experiência abayomi ência abayomi ência abayomi

Transcripción

experiência abayomi ência abayomi ência abayomi
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
MESTRADO EM EDUCAÇÃO
Orientadora: REGINA LEITE GARCIA
SONIA MARIA DA SILVA
EXPERIÊNCIA
EXPERIÊNCIA ABAYOMI
Cotidianos: coletivos, ancestrais, femininos artesaniando
empoderamentos
NITEROI
2008
RESUMO
SILVA, Sonia Maria da: Experiência Abayomi. Cotidianos: coletivos, ancestrais,
femininos, artesaniando empoderamentos. Orientadora: Regina Leite Garcia.
Niteroi-RJ/UFF, 17/04/2008. Dissertação (Mestrado em Educação), 147
páginas. Campo de Confluência: Estudos do Cotidiano da Educação Popular,
Linha de Pesquisa: Alfabetização dos Alunos das Classes Populares.
Interessa-me neste estudo, apostar e fortalecer a idéia de que histórias –
narrativas de ficção, exposição romanceada, cotidianidades – formam e
transformam o fluxo da História da humanidade. Assim o trabalho aqui
apresentado é resultado do desafio de reunir, registrar e discutir a trajetória de
um coletivo de mulheres, no Rio de Janeiro chamado Cooperativa Abayomi,
entendendo-a como história que aproxima e conduz a pensar e repensar o
caminho histórico percorrido por tantas outras mulheres. Valorizando a força
histórica da oralidade que marca a constituição de um país afro-descendente,
entreteço falas, narrativas, imagens, conversas, resultado de encontros que
conduziram à re-memorizações de processos vividos a partir de experiências.
Esse coletivo foi-se articulando a partir de 1988, em torno de um fazer
artesanal - bonecas negras, feitas sem o uso de cola ou costura,
exclusivamente com tecidos reaproveitados – criação de Lena Martins, artesã
nascida no maranhão, que migra para o Rio de Janeiro ao oito anos de idade,
e nessa cidade se constitui uma educadora popular.
Enredou essa história, a potencialidade, a perseverança, a solidariedade e a
criatividade, mais diretamente, de outras sete mulheres: Regina, Flávia,
Angélica, Sonia, Luiza, Shirley, Maria José e Cristiane, tantas outras foram
parceiras em momentos de prazer ou dor, em aprendizados constantes.
Marcas não isoladamente desse grupo, mas continuidades que seguem o fluxo
histórico de outras mulheres, em maneiras próprias de tocar a vida e as lutas
sociais que constituem nossos referenciais.
A construção, desconstrução, reconstrução de identidades, cotidianamente
espreitou desejos, sonhos, empoderamento de mulheres urbanas, de
diferentes idades, todas de classes populares, militantes de movimentos
sociais, artísticos e culturais. Acompanham-nos nessa trajetória questões de
gênero, étnico-racial, arte e educação popular. Dentre os múltiplos sentidos
que essa expressão possa alcançar, compreendo-a como resultado da
valorização de experiências. Possibilidades de criação, de práticas que como
nos rituais iniciáticos - marca das inúmeras manifestações culturais e religiosas
afro-brasileira – nas quais o aprender/ensinar ocorre em processos de
imersão, no fazer junto, na observação, na troca lúdica, mítica e subjetiva de
impressões e saberes.
Essa trajetória não tem ponto de chegada, mas novas perguntas, novos
encontros, novos desafios que seguem esgarçando e entrelaçando o
permanente aprender/ ensinar/viver.
Palavras-chave: Memórias, saberes/fazeres ancestrais, empoderamento.
RESUMEN
SILVA, Sonia Maria de: Experiencia de Abayomi. Diario: colectivo, ancestral,
femenino, artesaniando empoderamentos. Orientadora: Regina Leite Garcia.
Niteroi-RJ/UFF, 17/04/2008. Dissertación (Mestrado en educación), 147
páginas. Campo de confluencia: Estudios de el diario de la educación popular,
línea de investigación: Alfabetización de alunnos de classes populares .
Es de interés en este estudio, apostar y fortalecer la idea de que ciertas
historias – narrativas de ficción, exposición romanceada, cotidianidades –
forman y transforman el flujo de la Historia de la humanidad. Así, el trabajo
aquí presentado es resultado del desafío de reunir, registrar y discutir la(s)
historia(s) de un colectivo de mujeres, en Río de Janeiro, chamado
Cooperativa Abayomi, del cual formo parte. Valorizando la fuerza histórica de
la oralidad entretejo palabras, narrativas, conversaciones fabuladas, resultado
de encuentros que condujeron a re-memorizaciones de procesos vividos a
partir de experiencias. Este colectivo se fue articulando en torno de un hacer
artesanal - muñecas negras, hechas sin el uso de cola o costura,
exclusivamente con telas reaprovechadas – creación de Lena Martins,
maranhense, artesana y educadora popular.
Esta historia enredó la potencialidad, la perseverancia, la solidaridad y la
creatividad, más directamente, de otras siete mujeres: Regina, Flávia,
Angélica, Sonia, Luiza, Shirley, Maria José y Cristiane, tantas otras habían sido
socias en momentos de placer o de dolor, en aprendizajes constantes. Marcas
no sólo de este grupo, más continuidades que sigue el flujo histórico de
mujeres que a través de maneras propias de tocar la vida y las luchas sociales,
nos aproximan históricamente y que aquí son referenciales.
La
construcción,
deconstrucción,
reconstrucción
de
identidades,
cotidianamente espió deseos, sueños, “empoderamiento” de mujeres urbanas,
de diferentes edades, todas de clases populares, militantes de movimientos
sociales, artísticos y culturales. Nos acompañan en esta trayectoria cuestiones
de género, étnico-racial, arte y educación popular. Entre los múltiples sentidos
que esa expresión pueda alcanzar, la comprendo como resultado de la
valorización de experiencias. Posibilidades de creación, de prácticas que como
en los rituales iniciáticos - marca de las innumerables manifestaciones
culturales y religiosas afro-brasileñas – en las que el aprender/enseñar sucede
en procesos de inmersión, en el hacer junto, en la observación, en el
intercambio lúdico, mítico y subjetivo de impresiones y saberes.
Esta trayectoria no tiene línea de llegada, sino nuevas preguntas, nuevos
encuentros, nuevos desafíos que siguen engarzando y entrelazando el
permanente vivir/aprender/enseñar.
Palabras-llave: Las memorias, haceres/deberes ancestrales, empoderamento.
SUMÁRIO
Dona da Casa seu terreiro alumiou.......................................................... p. 01
Amamentando o dia.................................................................................. . p. 14
Potencialidades, re-existencias, identidades.............................................. p. 32
Creio no cotidiano novo de sempre...
Abayomi – Um coletivo feminino artesaniando a vida............................... p. 34
A bruta flor do querer................................................................................ p. 55
Retomando o fio........................................................................................ p. 58
Eu vou chamar as minhas companheiras que é para com elas forma a
brincadeira.................................................................................................. p.66
Do ofício à oficina, um fazer ancestral .....................................................p. 74
A oficina do Bebe Abayomi ....................................................................... p. 77
O afeto, a ética e a estética do fazer Abayomi ......................................... p. 82
Outros ensinares e aprenderes .................................................................p. 89
Imagens e expressões que muitas palavras não podem falar:
Nós do pano – Bonecas Negras Abayomi.................................................... p.90
Abayomi ata e desata o imaginário popular................................................ p. 95
Retalhos do Brasil ...................................................................................... p. 96
Ritmos do Brasil.......................................................................................... p.101
Abayomi dia-a dia – os calendários............................................................. p.102
Encruzilhadas, na peleja da vida...............................................................p.106
Escrevemos Abayomi, Abayomi nos escreveu............................................ p.108
O Cortejo: Eu vim foi tirar licença e eu não vou daqui sem ela................... p.121
Fios que viram franjas .............................................................................. p.126
Abayomi hoje ou como traduz-se: “meu presente, meu momento”..... p.129
Parcerias ou “se é pra ir vamos junto...”................................................ p.135
Considerações Provisórias
...lugar comum começo do caminhar, caminho de outro lugar ....................p.139
Referências Bibliográficas ....................................................................... p.145

Documentos relacionados