Fages de Climent Salvador Dalí

Desgraciadamente
hoy hemos de hablar
ae¡
poeta Carlos Fages de C l i m e n t , en o t r o aspecío
Fages de
Climent
del de anteriores veces, c u a n d o lo hacíamos para
dar a conocer y c o n g r a t u l a r n o s a la vez de sus
éxitos l i t e r a r i o s , de su c o n t i n u a i n q u i e t u d y vena,
que le t r a n s f o r m a r o n en el poeta del A m p u r d á n .
Que si es serio ser poeta en c u a l q u i e r parte del
visto por
mundo,
para
primacía
en
conseguir
una
tierra
esta
preponderancia
donde
el
espíritu
o
se
muestra con la d i a f a n i d a d que deja el v i g o r o s o
v i e n t o , resulta ya excepcional.
Salvador Dalí
Carlos Fages de C l i m e n t ha m u e r t o . Ha muerto su c u e r p o , ya que su e s p í r i t u , p l a s m a d o en su
o b r a , p e r d u r a r á c o m o signo de una época de un
prisma
donde
la
ironía
tenía
la
justeza
des-
criptiva.
Ganador de Juegos Florales y del «Premi Ciutat de Barcelona», su f a c i l i d a d versificadora
fsor QU
Qonancía
en
nuestro i d i o m a v e r n á c u l o era p o r t e n t o s a , y c o m o
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además, cual si a través de su m i r a d a f e l i n a cap-
Ampurdán.
tara m e j o r la v i s i ó n de los personajes y situacio-
a m p u r d a n e s a , será una de las figuras más gran-
nes, con
de
des que hemos t e n i d o , y el l i b r o que c o n s i d e r o
verdadera antología en c u a n t o dar en !a diana
más genial de todos, es la conferencia que d i o en
sus epigramas
liizo
descripciones
Dentro
la
iconografía
y
etnología
para expresar las características más sobresalien-
la p r o p i a
tes de c u a n t o se colocaba a su alcance.
« V i l a s a c r a , capital del m u n d o » . Que además de
c i u d a d de Vilasacra, que se llamaba,
estar m u y bien d o c u m e n t a d a h i s t ó r i c a m e n t e , la
Quizá por ello podemos decir que supo ser e¡
d i o a p r o l o g a r a o t r o g r a n figuerense de la calle
poeta preciso en las grandes ocasiones, y si poeta
de M o n t u r i o l , c o m o es d o n A l e j a n d r o D e u l o f e u ,
del pueblo y para el p u e b l o , por lo que alcanzó
i n v e n t o r de la m a t e m á t i c a de la H i s t o r i a , y m e
gran p o p u l a r i d a d .
dijo
entusiasmado:
maravilloso,
Su f i g u r a , con barba o sin ella, era conocida
este
dejarnos
del
ha
hecho u n
revienta
prólogo
completamente
en el l i b r o es c o m p l e t a m e n t e falso. Y creo que
excelentes a m i g o s , que a h o r a , lloramos sin lágrisilenciosamente,
«Me
me
el l i b r o p o r q u e d e m u e s t r a que todo lo que digo
t a m b i é n en toda la p r o v i n c i a , donde contaba con
mas,
pero
tienen r a z ó n » . Es maravilloso de p u b l i c a r un l i -
gran
b r o con un p r ó l o g o que ataca no solamente el
poeta...
l i b r o , sino que lo destroza, y además que el p r o -
Por su pariré, en la paz c l a u s t r a l
L l i g a t , anl:e un C r i s t o
monumental
de
p i o interesado encuentra
Port-
de más
que es maravilloso el
tal p r ó l o g o , y, está c o n v e n c i d o .
de
doce m e t r o s de largo, situado entre los o l i v o s ,
Este puede ser, el m e j o r
rasgo h u m a n o del
Salvador Dalí nos habó del poeta recién fallecido,
h o m b r e el que c o m o p o e t a , nadie puede d i s c u t i r ,
con el que es sabido le unían lazos de a m i s t a d ,
pues superó todos los l í m i t e s establecidos.
ya que fue quien i l u s t r ó el p r i m e r l i b r o de Fages
de C l i m e n t , «Les bruixes de Llers».
Todos
los
de
la calle M o n t u r i o l ,
probable-
mente t o d o lo que d e c i m o s es f a l s o , p e r o n u e s t r o
Concentrado,
cual
musitando
una
oración,
sistema p a r a n o i c o está tan bien o r g a n i z a d o y es
Salvador DaÜ nos d i j o :
tan l u c i d o , que por un sistema d e l i r a n t e , llegamos a otras verdades que nosotros m i s m o s
«De
Fages
de
Climent,
un
hombre
nacido
podemos
c o m o yo en la calle M o n t u r i o l , escuché la noticia
sospechar, y que son superiores
que nos p r o p o n e m o s
no
a lo
demostrar.
de su m u e r t e que desgraciadamente la esperábamos ya, c o m o cosa i n e v i t a b l e , por la r a d i o en el
O t r o m u e r t o i l u s t r e , vivía en Cadaqués y pa-
coche regresando de Barcelona, y en este mo-
saba los veranos aquí, y que se puede decir que
m e n t o yo, que me hallaba leyendo, pues en casa
r e a l m e n t e es el p r o m o t o r y el padre de todo el
apenas leo, pero leo en ios coches, en este caso
arte m o d e r n o « o p » o « p o p a r t » , que toda la j u -
estaba leyendo la citacióri de M i o c h e l e de M o n -
v e n t u d está haciendo a h o r a , y es el g r a n genio
tey, en la cual se decía ú n i c a m e n t e se puede lle-
Marcel
gar a lo u n i v e r s a l , a través de lo u l t r a l o c a l . Y o
dedsístas y que j u s t a m e n t e m u r i ó el m i s m o día
creo q u e es el caso de Fages de C l i m e n t q u e un
de Fages de C l i m e n t . O sea, los dos polos opues-
Duchemp
que es uno de los
primeros
día, cuando se conozca su o b r a , se verá que ha
tos. Uno, en lo u l t r a c o s m o p o l i t a
tocado p r o b l e m a s universales a través de lo ul-
el o t r o , d e n t r o de lo u l t r a p r o v i n c i a l y local y los
tralocal y p r o v i n c i a l , que es n u e s t r o maravilloso
dos e n a m o r a d o s de Cadac|ués.»
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internacional,