a la renovación de la lexicografía
del español, hay que añadir los tomos aparecidos del Nuevo Diccionario de Americanismos, surgidos
del proyecto de la Universidad de Augsburgo dirigido por G. Haensch y R. Werner (Haensch, 2000).
[8] “El amor por Europa no presupone ninguna miope soberbia eurocéntrica : el centro del mundo
hoy está en cualquier parte y no tolera ningún inicuo dominio de una concreta parte del mundo”.
Claudio Magris, en su discurso tras recibir el Premio Príncipe de Asturias de las Letras 2004 (23 de
octubre de 2004).
[9] La Real Academia Española de la Lengua, en su Advertencia-prólogo a la edición de 1925-, lamenta
esas informaciones no demasiado contrastadas que se han puesto en el Diccionario : “la Academia
en el curso de su labor se ha encontrado a menudo con voces que se le proponían a título de
americanismo y que las hallaba a la vez comprobadas también como usuales hoy día en una o varias
regiones de España : así el Diccionario llegó admitir como de uso general muchos vocablos que se le
ofrecían a primera vista como de uso restringido a una región”.
[10] Dos ejemplos significativos al respecto pueden ser el Manual de Terminología de S. Pavel y D.
Nolet, editado en 2002 por el Translation Bureau del Gobierno canadiense, o el libro ¿Cómo hacer un
diccionario científico-técnico ? de R. Alpízar, Buenos Aires, Memphis, 1997.
[11] “Sólo que, a contracorriente de lo que suele pedirse para impedirlo [la aldeanización del
español], que es reforzar la acción única de las academias de la lengua y de la academia de ciencias
española, lo que es una empresa imposible, dada la multipolaridad del español contemporáneo, hay
que aceptar la extrema complejidad del español actual y actuar sobre ella con grandes procesos de
documentación en cada país ; con bases de datos multirrelacionales, que reúnan la documentación
y hagan explícitas las diferencias, con diccionarios regionales basados en estudios del uso real de la
lengua, no en informes de académicos o de corresponsales informados, y con convenios de
colaboración en el campo terminológico, tal como se lo ha propuesto la Red Iberoamericana de
Terminología ; pero también con programas permanentes de fomento a la traducción científica y
técnica y a la publicación de obras originales de ciencia y técnica en español, junto con acciones
permanentes de resistencia a los intentos de hacer desaparecer nuestras revistas científicas en
español, bajo los pretextos de que el inglés es el sustituto científico del latín y de que sólo
escribiendo en inglés nuestra ciencia tiene alguna visibilidad.” (Lara, 2002).
[12] A. Martín Municio, “Prólogo” al Diccionario de telefonía y comunicaciones móviles realizado por
encargo de la Fundación Airtel, Madrid, 2000.
Secrétariat de Realiter
Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine
131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE
Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39
[email protected]
http://www.realiter.net/spip.php?article214
Page 6 / 6
català
Présentation
Règlement
Membres
Activités
Réunions et journées
Documents fondamentaux
Lexiques Realiter
Téléchargements
Inventaire des producteurs de
terminologie
7e Journée scientifique
Realiter 2011
1ère journée technologique
Realiter 2011
Realiter bénéficie du
soutien de la Délégation
générale à la langue
française et aux langues de
France (DGLFLF)
Español
français
galego
italiano
Português
română
Realiter Réunions et journées
VARIATION GÉOLECTALE ET TERMINOLOGIE EN
ROUMANIE ET EN RÉPUBLIQUE DE MOLDAVIE
Ioana Vintilă-Rădulescu
Institut de Linguistique „Iorgu Iordan – Al. Rosetti”
Bucarest
1. Pour pouvoir mieux comprendre les particularités du rapport entre la variation géolectale et la
terminologie en Roumanie et en République de Moldova il faut connaître en ses grandes lignes
l’histoire des deux pays.
1.1. Le territoire de la République de Moldova a fait depuis toujours partie des Etats roumains (sous
l’une ou l’autre de leurs formes – Moldavie, plu tard Roumanie) et a été inclus par la suite dans l’exUnion Soviétique.
1.2. La majorité de la population de la République de Moldova, située à l’Est de la Roumanie
actuelle, parle le roumain, tout comme celle de la Roumanie. Le roumain standard est fondé
notamment sur le dialecte de l’ancienne Valachie (région du Sud de la Roumanie), mais les
différences entre les dialectes roumains ne sont pas très poussées. Dans les villages de la
République de Moldova on parle le dialecte moldave du roumain, qui est le même que dans la région
de Moldavie appartenant à la Roumanie : les enquêtes dialectales ont relevé l’existence d’isoglosses
communes, les différences opposant le Nord au Sud et non pas l’Est à l’Ouest.
1.3. Le pouvoir soviétique avait imposé en République de Moldova l’emploi du russe, une partie
importante de la population devenant bilingue. L’usage du roumain s’était beaucoup restreint au
cours de la période soviétique ; il s’est mieux conservé en famille et à la campagne. Les autorités
soviétiques se sont efforcées d’imposer à la langue cultivée des normes distinctes à tout prix de
celles du roumain standard de Roumanie. Pour remplacer les mots communs avec ce dernier, y
compris les termes internationaux, elles faisaient appel, d’une part, à des mots d’origine russe, aux
formes russes des emprunts occidentaux ou à des calques sur le modèle du russe et, d’autre part, à
des mots et à des phonétismes roumains dialectaux (voire moldaves) et archaïques.
1.3.1. Pour la première catégorie, celle des russismes, on peut citer les exemples suivants.
Le terme agricol « agricole » avait été remplacé par le composé săteanogospodăresc
litt. « villageois-administrateur », sur le modèle du rus. selskohozeaistvennîi.
Au lieu du roum. autobúz « autobus » on avait imposé la forme aftóbus, avec la
prononciation et l’accent du russe, qui emploie le formant international auto- sous la
forme afto- ; de même, au lieur du roum. microbuz « microbus » on a introduit les
formes plus récentes, également sur le modèle du russe, micróbus, marşrutcă ou
rutieră.
Au terme hidrogen « hydrogène » on avait substitué născător de apă litt. « géniteur
d’eau », sur le modèle du rus. vodorod.
L e s t e r m e s m é d i c a u x t e l s r o u m . histologie « histologie », microbiologie
« microbiologie », pneumonie « pneumonie », traumatism « traumatisme » devaient
être remplacés par les formes à phonétisme russe ghistologhie, microbiologhie – avec
[g’] au lieu de [h] et de [ğ] –, pnevmonie, travmatizm – avec [ev] au lieu de [eu].
1.3.2. Pour la deuxième catégorie, celle des régionalismes, on peut citer les exemples suivants.
Au lieu du terme cancer « cancer » il fallait utiliser dans la terminologie médicale le
mot populaire rac, signifiant également « écrevisse ».
A la place de Ministerul Afacerilor Interne « le Ministère de l’intérieur » on avait
imposé le syntagme Ministerul Treghilor Lăuntrişe, comprenant le mot familier treabă,
sous une forme de pluriel vieillie (la forme moderne étant treburi), et le mot vieilli
lăuntric, les deux prononcés non pas selon leur forme de la langue standard, trebi et
lăuntriče, mais avec le phonétisme moldave populaire – la palatalisation de b + i en [g’]
et la prononciation [š] correspondant à [č] de la langue littéraire, etc., etc.
1.3.3. Le pouvoir soviétique a changé le nom même de la langue en moldave, prétendant qu’il
s’agirait d’une langue distincte du roumain. Tous les linguistes occidentaux – ne pouvant être
suspectés de parti pris – qui se sont occupés du problème ont démontré qu’il s’agissait toujours
d’une seule et même langue, le roumain.
En même temps, le russe a peu à peu évincé le roumain en tant que langue officielle, de
l’administration, de l’enseignement, de la science, de la technique et de la culture.
1.4. A p r è s l a c h u t e d e l’Union Soviétique, la République de Moldova est devenue un Etat
indépendant et le roumain – sa langue officielle. Les autorités moldaves ont entrepris d’importants
efforts pour remplacer le russe dans les domaines où il avait pris la place du roumain, prenant
comme modèle la langue standard de Roumanie.
Dans le cas des termes ci-dessus, on constate, par exemple, en consultant le « Dictionnaire
explicatif usuel de la langue roumaine » (DEU), rédigé sous les auspices de l’Académie des Sciences
de la République de Moldova [1], que les seules formes admises sont autobuz e t microbuz ; de
même, histologie, microbiologie, pneumonie, traumatism ; săteanogospodăresc et născător de apă n’y
figurent pas, et pour leurs sens on y trouve agricol et hidrogen ; le mot rac au sens de « cancer »
porte la mention d’usage « populaire » ; les formes trebi e t lăuntrice y figurent avec leurs
phonétismes littéraires, etc., etc. Et le Ministère de l’intérieur a repris le nom roumain, etc., etc.
Si on compare le DEU au DEX (« Dictionnaire explicatif de la langue roumaine », rédigé sous les
auspices de l’Académie Roumaine [2]), on trouve très peu de différences, par exemple detalist
« vendeur en détail » dans le DEU, detailist dans le DEX, etc. Et qui plus est, dans le Dicţionar
ortografic românesc [3], la première forme a été remplacée par celle du roumain de Roumanie.
http://www.realiter.net/spip.php?article215
Page 1 / 3
1.5. Ces derniers temps, les relations privilégiées des années ’90 entre les deux Etats de langue
roumaine sont devenues moins étroites au niveau officiel. Les dirigeants de la République de
Moldova se sont tournés de nouveau, pour des raisons politiques et économiques, vers la Russie et
ont repris le terme moldave pour désigner la langue officielle du pays, en même temps que les
efforts visant à faire revivre ses anciennes particularités locales.
L’intelligentsia du pays – dont notamment la plupart des journalistes (voir, par exemple, une revue
telle Contrafort), les linguistes, les écrivains, etc. – s’oppose cependant de toutes ses forces à ces
tentatives, continuant à suivre, pour ce qui est de la langue standard, les normes du roumain de
Roumanie –, les écrivains ayant recours aux formes dialectales uniquement pour évoquer la couleur
locale.
1.6. Quel que sera le sort ultérieur de la République de Moldova, il est hors de doute que dans
l’immédiat il faut tenir compte de sa situation politique actuelle.
2. Pour ce qui est de la terminologie, la situation est à certains égards assez différente en Roumanie
et en République de Moldova.
2.1. En Roumanie, tout comme dans les autres pays représentés au sein de Realiter, les
terminologies scientifiques et techniques se sont développées au début de manière en quelque
sorte naturelle et, jusqu’à un certain moment, spontanée. Depuis plusieurs décennies, leur
évolution a été accompagnée d’un effort de normalisation, notamment dans certains domaines, tel
celui de l’électrotechnique, etc. Après le tournant de 1989, certains domaines, dont notamment
l’économie, l’informatique, l’audio-v i s u e l , l a m u s i q u e j e u n e , l a m o d e , e t c . o n t c o n n u u n
développement explosif, qui a entraîné l’invasion de nombreux emprunts notamment à l’angloaméricain. La plupart en sont employés tels quels, n’ayant pas encore été adaptés aux particularités
du roumain. Les préoccupations pour la terminologie ont gagné du terrain, stimulées notamment
grâce aux impulsions qui lui ont été données par la Direction de la terminologie et de l’industrie des
langues de l’Union Latine. En dépit de ces efforts, la normalisation de la terminologie en Roumanie
est encore déficitaire, car il n’existe pas d’organismes officiels ayant ce rôle et de mécanismes
précis à cet effet.
2.2. Par contre, en République de Moldova, tout de suite après son accès à l’indépendance, il
n’existait pratiquement pas de terminologie administrative, juridique, scientifique et technique, etc.
en la langue nationale – tout comme dans d’autres anciennes républiques soviétiques, tels les Etats
baltes, etc. En la matière, presque tout était à faire, afin de remplacer dans tous les domaines la
terminologie de la langue russe. Ceci a supposé un effort énorme, car il ne s’agissait pas de trouver
uniquement des termes pour désigner en roumain des réalités nouvelles, dont le nombre est
relativement restreint, mais également de dénommer en roumain toutes les notions de tous les
domaines. C’est pourquoi entre 1990 et 1999, par exemple, ont paru plus de 50 dictionnaires,
glossaires, lexiques terminologiques, ainsi que plus de 50 normes de terminologie [4].
Il était normal que, dans cette entreprise, les spécialistes et les terminologues moldaves ne partent
pas à zéro et n’inventent pas une n-ième fois la roue, mais qu’ils fassent appel à d’autres langues,
notamment romanes, et en premier lieu au roumain de Roumanie.
Cette situation a également un côté favorable : en agissant sur un terrain vide, on a la possibilité de
diriger plus facilement un processus que lorsqu’on doit tenir compte de coutumes enracinées
depuis longtemps. Le Centre National de Terminologie (CNT ) de Chişinău jouir de ce fait d’un
prestige plus considérable que les institutions plus ou moins similaires de Roumanie : c’est au Centre
que la plupart des institutions et des personnes intéressées demandent conseil au sujet des termes
à employer pour désigner telle ou telle chose.
A son tour, le Centre moldave de terminologie d’adresse souvent à l’Institut de Linguistique de
Bucarest pour lui demander son avis sur certains problèmes. La directrice du CNT, Mme Albina
Dumbrăveanu,par exemple, nous a demandé récemment quel était le terme correspondant en
Roumanie à l’angl. home cinema ; malheureusement, aucun terme roumain ne s’est encore imposé
en Roumanie non plus pour désigner ce système moderne, qu’on désigne toujours du terme anglais,
un terme du genre cinema de casă semblant ridicule.
Les décisions du CNT, dont certaines font l’objet de normes officielles, sont respectées dans la
plupart des cas.
3. Pour les terminologues il y a en principe deux attitudes possibles, en fonction de la philosophie
qu’on adopte : créer des termes tout à fait nouveaux dans la langue en question et essayer de les
imposer aux spécialistes et, partant, au public, ou bien enregistrer les termes en usage et, si
nécessaire, en recommander quelques-uns au détriment d’autres, proposer des corrections pour
les termes mal formés, etc., ce qui est beaucoup plus raisonnable et recommandable.
Dans le cas du terme angl. hand-out « exemplier », employé par les linguistes roumains, par exemple,
j’ai organisé, à l’occasion du colloque sur les néologismes qui a eu lieu récemment en Roumanie
avec l’appui de l’Union Latine, un concours suivi d’un scrutin, dans le cadre duquel on a opté pour
l’équivalent roumain suport de prezentare, formé sur le modèle de suport de curs. Les deux
participantes moldaves se sont engagées à diffuser le terme roumain dans leur pays également.
Après mes premières expériences à l’occasion de deux colloques qui ont eu lieu à Iaşi et à Cluj, je
suis cependant sceptique quant à ses chances de succès en Roumanie. Et si les linguistes sont si
réticents quand il s’agit de remplacer des termes anglais par des correspondants roumains, à quoi
s’attendre de la part des spécialistes d’autres domaines, qui emploient couramment l’anglais en tant
que lingua franca ?
Les terminologues de la République de Moldova n’ont pas eu, dans la plupart des cas, à faire face au
dilemme mentionné ci-dessus, étant obligés, dans la plupart des cas, de proposer eux-mêmes des
termes aux spécialistes des différents domaines.
Dans ces conditions, puisqu’il s’agit toujours de la même langue roumaine, à quoi bon ne pas
proposer les termes en usage en roumain de Roumanie au lieur de créer des termes différents à
tout prix, qui posent par la suite des problèmes d’équivalence ?
C’est pourquoi le CNT s’efforce de promouvoir, pour les noms de métiers [5] plus ou moins récents,
par exemple, des termes communs au roumain, tels automatist « spécialiste de l’automatique » ou
agent de bursă « courtier » au lieu de automatician, respectivement, realizator (calque du russe) et
macler ; de même, le terme master « diplômé d’un mastère » au lieu de magistrat, magistru o u
magisterant ; dont le premier présente le désavantage de prêter à des confusions avec les sens du
domaine juridique et le second a d’autres sens également ; le verbe a debloca « débloquer » au lieu
de a disbursa ; taxă pe valoarea adăugată « taxe sur la valeur ajoutée » – ayant la même abréviation
qu’en français, TVA – à impozit pe valoarea adăugată, litt. « impôt sur la valeur ajoutée » ; etc.
_______________________
[1] Academia de Ştiinţe a Republicii Moldova, Institutul de Lingvistică, Dicţionar explicativ uzual al
limbii române (DEU), Editions Litera, Chişinău, 1999.
[2] Academia Română, Institutul de Lingvistică „Iorgu Iordan”, Dicţionarul explicativ al limbii române
(DEX), II-e édition, Editions Univers Enciclopedic, Bucarest, 1996.
http://www.realiter.net/spip.php?article215
Page 2 / 3
[3] Academia de Ştiinţe a Republicii Moldova, Institutul de Lingvistică, Dicţionar ortografic românesc
(DOR), Editions Litera, Chişinău, 2000.
[4] V. la disquette accompagnant le numéro hors série La terminologie en Roumanie et en
République de Moldova d e l a r e v u e « Terminometro » ou sa version roumaine Terminologia în
România şi în Republica Moldova, Editions Clusium, Cluj, 2000, pp. 113-114 et, respectivement, 126127.
[5] Cf. COR. Clasificarea ocupaţiilor din România, Editions Meteor Press, Bucarest, 2003.
Secrétariat de Realiter
Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine
131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE
Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39
[email protected]
http://www.realiter.net/spip.php?article215
Page 3 / 3
català
Présentation
Règlement
Membres
Activités
Español
Inventaire des producteurs de
terminologie
7e Journée scientifique
Realiter 2011
1ère journée technologique
Realiter 2011
Realiter bénéficie du
soutien de la Délégation
générale à la langue
française et aux langues de
France (DGLFLF)
italiano
Português
română
ANTENAS NEOLÓGICAS : LA NEOLOGÍA Y EL
ESTUDIO DE LAS VARIANTES GELOLECTALES DEL
ESPAÑOL
Judit Freixa
Observatori de Neologia – Antenas Neológicas
Grup IULATERM (IULA-UPF)
Documents fondamentaux
Téléchargements
galego
Realiter Réunions et journées
Réunions et journées
Lexiques Realiter
français
El objetivo de esta comunicación es presentar un proyecto ya en funcionamiento que va a permitir
el estudio de la variación geolectal del español, concretamente de los neologismos que aparecen en
la prensa de amplia difusión de varios países de habla hispana.
Partiendo de la base de que las diferentes variedades geográficas del español no necesariamente
están innovando su léxico de forma idéntica, el proyecto se propone el análisis contrastivo de los
diferentes mecanismos de creación léxica en estas variedades.
El proyecto no es pues estrictamente terminológico, aunque muchos de los neologismos recogidos
están marcados temáticamente y se refieren a los términos más difundidos en la sociedad. Creemos
que la idea de este proyecto podría servir para estudiar la variación geolectal terminológica.
1. Origen y miembros del proyecto Antenas Neológicas
El proyecto Antenas Neológicas es una r ed de grupos que trabajan, bajo la coordinación del
Observatori de Neologia (IULA-UPF), en la detección y recopilación de neologismos para las distintas
variedades geográficas del español. Este proyecto nació a finales de 2002 con el objetivo de
contribuir a la ampliación descriptiva del léxico de estas distintas variedades lingüísticas y,
fundamentalmente, para la actualización lexicográfica (tanto de palabras nuevas para conceptos
nuevos, como de palabras nuevas para conceptos existentes, y también de nuevos sentidos o usos
para palabras ya existentes).
Aunque el objetivo principal sea la actualización de diccionarios, forma también parte de los
objetivos de partida del proyecto realizar estudios lingüísticos contrastivos sobre la vitalidad de cada
variedad, de los recursos que se utilizan, etc. y que permitan, como ya hemos mencionado, conocer
los mecanismos de innovación léxica.
Y más allá de todo ello, cada nodo de la red tiene independencia para otorgarle al grupo las
funciones que se consideren apropiadas en cada momento para satisfacer objetivos propios.
Los grupos que constituyen el proyecto son los siguientes, pero la red puede ampliarse hasta
obtener una total representación de las variedades del español :
Instituto del Desarrollo Humano de la Universidad Nacional de General Sarmiento
(Argentina)
Grupo de terminología de la Universidad de Concepción (Chile)
Oficina de Unión Latina, SIIT Virtal (Cuba)
Facultad de Traducción, Interpretación y Ciencias de la Comunicación de la
Universidad Femenina del Sagrado Corazón de Lima (Perú)
Grupo de terminología de la Facultad de Derecho de la Universidad la República
(Uruguay)
Observatori de Neologia (IULA-UPF)
Los organismos que sustentan el proyecto son el IULA (Institut Universitari de Lingüística Aplicada,
de la Universitat Pompeu Fabra) que a través del Observatori de Neologia ha aportado la iniciativa de
creación y la coordinación, la metodología y la formación de los grupos, y las herramientas
informáticas ; la Editorial SPES y Unión Latina han aportado soporte institucional, logístico y
financiero.
2. Etapas del trabajo realizado : creación, formación y vaciado
En los dos años transcurridos desde el nacimiento del proyecto se han sucedido tres etapas de
trabajo. En la p rimera etapa (de octubre a diciembre de 2002) tuvo lugar la creación propiamente
dicha : diseño del proyecto, contacto con los grupos y cierre de la propuesta inicial. En la segunda
etapa (de enero a diciembre de 2003) se llevó a cabo la formación metodológica y el ensayo de
vaciado ; aunque la formación empezó en enero y continuó hasta el fin del año, el momento decisivo
fue en julio, cuando el Observatori de Neologia organizaó unas Jornadas de Formación en Neología a
las que asistieron todos los grupos de la red.
La tercera etapa, que ya consideramos de funcionamiento regular, se inició en enero de 2004. A
partir de entonces, los grupos, ya fijados y formados, trabajan desde los distintos países en la
recogida de neologismos. Y actualmente, en noviembre de 2004, se encuentra ya constituida la base
de 2003 y la de 2004 está en fase de precierre.
3. Algunos aspectos metodológicos
Como acabamos de decir, una vez puesto el proyecto en marcha se ha procedido al vaciado de
textos de prensa, pero todavía no al análisis. Hasta hoy, el vaciado se realiza de forma manual (lo
cual contribuye a la consolidación de la metodología de trabajo por parte de los distintos grupos y a
la detección exhaustiva de todos los tipos de neologismos), pero muy próximamente el vaciado se
realizará de forma automática con una herramienta informática que se encuentra en desarrollo, y el
vaciado manual servirá solamente como vaciado complementario.
http://www.realiter.net/spip.php?article216
Page 1 / 3
En cualquier caso, el vaciado se realiza unificadamente en todos los grupos. Justamente, la
formación metodológica antes mencionada se centró exclusivamente en la metodología del
Observatori de Neologia que se utiliza ahora para todos los grupos. Y dado que la Jornada de hoy
trata de la variación geolectal, voy a detenerme en un aspecto metodológico muy relevante en
relación a este tema : el criterio para el establecimiento de la neologicidad de las unidades es el
criterio lexicográfico y el corpus de diccionarios utilizado como corpus de exclusión se restringe a
los diccionarios LEMA y DRAE [1].
En el vaciado manual, el criterio lexicográfico viene precedido de un criterio psicolingüístico, ya
que el neólogo marca como candidatos a neologismos las unidades que intuye que no se encuentran
en el corpus lexicográfico de exclusión :
porque es la primera vez que la ve
porque no la entiende (opacidad semántica)
porque sabe que el referente es nuevo
porque sabe que la denominación es nueva
porque se trata de una unidad de otro sistema lingüístico
porque el texto “marca” la neologicidad
etc.
Este criterio psicolingüístico varía de un hablante a otro pero resulta especialmente antiintuitivo
para los hablantes de Latinoamérica, ya que muchas de sus unidades no aparecen en los
diccionarios del corpus de exclusión :
"El peruano típico es el más moralista cuando requinta a la hija por estar embarazada
sin previo matrimonio." (P1, 22/11/2003) [2]
"El gol lo grité ; no tenía ni idea de cómo se había conseguido ; si había sido de
rodilla, cabeza o de chalaca." (P1, 22/11/2003)
Estas unidades no son percibidas como nuevas por parte de los hablantes de una o varias variedades
del español y, por tanto, contradicen su sentir psicolingüístico. De hecho, este mismo fenómeno (la
no percepción de la neologicidad de una unidad) se ha detectado también en el vaciado peninsular,
pero esta variedad lingüística está más reflejada en el corpus de exclusión que las otras variedades.
Así pues, los neólogos podrán recoger las unidades regionales solamente neológicas desde el punto
de vista lexicográfico, en la medida que tengan conocimiento de su ausencia en los diccionarios.
Esto significa que los grupos de Hispanoamérica no solamente recogen unidades "nuevas", o sea,
neologismos, sino que también deben recoger los dialectalismos geolectales que no aparecen en el
corpus de exclusión. Y dado que el objetivo principal del proyecto es la actualización lexicográfica,
tan interesantes resultan unas unidades como las otras.
Esta cuestión queda totalmente zanjada con el vaciado automático de neologismos, ya que, al no
intervenir el criterio psicolingüístico, se aplica directamente y también exhaustivamente el criterio
lexicográfico. Además de esto, la automatización mejora otros aspectos del vaciado :
el grado de objetividad, porque no interviene el factor psicolingüístico ;
la velocidad y el coste del vaciado, ya que la máquina efectúa en dos horas el
trabajo que el neólogo realiza en 25 horas aproximadamente ;
el grado de exhaustividad y de sistematicidad ;
la minimización del incremento de errores, al capturar directamente tanto las
unidades como los contextos y no tener que escribir el texto de nuevo ;
las posibilidades de reutilización de los resultados, ya que el ruido detectado en el
proceso se usa como retroalimentación, los neologismos pueden convertirse en filtro
de vaciado, etc.
Todo aquél que ha trabajado en detección automática sabe que este tipo de herramientas tiene
limitaciones importantes. El detector automático de neologismos [3] no detecta en esto momento
los tipos de neologismos siguientes :
neologismos polilexemáticos (neologismos formados por sintagmación y/o composición)
significados nuevos de palabras ya contenidas en los diccionarios (neologismos
semánticos)
usos sintácticos nuevos de formas contenidas en el diccionario (neologismos
formados por reglas sintácticas)
Esta limitación del programa puede parecer poco problemática desde un punto de vista cuantitativo,
ya que solamente se "escapan" un 20% de los neologismos, aproximadamente. Pero desde un punto
de vista cualitativo, esta limitación es mucho más grave ya que supone el "olvido" total y sistemático
de varios tipos de neologismos.
Naturalmente, se está trabajando en la superación de estas limitaciones [4] pero por el momento
hay que escoger entre aceptarlas o bien efectuar vaciado complementario de forma manual. Cuando
el vaciado automático se implante en el proyecto Antenas Neológicas, se optará por esta segunda
opción, como ya se mencionó.
4. El futuro próximo de las Antenas Neológicas
Naturalmente, seguir con la identificación y la extracción de neologismos siempre será una de las
tareas del proyecto ; es importante no solamente para poder obtener un volumen importante de
datos sino que es una condición sine qua non para poder contar con datos actualizados y, pues,
realmente neológicos.
http://www.realiter.net/spip.php?article216
Page 2 / 3
En el futuro próximo de las Antenas se encuentra el inicio de los trabajos de análisis de los datos.
Conocemos el propósito general del proyecto, pero hay que poner sobre el tapete las preguntas
concretas a las que queremos dar respuesta. Las siguientes serían solamente algunos ejemplos :
¿cuantas unidades coinciden (formal y semánticamente) ?
¿cuáles son (qué características tienen) ?
¿las más frecuentes coinciden ?
¿los tipos (formales / semánticos / préstamos) coinciden ?
¿y los subtipos (derivación, composición, truncación...) ?
¿y las reglas concretas ?
¿los términos (más o menos especializados) coinciden ?
5. Algunos ejemplos...
Para acabar vamos a presentar algunos ejemplos, pero no resultados, ya que todavía no podemos
hablar de resultados del proyecto. En primer lugar, vamos a encontrar ejemplos de coincidencia, es
decir, cuando todos denominamos lo mismo y de la misma forma :
neologismos por formación culta, unidades denominativas especializadas : isquiotibial,
cardiorespiratorio, multimedallista, megaproyecto, bioterrorismo, pentacampeón
neologismos por derivación : asistencialista, presidenciable, cortoplacismo
préstamos (para algunos de ellos existe una propuesta española) : paparazzo, draft,
default, making off, rating, strike, jihad, talk show, burn out, on line
En segundo lugar, vamos a encontrar ejemplos de no coincidencia, es decir, cuando no todos
estamos denominando lo mismo. Si partimos de la base de que con el análisis de la neología podemos
observar los movimientos de la sociedad, los datos que obtendremos deberán ser parcialmente
distintos, ya que los neologismos provienen de sociedades distintas, aunque todas ellas formen parte
de una sociedad general globalizada.
"Varios pioneros de la escuela primaria Orlando Pantoja Tamayo, del municipio
capitalino de Plaza, recitaron poemas a los combatientes y los moncadistas Alejandro
Ferráz y Ernesto González hablaron en el nombre de sus compañeros." (C2,
08/07/2003)
"Pero no se crea que la encuesta se refiera a la consagrada mafia fujimontesinista : se
trata de la corrupción de hoy, actualísima y sin referencia a los paradigmas fuji y
monte." (P2, 20/12/2003)
En tercer lugar, vamos a encontrar ejemplos de variación, es decir, cuando denominamos lo mismo
pero de distinta forma. Y el análisis de estos ejemplos va a ser, muy pronto, algo que el proyecto
Antenas Neológicas va a poder aportar a la comunidad científica.
_____________________
[1] Lema. Diccionario de la lengua española (Editorial SPES) y Diccionario de la lengua española (Real
Academia de la Lengua Española).
[2] Todos los contextos se identifican con la inicial del país y el número 1 o 2, dado que en cada
país se vacían dos fuentes distintas. Así, P1 se refiere a la primera fuente de vaciado de Perú.
Aprovecho para agradecer a Rosa Luna las aclaraciones del significado de los neologismos que
constan en los ejemplos.
[3] Nos referimos al SEXTAN, herramienta de vaciado automático desarrollada en el IULA
implementada en el OBNEO desde 1998.
[4] En el grupo Iulaterm se están desarrollando investigaciones sobre la detección de los neologismos
semánticos.
Secrétariat de Realiter
Direction Terminologie et Industries de la Langue - Union latine
131, rue du Bac - 75007 PARIS - FRANCE
Tel.: (33 1) 45 49 60 62 - Fax: (33 1) 45 49 67 39
[email protected]
http://www.realiter.net/spip.php?article216
Page 3 / 3
012134 67819
3 117 27 NO?&NO!
7F2FM
7
7212
!"3 2
#$%&'
(02)27
*+,-./-012314/,5-+206
_`abcad6ef`gcdc
W02Fh F0A 0A F2F1FiS!X
7
8
9
$
'
:
;
$
9
<
W02FA
1F4F3j\8k&>9;'l9'\9;'
]8C8m87h 2FhFi
73FX8Fh F31F31 F117
=
<
>
9
'
?
&
k&$nm
Fh F0
0 F81Fh 7F 0 27F70"7F2F2"7F0A13oF4F3j;'
17127Fh F0 22F
F8
F3Fh
p3F8317FHj'$D&89&9q9&;jr9s
@30A1 27
BC&;'D&;989&'; =D&$&D'&t';$&&9C&8$D;'$$%&;?\]=B^\?D&$>9'q
8$D%989D;j17uF8
F2F1) 0FoF37FhoF17FhF!71ZFQ 0F8
F0 22F)212
F2F
&$
D9&9'''9C&'>9j33F)
H Z
E FG
F702H F
6F2uF3FvF1FhoF17FhM4uFMF8120817F1F310 2Fhj9wxyz{|}~{€{‚}ƒz}z„…‚†€†‡‚z>9
j212F13
7FHj9D&q9>9:;&8&D'Csˆj'$8r':C8
?&IJKK
7F732127F1H1p37ZF
212F31F0A
7Fj212F817F)h 2F01FpFh 7F0A 07F3jC
L"FM
F20A
3
H F h
80h ZF(M
hjAuF31F132Fh F!6(PR@6!F‰7F)
7F F81h
ŠF0 2F0A
F103‹F8
) F
?
&
I
J
K
K
8$%jh F212FM72 uF0
pF3F8
M2F212F)1p3uF23F2F F0 771ZFGj'9C
h) 3
88 2FhF!71F2F77F21)1oF1F0
7Fh F0 7FhoF1 7uF0j'D9&>9qj;&'';
P(F@6!QRSTPTUR6F(!@(UV6F6@FP(F!TQT@RTSF
W6XFP(SUY6XF!TQ(S6XZF!6U(!WXFXY!FP(FU6S[X6F
7\?\]=B^\?
! 132Fp0FhF
7
2Fh F31FW312
F
13F4F31F31 F
117F2F1oF31 7Fh F
¯&8²7³=¯=¯´
µ¶¶·¹̧¹ººº»¼½¾¿À¶½¼»Á½¶¹Â·À·»·µ·Ã¾¼¶ÀÄ¿½ÅÆÇ
0A1377F30212
7F4F2
7F0 oFHFvF
2F0
2pF1) 0F0
)02
F2Fh)
2Z
P F70
hF8317F72Fh F F2
) F4FŒ10 3
F‰
FMF)7F2
M
7F1) 0FM
‹F8
F
F
F12F1) 71Fh
2F3F21Fh )12FM
2FŽFp
7F1oFLF80h 27ZZ
6F2uF7F!6(PR@6!F1FpF)F3FM
F4F17FFL‘‘’uF3F72F7811p3Fhj212)7Fh
2F31F8"F
1F87F17710 F2
M
7F0uF4FŒ10 3
uF3FvF1F2
2FM72FŽF17Z
#$^&'ˆ]“?\$j1v12Fh 1hFh F813Fh F8
32H F372H Fh17F3F01hFh 7F
31 7F312 7uFMF)
7F8
8
717F8
F223F”•z„…‚†€†‡‚z}~{„{‡xz}z}~„†…†‚†}ƒzy}€{‡|zy}
–—˜™š›œ>9&&9D'>9&'>9'98žFhF8
1 Fh F!6(PR@6!uF7
2OŸF
/¡.3.¢,21¡.-£,.03.¢,2¤1¡¥-£,2015/¦¥-20¤1325¦.-/¡/£.2¤1¥§3./-01 ¥53¥£+20¨©j$&''8$$&
h17FFpFA72
H F2F
2F37F2102
7F1F0
7Fh 7Fh "7Fh0 7Z
k9'>9D&&$$;&Cj
1712
Fh F!6(PR@6!F
2F2F7H777Fh"7F31FFh 7F
1 7FªuF0 F71FF1F8)3" Fh F3j FhjF1)
F2Fh"7F3
7F3F2
F
F3j9;'89&'
h027FF«10 uFF«10
8A
uFFR213F
FF6781 ZFi F7
2F37F732127Fh 7F
27Fh 7F
87F8
27uF0 217F
p37F
F13F0
7uFH F0 332Fh17F!6(PR@6!F37F837FM 7F
F37Fh 7F) 7ZF6F2112F0 F810
7uFMF)
h17F
2F177F0
pF37F102
7F7F31F
9<;$D';j
827 F4FHF7j¬8'8&t&DD9D''8$%'
<;j4F8
8
7F2Fhj
p7212
F8
F
p37F37Fp
7F
8127F2F8
F2) F1oF3oF
2F
27F188
87uF2FpF7­uF8
F31p
F37F8
1 7Fhj8s
S
7F7
7F2
7F0
7027FH F3F700"7Fh F!6(PR@6!uF0
F)
2F1 2F8 7
3uF
2
2Fh 7F0A1 27F2Fh 7F8
"7Fh F31F8
32H Fh 7F31 7FF6
8 F
033 2F
7FF8310 F1F0
7Fh 7Fh "7Fh0 7ZF(Fh 7Fh 7Fh) 7uF31F8
p312H Fh F2
27F37F
31 7F
312 7F72F0
0 uF2FF81203F31F
3
uF702F3F837F100 77p3F717F
;9tD&8>9j3F72F3F837F)7p3Fh17F31F31 F13F2FHjDDD9';j&C'
h17F37F31 7Fh F780132ZF(F0®2Fh 7F102
7F7
) 2F12
337FhF1hF8p30F2Fh 7F
8
72
7F17
7Fh 7F20A07F2Fh 7F702H 7FHF7
2F3j&;9&$'t
0 7F8
"7F)"32Fh F8
h7F0A1 27Fh17F3j212Fhj782F2F37F1222h 7Fh 7Fh0h 7F
7222
37uF2
M
7F327F7
F20 27F4F7j&t$'9'';8&'9''
3117uF3
287Fh27F7
F
88
77F4F2
2F2) 2
Z
©j1F817F2Fh F0 om34ZFW"7F37F1 7FuFFj7812Fh F0 FHF7Fh) 3
8812F
2m
]>9t>9$;9C<8tqj117F31F322Fhj9;$
;j102
7F0
0"27Fh17F3H 3F31F312
F
3
H Fh )12F
008 F F1h F8310 ZFij'
'>9qj1F2
h2F13
7F31F372H F1883H FF«10 uF0
FF
) 1Fh
1 F
F
32F4F31Fhh102H Fh 7F31 7ZFi FHuF2F127F17
7uFjC9D9'&;;j2F0A1Fh F
78
71p327Fh027Fh17F3Fh78
72F
03Fh F31F”8
32H FhF117”ZF62FMF0
7FH uF7F
8
F03
F0 22 FM
uF@ 71Fi(Œ!6F1Fh 1hF4FF«117Fh F813Fh F8
32H F
9'>9t8j''';9D&8>9'jH2Fh F3j212Fh F31F31 F8177 F8
F2F F
780132Fh F3jl<t8$$8$$%&9%9;Ds\9''D&8>9¯&8t
C8j188
2Fh F31F«10
8A
FHp0
7uF1F2Fh17F3j6
8 F312 F31F8"F4Fh) 3
88 F
7F F177F1h F0A 33F F8
32H F2
3
H F7222
33ZFij'D9&>9
7212
FhF117F71F1F0 F80813uF17FHF8
12Fh
2Fh F
F12210A 2F4F
31F3122O°
±qj1F772F7F3FH12Fh F7"03FHF781F3F8F8
M2Fh F7 1Fh F31F012
FhF
?\]=B^\?>99'8'''t8j72FH F37F) 27FHFM13
2F0 22F8
h F8 ) 2F
1)
Fh 7F27F8
8h 2H 7ZFij'%:9;8;':C&%';$¬''9::''
H F37F8"7F212) 7F
2F2
F0
2ZFR3F0
)2Fh
0Fh F0
7hF0 Fh31F0
F F
8
h Fh F­77 2F88112
uF717Fh
2F0 771F8
F8 22F4F31F7212
F2F1oF
'D&';j)
3 ZFXF!6(PR@6!F1F77F4F7j$D'&t8j'D&8>9j18"7FL‘‘ŽuF3F0
2o2F8
30
m
372H F1)12F0A1uFH F3F
) 1F8
M2F212FoFM72F2F7
F1 21FoF
h7F2F0
87ZFW 7F
v 7F837F8
2127F212F13
7F1777uF2F72
2FH Fh 7F
2) 127F837F
2)7F
F837FH137F212F
F13312F7F 22F4F3j9C&tC8D9';
'C&'t;$9&'9';'C&:&s
6FpuF7F1)12FL‘ªuF8 Fh F81v7F7F8
00812Fh F31F7212
F372H uFF)10A uF1F
0
7Fh 7FhoFh "7F1 7uFp 10
8F
2F0A1Fhj9;tD9'9$'Ct'C&t
C8D9'9$';8C8s
ȾɽÊÆʹÊÇ
0124564624657187759
112
981187264529
6521
17714561721298252151
!"#$%#&'' !
611286897682817512()915
8591(9*+1126841759779
15129
76824957
,512(9--2686./0123144.5./6#7.#
89#89/:%.;#<90#.=.5<8.;#5914#>.#?9//14#@ABCDECF@CFGHFGHDIJCK6512L598M92(982152
95976824N+1218767
92(9!OO&"' !"' '"9
12218P5641(6
682119
981768(
1+918759Q8()495751298812RS(%49:.#7%/#T$29?%8910.#
--51879652U1+1929768827+151-929725-9
1V.46#./#.WW.6#69071T.5./6#X%.#
12L598M92687452
682
18
1
98118727977871589768911598114212
98812YS(17+1465
6821515
1+97121889,51982Z.=9:$/.;#18#8%1#W988916#
24621512715866128
1229512465418215171*4515961587174654565112
$%6184#<.0W$059/64#7$/6#888151827+19N1268#
K651849515(
1579827151221268774562
5721271*7126--
12179
7+12)
921
1291289712+246918718759Q815[982
17719N98
149
-1(6849515926592
7.#'\"&"' !"]#.6#8.4#' !"O^'"#$%#\ \OO "
,187949
19*' !"
'O 'O"_#`9#' a\' !"(6875119789,517677b411/6.0T./61$/#.46#
118146571211
688679768259
9121797657952712cd1197
5
682
5719*2797682
15981751221827+16e9599729768512797)-951f12gN
62(9652+184#
-92918715h567687598+1h(68745-5HiADHICiCDjFGkDIJkEjklJC#X%1#9#2$//%#%/#
2
,2571721N1N189947)98659297681271586612
619*51
7-
97682
7.#8$063$:09<3.m#n$%0#59#<906;#>%61814.#9%441#'!#6.05.#/.%60.#X%1#<.05.6#89>$%6#7.#
959
752987245
2o67911*
9(715866+1(866+1(5997
9(
768895+1(
17
pg987)Oq #X%1#W1:%0.#79/4#5$/#6160.;#2127922897512N2777)@ABCDEC45-5
<902.#X%.#<8%4#<921W146.;#?1./#X%798742512751870U1
615
91187
6886712o
1+
417
6+15
157982p(129
768218-915129812268798249
122518619h95
h
r'O"' 127922818689768592259871f122
6526--
12127215687951187
9
6521298812sS4659
649815128611212512297121829<<%t9/6;#/$/#<8%4#
2598
1229512919511998146511uU1924659-18211229152u
682697152185926812875U7226
6u
686+121726
6u2%86%0.84#X%11514521871#
v%.8#X%.#4$16#8.#/$5#X%68156881(76712
129
76826871U1N7
95cw
1+112
451152989152xx1246529187945,2N18975129Q82cw9598759-598M929
h+97h12126b1821*4512268(92
1771+979U751
68M18198,5175,2
--51871g16818y1cw#
P8zs{{(198976884951K51150827519|}~€‚ƒ„…€†‚~‡€ˆ}€‰…Š‹Œ‹€‹€ˆŽ‘’“”•–“—˜—
ˆ}€ˆ}Œ™~‹€Š‡}Œš}„‹79714567159981
6875112145872)9/:8$u95
981712
N6511872198661f9+9751
15
1797
119775N19-598M92142›956(
+U198
1(6œ717
957(6,11277+19+1
9112776y65251271-,1
g1+1287982945,2(19897
68-49588619K5115827519‚Œ‹„ˆ€ž~†…‡„‹~‡€‰‹€
Ÿ’—Ÿ’“ ¡#X%18971
51518zsRs1277679751¢29:144916#79N651759915)
8185
22118719981()2961582976817)9456676812121522912f9+97
9y151)51
15
15127U751819816157117-68
768811P8751121*98972(17
495-6291
12U12672(1zs{{)zsRs(9467+16--
11127N1849221112512
/$05961T.4#<$069/6#<01/21<98.5./6#4%0#8.#£–¤‘¡”19981()129
768245667688112(
49779
987998791)268”¥’¥¡¥;#2127)51)2949
117)212152291218L598
117652
7.#¦09/2.m#
f1
951859127N18
6881762cw12715866126871*4629829§167§S1
2,
11781
1875918
9516886197b4196851+,5187(7u$/;#7.4#71¨91/.4;#T$10.#
7.4#2./691/.4#7.#51881.04#7.#6.05.4;#<$%0#89#<8%<906#/$%T.9%=m#©.#4$06.#X%.#<$%0#.=<015.0#8.4#
886976828
12298712122
18
12171271
8+12(1-598M92(
6176712129812(9
98+1868976821-659768186,81(
1+974121458722656882)
89/:8$u95
98(41
68-6512)212975
12715868+12#
L9
1)
1771279768(9L598
19417uU7511*59+1
157981212122ª%04#8961/.4;#
68-65187)297597681291951199818976891(29825957671-6289221«71
1789221«1--
9
118709211979451,51)1644158465798724627-6--
11
865929768198661(49M987982971586619
ª%0#7.4#9261$/4#81/:%1461X%.4m#
¬6#121#2$55./2.#2.#X%.#868417
682515
61945276511›Pf¢­P›#
f1611879N79
6521298812YS982926
7
1(
6112715,118
177197,51(49512879712124
92712171456-12268812(4951*141(8815217
7.#421./61W1X%.4#9%#‚ƒ„…€‰Ž…~‰‹€‰‹€‹‡ƒ‹€‹®¯Œ„°~‹()ª5118zsY{(11
82)
8±””–£•’¥•–“—²Ÿ’•¤³´•¤(-68141945,2(1
N21y65892712(1972-68
76889512(17
(
762M2495141159
76821282777682(86791871
91-598M92117U11
8
9112µ
18
12(75641871)21456868
15K11827124957
49187)
129
7682(
290#./#2.#6.5<4u)(28146579187,51875U7)
12+127682y12h75912hµ12+1+12
<318$8$:%.4#.6#89/:9:1.04#¶7.4#6097%26.%04#4%06$%6·#$/6#W$%0/1#98$04#7.4#90:%5./64#X%.#0.<0./70$/6#
8.4#0.4<$/49?8.4#<$8161X%.4#8$04X%221
15687)95#
¸9/4#597795152512
6,12687127599*6878655986611*
919
65212
98812YSo465
1*+
6889Q75918715265912(y11876881211187518
µ¹º»P¼­17K1551»¹¢›¹[(42198[¹½¼¢µ17f62»¹¢f½P›­9
7-29821298812{Sp(y1
09<<.88.091#8.4#9261$/4#7.#60$14#%/1T.0416910.4#76518797682
641879512+(42+19%60.4;#
687676944b1297657218
95119981#
›18P­¢P0½fP(759
71517
649597271(91571187-271½9N18)961982268
652--225›96u¸$0?$//.m#¸$/#¾’¤Ÿ¿³À‚~€Š‡}Œ™ˆ}„ÁÂ#<90%#./#ÃÄÅÆ#W16#429/798.#79/4#8.4#
92V.46#8%1#X%1#9#.%#8.#<8%4#749
7945,24N
9652+8715419729828911872
12429712976572(
7987181*1419
76812V672124
92712687y11821
<908.0m#`.#n0.51.0#51/1460.#nÇÈnÉ©ÇÊ#4188245159465
51512V62268282751121
6.051/$8$:1.m#
98»¹¢ffP›0¼¹(4566715h-598M9281521h1759895729819L598
64681¢9
2182N2418987ËY98212-598
6468121712-598
64129*456N,12-598M92h81521h
9T.2#49#<.616.#0.T%.#̕—¥—Í’“ ’ 75,24649511712ŏ““’Ÿ”—˜—Ÿ’—Ÿ’“ ¡#X%1#<.07%0./6#9T.2#
2
,2¢9714566715‚Œ‹„ˆ€ÏŒ‹‡Œ}„‚Œ}ˆ€‰‹€ˆ}€ˆ}Œ™~‹€Š‡}Œš}„‹+(91
26875,29
7-
µ1
57951859ÐN157¼fÑ(9
6656889
76812451,512V62268217158661
9T9/6#8.%0#$WW1219814961$/m#
f95971
6875987)1
7151
12҇®¯„À‹€‰~€Š‡}Œš}„€®‚Œ‹ƒ†‚‡}„Œ#X%.#>9
529
Vӛµ18zs{Ô1715219Õ֍‹‡À}‚„‡‹€‰‹€ˆ}€Œ…‚ˆ‚™„‹21849
1,2zs{{465
647159
7$2%5./6961$/#7%#ׇ…‚‡€‰‹€ˆ}€Ø}Œ™~‹€Š‡}Œš}„‹;#>97812451152)164415875U7
7.4#W09/2149/64#<$%0#7.4#8.=1X%.4#7$/6#184#/.#46
49187,51y2+1)f1²–“”•Ÿ—•“¥¤“’¥•–“’Ÿ—
‰‹€ˆ}€ˆ}Œ™~‹€Š‡}Œš}„‹#418824515946529V12672V127922)6887971+97
51
8.#‹Œ‡‹€‰‹€‹‡ƒ„Œ‚ˆ‚™„‹‹€‰‹€Ù…‚ˆ‚™„‹#¶8.#ÚÛÜ#X%.#T$%4#/91«49218
6516N2982671p
59779
)ό„~€Œ}„‚Œ}ˆ€‰‹€ˆ}€ˆ}Œ™~‹€Š‡}Œš}„‹#X%.#>.#7101:.914#98$04#9%#ÚÜݸm#¬6#T$%4#5.#T.00.¨#
944959Q751922)15212794121
17715756241
71#
ÞßßàáââãããäåæçèéßæåäêæßâëàéàäàÞàìçåßéíèæîïð
ñçòæóîóâóð
013456347895
9149486751789717904
7469587
3467419
61!"#$"#
34%9589
&14
59&4147&&'9&6849&83
9&4
&14(84
799619
91467
)*456
+!"!"",$-#.$.#/,0$.#!++$11$.#$#.#/2$#3!.!"#.!1$#12#!"#!24$,#5$2!23#6$#31.#
96977
7&689&)4
&56919
47&&989%5&684%98&&
467%76'146:6991;<=><?@AB=<CD#
E$.#F3!,"#32.G2$#HIJKLMIH#12#6!#6$N.$,-#$#312.$2,.#6$",$#4!2.#1
6&O899
6
89
68'4
&&9&3
67
&998'64789'
'841P57149Q98'9&9RSTURSS487147476
$N/!,$,#6,$$F$"#$2N#G2#3,0$$"#.$.#!F5.D#V.#1#+2#.4!,#G24"#6!23$,#
9669489714W5'9
4
615&9XY4
&5
8Z19476414
&141767P595384
[47&96914
384
79)\
&694577
7&689914]'8467
371945Q7'45Q45117&69&654
6
1749914(84
996&
8Z19458&9&687&5
456'&45QP59119&9119448679
614
384
7919&4^&1467
&96_
7
958'9
948969
499
61767P59448P5'9
4
6
8&2"#6$F 9&71919&7&&7673&17
57&67P59&337791&)
76:9581"$6!$-#
G29&864
619`'
'841a9`b_\18&9&4%7&7697&687P597
68'4171157458476&5'8'19
3495Qcd7%919e5'91789fgc9P579Q17P5958P57713567
698769&'W5845]4
449
4
6
15&7958&4
'9&)0167
69
RShh148'467
5ijklmnopqlrmsoktmujmvrwxyzxmxlmu{C|}A<~=><?C?@A?
ujy€kxmwtjyjqzx84664'45897987
7&68996
67135619486958'
'841)5814
9896
4
79815&17899
69&'8467
&
869&c347899&5&c9
7&476418&96P5719
4&&7
479
6713768'989
RSh‚5
&9
84
7&97
&33779119ƒ><~C=@?„<BC…<AB=><A@?C?@A?
ujy€kxmwtjyjqzx†]0(‡'W76'9Q15&7%99
6&'917
57&69&384
[47&96384
9&P57
3569
4891958'569&89789&ƒ>ˆˆ=~~=><~?C?BC…ˆ=<>@>‰=CŠa9%9
59&7
7&6'879119&9
RS‚X9119&&9&
6516717'9&453719&4
'9&9
:969&P5919588Z19'647689
38')\6&58
195%99
647
&714
'
4‹6849
89481!"#6$#HŒLKKŒŽ#2"#"!24$2#ƒ>ˆˆ=~~A…=AB?
€ryrtjummujmujy€kxmwtjyjqzx48'5&98'6487465*456]76'P573
9841579:919&
..!!".#‘’“”•#–—˜™š›#$#‘”œ’“”•#–—˜ž›#4$#1$.G2$11$.#312.$2,.#6$",$#4!2.#!"#
98647
99
6684%4711')9&]
&9715'8795891414
59384
[47&99614Ÿrur€jlqoym€ryrtjuxmmujm
@A<‰ C148'467
9&P591&W479455
6875'&
619&
67
546958&46591&57&&7673
3377919:9P5914noppqzzqoym€ryrtjuxmvxm¡xtpqyouo€qx84664'945897987
7&689
6
19&89&
&47176'&961456876'
6'6''69
59&)#
5&4887%
&47
69
4
614867&67899\b0¢\#
719&7'9&90&'6479
643378'9&45&98%7991414
59384
[47&971
!251#3.#1$.#
2,$.#1"02$.#.£58&)a&RShT†
4%4
6148'467
9&89789&7&&7
&384
[47&9&9
$,F "!1!0$#$#—¤#".#4"#6$#,$¥!"6,$#1_
7
467
9‡714%47614
'45
5ijklmnopqlr#$#62#
noyzxqumqylxtyjlqoyjuxmvxmujmujy€kxmwtjyjqzxW9769f¦5
9§xy¨k©lxmzktmuxzmvqwwqªkulrzmtxyªoyltrxzm
A<~?@C~?}A«~?C?@A<‰ C?@AB=<C?C¬A<B?@{=…… }B=><?C~?BC…ˆC~?A<‰@>­~A|><~?A<~?@C?>ˆA=<C?C~?
~®=C<®C~?CB?C~?BC®¯<=° C~±)77)fa\d¢8'&79
691J6$F #6$11#E,2.-#$#EHLJ²Œ#²I#³JK-#
,$.3!".51$#6$#1´wqªqyjmqylxtyjªqoyjumvxmqywotpjªqoymvxumxzsjµou#–Œ¶LŽI›-#!,0".F$#.F 1,$#2#
]0(9614'&5&1456876'91„<~B=B B>?C?® @B …A?¯=~}A<=®A&9
6898
615&7
6'89&&'&P59
19&7
7&689&69
7P59&P574%479
6'6'&11776'&9
:969&589&467
&7146'8419&)
E$.#".#G2$"#.$3$F5,$#—˜™ž-#2#!2,.#62"$#,$"!",$#4$#EHLJ²Œ#²I#³JK#$#G2$1G2$.#
1"02.$.#6!"#2"#/.3".$-#2"#1"."-#$#1$#+,"."#G2$#¥'647&3569
%7&4'95
9
!115!,!"#/.3"!9384
[47&914P59119
&54764764&&7984515&%7695
159764179
)b
676899Q'879
64119&%4514789&9146'1'%7&7
9656587&93589
619&89798&7&7&437
9489819&'69&56717&'9&9
%59941179819&145
9&99&19Q7P59&)4
&5699&
8W96&915&9689
694
&'%97119
691.#$"!,$#6$.#.!24$",.#/$·#1$.#312.#"$".#6$",$#"!2.D#
¸/133$#HŒLKŒŽ#.!2/#G2$#1
'6579&4
&'147148'467
2"#!,0".F$#$",1#3!2,#
879
69819&89989&96'37
785
8849'6594
&4P594^&f¹71&$".24#2"#3,!¥$#
98'467
2"#¶!"6.#"$,"!"1#6$#,$/$,/$#$#6$#"!,F1.!"#6$.#$,F "!1!0$.#6$.#
14
59&84
9&%769&71737'9
‘><~?=<BC…<AB=><A@?}> …?@C~?BC…ˆ=<>@>‰=C~?…>ˆA<C~-#1$#¶LMHŒD#
9884969
4769
687&7
6&P57
9%5&&
64&'684
98&f¦#
cR‡\
5849819&684%45Q8914673&146987
179&79
6737P599669
7P599&4^&9
14
5984
9f¦#
#
f5!,6-#$"#F$"#2#3!"#2"$#.!,$#6$#3,!0,FF$#
5
ff¹#
f9
&57699
84
7&4
69&'659&4841119&5
1'9
64789&4
&9&&96958&&79
6737P59&96
69
7P59&5
&†9684%4714^4
6588'&51646
58669895
'4
9919Q7P59&961
698919
3251!"#65
19Q7P59516717
59‡f¹#
X‡b79815
737467
4
&9&:9&4^&2"$#$,F "!1!0$#.$"+G2$#$#
69
7P59ff¹#
¤›#E!!,6!""$,#$#+4!,.$,#17
%9
67
96147335&7
9
'17&9&9
4174
&
1$".$F51$#6$.#3º.#6$#1"02$.#,!F"$»D#
¼"#noy€t½zmvxm¾jtªxuoyx'&7
467
79
789&&7
4
69589P573565
99&698'5
7
356884')01&9847684
7&'
W7
699
64814(84
9961I.30"$-#1064179'64
64&9
69f¹
P54
645865411454
799645¿8'&7171&9%8479
69
%^989&&98%46958&)8'%55819&
À9š9h'989RS‚Y1489789W58
'99%476:689
&48'919Q49
9&6989&&'1967
'&
5%45147899146'1'%7&7
96919
%78
99
6f¹1495Q79W58
'9879
6'9%98&19&
P59&67
&6'87P59&9614687&79'657984761!,0".!"#$#1$#+!"!""$F$"#62#¶LMHŒD#
ÁÂÂÃÄÅÅÆÆÆÇÈÉÊËÌÂÉÈÇÍÉÂÅÎÃÌÃÇÃÁÃÏÊÈÂÌÐËÉÑÒÓ
ÔÊÕÉÖ×ÖÅÖÓ
01235678782139
11
393125
631165375635
!!"!!"#
12137$%135213561316&383%32139
1%
13
16'567
13567878
19
39
213
"()**+,-*(. "!"/012340/35!67#612756893'139
1%
13:313
87167:16
213'1;'2783637
7&131766'%
13
137167<
835
18=27
:1'598:771137563("6!!(#".(5(6>(?55"*("!
21<@
316ABCA16
16'52251D=EF7163
2'
87&7812261
6G31
H56167
5&17
'1632139
11
368
5312I6113573J9:2'756D=EFK8
20 !65=721L87167821167
19
831678131721'5671612D$
71716'5
1
9
8'388E6135:1739
6'9;F=0MN1&77
1J<'O789
5177
2613
27828&356
8<16&38J2'563777561'7566
1371'$613272613J9
5
78876756681<6
&5':2
1133'16'13
'5213378795
2139L3P8
12761171+"Q
6'59$5618R779
8&333287113'5675631925133;1317139
8;1316&1
#5""*..5,582:5
7566171
65251
7'219
8'31<2!6
#6!#5!6"(.!S!5(++5?!?.!Q"5'7&78F=0MN38716
9
%31;7
13
865638D12211ABCTJ5
6381<F25
16'19
2P''1122D
3'17<
212219
7'9167138287563137
53P'813351
3'567139
21
3
139563:213J
21@
83167URVN0N95
2D
3'J21U
1'71
EP@RWPJ95
2M12P'1J1721W1'
87
1
91
98712XRYRVN=ZJ95
2P'81
6G31J137'12211721923! !"![-+
9
83167756135
63131;37673632138
16739L3&1'217:2113
1335
'13
3956:2138N6L9
83167332877!?!*.#Q5Q\#"()#*(55!7("!(
8<16&3838P639
1;8J21D=EF3536123711&5':2
1127828&35687:29
2
(..(#".(5(6#5N'112M5170828&356F
6G313J53!5,5"!?!]"
2135
9$%137216317133;13
8'5\2763
82383DY^DR1@319
P67565_P9@NEE=8
05569
216'5
1:1'5913'2783
16'567
81395
'563771
213
591317
&217
835
12139
5:2%1366'1
38E
16'567
13&671J5
6381<E%116ABC`J<2!?#
@
83167D=EFJa5319$bPYWRJ69
71167
861139
7'9673
6G317
6'59$56138R763621F=0MNJ32138
'$1311'781395
21177
13
91567
2338137
'13632139L33163:2383J7
'131
567<26336'1J9
1;8J16R3961
c" (#4".(5(6!#()( "("#3?6!*(*+*!,(3!5#
51dd340/S
158&16'1J21371936871679316'5
1&16395
55" "+(*("
#"!75.0\7
1332!*?.#/[dd322[e!\\268782139
716
13656
6G3J
.(*(?!*!5("#5"6*#671
&16
1716'5
156319
7'91
<61'
531
*("5!65(\8
'68D17391'712137566938781356
13'
256719361
'1
7619
7186'116&1
321367167563
6G313J359G566813<2531'$&63117
#75
7
31J<91383
2138
'$13165316563J2^656E76195&6799
f7
1
*(...!Q
S!/[dd322[e!?!7!*( #813J1733:1'59137163213813J'1137
16'5
11;8P'5
328'1661ABCg\hgJ2&73&19
%3218&12599116712
71
6525116F
6'59$56117632135
6375631
59816613J9
22%21167<2&%61167
1365&1221371'$652513J256781169336'113637
1312261J1765716721
:1356'
533671566813!*?5! 5#5
1313D56783<E;1:5
8D12
1;92195
5J615316'$
1W1'
87
7868
2>(2!(.(5Q5
&L631
H27
9282165:
1139L31:
13
6735667KJ17395367631
(?!].(-#!*(,5" "#5"()i34/[!?*Q5Q*(55!7("!"j)!5*.(
!.k/1l[Q53337863'17712561&167
1K&1'21
16716756121
126'1
162
#(!*("5#!.7(*+Q35*(?!*Q5!*!#5!.("#i34/[
mnop5!7*#631'
87
7'167
2J3278&71
331'
81
6165&1221
6377756671
675621755
3'21<66'1
8^6188
756("6!.!(!](
567728J9
1;1921Jqrstuvuwuxytz{|s}~x}wxz}€uw|{vtx}wxvu{~vysxyu‚ƒx„yx€y‚…y€‚…ytxyux
{zz~v‚{uv}stx~vs|wvtuv†wyt‡'56&16
71;8D177165&122188
7569
831678116ABhˆJ
1:97381‰ysu€yxvsuy€s{uv}s{~x„yx~vs|wvtuv†wyxyux„yxuy€Švs}~}|vyx€}Š{syj324/[‹,""!#
5!5(( #5>(2!! 5Q"!("55!(5Q56Q!?*
678
13367131<5
8
V5'61;7
765&121;95381357395
1&539331Œ99
8'1
'135'7563Ž
q35L93181631
82371165326133567316'81332(?!5
.55"55"! #"*.(75#5"".(5(6**(\
3'16713J'16191731
8231
36326
37
'7
165
718718
d5516
'$331167327681326132761395
7
1'1<2"" (#
".!65(\!](#!(?(*!75!"*Q,
D5638
6712138'$6132637131726'756167%
1171
65251
"Q+("#167
f61
6116775613
1275638'56513167
12139L3
5!,R7675668131212261
6G31J95
13
35638'5651317
*(5(6Q,."#19'$1
2261623161
2138
1673
?(*!75!"".(5(6Q,Q("*+!",55#(*("!6"58&52756
137
13261327613353916111&5
'561
&1'2139L3'56'1
683
!65!q
@2313756J16
1&6'$1J15671
6188
756'8136756213931'1
7639L3
(!,Q,55],5556762119
1371J2131356'756352
11''788E37
'7
1D=E0MN1&7'595
71
1;6&1;Ž
A86{wux‰}styv~5
813923$71375
78313P'81351363777563
8&216713'$
813122618=231
86
76151;539
6J21
31'
87
7868
212>(2!,*137<
1MNWW=EENY2\1J31'$
167
#33
1
35656'75661167‘
T813’“””•––•“—–˜™š˜–›œ•žŸ•– š–*(. "!(.7"#] ""*(
! !"!!]3!(!]..7"#324/[,Q"!?!55"!"#
9
5
1317137$%13'56'
1738P77
11;1921J56787838
8313
56137856167:75638933167'12213867F=0MNŽ
U'7566
13:261317272613JE6131398'278JE6371
65
71‘U'7566
13$375
13‘0
'75675718
=287733
1'56819
71
6195271*!(#("!(,#"*"*"
135L16366'1
395
77
:1
139
;1713:5
31317$%31395
7673
133173
"("!"#!5#(.!"2!".(5(6!?!551;'23&78331
716&381
(!*555!"6,56Q.!!-*(56Q(*(56Q,
2137
&;1&
167921
138&1259911673'55
566838
¡¢¢£¤¥¥¦¦¦§¨©ª«¬¢©¨§­©¢¥®£¬£§£¡£¯ª¨¢¬°«©±²³
´ªµ©¶·¶¥¶³
01345617897
97
4
1971841434945931
!"#"$%"#&'#
34
11
(1()*+,-,+.+/014
17
1(
12
1.107849
1
71425513049577719112421712359%6#78998:;<=><?=@>AB<;C?=9DBAE?=><=
>AFBA8EEDAC<?=F8GH9@B@#' #%6#IJKLMNONLPQRSQOSTUNPLVLWNSQMXNSPONYNZ[SQSOQOSX\PNZ[SMQSOQRSQ
VNPW[NMONZ[SQNPYLTU]ONZ[S1
152^419134737574_410175975434
&`6a$6#b'!a6#!#&#c$6"d$#"%a$#e#a6f"!ag'ha$6"#ha6!aiah'"j#k$%#&'6he$!l#mnoopbbnq#%!#
'a6"a#&$hh'"a$6#e474141r9341)5s9.4559a&#%!#a6i$t#eah!t6!#e%#6$%f'%#
3456173u8701775
12
141541v17
^59749)197913(
&
110+871541
97123971233#
w&"#"$6!#&"#i'a!"#&"#&%"#"ag6aiah'!ai"#e#&'#x $!$ya"!$ax#e#mz{bpwzmj#b"#' hyaf"#
544135
71|7347591217
349
7591141514063159a&#
6773197}47413971
114331143s3914157791414
17313474
1
e$h%t6!"#6#t'#$""""a$6#!#e"#"$%f6a"#6h$#faf'h"#~%#d14
3#
#"'a#&%"#"%hha6h!#$%#&'#"%a!#%a"~%#€'%h$%#e1741595771725051
7194
4170
1475
1./++/,1(,0(*+,u‚u*u)+,/0/ƒ+u5914345351
6#„……†j#
11
711
11141785957154171417191925
1
1
)u(0+*u)0‡5914157411)/+00/,0171115729731
987
121‡41
3474
17471
9ˆ@?<D;=‰CDEF8HŠ8E<=><?=‹E>;?BCA<?=><=9D=9DEŒ;<l#%a"#e%#78E?<A9=?;H@CA<;C=
><=9D=9DEŒ;<=‰CDEDA?<
9141214274103474
13+21437754523711
1
5441Ž741134561759
193139854^1079757^195935917$6#
$%f'a!#h$t!#"%#e#6$%f&&"#i$h"j#
b#i'a!#"!#~%14101571v7117
1198547
8841701959177
"a!#!#e#
59115753s17145915913#
‘’“”•–—•˜‘“™’š“˜—•—“•”‘’›•˜—•œ—•ž—”•Ÿ ¡š“¢—¡”•£¡—““—“ •”‘¤—“ •£‘¡•–—•žš•”™™’”š“˜—¥¦#
b'#$&a!a~%#$t$!a$66&&#e#&'#&'6g%#ef'a!#"441
542
125
11
1145§
&9171475
984r174
975
4^12173421$6#h'&h%&#'fh#
h$t&'a"'6h#&#6$t€#e#i'6h$y$6"l#!#6#&%#'d$%!'6!#&"#i'6h$ya&"l#&;EA¨<C?D9AB@#e#&'#
9184r13497597974113.1"!#&%"#&1v715
159174141
t$6el#t'a"#"%&t6!#}!#h17
6^19593}#53779
11v34214747
1
h$66'a""'6h"#x%6af"&&"xl#'fh#&#"6"#~%'#h#t$!#e'6"#RNXONLPP]NTSQ[PN©STMSV3/417715970
131973471
41'""%t#~%#"175971559113071425517459191
d%"!aiah'!a$6#t'd%j#
ªŸ˜—””’ Ÿ•–•£š¡ —“š¡’š ¥¦#
b"#'h!a$6"#6#i'f%#e#&'#"'%fg'e#e#&'#&'6g%#at&a~%6!#e"#'!6'a'!"#~%a#"7^17
97
8841747_413#
b#ta#!a6!#'%#x"'h"#&a6g%a"!a~%"x#'%~%&"#&%"a%"#e"#g'6e"#&'6g%"#&'!a6"#"$6!#
77‡1«¬1318453‡510‡353‡510953‡510‡9|7559134534131594
453‡5107275
1
884171479759177171591184r17
542314r95221a6"!%t6!#e#!$%"#h%#~%a#&#'&6!#!#6$6#&#€a6#e"#"%&"#&$h%!%"#
e#&­1v513-
784175741.5779751854291195471943+17
7«¬
9D=9DEŒ;<=><=9D=®CDEF<=<?B=9<=‰CDEDA?¯=<B=E8E=9<=‰CDEDA?=<?B=9D=9DEŒ;<=><=9D=®CDEF<°#b'#6%'6h#"!#
""6!a&&j#c"!#€a6#$% #"'%fg' e #&'#9DEŒ;<=HDCBDŒ@<#±&'#6$!a$6#"!#6%f²#~%#e"#
5^547529774115729731
"'h#i'6h$y$6l#6#'!ah%&a#'fh#&#
³9^103594
1455357591
1713054275
171425511354714
2459101739154111
1714255139491‡41
137157479
52347213.177154275173412_41^841
171‡551
1419v17
1
419v
1C@?<D;´5912973177591‡1511933547
17275913,"!}
13911v117154775
9347103471
1
510
9740
149773
)u(0+*u)185947
1412459^17251
152^4191771194531117
a6!6'!a$6'&"#~%#d#6'a#'"#&#!t"#e559143#
0115
47_413197335914^1
191
219415§51
1
&%"a%"#e174111341u9453112^19
125|1139µ4359484‡491
^44_41
19159875^719v‡1
2973
1574157
1
.5229753/593r5754741
9714174921735949414984r
15
13194124‡
19134_54314
93412_413u47011191217
347471
9259121718194
1111217
1
19v9174_4151
897
174515994773484^12447101479334171
34511713457
1‡5v
14
115
413¶1591157
881217741
6#·%f#e'6"#h!'a6"#'¸"l#h"!#'%""a#h#~%#h$tt'6e6!#&"#eah!af"#&a6g%a"!a~%"#e#&'#
.52299719453113#
¹—•ºž¡’ž’“¢’”»—•—” •“•‘¼½—˜ ’™•£¡’“˜’£šž¥¦#
-19755^6171
1
14592117191751
152^419v
t&$a"#""6!a&"#!&"#~%#&5521011159171‡591199147237
934_
1391943|17174Ž914752354771
1.522519453113(34_
91231211a6a!a'!af#e#&'#¾'6hl#!#'%#&%"#y'%!#6af'%l#6#„……¿l#&-51945311
'#i'a!#e#&'#"'%fg'e#e%#&%a&a6g%a"t#&91
113454730'g%t6!#t'd%#"!#&$€&ag'!a$6#e#
"533514985427559211
14797941104‡11374251
571
915785‡9117473s577134|5915916594140
±h!'a6"#e174159347317177141574159141415758811217
917711‡128
1'6#¿ÀÀÀ#'#e"#tt€"#e$g'6a"t"#e#$&a!a~%#
975915941341778
14
191
u94531
419v
1553414112^1194
"'%fg'ej#
14212194141522
10111217
1523711_4171731
a6ha'&l#!#d3
35945911945975^81
15911854291
759117
"339194
147^1371
191017
4194
1347147343#
‚15
757911093949215^173941975313#
ÁÂÂÃÄÅÅÆÆÆÇÈÉÊËÌÂÉÈÇÍÉÂÅÎÃÌÃÇÃÁÃÏÊÈÂÌÐËÉÑÒÓ
ÔÊÕÉÖ×ÖÅÖÓ
01345689
8566656989565665
8
33!"3#4$%%!&1$'45
(56
84688
)6
8(*6
8
8565+6569,655
5*5
6
--
6./
4688566594
568596
8
50
1
059
59588
9)58
8
01
0
96
154%%1&12#
6
66
86
116
)9
65)8566.35661
6
916441'34$%%!&1$'53$16#46
696799
89569495
846
659)6
56958
6
8
99967
568568
48
8
8
8
666
55%&&34
68
655
8856.9:8596
768956566
6-)6.;6
56
"3&1%31!3"<!#4986
85-
566
8
6
8--98
%<315$&151&116&&5=16#$%31!'!$#3$'2#1!#
6
66
66
967
88
55
5>)65
%$!3!$%!%!3$'5"%!$&533#$&!?01&$&16141"%!1<1&&
65
156
5
195
4561914$'#4$'3$1&!%1 1$&%!4%!1"!
66
[email protected]
555656
68891558
&4&&5=A
6-
86
8
6
98
5666569
8666199856)686
6
8565856
6555
5686698684$'!?
B4
6894
)744%!1"3C-59:DE6
956
F9
86596
3GHIJ;/KF93984;898
6
LMNOPQRRSTUVWXXQYTZ[P\]^_]`a_bc^deffgdh^]g^iebh^j_c^cg\a^jfkedd\jgf^agc^cdbg]hblbm\gcn^oa^cPQYWVZ
g]^gllgh^ig^ikpgaejjgfq^g]^cPQRRrsQUVZXrSZtQZuvUuTSVQVWvUZWUVTSUQVWvUQtTwZtPg]cgb`]gxg]h^_ddkakfk^ig^
a_^cg\ag^dexjfkyg]cbe]^igc^`f_]igc^a_]`\gc^cdbg]hblbm\g^khf_]`zfgcq^g]^g{da\_]h^aPQUYtQWXZRvrSZ
tPbxxkib_h^m\bq^je\f^agc^cdbg]hblbm\gc^|e\bh^_dh\gaagxg]h^iPrUZXVQVrVZRQSVWurtWTSN}
~€‚ƒ„…†‡ˆ„‰Šƒ‹€†Œƒ‹ŒŽ‘ƒ‹ŒŽ‚€ƒ‹Œ†€‚Œ’‚„ƒŒ‘ƒŒˆ„€†„€‚‰Œˆ†‘„ŒŽƒ‹ŒŽ‚€‹“”
/991
86
5166199
5-@6
6
.
•4–1•$&14:
69168
56
656
68
55
66
8
8956
56
86
:
.—49
56166515)
39
86
8
;89
65667
6567
56
93
6D˜˜™
5
%3=$&%$&!$'2&61$51$1&31'1&2%!!#3$'&!'$1$&1
5-
566
.š68
6856698
9)5
86
5
:
)
6
6
78
.F5
498895
5659666565586
596
4
6›@
6D˜˜œ56
8677
5
1
341"%!&$5#34659)6
56566
-56566
:
6
8
53$2$$1!#4--
6
6
.š65
568
56-
895.
š
6
6861
(865
65196
985
+5699
7
15))9
1685@96856666@8
9@889).954@96
3%!23!"<3$5#1&%$$1!1331?11%$!4"%32#$3ž^Ÿkxb]_bfgc^
b]hgfa_hb]c^ig^ab]`\bchbm\g^_jjabm\kg6 456
9
F6J689555>)
8995685
668)5
846659)6
56
¡-69
6H
65
/6
6-56
8--9
6569
5
5%3#3$'3$&1?03346
:
98
7
84$$3'12#
&!$%1&12&#346:
8
8--96
66
56080(665
#45&$1#4)
+8
596
)569
5)5A¢&$416&3415$3
--
6
68969-8698
6
56
.3
5
@
68
57
8414A63516G65›
6£56K5¤6L¥
¦$33$#31#20$3$"$5$2%!34H
6L¥I53154/L¥355535(*6
@)
-+56
56@969898889§rSv¨Z©2%$!
4"%32611346
66
69859)6
568™68
6
6
.
J)
6*5
85669
8576
56
65
¡66
£
.š
5
6
56
5669
L¥
9)58
568
69
6
9-986
5-
566
89*-9
.H
684986
8
56
58
999
5656
596
69
34659)6
56565--65
98
96896./
56
--5
895:9
66556
56
895669
8
5)
%1624
68
6
8
99
8@:
8461656
56596
6-5
655556569
.š6
)6
655
56
59
566468
--
5)9
.
š89-6
86
859)6
568
6
6
718,5
6558)61
5
96
5--
5656
689856@5):
16
8--96.
ª&"%#%$!34)71686756856
41"%#433A,LM«¬­
‚ƒ„‡€†Ž†€ƒŒ‰†Ž†€®‘ƒŒƒ‹‚ŒŽƒŒˆ„‚ƒ€„ƒŒ¯Œˆ„€°€Ž‰€ƒ„±
²
669
³´65@
)6
6-
5668
6
-556
65
189156
846651
99tQZ
VTS¨WUvtvYWT}/99433"3&1%31$%%!5=&#1!11< &&
9)58
.š8
5
8
06
9
0(
6
*85
+5µ5
5$5!&$ !#4)49846)
665
568@8
6
8
9964$%3<$5%#%1&5""$5531#%=133'2#&!$#5&!
#%!1331'1&#4).3565
6
655
96
5
8
0588
0-59
686
8
5
8@5596956
8
95
8856.¶6*8
57
5
668A
7LM8
6
67
4
65
8)95
8
919
8
9
6
6986
8
-556
9
9
.F56841"%!&$&%!'!$"" 151324A
,
5
A&#%$!3<15!1$&#"<!4#"$1#4$%%315$&12$5
5856
6556*589
5
6·6565686
651
F59984¸!"$&1?¹&531#tQZVTS¨WUvtvYWT66589
5
68)5@
68655665655666-
6
%$!&$'!%!%!#¢$"1"?53&1#34–1•$&1234568IH;š/ºHI
98@.
»&!"1!$15"" 45694
88
-956
8
6
3466568@9
66IH;š/ºHIº
9915
6
89
&3!533$<!$&!?
J515891566
65
)75
9
--5
4
315$5!?
F98I
¼½½¾¿ÀÀÁÁÁÂÃÄÅÆǽÄÃÂÈĽÀɾǾ¾¼¾ÊÅýÇËÆÄÌÍÎ
ÏÅÐÄÑÒÑÀÑÎ

Documentos relacionados