The Brazilian Journal - Pre

Transcripción

The Brazilian Journal - Pre
Copa de 2014 no Brasil
Pass In State Tuition
País oficializa candidatura
aos jogos | Pág. 10
State Rep. Wolf| Pg. 12
The Brazilian Journal
S E RV I N G O U R C O M M U N I T I E S
GRÁTIS VOLUME 1 | N. 12
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
Chefes de polícias recebem guia de
como tratar os indocumentados
Sem saber o que fazer com um assunto tão controverso como imigração, os chefes de departamentos de
polícias de diversas cidades americanas estão recorrendo à Associação
Internacional de Chefes de Polícia
(IACP) para saber como proceder
em relação aos residentes indocumentados.
Denunciá-los aos agentes do departamento de imigração ou ignorar a
situação imigratória deles? Preocupados com tantas dúvidas e opniões
diversas, os diretores da IACP estão
lançando o Guia para Chefes de
Polícias Sobre Problemas de Imigração.
Notícias envolvendo policiais locais
denunciando indocumentados à
imigração em diversas cidades de
Massachusetts, como Everett e Pittsfield, têm sido motivo de alarme entre a comunidade imigrante.
O guia não foi criado para dizer
aos associados que prendam in-
documentados e os denunciem aos
agentes federais, é o que garante o
presidente da associação, Joseph C.
Carter.
“Nossa idéia com esse documento é
mostrar aos chefes uma visão geral
do que é imigração e imigrantes, legais e ilegais, os recursos disponíveis
atualmente para agentes de polícia
em relação a traduções, documentos
imigratórios e estrangeiros, além de
examinar os obstáculos para policiais locais entenderem leis de imigração federal”, disse Carter.
O guia de 47 páginas possui um
conjunto de informações diversas
para os chefes de polícias “estudarem” e decidirem qual o melhor
modo de tratar indocumentados.
FÉRIAS É SINÔNIMO DE LIVROS
Muita criança pode até achar impraticável
a relação entre as palavras ‘férias’ e ‘livros’.
Mas uma parceira entre a Bramas e a Universidade Harvard está promovendo uma
colônia de férias que faz exatamente isso.
O projeto promoveu atividades literparias
para 25 crianças de Framingham. O resultado: divertimento educacional. Pág. 8
Pág. 7
Brincadeira organizada: a instrutora Femke organiza as atividades recreativas durante o
primeiro dia do workshop Paper Picker Project, uma parceria entre a Harvard com a
Bramas.
Leia também: entrevista exclusiva com a
única vereadora a votar contra a instalação
do ICE em Marlboro. Pág. 4
Contribuintes
recebem ajuda para
garantir reembolso
de imposto de renda
Obama fortalece
campanha com apoio
de deputado de NH
Os contribuintes que declararam imposto de renda usando o Individual Taxpayer Identification Number (ITIN) e ainda não conAdriana Lafaille explica que ainda seguiram o reembolso estadual já podem contar com o dinheiro
extra, e até inesperado. Cerca de 30 locais espalhados pelo estado
há tempo para receber o
estarão ajudando a comunidade imigrante a receber o reembolso
dinheiro.
Foto: MIRA Coalition
Pintor neozelandês
descortina o realismo
urbano
Foto: Eduardo A. de Oliveira
Ele é o xodó dos jovens e o pesadelo dos Clintons. O candidato à nomeação democrata para a Casa Branca, Barack Obama, anunciou o apoio do
deputado Paul Rhodes. Obama procura reforçar as suas bases em NH, o
primeiro estado das eleições primárias. Leia sobre como ele alfinetou a
adversária Hillary Clinton. | Págs. 3
Forró movimenta a
noite do metroeste
Mendon não concentra a maior comunidade brasileira e nem abriga
vários restaurantes verde e amarelos. Mas o forró mais arretado de Massachusetts está no End Zone. Na sessão Caras & Nomes o leitor vê quem
dançou bem coladinho e quem só ficou na paquera. | Pág. 9
gratuitamente. Pág. 7
Em média, um quadro de Lyons
é vendido nas rodas de arte
de NY por US$ 20 mil
Foto: Eduardo A. de Oliveira
Peter Lyons é o tipo do pintor tão apaixonados pela arte que compara o próprio cavalete com um Jaguar zerinho. O realismo das obras
do artista neozelandês já está conquistando vários colecionadores de
Nova York. O JOURNAL fez uma visita ao seu estúdio em Cam-
Lula diz que vaias e
aplausos são
democracia
Brasil | Pág. 2
Filho do ex-vice-presidente americano é
condenado por uso
de droga
Nacional - EUA | Pág. 3
Campanha de trânsito
assusta em
Framingham
Local | Pág. 6
bridge. | Pág. 8
Fluminense visita
Brasilia
Worcester tenta
entender o que
levou brasileiro ao
suicídio
Esportes | Pág. 10
O suicídio do brasileiro Sérgio Elias de Lima chocou a comunidade
brasileira local. Os seus roomates o descreveram como amigo, inteligente e muito pacato. O irmão Carlos disse que Sérgio amava muito
a família. O JOURNAL teve acesso a três dos quatro bilhetes de
Sérgio de Lima escreveu 4 cartas despedida que Sérgio deixou para os parentes. Ele deixou a esposa e
de despedidas na véspera de
um filho de 11 anos. | Pág. 5
completar 41 anos.
Foto: Arquivo pessoal
Leia esta
semana no
The Brazilian
Journal
ÍNDICE
Mundo - Brasil..................................................2
Nacional - Estados-Unidos ..............................3
Local..................................................................4
Editorial & Opinião ...........................................6
Local...................................................................7
Artes. .................................................................8
Caras & Nomes .................................................9
Esportes ..........................................................10
Classificados....................................................11
The Journal in English ....................................12
2
THE BRAZILIAN JOURNAL
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
Mundo - Brasil
Lula diz em MT que tem duas
orelhas para escutar vaias e
aplausos
Ministério da Defesa anuncia
reformas em Cumbica
Data para início de obras no aeroporto ainda é indefinida
Presidente afirma
que vaia e aplauso
são reações normais
do ser humano
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva disse esta semana em Cuiabá
(MT) que não se incomoda em ser
vaiado, pois tem duas orelhas: uma
para escutar vaias e outra para ouvir aplausos.
“Eu acho que Deus, quando fez a
gente, ele nos fez perfeitos. Temos
duas orelhas, uma para escutar vaias e outra para escutar aplausos.
Isso não incomoda, sobretudo se
os que estão vaiando são os que
mais deveriam estar aplaudindo”,
afirmou Lula durante discurso do
lançamento do PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento) Saneamento Básico e Urbanização
para o Mato Grosso.
Lula foi vaiado na cerimônia de
abertura dos Jogos Pan-Americanos-2007, realizada no estádio do
Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ),
em 13 de julho. Dias depois, durante o programa semanal de rá-
Presidente brinca com o Ministro da Cultura Gilberto Gil
dio “Café com o Presidente”, Lula
disse que ficou triste com a reação
do público. “A vaia e o aplauso são
dois momentos de reação do ser
humano. A única coisa que eu,
particularmente, fico triste é que
eu fui preparado para uma festa.
É como se eu fosse convidado para
o aniversário de um amigo meu,
chegasse lá e encontrasse um grupo
de pessoas que não queria a minha
presença lá. Eu tenho certeza de
que não é esse o pensamento do
Rio de Janeiro”, disse o presidente,
no programa de rádio.
Em Cuiabá, o presidente disse que
as pessoas que estão vaiando “são
os que ganharam muito dinheiro
neste país” no governo Lula. “Aliás,
a parte mais pobre é que deveria
estar mais zangada, porque ela teve
menos do que eles [os que ganharam dinheiro] tiveram. É só ver
quanto ganharam os banqueiros,
é só ver quanto ganharam os empresários”, comentou.
Aeroporto recebe diariamente uma das maiores frotas de aviões do Brasil
O Ministério da Defesa decidiu
que vai diminuir o número de slots
- pousos ou decolagens - no aeroporto internacional de Cumbica,
em Guarulhos (região metropolitana de São Paulo) durante a reforma na pista principal do terminal.
As datas das reformas não foram
estabelecidas. Em nota, o ministério disse que Guarulhos operará
54 slots por hora quando as duas
pistas estiverem abertas e 33 quando uma delas estiver fechada para
os reparos. O ministério diz que a
diminuição ocorrerá apenas entre
a 0h e as 6h e que a segunda pista
é suficiente para absorver todos os
vôos, inclusive os recentemente
desviados de Congonhas.
As decisões foram tomadas durante longa reunião coordenada
pelo ministro da Defesa, Nelson
Jobim. Participaram também o
comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, o presidente
da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, o presidente da Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil), Milton Zuanazzi, o diretor do Decea (Departamento do
Controle do Espaço Aéreo), briga-
deiro Ramon Borges Cardoso, e o
assessor especial militar brigadeiro
Jorge Godinho Barreto Nery.
As obras compreendem apenas a
o reparo de fissuras na pista. Na
nota, o Ministério da Defesa informou ainda que as obras definitivas no Aeroporto de Cumbica
serão iniciadas apenas em fevereiro
de 2008.
Alerta - A necessidade de obras
em Guarulhos foi apontada nesta
terça pelo superintendente de
empreendimentos de engenharia
da Infraero, Armando Schneider
Filho, na CPI do Apagão Aéreo.
Ele disse que a pista principal
do aeroporto vem operando no
limite. Schneider disse que as autoridades públicas devem autorizar o início das obras na principal
pista de Guarulhos ‘o mais rápido
possível’.
O superintendente explicou à CPI
que as obras deveriam ter sido
iniciadas dia 23 de julho. Com o
acidente com o Airbus-A320 da
TAM, a pista principal de Congonhas, em São Paulo, se tornou
a prioridade na capital paulista - o
que adiou as mudanças no termi-
nal de Guarulhos.
“Chegou a hora da pista principal
de Guarulhos. Isso deve ser feito o
mais rápido possível. Eu acredito
que o presidente da Infraero [brigadeiro José Carlos Pereira] vai
sensibilizar as autoridades para isso
ocorrer rapidamente”, defendeu.
Congonhas - Em relação ao aeroporto de Congonhas, o ministério informou que a Infraero vai
continuar executando as obras de
fixação de ranhuras (“grooving”)
na pista principal. Segundo o
ministério, deve ser seguido o cronograma já definido pelo governo
federal - cujo término está previsto
para setembro de 2007.
Por ordem do ministério, a Anac
(Agência Nacional de Aviação
Civil) deve comandar as negociações com as concessionárias no
que se refere à redistribuição de
vôos. A nota oficial destaca que:
“a transferência dos vôos seja feita
de forma gradativa e crescente,
respeitado o limite da capacidade
operacional dos aeroportos de
Guarulhos e Viracopos”.
Vale do Rio Doce fecha segundo
trimestre com recorde de lucro
Companhia mineira encerrou o segundo trimestre com lucro de
R$ 5,8 bilhões
A Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD) encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido
de R$ 5,8 bilhões, valor recorde,
que representa um crescimento
de 49,6% em relação ao mesmo
período de 2006, quando o ganho
líquido somou R$ 3,9 bilhões. O
aumento do lucro operacional, a
redução do resultado financeiro
negativo e a venda de participações em empresas foram apontados como os grandes responsáveis
pelo desempenho.
Entre abril e junho, o lucro operacional da mineradora avançou
103,4%, para R$ 9,19 bilhões e
o resultado financeiro ficou negativo em apenas R$ 47 milhões,
contra R$ 466 milhões em igual
período de 2006. Já a venda das
participações na Usiminas e na
Log-In renderam à Vale US$ 728
milhões e US$ 203,5 milhões, respectivamente. A receita bruta da
companhia ficou em R$ 18,197
bilhões, registrando recorde trimestral. O valor é 79,6% maior
do que os R$ 10,131 bilhões faturados durante o segundo trimestre
de 2006. Segundo a Vale, a incorporação da Inco contribuiu com
R$ 7,133 bilhões para o aumento
da receita. Os reajustes de preços
foram responsáveis por R$ 1,050
bilhão adicional e as variações de
volume, por R$ 760 milhões.
As vendas de minerais não-ferrosos
representaram 42,9% da receita
total, enquanto os ferrosos tiveram
fatia de 40,9%. Os produtos relacionados à cadeia do alumínio responderam por 8,2% e os serviços
de logísticas, por 5,2%. As vendas
para a Ásia representaram 43,6%
do faturamento, seguidas pelas
Américas (33%) e pela Europa
(20,7%).
A geração de caixa medida pelo
Ebitda (lucro antes de impostos,
juros, amortizações e depreciações) apresentou evolução de 99%
em relação ao segundo trimestre
do ano passado, para R$ 10,255
bilhões. Entre abril e junho, a Vale
realizou investimentos da ordem
de US$ 1,439 bilhão, com alta
de 75,9% sobre igual intervalo de
2006. Deste montante, US$ 1,065
bilhão foram direcionados para o
crescimento orgânico da companhia, enquanto US$ 374 milhões
tiveram como destino a manutenção dos negócios existentes.
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
THE BRAZILIAN JOURNAL
Nacional-Estados Unidos
Obama recebe apoio de
deputado federal de NH
Filho de Al Gore é condenado a
programa de desintoxicação
CONCORD (NH) –New Hampshire se transformou na Hollywood
da política americana. O estado
tem visto um desfile de candidatos
à presidência que movimenta os
moradores e os negócios locais.
Na semana passada, o candidato
Barack Obama anunciou o apoio
do deputado federal Paul Rhodes
(D) como um aliado decisivo para
faturar o primeiro estado da campanha pela nomeação democrata.
E Obama aproveitou o discurso a
centenas de pessoas na bela praça
Eagle Square para alfinetar Hillary
Clinton, sua maior concorrente.
“Paul Rhodes é um aliado importante. Mas não anunciarei muito
apoios, porque ainda não gastei
tempo suficiente em Washington
para trocar muitos favores.”
Engana-se quem acha que entre os
correligionários de Obama só estão
eleitores jovens. Para o professor de
Química, John Pongo, de 66 anos,
Obama é “o rosto novo na política
que Washington precisa”. Pongo
tem resposta na ponta da língua
para quem acha que o senador por
Illinois não é tem experiência para
chegar à Casa Branca.
“Ele tem experiências que outros
não têm: morou num país estrangeiro, trabalhou em áreas carentes de Chicago, está em Washington, quanto mais experiência
você precisa?”
Já Nadine Kennedy, 55, viajou três
O filho do ex-vice-presidente dos
Estados Unidos Al Gore (19932001) foi declarado culpado nesta
semana pela posse de maconha e
outras drogas, segundo a corte de
Laguna Niguel, 90 km a sudeste
de Los Angeles. O juiz condenou
Al Gore 3º, 24, a participar de
um programa de tratamento para
usuários de drogas por 90 dias.
Ele deve comparecer ao tribunal
em 7 de fevereiro de 2008 e, se
tiver completado corretamente o
programa, a sentença poderá ser
prolongada por mais um ano e as
acusações podem ser retiradas até
2009.
“Nesse ponto, ele poderá se liberar
das acusações de culpado como
se ele nunca as tivesse tido”, disse
Coulter. No dia 4 de julho, Gore
3º estava dirigindo um Toyota
Prius azul a cerca de 161 km/h ao
sul da rodovia San Diego Freeway
quando foi parado por policiais.
Os policiais revistaram o carro e
encontraram cerca de 28 gramas de
maconha e remédios de venda controlada sem a receita médica. Ele
foi detido na prisão masculina de
Santa Ana e solto após pagar fiança
de US$ 20 mil.
No dia seguinte à prisão, o ex-vice-
Após o comício, Obama confraterniza com os eleitores que esperaram sob sol forte.
Foto: Eduardo A. de Oliveira
horas de Russel (MA) até Concord
(NH) para ouvir o homem “que
pode indicar a direção que a país
vai tomar nos próximos anos.”
“Com o seu passado, Obama entende que é Ok ser diferente dos
EUA. Ele é jovem, não só acredita
na Constituição como também
leciona Direito Constituicional,
a qual ele acredita ser um documento sagrado, ao contrário da
administração atual”, disse ela.
Para Kennedy, “Hillary é mais do
mesmo”.
Grávida e com o filho Jasper no
colo, a professora Jessica Hellen anunciou o início do comício dizendo que o deputado Paul
Rhodes sabe que “os residentes de
NH querem mudança”. “O senador Barack Obama está preparado
para restabelecer a nossa confiança
nas lideranças nacionais”, disse ela.
Aos endorsar oficialmente a campanha de Obama, Rhodes disse
que Obama “pertence à classe
dos advogados que vão parar na
Suprema Corte”.“Ele tem tanto
talento e ombridade que está destinado a ser o próximo presidente
dos EUA.”
Obama disse que não quer promover a continuação de Bush e
Cheney. “Nós vamos nos encontrar e conversar sobre nossos valores e idéias com vários líderes
mundiais. Nós queremos trabalhar
com você e não contra você”, disse
em referência à atual política exterior americana. “Nós podemos ser
fortes e inteligentes e não teremos
medo de defender os interesses
dos EUA.”
3
Essa é a segunda vez que o filho do ex-vice-presidente se envolve
com drogas
presidente americano, Al Gore,
declarou que seu filho estava recebendo tratamento médico.
Detalhes da sentença - Al Gore 3º
deve entrar no programa de desintoxicação imediatamente, disse
Farrah Emami, uma porta-voz da
promotoria local. O advogado de
Gore, Allan Stokke, não respondeu as perguntas da imprensa e um
porta-voz da família Gore disse que
eles iriam divulgar um comunicado
mais tarde.
Gore 3º foi considerado culpado
por duas acusações de delito grave
por posse de drogas, duas acusações
por infração leve por posse de medicamentos sem prescrição médica e
uma acusação por infração leve por
posse de maconha, segundo o escritório da Procuradoria.
Ele já havia sido preso por posse de
maconha em dezembro de 2003
em Bethesda, no Estado de Maryland, quando era um estudante da
Universidade Harvard. Ele passou por um aconselhamento sobre
uso de drogas como parte de um
acordo após essa prisão. Gore 3º
vive em Los Angeles e é um editor
associado da GOOD, uma revista
sobre filantropia para jovens.
4
BRUNO DRUMMOND
Falando de Negócios
THE BRAZILIAN JOURNAL
A árvore da vida
Transferência de
dinheiro para o Brasil
Essa semana me perguntaram sobre a
transfêrencia de valores para o Brasil.
Muitas pessoas têm
medo deste tipo de
operação bancária. Pensam que
podem cair na malha fina do
governo americano, que pode ser
preso e até outros medos!
A coisa é mais fácil do que parece.
Para você mandar um quantia
elevada para o Brasil você precisa
ir para o seu banco e pedir para
que o seu gerente faça a transação para você. Em alguns bancos
americanos você vai precisar de
dois documentos de identidade
(esses regulamentos variam de
banco para banco), uma taxa
de US$30 a US$100 dólares , o
número do SWIFT, que é o identificador do banco e da agência do
país para onde você está enviando
esse dinheiro.
Desde os atentados
de 11 de Setembro
de 2001, o governo
americano tem tentado controlar bastante
as remessas de
patrimônio para o exterior...
Lembre-se que você precisará
preencher uma declaração dizendo qual é o fim (motivo) deste
dinheiro no país de destino. Esse
formulário é exigido pela lei PATRIOT ACT. Uma das funções
desta lei americana é controlarar a lavagem de dinheiro nos
EUA. Desde os atentados de 11
de Setembro de 2001, o governo
americano tem tentado controlar bastante as remessas de patrimônio para o exterior com o receio de que esse patrimônio esteja
sendo usado para financiar terroristas. Em outras palavras, se você
está mandando uma remessa de
dinheiro, já tributado nos EUA, e
estes valores não têm a finalidade
de financiar ações terroristas, você
não tem com o que se preocupar.
Lembre-se que os valores enviados
para o Brasil, por qualquer meio,
devem ter pago imposto de renda
no país de origem, sob pena de
serem taxados no país de destino.
Por hoje é só! A agente se fala na
semana que vem.
Local
COLUNA JARRETT T. BARRIOS
Existem mais de um milhão
setecentos e cinquentas mil espécies catalogadas pelos biólogos.
Muitos cientistas calculam que
este número pode chegar até 30
milhões ou mais. “Terminado o
Projeto Genoma,” disse esse artigo, já é tempo de lutar por um
novo projeto científico: a árvore
da vida. “Galho por galho, ramificação por ramificação, as espécies
de animais, vegetais e microorganismos serão ordenadas pelo grau
de parentesco e pela ordem de
aparecimento na evolução.”
Que houve no cérebro dos cientistas? Estão preocupados com a
discussão antropocêntrica atual da
evolução. Dizem que não gostam
da idéia dos evolucionistas que a
criação do homo sapien é o “climax” da seleção natural. Com
certeza esse é mais um novo projeto que precisaria de tantos recursos que não vale a pena se for somente para dissuadir um público
desatento das nossas tendências
antropocêntricas.
Agora vemos forças enganadas –
muitas sob a bandeira da fé cristã-tentando de eliminar o tema da
evolução dos programas de estudos
nas escolas públicas. Temos doenças crônicas—como a diabete e a
obesidade-- reduzindo a duração
da vida dos seres humanos. Tristemente, as escolas estão graduando
estudantes que não têm habilidades fortes na área das ciências.
E alguns cientistas querem utilizar
os recursos públicos, estimam que
custará mais do que $US 3 bilhões
dedicado ao Projeto Genoma, para
desenvolver esta árvore biológica.
As prioridades da ciência são diversas. Mas se não observam as
prioridades do povo como a sua
saúde, por exemplo, não podem
contar com o apoio do dólar público. Se não investem na fundação das ciências, na educação dos
nossos filhos, não encontrarão um
público preparado para valorizar
as suas maravilhas científicas. E se
não respondem às forças políticas
que querem negar a verdade das
nossas origens, não podem seguir
nas suas profissões.
Vamos avançar com nossas prioridades mais importantes do que desenvolver uma árvore de sonhos.
Jarrett T. Barrios é o presidente da Blue Cross Blue Shield Foundation
Jornalistas debatem a
redação do futuro
em Washington
Um Congresso na George Washington University, na capital do
país, reunirá cerca de 130 editores
de jornais do país inteiro. O único
jornalista brasileiro a participar
será Eduardo A. de Oliveira, um
dos editores do The Brazilian Journal.
O evento acontecerá nos dias 7 e 8
de agosto e promete confrontar as
perguntas difíceis que têm tirado
o sono dos maiores jornalistas dos
Estados Unidos: como concorrer
com a comodidade do texto on-
line? Ou: qual é o papel da imprensa de massa em relação aos jornais étnicos e comunitários.
Em debates sobre modelos de
negócios, cada editor dará a sua
perspectiva sobre as soluções empresarias que têm reformatado o
jornalismo.
O Congresso marcará a primeira
reunião nacional a refletir o papel
do jornalismo no universo pósUtube. Você lê os resultados deste
esforço na próxima edição do
JOURNAL.
Centro do Imigrante
muda de endereço
ONG abre nova sede no dia
6 de agosto
O Centro do Imigrante Brasileiro
anuncia que estará fechado até o
dia 3 de agosto para realiza r a mudanç de endereço. A direção garante que o atendimento será normalizado a partir de 6 de agosto, já
na nova sede: 10 Harvard Avenue
2º andar, em Allston, MA, 02134.
O telefone continuará o mesmo
(617) 783-8001.
A cí¬nica dos direitos trabalhistas do CIB reiniciará no dia 8 de
agosto, quarta-feira, às 10h30. Se
você trabalhou e não recebeu, se
você trabalhou mais de 40 horas
na semana e o patrão não te pa-
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
gou hora extra ou se você teve
outros direitos violados no local
de trabalho, participe da cí¬nica
do CIB. Além de você conhecer os
seus direitos como trabalhador em
Massachusetts, fazemos a negociação direta com o seu empregador
junto com você. Caso não haja
acordo, encaminhamos à Procuradoria Geral do Estado ou a um
advogado. Lembre-se: em Massachusetts todo trabalhador tem direitos garantidos, independente do
seu status imigratório.
Entrevista exclusiva com
vereadora de Marlboro
Maura Webster foi única a votar contra a instalação do escritório
do ICE na cidade
—EDUARDO A. DE OLIVEIRA
Às vésperar de concorrer ao seu terceiro mandato como vereadora de
Marlboro, Maura Navin Webster
já está sendo reconhecida por ter
defendido a comunidade brasileira
local. Quando a Câmara decidiu
aprovar uma proposta para instalar um escritório da Imigração na
cidade, Maura foi a única a votar
contra. Foram 9 vereadores votos
contra Maura. “Fiquei surpresa,
chocada, e, na verdade, chateada
com o pensamento deles”, disse
ela em entrevista exclusiva ao
JOURNAL.
Nativada cidade, Maura se formou
em Relações Internacionais pela
Universidade George Washington,
na capital do país. Filha do deputado John Navin, ela é do tipo de
política que nem sempre segue o
voto do partido. Democrata por
convicção – centrista por ideologia – Maura não nega que logo
cedo descobriu que “a política está
no seu sangue.”
Sobre o incidente que a promoveu
aos imigrantes, ela considera a
idéia dos vereadores um “desperdício do dinheiro do contribuinte”.
“No dia seguinte, temorei apenas
5 minutos no telefone com o ICE
para descobrir que a idéia era impraticável”, revela.
O assunto mexeu tanto com a cidade que um crítico publicou no
fórum online da cidade o rosto
dela anexado a uma bandeira
brasileira. “Para mi foi elogio. As
mulheres brasileiras são lindas.”
O bom humor diante das provocações pode ser explicado pela origem
irlandesa-italiana. No entanto, os
colegas de Câmara alegaram que a
medida iria solucionar a superlotação nas casas e evitaria a chegada
de novas doenças. “Isso não é um
problema só do imigrante, muitos
nativos na minha reagião causam
o mesmo problema. Isso é pura estratégia do medo”, rebateu ela.
Enquanto a pressão seguia, ela
recebia o apoio de muitos americanos. “Depois da primeira semana, recebi telefonemas de pessoas
agradecendo por refletir da maneira certa”.
Maura Webster faz questão de esclarecer que, apesar de ter sido a
única a registrar voto contrário, o
então chefe da mesa, Scott Chaffer, também faria oposição caso
tivesse sido permitido votar.
Após a votação de 9 x 1 a prefeita
Nancy Stevens recebeu 90 dias
para decidir se acatará a decisão.
Maura acredita que até o prazo
teve motivação política, já que
expira pouco antes das eleições de
novembro em que Stevens concorre à reeleição como prefeita.
Maura não tem receio de falar
abertamente sobre a comunidade
brasileira local, que forma grande
parte da região – centro da cidade
– que representa. “A comunidade
brasileira é especialmente forte.
Vamos parar de atacar quem revalorizou a cidade com novos negócios. Deveríamos pegá-los como
exemplo. Marlboro perdeu o senso
de comunidade.”
A vereadora também tranquiliza
os pais brasileiros sobre as novas
regras aprovadas pelo Comitê Escolar, que exigem apresentação de
carteira de motorista dos pais para
matricular os filhos nas escolas
públicas.
“Foi apenas uma resposta da superintendente a um incidente que
aconteceu com uma criança que
foi deixada pelos pais num ponto
de ônibus. Eles descobriram que
essa família não morava em Marlboro. No entanto, para cada categoria de documento que deve ser
apresentado há uma alternativa.
Até quem é indocumentado pode
provar que mora na cidade”, esclarece ela.
THE BRAZILIAN JOURNAL
Local | 5
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
Suicídio de brasileiro choca comunidade de Worcester e região
‘Vou fingir que não ouvi você falar em suicídio’, disse irmão, 6 meses antes
—EDUARDO A. DE OLIVEIRA
Sérgio foi descrito pelos amigos como ‘inteligente e muito
amigo’
WORCESTER – Para a sua família e amigos, o mineiro Sérgio Elias
de Lima era o típico imigrante,
muito trabalhador e tranqüilo. Por
isso eles não conseguem entender
o levou Lima a se suicidar com um
corte de faca no pescoço na quartafeira, 25 de julho, na sua casa em
Worcester.
Logo que foi comunicado, Carlos A. de Lima veio para os EUA
acreditando numa única explicação
para a morte do irmão mais novo:
‘assassinato’. Mas, dois fatores fizeram Carlos admitir que Sérgio
teria dado fim à própria vida. “A
polícia descartou a hipótese de assassinato. Como meu irmão era
forte, ele teria lutado para viver, e
não havia nenhuma marca de luta
no corpo dele”, disse Carlos ainda
chocado.
Carlos também encontrou na lata
de lixo do quarto de Sérgio – e em
pedaços – três cartas endereçadas à
família. Sérgio pede desculpas ao
único filho, Gabriel Correia Lima,
de 11 anos, e suplica pelo perdão
da esposa por ter “pecado novamente”.
“Filho, é muito difícil para mim
escrever esta carta, não sei depois
o que pode acontecer comigo... sei
que errei muito, mas porque sou
doente”, diz o texto escrito em 19
de julho, um dia antes de completar 41 anos.
Carlos de Lima diz não saber
porquê o irmão disse ser doente, e
nega que Sérgio tomasse remédios
para depressão. No entanto, há
pelo menos seis meses Sérgio que
“às vezes tinha vontade de dar fim
à sua vida”, por causa da solidão.
“Vou fingir que não ouvi você fa- gente moraria com ele para o resto não enviassem o seu corpo para o
lar em suicídio”, Carlos teria re- da vida”, disse.
Brasil.
spondido. “Uma pessoa devota Mattos revela que Sérgio deixou A mineira Letícia Medeiros ena Deus nunca faria isto.” Sérgio um quarto bilhete aos roomates controu o corpo de Sérgio no banfreqüentava a Igreja
heiro no dia 25
Cristã Maranata, em
de julho. Ao
Worcester.
chegar em casa
Ele usou os dois lados
por volta das
de um pedaço de pa15h, ela penpel para se despedir
sou que ‘Serjão’
dos pais e da esposa.
estivesse lendo
“Por favor, me perjornal no bandoem por não ser
heiro, um hábium bom filho, acho
to do amigo.
que estou pagando
“Com o choque
da pior maneira. Mas
de ver o corpo
que Deus, um dia,
ensangüentapossa me perdoar”,
do, trinquei os
disse em carta, cudentes, estou
riosamente, datada
com dores na
de 19 de junho. Mas
boca até agoCarlos acredita que as
ra.” disse. Letítrês despedidas tericia diz que os
am sido escritas no
cinco roomates
mesmo dia.
viviam como
“Se eu tivesse 1% de
uma família.
indicação de que ele
Jantavam junia cometer um ato
tos toda noite,
Sérgio pede perdão aos pais, em carta escrita na véspera do seu
destes, teria tentado
e durante a celaniversário
salvar sua vida”, disse
ebração do seu
“Por favor, me perdoem por não ser um bom filho, acho que
Jackson Mattos, que
aniversário, em
estou pagando da pior maneira”
morava na casa junto
20 de julho,
com Sérgio. “Ele era
Sérgio fez um
um amigo, um irmão, uma pessoa – de posse da polícia –, em que, discurso emocionado. “Ele disse
culta e de coração tão bom que a num trecho, ele pedia para que como foi importante encontrar os
amigos da casa. Ele até chorou um
pouco”, revelou Letícia.
As imagens da tragédia permanecem na memória de quem morou
com Sérgio. Mattos não entrou
mais no apartamento, que fica no
centro de Worcester. Enquanto
procura por outra casa, mora com
amigos.
Após a tragédia, a comunidade se
pergunta por quê um brasileiro
que veio buscar a prosperidade, encontrou no suicídio a sua solução.
“O Sérgio estava sempre procurando um emprego melhor, ele era
culto”, disse Mattos. “Essa tragédia
trouxe uma triste mensagem. A
comunidade precisa se unir para
evitar que outras pessoas cometam
uma loucura dessas”, disse Maestro
Wando, apresentador do programa
Vem Viver (650AM).
O irmão Carlos A. de Lima pede à
comunidade que ajude nas despesas do enterrro de Sérgio, que
acontece nesta quarta-feira, 1, no
cemitério Edgell Grove, na Grove
Street, em Framingham.
Quem quiser contribuir, pode deixar qualquer quantia em dinheiro
no restaurante Copacabana Grill
de Framingham (12 Irvin St.), ou
pode ligar para Carlos A. de Lima:
508 733 6640.
Biblioteca de Nashua fica um
pouco mais brasileira
Campanha de trânsito assusta
brasileiros em Framingham
Nashua Public Library recebe 45 livros doados pelo MEC
Comunidade confunde ação educativa com blitz policial
—EDUARDO A. DE OLIVEIRA
Nos últimos dias a comunidade
brasileira de Framingham tem se
assustado com a presença constante de policiais no centro da cidade.
Alguns moradores chegaram a ligar para a estação de rádio WSRO
(650 AM) para reclamar que os
policiais “estão parando motoristas
– até pedestres – sem motivos”.
Mas, o que pareciam blitze especificamente contra os brasileiros
é uma campanha de educação no
trânsito.
“A equipe do tenente Paul Farley só
está fazendo uma campanha para
evitar que as pessoas atravessem
a rua fora da faixa de pedestres”,
disse Paul Shastany, porta-voz da
polícia.
Steve Butzel e Margaret Gleeson convidam os brasileiros a conhecerem os novos títulos
Foto: Eduardo A. de Oliveira
—EDUARDO A. DE OLIVEIRA
Steve Butzel e Margaret Gleeson
celebram a chegada dos 45 livros em português doados pelo
Ministério da Educação à Biblioteca Pública de Nashua (NH).
Ele, como chefe do dept. de atendimento a leitores adultos, e ela, a
coordenadora dos serviços técnicos, concordam que as pratilheiras
têm que refletir a diversidade vista
na ruas. “Recentemente recebemos
vários livros em hindi, para atender
à comunidade inidiana. Sabemos
que a comunidade brasileira local
está crescendo muito, esses livros
são importantes”, disse Butzel.
A entrega dos novos títulos, que
incluem O passageiro da agonia,
de José Louzeiro, e Viva República,
de Donatelo Greco, entre outros,
só foi possível através da intervenção do ativista comunitário local
Cosme Neles. “Precisamos insistir
no ensino de português aos nossos
filhos. E estes livros dão mais um
passo nesta direção”, disse Neles,
cujos dois filhos adolescentes falam
mais inglês que português.
A biblioteca de Nashua tem livros em pelo menos duas dúzias
de idiomas. Com a nova doação,
a coleção em português sobe para
cerca de 70 títulos.
“É fundamental que a comunidade brasileira saiba que temos estes livros na língua dela. A biblioteca é gratuita e deve servir a todas
as comunidades”, disse Margaret
Gleeson, que também é membro
do Comitê Étnico da prefeitura de
Nashua.
Na nova coleção há leitura para todos os gostos. Tem clássicos da literatura mundial, como Memórias
de Maria Moura, de Raquel de
Queirós, e quatro títulos do prêmio nobel português, José Saramago, até renomados romances policiais como O selvagem da ópera,
de Rubem Fonseca.
Segundo pesquisa feita nos arquivos da biblioteca, o livro preferido
dos leitores tem sido Jubiabá, de
Jorge Amado, com cinco locações.
Atentado, de Sonia Rodrigues
Mota, o livro educativo Speak to
me: English, e o romance Uma
história de família, de Sylviano
Santiago, já foram locados três
vezes.
Todos os serviços da Nashua Public Library são gratuitos. A biblioteca fica no número 2 da Court St.
Informações: 603 598 4600.
“Os brasileiros não são
nossos alvos. A palavra-chave é segurança:
estamos educando a
comunidade”
Paul Farley
A idéia da campanha surgiu após
o registro de seis acidentes num
período de dois meses no verão de
2001, disse Farley ao JOURNAL.
A solução foi distribuir panfletos
em inglês e português sobre o jaywalking, expressão que significa o
mau hábito de atravessar a rua fora
da faixa dos pedestres. Os acidentes diminuiram.
Este é o panfleto traduzido pelo Highway Council e distrubuído pela
polícia neste verão
Credit: Dept. de Polícia de Framingham
“Os brasileiros não são nossos alvos. A palavra-chave é segurança:
estamos educando a comunidade”,
disse o tenente Farley, que admitiu
ter ficado chateado em saber que
os imigrantes se sentiram vítimas.
O JOURNAL quis saber por quê
o porta-voz da polícia afirmou que
a maioria dos que cometem as infrações são brasileiros. “Bom senso:
foi só prestar atenção em quem
frequenta as lojas brasileiras”, respondeu Shastany.
O trecho da Concord St. onde a
campanha acontecerá durante todo
o verão, entre o Dunkin Donut’s e
o Alvarino’s restaurante, realmente
abriga pelo menos 10 estabeleci-
mentos comerciais de brasileiros.
Durante a operação, tanto pedestres quanto motoristas são alertados sobre a importância de se respeitar a lei estadual que proíbe o
jaywalking. “Não queremos multar ninguém, fazemos prevenção”,
disse Shastany.
No entanto, a lei prevê que o motorista que desrespeitar a faixa de
pedestres será multado em US$
100. Já o pedestre que não atravessar na faixa receberá uma advertência na primeira ofensa, e estará sujeito a pagar US$ 20 na segunda.
THE BRAZILIAN JOURNAL
6
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
Editorial & Opinião
Vereadora dá chance
ao bom senso político
Seja em Massachusetts ou no resto do país, não faltam incidentes que indiquem que as comunidades imigrantes estão
órfãs de qualquer esperança de legalização.
Como exemplo local, esta semana o JOURNAL fez entrevista exclusiva com a única vereadora de Marlboro que votou
contra a instalação do escritório do ICE na cidade. Maura
Navin Webster confirma que por ser impraticável a idéia
desperdiça o dinheiro do contribuinte.
“Ao invés de caçarmos a comunidade brasileira, deveríamos
aprender com ela o senso de união”, disse ela. Para Maura,
a decisão dos seus 9 colegas da Câmara demonstra como os
Estados Unidos cairam na sedudora estatégia do ‘somos nós
contra eles’. Ela é um exemplo de como o bom senso ainda
sustenta o balanço ideológico na maior potência do mundo.
E apesar de algumas cidades, como Hazleton (PA) reclamarem para si o controle de lei nacional – imigração –, alguns
juízes se recusam a desrespeitar a Consituição. Não são
poucos os apresentadores de talk shows no rádio a esbravejar
uma solução rápida. Mas esses são os mesmos que acreditam
que a única coisa que precisam conhecer do indocumentados é o status imigratório.
No entanto, não é hora de o imigrante se envolver em lutas
desnecessárias. Em Merrimack (NH) um grupo de latinos
usou a cartada mais simplória: alegou não saber falar inglês.
O problema é que enquanto o país coloca de um lado da
balança a contribuilção do indocumentado, do outro o respeito às leis, negar responsabilidade não é a melhor saída.
Sem opções no mercado, muita gente fala em retornar ao
Brasil, outras em tentar a sorte no Canadá. Agora, participação política tem tudo a ver com saúde financeira. Quem não
quer ficar de galho em galho, busca a melhor garantia para o
futuro: informação.
Fee Insanity
By the time this newspaper hits the streets, the costs associated with the citizenship application will increase significantly
when, after July 30, the United States Citizenship and Immigration Services (USCIS) puts in place a new fee structure
for naturalization and permanent residency applications. Experts across the country suspect the new charges will surely
discourage many low income immigrants from applying to
become citizens. Despite the failed attempts at immigration
reform this year, we remain perplexed that one of the central
paradoxes of our immigration system is that authorities seem
determined to make it harder to become a legal permanent
resident or citizen of this country. Of course, who can blame
the USCIS when their operation costs are entirely borne by
user (that is, the application) fees. Almost no observer of the
immigration reform debate found any one proposal truly acceptable this spring; however, there ought to be unanimity
that the application process to become an American citizen
– now the most costly fee among the developed countries
– should not be so high as to dampen the dreams of low income and working family immigrants. If operation costs are
truly rising, by all means the nation should make a commitment to fund the USCIS budget immediately and directly
through a budgetary line item so that its operations costs no
longer depend exclusively on the fees of those who depend
most on its services.
The Brazilian Journal
CONSELHO EDITORIAL
E A.  O | M A | M P
DESIGN
J M. F
OPINE
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DIRETÓRIO JOURNAL
Para falar com a redação, ligue para 617.388.2865, ou 603.233.5200
Para anunciar nos classificados, ligue para 617.388.2865
Para os demais anúncios, ligue para Warlley Coelho 617.970.1676
Em New Hampshire, ligue para Cosme Neles: 603.566.9977
FRASES DA
SEMANA
“As pessoas deste país precisam aprender a não brincar com a democracia.”
presidente Lula em reação a protestos
contra o presidente
“Se decisão for me substituir, sairei sem problemas.”
presidente da Infraero sobre especulações de sua demissão
ALICE K. WOLF
Our state should give all students a chance
When I speak to my young constituents, I enjoy asking them what
they want to be when they grow
up. This question elicits a wide
variety of responses-doctor, lawyer, teacher, astronaut, firefighter,
nurse, even pitcher for the Boston
Red Sox. But for some of these
students, there is a great obstacle
in reaching their dream - access to
a college education. I am working in the State Legislature to give
these students a chance.
Now, right here in Massachusetts,
hundreds of students are being denied the ability to go to college,
because they are undocumented
immigrants. Our state currently
prohibits well-qualified Massachusetts high school graduates,
who are also undocumented immigrants, from being charged the
same in-state tuition that other
Massachusetts students at public
colleges and universities pay. This
often denies the immigrant students access to a college education
because the out-of-state tuition is
so much higher.
Every year approximately 400 Bay
State students miss out on entering
college because they are not eligible
for resident tuition although some
have lived in the state for most of
their lives. Their parents have come
here seeking better opportunities
or fleeing oppression just like my
parents did.
Our current federal immigration
laws and procedures have created
a long list of people waiting for
citizenship; some of them are seeking entrance to our state colleges
and university. Rather than further
penalize these students, allowing
them to qualify for in-state tuition
will give them the opportunity to
continue their education and obtain good jobs in our workforce.
Data from the most recent census shows that, in Massachusetts,
54% of immigrants who achieve
a bachelor’s degree held a position
that was a well paying professional,
managerial, or technical job while
only 8% of immigrants with a
high school diploma held such a
position. How foolish it is to deny
young people access to a good education and the kind of job that will
enable them to support their family.
Opponents argue that subsidizing
undocumented students will cost
Massachusetts millions of dollars.
This is just not true. In fact, a recent study showed that by 2009,
the state’s public colleges and university would generate $2.9 million in additional revenues from
undocumented students. The colleges themselves report that they
would incur virtually no new costs
with these students. Allowing undocumented students to attend
our state colleges and universities
at in-state tuition rates does not
take anything away from our other
students. The number of students
attending each college in the Commonwealth would be so small, no
new programs would need to be
added or expanded.
A bill currently before the Mas-
sachusetts Legislature, H. 1197,
would allow undocumented students to qualify for the in-state tuition rate. Under this legislation,
the student must have lived in
Massachusetts for three years, have
graduated from a Massachusetts
high school, and be in the process
of applying for citizenship as soon
as he or she can. This would give
undocumented students the same
access to public higher education
that their classmates already have.
Ten other states, California, Illinois, Kansas, Nebraska, New
Mexico, New York, Oklahoma,
Texas, Utah, and Washington have
already passed laws similar to the
Massachusetts proposal. Governor Deval Patrick has stated his
support for this legislation.
Help us support young people.
Let your State Representative and
State Senator know that you support H.1197, and help to give all of
the Commonwealth’s students the
chance to reach for their dreams.
Representative Alice K. Wolf represents the people of Cambridge in the Massachusetts House of Representatives.
MANOEL OLIVEIRA
“Eu tenho um sonho...”
Com esta frase o Rev. Martin Luther King iniciou seu mais famoso
discurso durante uma marcha organizada com a finalidade de colocar
fim à segregação racial nos EUA.
Nos degraus do Lincoln Memorial
em Washington, DC, no dia 28 de
agosto de 1963 ele abriu não somente a sua boca mas também o
seu coração em um brado de amor,
respeito, justiça e igualdade racial.
Este discurso despertou ainda mais
a nação norte americana para uma
realidade que para muitos era ignorada, fortalecendo um movimento
que transformaria positivamente
a sorte de todos os negros neste
país.
Quando penso na realidade dos
imigrantes, sejam eles de qualquer
nação, percebo que em algumas
áreas estamos vivendo um tempo
semelhante ao que viveu o Rev.
Martin Luther King. A agressividade, perseguição e o abuso seja
moral, social ou financeiro, para
com os imigrantes tem tomado
proporções no mínimo assustadoras, e aos poucos produzido uma
sociedade injusta e desigual.
Percebendo isto me perguntei, o
que eu, à semelhança do Rev. Martin Luther King, tenho feito para
produzir mudanças e desencadear
transformações sociais que deflagrem em uma sociedade mais justa
e humanitária. Talvez esta pergunta seja oriunda do fato de ser
eu também um pastor assim como
ele foi.
Percebi então o quanto a igreja tem
se calado mesmo sendo o arauto
de uma mensagem de esperança,
justiça e amor. O quanto temos
fechado nossos olhos às necessidades tão latentes dos que nos cercam. O quanto temos obstruído
nossos ouvidos para não ouvir os
gritos angustiantes dos que abandonaram país, família e convívio
social em busca de um futuro mais
glorioso, ou talvez apenas de so-
brevivência.
Me senti ainda pior quando me
lembrei de uma outra frase do
Rev. King onde ele enfatizou que o
crescimento da injustiça social não
se dá pelo aumento dos maus, mas
sim pelo silêncio dos justos. Posso
então estar contribuindo para a
mesma realidade que abomino?
Portanto estou propondo a mim
mesmo, e a todos os que percebem
o momento histórico dos imigrantes, uma mudança, uma nova postura, um novo sonho.
Eu tenho um sonho de ser um pastor, que cuide, ampare, proteja, defenda e promova o bem daqueles
a quem o próprio Senhor chamou
de “ovelhas”.
Eu tenho um sonho de ver a igreja
pregar e ensinar as pessoas a viverem uma vida mais próxima do padrão bíblico de justiça, amor, honestidade e reconciliação. E que eu
como líder seja o exemplo maior
desta nova vida.
Eu tenho um sonho de ver a igreja
fora do prédio onde se reúne e presente nas ruas, nas casas, nos presídios, nas prefeituras, nos restaurantes, nos escritórios, enfim no dia a
dia de cada um. E que ela entenda
seu papel para o mundo e não apenas para um pequeno grupo.
Eu tenho um sonho de que a igreja
abandone seu discurso separatista, individualista e muitos vezes
egocêntrico e promova por todos
os meios possíveis o bem estar social, nunca negando a centralidade
da pessoa e obra do Senhor Jesus.
Eu tenho um sonho de que a igreja,
assim como profetizou Jeremias,
“busque a paz da cidade para onde
vos enviei, porque na sua paz vós
tereis paz”.
Este é o meu sonho. Vou lutar por
ele, me dedicar a ele, trabalhar por
ele. Sei que é um sonho, mas como
disse um poeta “posso ser um sonhador, mas sei que não sou o único”. Qual é o seu sonho?
Rev. Manoel Oliveira é pastor titular da Comunidade Presbiteriana Nova Vida em Framingham, doutor em Ministério Urbano pelo Gordon
Conwell Theological Seminary de Boston, é casado com Ana Célia e pai de Sarah e Pedro.
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
THE BRAZILIAN JOURNAL
7
Local
Contribuintes ainda podem
receber reembolso estadual
usando o ITIN
Estado e organizações juntam-se para ajudar os que pagaram
imposto de renda
—MARCONY ALMEIDA
Os contribuintes que declararam
imposto de renda usando o Individual Taxpayer Identification
Number (ITIN) e ainda não conseguiram o reembolso estadual
já podem contar com o dinheiro
extra, e até inesperado. Cerca de
30 locais espalhados pelo estado
estarão ajudando a comunidade
imigrante a receber o reembolso
gratuitamente. Fruto da colaboração entre organizações comunitárias, contadores particulares e o
próprio Departamento de Impostos de Massachusetts (DOR), estes
locais estão preparados para ajudar
as pessoas que pagaram imposto
de renda, mas receberam cartas do
DOR solicitando documentação
adicional que comprovasse vínculo
empregatício, renda, dentre outras
“estranhas” exigências.
Os números ITIN são emitidos
pelo governo federal para permitir
que as pessoas que não podem ter
um social security paguem seus
impostos. Este ano, muitos contribuintes que usaram o ITIN para
pagar imposto de renda tiveram
dificuldades para conseguir seus
reembolsos do estado. Ao contrário do governo federal, que enviou os cheques aos contribuintes
indocumentados, o DOR de Massachusetts surpreendeu os trabalhadores imigrantes com os avisos
pedindo documentações adicionais. Aqueles que atenderam a solicitação e enviaram a documentação
solicitada através da carta “Notices
of Intent to Assess,” receberam em
seguida outras solicitações, inclusive algumas que questionavam
porque os contribuintes declara-
ram seus impostos com ITIN e
receberam um W-2 contendo um
social security. Muitos contadores
que trabalham com a comunidade
não souberam responder a estes
avisos para conseguir o reembolso.
Assim, não só os clientes tiveram
seus reembolsos negado, como
também em muitos casos tiveram
seus impostos recalculados, e assim receberam outras cartas informando que o contribuinte devia
impostos ao estado.
Segundo o DOR, os problemas
aconteceram devido à mudanças
no processamento dos impostos
estaduais. Apesar de que muitas
pessoas ficaram assustadas ao receber avisos que pediam explicações
sobre o próprio uso do ITIN, oficiais de Massachusetts asseguram
que eles não estão interessados
Adriana Lafaille, da MIRA Coalition, mostra as cartas recebidas pelos contribuintes
Foto: MIRA Coalition
no estatus imigratório das pessoas que declaram seus impostos.
Simplesmente, o estado mudou
seu sistema informático, e agora
está verificando cada declaração de
impostos antes de fazer um cheque
de reembolso.
De acordo com o diretor de comunicações do DOR, Bob Bliss,
“o departamento deseja que todos
os que usam ITINs respondam
qualquer aviso que peça mais informações para processar a declaração
de imposto. E qualquer reembolso
que devemos ao contribuinte será
pago. O objetivo do DOR é processar todos os impostos de uma
forma precisa e eficaz.”
Para receber ajuda, as pessoas devem comparecer a um dos locais
nos horários indicados, preparados
com documentos como a carta de
emissão do ITIN, a cópia da declaração de impostos, e os avisos que
receberam do DOR. Para saber
qual o escritório mais próximo,
acesse ao website www.miracoalition.org/itintaxpayers.
Chefes de Polícia recebem manual de como tratar indocumentados
Denunciar ou não imigrantes à Imigração é a preocupação de agentes locais
—MARCONY ALMEIDA
Com a derrota da reforma imigratória no Senado americano,
uma das maiores preocupações dos
imigrantes indocumentados é a
ação de polícias municipais agindo
como agentes federais de imigração. Sem saber o que fazer com um
assunto tão delicado, os chefes de
departamento de polícias de diversas cidades americanas estão recorrendo a Associação Internacional
de Chefes de Polícia (IACP) para
saber com proceder. Denunciar indocumentados ou ignorar a situação imigratória de seus moradores?
Preocupado com tantas dúvidas e
opniões divididas, o presidente da
IACP, Joseph C. Carter, lançou um
Guia para Chefes de Polícias Sobre
Problemas de Imigração.
“Esse guia foi criado para explicar
assuntos envolvendo imigração
e problemas atuais a níveis federal, estadual e local em agências
de segurança nos Estados Unidos
(EUA). A IACP certamente reconhece que problemas imigratórios
trazem tarefas difíceis e complicadas para agências de segurança, e
nossa associação entende a controvérsia desse assunto”, disse Carter.
O guia não foi criado para dizer
aos associados que prendam indocumentados e os denunciem aos
agentes federais, é o que garante o
presidente Carter.
“Nossa idéia com esse documento
é mostrar aos chefes uma visão
geral do que é imigração e imigrantes, legais e ilegais, os recursos disponíveis atualmente para
agentes de polícia em relação a
traduções, documentos imigratórios e estrangeiros, além de examinar
os obstáculos para policiais locais
entenderem leis de imigração federal”, continua o presidente numa
carta aos seus membros. O guia de
47 páginas possui um conjunto de
informações diversas para os chefes
de polícias “estudarem” e decidirem qual o melhor modo de tratar
indocumentados.
Leis federais proibem polícias lo-
cais de agir como agentes federais,
questionando imigrantes sobre estatus imigratório, a não ser em casos criminais. A exceção também é
para os casos onde a cidade decide
assinar um documento de cooperação conjunta com o Departamento de Imigração, conhecido
como ICE.
O “guia” da IACP inicia com um
histórico sobre imigração nos EUA
e as consistentes discussões entre a
população imigrante, chefes de
polícias e governos locais. O texto
vai além, explicando o que são as
cidades santuárias, os trabalhadores diaristas, as casas superlotadas, os grupos antiimigrantes...
Outros “ensinamentos” do guia
mostram as dificuldades de comunicação devido as barreiras
deve tomar sua própria decisão e
nossa associação não vai dizer que
sim, é necessário colaborar com
o ICE, ou não, é errado colaborar com os agentes federais”, disse
Carter. Após ler o manual, cada
um decidirá qual o melhor procedimento, respeitando, é claro, as
leis federais.
Problemas envolvendo policiais locais denunciando indocumentados
à imigração em diversas cidades de
Massachusetts, como Everett, tem
sido motivo de alarme entre a
“Nossa idéia com esse
documento é mostrar
aos chefes uma visão
geral do que é imigração e imigrantes, legais
e ilegais
linguísticas, a confiança versos o
medo da população em relação a
polícia, violência contra a mulher,
tráfico, documentação fraudulenta, dentre outros. “Cada chefe
O chefe de polícia, Joseph C. Carter (esquerda), em sua posse como
presidente da IACP
8
THE BRAZILIAN JOURNAL
1 de Agosto a 7 de agosto | 2007
Artes & Estilo de Vida
Neozelandês pinça o divino das
formas urbanas ordinárias
Bramas promove ‘colônia
de férias literária’
—EDUARDO A. DE OLIVEIRA
Parceria com a Harvard promove a leitura de maneira bem natural
Tá certo que Cambridge é conhecida pelas suas ‘cabeças pensantes’,
a cidade dos estudantes da Harvard
e do MIT. Mas não é todo dia que
um brasileiro esbarra num pintor
inspiradíssimo, que transforma a
arquitetura local em obras-primas.
A reportagem do JOURNAL fez
uma visita ao estúdio do artista
plástico neozelandês Peter Lyons
em Cambridge. Lyons, 46 anos,
é daqueles artistas que tratam um
cavalete como um veículo Jaguar
zerinho.
“Eu namorei este cavalete por
anos, agora consegui um desconto de US$ 1 mi. Não resisti”,
comemorou.
Sobre a nova peça de mogno
maciço, Lyons diz, ainda, que “não
há nada que impeça um outro pintor de usar o mesmo cavalete daqui
a 300 anos.”
Consciente da realidade que o cerca, a fala mansa (e o sotaque que
lembra Bono Vox) denota preocupação de enxergar onde os outros
não vêem. “A minha obra busca
retratar o divino que está por trás
das formas ordinárias.”
Originário das Ilhas do Sul da Nova
Zelândia, Lyons sabia que encontraria na América a inspiração que
nortearia toda a sua carreira. A cultura americana está muito presente
Com ‘Angels’, Lyons confessa que ‘os tons de branco são os mais
difíceis de reproduzir’
Foto: Eduardo A. de Oliveira
nos seus traços. Como estratégia
critativa, Lyon usa os filmes – não
só os produzidos em Hollywood
– para mantê-lo ligada durantes as
habituais jornadas criativas.
“Nem sempre assisto ao filme.
Mas, como às vezes passo até 30
horas produzindo. Não há nada
como assistir um filme de Bond
para ganhar novo fôlego.”
Ao longo de uma carreira de quase
30 anos, aprendeu a respeitar as
manias da sua inspiração. Às vezes, ele é capaz de fotografar mentalmente em segundos o objeto
do desejo. Outras vezes, a relação
com a inspiração pode durar anos.
Desde que trabalhou nos Museus
de Arte da Universidade Harvard,
começou a incorporar traços orientais no seu trabalho.
O marchant de Peter Lyons promove as suas obras em Nova York.
Ele não se intimida em dizer que
seus quadros vendem em média
por US$ 20 mil. Ele está trabalhando na próxima exposição. A
produção não pode parar. E dá-lhe
filme para manter a inspiração a
todo vapor.
Logo no início das atividades as crianças mudaram a rotina do prédio 100 da Concord. St.
Foto: Eduardo A. de Oliveira
—EDUARDO A. DE OLIVEIRA
Quem freqüenta o prédio 100
da Concord St., em Framingham, esta semana tem notado um
movimento diferente. É que pelo
menos 25 crianças participam do
Paper Picker Project, uma espécie
de colônia de férias literária promovida em parceria pela Bramas e
a Universidade Harvard.
A idéia é promover o hábito da
leitura entre crianças brasileiras de
10 a 17 anos. O projeto foi inspirado num histórico movimento
social nascido na Argentina, onde
catadores de lixo encapavam livros
com textos de autores renomados
com papelão colhido nas ruas.
Em Framingham, a professora de
literatura e diretora do Dept. de
Agentes Culturais, da Harvard,
Doris Sommer, quer despertar a
leitura através da interatividade,
sem intimidações, entre a criança
e a palavra.
“Quando você está lendo um
texto, mentalmente você já está
reescrevendo-o”, disse Doris du-
rante treinamento de um grupo de
8 pessoas, entre educadores, estudantes e profissionais liberais.
No domingo, 29, o projeto promoveu um workshop na sede da
Bramas para os profissionais que
estão acompanhando as crianças.
Durante toda esta semana, as crianças participam de atividades das
9 às 13 horas. Em cada dia um
tema diferente: nesta quarta-feira,
2, será falado sobre escrita criativa,
na quinta-feira a música pede passagem, e no encerramento das atividades, na sexta-feira, será a hora
de confeccionar um livro junto
com as crianças.
Embora os estudantes tenham
adotado naturalmente o inglês
como idioma praticado nos workshops, a organização estimula a
leitura de livros em português
também. Para a ativista comunitária Ilma Paixão “o projeto dá a
chance da criança e interagir com
textos importantes de uma maneira bem lúdica”. Já a educadora Ar-
lete Falkowski valoriza a didática
aplicada. “É fantástico poder ver
a curiosidade de cada aluno sendo
estimulada com atividades educacionais”, diz ela.
O presidente da Bramas, Frank
Kavannagh ressalta que “de longe
o projeto é o mais substancial que
a ONG já organizou em benefício
das crianças da comunidade imigrante”. Sem dúvida, o Paper Picker Project casou a obstinação dos
líderes comunitários com a prática
encantadora dos educadores. O
próximo passo será levar o projeto
para dentro das escolas.
“Diversidade sem ação, acaba sendo apenas palavras”, conclui Kavannagh.
A iniciativa deu tão certo que a
Bramas já organiza a próxima colônia de férias. Se você é pai ou mãe
e gostaria de inscrever seu filho no
próximo workshop, ligue para Arlete Falkwoski (508 820 9400).
Mão na massa: artistas e profissionais da comunidade são treinados na Bramas
Foto: Eduardo A. de Oliveira
9
THE BRAZILIAN JOURNAL
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
Caras & Nomes
CORPOS COLADOS EM MENDON
1
2
3
4
Todo sábado o clube End Zone
ferve com o forró brasileiro (1). A
pacata cidade de Mendon se transforma em reduto do rasta-pé. Ao
som da banda Azaração, centenas
de brasileiros de Milford e região
dançam coladinhos. A portuguesa Susana Duarte (2) já ouvia
forró em Portugual. Continuou a
tradição aqui nos EUA. Mas ela ainda não liberou nem um beijinho
para a sua paquera, o André, mas a
noite prometia – e muito.
O casal Márcio Freitas e Alessandra Moraes (3), de Milford, diz
que mesmo na rotina corrida dá
tempo de matar a saudade do forró. Já a goiana Kênia Rodrigues
(4) não pára um minuto. O grupo
dela aponta para a Carol como a
‘mais fominha de forró’. Vinícius Vilácio e Augusto Ferreira
Filho vão no embalo. Enquanto
todo mundo sua para valer, Carla
Cunha (5) dá conta da organização. Beleza e charme não ficam de
fora.
‘I like forró’, disse o carpinteiro
americano Scott Holmes (6),
casado há dois anos com a fogosa
baiana Soraya Holmes. Antes
de ser fisgada por Scott, Soraya
trabalhava na Coordenadoria de
Agronegócios da prefeitura Livramento de Nossa Senhora, sudoeste
da Bahia. Entre várias paquera
também havia amizade. Elias Souza (7) foi comemorar o aniversário
com os camaradas. Quem organizou tudo foi o melhor amigo Júlio
Costa. “O Elias é meu irmão, vim
lá de Worcester para comemorar
com ele”, disse aos gritos.
A mineira Dilma (8), de Waltham,
jura que o marido Fabrízio Araújo era dançarino de forró no Brasil.
Os amigos Elias, Cristiane e Dionésio não estavam nem aí para
as qualidades do rapaz. Queriam
mesmo é paquerar. Só não se sabe
se Cristiane percebeu o coração de
um dos dois batendo forte.
5
6
8
7
O prefeito de Somerville, Joe Curtatone, junto com seus assessores
Aru Manrique e Mary Lu Mendonça em recente festa brasileira.
Curtatone é considerado um “prefeito amigo dos imigrantes”.
Sempre alegre e descontraído, o padre José Eduardo P. Marques
(centro), da Igreja de Santo Antônio de Allston, se diverte com
membros da comunidade católica.
O diretor executivo da Massachusetts Alliance of Portuguese Speakers (MAPS), Paulo Pinto, o músico Fernando Holz, e o padre da
Igreja de Santo Antônio de Cambridge, Pedro Damázio, numa
conversa amiga à bordo do navio Cisne Branco, em sua visita à
cidade de Boston.
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THE BRAZILIAN JOURNAL
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
Esportes
Lula recebe o Fluminense e volta a Brasil formaliza candidatura à
Copa de 2014
reclamar da venda de jovens
O Brasil, que realizou a Copa de 1950, é candidato único
até agora
jogadores para o exterior
Presidente recebe o time com o pedido do ministro das Cidades
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva recebeu neste início de semana, no Palácio do Planalto, os
jogadores de futebol do Fluminense. O encontro foi um pedido
do ministro das Cidades, Márcio
Fortes, que é torcedor do time.
De acordo com o presidente do
clube do Rio de Janeiro Roberto
Horcades, Lula falou sobre sua
preocupação com a venda de jogadores brasileiros, ainda muito novos, para os clubes estrangeiros.
”O presidente tem uma grande
preocupação com a saída precoce
de jogadores do país. Nós temos
que buscar um mecanismo. Antigamente, os jogadores tinham
orgulho de jogar em clubes. Hoje,
o jogador usa o clube para poder
sair do país, trampolim para o exterior”, afirmou Horcades.
Lula já fez queixas em ocasiões
anteriores com relação à venda de
jogadores para o exterior e pediu
mudanças na legislação. O presidente do Fluminense sugeriu mudanças na Lei Pelé, que, segundo
ele, “é a que mais prejudica os
clubes”. A lei, da década de 90, dá
mais independência aos atletas em
relação aos contratos firmados com
os times. O ministro do Esporte,
Orlando Silva, já informou que o
governo estuda ajustes na Lei Pelé.
Os jogadores do Fluminense presentearam o presidente com uma
camiseta do clube com o nome de
Lula e o número 13, do Partido do
Trabalhadores (PT). “É de manga
comprida como ele [o presidente
Lula] gosta”, disse Horcades.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) formalizou nesta terçafeira a candidatura do país à Copa
de 2014, mas não divulgou detalhes do seu planejamento. Uma delegação comandada pelo presidente
da entidade, Ricardo Teixeira, entregou um dossiê de 900 páginas
na sede da Fifa, em Zurique. Os
representantes não falaram à imprensa sobre o orçamento da candidatura ou sobre possíveis desafios
pela frente.
O Brasil, que realizou a Copa de
1950, é candidato único para
organizar a de 2014, graças ao
rodízio entre continentes instituído pela Fifa. A Colômbia chegou
a apresentar uma candidatura, que
foi retirada em abril. Mas o presidente da Fifa, Sepp Blatter, alerta
repetidamente que o Brasil terá de
demonstrar capacidade logística e
financeira para realizar o torneio,
que do contrário será oferecido a
países de fora da América do Sul.
“Por enquanto, o Brasil ainda
não recebeu a Copa”, disse Blatter pouco antes da entrega formal
do dossiê. “Se algo acontecer com
a candidatura brasileira, ainda teremos tempo de começar de novo,
já que estamos um ano adiantados
no processo decisório em relação a
Copas anteriores.”
Blatter disse que a Fifa vai começar
a avaliar todos os aspectos da candidatura brasileira no final de
agosto e que a decisão final será tomada em 30 de outubro, depois de
uma reunião do comitê executivo
da entidade. Embora tenha um
currículo inigualável nos gramados, o Brasil certamente enfrentará
desconfianças relativas à infra-estrutura do país e especialmente
dos seus ultrapassados estádios.
“Não ter uma candidatura rival
torna tudo ainda mais difícil para
nós”, disse Rui Rodrigues, diretor
da candidatura. “Significa que seremos medidos puramente em relação às rígidas exigências da Fifa.
Mas certamente estaremos à altura
desses padrões.”
Em uma breve nota à imprensa
antes de entregar o dossiê, a delegação citou 18 cidades candidatas
a receberem partidas, com quatro
estádios ainda em projeto de construção, mas não disse quantas
serão selecionadas.
O escritor Paulo Coelho, embaixador oficial da candidatura brasileira, foi quem mais perto chegou de
citar os desafios para o Brasil. “Vi
a Copa do Mundo na Alemanha e
como ela mudou a alma do país.
No Brasil, ela vai mudar o corpo
e a alma do país, implicando que
toda a infra-estrutura de que precisamos certamente será montada.”
1 de Agosto a 7 de Agosto | 2007
THE BRAZILIAN JOURNAL
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OBITUÁRIO
Áries
(20/03 a 20/04)
Tem algumas coisas estressando os arianos hoje, pode ser agitação diária que os obriga a ir
a luta quando a vontade é de ficar em casa apenas pensando e sentindo. De todo o modo
isso não pode ser um motivo para desanimar e achar que suas metas estão longe de serem
realizadas. O que é necessário neste dia é manter a sua coragem e garra, pois não a mal que
dure para sempre. Arrisque o novo e relaxe.
Touro
(21/04 a 20/05)
Amigos leais existem e você mesmo pode se apresentar nesta condição, mas manter a
discrição é sempre bom em se tratando de eventos sociais. O dia pode lhe trazer muitas
surpresas e entre elas pode surgir um convite para uma festa ou algo semelhante e você
não deve recusar. Lembre-se apenas que seus segredos são íntimos e você não precisa
contá-los às pessoas que não têm intimidade com você. Mantenha-se reservado.
Gêmeos
(21/05 a 20/06)
Seja pela sua natureza ágil e atenta, seja pelos trânsitos planetários do dia, ou pelo
conjunto de tudo isso, o geminiano pode se preparar para viver um dia movimentado,
em que o inesperado tem lugar principal. Controle seus nervos se não quiser estressar.
Adaptar também é da sua personalidade, então para que ficar reclamando se os planos
mudarem na última hora?
Câncer
(21/06 a 21/07)
O sentimentalismo faz parte do ser humano e em você ele aparece com mais evidência,
apesar disso, hoje você vai ter um dia alegre mostrando-se jovial e solto. Deixe aquele
pezinho do passado e olhe para o seu futuro. É importante manter a fé em tudo que fizer.
Acredite que, virando a esquina, as coisas vão dar certo para você. É muito importante
mudar sua energia hoje para a prosperidade.
Leão
(22/07 a 22/08)
Pensar e repensar a vida é algo necessário, principalmente a véspera de seu aniversário.
Pode ser que isso lhe de a sensação de crise nesse dia. Para se livrar dela é importante
você largar tudo que não lhe serve. Avalie o que tem carregado consigo que não é mais
para estar ai. Isso inclui seu jeito de agir e suas coisas materiais.
Virgem
(23/08 a 22/09)
A Lua hoje em Peixes está no signo oposto ao seu, aumentando o seu desejo de ter uma
companhia agradável que o ame ou que pelo menos lhe traga satisfação. Procure o que você
gosta para fazer e tente paquerar alguém se estiver sozinha. Caso esteja se relacionando é
hora de avaliar o que precisa ser melhorado para que a relação fique como gostaria.
Libra
(23/09 a 22/10)
Tem dias em que a própria rotina já se nos apresenta com um obstáculo e como agente
de mudança de planos. A posição dos planetas neste dia interfere em seu mapa especialmente nesta área pedindo para se organizar melhor o seu cotidiano. È um bom dia
para cuidar da saúde e quem sabe de uma nova dieta.
Escorpião
(23/10 a 21/11)
Enquanto vivemos na sombra, desconfiados do que pode nos acontecer de bom,
deixamos as oportunidades passarem e elas podem ser únicas. Então encare hoje que o
dia está forte e intenso na área amorosa. Os romances estão a toda. Se sair, fique ligado
porque grandes surpresas estarão ocorrendo, é só se abrir.
Sagitário
(22/11 a 21/12)
Se aventura é algo tão essencial para se sentir vivo, hoje é um dia para você viver no
seu estilo e aproveitar para mudar tudo que lhe pertence. Faça essa mudança em sua
própria casa sem precisar buscar lá fora. Mude as coisas pessoais, seja no quarto ou
no lar. De repente você pode se deparar com uma maneira nova até de lidar com seus
familiares.
Capricórnio
(22/12 a 21/01)
Um dia o humor está bem no outro nem tanto e você vive assim sem saber se deve falar
o que pensa, se vai ser aceito ou mal interpretado. Pois hoje é um dia importante no que
se refere a sua comunicação e auto-expressão. Você está muito forte na hora de se colocar.
Comunique-se com clareza e ensine às pessoas que estão próximas aquelas coisas que você
sabe.
Aquário
(21/01 a 18/02)
Quando as pessoas se aproximam, a energia de uma toca a outra e isso causa uma nova
energia. Assim ocorre com os planetas no céu, e hoje seu regente Urano está junto à
Lua e o inspira sobre seus talentos de modo criativo. Dê mais atenção aos seus dons
e suas qualidades. Você precisa acreditar que tem força suficiente para colocar em
prática e transformar as suas qualidades.
Peixes
(19/02 a 19/03)
Quando a Lua se encontra em seu signo como hoje, é o momento de pensar mais em si
mesmo. De acordo ainda com os aspectos que ela faz com alguns planetas, ela pede para
dar atenção às suas necessidades pessoais e principalmente emocionais. Hoje é um dia para
você se permitir algo novo em sua vida. Mergulhe mais no seu coração, no seu interior e
veja o que está precisando de diferente. signo.
ACESSÓRIOS DE VERÃO
Sérgio Elias de Lima * 1966 - =2007-07-30
Worcester – Sérgio Elias de Lima, de 41
anos, foi encontrado morto na residência
que dividia com quatro amigos brasileiros
na quarta-feira, 25 de julho.
Casado por muitos anos com Sueli Correia
Lima, Sérgio foi um pai e marido amoroso e
devoto à família. Ele deixa seu filho Gabriel
Correia Lima, de 11 anos, que reside em
Vitória, no Espírito Santo, e três irmãos:
Carlos A. de Lima, Eder F. de Lima e Marcelo L. de Lima e Elizabete Fonseca, todos
também residentes de Vitória.
Filho de Emanuel T. de Lima e Zilda Ferreira, Sérgio nasceu em Nova Era, Minas
Gerais, e completou seus estudos em
Vitória, no Espírito Santo. Ele trabalhou
como jardineiro por, pelo menos, dois anos
na área de metroeste e tinha o futebol como
um dos seus maiores divertimentos.
O enterro será realizado às 10h de hoje,
quarta-feira, 1 de agosto, no cemitério
Edgell Grove, na Grove Street, em Framingham. (Fonte: www.SFCFH.com )
Leia a reportagem completa sobre as circunstâncias da morte de Sérgio na pagina 5.
Esquina da Broadway com a Quincy St., em Cambridge, numa tarde de julho. No fundos do campus da Universidade Harvard a motoqueira exibe os acessórios de verão: o guarda-roupas inclui uma lambreta e
capacete cheio de estilo. A cor da motoca e o cinto ‘gatinha’ é pra verão nenhum botar
defeito.
PREVISÃO DO TEMPO
THE BRAZILIAN JOURNAL
12
August 1- August 7 | 2007
The Journal in English
Mayoral candidate addresses local Demographic Discussion
Brazilians
This week we continue our 8 part series on the changing demographic face of New England, with a look at
the city of Cambridge, Massachusetts, a city immediately to the north of Boston known for its progressive
politics, welcoming views on immigration and economic diversity.
CAMBRIDGE: A WORLD UNTO ITSELF
Percentage Persons Who are Foreign Born: 2000
On Sunday, July 22, 2007, Alderman Joseph W. McGonagle, Jr., a candidate for Mayor of Everett, visited the
Fellowship Assembly of God Church on Church Street in Everett. Pastor Elimar Gomes-Alves introduced Mr.
McGonagle, who spoke about his future projects for Everett and welcomed the Brazilian community to the
city. Mr. McGonagle, a small business owner of a construction company, spoke passionately about his experiences working alongside immigrants throughout his career and their value to the local economy.
St. Therese vigil reaches 1,000 days
Local parishioners defy Archdiocese, Cardinal
—CHARLES A. FULLER
On October 27, 2004, Cardinal
Sean O’Malley officially closed
St. Therese Parish in Everett as
part of a wave of church closings
in the Archdiocese to help defray
the costs associated with the settlement for the clergy sexual abuse
lawsuits. One thousand days later,
a group of parishioners have maintained an unbroken vigil on the
church property, determined to
keep the church opened.
The local vigil, considered by some
religious scholars to be the longest
ever held against church closings
in U.S. history, reached the 1,000
day mark on July 23rd. The Archdiocese still owns the churches,
pays the utility bills, and maintains
the grounds, but the parishioners
control the buildings. St. Therese
opened in 1930 to serve Catholics
in north Everett.
As reported recently in the Boston
Globe, the group of dedicated parishioners works in shifts to occupy the church grounds to prevent
the Archdiocese from selling the
Anuncie nos Classificados por um
mês e receba duas semanas
Ligue para
617.388.2865
ou
603.233.5200
GRÁTIS!
property. At least two individuals
are on the property overnight – including Carol Tumasz – an Everett
resident who has missed only a few
nights since the vigil began almost
3 years ago.
The parishioners wait in prayer
for the Cardinal to overturn the
2004 church closing, inspired by
reversals to South Shore parishes
closed around the same time as St.
Therese’s. To date, the Archdiocese
remains firm on the closing of St.
Therese.
The
Brazilian
Journal
Source: US Census Bureau
The current map examines the City of Cambridge, MA – once the seat of government for the Massachusetts Bay Colony – and now, almost 400 years after its founding, a city whose residents are almost one third
foreign-born. Cambridge, with its university populations, has been a stable place for immigrants throughout
the decade: unlike nearby cities like Somerville and Everett that have seen marked increases in immigrants,
Cambridge’s foreign-born stock increased to 29.1% (in the 2005 US Census estimates) from 25.9% in the
year 2000. Many communities in Greater Boston experienced a 100% increase over the same period. Interestingly, Cambridge’s diversity is geographically concentrated, with the highest percentages of immigrants
in East Cambridge and North Cambridge (slightly off this map) whereas as sections to the west of Harvard
Square are at or below the national average of 11%. This disparity is most likely due to housing stock.