LONDRES 2012 O DOSSIÊ COMPLETO
Transcripción
LONDRES 2012 O DOSSIÊ COMPLETO
LONDRES 2012 O DOSSIÊ COMPLETO Por Daniel Takata Gomes Vistas aérea e interna do Centro Aquático de Londres JOGOS OLÍMPICOS LONDRES 2012 QUANTIDADE X QUALIDADE Há quatro anos, números suntuosos foram a marca das Olimpíadas de Pequim. A qualidade, traduzida em feitos históricos, deve ditar o ritmo dos Jogos de Londres Por Daniel Takata Gomes “Antecipar o prazer já é um prazer por si só”, disse certa vez um poeta alemão. Ele poderia estar se referindo a qualquer coisa. E nem poderia imaginar, mas sua frase serviria como uma luva para os Jogos Olímpicos. Tão bom quanto a Olimpíada, esperada ansiosamente durante quatro anos, é a expectativa que se cria em torno dela. Muitos meses, e em alguns casos anos, antes dos Jogos já começam os burburinhos sobre as competições. Muitos já começam a pensar na próxima edição quando termina a anterior. É um círculo vicioso. Por isso, nada melhor que atender a essa expectativa à altura. A maior competição do mundo merece um dossiê caprichado. É isso que tentamos trazer, na medida do possível. Sempre atentando para as especifidades dessa Olimpíada. Um documento para Londres não pode ser igual ao de Pequim. http://www.swimchannel.com.br No dossiê para os Jogos Olímpicos de 2008, trouxemos uma tabela com os recordes mundiais estabelecidos naquele ano antes da realização do evento. Nada menos que 29. Era um presságio de que aqueles Jogos seriam marcados por números colossais. Foi a maior competição esportiva da história e dificilmente a Olimpíada de Londres conseguirá superála. As construções monumentais como o Cubo D'Água e o Ninho de Pássaro e a espetacular cerimônia de abertura demorarão para serem apagadas do imaginário. Foi a Olimpíada que Michael Phelps virou lenda, que o Brasil passou à maioridade com seu primeiro ouro, que os recordes mundiais foram estraçalhados. Foram 25, um dos maiores números da história em uma edição. Impulsionados pela tecnologia dos então recém-lançados trajes com poliuretano, vetados pela FINA em 33 2010, os nadadores não deixaram pedra sobre pedra. Não esperamos ver números como esses em Londres. Alguns recordes obtidos principalmente em 2009, o auge dos trajes hi-tech, são inalcançáveis. Por outro lado, isso valorizará ainda mais as grandes performances. Eventuais recordes serão comemorados como nunca. E isso atesta a evolução qualitativa da natação nesses quatro anos. Se, após o banimento dos trajes tecnológicos, muitos previram que os recordes levariam um, dois ou até mais ciclos olímpicos para serem superados, eles começaram a cair antes do que se pensava. Em piscina longa foram dois, nos 200m medley e 1500m livre masculino. Outros balançaram, ainda não caíram, mas parecem estar com os dias contados. É o caso dos 100m e 400m livre e 100m costas masculino e 100m peito e 200m costas feminino. Além das http://www.raiaquatronews.com.br JOGOS OLÍMPICOS LONDRES 2012 Cesar Cielo vibra em 2008. Veremos esta cena novamente? sempre presentes surpresas olímpicas que podem melhorar recordes que não esperamos. Há quatro anos, os Jogos foram marcados por performances destruidoras. Londres pode ficar na história por finalmente derrubar marcas que esperam há muito tempo para serem superadas. O tal salto de qualidade. O próprio Comitê Olímpico Internacional deu sua parcela de contribuição. Limitou o número de nadadores em 900, evitando o inchaço observado a cada edição. São mais de 100 a menos que em Pequim, e o menor número desde 1996. Qualidade ao invés de quantidade. E o maior símbolo disso é, de novo, Michael Phelps. Na Olimpíada passada, o maior objetivo do americano era ter a melhor performance de sua vida para superar os sete ouros de Mark Spitz de 1972. Conseguiu. Foi uma marca dos Jogos caracterizados por superlartivos. Agora, não almeja ter um desempenho tão avassalador. Está mais velho e prestes a se aposentar. Tanto que nadará “apenas” sete provas. O http://www.swimchannel.com.br que ele pode, sim, é, em conjunção com seus desempenhos de 2004 e 2008, se tornar o maior medalhista olímpico da história. Está a duas da ginasta soviética Larisa Latynina, que tem 18, e quase certamente alcançará mais este recorde. Ele também pode juntar suas conquistas de 2004 e 2008 para tentar mais um feito inédito: se tornar o primeiro tricampeão na natação masculina. Ele terá quatro chances, nos 200m e 400m medley e 100m e 200m borboleta. Se não conseguir em sua primeira prova, os 400m medley, no entanto, o japonês Kosuke Kitajima pode roubar-lhe a primazia nos 100m peito. Também pode ser tri nos 200m. Um feito que lendas da natação como Duke Kahanamoku, Roland Matthes, Alexander Popov, Kieren Perkins e Grant Hackett tentaram, mas não conseguiram. Aliás, justamente o rival que pode tirar a vitória de Phelps nos 400m medley, Ryan Lochte, foi muito superestimado. Falou-se que ele poderia nadar oito, nove provas e até superar 44 o feito de Phelps de Pequim. Mas é provável que ele nade apenas cinco, mais interessado, como ele mesmo já afirmou, em superar suas marcas e recordes mundiais que parecem impossíveis, como nos 200m costas. De novo, qualidade em favor da quantidade. Na natação feminina, a americana Melissa Franklin tenta uma marca que está mais para Pequim do que Londres: se tornar a primeira nadadora a conquistar sete medalhas em uma Olimpíada. Mas é mais provável que consiga uma marca mais londrina que pequiniana: ser a primeira mulher a superar um recorde mundial em piscina longa após o final da era dos trajes. Outras também podem conseguir, como sua compatriota Rebecca Soni nos 100m peito. E é nessa prova que a australiana Leisel Jones busca um feito único: ser a primeira na natação a subir quatro vezes no pódio de uma prova individual. Se a americana Natalie Coughlin conseguir uma medalha, igualará Jenny Thompson e Dara Torres como a maior medalhista na natação http://www.raiaquatronews.com.br JOGOS OLÍMPICOS LONDRES 2012 feminina, com 12. E Jason Lezak, que já é o mais velho homem a conquistar uma medalha na natação olímpica, pode superar Dara Torres e ter a liderança em ambos os sexos, se ele nadar o 4x100m livre e sua equipe vencer a prova. Vale a pena também prestar atenção em gente como James Magnussen, que assombrou o mundo com sua performance nos 100m livre em março; Matt Grevers, que igualmente arrepiou nos 100m costas na seletiva americana, e que promete um bom duelo contra o francês Camille Lacourt; a também francesa Camille Muffat, que andou apavorando nas competições preparatórias e só não é mais favorita porque encarará as campeãs olímpicas Federica Pellegrini e Rebecca Adlington, esta com vantagem de nadar em casa; Sun Yang, fenomenal fundista chinês, que depois de bater o recorde mundial dos 1500m quer expandir seu domínio para os 200m e 400m. E muito mais... E, se Pequim representou a surpresa, a explosão com a primeira medalha de ouro da história da natação brasileira, o objetivo agora é manter a qualidade alcançada com aquela con- quista. A equipe é menor, mas a qualidade é maior. Há quatro anos, somente Thiago Pereira chegou entre os 5 melhores balizados, nos 200m e 400m medley. Agora, estão nessas condições o mesmo Thiago nos 200m medley, Cesar Cielo nos 50m e 100m livre, Bruno Fratus nos 50m livre e Felipe França nos 100m peito. Além dos que estão um pouco abaixo e podem surpreender, como o próprio Cielo fez em 2008: Kaio Márcio, Leonardo de Deus, Henrique Barbosa, Felipe Lima. Ou seja, quase toda a equipe masculina. O maior destaque, como tem sido desde 2008 não só na natação mas no esporte do Brasil, continua sendo Cielo. É o favorito ao ouro nos 50m livre e pode brigar nos 100m. Mas uma coisa é certa: ele carrega um país inteiro nas costas, responsabilidade até certo ponto dividida, é verdade, com uma seleção brasileira com mais chances do que nunca. Ele já mostrou que aguenta essa responsabilidade. Na equipe feminina, Fabíola Molina será a mais velha, entre homens e mulheres, a nadar pelo Brasil, e a terceira mulher mais velha a competir na história da natação olímpica. Para as mulheres, os objetivos não são tão ousados quanto aos dos homens, mas Joanna Maranhão adoraria repetir a final obtida em 2004. Este dossiê está organizado de forma simples: a cada duas páginas você encontrará o preview de uma prova. Os dias se referem aos dias das finais. Provas comentadas. As chances dos brasileiros. Curiosidades dos 10 primeiros balizados. Memória olímpica. Números e estatísticas Rankings top 10 all-time com e sem trajes tecnológicos. Perfis de cada membro da seleção olímpica brasileira de natação. Está tudo lá. Não nos iludimos: algumas previsões serão furadas. Depois da Olimpíada, olharemos para algumas delas e acharemos graça. Mas, em uma época dessa, até o tiozão do boteco fará suas previsões olímpicas. E talvez acerte mais que a gente. Não importa. Se não fossemos atrás das informações, dos números, das histórias, e também se não déssemos nossos pitacos, não teríamos cumprido nossa missão. Esperamos que esse guia seja útil durante o período de 28 de julho a 5 de agosto, quando você conferirá o que antecipamos nas próximas páginas. Michael Phelps: última oportunidade de ver o maior nadador da história em ação http://www.swimchannel.com.br 55 http://www.raiaquatronews.com.br SIGLAS DE PAÍSES (CONFORME UTILIZAÇÃO DO COI) Sigla AHO ALB ALG AND ANG ANT ANZ ARG ARM ARU ASA AUS AUT AZE BAH BAN BAR BDI BEL BEN BER BIH BLR BOL BOT BRA BRN BUL BUR CAM CAN CAY CGO CHI CHN CIV CMR COK COL COM CRC CRO CUB CYP CZE DEN DMA DOM ECU EGY ESA ESP EST EUN FIJ FIN FRA FRG FSM GBR GDR País Antilhas Holandesas Albânia Algeria Andorra Angola Antigua e Barbuda Australásia (1) Argentina Armênia Aruba Saoma Americana Austrália Áustria Azerbaijão Bahamas Bangladesh Barbados Burundi Bélgica Benin Bermuda Bósnia e Herzegovina Bielo-Rússia Bolívia Botswana Brasil Bahrein Bulgária Burkina Faso Camboja Canadá Ilhas Caimã Congo Chile China Costa do Marfim Camarões Ilhas Cook Colômbia Camarões Costa Rica Croácia Cuba Chipre República Checa Dinamarca Dominica República Dominicana Equador Egito El Salvador Espanha Estônia Comun. Est. Indep. (2) Fiji Finlândia França Alemanha Ocidental Micronésia Grã-Bretanha Alemanha Oriental Sigla GEO GEQ GER GRE GRN GUA GUI GUM GUY HAI HKG HON HUN INA IND IRI IRL IRQ ISL ISR ISV ITA JAM JOR JPN KAZ KEN KGZ KOR KSA KUW LAO LAT LBA LCA LIB LTU LUX MAD MAL MAR MAS MAW MDA MDV MEX MGL MHL MKD MLI MLT MNE MON MOZ MRI MYA NAM NCA NED NEP NGR País Geórgia Guiné Equatorial Alemanha Grécia Granada Guatemala Guiné Guão Guiana Haiti Hong Kong Honduras Hungria Indonésia Índia Irã Irlanda Iraque Islândia Israel Ilhas Virgens Itália Jamaica Jordânia Japão Casaquistão Quênia Quirguistão Coreia do Sul Arábia Saudita Kuwait Laos Letônia Líbia Santa Lúcia Líbano Lituânia Luxemburgo Madagascar Malaya Marrocos Malásia Malawi Moldova Maldivas Méxigo Mongólia Ilhas Marshall Macedônia Mali Malta Montenegro Mônaco Moçambique Ilhas Maurício Myanmar Namíbia Nicarágua Holanda Nepal Nigéria Sigla NIG NOR NZL OMA PAK PAN PAR PER PHI PLE PLW PNG POL POR PUR QAT ROU RSA RUS RWA SAA SCG SEN SEY SIN SLE SLO SMR SRB SRI SUD SUI SUR SVK SWE SWZ SYR TAN TCH THA TJK TKM TPE TRI TUN TUR UAE UGA UKR URS URU USA UZB VEN VIE VIN VNM YEM YUG ZAM ZIM País Niger Noruega Nova Zelândia Omã Paquistão Panamá Paraguai Peru Filipinas Palestina Palau Papua Nova Guiné Polônia Portugal Porto Rico Catar Romênia África do Sul Rússia Ruanda Saar Sérvia e Montenegro Senegal Seicheles Cingapura Serra Leoa Eslovênia San Marino Sérvia e Montenegro Sri Lanka Sudão Suíça Suriname Eslováquia Suécia Suazilândia Síria Tanzânia Tchecoslováquia Tailândia Tajiquistão Turcomenistão Taipé Chinesa Trinidad e Tobago Tunísia Turquia Emirados Árabes Unidos Uganda Ucrânia União Soviética Uruguai Estados Unidos Usbequistão Venezuela Vietnã São Vicente Vietnã do Sul Iêmen Iugoslávia Zâmbia Zimbábue (1) Australásia foi a designação usada pelo time formado por Austrália e Nova Zelândia que disputou os Jogos Olímpicos de 1908 e 1912. Quando os Jogos retornaram após a Segunda Guerra Mundial, em 1920, os dois países enviaram seleções separadas. (2) Comunidade dos Estados Independentes foi o time pelo qual competiram os atletas da então recém esfacelada União Soviética nos Jogos de Barcelona 1992. Quando subiam ao pódio, os atletas tinham içadas as bandeiras de seus próprios países. http://www.swimchannel.com.br 77 http://www.raiaquatronews.com.br ÍNDICE 8 Números e recordes Os mais espetaculares feitos da história da natação olímpica 12 Seleção Olímpica Brasileira Conheça em detalhes cada atleta de nossa seleção 15 Programação Dias e horários de todas as provas O DOSSIÊ OLÍMPICO Dia 1 400m medley masculino 400m livre masculino 400m medley feminino 4x100m livre feminino Dia 5 200m peito masculino 200m borboleta feminino 100m livre masculino 4x200m livre feminino Dia 2 100m borboleta feminino 100m peito masculino 400m livre feminino 4x100m livre masculino Dia 6 200m peito feminino 200m costas masculino 200m medley masculino 100m livre feminino Dia 3 200m livre masculino 100m costas feminino 100m costas masculino 100m peito feminino Dia 7 200m costas feminino 100m borboleta masculino 800m livre feminino 50m livre masculino Dia 4 200m livre feminino 200m borboleta masculino 200m medley feminino 4x200m livre masculino Dia 8 50m livre feminino 1500m livre masculino 4x100m medley feminino 4x100m medley masculino Créditos das fotos: Internacionais:Divulgação (Reuters, Getty Images, AP, France Presse) Brasileiros: Satiro Sodré/Divulgação Agif h http://www.swimchannel.com.br : p t / w w . s im c w h n a e n c l. m . o r b 3 t h p 66 : / w w . i a r u q a t a n o r w . e s c m . o b r http://www.raiaquatronews.com.br NÚMEROS E RECORDES QUADRO DE MEDALHAS FEM. (TOP 20) QUADRO DE MEDALHAS POR PAÍS Pos. País O P B T 1 Estados Unidos 87 64 57 208 2 Alemanha Oriental 32 25 17 74 3 Austrália 25 23 22 70 4 Holanda 14 15 14 43 O P B T 1 Estados Unidos 215 153 120 488 2 Austrália 56 57 59 172 3 Alemanha Oriental 38 32 22 92 5 Hungria 10 6 5 21 4 Hungria 23 23 17 63 6 China 7 14 5 26 62 7 Grã-Bretanha 6 9 13 28 8 Alemanha 5 12 20 37 9 Japão 4 3 6 13 10 Ucrânia 4 1 0 5 11 União Soviética 3 7 8 18 5 País Pos. Japão 20 21 21 6 Holanda 17 17 18 52 7 Grã-Bretanha 15 20 27 62 8 Alemanha 13 23 34 70 9 União Soviética 12 21 26 59 12 Romênia 3 2 3 8 Suécia 8 14 13 35 13 África do Sul 3 0 5 8 27 14 Irlanda 3 0 1 4 15 Zimbábue 2 4 1 7 16 Dinamarca 2 3 4 9 17 Canadá 1 6 10 17 10 11 China 7 15 5 12 Canadá 7 13 20 40 13 Comun. Est. Indep. 6 3 1 10 14 França 4 10 17 31 18 França 1 4 5 10 15 Rússia 4 5 5 14 19 Itália 1 3 2 6 16 Itália 4 4 9 17 20 Polônia 1 2 1 4 17 África do Sul 4 2 6 12 18 Ucrânia 4 2 1 7 QUADRO DE MEDALHAS MASC. (TOP 20) O P B T 1 Estados Unidos 128 89 63 280 2 Austrália 31 34 37 102 3 Japão 16 18 15 49 12 4 Hungria 13 17 12 42 1 7 5 União Soviética 9 14 18 41 3 8 6 Grã-Bretanha 9 11 14 34 7 Alemanha 8 11 14 33 8 Suécia 8 10 10 28 9 Canadá 6 7 10 23 18 19 Alemanha Ocidental 3 5 14 22 20 Romênia 3 2 4 9 21 Irlanda 3 0 1 4 22 Dinamarca 2 5 5 23 Zimbábue 2 4 24 Australásia 2 3 Pos. País 25 Nova Zelândia 2 1 3 6 26 Áustria 1 6 5 12 27 Brasil 1 3 7 11 10 Alemanha Oriental 6 7 5 28 Grécia 1 3 2 6 11 Comun. Est. Indep. 5 3 0 8 28 Polônia 1 3 2 6 12 Rússia 4 4 5 13 30 Bélgica 1 1 2 4 13 França 3 6 12 21 14 Alemanha Ocidental 3 4 7 14 15 Holanda 3 2 4 9 16 Itália 3 1 7 11 30 Costa Rica 1 1 2 4 32 Argentina 1 1 1 3 32 Bulgária 1 1 1 3 17 Nova Zelândia 2 1 2 5 34 Coreia do Sul 1 1 0 2 18 Áustria 1 6 3 10 34 Iugoslávia 1 1 0 2 19 Brasil 1 3 7 11 20 Grécia 1 3 2 6 36 Espanha 1 0 3 4 37 México 1 0 1 2 37 Suriname 1 0 1 2 39 Tunísia 1 0 0 1 40 Eslováquia 0 2 0 41 Finlândia 0 1 42 Cuba 0 1 42 Noruega 0 1 RECORDES MUNDIAIS POR EDIÇÃO* Edição Recordes Edição Recordes 2 Londres 1908 5 C. México1968 5 Estocolmo 1912 8 Munique 1972 30 3 4 Antuérpia 1920 9 Montreal 1976 29 1 2 Paris 1924 5 Moscou 1980 10 1 2 Amsterdã 1928 5 L. Angeles 1984 11 L. Angeles 1932 3 Seul 1988 10 Berlim 1936 1 Barcelona 1992 10 Londres 1948 1 Atlanta 1996 4 Sydney 2000 15 44 Croácia 0 1 0 1 44 Eslovênia 0 1 0 1 44 Sérvia 0 1 0 1 Helsinque 1952 1 47 Filipinas 0 0 2 2 Melbourne 1956 5 Atenas 2004 8 48 Suíça 0 0 1 1 Roma 1960 2 Pequim 2008 25 48 Trinidad e Tobago 0 0 1 1 Tóquio 1964 5 48 Venezuela http://www.swimchannel.com.br 0 0 1 * desde que os recordes passaram a ser registrados com a criação da FINA, em 1908 1 88 http://www.raiaquatronews.com.br NÚMEROS E RECORDES Maior número de medalhas 16 Michael Phelps (USA, 2000-2008) 12 Jenny Thompson (USA, 1992-2004) 12 Dara Torres (USA, 1984-2008) 11 Mark Spitz (USA, 1968-1972) 11 Matt Biondi (USA, 1984-1992) 11 Natalie Coughlin (USA, 2004-2008) 10 Gary Hall Jr (USA, 1996-2004) 10 Franziska van Almsick (GER, 1992-2004) 9 Ian Thorpe (AUS, 2000-2004) 9 Alexander Popov (RUS, 1992-2004) 9 Shirley Babashoff (USA, 1972-1976) Pode ser quebrado? Michael Phelps tem tudo para aumentar esse recorde e pode chegar a 23 medalhas. Se Natalie Coughlin conquistar uma medalha no revezamento que irá nadar, igualará Thompson e Torres como mulher com mais medalhas na natação. Maior número de medalhas de ouro 14 Michael Phelps (USA, 2000-2008) 9 Mark Spitz (USA, 1968-1972) 8 Jenny Thompson (USA, 1992-2004) 8 Matt Biondi (USA, 1968-1972) 7 Don Schollander (USA, 1964-1968) 6 Kristin Otto (GDR, 1988) 6 Amy Van Dyken (USA, 1996-2000) Pode ser quebrado? Sim. Phelps pode aumentar, e muito, esse recorde. Ele terá sete chances para isso. Mark Spitz: 11 medalhas e 9 ouros em 2 Olimpíadas Maior número de medalhas em provas individuais 10 Michael Phelps (USA, 2000-2008) 7 Kristina Egerszegi (HUN, 1988-1996) 7 Kirsty Coventry (ZIM, 2000-2008) 6 Inge de Bruijn (NED, 1992-2004) 6 Mark Spitz (USA, 1968-1972) 6 Zoltán von Halmay (HUN, Pode ser quebrado? Phelps pode chegar a 14 medalhas. Kirsty Coventry irá nadar três provas e se chegar ao pódio em uma se isola como maior medalhista individual no feminino. Maior número de medalhas de ouro em provas individuais 9 Michael Phelps (USA, 2000-2008) 5 Krisztina Egerszegi (HUN, 1988-1996) Pode ser quebrado? Phelps pode chegar a 13. Maior número de medalhas em uma Olimpíada 8 Michael Phelps (2004) 8 Michael Phelps (2008) 7 Mark Spitz (1972) 7 Matt Biondi (1988) 6 Kristin Otto (1988) 6 Natalie Coughlin (2008) Pode ser quebrado? Não. Ninguém nadará oito provas em Londres. Mas Melissa Franklin pode superar o recorde no feminino, pois irá nadar sete provas, podendo superar Kristin Otto. Jenny Thompson: mulher com mais ouros, todos em revezamentos http://www.swimchannel.com.br Maior número de ouros em uma Olimpíada 8 Michael Phelps (2008) 7 Mark Spitz (1972) 6 Michael Phelps (2004) 6 Kristin Otto (1988) Pode ser quebrado? Não. No entanto, novamente, no feminino, pode até ser difícil, mas Melissa Franklin pode chegar até a sete ouros e igualar ou superar Kristin Otto. 99 http://www.raiaquatronews.com.br NÚMEROS E RECORDES Maior número de medalhas individuais em uma Olimpíada 5 Michael Phelps (2004) 5 Michael Phelps (2008) 5 Shane Gould (1972) Pode ser quebrado? Não. Mas a espanhola Mireia Belmonte é a única que irá nadar tantas provas com chances de medalhas, e ela pode conseguir o feito em cinco, o que igualaria a marca. Maior número de ouros individuais em uma Olimpíada 5 Michael Phelps (2008) 4 Mark Spitz (1972) 4 Kristin Otto (1988) 4 Michael Phelps (2004) Pode ser quebrado? Não. Mireia Belmonte pode igualar Kristin Otto ou até Michael Phelps, mas é quase impossível. Melissa Franklin pode igualar Kristin Otto, o que também é difícil. O mais provável é Phelps igualar seus quatro ouros de 2004. Maior número de vitórias em uma prova individual 3 Dawn Fraser (AUS, 100m livre em 1956, 1960 e 1964) 3 Krisztina Egerszegi (HUN, 200m costas em 1988, 1992 e 1996) Pode ser quebrado? No masculino, ninguém ainda tem um tricampeonato, e é isso que podem conseguir Michael Phelps (100m e 200m borboleta e 200m e 400m medley) e Kosuke Kitajima (100m e 200m peito). No feminino, Kirsty Coventry pode chegar à terceira conquista nos 200m costas. Krisztina Egerszegi: tricampeã nos 200m costas em 1988, 1992 e 1996 Maior número de vitórias em provas de revezamento 3 Matt Biondi (USA, 4x100m livre em 1984, 1988 e 1992) 3 Tom Jager (USA, 4x100m livre em 1984, 1988 e 1992) 3 Jenny Thompson (USA, 4x100m livre em 1992, 1996 e 2000) 3 Dara Torres (USA, 4x100m livre em 1988, 1992 e 2000) 3 Jenny Thompson (USA, 4x100m medley em 1992, 1996 e 2000) 3 Ian Crocker (USA, 4x100m medley em 2000, 2004 e 2008) 3 Jason Lezak (USA, 4x100m medley em 2000, 2004 e 2008) Pode ser quebrado? Dificilmente. Lezak teria que ser escalado no 4x100m medley, o que é improvável. Alguns, no entanto, podem igualar o recorde: Leisel Jones (AUS) no 4x100m medley, Michael Phelps (USA) no 4x200m livre e 4x100m medley, Ryan Lochte no 4x100m medley e o próprio Lezak no 4x100m livre. Maior número de participações olímpicas 5 Alison Sheppard (GBR; 1988, 1992, 1996, 2000, 2004) 5 Carl Probert (FIJ; 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Dara Torres (USA; 1984, 1988, 1992, 2000, 2008) 5 Derya Büyükuncu (TUR; 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Lars Frölander (SWE; 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Mark Foster (GBR; 1988, 1992, 1996, 2000, 2008) 5 Martina Moravcova (SVK; 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Maria Peláez (ESP; 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Mette Jacobsen (DEN; 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Nina Zhivanevskaya (RUS/ESP; 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Rogerio Romero (BRA; 1988, 1992, 1996, 2000, 2004) Pode ser quebrado? Será. Büyükuncu e Frölander estão confirmados para Londres e competirão em sua sexta Olimpíada. Rogério Romero: 5 Olimpíadas e 5 participações nos 200m costas http://www.swimchannel.com.br Mais participações em uma prova 5 Derya Büyükuncu (TUR, 100m costas em 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Rogerio Romero (BRA, 200m costas em 1988, 1992, 1996, 2000, 2004) 5 Mark Foster (GBR, 50m livre em 1988, 1992, 1996, 2000, 2008) 5 Nina Zhivanevskaya (RUS/ESP, 100m costas em 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Martina Moravcova (SVK, 100m livre em 1992, 1996, 2000, 2004, 2008) 5 Dara Torres (USA, 4x100m livre em 1984, 1988, 1992, 2000, 2008) Pode ser quebrado? Não. Apesar de Büyükuncu estar confirmado para Londres, ele irá nadar somente os 200m costas. 1010 http://www.raiaquatronews.com.br NÚMEROS E RECORDES Mais provas nadadas 23 Franziska van Almsick Pode ser quebrado? Sim. Michael Phelps tem 17, e, nadando sete, completará 24 e ultrapassará Franzi. Mais provas em uma Olimpíada 10 Mohamed Bin Abid (1988) Pode ser quebrado? Nem pensar. Mais caídas n’água 37 Franziska van Almsick 37 Michael Phelps Pode ser quebrado? Sim. É mais uma marca para a coleção de Phelps. Se tudo der certo, ele chegará à impressionante quantidade de 51. Tentativas não faltaram para Franziska van Almsick conquistar o ouro que lhe faltou: 23 provas nadadas Mais caídas n’água em uma Olimpíada 17 Michael Phelps (USA, 2004) 17 Michael Phelps (USA, 2008) Pode ser quebrado? Não. Mais nova medalhista de ouro Kyoko Iwasaki (JPN), 14 anos e 6 dias (1992, 200m peito) Mais novo medalhista de ouro Kuzuo Kitamura (JPN), 14 anos, 10 meses e 4 dias (1932, 1500m livre) Obs.: Kitamura é o mais novo vencedor em toda a história Olímpica em provas individuais masculinas, contabilizando todos os esportes. Mais nova medalhista Inge Sørensen (DEN), 12 anos e 24 dias (1936, 3ª nos 200m peito) Obs.: Sørensen é a mais nova medalhista em toda a história Olímpica em provas individuais, contabilizando todos os esportes. Mais novo medalhista Kuzuo Kitamura (JPN), 14 anos, 10 meses e 4 dias (1932, 1º nos 1500m livre) Obs.: o segundo mais novo é Dániel Gyurta, bronze em 2004 nos 200m peito aos 15 anos, 3 meses e 14 dias. Ele é um dos favoritos ao ouro em Londres. Data Torres em Pequim 2008: mais velha a nadar e mais velha a medalhar http://www.swimchannel.com.br Mais velha medalhista de ouro Dara Torres (USA), 33 anos, 5 meses e 8 dias (2000, 4x100m medley) Pode ser quebrado? Sim. A sueca Therese Alshammar, 34 anos, tem reais chances de vitória nos 50m livre. E adoraríamos ver Fabíola Molina, 37, superar essa marca, mas é muito difícil. Obs.: em provas individuais, a recordista é Inge de Bruijn (NED), vencedora dos 50m livre em 2004 aos 30 anos, 11 meses e 28 dias. Mais velho medalhista de ouro Jason Lezak (USA), 32 anos, 9 meses e 5 dias (2008, 4x100m medley) Pode ser quebrado? Sim. Se o próprio Lezak vencer o 4x100m livre, supera seu recorde em quatro anos. Obs.: em provas individuais, o recordista é Duke Kahanamoku (USA), vencedor dos 100m livre em 1920 aos 30 anos e 5 dias. Mais velha medalhista Dara Torres (USA), 41 anos, 4 meses e 2 dias (2008, 2ª nos 50m livre e 4x100m medley) Mais velho medalhista William Robinson (GBR), 38 anos e 25 dias (1908, 2º nos 200m peito) Mais velha a nadar Dara Torres (USA), 41 anos, 4 meses e 2 dias (2008, 50m livre e 4x100m medley) Mais velho a nadar Bartholomeus Roodenburch (NED), 42 anos e 17 dias (1908, 100m costas) Mais nova a nadar Yip Tsz Wa (HKG), 11 anos, 9 meses e 24 dias (2004, 100m peito) Mais novo a nadar Jorge Lima (ANG), 13 anos e 7 dias (1980, 100m costas) 1111 http://www.raiaquatronews.com.br SELEÇÃO BRASILEIRA OLÍMPICA DE NATAÇÃO 2012 BRUNO GIUSEPPE CESAR AUGUSTO DANIEL FRATUS CIELO FILHO ORZECHOWSKI Nascimento: 22/06/1989 Local: Macaé (RJ) Altura: 1,87 m Peso: 80 kg Participações: estreante Em Londres: 50m e 4x100m livre Nascimento: 10/01/1987 Local: Santa Bárbara D’Oeste (SP) Altura: 1,95 m Peso: 83 kg Participações: 2008 Em Londres: 50m, 100m e 4x100m livre e 4x100m medley Nascimento: 01/08/1985 Local: Joinville (SC) Altura: 1,92 m Peso: 85 kg Participações: estreante Em Londres: 100m costas e talvez 4x100m medley - 5º colocado nos 50m livre no Mundial de Xangai (2011) - Atual campeão e recordista olímpico dos 50m livre e bronze olímpico nos 100m livre. - Top 10 all-time nos 50m costas e 2º melhor tempo da história em trajes têxteis - Ouro no 4x100m livre e prata no 50m livre no Pan de Guadalajara (2011) - Recordista mundial dos 50m e 100m livre - Campeão sul-americano do 50m costas em Belém (2012) - Top 10 all-time nos 50m livre em trajes têxteis - Campeão mundial de curta e longa dos 50m livre em Roma (2009), Dubai (2010) e Xangai (2011) e 100m livre (2009, 2010) Melhores tempos: 50m: 21.70 (2012) 100m: 48.72 (2011) - Quatro ouros no Pan de Guadalajara (2011) e três ouros e uma prata no Pan do Rio (2007) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m: 21.70 (2012) 100m: 48.72 (2011) Melhores tempos: 50m livre: 20.91 (2009) – recorde mundial 100m livre: 46.91 (2009) – recorde mundial 50m borbo: 22.76 (2011) – recorde sul-americano 100m borbo: 53.07 (2011) 50m costas: 26.94 (2005) Melhores tempos: 50m costas: 24.44 (2012) – rec. sul-americano 100m costas: 54.20 (2012) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m costas: 24.44 (2012) – rec. sul-americano 100m costas: 54.20 (2012) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m livre: 21.38 (2012) 100m livre: 47.84 (2011) l 50m borbo: 22.76 (2011) – recorde sul-americano 100m borbo: 53.07 (2011) 50m costas: 26.94 (2005) DAYNARA LOPES FABÍOLA PULGA FELIPE ALVES FERREIRA DE MOLINA YABE FRANÇA DA SILVA PAULA Nascimento: 22/05/1975 Local: São José dos Campos (SP) Altura: 1,77 m Peso: 63 kg Particip.: 2000 e 2008 Em Londres: 100m costas Nascimento: 14/05/1987 Local: Suzano(SP) Altura: 1,87 m Peso: 90 kg Participações: 2008 Em Londres: 100m peito e talvez 4x100m medley Nascimento: 25/07/1989 Local: Manaus (AM) Altura: 1,63 m Peso: 54 kg Participações: 2008 Em Londres: 100m borboleta - Prata no 100m borboleta e 4x100m livre e bronze no 4x100m medley no Pan de Guadalajara (2011) - Finalista mundial nos 50m borboleta em Roma (2009) - Recordista sul-americana dos 100m borboleta em piscina curta Melhores tempos: 50m livre: 24.99 (2009) 100m livre: 55.16 (2009) 50m borboleta: 25.85 (2009) – rec. sul-americano 100m borboleta: 57.68 (2009) 50m costas: 29.39 (2011) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m livre: 25.64 (2012) 100m livre: 55.54 (2011) 50m borboleta: 26.26 (2012) 100m borboleta: 58.56 (2011) 50m costas: 29.39 (2011) http://www.swimchannel.com.br - Bronze no Pan de Mar del Plata (1995), prata no Pan do Rio (2007) nos 100m costas e bronze no 4x100m medley em quatro Pans. - Ouro no 50m peito nos Mundiais de Dubai (2010) e Xangai (2011) e no Pan-Pacífico de Irvine (2010) - Ex-recordista mundial dos 50m peito (2009) - Finalista mundial em Roma (2009) e Dubai (2010) e bronze no Pan-Pacífico de Irvine (2010) nos 50m costas - Ouro no 100m peito e no 4x100m medley no Pan de Guadalajara (2011) - Nadadora mais experiente da seleção (desde 1991) - Top 10 all-time nos 100m peito em trajes têxteis Melhores tempos: 50m borboleta: 26.82 (2011) 100m borboleta: 59.47 (2012) 50m costas: 27.70 (2009) – rec. sul-americano 100m costas: 1:00.07 (2009) – rec. sul-americano 200m costas: 2:14.08 (2011) 200m medley: 2:19.99 (1999) 400m medley: 4:54.38 (1999) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m borboleta: 26.82 (2011) 100m borboleta: 59.47 (2012) 50m costas: 28.25 (2011) 100m costas: 1:00.74 (2012) 200m costas: 2:14.08 (2011) 200m medley: 2:19.99 (1999) 400m medley: 4:54.38 (1999) 12 - Melhor tempo da história dos 50m peito em trajes têxteis Melhores tempos: 50m peito: 26.76 (2009) – rec. sul-americano 100m peito: 59.63 (2012) 200m peito: 2:18.10 (2006) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m peito: 26.87 (2012) 100m peito: 59.63 (2012) 200m peito: 2:18.10 (2006) http://www.raiaquatronews.com.br SELEÇÃO BRASILEIRA OLÍMPICA DE NATAÇÃO 2012 FELIPE FERREIRA GRACIELE HENRIQUE R. LIMA HERRMANN MARQUES Nascimento: 05/04/1985 Local: Cuiabá (MT) Altura: 1,95 m Peso: 92 kg Participações: estreante Em Londres: 100m peito e talvez 4x100m medley Nascimento: 01/01/1992 Local: Pelotas (RS) Altura: 1,81 m Peso: 62 kg Participações: estreante Em Londres: 50m livre BARBOSA Nascimento: 05/07/1984 Local: Belo Horizonte (MG) Altura: 1,95 m Peso: 96 kg Participações: 2008 Em Londres: 200m peito - Ouro no 4x100m medley e prata no 100m peito no Pan de Guadalajara (2011) - Prata no 50m livre e no 4x100m livre no Pan de Guadalajara (2011) - Prata no 200m peito e 4x100m medley no Pan do Rio (2007) - Prtata no 4x100m medley no Pan do Rio (2007) - Integrante mais jovem da seleção brasileira de natação - Finalista mundial nos 100m e 200m peito em Roma (2009). Melhores tempos: 50m peito: 27.29 (2009) 100m peito: 1:00.11 (2012) 200m peito: 2:12.62 (2012) Melhores tempos: 50m livre: 25.15 (2012) 100m livre: 56.15 (2011) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m peito: 27.60 (2012) 100m peito: 1:00.11 (2012) 200m peito: 2:12.62 (2012) - Ouro nas 100 e 200 jardas peito no NCAA (Campeonato Universitário Americano) em 2006 Melhores tempos (trajes têxteis): 50m livre: 25.15 (2012) 100m livre: 56.15 (2011) Melhores tempos: 50m peito: 27.20 (2009) 100m peito: 59.03 (2009) – rec. sul-americano 200m peito: 2:08.44 (2009) – rec. sul-americano Melhores tempos (trajes têxteis): 50m peito: 28.01 (2010) 100m peito: 1:00.38 (2012) 200m peito: 2:09.82 (2011) HENRIQUE JOANNA DE A. KAIO MARCIO CAVALCANTI MARANHÃO B. FERREIRA COSTA RODRIGUES DE MELO DE ALMEIDA Nascimento: 04/02/1991 Local: Curitiba (PR) Altura: 1,94 m Peso: 87 kg Participações: estreante Em Londres: 200m medley Nascimento: 29/04/1987 Local: Recife (PE) Altura: 1,74 m Peso: 60 kg Nascimento: 19/10/1984 Local: João Pessoa (PB) Altura: 1,75 m Peso: 76 kg Particip.: 2004 e 2008 Em Londres: 200m borbo, 200m e 400m medley Particip.: 2004 e 2008 Em Londres: 100m e 200m borbo e talvez 4x100m medley - Ouro no 4x100m livre e bronze no 200m medley no Pan de Guadalajara (2011) - Finalista olímpica dos 400m medley (5ª colocada) e 4x200m livre (7ª) em Atenas (2004) - Atual recordista mundial dos 200m borboleta e exrecordista dos 50m borboleta em piscina curta. - Finalista mundial de curta nos 200m medley (4º colocado) em Dubai (2010) - Bronze nos 400m medley no Pan de Santo Domingo (2003) e 4x200m livre no Pan do Rio de Janeiro (2007), prata nos 400m medley e 4x200m livre e bronze nos 200m medley no Pan de Guadalajara (2011) - Campeão mundial dos 100m borboleta em Xangai (2006) em piscina curta. - Segundo brasileiro a nadar os 200m medley abaixo de dois minutos. Melhores tempos: 100m livre: 49.70 (2010) 200m medley: 1:58.91 (2012) 400m medley: 4:21.64 (2011) Melhores tempos (trajes têxteis): 100m livre: 49.70 (2010) 200m medley: 1:58.91 (2012) 400m medley: 4:21.64 (2011) Melhores tempos: 200m livre: 2:00.64 (2012) 400m livre: 4:12.19 (2009) – recorde brasileiro 800m livre: 8:32.96 (2009) – recorde brasileiro 200m borboleta: 2:09.41 (2009) – rec. sul-americano 200m costas: 2:16.68 (2008) 200m peito: 2:35.61 (2003) 200m medley: 2:12.12 (2011) – rec. sul-americano 400m medley: 4:40.00 (2004) – recorde brasileiro Melhores tempos (trajes têxteis): 200m livre: 2:00.64 (2012) 400m livre: 4:13.49 (2010) 800m livre: 8:37.18 (2011) 200m borboleta: 2:09.62 (2012) 200m costas: 2:16.68 (2008) 200m peito: 2:35.61 (2003) 200m medley: 2:14.05 (2012) 400m medley: 4:40.00 (2004) – recorde brasileiro http://www.swimchannel.com.br 1313 - Finalista olímpico em Pequim (2008) e mundial em Roma (2009) nos 200m borboleta - Ouro nos 100m e 200m borboleta no Pan do Rio (2007), prata nos 200m borboieta no Pan de Santo Domingo (2003) e bronze nos 200m borboleta no Pan de Guadalajara (2011). Melhores tempos: 50m borboleta: 23.55 (2009) 100m borboleta: 51.51 (2009) 200m borboleta: 1:53.92 (2009) – rec. sul-americano Melhores tempos (trajes têxteis): 50m borboleta: 24.09 (2005) 100m borboleta: 51.99 (2007) 200m borboleta: 1:55.22 (2011) http://www.raiaquatronews.com.br SELEÇÃO BRASILEIRA OLÍMPICA DE NATAÇÃO 2012 LEONARDO MARCELO NICOLAS NILO GOMES DE DEUS CHIERIGHINI CÉSAR DE Nascimento: 18/01/1991 Local: Campo Grande (MS) Altura: 1,74 m Peso: 70 kg Participações: estreante Em Londres: 200m borboleta e 200m costas Nascimento: 15/01/1991 Local: Itu (SP) Altura: 1,95 m Peso: 92 kg Participações: estreante Em Londres: 4x100m livre OLIVEIRA - Ouro no 200m borboleta e prata no 4x200m livre no Pan de Guadalajara (2011) - Bronze no 4x100m livre no Mundial de curta de Dubai (2010) - Semi-finalista mundial nos 200m borboleta em Xangai (2011) - Prata no 100m livre no NCAA (Campeonato Universitário Americano) em 2012 Melhores tempos: 100m costas: 55.20 (2011) 200m costas: 1:57.38 (2012) 100m borboleta: 53.38 (2012) 200m borboleta: 1:55.55 (2011) Melhores tempos: 50m livre: 22.34 (2012) 100m livre: 48.79 (2012) Melhores tempos (trajes têxteis): 100m costas: 55.20 (2011) 200m costas: 1:57.38 (2012) 100m borboleta: 53.38 (2012) 200m borboleta: 1:55.55 (2011) Nascimento: 04/08/1987 Local: B. Horizonte (MG) Altura: 1,97 m Peso: 94 kg Participações: 2008 Em Londres: 100m livre e 4x100m livre - Ouro no 4x100m e 4x200m livre no Pan do Rio (2007) e ouro no 4x100m e prata no 4x200m livre no Pan de Guadalajara (2011) - Finalista mundial no 100m livre em Roma (2009) - Bronze no 4x100m livre e 4x100m medley no Mundial de curta de Dubai (2010) Melhores tempos: 50m livre: 22.35 (2009) 100m livre: 47.78 (2009) 200m livre: 1:46.90 (2009) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m livre: 22.34 (2012) 100m livre: 48.79 (2012) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m livre: 22.85 (2011) 100m livre: 48.71 (2011) 200m livre: 1:48.07 (2011) TALES ROCHA THIAGO JOÃO DE LUCCA CERDEIRA MACHADO VILELA (RESERVA) Nascimento: 21/01/1987 Local: Rio de Janeiro (RJ) Altura: 1,82 m Peso: 75 kg Participações: estreante Em Londres: 200m peito PEREIRA Nascimento: 06/01/90 Local: Rio de Janeiro (RJ) Altura: Peso: Participações: estreante Em Londres: talvez 4x100m livre - Ouro nos 200m peito nos Jogos Mundials Militares do Rio (2011) - Finalista nos 100m peito no Pan-Pacífico de Irvine (2010) e nos 200m peito no Pan de Guadalajara (2011) Melhores tempos: 50m borboleta: 24.01 (2009) 50m peito: 27.77 (2010) 100m peito: 1:00.47 (2010) 200m peito: 2:09.31 (2009) 200m medley: 2:02.72 (2009) Melhores tempos (trajes têxteis): 50m borboleta: 24.59 (2010) 50m peito: 27.77 (2010) 100m peito: 1:00.47 (2010) 200m peito: 2:10.37 (2012) 200m medley: 2:03.62 (2010) Nascimento: 26/01/1986 Local: V. Redonda (RJ) Altura: 1,86 m Peso: 77 kg Particip.: 2004 e 2008 Em Londres: 200m e 400m medley e talvez 4x100m medley - Maior medalhista de ouro brasileiro em Pans (12 entre 2003 e 2011), e recordista de medalhas brasileiro em uma edição (8, em 2007 e 2011). - Finalista olímpico dos 200m medley em 2004 (5º) e 2008 (4º) e dos 400m medley em 2008 (8º). - Campeão mundial de curta dos 200m medley em Indianápolis (2004) - Ex-recordista mundial de curta dos 200m medley e vencedor geral da Copa do Mundo de 2010. Melhores tempos: 100m livre: 50.26 (2006) 200m livre: 1:46.27 (2009) – rec. sul-americano 400m livre: 3:53.02 (2008) 100m borboleta: 52.35 (2009) 200m borboleta: 1:58.27 (2010) 100m costas: 53.86 (2012) 200m costas: 1:57.19 (2011) – recorde brasileiro 200m peito: 2:10.66 (2009) 200m medley: 1:55.55 (2009) – rec. sul-americano 400m medley: 4:08.86 (2009) – rec. sul-americano Melhores tempos (trajes têxteis): 100m livre: 50.26 (2006) 200m livre: 1:48.63 (2007) 400m livre: 3:53.45 (2007) 100m borboleta: 53,23 (2007) 200m borboleta: 1:58.27 (2010) 100m costas: 53.86 (2012) 200m costas: 1:57.19 (2011) 200m peito: 2:10.79 (2011) 200m medley: 1:57.11 (2012) 400m medley: 4:11.14 (2007) http://www.swimchannel.com.br Melhores tempos: 50m livre: 22.72 (2012) 100m livre: 49.27 (2012) 200m livre: 1:48.26 (2012) 1414 NICHOLAS A. DIAS DOS SANTOS (RESERVA) Nascimento: 14/02/80 Local: Ribeirão Preto (SP) Altura: 1:90 m Peso: 87 kg Participações: 2008 Em Londres: talvez 4x100m livre Melhores tempos: 50m livre: 21.55 (2009) (têxtil: 22.07 (2012)) 100m livre: 48.81 (2009) (têxtil: 49.16 (2012)) 50m borboleta: 22.79 (2012) 100m borboleta: 54.43 (2006) http://www.raiaquatronews.com.br PROGRAMA DA NATAÇÃO Horários de Brasília. 28/07/2012 – ELIMINATÓRIAS 6:00h-8:24h 400m medley M 6:00h 100m borboleta F 6:26h 400m livre M 6:47h 400m medley F 7:17h 100m peito M 7:52h 4x100m livre F 8:16h 28/07/2012 – SEMIFINAIS E FINAIS 15:30h-17:22h 400m medley M (final) 15:30h 100m borboleta F (semi) 15:40h 400m livre M (final) 15:49h Pódio: 400m medley M 15:59h 400m medley F (final) 16:09h Pódio: 400m livre M 16:20h 100m peito M (semi) 16:30h Pódio: 400m medley F 16:40h 4x100m livre F (final) 16:50h Pódio: 4x100m livre F 17:10h 29/07/2012 – ELIMINATÓRIAS 6:00h-8:14h 100m costas F 6:00h 200m livre M 6:20h 100m peito F 6:51h 100m costas M 7:13h 400m livre F 7:33h 4x100m livre M 8:05h 29/07/2012 – SEMIFINAIS E FINAIS 15:30h-17:14h 100m borboleta F (final) 15:30h 200m livre M (semi) 15:37h 100m peito F (semi) 15:48h Pódio: 100m borboleta F 15:58h 100m peito M (final) 16:08h 400m livre F (final) 16:15h 100m costas M (semi) 16:25h Pódio: 100 peito M 16:34h 100m costas F (semi) 16:44h 4x100m livre M (final) 16:54h Pódio: 400m livre F 17:02h Pódio: 4x100m livre 17:12h 30/07/2012 – ELIMINATÓRIAS 6:00h-7:21h 200m livre F 200m borboleta M 200m medley F 6:00h 6:25h 6:49h http://www.swimchannel.com.br 30/07/2012 – SEMIFINAIS E FINAIS 15:30h-17:13h 200m livre F (semi) 15:30h 200m livre M (final) 15:41h 100m costas F (final) 15:49h 100 costas M (final) 15:56h Pódio: 200m livre M 16:02h 100m peito F (final) 16:13h Pódio: 100m costas F 16:20h 200m borboleta M (semi) 16:30h Pódio: 100m costas M 16:41h 200m medley F (semi) 16:51h Pódio: 100m peito F 17:03h 31/07/2012 – ELIMINATÓRIAS 6:00h-7:44h 100m livre M 6:00h 200m borboleta F 6:25h 200m peito M 6:47h 4x200m livre M 7:17h 31/07/2012 – SEMIFINAIS E FINAIS 15:30h-17:21h 100m livre M (semi) 15:30h 200m livre F (final) 15:39h 200m borboleta M (final) 15:47h 200m borboleta F (semi) 15:55h Pódio: 200m livre F 16:07h 200m peito M (semi) 16:17h Pódio: 200m borboleta M 16:29h 200m medley F (final) 16:39h 4x200 livre M (final) 16:47h Pódio: 200m medley F 16:59h Pódio: 4x200m livre M 17:09h 01/08/2012 – ELIMINATÓRIAS 6:00h-8:06h 100 livre F 6:00h 200 costas M 6:20h 200m peito F 6:47h 200m medley M 7:14h 4x200m livre F 7:39h 01/08/2012 – SEMIFINAIS E FINAIS 15:30h-17:31h 200m peito M (final) 15:30h 100m livre F (semi) 15:38h 200 costas M (semi) 15:47h Pódio: 200m peito M 15:59h 200m borboleta F (final) 16:09h 100m livre M (final) 16:17h 200m peito F (semi) 16:24h 200m medley F (semi) 16:36h Pódio: 200m borboleta F 16:47h 4x200m livre F (final) 16:57h Pódio: 100m livre M 17:09h Pódio: 4x200m livre F 17:19h 1515 02/08/2012 - ELIMINATÓRIAS 6:00h-8:11h 50m livre M 800m livre F 6:00h 6:27h 100m borboleta M 7:21h 200m costas F 7:46h 02/08/2012 – SEMIFINAIS E FINAIS 15:30h-17:13h 50m livre M (semi) 200m peito F (final) 200m costas M (final) 200m costas F (semi) 15:30h 15:38h 15:46h 15:54h Pódio: 200m peito F 200m medley M (final) Pódio: 200m costas M 100m livre F (final) 16:06h 16:16h 16:24h 16:34h Pódio: 200m medley M 16:40h 100m borboleta M (semi) 16:51h Pódio: 100m livre F 17:01h 03/08/2012 - ELIMINATÓRIAS 6:00h-8:22h 50m livre F 6:00h 1500m livre M 4x100m medley F 6:23h 7:50h 4x100m medley M 8:04h 03/08/2012 – SEMIFINAIS E FINAIS 15:30h-16:55h 200m costas F (final) 100m borboleta M (final) 15:30h 15:38h 800m livre F (final) Pódio: 200m costas F 50m livre M (final) Pódio: 100m borboleta M 50m livre F (semi) Pódio: 800m livre F 15:45h 15:58h 16:09h 16:15h 16:25h 16:32h Pódio: 50m livre M 16:43h 04/08/2012 – SEMIFINAIS E FINAIS 15:30h-17:02h 50m livre F (final) 15:30h 1500m livre M (final) Pódio: 50m livre F 4x100m medley F (final) Pódio: 1500m livre M 15:36h 15:57h 16:07h 16:16h 4x100m medley M (final) Pódio: 4x100m medley F 16:27h 16:36h Pódio: 4x100m medley M 16:50h http://www.raiaquatronews.com.br DIA 1 – 400m MEDLEY MASCULINO Batalha pelos Jogos Por Daniel Takata Gomes LOCHTE OU PHELPS? PROVA PODE DEFINIR QUEM SERÁ O NOME DESSA OLIMPÍADA Da Vinci ou Michelângelo? Federer ou Nadal? Pelé ou Maradona? Lennon ou McCartney? Sim, já podemos colocar a rivalidade entre Ryan Lochte e Michael Phelps como uma das maiores da história. Principalmente depois do que se viu no Mundial do ano passado, com Lochte vencendo nos dois confrontos diretos, e da seletiva americana, em que Phelps venceu três de quatro provas. Desde 2000, a primeira prova do programa da natação é vencida pelo “rosto” dos Jogos (Ian Thorpe em 2000, Phelps em 2004 e 2008). Por isso, muito provavelmente o vencedor dos 400m medley será o maior nadador dessa Olimpíada. Lochte sai na frente, afinal sua vitória na seletiva, soltando no final e ainda assim se aproximando do melhor tempo da história em trajes têxteis, impressionou. Mas Phelps estava desde Pequim sem nadar a prova para valer e pode ter sentido falta de ritmo, o que pode ser melhorado. Além disso, motivação maior não há para se tornar o primeiro homem tricampeão olímpico da história. O nome mais óbvio para pódio é o húngaro László Cseh, que em 2008 surpreendeu Lochte e tiroulhe a prata. Mas ele está no bolo do 4:104:12, onde se encontram pelo menos oito nadadores. Um deles é Thiago Pereira, que com seu melhor tempo sem trajes de 2007 estaria balizado em quinto. Suas melhores fichas estão nos 200m medley, mas uma boa prova pode lhe dar uma mo- Ryan Lochte e Michael Phelps tivação e tanto. E desta vez, ao contrário de 2008, quando o pódio já era quase certo, agora um lugar parece aberto. Os dois japoneses e o outro húngaro são os maiores perigos. Os chineses não são muito confiáveis. A batalha pelo bronze promete ser tão acirrada quanto a pelo ouro. BALIZAMENTO – TOP 10 1. RYAN LOCHTE (USA) 27 anos, 3ª Olimpíada 4:07.06 (jun/2012) 2. MICHAEL PHELPS (USA) 27 anos, 4ª Olimpíada 4:07.89 (jun/2012) 3. KOSUKE HAGINO (JPN) 17 anos, 1ª Olimpíada 4:10.26 (abr/2012) 4. .YUYA HORIHATA (JPN) 22 anos, 1ª Olimpíada 4:10.52 (abr/2012) 5. LÁSZLÓ CSEH (HUN) 26 anos, 3ª Olimpíada 4:11.22 (jun/2011) Em 2008, Lochte teve uma batalha acirrada com Phelps na seletiva americana e pensouse que ele poderia vencer o compatriota em Pequim. Mas além de Phelps abaixar seu tempo, Lochte contraiu um vírus estomacal que prejudicou sua performance e o fez até perder a prata. Depois disso, ele comeu somente McDonald's pelo resto dos Jogos, fazendo-o ganhar seis quilos. Apesar de considerar os 200m borboleta como sua especialidade, é nos 200m e 400m medley que Phelps bateu mais recordes mundiais: 8. Em 2008, ele mesmo ficou surpreso com sua performance em Pequim planejava 4:05 e fez 4:03. No pódio, houve um problema técnico e o hino americano não foi tocado completamente. Ainda bem que ele teve outras sete oportunidades para cantá-lo. Jovem revelação japonesa, Hagino foi um dos maiores destaques do Mundial Junior realizado no ano passado, em Lima, ao conquistar cinco medalhas. Sempre foi considerado o “garoto dourado” do Japão nas categorias de base. Aos 12 anos, tinha o impressionante tempo de 4:30 nos 400m medley, em piscina curta. No ano passado, devido a uma gripe, não disputou a seletiva para o Mundial de Xangai. Horihata conquistou a medalha de bronze nos 400m medley no Mundial de Xangai, no ano passado, um dia depois de completar 21 anos. Ele atribuiu sua medalha às ausências de László Cseh, que ficou nas eliminatórias, e Thiago Pereira, que desistiu da prova. "Depois disso, sabia que tinha chance". Foi a primeira medalha do Japão na prova na história dos campeonatos mundiais. Vivendo na mesma época que Phelps e Lochte, o único título global de longa de Cseh nos 400m medley foi no Mundial de 2005, quando nem um nem outro nadaram a prova. Ele tem um histórico de problemas: em 2004, fraturou o pé às vésperas da Olimpíada e rendeu menos que o esperado, terminando em 3º. No Mundial de 2011, teve um ataque de asma na eliminatória e não conseguiu classificação para a final. 6. DÁVID VERRASZTÓ (HUN) 23 anos, 1ª Olimpíada 4:11.71 (jun/2011) 7. THOMAS F.HOLMES (AUS) 20 anos, 1ª Olimpíada 4:11.81 (mar/2012) 8. WANG CHENGXIANG (CHI) 20 anos, 1ª Olimpíada 4:11.89 (abr/2011) 9. YANG ZHIXIAN (CHI) 20 anos, 1ª Olimpíada 4:11.92 (abr/2012) 10. LUCA MARIN (ITA) 26 anos, 3ª Olimpíada 4:12.04 (jun/2012) Em um jantar após o Europeu de Curta do ano passado, na Polônia, Verrasztó saiu na mão com o companheiro Dániel Gyurta, e por isso foi suspenso por nove meses, o que o tiraria da Olimpíada. No entanto, a federação transferiu a pena para ser cumprida em 2014, algo sem sentido, mas que o permitiu disputar os Jogos. Mais tarde, Verrasztó e Gyurta se reconciliaram. A Austrália vivia uma escassez nos 400m medley. Para se ter uma ideia, o recorde nacional era de 4:15, um tempo muito fraco para os padrões internacionais, e vigorava desde Sydney 2000, tendo sobrevivido à era dos trajes. Pois FraserHolmes, também vencedor dos 200m livre na seletiva australiana, destruiu o recorde com 4:11. "Esperava 4:12, mas 4:11 foi um bônus". Chengxiang apareceu nos rankings mundiais em 2010, quando tinhá 18 anos e fez 4:13, melhorando de uma vez cinco segundos. No ano passado, fez seu melhor tempo, batendo o recorde asiático que vinha da época dos trajes – recorde já superado este ano pelos dois japoneses que irão nadar a prova nos Jogos de Londres. Zhixian venceu o Campeonato Chinês este ano, superando Wang Chengxiang por somente 10 centésimos. No entanto, ele tem somente o terceiro melhor tempo da China. Para sua sorte, Wang Shun, revelação de apenas 17 anos, quarto lugar no ranking mundial do ano passado, misteriosamente não apareceu para nadar o campeonato nacional, e por isso ficou inelegível para nadar os Jogos Olímpicos. Compatriota de Marin, Alessio Boggiatto é um dos nadadores mais azarados: ficou em quarto lugar nos 400m medley por três Olimpíadas, em 2000, 2004 e 2008. Em Pequim, Marin ficou em quinto, e ele, por sua vez, também tem outra tradição: infindáveis medalhas de prata. Só nos 400m medley, em Mundiais e Europeus de curta e longa, ele tem dez medalhas. Nada menos que oito são de prata. 400m MEDLEY MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS MEDALHISTAS DE 2008 EM OLIMPÍADAS Michael Phelps (USA) – 4:03.84 Desde 1964 Disputará a prova em Londres. MEMÓRIA 1972 – Munique Os americanos Gunnar Larsson e Tim McKee empataram na primeira colocação com 4:31.98. Verificou-se que Larsson levou a melhor por dois milésimos. Ambos ficaram com o recorde olímpico, mas o ouro foi só para Larsson. Na época, levantou-se a hipótese que a espessura da placa poderia ter sido decisiva para a decisão nos milésimos. Como consequência dessa controvérsia, as regras foram alteradas, e a partir de então se declara empate quando dois nadadores chegam com o mesmo tempo até os centésimos. László Cseh (HUN) – 4:06.16 MAIORES VENCEDORES Disputará a prova em Londres. Tamás Darnyi (HUN) – 1988 e 1992 Ryan Lochte (USA) – 4:08.09 Tom Dolan (USA) – 1996 e 2000 Disputará a prova em Londres. Michael Phelps (USA) – 2004 e 2008 MAIORES MEDALHISTAS QUEM VENCEU DESDE 2008 Tamás Darnyi (HUN), Tom Dolan (USA) e Michael Phels (USA) – 2 ouros MUNDIAL 2009 Tim McKee (USA), Eric Namesnik (USA) e Erik Vendt (USA) – 2 pratas EUROPEU 2010 László Cseh (HUN) – 1 prata e 1 bronze PAN-PACÍFICO 2010 Curtis Myden (CAN) – 2 bronzes Ryan Lochte (USA), 4:07.59 QUEM MAIS NADOU JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 11 nadadores disputaram a prova em 3 Olimpíadas Chad le Clos (RSA), 4:13.25 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) JOGOS ASIÁTICOS 2010 András Hargitay (HUN) – 1972, 1976 e 1980 Yuya Horihata (JPN), 4:13.35 Ryan Lochte (USA), 4:07.01 László Cseh (HUN), 4:10.95 1984 – Los Angeles PAN-AMERICANO 2011 O canadense Alex Baumann bateu o recorde mundial e derrotou o brasileiro Ricardo Prado na luta pelo ouro. Com dificuldades para urinar no exame antidoping, os fiscais ofereceram-lhe cerveja para facilitar os trabalhos. Somente no terceiro copo é que perceberam que Baumann era menor de idade, e só então deram-lhe bebidas sem álcool. Thiago Pereira (BRA), 4:16.68 2004 – Atenas MUNDIAL 2011 Luca Sacchi (ITA) – 1988, 1992 e 1996 Ryan Lochte (USA), 4:07.13 Alessio Boggiatto (ITA) – 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Michael Phelps (USA) sobre Erik Vendt (USA) em 2004 (3.55s) EUROPEU 2012 László Cseh (HUN), 4:12.17 MENOR MARGEM DE VITÓRIA Gunnar Larsson (SWE) sobre Tim McKee (USA) em 1972 (2 milésimos – ler texro ao lado) TOP 10 ALL-TIME Foi o primeiro ouro da carreira do maior nadador olímpico da história, Michael Phelps. E o início da trajetória foi emblemática: foi a vitória com maior margem da história da prova, e além disso ele bateu o recorde mundial – mas, apesar de suas seis medalhas de ouro em Atenas, foi seu único recorde mundial naquela Olimpíada. MAIS VELHO VENCEDOR Nadador 1. Michael Phelps, USA Tempo Ano 4:03.84 2008 Tamás Darnyi (HUN), 25a1m24d em 1992 2. Ryan Lochte, USA 4:06.08 2008 MAIS VELHO MEDALHISTA 3. László Cseh, HUN 4:06.16 2008 Curtis Myden (CAN), 3º em 2000, 26a3m14d 4. Tyler Clary, USA 4:06.96 2009 O Brasil na prova MAIS NOVO VENCEDOR 5. Thiago Pereira, BRA 4:08.86 2009 Dick Roth (USA), 17a0m18d em 1972 6. Luca Marin, ITA 4:09.88 2007 MAIS NOVO MEDALHISTA 7. Kosuke Hagino, JPN 4:10.26 2012 András Hargitay (HUN), 3º em 1972, 16a5m23d 8. Gergı Kis, HUN 9. Yuya Horihata, JPN 4:10.40 2009 4:10.52 2012 10. Oussama Mellouli, TUN 4:10.53 2009 A melhor lembrança do Brasil nos 400m medley é a medalha de prata de Ricardo Prado em 1984, com recorde sulamericano que durou quase 20 anos – dois anos antes ele havia vencido o Mundial de Guaiaquil com recorde mundial. Em 1980, Djan Madruga havia alcançado a final da prova, terminando em quinto lugar a somente dois segundos da medalha de bronze – na mesma prova em que Prado estreava em Olimpíadas aos 15 anos, alcançando um surpreendente 12º lugar na final B. Além deles, Thiago Pereira foi finalista em 2008 e terminou na 8º posição. Antônio Azevedo (1972), Renato Ramalho (1988 e 1992) e Lucas Salatta (2004) também representaram o Brasil na prova. QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Estados Unidos 7 9 1 17 Ano 2 1 3 6 Nadador 1. Michael Phelps, USA Tempo Hungria 4:06.22 2007 União Soviética 1 1 1 3 2. Ryan Lochte, USA 4:07.06 2012 3 3. Tyler Clary, USA 4:09.20 2010 1 4. László Cseh, HUN 4:09.63 2005 5. Luca Marin, ITA 4:09.88 2007 6. Kosuke Hagino, JPN 4:10.26 2012 7. Yuya Horihata, JPN 4:10.52 2012 8. Thiago Pereira, BRA 4:11.14 2007 Canadá Suécia 1 1 1 1 0 0 Brasil 0 1 0 1 Itália 0 0 2 2 Alemanha 0 0 1 1 Alemanha Ocid. 0 0 1 1 9. Erik Vendt, USA 4:11.27 2002 Austrália 0 0 1 1 10. Wang Shun, CHN 4:11.61 2011 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo RECORDES Mundial: Michael Phelps, USA - 4:03.84 (2008) 1964 Tóquio Dick Roth (USA), 4:45.4 Olímpico: Michael Phelps, USA - 4:03.84 (2008) 1976 Montreal Rod Strachan (USA), 4:23.68 1984 L. Angeles Alex Baumann (CAN), 4:17.41 1988 Seul Tamás Darnyi (HUN), 4:14.75 2000 Sydney Tom Dolan (USA), 4:11.76 Oceania: Thomas F.-Holmes, AUS - 4:11.81 (2012) 2004 Atenas Michael Phelps (USA), 4:08.26 Asiático: Kosuke Hagino, JPN - 4:10.26 (2012) 2008 Pequim Michael Phelps (USA), 4:03.84 Africano: Oussama Mellouli, TUN - 4:10.53 (2009) Sul-americano: Thiago Pereira, BRA - 4:08.86 (2009) Brasileiro: Thiago Pereira, BRA - 4:08.86 (2009) Norte-americ.: Michael Phelps, USA - 4:03.84 (2008) Europeu: László Cseh, HUN - 4:06.16 (2008) http://www.swimchannel.com.br Lendas – Tom Dolan O americano Tom Dolan se consagrou em 2000 ao conquistar o bicampeonato olímpico dos 400m medley. Também foi campeão mundial a prova em 1994 e deteve o recorde mundial por 8 anos, até que Phelps o superou em 2002. Dolan era companheiro de equipe de Gustavo Borges na Universidade de Michigan e era conhecido pela raça e vontade que demonstrava nos treinamentos e nas competições. Já chegou a nadar 30 mil metros em um único dia, divididos em três treinos! Impressionava ainda mais o fato de Dolan, asmático, ter uma capacidade respiratória 20% menor que a de uma pessoa normal. Eventualmente sentia tonturas e até desmaiava, o que nunca foi suficiente para fazê-lo desistir. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 1 – 400m LIVRE MASCULINO Tigres asiáticos Por Daniel Takata Gomes COMO HÁ QUATRO ANOS, UM COREANO E UM CHINÊS DEVEM BRIGAR PELO OURO Quando o coreano Tae-Hwan Park e o chinês Zhang Lin lutaram pela medalha de ouro em 2008, parecia ser mais um capítulo de uma rivalidade que ainda duraria muito tempo – eles já disputavam desde as categorias inferiores e parecia que aquilo iria se acirrar. O plano não se confirmou, pois Lin entrou em decadência e sequer se classificou para os Jogos. Um compatriota o substitui à altura: Sun Yang, atual recordista dos 1500m. Ele ficou muito perto do recorde mundial no Campeonato Chinês do ano passado. Este é um recorde que Park diz querer quebrar desde que ganhou o ouro olímpico. Park tem se dado melhor no confronto direto, tendo deixado Yang com a prata no Mundial do ano passado. A briga pelo ouro parece se resumir aos dois, ainda mais que o francês Yannick Agnel, que tem sido o terceiro melhor do mundo na prova, abdicou para se concentrar na velocidade. Teoricamente, o alemão Paul Biedermann, recordista mundial e bronze em Xangai 2011, também teria condições de brigar, mas nadou mal o Campeonato Alemão deste ano. Há tempos a natação americana de fundo não é lá grande destaque, mas ao menos nas últimas três Olimpíadas o bronze foi para nadadores ianques. O risco de nem isso acontecer agora é grande pois, apesar de Peter Vanderkaay estar balizado em quarto, nadou mal na seletiva americana e parece não estar em boa fase. O canaden- Tae-Hwan Park se Ryan Cochrane e o tunisiano Oussama Mellouli são melhores nos 1500m, mas tem chances de medalha. O australiano Ryan Napoleon só terá chances se melhorar o que fez este ano. Mas estamos falando do bronze. O ouro deve ficar nas mãos dos tigres asiáticos. BALIZAMENTO – TOP 10 1. SUN YANG, CHN 20 anos, 1ª Olimpíada 3:40.29 (set/2011) 2. TAE HWAN PARK, KOR 22 anos, 3ª Olimpíada 3:42.04 (jul/2011) 3. PAUL BIEDERMANN, GER 26 anos, 2ª Olimpíada 3:44.14 (jul/2011) 4. PETER VANDERKAAY, USA 28 anos, 3ª Olimpíada 3:44.83 (jul/2011) 5. RYAN NAPOLEON, AUS 22 anos, 1ª Olimpíada 3:45.16 (abr/2011) Ao vencer três provas nos Jogos Asiáticos de 2010, Yang chorou. Perguntado por que não chorou em Xangai 2011, respondeu: "não posso ser uma criança o tempo todo. Estou crescendo. Tenho que aprender a me controlar". Ele é filho de ex-atletas (seu pai era jogador de basquete e sua mãe, de vôlei), foi criado para ser um campeão, desde o incentivo à prática esportiva até a alimentação controlada. Park é uma verdadeira celebridade na Coreia do Sul. Único campeão olímpico na da natação do país, ele já chama a atenção com sua altura de 1,83m, muito alto para os padrões coreanos. Ele é filho de um saxofonista e de uma dançarina, está sempre vestindo roupas das melhores grifes e já se envolveu com uma cantora das Wonder Gilrs, uma das mais populares bandas de garotas do país. Em 2009, Biedermann superou o recorde mundial dos 400m lvire que era de Ian Thorpe, e o dos 200m livre que era de Michael Phelps. As suspeitas de que ele é um nadador que se adaptou melhor aos trajes tecnológicos têm fundamento, já que nos anos seguintes ele não manteve a hegemonia nas provas. Bidermann namora outra estrela da natação, Britta Steffen, há três anos. Vanderkaay é um dos muitos nadadores que têm asma, mas ele não começou a nadar por causa disso - entrou na natação aos 7 anos e descobriu a doença aos 10. De seus três irmãos, todos nadadores, dois também têm asma. Curiosidade: os quatro nadaram a seletiva olímpica americana em 2008. Por sorte, eles têm especialidades diferentes, o que evita problemas em casa. Em 2010, Napoleon testou positivo no antidoping para a substância Formoterol. Ele alegou que a substância estava em uma medicação para asma, receitada por engano. Foi suspenso por três meses, e o período incluiria os Jogos da Comunidade Britânica. No entanto, foi absolvido três semanas depois, período durante o qual ficou sem treinar. Mesmo assim, ficou na segunda posição nos 400m livre. 6. RYAN COCHRANE, CAN 23 anos, 2ª Olimpíada 3:45.17 (jul/2011) 7. OUSSAMA MELLOULI, TUN 28 anos, 3ª Olimpíada 3:45.31 (jul/2011) 8. YUN HAO, CHN 17 anos, 1ª Olimpíada 3:46.01 (abr/2012) 9. DAVID MCKEON, AUS 20 anos, 1ª Olimpíada 3:46.36 (mar/2012) 10. ROBERT RENWICK, GBR 24 anos, 2ª Olimpíada 3:46.73 (mar/2012) Quando Cochrane começou a nadar competitivamente, aos 9 anos, e durante um tempo, seu melhor estilo era o nado de costas. Seus técnicos, no entanto, achavam que ele seria um grande nadador de borboleta. “Ainda bem que isso não aconteceu”, diz ele hoje. Em Pequim 2008, ele terminou as eliminatórias dos 400m livre em 9º e ficou fora da final por apenas 3 centésimos. Mellouli apareceu internacionalmente com o bronze nos 400m medley no Mundial de 2003. Ele testou positivo para antidoping no final de 2006, e por isso seus resultados do Mundial de 2007 foram cassados. Suspenso 18 meses, foi por isso que chegou mal balizado a Pequim 2008, onde venceu os 1500m e se tornou o primeiro nadador africano homem a conquistar um ouro individual. Yun, de apenas 17 anos, apareceu nos rankings mundiais somente esse ano, e tem um tempo melhor em uma competição menor do início do ano: 3:45.49. Ele deixou Zhang Lin, atual vice-campeão olímpico, fora da Olimpíada, e ele já é visto como sucessor de Sun Yang: com a mesma idade, o tempo de Yang era 3:50.16. Ele também é veloz e tem um razoável 54.11 nos 100m borboleta. McKeon venceu a seletiva australiana este ano, sua primeira grande conquista depois que começou a treinar seriamente, há somente três anos. Há muita margem de melhora, portanto. Ele é filho de Rob McKeon, que também nadou os 400m livre nos Jogos de 1980 e 1984, e Susie WoodhouseMcKeon, que nadava borboleta e representou a Austrália nos Jogos da Comunidade Britânica de 1982. As maiores conquistas de Renwick são o ouro nos 200m livre e a prata no 4x200m nos Jogos da Com. Britânica de 2010. No entanto, ele gostaria que sua antiga técnica, Eileen Adams, pudesse ter presenciado. Ela morreu de câncer um pouco antes da competição. Renwick nasceu nos Emirados Árabes, mas é naturalizado escocês, e tem dificuldades de encontrar piscinas de 50m para treinar na Escócia. 400m LIVRE MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1904 (disputado em 1904 como 440 jardas) MAIORES VENCEDORES Murray Rose (AUS) -- 1956 e 1960 Ian Thorpe (AUS) – 2000 e 2004 MAIORES MEDALHISTAS Murray Rose (AUS) e Ian Thorpe (AUS) – 2 ouros Tsuyoshi Yamanaka (JPN) – 2 pratas Arne Borg (SWE) e Boy Charlton (AUS) – 1 prata e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) John Hatfield (GBR) – 1912 a 1928 Anders Holmertz (SWE) – 1984 a 1996 Massimiliano Rosolino (ITA) – 1996 a 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Boy Charlton (AUS) – 1924, 1928 e 1932 Tsuyoshi Yamanaka (JPN) – 1956, 1960 e 1964 Stefan Pfeiffer (GER) – 1984, 1988 e 1992 Anders Holmertz (SWE) – 1988, 1992 e 1996 Massimiliano Rosolino (ITA) – 1996, 2000 e 2004 Grant Hackett (AUS) – 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Henry Taylor (GBR) sobre Frank Beaurepaire (ANZ) em 1908 (7.4s). MENOR MARGEM DE VITÓRIA Buster Crabbe (USA) sobre Jean Taris (FRA) em 1932 (0.1s) MAIS VELHO VENCEDOR Buster Crabbe (USA), 24a6m3d em 1932 MAIS VELHO MEDALHISTA Ludy Langer (USA), 2º em 1920, 27a7m6d MAIS NOVO VENCEDOR Brian Goodell (USA), 17a3m20d em 1976 MAIS NOVO MEDALHISTA Boy Charlton (AUS), 3º em 1924, 16a11m6d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B Estados Unidos 10 6 5 Austrália 5 5 6 Grã-Bretanha 1 2 0 União Soviética 1 1 2 Canadá 1 1 1 França 1 1 1 Áustria 1 0 1 Argentina 1 0 0 Alemanha Or. 1 0 0 Com. Est. Indep. 1 0 0 Nova Zelândia 1 0 0 Coreia do Sul 1 0 0 Japão 0 3 2 Suécia 0 1 3 Australásia 0 1 1 Alemanha 0 1 0 Itália 0 1 0 T 21 16 3 4 3 3 2 1 1 1 1 1 5 4 2 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1908 Londres Henry Taylor (GBR), 5:36.8 1956 Melbourne Murray Rose (AUS), 4:27.3 1964 Tóquio Don Schollander (USA), 4:12.2 1976 Montreal Brian Goodell (USA), 3:51.93 1988 Seul Uwe Dassler (GDR), 3:46.95 1992 Barcelona Yevgeny Sadovy (EUN), 3:45.00 2000 Sydney Ian Thorpe (AUS), 3:40.59 MEDALHISTAS DE 2008 Tae-Hwan Park (KOR) – 3:41.86 Disputará a prova em Londres . Zhang Lin (CHN) – 3:42.44 Não foi selecionado pela Federação Chinesa por suas performances ruins deste ano. Larsen Jensen (USA) – 3:42.78 Aposentou da natação após a Olimpíada de Pequim. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Paul Biedermann (GER), 3:40.07 EUROPEU 2010 Yannick Agnel (FRA), 3:46.17 PAN-PACÍFICO 2010 Tae-Hwan Park (KOR), 3:44.73 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Ryan Cochrane (CAN), 3:48.48 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Tae-Hwan Park (KOR), 3:41.53 MUNDIAL 2011 Tae-Hwan Park (KOR), 3:42.04 PAN-AMERICANO 2011 Charlie Houchin (USA), 3:50.95 EUROPEU 2012 Paul Biedermann (GER), 3:47.84 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Paul Biedermann, GER 2. Ian Thorpe, AUS 3. Sun Yang, CHN 4. Oussama Mellouli, TUN 5. Zhang Lin, CHN 6. Tae-Hwan Park, KOR 7. Grant Hackett, AUS 8. Larsen Jensen, USA 9. Peter Vanderkaay, USA 10. Massi Rosolino, ITA 1928 – Amsterdã Muito antes de Cesar Cielo, um sulamericano foi campeão olímpico de natação. Em 1928, Alberto Zorrilla aproveitou-se que os favoritos não se preocuparam muito com ele, nadou em uma raia do canto e venceu inesperadamente. Zorrilla chegou a ser recordista sulamericano dos 100m aos 1500m livre, feito repetido somente uma vez na história, pelo brasileiro Djan Madruga. 1932 – Los Angeles O americano Buster Crabbe derrotou o recordista mundial Jean Taris em uma prova que parecia perdida. “Aquele décimo de segundo mudou minha vida”, disse ele anos depois. Foi aquele ouro que chamou a atenção da Paramount Studios, ávida por um atleta olímpico para encenar seus filmes que pudesse repetir o sucesso de Johnny Weissmuller. Crabbe teve um razoável sucesso, e também protagonizou Tarzã, além de Buck Rogers e Flash Gordon. 1976 – Montreal O americano Rick deMont venceu a prova, mas foi flagrado no exame antidoping devido a um remédio para asma. Foi a única vez que um nadador perdeu uma medalha olímpica por doping. 1984 – Los Angeles Tempo 3:40.07 3:40.08 3:40.29 3:41.11 3:41.35 3:41.53 3:42.51 3:42.78 3:43.11 3:43.40 Ano 2009 2002 2011 2009 2009 2010 2001 2008 2008 2000 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Ian Thorpe, AUS 3:40.08 2002 2. Sun Yang, CHN 3:40.29 2011 3. Tae-Hwan Park, KOR 3:41.53 2010 4. Grant Hackett, AUS 3:42.51 2001 5. Massimiliano Rosolino, ITA 3:43.40 2000 6. Kieren Perkins, AUS 3:43.80 1994 7. Yannick Agnel, FRA 3:43.85 2011 8. Klete Keller, USA 3:44.11 2004 9. Paul Biedermann, GER 3:44.14 2011 10. Yuri Prilukov, RUS 3:44.44 2005 RECORDES Mundial: Paul Biedermann, GER - 3:40.07 (2009) Olímpico: Ian Thorpe, AUS - 3:40.59 (2000) Sul-americ.: Ricardo Monasterio, VEN - 3:50.01 (2003) Brasileiro: Armando Negreiros, BRA - 3:51.18 (2007) Norte-americ.: Larsen Jensen, USA - 3:42.78 (2008) Europeu: Paul Biedermann, GER - 3:40.07 (2009) Oceania: Ian Thorpe, AUS - 3:40.08 (2002) Asiático: Sun Yang, CHN - 3:40.29 (2011) Africano: Oussama Mellouli, TUN - 3:41.11 (2009) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA Na primeira Olimpíada com realização da final B, o alemão ocidental Thomas Fahrner venceu a final de consolação com 3:50.91 – o americano George DiCarlo conquistou o ouro com 5:51.23. Foi a única vez na história da natação olímpica que isso aconteceu. O Brasil na prova Djan Madruga chegou perto do pódio duas vezes. Em 1976 e 1980, terminou em 4º. Em 1976, chegou a bater o recorde olímpico na eliminatória, se tornando o primeiro a nadar abaixo de 4 minutos em Olimpíadas. Em 1980 perdeu o bronze por somente 20 centésimos. Ainda ficou em 4º nos 1500m em 1976 e em 5º nos 400m medley em 1980, tendo sido o brasileiro que mais bateu na trave. Ao menos tem uma medalha olímpica de revezamento. Além dele, os únicos que passaram de fase foram Tetsuo Okamoto, semifinalista em 1952 (11º lugar) na mesma Olimpíada em que conquistou o bronze nos 1500m, e Marcelo Jucá, finalista B em 1984 (15º lugar). Uma curiosidade: João Havelange, ex-presidente da FIFA, representou o Brasil na prova em 1936, chegando na 30ª posição. Lendas – Johnny Weissmuller O americano Johnny Weissmuller é conhecido por ter sido o primeiro homem a ter baixado do minuto nos 100m livre e também como o mais famoso Tarzã dos cinemas. Mas também fazia bonito nos 400m livre, prova na qual foi ouro olímpico em 1924 e o primeiro atleta a nadar abaixo de 5 minutos. Como versatilidade pouca é bobagem, também conseguiu um bronze nos Jogos de 1924 no pólo aquático! Quando se mudou da Romênia para os Estados Unidos, era uma criança raquítica. Os resultados da natação como terapia foram fantásticos, culminaram em cinco ouros em duas Olimpíadas e hoje ele ainda é considerado por muitos o maior nadador de todos os tempos. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 1 – 400m MEDLEY FEMININO Menina não entra Por Daniel Takata Gomes NOS 400M MEDLEY FEMININO, SÃO AS MULHERES QUEM DÃO AS CARTAS Os fatos comprovam: o 400m medley feminino não é para meninas. Tudo bem, Stephanie Rice, campeã em 2008 quando estreava em Olimpíadas, está aí para comprovar a exceção da regra. Mas todas as favoritas ao pódio esse ano nadaram ao menos uma edição dos Jogos. Para corroborar essa tese, as americanas Katie Hoff e Elisabeth Beisel chegaram com favoritismo em 2004 e 2008, respectivamente, mas, jovens e estreantes, decepcionaram. Agora, Beisel tem o melhor tempo da história sem trajes, é campeã mundial e vem mantendo a consistência. Rice não ganhou nenhum título importante nos últimos quatro anos, mas voltou a nadar bem. Ainda assim, precisará melhorar para brigar pelo ouro, pois a britânica Hannah Miley, atual vice-campeã mundial tirando a prata de Rice por apenas um centésimo, evoluiu mais do que a australiana do ano passado para cá. A húngara Katinka Hosszú fez um belo tempo no GP de Indianápolis em março, teoricamente sem estar totalmente polida, e pode surpreender. As musas Mireia Belmonte, da Espanha, e Zsuzsanna Jakabos, da Hungria, têm a vantagem de já terem tido uma experiência olímpica. Ao contrário da americana Caitlin Leverenz, que fará sua estreia. As chinesas Li Xuanxu e Ye Shiwen foram finalistas mundiais e depois ainda melhoraram seus tempos. Ye é a campeã mundial dos 200m medley e Li tem uma final olímpica na bagagem, o Elizabeth Beisel que pode fazer diferença. A história favorece as mais experimentadas. Joanna Maranhão pode tirar vantagem disso: finalista olímpica em 2004, ela sonha em repetir a final e também abaixar de 4:40. Nadando melhor do que nunca, pode surpreender novamente. BALIZAMENTO – TOP 10 1. ELIZABETH BEISEL, USA 19 anos, 2ª Olimpíada 4:31.74 (jun/2012) 2. HANNAH MILEY. GBR) 22 anos, 2ª Olimpíada 4:32.67 (mar/2012) 3. KATINKA HOSSZÚ, HUN 23 anos, 3ª Olimpíada 4:32.83 (mar/2012) 4. LI XUANXU, CHN 18 anos, 2ª Olimpíada 4:33.34 (out/2011) 5. STEPHANIE RICE, AUS 24 anos, 2ª Olimpíada 4:33.45 (mar/2012) Aos 15 anos, Beisel foi a integrante mais jovem de toda a delegação americana na Olimpíada de 2008, na qual nadou os 400m medley e 200m costas. Ela já havia feito sua estreia no Mundial de 2007, com apenas 14 anos. Como nadadora de costas, sua parcial de costas nos 400m medley é animal. Seu 1:08 só é superado pelos tempos obtidos em trajes tecnológicos. Hoje, ninguém tem abaixo de 1:10. Miley é treinada por seu pai, Patrick Miley, e adicionou boxe ao seu programa de treinamentos este ano após se apaixonar pelo esporte ao ver o documentário "Sons of Cuba". Ele, aliás, utiliza métodos pouco ortodoxos e para aprimorar os movimentos aquáticos de sua filha, utilizando movimentos de peixes, pássaros, helicópteros e suas relações com o corpo e o sistema nervoso. Hosszú foi campeã mundial dos 400m medley e bronze nos 200m em 2009, tendo por isso recebido o prêmio de esportista do ano na Hungria. Ela treina na California, sob o comando de Dave Salo, e em 2011 conquistou três títulos no NCAA, tornando-se a segunda nadadora do Trojans a conseguir o feito (após Kristine Quance em 1994 e 1996), e recebeu o título de melhor nadadora universitária do ano. Xuanxu foi uma das atletas mais jovens em 2008, com 14 anos. E não se intimidou, chegando à final dos 400m medley e 800m livre, prova na qual terminou na quinta posição. Suas maiores conquistas são bronzes nos 400m medley no Mundial de Curta de 2010 e nos 1500m no Mundial de 2011. Foi a primeira medalha de uma chinesa em um Mundial em uma prova de fundo. Rice assinou um contrato com o empresário Titus Day, especialista em entretenimento, planejando uma carreira para quando parar de nadar, o que, acredita-se, deve acontecer não muito além de 2012, pois Rice não se vê competindo em 2016. Será a primeira atleta a oficialmente se tornar uma celebridade televisiva. "Ela está interessada na mídia. Ela quer continuar fazendo algo com o esporte", diz Day. 6. YE SHIWEN, CHN 16 anos, 1ª Olimpíada 4:33.66 (out/2011) 7. MIREIA BELMONTE, ESP 21 anos, 2ª Olimpíada 4:33.91 (mar/2012) 8. CAITLIN LEVERENZ, USA 21 anos, 1ª Olimpíada 4:34.48 (jun/2012) 9. ZSUZSANNA JAKABOS, HUN 23 anos, 2ª Olimpíada 4:35.68 (mai/2012) 10. BLAIR EVANS, AUS 21 anos, 1ª Olimpíada 4:36.21 (jan/2012) Campeã mundial aos 15 anos em 2011 nos 200m medley, Shiwen é de Hangzhou, província de Zhejiang, mesmo local de origem da ex-campeã mundial e olímpica Xuejuan Luo e de Sun Yang, recordista mundial dos 1500m livre. Seus pais praticavam atletismo, e ela começou a nadar aos seis anos após um professor notar que ela poderia tirar vantagem de seus pés e mãos grandes. A Espanha não tem muita tradição na natação, e Belmonte, três ouros no Mundial de Curta em 2010, está tentando reverter isso. Mas ela diz que é difícil. "Na Espanha, se você não é jogador de futebol, ninguém liga para você", diz. Mireia começou a nadar por problemas em suas costas. Quando começou a se destacar, a federação catalã de natação lhe deu uma bolsa, apoio que mantém até hoje. Leverenz esteve no Pan do Rio em 2007, onde venceu os 200m peito. Ela tem uma boa história de superação: em 2008, ela terminou em 3º nos 200m peito e 4º nos 200m e 400m medley na seletiva americana, ficando de fora dos Jogos Olímpicos por muito pouco. Não desanimou e dessa vez conseguiu a vaga com relativa facilidade, chegando quatro segundos à frente da terceira colocada na seletiva. Jakabos nadou o Finkel de 2010 pelo Fluminense, e arrancou suspiros dos brasileiros pela sua beleza. Em uma entrevista em 2011, quando perguntada qual o melhor lugar que havia visitado, ela disse que foi o Rio, pelas praias, pelo clima e pela atmosfera. Ela utiliza a beleza em seu favor e também faz trabalhos de modelo. E não gosta somente de ser fotografada, como também de fotografar. Evans, recordista nacional de curta nos 400m livre, pretendia nadar somente os 200m e 400m livre na seletiva olímpica. No entanto, dois meses antes, nadou os 400m medley no Campeonato Sul-Australiano e fez um bom tempo, fazendo-a adicionar a prova ao seu programa. A decisão foi a mais acertada possível, já que foi somente nessa prova que ela conseguiu classificação para os Jogos. 400m MEDLEY FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1964 MAIOR VENCEDORA Yana Klochkova (UKR) – 2000 e 2004) MAIORES MEDALHISTAS Yana Klochkova (UKR) – 2 ouros Krisztina Egerszegi (HUN) – 1 ouro e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Beatrice Coada-Caslaru (ROU), 1992 a 2004 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (2) Lynn Vidali (USA) – 1968 e 1972 Ulrike Tauber (GDR) – 1976 e 1980 Daniela Hunger (GER) – 1998 e 1992 Lin Li (CHN) – 1988 e 1992 Krisztina Egerszegi (HUN) – 1992 e 1996 Beatrice Coada-Caslaru (ROU) – 1996 e 2000 Kaitlin Sandeno (USA) – 2000 e 2004 Nicole Hetzer (GER) – 2000 e 2004 Yana Klochkova (UKR) – 2000 e 2004 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Claudia Kolb (USA) sobre Lynn Vidali (USA) em 1968 (13.7s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Yana Klochkova (UKR) sobre Kaitlin Sandeno (USA) em 2004 (0.12s) MAIS VELHA VENCEDORA Michelle Smith (IRL), 26a7m4d em 1996 MAIS VELHA MEDALHISTA Michelle Smith (IRL), 1ª em 1996, 26a7m4d MAIS NOVA VENCEDORA Janet Evans (USA), 17a0m22d em 1988 MAIS NOVA MEDALHISTA Sabine Steinbach (GDR), 3ª em 1968, 16a3m7d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 4 4 3 11 Austrália 2 1 0 3 Alemanha Or. 2 0 2 4 Ucrânia 2 0 0 2 Hungria 1 0 1 2 Irlanda 1 0 0 1 Canadá 0 2 1 3 Romênia 0 1 1 2 Grã-Bretanha 0 1 0 1 China 0 1 0 1 Japão 0 1 0 1 Zimbábue 0 1 0 1 Itália 0 0 1 1 Polônia 0 0 1 1 Alemanha Ocid. 0 0 1 1 Argentina 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS MEDALHISTAS DE 2008 Stephanie Rice (AUS) – 4:29.45 Disputará a prova em Londres. Kirsty Coventry (ZIM) – 4:29.89 Estará em Londres, mas não nos 400m medley. Se dedicará a provas mais curtas. Katie Hoff (USA) – 4:31.71 Não nadou a prova na seletiva americana, mas provavelmente não se classificaria, pois atravessa uma fase ruim. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Katinka Hosszú (HUN), 4:30.31 EUROPEU 2010 Hannah Miley (GBR), 4:33.09 PAN-PACÍFICO 2010 Elizabeth Beisel (USA), 4:34.69 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Hannah Miley (SCO), 4:38.83 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Shiwen Ye (CHN), 4:33.79 MUNDIAL 2011 Elizabeth Beisel (USA), 4:31.78 PAN-AMERICANO 2011 Julia Smit (USA), 4:46.15 EUROPEU 2012 Katinka Hosszú (HUN), 4:33.76 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Stephanie Rice, AUS 2. Kirsty Coventry, ZIM 3. Katinka Hosszú, HUN 4. Li Xuanxu, CHN 5. Qi Hui, CHN 6. Katie Hoff, USA 7. Hannah Miley, GBR 8. Elizabeth Beisel, USA 9. Yana Klochkova, UKR 10. Ye Shiwen, CHN Tempo 4:29.45 4:29.89 4:30.31 4:30.43 4:30.85 4:31.12 4:31.33 4:31.74 4:33.59 4:33.66 Ano 2008 2008 2009 2009 2009 2008 2009 2012 2000 2011 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Elizabeth Beisel, USA 4:31.74 2012 2. Hannah Miley, GBR 4:32.67 2012 3. Katinka Hosszú, HUN 4:32.83 2012 4. Katie Hoff, USA 4:32.89 2007 5. Stephanie Rice, AUS 4:33.45 2012 6. Yana Klochkova, UKR 4:33.59 2000 7. Ye Shiwen, CHN 4:33.66 2011 8. Mireia Belmonte, ESP 4:33.91 2012 9. Li Xuanxu, CHN 4:34.33 2011 10. Caitlin Leverenz, USA 4:34.48 2012 RECORDES Mundial: Stephanie Rice, AUS - 4:29.45 (2008) Olímpico: Stephanie Rice, AUS - 4:29.45 (2008) Sul-americ.: Georgina Bardach, ARG - 4:37.51 (2004) Brasileiro: Joanna Maranhao, BRA - 4:40.00 (2004) Norte-americano: Katie Hoff, USA - 4:31.12 (2008) Europeu: Katinka Hosszú, HUN - 4:30.31 (2009) Ano Nadadora e tempo 1972 Munique Gail Neall (AUS), 5:02.97 1976 Montreal Ulrike Tauber (GDR), 4:42.77 Oceania: Stephanie Rice, AUS - 4:29.45 (2008) 1980 Moscou Petra Schneider (GDR), 4:36.29 Asiático: Li Xuanxu, CHN - 4:30.43 (2009) 2008 Pequim Stephanie Rice (AUS), 4:29.45 Africano: Kirsty Coventry, ZIM - 4:29.89 (2008) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1980 - Moscou Petra Schneider, da Alemanha Oriental, venceu a prova quase 10 segundos na frente da britânica Sharron Davies. Anos mais tarde, Schneider confessou ser um produto do sistema de doping de seu país. Seu recorde alemão foi superado somente em 2005. Como se não bastasse, em uma época de amadorismo, ela revelou anos depois que recebeu secretamente um grande prêmio em dinheiro pela sua medalha de ouro. Por outro lado, Davies teve que abdicar de seu status amador ao receber 40 dólares de um programa de televisão. 1984 – Los Angeles A partir de 1978, a americana Tracy Caulkins começou um domínio jamais visto na natação feminina. Até 1984, ela havia batido cinco recordes mundiais, mais de 60 nacionais e conquistado 48 títulos americanos, 12 a mais que qualquer outro nadador. Sua única frustração era a falta de um ouro olímpico, chance que ela não teve de conquistar em 1980 devido ao boicote americano. Em 1984, ela se redimiu e venceu de ponta a ponta por quase 15 metros. 1996 – Atlanta A irlandesa Michelle Smith não figurava entre as principais cotadas para o ouro. No entanto, venceu a prova por quase três segundos e, junto com seus ouros nos 200m medley e 400m livre, levantou suspeitas de que se dopava (principalmente dos americanos), pois ela já havia disputado duas Olimpíadas sem resultados expressivos e passou a ter grandes resultados somente na idade avançada de 26 anos. O Brasil na prova Em 2004, Joanna Maranhão, com apenas 17 anos na época, conseguiu a melhor colocação feminina da história da natação olímpica: um surpreendente 5º lugar. Abaixou mais de dois segundos e seu tempo é recorde brasileiro até hoje. Além da própria Joanna em 2008, somente Maria Isabel Guerra nadou a prova, em 1972, parando nas eliminatórias. Lendas – Yana Klochkova A ucraniana Yana Klochkova foi talvez a mais dominante nadadora de provas de medley da história. Nos 400m, ficou cinco anos sem ser derrotada. Seu recorde mundial da prova durou quase oito anos. É a única nadadora a ter bicampeonatos olímpicos nas duas provas de medley, em 2000 e 2004. Também tem uma vasta coleção de conquistas em campeonatos mundiais de piscinas longa e curta e europeus. É heroína nacional da Ucrânia, onde foi escolhida três vezes como atleta do ano. Também foi considerada a melhor nadadora do mundo em 2004, ano de sua consagração. Yana era figura constante em Campeonatos Brasileiros e em etapas da Copa do Mundo no Rio no fim do século passado. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 1 – 4x100m LIVRE FEMININO Laranja dominadora Por Daniel Takata Gomes PATINHO FEIO HÁ QUATRO ANOS, A HOLANDA AGORA É A FAVORITA ABSOLUTA Em 2008, o time da Holanda chegou a Pequim como recordista mundial, mas precisava ratificar o status frente às fortes seleções australiana e americana. Foi exatamente o que fez. E é o que vem fazendo desde então. Atual bicampeã mundial, a equipe dessa vez aparece como favorita absoluta. As quatro nadadoras devem ser exatamente as da final olímpica há quatro anos e que também conquistaram os dois títulos mundiais: Ranomi Kromowidjojo, Marleen Veldhuis, Inge Dekker e Femke Heemskerk . O protagonismo, no entanto mudou. Kromowidjojo e Heemskerk, que tinham os dois piores tempos, agora são as mais rápidas. A qualidade continua intacta, e com uma atração: é o revezamento com mais chances de quebrar um recorde olímpico nessa edição dos Jogos. Austrália e Estados Unidos aparecem logo atrás, com tempos muito semelhantes. Mas as duas seleções têm tradição e nadadoras em evolução (com destaque para Melanie Schlanger e Melissa Franklin), e não podem ser descartadas na luta pelo ouro. As super estrelas Lisbeth Trickett e Natalie Coughlin nadarão a eliminatória e talvez a final, na única prova em que elas aparecerão em Londres. A Alemanha conta com outra estrela, Britta Steffen, e operou um verdadeiro milagre no Mundial do ano passado ao conquistar a bronze, com as nadadoras diminuindo muito seus tempos. Pela garra que demonstraram, e por Stef- Kromowidjojo, Veldhuis, Dekker e Heemskerk fen estar agora em melhor fase, podem brigar por pódio. A Suécia dependerá totalmente de Sarah Sjöström e Therese Alshammar, que tem nadado melhor provas de 50m. Deverá estar na final, mas dificilmente subirá ao pódio, assim como as seleções da Grã-Bretanha e da China. BALIZAMENTO – TOP 10 1. HOLANDA 3:33.96 (jul/2011) 2. ESTADOS UNIDOS 3:34.47 (jul/2011) 3. ALEMANHA 3:36.05 (jul/2011) 4. CHINA 3:36.36 (jul/2011) 5. AUSTRÁLIA 3:36.75 (jul/2011) Apesar da Holanda contar com um quarteto fantástico, caso alguma das nadadoras por algum motivo não possa nadar o revezamento o poderio fica comprometido. Isso porque a reserva Hinkelien Schreuder tem um tempo 70 centésimos pior que o de Inge Dekker – exatamente a diferença que, no papel, separa a equipe da Austrália e dos Estados Unidos, se somarmos os tempos das melhores nadadoras. A seleção americana, disparada a maior vencedora da história da prova, experimenta um período de entressafra: desde 2003 não vence a prova em mundiais de longa ou Olimpíadas. No Mundial de 2011, a prova representou a aparição para o mundo de Melissa Franklin: nadando na segunda posição, abriu uma considerável liderança com 52.99, segunda melhor parcial da história em trajes têxteis até então. A Alemanha já foi poderosa na prova, e isso mesmo após os tempos da Alemanha Oriental. Em 2002, chegou a bater o recorde mundial da prova. Nos últimos dois Mundiais, subiu ao pódio. Mas em Xangai a performance foi impressionante: Silke Lippok, Lisa Vitting e Daniela Schreiber, juntas, abaixaram nada menos que 3s22 em relação aos seus tempos individuais de 100m livre! A China depende totalmente de Tang Yi, que tem a única parcial abaixo de 54 segundos, e que quase foi a heroína do time ao fechar a prova no Mundial do ano passado quase um segundo atrás da Alemanha e quase conquistar o bronze. Mas os resultados do Campeonato Chinês deste ano não foram animadores, e o time é uma incógnita. Pode brigar pelo pódio ou pode ficar fora da final. Campeã olímpica em 2004 e Mundial em 2005 e 2007, a Austrália sofre para voltar aos melhores dias. As perspectivas no ano passado eram péssimas, tanto que Bronte Barratt, que nem velocista é, completou a equipe no Mundial de Xangai. Mas com a volta da aposentadoria de Melanie Schlanger e Cate Campbell recuperada das lesões, agora são três abaixo de 54 – contra apenas uma no ano passado. 6. SUÉCIA 3:38.40 (mai/2012) 7. CANADÁ 3:38.42 (jul/2011) 8. JAPÃO 3:39.28 (jul/2011) 9. DINAMARCA 3:39.48 (jul/2011) 10. GRÃ-BRETANHA 3:39.74 (jul/2011) Sarah Sjöström tem o segundo melhor tempo da história dos 100m livre em trajes têxteis. Therese Alshammar é remanescente do bronze da equipe de 2000, mas nem está garantida no time – não treina mais para a prova e não fez parte da equipe no Europeu desse ano. Parece pouco, e é mesmo. O vice-campeonato em um Europeu esvaziado não serve para dar esperanças de pódio à equipe. O Canadá não tem esperanças de medalha na prova, mas fez um bom papel no Mundial do ano passado, onde terminou na 6ª colocação. Pode melhorar mais, pois esse ano surgiu a jovem Heather MacLean, que pode suprir o que foi o ponto fraco da equipe no Mundial: uma nadadora para 55 médio. Heather é irmã de Brittany MacLean, que irá nadar os 400m livre e o 4x200m. Apesar de ser um país forte na natação, o Japão não tem a menor tradição nessa prova. Com a baixa estatura das nadadoras, os resultados em provas de velocidade ficam comprometidos. Sequer foram finalistas em 2008. Mas no ano passado terminaram em 7º no Mundial tendo o melhor tempo de troca de nadadoras entre as equipes. A pior velocidade de reação foi de 19 centésimos! A Dinamarca não tem uma equipe ruim. Conta inclusive com a campeã mundial dos 100m livre Jeanette Ottesen, e Pernille Blume tem 54.0. Mas o país só tem três nadadoras ranqueadas entre as 150 do mundo em 2011 e 2012. Quem vem ocupando o último lugar é Lotte Friis, excepcional fundista, mas que não tem nenhuma velocidade, e por isso a equipe não consegue ser competitiva. A equipe britânica está balizada na 10ª posição, mas é uma colocação enganosa. A equipe vacilou ao não se classificar para a final do Mundial de Xangai, e por isso não tem tempo melhor. A soma dos tempos é mais de dois segundos melhor, isso sem contar o tempo ganho nas trocas. Esse ano, até uma equipe de um clube britânico fez um tempo melhor. Com apoio da torcida, pode até brigar por medalha. 4x100m LIVRE FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1912 MAIORES VENCEDORAS Jenny Thompson (USA) – 1992, 1996 e 2000 Dara Torres (USA) – 1988, 1992 e 2000 MAIORES MEDALHISTAS Dara Torres (USA) – 3 ouros, 1 prata e 1 bronze Jenny Thompson (USA) – 3 ouros e 1 prata Jill Sterkel (USA) – 2 ouros e 1 bronze Dawn Fraser (AUS) – 1 ouro e 2 pratas Conny van Bentum (NED) – 2 pratas e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (5 PARTICIPAÇÕES) Dara Torres (USA) – 1984, 1988, 1992, 2000 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (5) Dara Torres (USA) – 1984, 1988, 1992, 2000 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Estados Unidos sobre Grã-Bretanha em 1920 (29.2s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Estados Unidos sobre Alemanha Oriental em 1972 (0.36s) MAIS VELHA VENCEDORA Dara Torres (USA), 33a5m1d em 2000 MAIS VELHA MEDALHISTA Dara Torres (USA), 2ª em 2008, 41a3m26d. MAIS NOVA VENCEDORA Pokey Watson (USA), 14a3m4d em 1964 MAIS NOVA MEDALHISTA Nian Yun (CHN), 2ª em 1996, 13a9m13d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B Estados Unidos 14 3 3 Holanda 2 5 4 Alemanha Or. 2 3 0 Austrália 2 2 1 Grã-Bretanha 1 3 1 Hungria 1 0 0 Alemanha 0 2 3 China 0 2 0 Suécia 0 1 3 Dinamarca 0 1 0 África do Sul 0 0 2 Canadá 0 0 2 Alemanha Ocid. 0 0 2 Áustria 0 0 1 T 20 11 5 5 5 1 5 2 4 1 2 2 2 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Equipe e tempo 1912 Estocolmo Grã-Bretanha, 5:52.8 1920 Antuérpia Estados Unidos, 5:11.6 1924 Paris Estados Unidos, 4:58.8 1928 Amsterdã Est. Unidos, 4:55.6 (el.) 1928 Amsterdã Estados Unidos, 4:47.6 1932 L. Angeles Estados Unidos, 4:38.0 1952 Helsinque Hungria, 4:24.4 1956 Melbourne Austrália, 4:17.1 1960 Roma Estados Unidos, 4:08.9 1964 Tóquio Estados Unidos, 4:03.8 1972 Munique Alem. Or., 3:58.11 (el.) 1972 Munique Estados Unidos, 3:55.19 1976 Montreal Estados Unidos, 3:44.82 1980 Moscou Alemanha Or., 3:42.71 1992 Barcelona Estados Unidos, 3:39.46 2000 Sydney Estados Unidos, 3:36.61 MEDALHISTAS DE 2008 MEMÓRIA Holanda – 3:33.76 1912 - Estocolmo Disputará a prova em Londres. Estados Unidos – 3:34.33 Disputará a prova em Londres. Austrália – 3:35.05 Disputará a prova em Londres. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Holanda, 3:31.72 EUROPEU 2010 Alemanha, 3:37.72 PAN-PACÍFICO 2010 Estados Unidos, 3:35.11 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Austrália, 3:36.36 JOGOS ASIÁTICOS 2010 China, 3:36.88 MUNDIAL 2011 Holanda, 3:33.96 PAN-AMERICANO 2011 Estados Unidos, 3:40.66 EUROPEU 2012 Alemanha, 3:37.98 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Holanda Tempo Ano 3:31.72 2009 2. Alemanha 3:31.83 2009 3. Austrália 3:33.01 2009 4. Estados Unidos 3:34.33 2008 5. Suécia 3:35.31 2009 6. China 3:35.63 2009 7. Shanghai, CHN 3:35.81 2009 8. Grã- Bretanha 3:36.99 2009 9. Hungria 3:37.64 2009 10. França 3:37.68 2008 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Na primeira vez que o 4x100m livre foi realizado em Olimpíadas (e também a primeira vez que mulheres nadavam os Jogos), a Austrália não tinha time. As únicas nadadoras do país na competição, Fanny Durack e Mina Wylie, haviam terminado os 100m livre com ouro e prata. Elas propuseram competir o revezamento nadando duas vezes cada uma, mas o pedido foi recusado. 1956 - Melbourne Na largada da prova, o tiro de partida foi acionado duas vezes por engano. A australiana Dawn Fraser, vencedora dos 100m livre, pensando ter havido uma largada falsa, parou de nadar. Quando percebeu seu erro, retomou a prova e ainda venceu sua parcial com dois segundos de diferença. A prova ficou equilibrada até Lorraine Crapp decidir em favor das australianas. Apesar de serem rivais nos 100m livre, Fraser e Crapp eram grandes amigas, tanto que Fraser deu o nome de Lorraine a sua filha em homenagem à colega rival. 1976 - Montreal A prova de 1976 entrou para a história por ser uma das mais surpreendentes de todos os tempos. As alemãs orientais haviam vencido 11 medalhas de ouro em 12 provas, e as americanas, nenhuma. Nos 100m livre, haviam ficado com ouro e prata, e as americanas fora do pódio. Kornelia Ender, a estrela da competição, deu uma vantagem de 1.16s para as alemãs. Mas as americanas se superaram, tiraram a diferença e venceram com recorde mundial para conquistar o único ouro feminino da competição. O Brasil na prova Em somente uma ocasião a equipe brasileira chegou à final: em 1948, quando Eleonora Schmidt, Maria da Costa, Piedade Coutinho e Talita Rodrigues conseguiram a sexta posição. O Brasil também disputou em 1988, 2004 e 2008, ficando em 11º, 12º e 13º, respectivamente. Somente Flavia Delaroli e Tatiana Lemos nadaram a prova duas vezes pelo Brasil. Nadador 1. Holanda Tempo Ano 3:33.96 2011 2. Estados Unidos 3:34.47 2011 3. Alemanha 3:35.22 2006 4. Austrália 3:35.48 2007 5. China 3:36.36 2011 Lendas – Hendrika Mastenbroek 6. Japão 3:37.90 2010 7. Canadá 3:38.14 2010 8. Suécia 3:38.40 2012 9. Loughborough, GBR 3:38.49 2012 10. Grã-Bretanha 3:38.57 2010 Quem pensa que estrelas holandesas como Inge de Bruijn e Marleen Veldhuis são frutos esporádicos de um país sem tradição está enganado. Em 1936, uma forte equipe holandesa dominou a natação dos Jogos de Berlim. A maior sensação foi Hendrika “Rie” Mastenbroek, a primeira nadadora a conquistar quatro medalhas em uma Olimpíada (ouro nos 100m, 400m e 4x100m livre e prata nos 100m costas). O revezamento foi a prova mais emocionante da competição, onde ela fechou a prova, em uma disputa acirrada com a equipe alemã até os metros finais. Curiosamente, nos 100m costas, ela poderia ter vencido, já que sua principal rival, a compatriota Nina Steff, não tocou a borda na virada e teve que voltar para refazê-la. Mas Mastenbroek se atrapalhou, bateu na raia e perdeu a prova. RECORDES Mundial: Holanda - 3:31.72 (2009) Olímpico: Holanda - 3:33.76 (2008) Sul-americano: Pinheiros, BRA - 3:41.49 (2009) Brasileiro: Pinheiros - 3:41.49 (2009) Norte-americano: Estados Unidos - 3:34.33 (2008) Europeu: Holanda - 3:31.72 (2009) Oceania: Austrália - 3:33.01 (2009) Asiático: China - 3:35.63 (2009) Africano: Northern Tigers, RSA - 3:45.56 (2012) http://www.swimchannel.com.br http://www.raiaquatronews.com.br DIA 2 – 100m BORBOLETA FEM. Carne nova no pedaço Por Daniel Takata Gomes QUEM DÁ O TOM NOS 100M BORBO FEMININO SÃO NOVATAS E ANTIGAS COADJUVANTES Das principais concorrentes ao pódio nos 100m borboleta feminino, nenhuma foi medalhista em 2008 – algo incomum quando analisamos as outras provas. A começar que a vencedora e a vice, a australiana Lisbeth Trickett e a americana Christine Magnuson, nem irão nadar. A australiana Jessicah Schipper, bronze há quatro anos, está longe de seus melhores dias e se chegar ao pódio será surpresa. É melhor ficar de olho em algumas novatas explosivas e em outras que em Pequim foram coadjuvantes. Mas a principal favorita, a americana Dana Vollmer, não é nem um caso nem outro: ela não disputou a Olimpíada de Pequim, mas venceu o 4x200m livre em 2004. Agora, tem sua melhor chance de brilhar individualmente. Ela tem o melhor tempo da história em trajes têxteis e disse que deseja superar o recorde mundial da sueca Sarah Sjöström, mas para isso terá que dividir melhor sua prova do que fez na seletiva, quando passou animal para 26 baixo e morreu. Sjöström, por sua vez, venceu o Mundial de 2009 aos 15 anos com recorde mundial que dura até hoje, teve um declínio e voltou a nadar bem. A australiana Alicia Coutts e a chinesa Lu Ying, bronze em Xangai, fizeram bons tempos em 2011, mas nadaram um pouco acima esse ano. Podem surpreender. As britânicas Francesca Halsall e Ellen Gandy estiveram em Pequim, e agora podem lutar por medalhas, mas dificil- Dana Vollmer mente pelo ouro. Aliás, é difícil outra nadadora para pódio, mas a jovem canadense Katerine Savard nadou bem em 2011 e tem mantido consistência. Pode ser a surpresa. Daynara de Paula pode buscar uma semifinal, mas terá que se superar para ficar entre as oito. BALIZAMENTO – TOP 10 1. DANA VOLLMER, USA 24 anos, 2ª Olimpíada 56.42 (jun/2012) 2. SARAH SJÖSTRÖM, SWE 18 anos, 1ª Olimpíada 56.79 (mar/2012) 3. ALICIA COUTTS, AUS 24 anos, 2ª Olimpíada 56.94 (jul/2011) 4. LU YING, CHN 23 anos, 1ª Olimpíada 57.06 (jul/2011) 5. ELLEN GANDY, GBR 20 anos, 2ª Olimpíada 57.25 (mar/2012) Vollmer sempre foi precoce: em 2000, aos 12 anos, foi a mais jovem competidora da seletiva americana. Em 2004, era a mais jovem da equipe americana. Mas só conseguiu brilho individual aos 24. Em 2003, ela passou por uma cirurgia no coração para corrigir uma condição que fazia com que seu pulso chegasse a 240 batidas por minuto. Hoje, treina com um desfibrilador à beira da piscina como precaução. Em 2009, Sjoström não estava sequer ranqueada entre as 20 primeiras do mundo, e venceu o Mundial de Roma com recorde mundial, com apenas 15 anos. No ano anterior, já havia sido campeã europeia aos 14. Não nadou muito bem em 2010 e 2011, e quer se recuperar da performance que teve no Mundial de Xangai 2011: quarta colocada nada menos que três vezes! Em 2007, Coutts sofria dores insuportáveis no estômago. Foi ao hospital e, após uma biópsia, os médicos descobriram um tumor. "Meu pai morreu de câncer, fiquei apavorada!" O tumor era benigno. Coutts ficou dois meses parada. Por isso, foi uma surpresa quando ela conseguiu vaga na seleção olímpica de 2008, e ainda mais quando chegou à final dos 200m medley. Ying vem se tornando a principal nadadora de borboleta da China, ao menos nos 100m, tirando o status de Zige Liu. Ela foi bronze no Mundial do ano passado, e esse ano venceu a seletiva chinesa, apesar de ter piorado seu tempo, o que atribuiu a uma gripe. Sua especialidade é a segunda metade de prova. Sua volta no Mundial foi fortíssima: parcial de 30.06. Gandy vive em Melbourne, na Austrália, desde os 16 anos. Muitos pensam que ela se mudou para lá visando melhorar sua performance. Mas na realidade a mudança foi por causa de seu pai, que foi transferido por causa do trabalho. Ela sempre foi melhor nos 200m, mas este ano quebrou o recorde britânico nos 100m e parece ter as mesmas chances nas duas povas. 6. FRAN HALSALL, GBR 22 anos, 2ª Olimpíada 57.44 (jun/2011) 7. CLAIRE DONAHUE, USA 23 anos, 1ª Olimpíada 57.57 (jun/2012) 8. INGE DEKKER, NED 26 anos, 3ª Olimpíada 57.62 (mar/2011) 9. YUKA KATO, JPN 25 anos, 2ª Olimpíada 57.77 (abr/2012) 10. KATERINE SAVARD, CAN Halsall passou por uma cirurgia no tornozelo no final de 2010, o que explica seus recentes resultados crescentes em comparação com as ótimas performances de 2012. Ela namora Alastair Wilson, jogador da seleção olímpica de hóquei. Eles se conheceram nos Jogos de 2008. Ela faz uma reclamação: "Ele vem me assistir somente por 53 segundos, eu tenho que assisti-lo por mais de uma hora!" Donahue é uma das poucas integrantes da seleção B dos Estados Unidos dos Jogos Pan-Americanos de 2011 que conseguiram classificação para a Olimpíada. Ela foi campeã dos 100m borboleta no Pan. Ela estuda e treina na Universidade de Kentucky, que não é muito reconhecida por sua excelência esportiva, e continuou lá mesmo depois de ter se formado. Atual campeã mundial dos 50m borboleta, Dekker disputou o Troféu José Finkel de 2011 pelo Minas Tênis Clube. Como ela treina na França, também já competiu o Campeonato Francês, e destacou o fato de ter sido campeã brasileira, francesa e holandesa. Agora, mira o ouro olímpico ela já tem um ouro de 2008 e uma prata em 2004, ambas em revezamento, e quer uma vitória individual. Kato tem apenas 1,59m. Mas isso não é problema para ela, recordista nacional dos 50m e 100m. Passar no gás é com ela. Na seletiva japonesa, passou os 100m borbo para 26.68, uma das mais rápidas passagens da história mesmo considerando o período de trajes tecnológicos. Ela até tentou os 200m borboleta, mas terminou em 3º passando para 1:00 e voltando para agonizantes 1:09. Savard tem apenas 1,64m e 55kg, como Kato longe do biotipo de uma nadadora de 100m borboleta. É uma estrela canadense em ascensão, e no ano passado ficou apenas um décimo da final dos 100m borboleta em Xangai. Ela é de Quebec, a segunda província mais populosa do Canadá, que desde 1996, quando Guylaine Cloutier ficou em 6º nos 100m peito, não tem nenhum atleta em uma final olímpica. 19 anos, 1ª Olimpíada 57.80 (nov/2011) 100m BORBOLETA FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1956 MAIOR VENCEDORA Ninguém venceu mais de uma vez MAIORES MEDALHISTAS Qian Hong (CHN) e Inge de Bruijn (NED) – 1 ouro e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Joscelin Yeo (SIN) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Martina Moravcova (TCH) – 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS Susan O'Neill (AUS) – 1992, 1996 e 2000 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Inge de Bruijn (NED) sobre Martina Moravcová (SVK) em 2000 (1.36s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Amy Van Dyken (USA) sobre Liu Limin (CHN) em 1996 (0.01s) MAIS VELHA VENCEDORA Petria Thomas (AUS), 28a11m21d em 2004 MAIS VELHA MEDALHISTA Dara Torres (USA), 3ª em 2000, 33a5m2d MAIS NOVA VENCEDORA Sharon Stouder (USA), 15a11m7d em 1964 MAIS NOVA MEDALHISTA Sharon Stouder (USA), 1ª em 1964, 15a11m7d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 5 5 6 16 Alemanha Oriental 3 4 1 8 Austrália 3 0 2 5 Holanda 1 2 1 4 China 1 1 1 3 Japão 1 0 0 1 Eslováquia 0 1 0 1 Polônia 0 1 0 1 Hungria 0 0 1 1 Alemanha Ocid. 0 0 1 1 França 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadadora e tempo 1964 Tóquio Sharon Stouder (USA), 1:04.7 1976 Montreal Kornelia Ender (GDR), 1:00.13 2000 Sydney Inge de Bruijn (NED), 56.60 MEDALHISTAS DE 2008 Lisbeth Trickett (AUS) – 56.73 Aposentou-se em 2009 e retornou, mas não conseguiu classificação na seletiva australiana. Christine Magnuson (USA) – 57.10 Não conseguiu classificação na seletiva americana. Jessicah Schipper (AUS) – 57.25 Disputará a prova em Londres. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Sarah Sjöström (SWE), 56.06 EUROPEU 2010 Sarah Sjöström (SWE), 57.32 PAN-PACÍFICO 2010 Dana Vollmer (USA), 57.56 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Alicia Coutts (AUS), 57.53 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Jiao Liuyang (CHN), 57.76 MUNDIAL 2011 Dana Vollmer (USA), 56.87 PAN-AMERICANO 2011 Claire Donahue (USA), 58.73 EUROPEU 2012 Ingvild Snildal (NOR), 58.04 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Sarah Sjöström, SWE 2. Zige Liu, CHN 3. Jessicah Schipper, AUS 4. Dana Vollmer, USA 5. Inge de Bruijn, NED 6. Marleen Veldhuis, NED 7. Lisbeth Trickett, AUS 8. Jiao Liuyang, CHN 9. Aurore Mongel, FRA 10. Gabriella Silva, BRA 1972 – Munique A húngara Andrea Gyamarti era a favorita, pois havia batido o recorde mundial da japonesa Mayumi Aoki na semifinal. Além disso, ela defendia a tradição familiar: sua mãe havia sido medalhista de ouro nos 100m peito em 1952, e seu pai conquistou três medalhas de ouro no pólo aquático. Mas mesmo melhorando seu tempo na final, foi superada não só por Aoki como por uma alemã, e teve que se contentar com o bronze. 1980 – Moscou A prova foi o maior símbolo das duas maiores crises que o movimento olímpico enfrentou nas décadas de 70 e 80: a desvalorização do esporte frente à política e o uso desenfreado de drogas. No auge da guerra fria, o presidente americano Jimmy Carter decidiu que os Estados Unidos não enviariam atletas à União Soviética. A recordista mundial Mary T. Meagher venceria os 100m borboleta facilmente e ficou arrasada. Em Moscou, a Alemanha Oriental colocou três nadadoras no pódio. A medalhista de bronze Christiane Knacke foi uma das primeiras atletas a denunciar o doping sistemático de seu país, em 1989. Ela teve sérios problemas de saúde e foi a primeira atleta olímpica a devolver voluntariamente sua medalha, admitindo seu doping. 2000 - Sydney Tempo 56.06 56.07 56.23 56.42 56.61 56.69 56.73 56.86 56.89 56.94 Ano 2009 2009 2009 2012 2000 2009 2008 2009 2009 2009 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Dana Vollmer, USA 56.42 2012 2. Inge de Bruijn, NED 56.61 2000 3. Sarah Sjöström, SWE 56.79 2012 4. Alicia Coutts, AUS 56.94 2011 5. Lu Ying, CHN 57.06 2011 6. Jessicah Schipper, AUS 57.15 2006 7. Lisbeth Trickett, AUS 57.15 2007 8. Martina Moravcova, SVK 57.20 2002 9. Ellen Gandy, GBR 57.25 2012 10. Christine Magnuson, USA 57.32 2010 RECORDES Mundial: Sarah Sjostrom, SWE - 56.06 (2009) Olímpico: Inge de Bruijn, NED - 56.61 (2000) Sul-americano: Gabriella Silva, BRA - 56.94 (2009) Brasileiro: Gabriella Silva, BRA - 56.94 (2009) Norte-americano: Dana Vollmer, USA - 56.42 (2012) Europeu: Sarah Sjostrom, SWE - 56.06 (2009) Oceania: Jessicah Schipper, AUS - 56.23 (2009) Asiático: Liu Zige, CHN - 56.07 (2009) Africano: Lize-Marie Retief, RSA - 58.20 (2008) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA Em 1999, a americana Jenny Thompson finalmente bateu o lendário recorde de Mary T. Meagher, que completava 18 anos. Mas em Sydney nada pode fazer com a sequência demolidora de recordes da holandesa Inge de Bruin. Sua vitória foi de maior distância na história olímpica da prova. A medalhista de prata, a eslovaca Martina Moracová, se superou após ter descoberto no ano anterior ser portadora de hipertiroidismo e ter passado por uma cirurgia para retirada da tireoide. O Brasil na prova Em 2008, Gabriella Silva foi a primeira (e até hoje única) brasileira a chegar à final da prova, terminando na 7ª posição. No ano seguinte ela também se tornaria a brasileira mais bem colocada em Mundiais de longa, com o 5º lugar na mesma prova. Em 1996, Gabrielle Rose chegou à final B e ficou em 14º no geral. Das que não avançaram de fase, Flavia Nadalutti tem a melhor colocação: 28º em 1976. Lendas – Kornelia Ender Kornelia Ender é o maior símbolo da natação da Alemanha Oriental, que dominou as provas femininas nas décadas de 70 e 80. Aos 13 anos, conquistou três medalhas de prata em 1972. Nos anos seguintes, bateu sucessivos recordes mundiais e chegou ao ápice em Montreal 1976, onde conquistou quatro ouros. Conseguiu a proeza de vencer os 100m borboleta e os 200m livre num intervalo de 27 minutos, ambas com recorde mundial. Ender foi casada com outro nadador, o excepcional costista Roland Matthes, a união mais famosa da natação. Quando a cortina de ferro caiu, em 1989, Ender foi uma das atletas que denunciou o sistema de dopagem a que ela e suas colegas tinham que se submeter. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 2 – 100m PEITO MASCULINO Lágrimas vão rolar Por Daniel Takata Gomes ATÉ A MORTE É INGREDIENTE NA QUE PROMETE SER A PROVA MAIS TOCANTE DOS JOGOS Talvez o 100m peito masculino não seja a prova mais emocionante da Olimpíada. Mas pode ser a mais tocante. Caso alguns feitos sejam alcançados, muitas lágrimas serão derramadas. Uma coisa é certa: a prova terá um clima de lembrança e até mesmo de luto, pois será disputada três meses após a trágica morte do atual campeão mundial, o norueguês Alexander Dale Oen. Ele certamente será lembrado por vencedores e vencidos. Sem ele, o japonês bicampeão Kosuke Kitajima tem a melhor marca. Se Phelps não vencer os 400m medley, um tricampeonato aqui, o primeiro masculino em 116 anos de natação olímpica, gerará comoção. Assim como uma medalha do brasileiro Felipe França (foto), que em busca de transferir o seu sucesso dos 50m para os 100m enfrentou uma rigorosa dieta e perdeu 10 quilos para conquistar a resistência neces- sária. A imagem de França ajoelhando no pódio dos Mundiais de 2009 e 2010 pode se repetir. Ele está nos 20 centésimos que separam os outro cinco principais concorrentes ao pódio: os medalhistas do Mundial de 2011 Fabio Scozzoli, da Itália, e Cameron van der Burgh, da África do Sul – que assim como França é especialista nos 50m –, o japonês Ryo Tateishi, que costuma dar um calor em Kitajima em competições domésticas, e o americano Brendan Hansen, de volta da aposentadoria pronto para se vingar do japonês pelas derrotas em 2004 e 2008. Felipe França Outros 20 centésimos separam o outro pelotão que deve brigar para entrar no final, e aí estão incluídos o australiano recordista mundial Brenton Rickard e o brasileiro Felipe Lima. Dois brasileiros na final seria mais um ingrediente na prova que promete emocionar a todos. BALIZAMENTO – TOP 10 1. KOSUKE KITAJIMA, JPN 29 anos, 4ª Olimpíada 58.90 (abr/2012) 2. FABIO SCOZZOLI, ITA 23 anos, 1ª Olimpíada 59.42 (jul/2011) 3. CAMERON VD BURGH, RSA 24 anos, 2ª Olimpíada 59.49 (jul/2011) 4. RYO TATEISHI, JPN 23 anos, 1ª Olimpíada 59.60 (abr/2012) 5. FELIPE FRANÇA, BRA 25 anos, 2ª Olimpíada 59.63 (abr/2012) Kitajima tem 1,78m e tem o apelido de “foguete de bolso” devido à altura desvantajosa em relação aos seus competidores. Após os Pequim 2008, tirou longas férias e se sentiu motivado a voltar a treinar quando foi comentarista do Mundial de 2009. Foi para os Estados Unidos treinar com Dave Salo, diz ele que para melhorar o inglês e também para ter uma nova motivação. Scozzoli foi uma surpresa ao ficar com a medalha de prata no Mundial do ano passado. Ele é mais um grande peitista cria de húngaros. Seu técnico é Tamas Gyertianffy, que foi assistente de Tamas Szechy, considerado um dos maiores técnicos da história. Curiosamente, Scozzoli e Federica Pellegrini, duas das maiores esperanças italianas, nasceram com apenas dois dias de diferença em agosto de 1988. Van der Burgh se refere como um nadador diferente. "Para mim, natação não é minha vida. Eu não sei quem venceu os 800m livre no Mundial. Não sei os recordes mundiais. Não sei o que acontece nos Estados Unidos. Tenho outros interesses, como jogar golf e fotografar." Ele faz o necessário para fazer bem seu trabalho, e só. "Provavelmente sou um dos nadadores mais preguiçosos que existem!" Tateishi é um dos melhores nadadores de peito do mundo dos últimos anos, tendo inclusive derrotado Kitajima nos 100m nos Jogos Asiáticos de 2010. Norimasa Hirai, atual técnico da seleção e técnico de Kitajima na época de seu bicampeonato olímpico em 2004 e 2008, acredita que Tateishi é uma ameaça real ao seu expupilo. “Ryo é uma grande força motivadora para Kosuke” Cesar Cielo já era campeão olímpico, mas foi de França o primeiro recorde mundial de um brasileiro em piscina de 50 metros após um quarto de século. Em 2009, no Maria Lenk, ele bateu o recorde dos 50m peito 27 anos depois de Ricardo Prado nos 400m medley. Também acabou com o jejum brasileiro de 15 anos sem medalhas em mundiais de longa, também em 2009, ao ficar com a prata nos 50m peito. 6. BRENDAN HANSEN, USA 30 anos, 3ª Olimpíada 59.68 (jun/2012) 7. C. SPRENGER, AUS 26 anos, 2ª Olimpíada 59.91 (mar/2012) 8. GLENN SNYDERS, NZL 25 anos, 2ª Olimpíada 59.94 (jul/2011) 9. BRENTON RICKARD, AUS 28 anos, 3ª Olimpíada 1:00.04 (jul/2011) 10. FELIPE LIMA, BRA 27 anos, 1ª Olimpíada 1:00.11 (abr/2012) Hansen tem um estilo único de peito, com uma pernada mais estreita que o convencional. No cenário internacional desde 2001, quando venceu os 200m peito no Mundial de Fukuoka, decidiu se aposentar após os Pequim 2008, onde conseguiu um ouro no 4x100m medley, medalha que foi perdida em um avião. Por sorte, foi encontrada e devolvida a ele no dia seguinte. Recordista mundial dos 200m peito na época dos trajes (e campeão mundial em 2009), Sprenger desde então foca mais na velocidade e tem nadado melhor os 50m e 100m. Esse ano nadou abaixo do minuto pela primeira vez sem trajes, e desistiu dos 200m na seletiva australiana. Ele é primo de Nicholas Sprenger, nadador australiano nos Jogos de 2004 e 2008. Snyders nasceu na África do Sul. Em Pequim, tinha expectativas de uma final nos 100m peito, mas o nervosismo o atrapalhou e ele ficou fora da semi. Muito puto, melhorou 2s nos 200m, prova em que não tinha grandes expectativas, e chegou à semi. Na época dos Jogos da Com. Britânica em 2010, em que ficou com a prata nos 100m, começou a trabalhar com um psicólogo para ajudá-lo na parte mental. Rickard foi o primeiro australiano a nadar abaixo do minuto os 100m peito – no entanto, na época dos trajes tecnológicos, em Pequim 2008. É o atual recordista mundial, e também foi campeão mundial dos 200m em 2007. Ele é irmão de Nathan Rickard, ex-nadador da seleção australiana que participou do Mundial de 1998, em Perth, e que foi recordista nacional dos 50m livre. Em 2008, Lima conquistou índice olímpico, mas não pode ir aos Jogos porque Henrique Barbosa e Felipe França fizeram tempos melhores. Por cinco centésimos ele não foi a Pequim. Esse ano, chegou à última seletiva novamente com o terceiro tempo, atrás de França e João Gomes Jr, mas não deixou o pesadelo se repetir e com autoridade fez um tempo próximo do sub-minuto. 100m PEITO MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 Kosuke Kitajima (JPN) – 58.91 Disputará a prova em Londres. Alexander Dale Oen (NOR) – 59.20 Faleceu em abril deste ano, vítima de ataque cardíaco. NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1968 MAIOR VENCEDOR Kosuke Kitajima (JPN) – 2004 e 2008 MAIORES MEDALHISTAS Hugues Duboscq (FRA) – 59.37 Não conseguiu classificação na seletiva francesa. Kosuke Kitajima (JPN) – 2 ouros John Hencken (USA) – 1 ouro e 1 bronze Peter Evans (AUS) e Hugues Duboscq (FRA)– 2 bronzes QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Karoly Guttler (HUN) – 1988, 1992, 1996 e 2000 Mark Warnecke (GER) – 1988, 19992, 1996 e 2000 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Adrian Moorhouse (GBR) – 1984, 1988 e 1992 Kosuke Kitajima (JPN) – 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Nobutaka Taguchi (JPN) sobre Tom Bruce (USA) em 1972 (0.49s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Adrian Moorhouse (GBR) sobre Karoly Guttler (HUN) em 1988 (0.01s) MAIS VELHO VENCEDOR Kosuke Kitajima (JPN), 25a10m20d em 2008 MAIS VELHO MEDALHISTA Hugues Duboscq (FRA), 3º em 2008, 26a11m13d MAIS NOVO VENCEDOR Nobutaka Taguchi (JPN), 21a2m12d em 1972 MAIS NOVO MEDALHISTA John Hencken (USA), 3º em 1972, 18a3m1d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 4 4 1 9 Japão 3 0 0 3 Grã-Bretanha 2 1 0 3 Bélgica 1 0 0 1 Itália 1 0 0 1 União Soviética 0 2 3 5 Hungria 0 2 0 2 Canadá 0 1 0 1 Noruega 0 1 0 1 Austrália 0 0 3 3 França 0 0 2 2 Alemanha 0 0 1 1 Rússia 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Brenton Rickard (AUS), 58.58 EUROPEU 2010 Alexander Dale Oen (NOR), 59.20 PAN-PACÍFICO 2010 Kosuke Kitajima (JPN), 59.35 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Cameron van der Burgh (RSA), 1:00.10 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Ryo Tateishi (JPN), 1:00.38 MUNDIAL 2011 Alexander Dale Oen (NOR), 58.71 PAN-AMERICANO 2011 Felipe França (BRA), 1:00.34 EUROPEU 2012 Fabio Scozzoli (ITA), 1:00.55 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Brenton Rickard, AUS 2. Hugues Duboscq, FRA 3. Igor Borysik, UKR 4. Alexander Dale Oen, NOR 5. Kosuke Kitajima, JPN 6. Cameron vd Burgh, RSA 7. Eric Shanteau, USA 8. Mark Gangloff, USA 9. Henrique Barbosa, BRA 10. Brendan Hansen, USA Tempo 58.58 58.64 58.67 58.71 58.90 58.95 58.96 59.01 59.03 59.13 Ano 2009 2009 2009 2011 2012 2009 2009 2009 2009 2006 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Alexander Dale Oen, NOR 58.71 2011 2. Kosuke Kitajima, JPN 58.90 2012 3. Brendan Hansen, USA 59.13 2006 4. Fabio Scozzoli, ITA 59.42 2011 5. Cameron vd Burgh, RSA 59.49 2011 6. Ryo Tateishi, JPN 59.60 2012 7. Felipe França, BRA 59.63 2012 8. Christian Sprenger, AUS 59.91 2012 9. Yuta Suenaga, JPN 59.93 2011 10. Roman Sludnov, RUS 59.94 2001 Ano Nadador e tempo 1972 Munique John Hencken (USA), 1:05.68 (sf) 1972 Munique N. Taguchi (JPN), 1:05.13 (sf) 1972 Munique Nobutaka Taguchi (JPN), 1:04.94 1976 Montreal John Hencken (USA), 1:03.88 (el.) 1976 Montreal John Hencken (USA), 1:03.62 (sf) 1976 Montreal John Hencken (USA), 1:03.11 1984 L. Angeles Steve Lundquist (USA), 1:01.65 Oceania: Brenton Rickard, AUS - 58.58 (2009) 1996 Atlanta F. Dburgraeve (BEL), 1:00.60 (el.) 2008 Pequim Kosuke Kitajima (JPN), 58.91 Asiático: Kosuke Kitajima, JPN - 58.90 (2012) Africano: Cameron van der Burgh, RSA - 58.95 (2009) RECORDES Mundial: Brenton Rickard, AUS - 58.58 (2009) Olímpico: Kosuke Kitajima, JPN - 58.91 (2008) Sul-americano: Henrique Barbosa, BRA - 59.03 (2009) Brasileiro: Henrique Barbosa, BRA - 59.03 (2009) Norte-americano: Eric Shanteau, USA - 58.96 (2009) Europeu: Hugues Duboscq, FRA - 58.64 (2009) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1984 – Los Angeles Na seletiva americana, John Moffet havia batido o recorde mundial, e na eliminatória em Los Angeles bateu o recorde olímpico. No entanto, na virada, sentiu uma contusão em sua coxa direita. Entre a eliminatória e a final, a lesão se mostrou séria e ele teve que tomar uma infiltração para poder estar apto a nadar. Antes da prova, disse a seu compatriota Steve Lundquist: “Se eu não conseguir superar a lesão, ganhe o ouro para os Estados Unidos“. Foi o que aconteceu: Lundquist em primeiro com recorde mundial e Moffet agonizando para chegar em quarto lugar. 1992 - Barcelona O americano Nelson Diebel era, em sua juventude, um garoto problema – bebia em excesso, fumava maconha, gostava de brigas e foi expulso de escolas. Mas tomou jeito com a natação. Nem tanto: após uma boa performance na seletiva olímpica de 1988, ele tentou pular em uma piscina das arquibancadas e se feriu seriamente. Em 1992, mais disciplinado, não só venceu a seletiva olímpica como os Jogos Olímpicos. 2004 – Atenas O americano Brendan Hansen havia batido os recordes mundiais dos 100m e 200m peito na seletiva americana, que pertenciam a Kosuke Kitajima. Na final olímpica dos 100m peito, realizada no dia de seu aniversário, piorou quase um segundo e perdeu o ouro para o japonês. O resultado foi controverso, pois a filmagem sub-aquática mostrou Kitajima realizando ondulações irregulares durante a filipina, movimentos não permitidos à época. O Brasil na prova Logo na estreia da prova em Olimpíadas, em 1968, José Sylvio Fiolo chegou muito perto da medalha, ao ficar em 4º lugar distante somente um décimo do pódio. Ele havia batido o recorde mundial da prova naquele mesmo ano. Ele ainda ficou em 6º em 1972 e 15º em 1976, ano que Sérgio Ribeiro também alcançou a semifinal (ficou em 16º). O outro nadador do Brasil semifinalista foi Eduardo Fischer, 15º em 2004. Lendas – Adrian Moorhouse Em Montreal 1976, o britânico David Wilke conquistou a medalha de ouro nos 200m peito. Seu compatriota Adrian Moorhouse, então com 12 anos, viu pela televisão e pensou: “eu quero uma dessa”. Em 1984, conseguiu um frustrante 4º lugar nos 100m peito. Após a prova, recebeu um telegrama de um antigo professor: “Que azar! Estamos orgulhosos de você, haverá uma outra chance”. De fato, quatro anos depois, em Seul, era o favorito e não decepcionou, derrotando o húngaro Karoly Güttler por apenas um centésimo. Finalmente ele tinha “uma daquelas”. E, após a cerimônia de premiação, pegou o telegrama de seu professor, que havia guardado por quatro anos, e o guardou na caixa que armazenava sua medalha de ouro. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 2 – 400m LIVRE FEMININO Domínio do Velho Mundo Por Daniel Takata Gomes NOVAMENTE AS EUROPEIAS APARECEM COMO FAVORITAS NOS 400M LIVRE Vencedoras dos 400m livre em quatro das últimas cinco Olimpíadas, as europeias novamente aparecem com favoritismo destacado com nomes estelares. Camille Muffat fez este ano os melhores tempos da história em trajes têxteis nos 200m e 400m livre e é uma legítima sucessora de Laure Manaudou, a campeã de 2004, que apesar de ter retornado da aposentadoria não arriscou nadar a prova. A italiana Federica Pellegrini ganhou tudo nos últimos quatro anos, e o título olímpico seria a redenção para seu vacilo de 2008, em que venceria a prova com o tempo da eliminatória, mas terminou fora do pódio. E a britânica Rebecca Adlington tem a vantagem de ser a campeã olímpica e de nadar empurrada pela torcida. São as três favoritas para o pódio, mas devemos considerar que a americana Allison Schmitt nadou uma prova terrivelmente mal divi- dida na seletiva ricana, passando para 1:58 e voltando para 2:04. Se controlar a afobação, pode diminuir bem o tempo e lutar pelo ouro. Afobação é algo que não existe no vocabulário de Pellegrini, que paradoxalmente já sofreu de crises de pânico durante algumas competições. Sua prova super-negativa do Mundial do ano passado (2:02/1:59) impressionou, e também fica a impressão de que uma prova melhor dividida, no seu caso passando um pouco mais forte, pode trazer um tempo espetacular. Se no Mundial 4:04 deu pódio, não esperem isso na O- Federica Pellegrini limpíada, e por isso gente como as australianas Kylie Palmer e Bronte Barratt, as chinesas Yiwen Shao e Xuanxu Li e a dinamarquesa Lotte Friis terão que melhorar muito. A espanhola Mireia Belmonte nadou pesada para 4:05 no Maria Lenk e pode baixar bem. BALIZAMENTO – TOP 10 1. CAMILLE MUFFAT, FRA 22 anos, 2ª Olimpíada 4:01.31 (mar/2012) 2. FEDERICA PELLEGRINI, ITA 3. REBECCA ADLINGTON, GBR 23 anos, 3ª Olimpíada 4:01.97 (jul/2011) 23 anos, 2ª Olimpíada 4:02.35 (mar/2012) 4. ALLISON SCHMITT, USA 22 anos, 2ª Olimpíada 4:02.84 (jun/2012) 5. KYLIE PALMER, AUS 22 anos, 2ª Olimpíada 4:03.40 (mar/2012) Este ano, Muffat fez as melhores marcas da história dos 200m e 400m livre em trajes têxteis. Mas nem sempre ela foi nadadora de livre. Aos 15 anos, foi campeã europeia em provas de medley. Em 2008, se classificou para nadar os 200m e 400m medley nas Olimpíadas. Mas a partir de então se concentra nas provas de livre. Ela treina ao lado de Yannick Agnel, um dos melhores meio-fundistas do mundo. Pellegrini era a primeira opção para ser a porta-bandeira italiana na cerimônia de abertura, mas recusou, pois a natação começa no dia seguinte. O dirigente do COI Gianni Morandi ficou revoltado: "não estamos pedindo para que ela carregue a cruz, como Jesus Cristo fez!" Disse ela: "a cerimônia é cansativa, e prefiro cantar o hino italiano no alto do pódio do que fazer uma caminhada carregando a bandeira." A atual campeã olímpica já é a nadadora britânica mais bem sucedida desde Henry Taylor, em 1908. Não à toa, recebeu condecoração da Rainha. Ela diz que sua prioridade sempre foi a Olimpíada de Londres, e que até mesmo a classificação, quanto mais os ouros, en 2008 foi um bônus. Seu plano é nadar bem nos Jogos, se aposentar e virar comentarista, além de trabalhar gerenciando o time olímpico. Em 2008, Schmitt foi uma das revelações ao se classificar para os Jogos de Pequim. Ela treinava e estudava na Universidade da Georgia, mas trancou os estudos e se mudou para Baltimore para treinar com Michael Phelps e Bob Bowman, que diz que ela evoluiu tanto psicologicamente quanto fisicamente. "Quando chegou aqui ela não conseguia fazer uma flexão, e agora faz três séries de oito." Antes de sua primeira Olimpíada, em 2008, Palmer deslocou o ombro três vezes: uma delas jogando pólo aquático e outras duas dormindo. Ainda assim, ela nadou os Jogos de Pequim, e depois fez uma cirurgia de reconstrução da cartilagem. Após 2008, ela fez três tatuagens: os aneis olímpicos no quadril e as palavras "determinação" e "acreditar" nos pés. 6. CHLOE SUTTON, USA anos, 2ª Olimpíada 4:04.18 (jun/2012) 7. BRONTE BARRATT, AUS 23 anos, 2ª Olimpíada 4:04.36 (abr/2011) 8. SHAO YIWEN, CHN 17 anos, 1ª Olimpíada 4:04.59 (set/2011) 9. LI XUANXU, CHN 18 anos, 1ª Olimpíada 4:04.62 (set/2011) 10. LOTTE FRIIS, DEN 24 anos, 2ª Olimpíada 4:04.68 (jul/2011) Sutton é a primeira americana a disputar águas abertas e provas de piscina olímpicas. Isso porque nadou os 10km em 2008. Aliás, ela é mais conhecida pelas maratonas aquáticas: foi ouro no PanAmericano de 2007 e no PanPacífico de 2006. Mas recentemente tem tido mais conquistas em piscina, como o ouro no 400m livre no Pan-Pacífico de 2010. Barratt é melhor amiga de Kyle Palmer, e também sua maior rival na Austrália. Ambas estrearam nos Jogos de 2008 e duelarão nos 200m e 400m livre. Em 2007, antes dos super trajes, Barratt bateu o lendário recorde australiano de Tracey Wickham nos 400m, que durava desde o Mundial de 1975. A avó de Barratt, Margaret Arnold, competiu nos Jogos de 1956, em Melbourne, no salto em distância. Nadando em casa, Yiwen era uma das sensações no Mundial de Xangai, no ano passado. No entanto, sua primeira caída na água foi a eliminatória dos 400m livre. Jovem e estreante, em frente ao público chinês, sentiu a pressão e aumentou quatro segundos. Ao longo dos dias, melhorou suas performances e conseguiu inclusive chegar à final nos 1500m livre. Xuanxu é uma das nadadoras que tem tempos competitivos internacionalmente nos 400m livre e 400m medley – está entre as candidatas a medalha nas duas provas, com mais chances no medley. Se ela fosse homem, estaria em apuros, pois as duas provas masculinas são na mesma etapa, e provavelmente ela teria que escolher uma das duas. Com conquistas nos Europeus Junior de 2003 e 2004, Friis era uma grande revelação que sofreu um baque ao não se classificar para os Jogos de 2004. Em 2005, operou o joelho, e os bons resultados só retornaram em 2007. Apesar de já ser medalhista olímpica (nos 800m livre), Friis passou a ser realmente conhecida na Dinamarca após participar de um programa de televisão no estilo Dança dos Famosos, em 2009. 400m LIVRE FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1920 MAIOR VENCEDORA Martha Norelius (USA) (1924 e 1928) MAIORES MEDALHISTAS Martha Norelius (USA) – 2 ouros J. Evans (USA) e Dagmar Hase (GER) – 1 ouro e 1 prata Lenore Kight-Wingard (USA) – 1 prata e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (3 PARTICIPAÇÕES) Piedade Coutinho-Tavares (BRA) – 1936, 1948 e 1952 Colette Thomas (FRA) – 1948, 1952 e 1956 Dawn Fraser (AUS) – 1956, 1960 e 1964 Irene Dalby (NOR) – 1988, 1992 e 1996 Janet Evans (USA) – 1988, 1992 e 1996 Kerstin Kielgass (GER) – 1992, 1996 e 2000 Claudia Poll (CRC) – 1996, 2000 e 2004 Camelia Potec (ROU) – 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Dawn Fraser (AUS) – 1956, 1960 e 1964 Irene Dalby (NOR) – 1988, 1992 e 1996 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA M. Norelius (USA) sobre Z. Braun (NED) em 1928 (15s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA R. Adlington (GBR) sobre K. Hoff (USA) em 2008 (0.07s) MAIS VELHA VENCEDORA Michelle Smith (IRL), 26a7m6d em 1996 MAIS VELHA MEDALHISTA Claudia Poll (CRC), 3ª em 2000, 27a8m26d MAIS NOVA VENCEDORA MEDALHISTAS DE 2008 MEMÓRIA Rebecca Adlington (GBR) – 4:03.22 Disputará a prova em Londres. 1956 - Melboure Petra Thümer (GDR), 15a5m21d em 1976 Nadador 1. Federica Pellegrini, ITA Tempo 3:59.15 Ano 2009 2. Joanne Jackson, GBR 3. Rebecca Adlington, GBR 4. Camille Muffat, FRA 4:00.60 4:00.79 4:01.13 2009 2009 2012 5. Laure Manaudou, FRA 6. Katie Hoff, USA 4:02.13 4:02.20 4:02.35 2006 2008 2009 4:02.51 4:03.29 2009 2009 4:03.40 2012 MAIS NOVA MEDALHISTA Sylvia Ruuska (USA), 3ª em 1956, 14a5m3d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T 11 8 7 26 Austrália 2 2 2 1 3 2 7 5 França 2 0 0 2 Alemanha 1 2 0 3 Grã-Bretanha 1 1 3 5 Holanda 1 1 2 4 Hungria 1 1 0 2 Irlanda 1 0 0 1 Bulgária 1 0 0 1 China 1 0 0 1 Dinamarca 0 2 0 2 Costa Rica 0 1 1 2 Suécia 0 1 0 1 Itália 0 1 0 1 Grécia 0 1 0 1 Macedônia 0 1 0 1 Rússia 0 1 0 1 Polônia 0 1 0 1 África do Sul Canadá 0 0 1 1 Espanha 0 0 0 0 1 1 1 1 Jamaica 0 0 1 1 México 0 0 1 1 Romênia 0 0 1 1 Suíça 0 0 1 1 Estados Unidos Alemanha Or. RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1928 Amsterdã Martha Norelius (USA), 5:42.8 1932 L. Angeles Helene Madison (USA), 5:28.5 1972 Munique Shane Gould (AUS), 4:19.04 1976 Montreal Petra Thümer (GDR), 4:09.89 1988 Seul Janet Evans (USA), 4:03.85 Katie Hoff (USA) – 4:03.29 Não conseguiu classificação na seletiva americana. Joanne Jackson (GBR) – 4:03.52 Disputará a prova em Londres. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Federica Pellegrini (ITA), 3:59.15 EUROPEU 2010 Rebecca Adlington (GBR), 4:04.55 1976 – Montreal PAN-PACÍFICO 2010 Chloe Sutton (USA), 4:05.19 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Rebecca Adlington (ENG), 4:05.68 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Yiwen Shao (CHN), 4:05.58 MUNDIAL 2011 Federica Pellegrini (ITA), 4:01.97 Coralie Balmy (FRA), 4:05.31 TOP 10 ALL-TIME 10. Kylie Palmer, AUS TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador 1. Camille Muffat, FRA 2. Federica Pellegrini, ITA Tempo 4:01.13 4:01.97 Ano 2012 2011 3. Laure Manaudou, FRA 4. Rebecca Adlington, GBR 4:02.13 4:02.35 2006 2012 5. Allison Schmitt, USA 6. Kylie Palmer, AUS 7. Janet Evans, USA 4:02.84 4:03.40 4:03.85 2012 2012 1988 8. Chloe Sutton, USA 9. Otylia Jedrzejczak, POL 10. Kate Ziegler, USA 4:04.18 4:04.23 4:04.24 2012 2007 2007 RECORDES Mundial: Federica Pellegrini, ITA - 3:59.15 (2009) Olímpico: Federica Pellegrini, ITA – 4:02.19 (2008) Sul-americano: Andreina Pinto, VEN - 4:08.80 (2011) Brasileiro: Manuella Lyrio, BRA - 4:12.14 (2012) Norte-americano: Katie Hoff, USA - 4:02.20 (2008) Europeu: Federica Pellegrini, ITA - 3:59.15 (2009) Oceania: Kylie Palmer, AUS - 4:03.40 (2012) Asiático: Chen Qian, CHN - 4:02.35 (2009) Africano: Wendy Trott, RSA - 4:08.38 (2008) http://www.swimchannel.com.br A alemã-oriental Barbara Krause, recémrecordista mundial, foi retirada da equipe olímpica devido a uma doença. Sua compatriota Petra Thümer, então 15 anos, a substituiu a altura; superando o recorde mundial por quase dois segundos com um tempo que lhe daria a medalha de prata na prova masculina de 1968, somente 8 anos antes. 1988 – Seul PAN-AMERICANO 2011 Gillian Ryan (USA), 4:11.58 EUROPEU 2012 7. Chen Qian, CHN 8. Allison Schmitt, USA 9. Coralie Balmy, FRA Grande rival de Dawn Fraser nas provas de livre, Lorraine Crapp se dava melhor nos 400m. Dois meses antes dos Jogos de Melbourne, ela se tornou a primeira mulher a nadar a prova abaixo dos 5 minutos – na mesma prova, ela melhorou os recordes mundiais dos 200m, 220 e 440 jardas! Em Melbourne, como era de se esperar, Fraser liderou no início, mas Crapp ditou o ritmo para vencer por oito segundos. A alemã-oriental Heike Friedrich chegou aos 400m livre invicta havia 14 finais em grandes competições internacionais. Mas a recordista mundial era a americana Janet Evans. Na final da prova, Evans, com 1,65m e 45 quilos, parecia não ter muitas chances contra as grandes alemãs, australianas e russas. Ela passou muito forte com 2:02 e surpreendentemente voltou mais forte ainda para 2:01, a primeira vez que fazia a prova em negativo, e abaixou o recorde em um segundo e meio. Ela também venceu os 800m livre e 400m medley naquela competição. O Brasil na prova Piedade Coutinho é um nome pouco reconhecido na natação brasileira, e no entanto foi um dos maiores nomes do esporte nacional. É a única nadadora brasileira a conseguir duas finais individuais olímpicas, além de outra em revezamento. Em 1936, terminou os 400m livre na 5ª posição. Teve fôlego para voltar 12 anos depois (não houve Olimpíada em 1940 e 1944 devido à guerra) e chegar na 6ª colocação. Ainda nadou em 1952, aos 32 anos, idade inimaginável para nadadores na época, e terminou em um honroso 13º lugar. Depois dela, o máximo que uma brasileira conseguiu foi a 19ª posição com Monique Ferreira em 2004. Lendas – Shane Gould Os números da australiana Shane Gould são impressionantes. Entre 1971 e 1972, bateu recordes mundiais em todas as distâncias oficialmente reconhecidas do nado livre, dos 100m aos 1500m. Em Munique/1972, com apenas 15 anos, competiu nada menos que 12 provas! Com três ouros, uma prata e um bronze, foi a primeira pessoa a conquistar cinco medalhas individuais na natação em uma Olimpíada. A prova de mais destaque foi os 400m livre, onde bateu seu próprio recorde mundial por 2s. Com apenas 16 anos, abandonou a natação, adotou uma vida reclusa e desapareceu da vida pública por 25 anos. Em 2004, aos 47 anos, causou comoção na Seletiva Olímpica Australiana ao disputar os 50m borbo. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 2 – 4x100m LIVRE MASCULINO De volta para o passado Por Daniel Takata Gomes AUSTRÁLIA BUSCA RETOMAR HEGEMONIA DE DEZ ANOS ATRÁS A vitória da equipe australiana no Mundial do ano passado foi de certo modo uma surpresa. Afinal, se Eamon Sullivan hão havia conseguido levar sua equipe para o alto do pódio nos anos anteriores, quem conseguiria? Mas a nova geração que surgiu, liderada por James Magnussen, ratificou ainda mais o status de favorita ao título após a seletiva australiana. Eles buscam retomar a soberania da equipe que, liderada por Ian Thorpe e Michael Klim, foi campeã olímpica, mundial, do Pan-Pacífico e dos Jogos da Comunidade Britânica entre 2000 e 2002. A França, vice-campeã mundial e olímpica, não tem o mesmo poderio de outrora. O melhor tempo atual do país nos 100m, William Meynard, sequer conseguiu vaga. Alain Bernard, campeão olímpico, vai como reserva. É uma incógnita. Mais chances tem a Rússia, que na seletiva surpreendeu com quatro res entre 48 baixo e médio. Os Estados Unidos não tiveram resultados tão animadores este ano, e mesmo que a entrada de Michael Phelps no time cause polêmica por ele não ter nadado a prova na seletiva, ele é indispensável – tem o segundo tempo do país com sobras. Mas precisarão de um milagre ainda maior do que o de 2008 para vencer. Mesmo com os fracos resultados no Troféu Maria Lenk, o Brasil aparece esse ano como a quinta melhor equipe, um pouco distante das outras quatro. É possível sonhar com uma medalha, mas Targett e Magnussen tudo tem que dar certo. Além de Cesar Cielo, o time precisará de pelo menos dois nadadores para 47 com saída livre. Um pouco mais atrás, equipes com tradição: Alemanha, Itália e África do Sul. Devem estar na final, mas dificilmente brigarão por medalhas. BALIZAMENTO – TOP 10 1. AUSTRÁLIA 3:11.00 (jul/2011) 2. FRANÇA 3:11.14 (jul/2011) 3. ESTADOS UNIDOS 3:11.96 (jul/2011) 4. ITÁLIA 3:12.39 (jul/2011) 5. RÚSSIA 3:12.99 (jul/2011) Na esteira do sucesso do revezamento australiano, Ian Thorpe e Michael Klim, principais nomes da equipe que marcou época no início da década passada, voltaram da aposentadoria e tinham como um dos objetivos tentar vaga no time. Mas frente à força da nova geração, não chegaram nem perto. Em 2000, eles foram responsáveis pela primeira derrota dos Estados Unidos na história olímpica da prova. Em 2008, Alain Bernard foi campeão dos 100m livre e subiu ao pódio dos 50m com Amaury Leveaux, Mesmo assim a França não conseguiu vencer o revezamento. No Mundial de 2009 foi pior: a França ocupou dos lugares no pódio em cada uma das provas de velocidade, mas ficou só com o bronze no 4x100m. Nunca ratificaram o favoritismo. Dessa vez, as chances são ainda menores. Em 2004, Michael Phelps foi escalado para o revezamento mesmo sem ter nadado os 100m livre na seletiva americana, o que gerou polêmica, principalmente com Gary Hall Jr. Esse ano, pode haver nova confusão, pois novamente Phelps não disputou a prova na seletiva. Mas confusão maior será se Ryan Lochte for escalado, pois ele nadou até a semifinal na seletiva, mas tem o 9ª tempo americano. A Itália vem tendo grandes velocistas como Lorenzo Vismara, Filippo Magnini e Luca Dotto, mas sempre bate na trave. Ficou em 4º nas últimas duas Olimpíadas e no último Mundial, além de 5º no Mundial de 2009. Magnini, aliás, não tem tido brilho em provas individuais, mas é o principal nome do revezamento. No Mundial de 2011, por exemplo, foi a segunda melhor parcial entre todos os nadadores da prova. Na década de 90, liderada por Alexander Popov, a Rússia se acostumou com a prata, atrás dos Estados Unidos. Depois da ascensão da Austrália no início da década, perderam espaço, mas surpreendentemente venceram o Mundial de 2003, na última grande performance de Popov, o único grande título de nível mundial da equipe na prova. 6. ÁFRICA DO SUL 3:13.38 (jul/2011) 7. ALEMANHA 3:14.23 (jul/2011) 8. BRASIL 3:14.65 (out/2011) 9. GRÃ-BRETANHA 3:15.03 (jul/2011) 10. BÉLGICA 3:15.34 (mai/2012) O revezamento 4x100m livre da África do Sul ainda vive à sombra da lendária equipe que conquistou o título olímpico com recorde mundial em 2004. Tanto que dois nadadores daquela equipe, Darian Townsend e Roland Schoeman, ainda fazem parte do time. Há quatro anos, em Pequim, a equipe foi exatamente a mesma de Atenas. A Alemanha tem certa tradição na prova, e inclusive tirou a medalha de bronze do Brasil em 1996. mas nos últimos anos não tem tido sucesso. Em 2008, só não terminou na última colocação entre todas as equipes porque o Brasil foi desclassificado. Em Europeus de longa, não chega ao pódio desde 2002. No Mundial do ano passado, ao menos chegou à final, o que não conseguia desde 2004. A exemplo da Alemanha, o Brasil também não vem tendo bons resultados, apesar de já ter sido medalhista olímpico e mundial. A última final olímpica foi em 2000, e nos seis Mundiais entre 2001 e 2011, foram apenas duas finais. Desta vez, Cesar Cielo provavelmente não nadará a eliminatória, mas não deve acontecer como no Mundial de 2011, em que ele também foi poupado e o Brasil não chegou à final. A Grã-Bretanha não tem a menor tradição na prova (ao contrário do 4x200m). Mas, com o apoio da torcida, espera ao menos conseguir uma vaga na final, que é o que tem feito nos últimos anos, especializandose em fechar raia: foi a 8ª colocada nos Jogos de Pequim 2008 e no Mundial de 2011. Também foi 7ª no Mundial de 2009. A Bélgica fez surpreendentemente um tempo razoável no Campeonato Europeu deste ano, e conseguiu classificação olímpica. Surpresa porque será a primeira participação do país na história olímpica da prova. Apesar da Bélgica ter quatro medalhas olímpicas na natação, seus revezamentos são uma negação. O 4x100m medley, por exemplo, participou dos Jogos apenas uma vez. 4x100m LIVRE MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS MEDALHISTAS DE 2008 EM OLIMPÍADAS Estados Unidos- - 3:08.24 Desde 1964 (não foi disputado em 1976 e 1980) Disputará a prova em Londres. MEMÓRIA 1996 – Atlanta Os Estados Unidos estavam na terceira posição até o último nadador, quando caiu Gary Hall Jr e assumiu a liderança já na saída. Sua passagem nos primeiros 50m foi de 21.85, um tempo absurdo mesmo considerando saída livre, afinal foi um tempo marcado no pé e o recorde mundial dos 50m na época era 21.80. França – 3:08.32 MAIORES VENCEDORES Disputará a prova em Londres. Austrália – 3:09.91 Matt Biondi (USA) – 1984, 1988 e 1992 Tom Jager (USA) – 1984, 1988 e 1992 Disputará a prova em Londres. MAIORES MEDALHISTAS Matt Biondi (USA) e Tom Jager (USA) – 3 ouros QUEM VENCEU DESDE 2008 Gary Hall Jr (USA) e Jason Lezak (USA) – 1 ouro, 1 prata e 1 bronze MUNDIAL 2009 Estados Unidos, 3:09.21 2000 – Sydney QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) EUROPEU 2010 Alexander Popov (RUS) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Rússia, 3:12.46 Gustavo Borges (BRA) – 1992, 1996, 2000 e 2004 PAN-PACÍFICO 2010 Lars Frolander (SWE) – 1996, 2000, 2004 e 2008 Estados Unidos, 3:11.74 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (4) Austrália, 3:13.92 Alexander Popov (RUS) – 1992, 1996, 2000 e 2004 JOGOS ASIÁTICOS 2010 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Estados Unidios sobre Alemanha em 1964 (4s) China, 3:16.34 MUNDIAL 2011 MENOR MARGEM DE VITÓRIA Austrália, 3:11.00 Estados Unidos sobre França em 2008 (0.08s) PAN-AMERICANO 2011 MAIS VELHO VENCEDOR Brasil, 3:14.65 Jason Lezak (USA), 32a8m30d em 2008 EUROPEU 2012 França, 3:13.55 MAIS VELHO MEDALHISTA Jason Lezak (USA), 1º em 2008, 32a8m30d 2008 – Pequim TOP 10 ALL-TIME MAIS NOVO VENCEDOR Os Estados Unidos nunca haviam perdido a prova, e eram favoritos. Mas o australiano Michael Klim abriu a prova para recorde mundial dos 100m. A prova teve alternâncias na primeira posição, mas quando Gary Hall Jr, medalhista de prata nos 100m livre em 1996, virou os últimos 50m meio corpo na frente de Ian Thorpe, parecia que a prova estava definida. Mas Thorpe alcançou Hall faltando 5 metros e venceu por 19 centésimos em uma das provas mais emocionantes da história, para delírio dos torcedores. Se a prova de 2000 foi emocionante, não há palavras para descrever a de 2008. O australiano Eamon Sullivan abriu para recorde mundial. A França se recuperou e Alain Bernard, recordista mundial dos 100m antes dos Jogos, caiu meio corpo à frente do americano Jason Lezak e aumentou ainda mais a liderança. Mas Lezak aproveitou-se que Bernard nadou colado na raia e pegou seu vácuo, alcançando-o nos metros finais e vencendo por 8 centésimos, em uma das provas mais eletrizantes de todos os tempos. Sua parcial é a melhor da história até hoje: 46.06. Tempo Ano MAIS NOVO MEDALHISTA Nadador 1. Estados Unidos 2. França 3:08.24 3:08.32 2008 2008 Peter Bruch (GDR), 3º em 1972, 16a11m3d 3. Rússia 3:09.52 2009 4. Austrália 3:09.91 2008 O Brasil na prova 5. Brasil 3:10.80 2009 6. Itália 7. Grã-Bretanha 3:11.48 3:11.62 2008 2009 8. Suécia 3:11.92 2008 9. África do Sul 3:11.93 2009 10. Canadá 3:12.26 2008 O mais tradicional revezamento do Brasil tem performances memoráveis, a começar pela primeira participação em 1972, quando José Aranha pulou em sexto, tirou quase um segundo da vantagem da Alemanha Oriental e quase conseguiu o bronze. Em 1996, Gustavo Borges fechou pela única vez em sua vida abaixo de 48 segundos (47.99) e também ficou por pouco do bronze. Em 2000, Edvaldo Valério “Bala” saiu do quinto lugar para conseguir um bronze suado em uma prova histórica, ao lado de Borges, Fernando Scherer e Carlos Jayme. Depois de três finais olímpicas na prova, Borges encerrou sua carreira com esse mesmo revezamento em 2004. Ian Thorpe (AUS), 17a11m3d em 2000 QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 8 1 1 10 Austrália 1 1 3 5 África do Sul 1 0 0 1 União Soviética 0 3 0 3 Alemanha 0 1 2 3 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Com. Est. Indep. 0 1 0 1 0 1 0 1 Nadador 1. Austrália Tempo Rússia 3:11.00 2011 Holanda 0 1 0 1 França 0 1 0 1 2. França 3. Estados Unidos 3:11.14 3:11.74 2011 2010 Alemanha Or. 0 0 2 2 4. Itália 3:12.39 2011 Suécia 0 0 1 1 5. Rùssia 3:12.46 2010 Brasil 0 0 1 1 6. África do Sul 3:13.17 2004 7. Alemanha 8. Holanda 3:14.23 3:14.36 2011 2004 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS 9. Brasil 3:14.65 2011 Ano Nadador e tempo 10. Grã-Bretanha 3:15.03 2011 1964 Tóquio Estados Unidos, 3:33.2 1968 C. México Estados Unidos, 3:31.7 1972 Munique Estados Unidos, 3:28.84 (el.) 1972 Munique Estados Unidos, 3:26.42 1984 L. Angeles Estados Unidos, 3:19.03 1988 Seul Estados Unidos, 3:16.53 2000 Sydney Austrália, 3:13.67 Europeu: França - 3:08.32 (2008) 2004 Atenas África do Sul, 3:13.17 Oceania: Austrália - 3:09.91 (2008) 2008 Pequim Estados Unidos, 3:12.23 (el.) Asiático: Japão - 3:14.73 (2009) 2008 Pequim Estados Unidos, 3:08.24 Africano: África do Sul - 3:11.93 (2009) Ano RECORDES Mundial: Estados Unidos - 3:08.24 (2008) Olímpico: Estados Unidos - 3:08.24 (2008) Sul-americano: Brasil - 3:10.80 (2009) Brasileiro: Brasil - 3:10.80 (2009) Norte-americano: Estados Unidos - 3:08.24 (2008) http://www.swimchannel.com.br Lendas – Don Schollander O americano Don Schollander foi um dos mais versáteis nadadores do livre e era igualmente competitivo dos 100m aos 1500m. Nos Jogos de Tóquio, em 1964, seu técnico preferiu que ele focasse no meio-fundo. Desta forma, venceu os 100m, 400m, 4x100m e 4x200m livre, se tornando o primeiro nadador a ganhar quatro provas em uma Olimpíada. Poderiam ter sido cinco, mas, curiosamente, ele perdeu a vaga no 4x100m medley, pois seu compatriota Steve Clark, abrindo o 4x100m livre, bateu o recorde mundial e conquistou o direito de fechar o revezamento medley. Schollander foi o primeiro homem a nadar os 200m abaixo de 2 minutos, em 1963, mas a prova não foi disputada em 1964. Em 1968, ficou com a prata em sua especialidade, e mais uma vez foi ouro no 4x200m. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 3 – 200m LIVRE MASCULINO Sabor de quero mais Por Daniel Takata Gomes A PROVA SERÁ ESTELAR. MAS AS AUSÊNCIAS SERÃO IGUALMENTE LEMBRADAS A maior decepção dos 200m livre masculino provavelmente já aconteceu antes mesmo da Olimpíada começar: a desistência do campeão olímpico Michael Phelps. Qualquer que seja sua justificativa e por mais compreensível que seja, todos esperavam sua presença em uma final estelar. Ainda assim, a prova, como sempre, será imperdível. O 200m livre masculino usualmente reúne na mesma prova nadadores especializados na prova, em velocidade e em resistência. Não será diferente em Londres. O campeão mundial Ryan Lochte é o típico nadador de 200m, cujas performances nos 100m e 400m livre não fazem nem sombra. Seu maior trunfo é a parcial dos 100 para os 150 metros. Apesar de sequer ter medalhado no Mundial do ano passado, o francês Yannick Agnel (foto) fez o melhor tempo do mundo e irá balizado em pri- meiro. Como também nada bem os 100m e 400m, ele utiliza uma estratégia dividindo igualmente suas forças nos 100 metros finais. Muita alternância nas primeiras posições é esperada, e é uma prova imprevisível. Um pouco atrás estão o recordista mundial Paul Biedermann, da Alemanha, o coreano Tae-Hwan Park, atual prata olímpico, e o chinês Sun Yang, fundista nato (ao contrário de seus adversários, todos meio-fundistas), que começou a ter destaque na prova recentemente. Todos esses preferem dar tudo nos 50 metros finais. Yannick Agnel Com exceção de Agnel todos são campeões olímpicos e/ou recordistas mundiais. Talvez o cast mais condecorado dos Jogos. Mas para quem esperava Phelps na prova e até Ian Thorpe, que teve uma volta frustrada da aposentadoria, a prova vai deixar um gostinho de quero mais. BALIZAMENTO – TOP 10 1. YANNICK AGNEL, FRA 20 anos, 1ª Olimpíada 1:44.42 (mar/2012) 2. RYAN LOCHTE, USA 27 anos, 3ª Olimpíada 1:44.44 (jul/2011) 3. PAUL BIEDERMANN, GER 27 anos, 2ª Olimpíada 1:44.88 (jul/2011) 4. TAE-HWAN PARK, KOR 23 anos, 3ª Olimpiada 1:44.92 (jul/2011) 5. SUN YANG, CHN 20 anos, 2ª Olimpíada 1:44.99 (abr/2011) O téncico de Agnel, Fabrice Pellerin, utiliza um método inusitado de treinamento. Seus atletas utilizam mp3 players à prova d'água, para seguirem ritmos de músicas. Agnel, por exemplo, trabalhou sua prova no ritmo de uma música do filme do Batman – O Cavaleiro das Trevas. Pellerin afirma que crianças que tem educação musical nadam mais rapidamente que as outras. Lochte diz que sua série preferida é 10x100m, nadando 100%, saindo de cima, a cada 5 minutos (até eu!). E a pior série que já fez foi 100x100m crawl na longa, a cada 1:10, em um treino que totalizou 13.400m. Ele diz que levou uma semana para se recuperar do treino – e uma semana que não foi de treinos regenerativos, e sim de treinos fortes. Biedermann venceu os 200m com recorde mundial no Mundial de 2009, mas foi acusado por Phelps e por seu técnico Bob Bowman de ter vencido devido ao traje. Uma reclamação sem sentido, já que Phelps poderia utilizar o mesmo traje. Na ocasião, Biedermann foi diplomático. Em 2011, em trajes têxteis, perdeu a prata para o americano. E deixou claro sua mágoa: "provavelmente nunca seremos amigos". Em fevereiro desse ano, um dia após bater o recorde nacional dos 1500m livre, Park celebrou sua graduação na Universidade de Dankook em Seul. Ele quer ser professor de educação física quando parar de nadar. "Nunca me vi como professor. Mas, ao longo do curso, percebi que é uma maneira de transmitir sonhos e esperanças para os estudantes. Estudarei mais ainda para alcançar meu objetivo." Nos últimos dois anos, Yang vem treinando em períodos alternados na Austrália, sob o comando de Denis Cotterell. Recordista mundial dos 1500m, ele tem grandes possibilidades de expandir seu domínio para os 400m e até mesmo para os 200m. Yang valoriza o trabalho de força que faz na Austrália. Cotterell era mentor de Grant Hackett, ex-recordista mundial dos 200m e 1500m livre. 6. DANILA IZOTOV, RUS 20 anos, 2ª Olimpíada 1:46.14 (abr/2011) 7. S. VERSCHUREN, NED 23 anos, 1ª Olimpíada 1:46.53 (jul/2011) 8. RICKY BERENS, USA 24 anos, 2ª Olimpíada 1:46.56 (jun/2012) 9. THOMAS F-HOLMES, AUS 21 anos, 1ª Olimpíada 1:46.88 (mar/2012) 10. DOMINIK MEICHTRY, SUI 27 anos, 3ª Olimpíada 1:47.02 (jul/2011) Izotov surgiu como um fenômeno adolescente russo, vencendo em 2008 o Mundial Junior e no mesmo ano bateu um lendário recorde russo nos 200m livre, pertencente ao campeão olímpico Yevgenyi Sadovyi desde a Olimpíada de 1992. Tem uma prata olímpica no 4x200m livre de 2008. Ao longo dos anos, no entanto, estagnou nos 200m livre e esse ano apresentou evolução notável nos 100m. Quando jovem, Verschuren era fundista e nadava 800m e 1500m. Em 2007, mudou o foco. Resultado: melhorou o tempo dos 200m em 10 segundos, foi finalista no Mundial de 2009 e conquistou o bronze no Europeu de 2010. Além disso, agora é membro do 4x100m livre. Lembra o caso do sul-africano Ryk Neethling, finalista olímpico nos 1500m em 2000 e campeão olímpico do 4x100m livre em 2004. Em competições internacionais, Berens sempre foi um nadador de revezamentos. Campeão olímpico no 4x200m em 2008, ele também foi campeão mundial em 2009 e 2011, do Pan-Pacífico de 2010 e do Pan-Americano de 2007 sempre em revezamentos. Nessas competições, sequer participou de provas individuais. Com a desistência de Phelps, finalmente estreará em provas individuais nessa Olimpíada. Em Londres, Fraser-Holmes nadará exatamente as mesmas provas que disputou no Mundial do ano passado: 200m livre, 400m medley e revezamento 4x200m. Ele gostaria de nadar também os 1500m, mas teve que desistir da prova na seletiva devido a uma gripe. Talvez por causa disso a Austrália não terá nenhum representante na prova. Meichtry é um dos nadadores suíços mais bem-sucedidos. Em 2008, ele terminou os 200m livre na sexta posição, e na eliminatória se classificou em primeiro, tornando-se o primeiro nadador suíço a atingir o feito. Ele treina no Trojans, na California, sob comando de Dave Salo, e namora sua companheira de equipe Jessica Hardy. 200m LIVRE MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1968 (também foi disputado em 1900, e em 1904 como 220 jardas) MAIORES VENCEDORES Ninguém venceu mais de uma vez MAIORES MEDALHISTAS Pieter Hoogenband (NED) e Ian Thorpe (AUS) – 1 ouro e 1 prata MEDALHISTAS DE 2008 Michael Phelps (USA) – 1:42.96 Abdicou da prova para evitar maior desgaste em meio às suas outras 7 provas. Tae-Hwan Park (KOR) – 1:44.85 Disputará a prova em Londres. Peter Vanderkaay (USA) – 1:45.11 Não se classificou na seletiva americana, mas irá a Londres para nadar os 400m. MEMÓRIA 1976 – Montreal Às vésperas dos Jogos, o americano Steven Genter teve que passar por uma cirurgia de emergência e só teve alta um dia antes dos 200m livre. Seu rival Mark Spitz sugeriu que ele não nadasse, o que deixou Genter em fúria. Na água, Spitz venceu com recorde mundial. 1988 – Seul Michael Phelps (USA) – 1 ouro e 1 bronze Anders Holmertz (SWE) – 2 pratas QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Anders Holmertz (SWE) – 1984, 1988, 1992 e 1996 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (4) Anders Holmertz (SWE) – 1988, 1992 e 1996 Pieter Hoogenband (NED) – 1996, 2000 e 2004 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Fred Lane (AUS) sobre Zoltán von Halmay (HUN) em 1900 (6.2s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Yevgeny Sadovy (EUN) sobre Anders Holmertz (SWE) em 1992 (0.16s) MAIS VELHO VENCEDOR Michael Phelps (USA), 23a1m13d em 2008 MAIS VELHO MEDALHISTA QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Paul Biedermann (GER), 1:42.00 EUROPEU 2010 Paul Biedermann (GER), 1:46.06 PAN-PACÍFICO 2010 Ryan Lochte (USA), 1:45.30 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Robbie Renwick (SCO), 1:47.88 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Tae-Hwan Park (KOR), 1:44.80 MUNDIAL 2011 Ryan Lochte (USA), 1:44.44 PAN-AMERICANO 2011 Brett Fraser (CAY), 1:47.18 EUROPEU 2012 Paul Biedermann (GER), 1:46.27 Pieter Hoogenband (NED), 2º em 2004, 26a5m2d MAIS NOVO VENCEDOR Michael Wenden (AUS), 18a11m7d em 1968 MAIS NOVO MEDALHISTA Ian Thorpe (AUS), 2º em 2000, 17a11m5d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 4 4 5 13 Austrália 4 2 2 8 União Soviética 1 1 0 2 Holanda 1 1 0 2 Alemanha Ocid. 1 0 2 3 Com. Est. Indep. 1 0 0 1 Nova Zelândia 1 0 0 1 Suécia 0 2 0 2 Hungria 0 1 0 1 Brasil 0 1 0 1 Coreia do Sul 0 1 0 1 Alemanha 0 0 1 1 Áustria 0 0 1 1 Finlândia 0 0 1 1 Itália 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1972 Munique Mark Spitz (USA), 1:52.78 1976 Montreal Bruce Furniss (USA), 1:50.29 1984 L. Angeles Michael Gross (FRG), 1:47.44 1988 Seul D. Armstrong (AUS), 1:47.25 2000 Sydney P. Hoogenband (NED), 1:45.35 (sf) 2000 Sydney P. Hoogenband (NED), 1:45.35 2008 Pequim Michael Phelps (USA), 1:42.96 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Paul Biedermann, GER 2. Michael Phelps, USA 3. Danila Izotov, RUS 4. Ian Thorpe, AUS 5. Yannick Agnel, FRA 6. Ryan Lochte, USA 7. Tae-Hwan Park, KOR 8. Pieter Hoogenband, NED 9. David Walters, USA 1. Paul Biedermann, GER Tempo 1:42.00 1:42.96 1:43.90 1:44.06 1:44.42 1:44.44 1:44.80 1:44.89 1:44.95 1:42.00 Ano 2009 2008 2009 2001 2012 2011 2010 2002 2009 2009 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Michael Phelps, USA 1:43.86 2007 2. Ian Thorpe, AUS 1:44.06 2001 3. Yannick Agnel, FRA 1:44.42 2012 4. Ryan Lochte, USA 1:44.44 2011 5. Tae-Hwan Park, KOR 1:44.80 2010 6. Paul Biedermann, GER 1:44.88 2011 7. Pieter Hoogenband, NED 1:44.89 2002 8. Sun Yang, CHN 1:44.99 2011 9. Peter Vanderkaay, USA 1:45.45 2007 10. Grant Hackett, AUS 1:45.61 2004 RECORDES Mundial: Paul Biedermann, GER - 1:42.00 (2009) Olímpico: Michael Phelps, USA - 1:42.96 (2008) Sul-americano: Thiago Pereira, BRA - 1:46.57 (2009) Brasileiro: Thiago Pereira, BRA - 1:46.57 (2009) Norte-americ.: Michael Phelps, USA - 1:42.96 (2008) Europeu: Paul Biedermann, GER - 1:42.00 (2009) Oceania: Ian Thorpe, AUS - 1:44.06 (2001) Asiático: Tae-Hwan Park, KOR - 1:44.80 (2010) Africano: Jean Basson, RSA - 1:45.67 (2009) http://www.swimchannel.com.br Uma das provas mais estreladas de todos os tempos: Michael Gross, recordista mundial; Matt Biondi, recordista mundial dos 100m livre; Artur Wojdat, recordista mundial dos 400m livre; e Anders Holmertz, líder do ranking no ano anterior. O australiano Duncan Armstrong não estava cotado, pois sua classificação para a Olimpíada já havia sido surpresa, quando melhorou 1.3s de seu melhor tempo. Em Seul, surpreendentemente melhorou mais 1.4s e derrotou os favoritos. 2004 – Atenas “A Prova do Século”, foi como a disputa e 2004 foi chamada devido aos nomes envolvidos: Ian Thorpe, Pieter Hoogenband, Michael Phelps e Grant Hackett. Thorpe buscava a revanche contra Pieter, que lhe tirou o ouro da prova em casa quatro anos antes. Thorpe confirmou o favoritismo com ouro olímpico, deslanchando nos 50 metros finais, algo que não havia conseguido fazer em 2000. O Brasil na prova A performance brasileira nos 200m livre não é das melhores. De 15 participações, somente um alcançou a final. Mas essa foi inesquecível: Gustavo Borges, em 1996, terminou com a medalha de prata, após um impressionante sprint final depois de virar para os últimos 50 metros em quinto lugar. Rodrigo Castro, em 2008, foi o único outro nadador brasileiro a passar de fase, ao alcançar a semifinal e na ocasião superar o recorde sulamericano que vinha desde a performance de Gustavo de 1996. Rogrigo, aliás, é o único brasileiro que nadou a prova três vezes. Em 1980, apesar de ninguém ter alcançado a final, três brasileiros terminaram entre os 20 (Jorge Fernandes, Marcus Mattiolli e Cyro Delgado), tendo sido além de União Soviética e Alemanha Ocidental o único país a conseguir o feito, e isso explica o bronze no 4x200m livre naquela Olimpíada. Lendas – Ian Thorpe Um nadador que nasceu com o nome sob medida para o sugestivo apelido de “Thorpedo”. Não poderia ser mais apropriado para um dos maiores fenômenos da história da natação. É o mais jovem campeão mundial (15 anos) e sensação da Olimpíada de 2000 em seu país natal, a Austrália, com apenas 17 anos. Os 200m livre era sua prova favorita – protagonizou duelos históricos, principalmente contra o holandês Pieter Hoogenband. Recordista mundial dos 400m livre desde 1999, até hoje ninguém conseguiu chegar perto de seu melhor tempo. Em 2006, estafado com a difícil vida de atleta, anunciou a aposentadoria para surpresa de todos. Tinha apenas 24 anos e todas as conquistas que um nadador pode sonhar. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 3 – 100m COSTAS FEMININO Por um início perfeito Por Daniel Takata Gomes MELISSA FRANKLIN PODE INICIAR AQUI UMA CAMPANHA E UMA CARREIRA FENOMENAL Para a americana Melissa Franklin, essa não é a sua prova principal. Mas pode ser fundamental em sua trajetória londrina. Não se pode ignorar a pressão da primeira Olimpíada em uma jovem de 17 anos. Por isso, caso ela vença os 100m costas, ficará com moral para suas outras três provas individuais e três revezamentos. Seria inédito uma nadadora vencer sete medalhas olímpicas. Mas essa prova será determinante. Obstáculos não faltam, a começar que a semifinal dos 200m livre será 15 minutos depois. Teoricamente, a chinesa Zhao Jing, atual campeã mundial, é uma das mais perigosas rivais. Mas na seletiva chinesa ela nadou para 1:01 e culpou uma febre. É inconstante (chegou a ser desclassificada na prova em Pequim 2008) e não se sabem suas reais condições. A russa Anastasia Zueva é mais consistente. Tem velocidade e resistência (foi medalhista em Mundiais também nos 50m e 200m) e motivação de sobra: perdeu o bronze olímpico em 2008 por seis centésimos e o ouro no Mundial por um. A britânica recordista mundial Gemma Spofforth precisará de um milagre. Sua classificação para os Jogos já foi surpreendente depois de um tempo sem nadar bem, e só o apoio da torcida não será suficiente. A japonesa Aya Terakawa é experiente e a americana Rachel Bootsma chega com moral por ter deixado de fora a bicampeã olímpica Natalie Coughlin. As australianas Emily Se- Melissa Franklin ebohm e Belinda Hocking estão no mesmo nível, provavelmente estarão na final e podem até conseguir pódio com seus tempos atuais, mas isso não é provável. Estar na final é o maior objetivo de Fabiola Molina, que provavelmente terá que abaixar do minuto para conseguir. BALIZAMENTO – TOP 10 1. MELISSA FRANKLIN, USA 17 anos, 1ª Olimpíada 58.85 (jun/2012) 2. ANASTASIA ZUEVA, RUS 22 anos, 2ª Olimpíada 58.97 (abr/2012) 3. ZHAO JING, CHN 21 anos, 2ª Olimpíada 59.05 (jul/2011) 4. AYA TERAKAWA, JPN 27 anos, 1ª Olimpíada 59.08 (mai/2012) 5. RACHEL BOOTSMA, USA 18 anos, 1ª Olimpíada 59.10 (jun/2012) Os pais de Franklin são canadenses e ela tem dupla cidadania. Sua mãe sugeriu que ela representasse o Canadá para evitar a pressão que existe na natação americana, mas Franklin recusou-se. Sua heroína é Natalie Coughlin, e ironicamente ela foi uma das responsáveis por deixar Coughlin de fora dos 100m costas na Olimpíada e inviabilizar o sonho do tricampeonato. Durante o Europeu de 2010, em Budapeste, Zueva sofria com uma lesão na espinha dorsal que a impediu de competir. O veredicto dos médicos era que ela nunca mais poderia nadar costas, caso contrário poderia acabar em uma carreira de rodas. Mas o médico alemão Homayun Gharavi fez um trabalho específico e ela não só voltou a nadar, como conquistou um ouro e uma prata no Mundial de 2011. Campeã mundial e segundo melhor tempo da história sem trajes, Jing ficou somente em quinto na seletiva chinesa e foi convocada pelo seu histórico. Ela tinha fama de brilhar somente em competições menores, mas se livrou desse status quando venceu a prova no Mundial de Xangai 2011 na última braçada, em uma prova que Natalie Coughlin liderou até os 99 metros. Terawaka já tem 27 anos, e está entre as melhores do mundo há pelo menos oito anos, mas nesse período o Japão sempre teve fortes costistas. Chegando ao ápice de sua carreira em uma idade em que muitos se aposentam, ela bateu seu próprio recorde japonês na seletiva, que vinha da época dos trajes. Ela ficou satisfeita com a vaga olímpica, mas não com o tempo. "Queria ter nadado para 58", disse. Bootsma é a atual campeã pan-americana dos 100m costas e, assim como Franklin, tem Natalie Coughlin, que foi derrotada pelas duas na seletiva americana, como inspiração. Ela também é lembrada pelo bronze nos 50m costas no Pan-Pacífico de 2010, em que empatou com a neo-zelandesa Emily Thomas e a brasileira Fabíola Molina, em uma rara ocasião em que cinco das oito finalistas subiram ao pódio. 6. EMILY SEEBOHM, AUS 20 anos, 2ª Olimpíada 59.21 (jul/2011) 7. BELINDA HOCKING, AUS 21 anos, 2ª Olimpíada 59.39 (mar/2012) 8. SINEAD RUSSELL, CAN 19 anos, 1ª Olimpíada 59.68 (jul/2011) 9. MIE NIELSEN, DEN 15 anos, 1ª Olimpíada 59.69 (mar/2012) 10. JULIA WILKINSON, CAN 25 anos, 2ª Olimpíada 59.85 (mar/2012) Versátil nadadora de livre, costas, borboleta e medley, Seebohm conquistou nada menos que oito medalhas nos Jogos da Comunidade Britânica de 2010, sendo seis individuais. Seus pais eram esportistas: sua mãe Karen era jogadora de netball e maratonista aquática e seu pai John foi jogador de rugby profissional, tendo disputado mais de 300 jogos pela liga australiana. Hocking é especialista nos 200m. Conquistou o título australiano dos 100m pela primeira vez em 2011, quando abaixou do minuto em trajes têxteis, melhorando inclusive seu tempo com trajes tecnológicos. No Mundial de 2011, ela não estava cotada para nadar o 4x100m medley, mas Emily Seebohm ficou doente e ela a substituiu, conquistando a medalha de prata. Sinead Russell é filha de Cecil Russell, o famigerado treinador canadense que em 1997 foi banido do esporte após se envolver com tráfico de entorpecentes e por ter confessado ter ajudado a esconder um cadáver de um traficante. Sinead é treinada por sua mãe, Erin. Erin é vinculada ao Dolphins Swim Club, que recentemente teve suas atividades suspensas por cinco meses por manter vínculos com Cecil. Fenômeno juvenil, Nielsen foi a primeira nórdica a nadar abaixo do minuto nos 100m costas, com apenas 15 anos. Ela não apareceu do nada. Aos 13 anos já tinha 1:02 e aos 14, 1:01. A título de comparação, é somente um pouco mais lento do que Melissa Franklin tinha nas mesmas idades. Seu pai Benny Nielsen foi prata nos 200m borboleta nos Jogos de 1988, atrás somente do albatroz alemão Michael Gross. Wilkinson quase foi à loucura por, durante quatro anos, não conseguir baixar do minuto. A regularidade de seus tempos é impressionante: 1:00.38 em 2008, 1:00.37 em 2009, 1:00.44 em 2010 e 1:00.33 em 2011. Na seletiva canadense, nas eliminatórias, o fantasma pareceu assombrá-la novamente: 1:00.43. Mas ela nadou batendo na raia. Na final, nadando em linha reta, finalmente nadou para 59. 100m COSTAS FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 Natalie Coughlin (USA) – 58.96 Não conseguiu classificação na seletiva americana. Irá a Londres como reserva do 4x100m livre. Kirsty Coventry (ZIM) – 59.19 Disputará a prova em Londres. Margaret Hoelzer(USA) – 59.34 Não conseguiu classificação na seletiva americana. NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1924 MAIOR VENCEDORA Natalie Coughlin (USA) - 2004 e 2008 MAIORES MEDALHISTAS Natalie Coughlin (USA) – 2 ouros Krisztina Egerszegi (HUN) – 1 ouro e 1 prata Kirsty Coventry (ZIM) – 2 pratas QUEM MAIS NADOU (5 E 4 PARTICIPAÇÕES) Nina Zhivanevskaya (RUS/ESP) – 1992, 1996, 2000, 2004 e 2008 Phyllis Harding (GBR) – 1924, 1928, 1932 e 1936 Antje Buschschulte (GER) – 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Phyllis Harding (GBR) – 1924, 1932 e 1936 Nicole Livingstone (AUS) – 1988, 1992 e 1996 Nina Zhivanevskaya (RUS/ESP) – 1992, 2000 e 2004 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Sybil Bauer (USA) sobre Phyllis Harding (GBR) em 1924 (4.2s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Judith Grinham (GBR) sobre Carin Cone (USA) em 1956 (0s) – desempate por decisão dos juízes MAIS VELHA VENCEDORA Natalie Coughlin (USA), 25a11m20d em 2008 MAIS VELHA MEDALHISTA Natalie Coughlin (USA), 1ª em 2008, 25a11m20d. MAIS NOVA VENCEDORA Beth Botsford (USA), 15a2m1d em 1996 MAIS NOVA MEDALHISTA Krisztina Egerszegi (HUN), 2ª em 1988, 14a1m6d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 10 4 7 21 Alemanha Or. 3 2 2 7 Holanda 2 2 1 5 Grã-Bretanha 1 3 3 7 Hungria 1 3 0 4 África do Sul 1 0 1 2 Dinamarca 1 0 0 1 Romênia 1 0 0 1 Zimbábue 0 2 0 2 Austrália 0 1 1 2 Canadá 0 1 1 2 Japão 0 1 1 2 França 0 1 1 2 Nova Zelândia 0 0 1 1 Espanha 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Gemma Spofforth (GBR), 58.12 EUROPEU 2010 Gemma Spofforth (GBR), 59.80 PAN-PACÍFICO 2010 Emily Seebohm (AUS), 59.45 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Emily Seebohm (AUS), 59.79 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Zhao Jing (CHN), 59.20 MUNDIAL 2011 Zhao Jing (CHN), 59.05 PAN-AMERICANO 2011 Rachel Bootsma (USA), 1:00.37 EUROPEU 2012 Jenny Mensing (GER), 1:00.08 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Gemma Spofforth, GBR 2. Anastasia Zueva, RUS 3. Kirsty Coventry, ZIM 4. Melissa Franklin, USA 5. Emily Seebohm, AUS 6. Natalie Coughlin, USA 7. Zhao Jing, CHN 8. Chang Gao, CHN 9. Aya Terakawa, JPN 10. Rachel Bootsma, USA Tempo 58.12 58.18 58.77 58.85 58.88 58.94 58.94 59.04 59.08 59.10 Ano 2009 2009 2008 2012 2009 2008 2010 2009 2012 2012 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Melissa Franklin, USA 58.85 2012 2. Zhao Jing, CHN 58.94 2010 58.97 2012 3. Anastasia Zueva, RUS 4. Aya Terakawa, JPN 59.08 2012 5. Rachel Bootsma, USA 59.10 2012 6. Natalie Coughlin, USA 59.12 2011 59.21 2010 7. Emily Seebohm, AUS 8. Belinda Hocking, AUS 59.39 2012 9. Elizabeth Simmonds, GBR 59.43 2010 10. Gemma Spofforth, GBR 59.46 2010 Ano Nadador e tempo 1928 Amsterdã Ellen King (GBR), 1:22.0 (el.) 1928 Amsterdã Zus P.-Braun (NED), 1:21.6 (el.) 1956 Melbourne Carin Cone (USA), 1:12.9 1956 Melbourne Judith Grinham (GBR), 1:12.9 1964 Tóquio Cathy Ferguson (USA), 1:07.7 1968 C. México Kaye Hall (USA), 1:06.2 RECORDES Mundial: Gemma Spofforth, GBR - 58.12 (2009) Olímpico: Kirsty Coventry, ZIM - 58.77 (2008) Sul-americano: Fabiola Molina, BRA - 1:00.07 (2009) Brasileiro: Fabiola Molina, BRA - 1:00.07 (2009) Norte-americ.: Melissa Franklin, USA - 58.85 (2012) Europeu: Gemma Spofforth, GBR - 58.12 (2009) 1980 Moscou R. Reinisch (GDR), 1:01.50 (el.) Oceania: Emily Seebohm, AUS - 58.88 (2009) 1980 Moscou Rica Reinisch (GDR), 1:00.86 2008 Pequim Kirsty Coventry (ZIM), 58.77 (sf) Asiático: Zhao Jing, CHN - 58.94 (2010) Africano: Kirsty Coventry, ZIM - 58.77 (2008) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1936 – Berlim A americana Eleanor Holm havia vencido a prova em 1932. Entre 1932 e 1936, teve uma vida social intensa, virou celebridade e se casou com um cantor. Seria favorita em Berlim nos 100m costas. Mas, na viagem de navio para a Alemanha, desrespeitou regras, bebeu demais e foi expulsa da equipe olímpica por indisciplina. Ela seria a principal atração da natação feminina, e em sua ausência o ouro foi para a holandesa Nida Senff. Em Berlim, Holm se divertiu em festas nazistas. Depois daquilo, seguiu sendo uma celebridade e chegou a estrelar um filme de Tarzã no papel de Jane. 1964 – Tóquio A prova em Tóquio foi estrelada, pois reuniu nada menos que seis recordistas e ex-recordistas mundiais dos 100m e 200m costas. Mesmo o recorde dos 100m estava muito disputado: quatro meses antes dos Jogos, a francesa Kiki Caron havia estabelecido a marca, superada logo depois pela americana Ginny Duenkel. Mas a final olímpica foi vencida pela recordista dos 200m, a também americana Cathy Ferguson – como não poderia deixar de ser, com nova marca mundial. 1996 – Atlanta Após sua vitória nos 200m costas, a húngara Krisztina Egerszegi havia se tornado a mulher com mais ouros olímpicos individuais na história: cinco. Mas, ao nadar as eliminatórias do revezamento 4x100m medley, abriu para um tempo que venceria os 100m costas, prova que ela não nadou naquela Olimpíada, e poderia ter aumentado ainda mais seu recorde. O Brasil na prova Nenhuma brasileira jamais avançou de fase nos 100m costas feminino. Em 1952, não havia semifinais, e Edith de Oliveira terminou as eliminatórias na 13ª posição, a melhor performance brasileira na história da prova. Ela já havia ficado em 19º em 1948. Fabíola Molina ficou em 18º em 2008 e 24º em 2000, e Sieglind Ziegler ficou em 20º em 1936. Curiosidade: Sieglind era irmã de Maria Lenk, que também nadou a prova em 1932, mas foi desclassificada. Lendas –Sybil Bauer A americana Sybil Bauer nadou apenas uma Olimpíada, em 1924, e conquistou uma medalha de ouro nos 100m costas. No entanto, seu nome está na história devido a vários outros fatores. Em apenas seis anos de natação competitiva, superou nada menos que 23 recordes mundiais e jamais foi derrotada no estilo costas. Em 1922, nadou as 440 jardas nado de costas e fez um tempo 4 segundos melhor que o recorde mundial masculino para a prova! Essa é a única ocasião da história em que uma mulher nadou mais rápido que o recorde masculino em vigor. Sua carreira teria sido ainda mais vitoriosa, se, aos 23 anos e ainda na ativa, não tivesse sido vitimada por um câncer. À época, estava noiva do futuro apresentador de televisão Ed Sullivan. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 3 – 100m COSTAS MASCULINO Duelo de gigantes SERÁ UMA BATALHA ACIMA DOS DOIS METROS ENTRE GREVERS E LACOURT Desde os tempos que Alexander Popov (1,99m) e Gustavo Borges (2,04m) lutavam pela soberania do nado livre não víamos um duelo entre nadadores tão gigantes. É o que irá acontecer nos 100m costas. O francês Camille Lacourt, de 2,00m, domina a prova desde 2010, tendo ficado naquele ano a 17 centésimos somente de ser o primeiro a bater um recorde mundial na era pós-trajes. Apesar de ser sua primeira Olimpíada, é o atual campeão mundial e pintava como favorito - ainda mais depois que Jérémy Stravius, que dividiu com ele o ouro no Mundial de Xangai, não se classificou na seletiva francesa. Mas um outro nadador ainda maior, Matt Grevers, de 2,04m, assombrou o mundo na seletiva americana ao ficar somente a 14 centésimos da marca mundial de Aaron Peirsol, que se aposentou em 2010. Atual prata olímpico, ele aparece como maior favorito, ainda mais que Lacourt não se aproximou de seu tempo de 2010 nesse último ano. Ao que parece, a briga será pelo bronze, e os mais cotados são o sempre consistente japonês Ryosuke Irie, que pretende repetir seu compatriota Tomomi Morita, bronze em 2004, e o americano Nick Thoman. O australiano Hayden Stoeckel e o russo Arkady Vyathanin, bronze empatados há quatro anos, agora não têm tantas chances. Melhores possibilidades têm o britânico Liam Tancock e o alemão Helge Meeuw, que era um dos favo- Camille Lacourt ritos em 2008 mas decepcionou, e que ainda não nadou bem esse ano e foi superado pelo compatriota Jan-Philip Glania. O brasileiro Daniel Orzechowski faz sua estreia e almeja uma semifinal, além de uma vaga no revezamento 4x100m medley. BALIZAMENTO – TOP 10 1. MATT GREVERS, USA 27 anos, 2ª Olimpíada 52.08 (jun/2012) 2. CAMILLE LACOURT, FRA 27 anos, 1ª Olimpíada 52.44 (mar/2011) 3. NICK THOMAN, USA 26 anos, 1ª Olimpíada 52.86 (jun/2012) 4. RYOSUKE IRIE, JPN 22 anos, 2ª Olimpíada 52.91 (abr/2012) 5. LIAM TANCOCK, GBR 27 anos, 2ª Olimpíada 53.16 (mar/2012) Os pais de Grevers são holandeses e ele tem dupla cidadania. Ele considerou representar a Holanda e até conversou com Pieter Hoogenband sobre isso, mas escolheu os Estados Unidos. Este ano, no GP de Missouri, ele pediu sua namorada Annie Chandler em casamento em plena competição, em uma cerimônia de premiação (que inclusive teve como um dos medalhistas Thiago Pereira). Em 2010, Lacourt por muito pouco não se tornou o primeiro homem a quebrar um recorde mundial após o fim dos trajes tecnológicos. No Europeu daquele ano, ficou a 3 centésimos do recorde mundial dos 50m, e a 17 centésimos do recorde dos 100m. Seu ouro no Mundial de Xangai 2011 dividido com Jérémy Stravius foi o primeiro ouro masculino em um mundial de longa da França. Em 2008, Thoman ficou em 7º na seletiva olímpica, mas a uma semana dos Jogos de Pequim quase bateu o recorde mundial (ficou a dois centésimos) com um tempo que lhe daria a prata olímpica. Seu avô, Richard Thoman, chegou a ser recordista mundial dos 100m costas na década de 50. O próprio Nick já foi recordista dos 100m, mas em piscina curta, na época dos trajes hi-tech. Em 2008, Irie, em sua primeira Olimpíada, dividiu o quarto com Kosuke Kitajima. A partir de então, tornaram-se grandes amigos. Irie diz que aprendeu muito com Kitajima sobre como se preparar psicologicamente para as provas, e pretende um dia estar apto a fazer como ele: crescer nos momentos mais decisivos. Irie também é um ótimo pianista, e diz que seu compositor preferido é Frèdèric Chopin. Tancock tem uma semelhança com os maiores astros da natação mundial. Junto com ele, Cesar Cielo, Ryan Lochte, Michael Phelps, Federica Pellegrini e Rebecca Soni são os que conquistaram bicampeonatos mundiais neste ciclo olímpico A diferença é que seu feito é nos 50m costas, prova não-olímpica. Ele namora sua companheira de equipe Caitlin McClatchey, medalhista nos 200m livre no Mundial de 2007. 6. HELGE MEEUW, GER 27 anos, 3ª Olimpíada 53.22 (jul/2011) 7. GARETH KEAN, NZL 20 anos, 1ª Olimpíada 53.50 (jul/2011) 8. JAN-PHILIP GLANIA, GER 23 anos, 1ª Olimpíada 53.50 (mai/2012) 9. ASCHWIN WILDEBOER, ESP 10. HAYDEN STOECKEL, AUS 26 anos, 3ª Olimpíada 53.67 (jun/2011) 27 anos, 2ª Olimpíada 53.70 (jul/2011) Meeuw era especialista no borboleta e nadou os 100m e 200m em Atenas 2004. Quando passou a nadar costas, se deu bem e chegou a Pequim 2008 como um dos favoritos. Mas apareceu barbudo para nadar as eliminatórias, certo de que se classificaria facilmente. Resultado: não passou nem para as semifinais. Com seu tempo de balizamento, teria conquistado a prata. A exemplo de Thiago Pereira, os pais de Kean o colocaram nas aulas de natação após ele quase ter se afogado quando criança. Sua conquista mais importante, a prata nos 200m costas nos Jogos da Comunidade Britânica de 2010, o fez acreditar que poderia nadar uma Olimpíada. Mas ele evoluiu mais nos 100m e tem mais chances na prova mais curta. Glania, um estudante de odontologia, é especialista nos 200m e é onde tem mais chances nessa Olimpíada. Mas experimentou notável evolução este ano nos 100m: melhorou mais de um segundo e meio (havia feito 55.10 no ano passado) e estreará em uma competição de nível mundial (jamais disputou Mundiais ou Olimpíadas) Wildeboer já foi recordista mundial em 2009, quando melhorou a marca de Aaron Peirsol. Mas o recorde durou somente uma semana e foi retomado por Peirsol. Seus pais são holandeses. Seu irmão Olaf nadou os Jogos de 2004 pela Espanha e depois mudou sua nacionalidade para holandesa. Wildeboer vive e treina na Dinamarca com seu pai, Paul, que é técnico da seleção dinamarquesa. Medalhista de bronze em 2008, Stoeckel vem passando por vários problemas em grandes competições: nos Jogos da Comunidade Britânica de 2010, sua performance foi afetada por uma gastrenterite. Sua preparação para o Mundial de Xangai foi marcada por doenças e troca de treinador. E na seletiva olímpica desse ano, teve problemas com seus óculos durante a prova e por isso quase perde a vaga olímpica. 100m COSTAS MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1908 (disputado em 1904 como 100 jardas, não foi disputado em 1964) MAIORES VENCEDORES Warren Paoa Kealoha (USA) – 1920 e 1924 David Theile (AUS) – 1956 e 1960 Roland Matthes (GDR) – 1968 e 1972 MEDALHISTAS DE 2008 Aaron Peirsol (USA) – 52.54 Aposentou-se no final de 2010. Matt Grevers (USA) – 53.11 Disputará a prova em Londres. Arkady Vyachanin (RUS) e Hayden Stoeckel (AUS) – 53.18 Disputarão a prova em Londres. Aaron Peirsol (USA) – 2004 e 2008 MAIOR MEDALHISTA Roland Matthes (GDR) – 2 ouros e 1 prata QUEM MAIS NADOU (5 E 4 PARTICIPAÇÕES) Derya Büyükuncu (TUR) – 1992, 1996, 2000, 2004 e 2008 Rogério Romero (BRA) – 1988, 1992, 1996 e 2000 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Roland Matthes (GDR) – 1968, 1972 e 1976 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Warren Paoa Kealoha (USA) sobre Paul Wyatt (USA) em 1924 (2.2s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Mark Tewksbury (CAN) sobre Jeff Rouse (USA) em 1992 (0.06s) MAIS VELHO VENCEDOR Jeff Rouse (USA), 25a7m17d em 1996 MAIS VELHO MEDALHISTA Bert Haresnape (GBR), 3º em 1908, 28a0m15d QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Junya Koga (JPN), 52.26 EUROPEU 2010 Camille Lacourt (FRA), 52.11 PAN-PACÍFICO 2010 Aaron Peirsol (USA), 53.31 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Liam Tancock (ENG), 53.59 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Ryosuke Irie (JPN), 53.61 MUNDIAL 2011 Jérémy Stravius e Camille Lacourt (FRA), 52.76 PAN-AMERICANO 2011 Thiago Pereira (BRA), 54.56 EUROPEU 2012 Aristeidis Grigoriadis (GRE), 53.86 MAIS NOVO VENCEDOR Warren Paoa Kealoha (USA), 16a5m20d em 1920 MAIS NOVO MEDALHISTA Warren Paoa Kealoha (USA), 1º em 1920, 16a5m20d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 13 13 7 33 Alemanha 2 2 3 7 Austrália 2 2 1 5 Japão Alemanha Or. 2 2 1 0 3 1 6 3 Canadá 1 0 1 2 Suécia 1 0 0 1 União Soviética França 0 0 1 1 2 1 3 2 Cuba 0 1 1 2 Dinamarca 0 1 0 1 Áustria 0 1 0 1 Grã-Bretanha Bélgica 0 0 0 0 1 1 1 1 Hungria 0 0 1 1 Rússia 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1920 Antuérpia W. P. Kealoha (USA), 1:14.8 (sf) TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Aaron Peirsol, USA 2. Matt Grevers, USA 3. Camille Lacourt, FRA 4. Ryosuke Irie, JPN 5. Junya Koga, JPN 6. Helge Meeuw, GER 7. Aschwin Wildeboer, ESP 8. Nicholas Thoman, USA 9. Arkady Vyatchanin, RUS 10. Randall Bal, USA Tempo 51.94 52.08 52.11 52.24 52.26 52.27 52.38 52.51 52.57 52.59 Ano 2009 2012 2010 2009 2009 2009 2009 2009 2009 2008 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Matt Grevers, USA 52.08 2012 2. Camille Lacourt, FRA 52.11 2010 3. Jérémy Stravius, FRA 52.76 2011 4. Ryosuke Irie, JPN 52.83 2011 5. Liam Tancock, GBR 52.85 2010 6. Nicholas Thoman, USA 52.86 2012 7. Aaron Peirsol, USA 52.98 2007 8. David Plummer, USA 52.98 2012 9. Michael Phelps, USA 53.01 2007 10. Benedict Hesen, USA 53.03 2012 RECORDES Mundial: Aaron Peirsol, USA - 51.94 (2009) Olímpico: Aaron Peirsol, USA - 52.54 (2008) Sul-americano: Guilherme Guido, BRA - 53.24 (2009) Brasileiro: Guilherme Guido, BRA - 53.24 (2009) Norte-americano: Aaron Peirsol, USA - 51.94 (2009) Europeu: Camille Lacourt, FRA - 52.11 (2010) 1928 Amsterdã George Kojac (USA), 1:08.2 1956 Melbourne 1964 Tóquio David Theile (AUS), 1:02.2 T. Mann (USA), 59.6 (rev.) 1972 Munique R. Matthes (GDR), 56.30 (rev.) 1976 Montreal 1976 Montreal John Naber (USA), 56.19 (sf) John Naber (USA), 55.49 1988 Seul Dave Berkoff (USA), 54.51 (el.) Oceania: Hayden Stoeckel, AUS - 52.97 (2008) 1992 Barcelona Jeff Rouse (USA), 53.86 (rev.) 2004 Atenas Aaron Peirsol (USA), 53.45 (rev.) Asiático: Ryosuke Irie, JPN - 52.24 (2009) Africano: Gerhard Zandberg, RSA - 53.75 (2008) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1948 – Londres O americano Allen Stack era o recordista mundial e favorito absoluto. No entanto, ao entrar na água para a saída, o cordão de sua sunga arrebentou, e caso ele nadasse ficaria completamente nu. Felizmente, foi permitido que ele trocasse sua sunga. Esse transtorno atrapalhou sua concentração e ele não rendeu o esperado, mas mesmo piorando mais de dois segundos ele era tão superior que ainda assim levou o ouro. 1988 - Seul O americano David Berkoff era o recordista mundial usando e abusando de ondulações submersas. Ele chegava a ficar 35 metros ondulando após a saída. Mas em Seul foi surpreendido pelo japonês Daichi Suzuki, outro adepto da técnica. Após essa prova, a FINA limitou o nado submerso no costas para 10 metros, e um tempo depois aumentou o limite para 15 metros. 1996 – Atlanta O americano Jeff Rouse terminou com o melhor tempo do mundo de 1989 a 1995. Mas nas principais competição ele não conseguia vencer. Foi assim nos Jogos de Barcelona, em 1992, e no Mundial de Roma, em 1994. Por isso, sua performance em Atlanta, mesmo liderando o ranking mundial, era posta em dúvida. Alexander Popov declarou categoricamente que Rouse não iria vencer. Mas Rouse abriu meio corpo somente na saída e exorcizou seus fantasmas ao vencer facilmente. O Brasil na prova Paulo Silva, com o 9º lugar em 1948, possui a melhor colocação brasileira nos 100m costas, apesar de grandes nomes do esporte brasileiro terem nadado a prova, como Rogério Romero, Ricardo Prado e Rômulo Arantes. Rômulo, aliás, havia sido bronze na prova no Mundial de 1978 e vinha motivado em 1980 com experiência de duas Olimpíadas anteriores. Mas parou na semifinal, com um tempo pior que na eliminatória, que lhe daria vaga na final, e com o tempo do Pan do ano anterior ele teria subido ao pódio. A decepção foi grande para ele, que terminou a carreira logo após. Desde a segunda participação olímpica brasileira na natação, em 1932, somente em 1964 e 1984 não houve nadadores do país nos 100m costas masculino. Lendas – John Naber Quando o americano John Naber tinha 9 anos de idade, visitou Olímpia, na Grécia, e avisou aos pais que um dia seria campeão olímpico. Mas antes de cumprir o prometido, teve que acabar com o reinado do alemãooriental Roland Matthes no nado de costas. Foi em 1974, quando Matthes perdeu sua invencibilidade de sete anos para Naber na prova mais curta. Em Montreal/ 1976, Naber não só venceu os 100m costas como bateu recordes mundiais na semifinal e na final. Nos 200m, se tornou o primeiro a nadar abaixo dos 2 minutos. Versátil, conquistou ainda dois ouros em revezamentos e uma prata nos 200m livre naqueles Jogos. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 3 – 100m PEITO FEMININO Para virar mito Por Daniel Takata Gomes LEISEL JONES FARÁ HISTÓRIA SE SUBIR AO PÓDIO DA PROVA PELA QUARTA VEZ Leisel Jones (foto) não precisa provar mais nada para ninguém. Se houve um tempo em que ela era acusada de falhar em momentos decisivos, isso mudou há muito tempo. Ela já é a única a conquistar três medalhas nos 100m peito. É a única australiana, entre homens e mulheres, a disputar quatro Olimpíadas na natação. E pode fazer ainda mais história. Primeiro, como a única a repetir o título da prova. E, mais inédito, se tornar a primeira pessoa a conquistar quatro medalhas na mesma prova na natação olímpica. Sua performance na seletiva australiana não foi das melhores, perdendo a hegemonia nacional após 12 anos. Seu tempo foi bem pior do que do ano passado (1:07.64 contra 1:06.18). Se ela repetir seu melhor de 2011, quase certamente chegará ao pódio. E os resultados da seletiva americana devem ter a animado, já que a recor- dista mundial Jessica Hardy não conseguiu classificação e a campeã mundial Rebecca Soni aumentou muito seu tempo, perdendo inclusive a primeira vaga para a novata Breeja Larson. Soni ainda é a favorita e provavelmente melhorará na Olimpíada, mas não é seguro dizer isso de Larson. O pódio está em aberto para várias concorrentes. A russa Yulia Efimova perdeu o bronze em 2008 por oito centésimos e no Mundial de Xangai 2011 por quatro, e não vai querer que a história se repita. Se levarmos em conta a evolução recente, a australiana Leiston Pic- Leisel Jones kett, especialista nos 50m, pode surpreender, pois sua vitória sobre Jones na seletiva australiana pode lhe dar confiança . Pela Ásia, a reputação dependerá da japonesa Satomi Suzuki, pois chinesa Li Jiping, bronze no último Mundial, não se classificou na seletiva de seu país. BALIZAMENTO – TOP 10 1. REBECCA SONI, USA 25 anos, 2ª Olimpíada 1:04.91 (jul/2011) 2. BREEJA LARSON, USA 20 anos, 1ª Olimpíada 1:05.92 (jun/2012) 3. LEISEL JONES, AUS 26 anos, 4ª Olimpíada 1:06.18 (abr/2011) 4. YULIA EFIMOVA, RUS 20 anos, 2ª Olimpíada 1:06.56 (jul/2011) 5. SATOMI SUZUKI, JPN 21 anos, 1ª Olimpíada 1:06.80 (abr/2012) Dominante no nado de peito nos últimos anos, Soni é descendente de húngaros, um dos maiores celeiros de peitistas do mundo. Em 2006, Soni passou por uma cirurgia no coração, pois uma disfunção afetava o ritmo de seus batimentos cardíacos. Apesar de ser um problema benigno, Soni por vezes registrava altas frequências cardíacas, o que interferia em seu treinamento. Larson começou a nadar sério apenas recentemente, há dois anos. Antes disso, em seu colégio, ela só conseguia nadar quatro horas por semana. Em 2010, quando se mudou para o Arizona, encontrou um clube onde poderia treinar quatro horas por dia. Ao notarem seu potencial, ela ganhou uma bolsa. Por isso sua surpresa quando na seletiva americana derrotu Rebecca Soni. Jones, além de se tornar a primeira a subir no pódio quatro vezes em uma mesma prova, também pode se tornar a maior medalhista da natação australiana. Se conquistar duas (na prova individual e no revezamento), irá completar dez medalhas e ultrapassará Ian Thorpe, que tem nove, como atleta mais condecorada na natação da Austrália. Em 2011, Efimova deixou a Rússia para treinar nos Estados Unidos sob o comando de Dave Salo. Maior incentivo ela não poderia ter: treinaria junto de Rebecca Sony e Jessica Hardy. No Mundial de 2011, foi derrotada por suas companheiras (prata nos 50m atrás de Hardy e nos 200m atrás de Soni), mas diz que adquiriu a confiança que faltava para brigar com suas principais adversárias. Em 2009, Mina Matsushima bateu um lendário recorde japonês, dos 100m peito, que pertencia a Masami Tanaka desde 2000. No mesmo dia, Satomi Suzuki "rebateu" o recorde. À época. era o mais antigo recorde japonês. Mas era época de trajes tecnológicos. O tempo de Tanaka, de 1:07.27, foi superado em trajes têxteis por Suzuki em 2010. 6. LEISTON PICKETT, AUS 20 anos, 1ª Olimpíada 1:06.88 (mar/2012) 7. JENNIE JOHANSSON, SWE 24 anos, 1ª Olimpiada 1:07.10 (mar/2012) 8. RIKKE PEDERSEN, DEN 23 anos, 1ª Olimpíada 1:07.13 (jul/2011) 9. JILIAN TYLER, CAN 23 anos, 2ª Olimpíada 1:07.18 (mar/2012) 10. DARIA DEEVA, RUS 21 anos, 1ª Olimpíada 1:07.22 (abr/2012) A especialidade de Pickett sempre foi o 50m peito. Ela venceu a prova nos Jogos da Com. Britânica em 2010, derrotando sua ídola Leisel Jones. No mesmo ano, foi prata no Pan-Pacífico e seu primeiro título nacional também veio nessa prova. Mas, como Felipe França, resolveu focar nos 100m e deu certo: venceu a seletiva australiana, interrompendo uma hegemonia doméstica de 12 anos de Jones. Johansson, companheira de quarto de Sarah Sjöström, superou esse ano o recorde sueco que vinha de 2009, da época dos trajes tecnológicos. Além disso, o recorde foi superado no parque aquático olímpico de Londres, ou seja, um bom presságio para ela. Caso ela suba ao pódio, tem grande potencial para se tornar uma musa da natação dos Jogos Olímpicos. Pedersen recebeu um prêmio em 2009 na Dinamarca por ter sido eleita “maior esperança olímpica do país” daquele ano. Lotte Friis havia vencido o prêmio em 2007, e em 2008 conquistou o bronze em Pequim. Ela é a atual recordista europeia dos 100m e 200m peito em piscina curta, feito conseguido na última competição em que os trajes tecnológicos foram permitidos no Europeu de 2009. Tyler esteve com a seleção B do Canadá nos Jogos PanAmericanos do Rio de Janeiro, em 2007, onde terminou os 100m peito na quarta posição. Após os Jogos de Pequim 2008, em que foi semifinalista, tirou um ano de folga e voltou às competições internacionais no Pan Pacífico de 2010. Ela treina na Universidade de Minessota, onde tem os recordes das provas de peito, e chegou a vencer o NCAA em 2011. Deeva chegou a ameaçar Yulia Efimova no Campeonato Russo deste ano, perdendo por somente 17 centésimos. Chamou a atenção sua divisão de prova, na qual ela voltou para 34.84. Apenas Rebecca Soni consegue ter uma segunda metade de prova como essa, e se Deeva conseguir dividir melhor, pode melhorar bem seu tempo e até brigar por pódio. 100m PEITO FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 Leisel Jones (AUS) – 1:05.17 NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS MEMÓRIA 1968 – Cidade do México Disputará a prova em Londres. Rebecca Soni (USA) – 1:06.73 Desde 1968 MAIOR VENCEDORA Ninguém venceu mais de uma vez Disputará a prova em Londres. Mirna Jukic (AUT) – 1:07.34 MAIOR MEDALHISTA Aposentou-se em 2010. Leisel Jones (AUS) – 1 ouro, 1 prata e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Manuela Dalla Valle (ITA) – 1984, 1988, 1992 e 1996 Brigitte Becue (BEL) – 1988, 1992, 1996 e 2000 Na primeira vez que a prova foi disputada, a favorita era a americana recordista mundial Catie Ball. Mas no México ela foi acometida por uma virose e não chegou ao pódio. Ðurđica Bjedov conquistou o único ouro da história da natação olímpica para a Iugoslávia, o que foi uma surpresa, pois seu maior feito até então era ter ficado na terceira posição de uma série eliminatória no Europeu de 1966. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Rebecca Soni (USA), 1:04.93 EUROPEU 2010 1988 – Seul Yulia Efimova (RUS), 1:06.32 PAN-PACÍFICO 2010 Nádia Cruz (ANG) – 1988, 1992, 1996 e 2000 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Rebecca Soni (USA), 1:04.93 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Leisel Jones (AUS) – 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Hannelore Anke (GDR) sobre Lyubov Rusanova (URS) em 1976 (1.88s) Leisel Jones (AUS), 1:05.84 JOGOS ASIÁTICOS 2010 MENOR MARGEM DE VITÓRIA Ji Liping (CHN), 1:06.91 MUNDIAL 2011 Ðurñica Bjedov (YUG) sobre Halyna Prozumenshchykov (URS) em 1968 (0.1s) Rebecca Soni (USA), 1:05.05 PAN-AMERICANO 2011 MAIS VELHA VENCEDORA Annie Chandler (USA), 1:07.90 EUROPEU 2012 Tanya Bogomilova (BUL), 24a2m24d em 1988 2000 – Sydney Sarah Poewe (GER), 1:07.33 MAIS VELHA MEDALHISTA Brooke Hanson (AUS), 2ª em 2004, 26a4m29d TOP 10 ALL-TIME Nadador MAIS NOVA VENCEDORA Ute Geweniger (GDR), 16a5m0d em 1980 MAIS NOVA MEDALHISTA Amanda Beard (USA), 2ª em 1996, 14a8m22d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 2 3 1 6 Alemanha Or. 2 0 1 3 Austrália 1 2 4 7 Bulgária 1 1 0 2 África do Sul 1 0 1 2 Iugoslávia 1 0 0 1 Holanda 1 0 0 1 Com. Est. Indep. 1 0 0 1 China 1 0 0 1 União Soviética 0 4 1 5 Canadá 0 1 0 1 Dinamarca 0 0 1 1 França 0 0 1 1 Áustria 0 0 1 1 Tempo Ano 1. Jessica Hardy, USA 2. Rebecca Soni, USA 3. Leisel Jones, AUS 1:04.45 2009 1:04.84 1:05.09 2009 2006 4. Ji Liping, CHN 5. Katlin Freeman, USA 1:05.32 1:05.35 2009 2009 6. Yulia Efimova, RUS 7. Qi Hui, CHN 1:05.41 1:05.47 1:05.64 2009 2009 2009 1:05.74 1:05.75 2009 2009 8. Chen Huijia, CHN 9. Annamay Pierse, CAN 10. Kasey Carlson, USA TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Rebecca Soni, USA 2. Leisel Jones, AUS 1:04.91 1:05.09 2011 2006 3. Jessica Hardy, USA 4. Breeja Larson, USA 1:05.90 1:05.92 1:06.32 2011 2012 2010 1:06.34 1:06.52 2007 1999 8. Ji Liping, CHN 9. Xuejuan Luo, CHN 1:06.52 1:06.64 2011 2004 10. Sarah Katsoulis, AUS 1:06.78 2010 5. Yulia Efimova, RUS 6. Tara Kirk, USA 7. Penelope Heyns, RSA RECORDES RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1972 Munique Cathy Carr (USA), 1:13.58 1976 Montreal H. Anke (GDR), 1:11.11 (el.) 1976 Montreal H. Anke (GDR), 1:10.86 (sf) 1980 Moscou U. Geweniger (GDR), 1:10.11 (el.) 1996 Atlanta Penny Heyns (RSA), 1:07.02 (el.) Mundial: Jessica Hardy, USA - 1:04.45 (2009) Olímpico: Leisel Jones, AUS - 1:05.17 (2008) Sul-americano: Tatiane Sakemi, BRA - 1:07.67 (2009) Brasileiro: Tatiane Sakemi, BRA - 1:07.67 (2009) Norte-americano: Jessica Hardy, USA - 1:04.45 (2009) Europeu: Yulia Efimova, RUS - 1:05.41 (2009) Oceania: Leisel Jones, AUS - 1:05.09 (2006) Asiático: Ji Liping, CHN - 1:05.32 (2009) Africano: Penelope Heyns, RSA - 1:06.52 (1999) http://www.swimchannel.com.br A búlgara Tanya Bogomilova foi campeã europeia em 1987 nos 200m peito, mas logo depois ficou grávida e teve que se afastar da natação. Muitos pensavam que sua carreira tinha acabado, mas ela não só voltou a nadar como já estava de volta à melhor forma para os Jogos de Seul. Nos 100m peito, em um duelo com a alemã-oriental recordista mundial Silke Hörner, Bogomilova venceu a prova nos últimos 50 metros, coisa que ela não costumava fazer antes da gravidez. Emocionada, desabou em lágrimas e não conseguiu falar na entrevista coletiva. A prova foi um duelo entre as jovens Megan Quann, 16 anos, e Leisel Jones, 15, e a experiente campeã olímpica e recordista mundial Penny Heyns. Mas merece destaque a alemã Sylvia Gerasch, oitava colocada, que aos 31 anos disputava sua primeira Olimpíada, algo não usual para quem havia sido recordista mundial nos anos 80. Aos 15, em 1984, seria uma das favoritas, mas a Alemanha Oriental boicotou a Olimpíada. Mesmo tendo sido campeã mundial em 1986, ela não se classificou para os Jogos nas três edições seguintes, com destaque para 1992 em que ela ficou de fora por três centésimos. Considerada velha, foi demitida de seu clube em 1996, começou a trabalhar, mas voltou em 2000 e realizou seu sonho. O Brasil na prova Somente duas brasileiras nadaram os 100m peito em Olimpíadas, sem resultados expressivos. Cristina Teixeira ficou em 32º em 1972 e 27º em 1976, e Tatiane Sakemi chegou em 39º em 2008. Lendas – Penny Heyns Após a Primeira Guerra Mundial, a África do Sul foi autorizada pelo COI a participar de Jogos Olímpicos somente em 1992, por causa da política segregacionista do apartheid. Na natação, as primeiras medalhas de ouro do país vieram em Atlanta 1996 com Penny Heyns, que estudava psicologia na Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos. Em Atlanta, foi ouro nos 100m peito depois de ter batido o recorde mundial nas eliminatórias, e também venceu os 200m. Foi a primeira nadadora a vencer as duas provas em uma Olimpíada. Nos anos seguintes, bateu sucessivos recordes mundiais, mas em Sydney/ 2000 conseguiu apenas um bronze. Em 2008, foi eleita pela FINA uma das 10 melhores nadadoras da história. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 4 – 200m LIVRE FEMININO Mudança de dono Por Daniel Takata Gomes NÃO FALTAM CONCORRENTES PARA TOMAR DE PELLEGRINI O POSTO DE DONA DA PROVA Foi no 200m livre que a italiana Federica Pellegrini se projetou para o mundo, com a prata em Atenas 2004 com apenas 16 anos. O ouro em Pequim 2008 não foi seu auge, e sim sua performance no Mundial de Roma, no ano seguinte. Não perdeu a prova em grandes competições em piscina longa, mas justamente nas proximidades dos Jogos Olímpicos seu favoritismo começa a enfraquecer. Mesmo no Mundial do ano passado em que levou o ouro não fez o melhor tempo da competição. A americana Melissa Franklin não nadou a prova individual, mas abrindo o 4x200m fez um tempo que lhe daria a vitória. Ela não nadou tão bem a prova na seletiva americana, mas fez o suficiente para levar a vaga. Sua compatriota Allison Schmitt está mais bem cotada. Afinal, ela pode estar com os 400m livre desregulado, mas acertou perfeitamente o 200m na seletiva, batendo o recém melhor tempo da história em trajes têxteis conseguido pela francesa Camille Muffat – que conseguiu a marca no Mare Nostrum, teoricamente sem polir. Pellegrini terá que abaixar um segundo de seu melhor sem trajes, do já longínquo ano de 2010, para pensar em ouro, o que convenhamos é muito difícil. Sua melhor fase já passou e as constantes trocas de técnicos não ajudam. Ainda mais que a ainda jovem sueca Sarah Sjöström resolveu nadar bem a prova e a holandesa Femke Heemskerk parece ter adquirido tarimba depois de ter Allison Schmitt vacilado no Mundial (com o tempo da semifinal venceria a prova). Mas, para o ouro, Schmitt, Muffat e Franklin são as maiores apostas. Pellegrini nunca foi só um rostinho bonito, mas terá que se superar se não quiser ser lembrada somente por isso, ao menos nessa prova. BALIZAMENTO – TOP 10 1. ALLISON SCHMITT, USA 22 anos, 2ª Olimpíada 1:54.40 (jun/2012) 2. CAMILLE MUFFAT, FRA 22 anos, 1ª Olimpíada 1:54.66 (jun/2012) 3. MELISSA FRANKLIN, USA 17 anos, 1ª Olimpíada 1:55.06 (jul/2011) 4. SARAH SJOSTROM, SWE 18 anos, 1ª Olimpíada 1:55.23 (mar/2012) 5. FEMKE HEEMSKERK, NED 24 anos, 2ª Olimpíada 1:55.54 (jul/2011) Schmitt é considerada uma das mais divertidas atletas do time americano, sempre brincando e rindo. Mas há outra coisa nela que seu técnico Bob Bowman, com quem ela treina desde o ano passado, gosta. "Ela me agradece sempre ao fim dos treinos. Na verdade, ela já me agradece quando aparece para o aquecimento. É uma alegria tê-la por perto." No Paris Open deste ano, Muffat nadou os 800m livre para um excelente 8:23 passando para 4:18 e voltando para inacreditáveis 4:04! Além disso, 15 minutos depois, fez 1:56 nos 200m livre. Pelas medalhas de bronze nos 200m e 400m livre no Mundial de Xangai, ela foi eleita a Personalidade Esportiva de 2011 na França por jornalistas do país. Em 2008, aos 13 anos, Franklin foi a segunda nadadora mais jovem a disputar a seletiva olímpica americana. Com apenas 15, classificou-se para o Pan-Pacífico de 2010, e no mesmo ano conquistou sua primeira medalha internacional no Mundial de Curta. Em 2011, com ouro nos 200m costas e revezamentos no Mundial de Xangai ela foi eleita a melhor nadadora do mundo pela FINA. E com apenas 16 anos. Conhecida pelo seu recorde mundial nos 100m borboleta no Mundial de 2009 com apenas 15 anos, Sjöstrom foi se revelando uma nadadora muito versátil. No começo desse ano, ela chegou a ter a melhor marca da história dos 100m livre sem trajes, e obteve seu tempo nos 200m livre sem estar polida. Ela também é a recordista sueca nos 200m medley em piscina curta, com um respeitável 2:08. Heemskerk, velocista, tem a tendência de passar forte. Foi o que ocorreu na semi-final do Mundial do ano passado, em que fez 1:55.54. Com esse tempo, venceria a final. No entanto, na final, mantendo parciais parecidas até os últimos 50m, virou mais de meio segundo à frente de Pellegrini, mas foi ultrapassada não somente pela italiana, mas por outras cinco adversárias, piorando mais de dois segundos. 6. FEDERICA PELLEGRINI, ITA 24 anos, 3ª Olimpíada 1:55.58 (jul/2011) 7. KYLIE PALMER, AUS 22 anos, 2ª Olimpíada 1:55.73 (abr/2011) 8. BRONTE BARRATT, AUS 23 anos, 2ª Olimpíada 1:55.74 (abr/2011) 9. VERONIKA POPOVA, RUS 21 anos, 1ª Olimpíada 1:56.94 (mar/2011) 10. SILKE LIPPOK, GER 18 anos, 1ª Olimpíada 1:57.02 (jul/2011) Na natação feminina, Pellegrini é a única italiana campeã olímpica, e também a única a ter recordes mundiais em mais de uma prova. Seu técnico de longa data, Alberto Castagnetti, faleceu em 2010, o que a abalou fortemente. Ela passou a treinar com o francês Philippe Lucas, que declarou que "cada nadador tem somente um técnico. O de Federica foi Castagnetti." Ela já abandonou Lucas e voltou para a Itália. Em 2009, Palmer passou por uma cirurgia no ombro para reparar uma cartilagem e não disputou o Mundial daquele ano. Provavelmente por isso Pellegrini mostrou uma superioridade absurda nos 200m livre. Quando voltou, em 2011, Pellegrini não foi tão absoluta no Mundial de Xangai: Palmer virou os últimos 50m na sétima posição, mas chegou apenas seis centésimos atrás da italiana, que levou o ouro. Barratt sempre foi um dos destaques australianos desde as categorias de base. Aos 15 anos, venceu nada menos que nove títulos nacionais de categoria. Em 2005, conquistou cinco ouros no Pan-Pacífico Junior de natação. Em Pequim 2008, nadou os 200m e 400m livre, e foi ouro no 4x200m. Na seletiva australiana, venceu os 200m livre contra sua eterna rival e melhor amiga Kylie Palmer. Popova não teve um Campeonato Russo bom, e este servia como seletiva olímpica. Apesar de ter ganho os 100m e 200m livre, ela não nadou abaixo do índice olímpico. No entanto, a Federação Russa, devido aos bons resultados no ano passado (baixando em um segundo o recorde nacional dos 200m da época dos trajes), resolveu considerar seus tempos de 2011 e a convocou. Lippok é uma grata revelação alemã, que venceu cinco provas no Europeu Junior de 2010. Ela nada exatamente as mesmas provas que a ídola Franziska van Almsick (100m, 200m, 400m livre, 50m e 100m borboleta) e tem como objetivos superar o recorde alemão dos 200m que ainda é de Franzi e uma medalha olímpica. Mas não tem pretensões de seguir carreira de modelo. "Não sou tão bonita como ela." 200m LIVRE FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 Federica Pellegrini (ITA) – 1:54.82 Disputará a prova em Londres. Sara Isakovič (SLO) – 1:54.97 Disputará a prova em Londres. Pang Jiaying (CHN) – 1:55.05 Não foi selecionada pela Federação Chinesa, mas estará em Londres para revezamentos. NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1968 MAIOR VENCEDORA Ninguém venceu mais de uma vez MAIORES MEDALHISTAS Federica Pellegrini (ITA) – 1 ouro e 1 prata Claudia Poll (CRC) – 1 ouro e 1 bronze Shirley Babashoff (USA) e Franziska van Almsick (GER) – 2 pratas QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Franziska van Almsick (GER) – 1992, 1996, 2000 e 2004 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Franziska van Almsick (GER) – 1992, 1996 e 2004 Camelia Potec (ROU) – 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Kornelia Ender (GDR) sobre Shirley Babashoff (USA) em 1976 (1.96s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Susan O'Neill (AUS) sobre Martina Moravcová (SVK) em 2000 (0.08s) MAIS VELHA VENCEDORA Susan O'Neill (AUS), 27a1m17d em 2000 MAIS VELHA MEDALHISTA Claudia Poll (CRC), 3ª em 2000, 27a8m28d MAIS NOVA VENCEDORA Shane Gould (AUS), 15a9m9d em 1972 MAIS NOVA MEDALHISTA Franziska van Almsick (GER), 2ª em 1992, 14a3m22d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 3 4 2 9 Alemanha Or. 3 1 2 6 Austrália 2 0 0 2 Costa Rica 1 1 1 3 Itália 1 1 0 2 Romênia 1 0 0 1 Alemanha 0 2 2 4 Eslováquia 0 1 0 1 Eslovênia 0 1 0 1 Holanda 0 0 2 2 França 0 0 1 1 China 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1972 Munique Shane Gould (AUS), 2:03.56 1976 Montreal Kornelia Ender (GDR), 1:59.26 2008 Pequim F. Pellegrini (ITA), 1:55.45 (el.) 2008 Pequim Federica Pellegrini (ITA), 1:54.82 QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Federica Pellegrini (ITA), 1:52.98 EUROPEU 2010 Federica Pellegrini (ITA), 1:55.45 PAN-PACÍFICO 2010 Allison Schmitt (USA), 1:56.10 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Kylie Palmer (AUS), 1:57.50 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Zhu Qianwei (CHN), 1:56.65 MUNDIAL 2011 Federica Pellegrini (ITA), 1:55.58 PAN-AMERICANO 2011 Catherine Breed (USA), 2:00.08 EUROPEU 2012 Federica Pellegrini (ITA), 1:56.76 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Federica Pellegrini, ITA 2. Allison Schmitt, USA 3. Camille Muffat, FRA 4. Sara Isakovič, SLO 5. Pang Jiaying, CHN 6. Melissa Franklin, USA 7. Sarah Sjöström, SWE 8. Dana Vollmer, USA 9. Yang Yu, CHN 10. Laure Manaudou, FRA Tempo 1:52.98 1:54.40 1:54.66 1:54.97 1:55.05 1:55.06 1:55.23 1:55.29 1:55.47 1:55.52 Ano 2009 2012 2012 2008 2008 2011 2012 2009 2009 2007 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Allison Schmitt, USA 1:54.40 2012 2. Camille Muffat, FRA 1:54.66 2012 3. Melissa Franklin, USA 1:55.06 2011 4. Sarah Sjöström, SWE 1:55.23 2012 5. Federica Pellegrini, ITA 1:55.45 2010 6. Laure Manaudou, FRA 1:55.52 2007 7. Femke Heemskerk, NED 1:55.54 2011 8. Annika Lurz, GER 1:55.68 2007 9. Kylie Palmer, AUS 1:55.73 2011 10. Bronte Barratt, AUS 1:55.74 2011 RECORDES Mundial: Federica Pellegrini, ITA - 1:52.98 (2009) Olímpico: Federica Pellegrini, ITA - 1:54.82 (2008) Sul-americ.: Monique Ferreira, BRA - 1:59.78 (2009) Brasileiro: Monique Ferreira, BRA - 1:59.78 (2009) Norte-americ.: Allison Schmitt, USA - 1:54.40 (2012) Europeu: Federica Pellegrini, ITA - 1:52.98 (2009) Oceania: Kylie Palmer, AUS - 1:55.73 (2011) Asiático: Pang Jiaying, CHN - 1:55.05 (2008) Africano: Kirsty Coventry, ZIM - 1:57.04 (2008) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1976 – Montreal Em 1976, a americana Shirley Babashoff ficou com a prata, repetindo sua colocação de quatro anos antes. Pode-se dizer que ela foi a maior prejudicada pelo doping sistemático na Alemanha Oriental. Em Montreal, conquistou um ouro em revezamento e quatro pratas, todas atrás de alemãs-orientais. Se estas tivessem sido desclassificadas, Babashoff teria cinco ouros em uma Olimpíada, um feito ainda inédito para atletas americanas. 1996 - Atlanta Em Atlanta, a costa-riquenha Claudia Poll venceu os 200m livre e conquistou a primeira medalha de ouro olímpica da história de seu país, onde imediatamente se tornou heroína. Curiosamente, a primeira medalha olímpica da Costa Rica havia sido uma prata conquistada por Sylvia Poll, irmã de Claudia, em 1988, também nos 200m livre. Claudia Poll chegou a disputar um Troféu José Finkel pelo Flamengo, em 1997. 2004 – Atenas Em Barcelona 1992, a alemã Franziska van Almsick ficou com a prata, tendo feito nas eliminatórias um tempo que lhe daria o ouro. Em Atlanta 1996, ficou novamente com a prata, e seu tempo de abertura no 4x200m lhe daria a vitória. No Mundial de 1994, se poupou nas eliminatórias e ficou fora da final. Mas com a desistência de uma compatriota, herdou a vaga e bateu o recorde mundial. No Europeu de 1995, cometeu o mesmo erro e dessa vez teve que nadar a final B, onde fez um tempo melhor que a vencedora da final A. Depois de tantos vacilos, bateu o recorde mundial em 2002 e dizia-se pronta para conquistar o ouro que tanto perseguiu, mas em 2004 terminou apenas na quinta posição. O Brasil na prova A melhor colocação brasileira na prova foi de Mariana Brochado, que chegou em 23º em 2004. Ela havia sido semifinalista no Mundial do ano anterior. Patrícia Amorim, atual presidente do Flamengo, foi 25ª em 1988. Foi a primeira participação feminina brasileira em Olimpíadas desde 1972. Naquele ano, Lucy Burle havia chegado em 27º nos 200m livre. Além delas, somente Monique Ferreira nadou a prova, em 2008 (29º). Lendas – Debbie Meyer Por quatro temporadas, de seus 14 aos 18 anos, a americana Debbie Meyer foi a melhor nadadora do mundo. Nos Jogos de 1968, se tornou a primeira nadadora a conquistar três medalhas de ouros individuais em uma única Olimpíada (200m 400m e 800m livre). O ar rarefeito da Cidade do México a impediu de superar recordes mundiais como vinha fazendo nas competições anteriores (inclusive na Seletiva Americana), mas bateu recordes olímpicos e sua hegemonia foi absoluta. À época, treinava mais do que qualquer outra mulher no mundo e revolucionou os métodos de treinamento de provas de fundo. Seu tempo nos 400m livre em 1968 lhe daria a medalha de ouro na prova masculina na Olimpíada de 1956, ou seja, apenas 12 anos antes. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 4 – 200m BORBOLETA MASC. Maior que ele mesmo Por Daniel Takata Gomes EM SUA GRANDE ESPECIALIDADE, PHELPS PODE ATINGIR O OLIMPO Quando Michael Phelps bateu seu primeiro recorde mundial em 2001 aos 15 anos, chamaram-no de novo Ian Thorpe. Quando teve a primeira chance de ser multimedalhista olímpico, em 2004, era o novo Mark Spitz. Em 2008, ao conseguir a melhor performance da história olímpica, viram que Phelps era Phelps. E, nos 200m borboleta, a mesma prova em que bateu seu primeiro recorde e na qual se tornou o maior medalhista de ouro olímpico em 2008, ele pode se tornar mais que tudo isso. Se tudo correr bem, ele sobe ao pódio no 400m medley e no 4x100m livre, e nesta prova ultrapassa as 18 medalhas da ginasta soviética Larisa Latynina, a maior condecorada da história. Mas não será fácil. Ele mesmo admitiu que com seu tempo da seletiva americana não vence a prova em Londres. Ele deve saber que o japonês Takeshi Matsuda tem sido muito consistente (somente este ano nadou para 1:54 quatro vezes) e fatalmente fará 1:53. László Cseh, que em Pequim surpreendeu ao nadar a prova e mais ainda ao conquistar a prata, nadou para 1:54 esse ano pela primeira vez em trajes têxteis. Mas há pelo menos mais cinco nadadores nessa faixa que podem disputar medalha, e é para esse tempo que gostariam de nadar Kaio Márcio e Leonardo de Deus. Kaio, finalista olímpico, e Leonardo, campeão panamericano, podem surpreender. Atenção especial para o chinês Wu Peng, bronze Michael Phelps no último Mundial – e que no ano passado quebrou a invencibilidade de nove anos de Phelps na prova –, o australiano Nick D'Arcy, ávido para finalmente nadar uma Olimpíada, e o jovem sulafricano Chad le Clos, que ganhou tudo na Copa do Mundo do ano passado. BALIZAMENTO – TOP 10 1. MICHAEL PHELPS, USA 27 anos, 4ª Olimpíada 1:53.34 (jul/2011) 2. TAKESHI MATSUDA, JPN 28 anos, 3ª Olimpíada 1:54.01 (abr/2012) 3. WU PENG, CHN 25 anos, 3ª Olimpíada 1:54.67 (jul/2011) 4. NICK D’ARCY, AUS 25 anos, 1ª Olimpíada 1:54.71 (mar/2012) 5. BENCE BICZÓ, HUN 19 anos, 1ª Olimpíada 1:54.79 (jun/2011) Perguntado sobre qual evento com certeza nadaria em 2012, Phelps não titubeou: os 200m borboleta, pois é uma tradição familiar - suas irmãs também nadavam a prova. "Minha mãe não me deixaria sair dos 200m borbo." Além disso, foi a prova em que ele pegou sua primeira seleção olímpica, em 2000 aos 15 anos, e em que bateu seu primeiro recorde mundial, em 2001. Matsuda, bronze em 2008 nos 200m borboleta, deu sua medalha para sua técnica Yumiko Kuze. "Ela sacrificou muitas coisas para me treinar. Ela merece a medalha mais do que eu". Matsuda sempre passa o primeiro dia do ano com sua equipe no clube Tomi, em Miyazaki. Algo notável, pois o feriado é de grande importância no Japão, já que o Natal não é celebrado. Wu é um dos melhores nadadores do mundo da prova desde 2004, e foi o responsável pela quebra da invencibilidade de 9 anos de Phelps em 2011, ao derrotá-lo não só uma mas duas vezes consecutivas. Ele começou a levar a natação a sério em 1996, quando viu a natação masculina chinesa ir mal na Olimpíada de Atlanta e disse a seu pai que levaria a natação do país ao topo. D'Arcy ficou de fora da prova em Pequim 2008, apesar de ter se classificado, pois em uma festa quebrou a cara do ex-nadador Simon Cowley. Em 2009, também não pode viajar para o Mundial de Roma devido ao incidente. Só retornou às competições internacionais em 2010. Em 2012, chegou muito próximo ao seu recorde australiano, que foi obtido com um traje tecnológico em 2009. Quando era mais jovem, Biczó possuia quase todos os recordes nacionais de sua faixa etária. Em 2011, seu treinador Bela Santics sugeriu que forçasse os primeiros 100 metros ao invés de segurar um pouco, como fazem os especialistas nos 200m borboleta. Obteve o melhor tempo de sua vida e é assim que vem nadando desde então. É assim que deve nadar em Londres: passando no gás. 6. CHEN YIN, CHN 26 anos, 2ª Olimpíada 1:54.80 (jul/2011) 7. DINKO JUKIĆ, AUT 23 anos, 2ª Olimpíada 1:54.94 (jul/2011) 8. LÁSZLÓ CSEH, HUN 26 anos, 3ª Olimpíada 1:54.95 (mai/2012) 9. CHAD LE CLOS, RSA 20 anos, 1ª Olimpíada 1:55.07 (jul/2011) 10. TYLER CLARY, USA 23 anos, 1ª Olimpíada 1:55.12 (jun/2012) Chen tem desenvolvido uma recente rivalidade com o destaque chinês da prova Wu Peng. Ambos lutaram braçada a braçada pelo bronze no Mundial do ano passado, com Wu subindo ao pódio por 33 centésimos. Na seletiva chinesa, Chen virou o jogo ultrapassou o rival nos últimos 20 metros, finalmente conseguindo a vitória. Dinko Jukić é irmão de Mirna Jukić, medalhista olímpica em 2008. No ano passado, Dinko recusou-se a se submeter a um teste antidoping surpresa logo após seu treinamento. Ele alegou que as condições de higiene da piscina de Viena não eram adequadas para a coleta. Em geral, recusar um teste é similar a testar positivo, pela política internacional de doping. Ele foi julgado e recebeu somente uma advertência. Em 2008, Cseh, para surpresa de muitos, foi inscrito nos 200m – ele nunca havia a prova em uma competição internacional. E mais surpreendente ainda foi sua medalha de prata, atrás somente de Phelps. Ele diz que durante muito tempo, tinha o vídeo da prova em seu iPod, pois considera aquela sua performance memorável e sempre que podia assistia novamente para se motivar. Versátil, a maior especialidade de Le Clos é os 200m borboleta, em que é o atual campeão mundial de curta e dos Jogos da Com. Britânica. Seu ídolo é Michael Phelps, tanto que nada exatamente as mesmas provas: 100m e 200m borboleta e 200m e 400m medley. Ele é fanático por futebol e diz que seria jogador se não fosse nadador, e quer aproveitar a estadia em Londres para comprar camisas de times ingleses. Clary foi vice-campeão no Pan de 2007 nos 200m costas, atrás de Thiago Pereira, e terminou em 3º na seletiva americana em 2008 na prova. Especializou-se no medley e hoje é o terceiro melhor nadador do mundo, mas tem o azar de viver no mesmo país de Lochte e Phelps. Mas conseguiu a segunda vaga nos 200m borboleta, mesmo tendo nadado a prova após ter tido febre no dia da final da seletiva americana. 200m BORBOLETA MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1956 MAIORES VENCEDORES MEDALHISTAS DE 2008 Michael Phelps (USA) – 1:52:03 MEMÓRIA Disputará a prova em Londres. László Cseh (HUN) – 1:52.70 1956 – Melbourne O americano William Yorzyk foi o vencedor com 2:19.3. Em 1984, aos 57 anos, como nadador master, nadou as 200 jardas borboleta para 2:11.0, um tempo que convertido para piscina de 50 metros seria somente cerca de 10 segundos acima do tempo que ele havia feito 28 anos antes no auge de sua juventude e forma física. Disputará a prova em Londres. Takeshi Matsuda (JPN) – 1:52.97 Michael Phelps (USA) – 2004 e 2008 MAIORES MEDALHISTAS Disputará a prova em Londres. Michael Phelps (USA) – 2 ouros Carl Robie (USA), Michael Gross (FRG) e Tom Malchow (USA) – 1 ouro e 1 prata QUEM VENCEU DESDE 2008 QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) MUNDIAL 2009 Franck Esposito (FRA) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Michael Phelps (USA), 1:51.51 EUROPEU 2010 Denys Sylantiev (UKR) – 1996, 2000, 2004 e 2008 1972 – Munique Paweł Korzeniowski (POL), 1:55.00 PAN-PACÍFICO 2010 Vladan Marković (SRB) - 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Michael Phelps (USA), 1:54.11 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Valentin Kuzmin (URS) – 1960, 1964 e 1968 Denis Pankratov (RUS) – 1992, 1996 e 2000 Chad le Clos (RSA), 1:56.48 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Franck Esposito (FRA) – 1992, 1996 e 2000 Tom Malchow (USA) – 1996, 2000 e 2004 Takeshi Matsuda (JPN), 1:54.02 MUNDIAL 2011 Michael Phelps (USA) – 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Michael Phelps (USA), 1:53.34 PAN-AMERICANO 2011 Bill Yorzyk (USA) sobre Takashi Ishimoto (JPN) em 1956 (4.5s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Leonardo de Deus (BRA), 1:57.92 EUROPEU 2012 Carl Robie (USA) sobre Martyn Woodroffe (GBR) em 1968 (0.3s) László Cseh (HUN), 1:54.95 MAIS VELHO VENCEDOR TOP 10 ALL-TIME Nadador Michael Gross (FRG), 24a3m7d em 1988 2000 – Sydney Tempo Ano 1. Michael Phelps, USA 2. László Cseh, HUN 3. Takeshi Matsuda, JPN 1:51.51 2009 1:52.70 1:52.97 2008 2008 4. Pawel Korzeniowski, POL 5. Tyler Clary, USA 1:53.23 1:53.64 2009 2009 Neville Hayes (AUS), 2º em 1960, 16a9m0d 6. Gil Stovall, USA 7. Kaio Márcio, BRA QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) 8. Moss Burmester, NZL 9. Nikolay Skvortsov, RUS 10. Wu Peng, CHN 1:53.86 1:53.92 1:54.15 2008 2009 2009 1:54.31 1:54.35 2008 2008 MAIS VELHO MEDALHISTA Gyárgy Tumpek (HUN), 3º em 1956, 27a10m19d MAIS NOVO VENCEDOR Jon Sieben (AUS), 17a11m10d em 1984 MAIS NOVO MEDALHISTA País O P B T Estados Unidos 9 4 5 18 Austrália 2 1 2 5 Alemanha Ocid. 1 1 0 2 União Soviética 1 0 0 1 Rússia 1 0 0 1 Grã-Bretanha 0 2 1 3 Japão 0 2 1 3 Nova Zelândia 0 1 1 2 Hungria 0 1 1 2 Dinamarca 0 1 0 1 Ucrânia 0 1 0 1 Alemanha Or. 0 0 1 1 Venezuela 0 0 1 1 França 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Michael Phelps, USA 2. Takeshi Matsuda, JPN 1:52.09 1:54.01 2007 2011 3. Takashi Yamamoto, JPN 4. Nick D’Arcy, AUS 1:54.56 1:54.61 1:54.62 2004 2010 2002 1:54.67 1:54.79 2011 2011 8. Chen Yin, CHN 9. Pawel Korzeniowski, POL 1:54.80 1:54.93 2011 2007 10. Dinko Jukić, AUT 1:54.94 2011 5. Franck Esposito, FRA 6. Wu Peng, CHN 7. Bence Biczó, HUN RECORDES Mundial: Michael Phelps, USA - 1:51.51 (2009) Olímpico: Michael Phelps, USA - 1:52.03 (2008) Sul-americano: Kaio Márcio, BRA - 1:53.92 (2009) Ano Nadador e tempo 1960 Roma Mike Troy (USA), 2:12.8 1964 Tóquio Kevin Berry (AUS), 2:06.6 1972 Munique Mark Spitz (USA), 2:00.70 1976 Montreal Mike Bruner (USA), 1:59.23 Oceania: Moss Burmester, NZL - 1:54.15 (2009) 1984 L. Angeles Jon Sieben (AUS), 1:57.04 2008 Pequim Michael Phelps (USA), 1:52.03 Asiático: Takeshi Matsuda, JPN - 1:52.97 (2008) Africano: Sebastien Rousseau, RSA - 1:54.51 (2009) Brasileiro: Kaio Márcio, BRA - 1:53.92 (2009) Norte-americ.: Michael Phelps, USA - 1:51.51 (2009) Europeu: László Cseh, HUN - 1:52.70 (2008) http://www.swimchannel.com.br Nos Jogos de 1968, Mark Spitz chegou dizendo que conquistaria seis ouros. Não correspondeu às expectativas, não venceu nenhuma prova individual e em sua última prova, o 200m borboleta, apesar de ser o recordista mundial e de ter se classificado em primeiro nas eliminatórias, estava exausto mentalmente e com a confiança abalada. Terminou em oitavo, aumentando oito segundos de seu melhor. Em 1976, o 200m borbo foi sua primeira prova, e um fracasso poderia fazer sua campanha de quatro anos antes se repetir. Compreensivelmente nervoso, Spitz caiu para a prova e superou seu recorde mundial. Os demônios estavam exorcizados, e o caminho para as sete medalhas de ouro estava livre. Tom Malchow, aos 19 anos, era o nadador mais jovem da equipe americana de 1996, e lá conquistou a prata nos 200m borboleta. Em 2000, como recordista mundial, bateu recordes olímpicos nas eliminatórias, semifinal e final para conquistar o ouro. Na ocasião, o membro mais novo da equipe americana também nadou a final dos 200m borbo. Ele tinha 15 anos e seu nome era Michael Phelps. Desnecessário dizer que ele também venceu a prova quatro anos depois. O Brasil na prova A única final conquistada por um brasileiro na prova ocorreu justamente na última Olimpíada, quando Kaio Márcio de Almeida terminou na 7ª posição. Somente Eduardo Piccinini, em 1992, havia avançado de fase, quando disputou a final B e terminou em 15º no geral. Lendas – Michael Gross O alemão-ocidental Michael Gross foi o maior destaque dos Jogos de 1984, em Los Angeles. Chamado de “Albatroz” por sua envergadura de mais de dois metros, venceu os 200m livre e 100m borboleta com recordes mundiais. Em sua melhor prova, os 200m borboleta, no entanto, foi surpreendido pelo australiano Jon Sieben. Quatro anos mais tarde, em Seul, após dois títulos mundias, quatro europeus e quatro recordes mundias na prova, finalmente conseguiu o título olímpico em sua especialidade. Gross era muito querido dos nadadores e era conhecido pela camaradagem e por se portar como um lorde tanto nas vitórias quanto nas derrotas. Também se destacava como um filósofo da natação, com muitas frases de efeito. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 4 – 200m MEDLEY FEMININO Melhorar é preciso Por Daniel Takata Gomes FAVORITAS AINDA NÃO MOSTRARAM A QUE VIERAM ESTE ANO Se depender dos resultados deste ano, o 200m medley feminino será uma decepção em termos de tempos. A australiana Stephanie Rice, atual campeã olímpica, foi a única das principais favoritas que nadou bem esse ano, marcando seu melhor tempo da era pós-trajes e liderando o ranking mundial. Ela tem mais chances do bi aqui do que nos 400 medley, e sua experiência não pode ser ignorada. A seletiva americana foi emblemática: as classificadas Caitlin Leverenz e Ariana Kukors fizeram tempos bem acima do que já tinham feito esse ano no GP de Indianápolis, quando não estavam polidas, e bem piores do que no ano passado. Precisarão melhorar muito para brigar por pódio - logo Kukors, campeã mundial em 2009 com recorde mundial inacreditável e bronze no Mundial de 2011 brigando até o fim pelo ouro. Na ocasião, quem levou foi Ye Shiwen, então 15 anos, com um final de prova matador. Ela nem piorou tanto esse ano - apenas meio segundo, o que a coloca como concorrente ao ouro, se não sucumbir à pressão. A australiana Alicia Coutts, vice-campeã mundial, também terá que nadar mais do que nadou em 2012 – aumentou quase um segundo de seu tempo na seletiva australiana –, assim como a espanhola Mireia Belmonte. A britânica Hannah Miley diz que ficou decepcionada por não ter subido ao pódio em 2008, mas precisará melhorar cerca de um segundo e meio Stephanie Rice agora para ter chance. A húngara Katinka Hosszú fecha a lista de concorrentes ao pódio, se não surgir nenhuma surpresa. A brasileira Joanna Maranhão foi semifinalista em 2008 e tem boas chances de repetir o feito, mas para conseguir uma final terá que melhorar muito. BALIZAMENTO – TOP 10 1. YE SHIWEN, CHN 16 anos, 1ª Olimpíada 2:08.90 (jul/2011) 2. ALICIA COUTTS, AUS 24 anos, 2ª Olimpíada 2:09.00 (jul/2011) 3. ARIANA KUKORS, USA 23 anos, 1ª Olimpíada 2:09.12 (jul/2012) 4. STEPHANIE RICE, AUS 24 anos, 2ª Olimpíada 2:09.38 (mar/2012) 5. CAITLIN LEVERENZ, USA 21 anos, 1ª Olimpíada 2:09.39 (dez/2011) Shiwen venceu o Mundial do ano passado surpreendentemente, primeiro porque era uma novata de 15 anos, e segundo porque virou a parcial de crawl em quinto lugar. Seu final de prova de 29.42 é o melhor da história em trajes têxteis. Sem trajes tecnológicos, ninguém nunca conseguiu fechar abaixo de 30s. Mesmo nos 200m livre é difícil alguma nadadora fechar com um tempo como o dela. Quando Coutts tinha sete anos, seu pai morreu de câncer, do qual sofria desde que sua filha tinha seis meses. No mesmo dia, ela iria participar de seu primeiro festival de natação. Mesmo contra a vontade de sua mãe, ela foi nadar. "Preciso fazer isso pelo papai." Ela venceu todas as provas que disputou. Desde então, disputa todas as provas por seu pai. "Penso nele o tempo todo", disse ela em 2011. Em 2008, Kukors ficou a oito centésimos da vaga nos Jogos. Em 2009, também não conseguiu vaga no Mundial, mas com a desistência de Elizabeth Pelton dos 200m medley, ela foi convocada e bateu o recorde mundial. Agora, pensava seriamente em parar de nadar se não conseguisse vaga olímpica. Sua classificação foi dramática, ironicamente derrotando a própria Pelton nos metros finais. Nos últimos anos, Rice envolveu-se em diversas polêmicas na internet. Em 2008, postou uma foto sensual vestida de policial, e foi criticada por querer aparecer demais. Em 2010, publicou um comentário homofóbico no twitter, e no início de 2012 publicou uma foto provocando seu ex-namorado, um jogador de rugby. Ainda este ano publicou uma foto ousada em um biquini curtíssimo e novamente foi criticada. Leverenz tem tido um ano e tanto. Além de garantir vaga para sua primeira Olimpíada, sua equipe, a Universidade da Califórnia, venceu o NCAA e ela foi escolhida a nadadora da competição com quatro vitórias. Ela exorciza todos seus fantasmas após um terceiro e dois quartos lugares na seletiva de 2008, um trauma do qual muitos não se recuperam. 6. MIREIA BELMONTE, ESP 21 anos, 2ª Olimpíada 2:10.26 (mar/2011) 7. HANNA MILEY, GBR 22 anos, 2ª Olimpíada 2:10.77 (mar/2012) 8. KATINKA HOSSZÚ, HUN 23 anos, 3ª Olimpíada 2:10.84 (mai/2012) 9. ERICA MORNINGSTAR, CAN 23 anos, 2ª Olimpíada 2:11.23 (mar/2011) 10. KIRSTY COVENTRY, ZIM 28 anos, 4ª Olimpíada 2:11.36 (mai/2011) Pode uma nadadora especialista em fundo e borboleta também ser competitiva em provas de peito? Pode, quando estamos falando de Mireia Belmonte. Ela nadou os 200m peito em Pequim, além da parcial de peito no 4x100m medley. Esse é um grande diferencial: enquanto suas rivais que, como ela, são fortes no borboleta e livre têm dificuldade no peito, é nesse estilo que ela aproveita para deslanchar. Apesar de suas grandes performances, Miley não treina em piscina olímpica. Ela nada em uma piscina de 25 metros que às vezes não está completamente cheia, e diz que é difícil até mesmo para dar viradas. Ela divide os treinos com cerca de 25 nadadores na piscina que tem somente quatro raias. Mas ela não reclama e não planeja mudar. “Está funcionando.” Certa vez Hosszú foi perguntada se ela pudesse levar cinco rivais para jantar, quem seriam. Ela escolheu Zsuzsanna Jakabos, Evelyn Verrasztó, Stephanie Rice, Kirsty Coventry e Jessicah Schipper. No entanto, ela diz que não se importa com suas adversárias, e que em sua maior conquista, o 400m medley no Mundial de 2009, ela foi capaz de faze-lo porque esqueceu suas rivais. Morningstar destaca a experiência de um treinamento de campo com a seleção canadense, no ano passado, para passar alguns dias com o Cirque du Soleil. "Eles também treinam e se dedicam como os atletas, mas nós competimos poucas vezes e eles se apresentam 400 vezes por ano, e tem que dar seu melhor sempre! É interessante ver como eles se prepararam, mais mentalmente do que fisicamente". Em 2000, Coventry se tornou a primeira nadadora do Zimbábue a atingir uma semifinal olímpica, nos 100m costas. Por isso, foi eleita a melhor esportista do ano no país. Quanta diferença das Olimpíadas seguintes, nas quais conquistou dois ouros, quatro pratas e um bronze. Por isso, após os Jogos de 2008 recebeu uma recompensa de 100 mil dólares, que doou para instituições de caridade. 200m MEDLEY FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 Stephanie Rice (AUS) – 2:08.45 Disputará a prova em Londres. Kirsty Coventry (ZIM) – 2:08.59 Disputará a prova em Londres. Natalie Coughlin (USA) Não tentou vaga para a prova na seletiva americana. NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1968 MAIOR VENCEDORA Yana Klochkova (UKR) – 2000 e 2004 MAIORES MEDALHISTAS Yana Klochkova (UKR) – 2 ouros Daniela Hunger (GDR) e Lin Li (CHN) – 1 ouro e 1 bronze Kirsty Coventry (ZIM) – 1 prata e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Joscelin Yeo (SIN) – 1992, 1996, 2000 e 2004 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Lin Li (CHN) – 1988, 1992 e 1996 Marianne Limpert (CAN) – 1992, 1996 e 2000 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Claudia Kolb (USA) sobre Sue Pedersen (USA) em 1968 (4.1s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Stephanie Rice (AUS) sobre Kirsty Coventry (ZIM) em 2008 (0.14s). MAIS VELHA VENCEDORA QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Ariana Kukors (USA), 2:06.15 EUROPEU 2010 Katinka Hosszú (HUN), 2:10.09 PAN-PACÍFICO 2010 Emily Seebohm (AUS), 2:09.93 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Alicia Coutts (AUS), 2:09.70 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Ye Shiwen (CHN), 2:09.37 MUNDIAL 2011 Ye Shiwen (CHN), 2:08.90 PAN-AMERICANO 2011 Julia Smit (USA), 2:13.73 EUROPEU 2012 Katinka Hosszú (HUN), 2:10.84 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Ariana Kukors, USA 2. Stephanie Rice, AUS 3. Katinka Hosszú, HUN 4. Hui Qi, CHN 5. Kirsty Coventry, ZIM 6. Shiwen Ye, CHN 7. Alicia Coutts, AUS 8. Julia Smit, USA 9. Camille Muffat, FRA 10. Caitlin Leverenz, USA Michelle Smith (IRL), 26a7m8d em 1996 MAIS VELHA MEDALHISTA Michelle Smith (IRL), 1ª em 1996, 26a7m8d MAIS NOVA VENCEDORA Shane Gould (AUS), 15a9m5d em 1972 MAIS NOVA MEDALHISTA Kornelia Ender (GDR), 2ª em 1972, 13a10m3d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 2 4 4 10 Austrália 2 0 1 3 Ucrânia 2 0 0 2 Alemanha Or. 1 1 0 2 China 1 0 1 2 Irlanda 1 0 0 1 Romênia 0 1 1 2 Zimbábue 0 1 1 2 União Soviética 0 1 0 1 Canadá 0 1 0 1 Alemanha 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1972 Munique Shane Gould (AUS), 2:23.07 1992 Barcelona Lin Li (CHN), 2:11.65 2008 Pequim Stephanie Rice (AUS), 2:08.45 Tempo 2:06.15 2:07.03 2:07.46 2:08.32 2:08.59 2:08.90 2:09.00 2:09.34 2:09.37 2:09.39 Ano 2009 2009 2009 2009 2008 2011 2011 2009 2009 2011 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Shiwen Ye, CHN 2:08.90 2011 2. Alicia Coutts, AUS 2:09.00 2011 3. Ariana Kukors, USA 2:09.12 2011 4. Stephanie Rice, AUS 2:09.38 2012 5. Caitlin Leverenz, USA 2:09.39 2011 6. Yanyan Wu, CHN 2:09.72 1997 7. Emily Seebohm, AUS 2:09.93 2010 8. Elizabeth Pelton, USA 2:10.02 2011 9. Katie Hoff, USA 2:10.05 2006 10. Katinka Hosszú, HUN 2:10.09 2010 RECORDES Mundial: Ariana Kukors, USA - 2:06.15 (2009) Olímpico: Stephanie Rice, AUS - 2:08.45 (2008) Sul-americ.: Joanna Maranhao, BRA - 2:12.12 (2009) Brasileiro: Joanna Maranhao, BRA - 2:12.12 (2009) Norte-americano: Ariana Kukors, USA - 2:06.15 (2009) Europeu: Katinka Hosszú, HUN - 2:07.46 (2009) Oceania: Stephanie Rice, AUS - 2:07.03 (2009) Asiático: Qi Hui, CHN - 2:08.32 (2009) Africano: Kirsty Coventry, ZIM - 2:08.59 (2008) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1968 – Cidade do México Quando tinha 14 anos, a americana Claudia Kolb surpreendeu e foi prata nos 200m peito em 1964. Quatro anos depois, mais experiente e mais completa, não deu chances à concorrência nas provas de medley, vencendo por nada menos que quatro segundos de vantagem os 200m. 1992 – Barcelona A batalha mais feroz da história olímpica da prova, entre a chinesa Lin Li e a americana Summer Sunders. No Mundial de 1994, elas já tinham duelado, com vantagem para Li. Em Barcelona, Sanders assumiu a liderança no borboleta, Li a ultrapassou no costas, Sanders deu o troco no peito e ambas estavam emparelhadas faltando 10 metros, mas Li conseguiu a ultrapassagem e levou o ouro por 26 centésimos. 2004 – Atenas A ucraniana Yana Klochkova vinha conquistando todos os títulos importantes do medley desde 1999. A exceção ficou por conta dos 200m medley no Mundial de 2001, em que ficou atrás da americana Maggie Bowen. Por isso, não foi surpresa que sua vitória em Atenas tenha sido a mais difícil de suas quatro olímpicas, mas não sobre Bowen, que sequer se classificou para aquela Olimpíada, e sim sobre a americana Amanda Beard. Com isso, Klochkova se tornou a única mulher a conquistar a dobradinha do medley por duas Olimpíadas. O Brasil na prova Apenas três mulheres representaram o Brasil. Em 2004, Joanna Maranhão chegou à semifinal, terminando na 11ª posição. Em 2008, ela ficou em 22º, mesma posição obtida por Gabrielle Rose em 1996. Em 1972, Maria Isabel Guerra ficou em 31º. Lendas – Tracy Caulkins Para a americana Tracy Caulkins, versatilidade era a chave do sucesso. Entre 1971 e 1984, conseguiu ser recordista americana de provas em todos os estilos – um feito único na história. Tamanha versatilidade lhe permitia conquistar diversos feitos até hoje insuperáveis – é a nadadora que mais conquistou títulos americanos e a que mais estabeleceu recordes nacionais nos Estados Unidos. Não é de se admirar, portanto, que se destacasse nas provas de medley. No auge da carreira, em 1980, foi privada de conquistar seus primeiros ouros olímpicos devido ao boicote político. Em 1984, nadando em seu país, provou que não tinha adversárias ao vencer os 200m e 400m medley, além do 4x100m medley, nadando a parcial de peito. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 4 – 4x200m LIVRE MASCULINO American way Por Daniel Takata Gomes APÓS RETOMADA A HEGEMONIA, OS AMERICANOS NÃO PRETENDEM PERDÊ-LA A exemplo da equipe holandesa do 4x100m livre, o time americano do 4x200m domina as principais competições há alguns anos com exatamente os mesmos nadadores. Desta vez, um dos integrantes, Peter Vanderkaay não irá nadar. Mas o favoritismo continua o mesmo. Com o campeão e vice mundial Ryan Lochte e Michael Phelps, o ouro é quase certo. O recorde mundial e o olímpico, no entanto, terão que esperar. A França, por incrível que pareça, tem mais chances de pódio do que no 4x100m livre. Isso porque Yannick Agnel é o líder do ranking dos 200m livre, e Amaury Leveaux também está entre os melhores. Uma evolução e tanto para uma equipe que há quatro anos nem fez final. Aliás, a promessa de 2008 era a equipe da Rússia, que na ocasião terminou com a prata, com perspectivas de ameaçar o domínio americano nos anos seguintes. Mas seus nadadores se dedicaram mais à velocidade e as chances agora são reduzidas. Quem pode ser a surpresa é a equipe chinesa. Bronze no último Mundial, podem surpreender, com destaque para Sun Yang e Shun Wang. Mas os nadadores terão que melhorar o que fizeram na seletiva chinesa, ou a equipe pode ficar até fora da final. A tradicional Austrália ainda se ressente da aposentadoria de Grant Hackett, que há quatro anos foi o principal nadador da equipe no bronze olímpico, e será muito difícil repetir o pó- Lochte, Berens, Vanderkaay e Phelps dio. Assim como a equipe italiana, bronze em 2004 e 4º em 2008, até então a melhor equipe europeia. Mais chances tem a Alemanha, de Paul Biedermann, cuja performance pode determinar o destino da equipe. Japão e Grã-Bretanha têm chances reduzidas. BALIZAMENTO – TOP 10 1. ESTADOS UNIDOS 7:02.67 (jul/2011) 2. FRANÇA 7:04.81 (jul/2011) 3. CHINA 7:05.67 (jul/2011) 4. ALEMANHA 7:08.32 (jul/2011) 5. AUSTRÁLIA 7:08.48 (jul/2011) Como Michael Phelps não nadará os 200m livre, ele certamente abrirá a prova para a equipe americana e tentará bater o tempo vencedor da prova individual. Desde que ele começou a nadar o revezamento com a seleção, no Mundial de 2003, em todas as ocasiões ele abriu. Mas jamais fez tempo melhor que na prova individual, quando nadou na mesma competição. A última vez que a França subiu no pódio olímpico da prova foi em 1952. Na última Olimpíada, sequer chegou à final. Mas suas perspectivas melhoraram com o surgimento de Yannick Agnel. Amaury Leveaux, que estaria bem balizado nos 200m, não irá nadar a prova individual para se dedicar aos revezamentos.Desta vez, o 4x200m francês tem mais chances que o 4x100m. A China jamais havia conquistado uma medalha em um revezamento masculino em uma competição de nível mundial. O tabu foi quebrado no Mundial de 2011, com o bronze no 4x200m. No entanto, eles nadaram muito mal na seletiva chinesa – Shun Wang sequer chegou à final, Zhang Ling aumentou quatro segundos e mesmo Sun Yang piorou um segundo. Somando os tempos, estão apenas em 7º este ano. Em certo momento da história, Alemanha Ocidental e Oriental tinham grandes equipes - fizeram pódio nos Jogos Olímpicos de 1988, e a dobradinha no Mundial de 1986. Paul Biedermann vem carregando o time nas costas nos últimos anos. No Mundial de 2009, por exemplo, ele abriu para 1:42.81, mas seus compatriotas mantiveram média de 1:46 (era época dos trajes) e a equipe ficou na 5ª posição. Primeiro, Ian Thorpe e Michael Klim se aposentaram, tirando a Austrália da briga pelo ouro do 4x200m. Depois Grant Hackett também parou, e chegar ao pódio ficou ainda mais difícil. No Mundial de 2009, Patrick Murphy foi responsável por dar o bronze à equipe. Mas entrou em uma fase ruim e não se classificou para Londres. Por isso, as chances australianas são reduzidas. 6. JAPÃO 7:10.46 (jul/2011) 7. GRÃ-BRETANHA 7:10.84 (jul/2011) 8. ITÁLIA 7:12.18 (jul/2011) 9. ÁUSTRIA 7:13.34 (jul/2011) 10. HUNGRIA 7:13.60 (mai/2012) Na época dos “peixes voadores japoneses”, o Japão conseguiu dois ouros na prova, em 1932 e 1936. Mas não chega ao pódio desde 1964. Na realidade, devido à evolução física, privilegiando nadadores altos, o Japão não tem destaque no nado livre há décadas, ao contrário dos outros estilos. Comparativamente, as chances no 4x100m são ainda menores que no 4x200m, em que a resistência conta muito. A equipe britânica foi a primeira campeã da prova, em 1908, liderada por Henry Taylor, o maior nadador da história do país. Apesar disso, não tem muita tradição na prova. Mas tem estado em finais, como nos últimos Jogos Olímpicos (6ª posição) e nos últimos dois Mundiais. Robert Renwick e Ross Davenport estiveram em todos esses times e nadarão também em Londres. No início da década, a Itália era a melhor equipe europeia. Com as estrelas Massi Rosolino, Emiliano Brembilla e Filippo Magnini, ficou muito perto do pódio em Sydney 2000, a menos de 30 centésimos da medalha de prata, e foi bronze em Atenas 2004. É a única medalha italiana em revezamentos na história da natação olímpica. A Áustria não tem nenhuma tradição na prova, e só participou duas vezes, em 1936 e em 2008. Em Pequim, por pouco não alcançou a final. Exatamente a mesma história ocorreu no Mundial de 2011, em que a equipe ficou a três centésimos da oitava colocada. Markus Rogan, conhecido costista, nadou os dois revezamentos. Rogan também nada bem os 200m livre e já venceu a prova no Troféu José Finkel. As quatro medalhas olímpicas da Hungria na prova foram conquistadas até 1948. No Mundial de 2011, nem participou. Mas fez um tempo razoável no Europeu este ano, conquistou a bronze e conseguiu classificação olímpica. László Cseh nada bem os 200m livre (é o recordista nacional), mas dificilmente nada o revezamento. No Europeu resolveu nadar e uma parte da boa performance é creditada a ele. 4x200m LIVRE MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1908 MAIORES VENCEDORES 12 atletas têm 2 ouros MAIORES MEDALHISTAS Klete Keller (USA) – 2 ouros e 1 prata Grant Hackett (AUS) – 1 ouro, 1 prata e 1 bronze Henry Taylor (GBR) – 1 ouro e 2 bronzes QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Anders Holmertz (SWE) – 1984, 1988, 1992 e 1996 Emiliano Brembilla (ITA) – 1996, 2000, 2004 e 2008 Massi Rosolino (ITA) – 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (4) Anders Holmertz (SWE) – 1984, 1988, 1992 e 1996 Massi Rosolino (ITA) – 1996, 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Estados Unidos sobre Austrália em 1920 (21s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Estados Unidos sobre Alemanha Oc. em 1984 (0.04s) MAIS VELHO VENCEDOR Cecil Healy (AUS), 30a7m17d em 1912 MAIS VELHO MEDALHISTA Henry Taylor (GBR), 3º em 1920, 35a5m12d MAIS NOVO VENCEDOR MEDALHISTAS DE 2008 Estados Unidos – 6:58.56 Disputará a prova em Londres. Rússia – 7:03.70 Disputará a prova em Londres. Austrália – 7:04.98 Disputará a prova em Londres. Yasuji Miyazaki (JPN), 15a9m25d em 1932 Alemanha, 7:09.17 MEMÓRIA 1908 – Londres A Hungria tinha um time forte e contava com Zoltán von Halmay, recordista mundial dos 100m livre. Ele fechou o revezamento e parecia que rumava para uma fácil vitória, quando começou a perder a consciência nos últimos 50 metros. Ele ainda conseguiu terminar a prova na segunda posição atrás dos americanos, mas teve que ser retirado rapidamente da piscina antes que se afogasse. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Estados Unidos, 6:58.55 EUROPEU 2010 1984 – Los Angeles Rússia, 7:06.71 PAN-PACÍFICO 2010 Estados Unidos, 7:03.84 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Austrália, 7:10.29 JOGOS ASIÁTICOS 2010 China, 7:07.68 MUNDIAL 2011 Estados Unidos, 7:02.67 PAN-AMERICANO 2011 2004 – Atenas Estados Unidos, 7:15.07 EUROPEU 2012 MAIS NOVO MEDALHISTA Yasuji Miyazaki (JPN), 1º em 1932, 15a9m25d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B Estados Unidos 15 5 2 Austrália 2 4 2 Japão 2 3 1 União Soviética 1 1 3 Grã-Bretanha 1 0 4 Australásia 1 0 0 Com. Est. Indep. 1 0 0 Hungria 0 2 2 Alemanha Ocid. 0 2 1 Suécia 0 2 1 Alemanha Or. 0 2 0 Alemanha 0 1 1 Rússia 0 1 0 França 0 0 2 Canadá 0 0 1 Brasil 0 0 1 Holanda 0 0 1 Itália 0 0 1 T 22 8 6 5 5 1 1 4 3 3 2 2 1 2 1 1 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS (DESDE 1956, SENÃO NÃO CABE!) Ano Nadador e tempo 1956 Melbourne Austrália, 8:23.6 1960 Roma Estados Unidos, 8:10.2 1964 Tóquio Estados Unidos, 7:52.1 1972 Munique Estados Unidos, 7:35.78 1976 Montreal Estados Unidos, 7:30.33 (elim.) 1976 Montreal Estados Unidos, 7:23.22 1984 L. Angeles Estados Unidos, 7:18.87 (elim.) 1984 L. Angeles Estados Unidos, 7:15.69 1988 Seul Estados Unidos, 7:12.51 1992 Barcelona Comun. Est. Independ., 7:11.95 2000 Sydney Austrália, 7:07.05 2008 Pequim Estados Unidos, 6:58.56 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Estados Unidos 2. Rússia 3. Austrália 4. Japão 5. Alemanha 6. Itália 7. França 8. Grã- Bretanha 9. China 10.Canadá Tempo 6:58.55 6:59.15 7:01.65 7:02.26 7:03.19 7:03.48 7:04.81 7:05.67 7:05.67 7:05.77 Ano 2009 2009 2009 2009 2009 2009 2011 2009 2011 2008 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Estados Unidos 2. Austrália 3. França 4. China 5. Rússia 6. Alemanha 7. Itália 8. Canadá 9. Japão 10. Grã-Bretanha 7:02.67 7:04.66 7:04.81 7:05.67 7:06.71 7:08.13 7:09.60 7:09.73 7:10.39 7:10.84 2011 2001 2011 2011 2010 2010 2006 2005 2010 2011 RECORDES Mundial: Estados Unidos - 6:58.55 (2009) Olímpico: Estados Unidos - 6:58.56 (2008) Sul-americano: Brasil - 7:09.71 (2009) Brasileiro: Brasil- 7:09.71 (2009) Norte-americano: Estados Unidos - 6:58.55 (2009) Europeu: Rússia - 6:59.15 (2009) Oceania: Austrália - 7:01.65 (2009) Asiático: Japão - 7:02.26 (2009) Africano: África do Sul - 7:08.01 (2009) http://www.swimchannel.com.br Talvez a prova mais emocionante da história. Os alemães ocidentais, que contavam com o campeão olímpico dos 200m livre Michael Gross, eram os favoritos. Os americanos resolveram utilizar uma tática suicida e abriram com seus melhores nadadores. Mas quando Gross caiu na água, alcançou Bruce Hayes em 50 metros e o ultrapassou aos 100. Aos 150m, Gross tinha clara vantagem, mas o impossível aconteceu: Hayes diminuiu a distância e venceu na última braçada, por apenas quatro centésimos. Uma prova parecida com a de 1984, desta vez com os australianos, que não perdiam a prova desde 1997 e tinham Ian Thorpe, Michael Klim e Grant Hackett, como favoritos. Quando Thorpe, vencedor dos 200m livre, caiu na água para fechar o revezamento contra Klete Keller e o alcançou em 50 metros, parecia que a prova estava acabada. Mas Keller conseguiu segurar o australiano durante toda a prova e na última braçada venceu por 13 centésimos. O Brasil na prova Em 1980, a equipe formada por Jorge Fernandes, Marcus Mattiolli, Cyro Delgado e Djan Madruga conquistou a medalha de bronze em uma prova em que todos tiveram a performance de suas vidas. Só para se ter uma idéia, Fernandes, que havia ficado em 16º na prova individual, abaixou quase dois segundos na abertura do revezamento com um tempo que lhe daria vaga na final da prova, e todos os outros a seguir fizeram tempos parecidos com o dele e até abaixo. O Brasil também chegou a final em 1932 (7º), 1948 (8º) e 1992 (7º). Lendas – Murray Rose A tradição australiana em provas de fundo começou com Murray Rose. Australiano naturalizado (nasceu na Escócia), Rose foi o primeiro bicampeão olímpico dos 400m livre, feito repetido por Ian Thorpe. Foi a sensação dos Jogos de 1956, realizados em Melbourne. Por causa de sua alimentação vegetariana, era conhecido como “alga ambulante”. Beneficiando-se de estar em seu país natal, seus pais levavam sua comida até a Vila Olímpica. Rose também venceu os 1500m e o revezamento 4x200m livre naqueles Jogos. Tinha apenas 17 anos e virou herói nacional da noite para o dia. Quatro anos depois, conquistou mais três medalhas (sendo um ouro no 4x200m). Alguns técnicos americanos (Rose treinou e estudou alguns anos nos Estados Unidos) já declararam que Rose foi provavelmente o maior nadador da história. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 5 – 200m PEITO MASCULINO Supremacia do sol nascente Por Daniel Takata Gomes O JAPÃO DOMINA O RANKING MUNDIAL. PODE DOMINAR TAMBÉM O PÓDIO EM LONDRES “Pular da varanda do Kiyomizu-dera” é uma expressão japonesa que significa fazer algo ousado e com muita força de vontade, em referência ao famoso templo em Kyoto. A dedicação dos japoneses é algo notável, mas se há uma prova em que isso é mais evidente é o 200m peito masculino. Os três melhores tempos desde 2011 são de nadadores nipônicos, entre 2011 e 2012 quatro dos seis melhores nadadores da prova são japoneses e em 2012 três dos seis primeiros são de lá. Não é surpresa que os dois primeiros balizados sejam japoneses. Também não é surpresa que Kosuke Kitajima chegue com favoritismo. É verdade que na seletiva ele tomou um calor de Ryo Tateishi, mas por todo o histórico Kitajima é o favorito. Os dois têm os melhores tempos da era pós-trajes e podem fazer uma dobradinha, o que ampliaria a liderança do paós no quadro tórico de medalhas da prova. Mas o húngaro Dániel Gyurta, atual campeão mundial, é a maior ameaça. Foi prata em 2004 com apenas 15 anos e agora está mais maduro. Dois alemães também devem brigar pelo pódio: a revelação Christian vom Lehn, bronze no Mundial do ano passado, e Marco Koch, que não para de melhorar e fez um bom tempo sem polir. Esperava-se mais dos americanos, até porque os favoritos Brendan Hansen e Eric Shanteau não conseguiram classificação. Scott Weltz e Clark Burckle terão Kosuke Kitajima que melhorar para pensarem em pódio, assim como os brasileiros Henrique Barbosa e Tales Cerdeira. Alberto Silva projeta 2:08 para entrarem na final, e aí a disputa pela medalha estaria aberta. E então eles não hesitariam em também pular da varanda do Kiyomizu. BALIZAMENTO – TOP 10 1. KOSUKE KITAJIMA, JPN 29 anos, 4ª Olimpíada 2:08.00 (abr/2012) 2. RYO TATEISHI, JPN 23 anos, 1ª Olimpíada 2:08.17 (abr/2012) 3. DÁNIEL GYURTA, HUN 23 anos, 3ª Olimpíada 2:08.41 (jul/2011) 4. MARCO KOCH, GER 22 anos, 1ª Olimpíada 2:08.74 (jun/2012) 5. CHRISTIAN V LEHN, GER 20 anos, 1ª Olimpíada 2:08.97 (jun/2011) Em 2004, Kitajima comemorava muito suas vitórias, causando até um desconforto para os americanos que torciam por Brendan Hansen. Após uma delas, em uma entrevista, popularizou a expressão "chokimochi-ii", uma espécie de junção de palavras que significa algo como "me sinto muito bem". A palavra venceu um concurso internacional de neologismos de 2004. Tateishi está entre os melhores do mundo nos últimos anos, mas ainda não tem medalhas em Mundiais ou Olimpíadas. Em 2008, era o 10º no ranking dos 200m peito, mas não nadou os Jogos porque na seletiva terminou em 3º, perdendo a vaga por 16 centésimos. Apesar de ter feito o segundo melhor tempo da história sem trajes, disse que precisa melhorar, pois não se vê no pódio em com esse tempo. Prata em 2004 com 15 anos, é o segundo mais novo medalhista masculino da história da natação olímpica. É o atual bi mundial, mas somente em 2011 conseguiu o que sempre sonhou: vencer Kosuke Kitajima. No Mundial de 2009, o japonês não participou. Respeitosamente se refere a Kitajima como "rei", mas diz que o ouro olímpico é seu objetivo final, e, mais que isso, "acredito que seja meu destino." Em 2009, Koch fez 2:08.33 nos 200m peito, o 4º melhor tempo da história da prova até então. Quando os trajes tecnológicos foram abolidos, seu melhor até 2012 havia sido 2:11.47. Pensava-se que ele era um dos nadadores que só nadava bem com trajes, mas esse ano fez 2:09 e provou o contrário, entrando entre os melhores do ranking mundial. Em sua primeira grande competição internacional, vom Lehn foi bronze no Mundial de Xangai, no ano passado, com apenas 19 anos. Atenção para seu final de prova, que surpreendeu a todos, afinal ele virou os primeiros 50m em 5º e os 100m e 150m em 6º, superando no final, entre outros, o favorito ao pódio Eric Shanteau, dos Estados Unidos. 6. SCOTT WELTZ, USA 25 anos, 1ª Olimpíada 2:09.01 (jun/2012) 7. ANDREW WILLIS, GBR 21 anos, 1ª Olimpíada 2:09.33 (mar/2012) 8. P. SAMILIDIS, GRE 18 anos, 1ª Olimpíada 2:09.72 (mai/2012) 9. CLARK BURCKLE, USA 24 anos, 1ª Olimpíada 2:09.72 (jun/2012) 10. LAURENT CARNOL, LUX 22 anos, 2ª Olimpíada 2:09.78 (jan/2012) Weltz foi a maior surpresa da seletiva americana, ao derrotar os favoritos Brendan Hansen e Eric Shanteau. A surpresa foi, antes de tudo, por ele não ser um novato (já tem 25 anos) e nunca ter se destacado antes. Em 2008, na seletiva olímpica, sua melhor posição foi um 30º lugar. Nunca conseguiu uma final A em NCAA. Seu melhor tempo nos 200m era 2:12.37. À época da seletiva britânica, o tempo de Willis foi o melhor do ranking mundial. Foi a redenção para ele e Michael Jamieson, que haviam ficado em quarto e terceiro nos 100m peito, respectivamente. Andrew é treinado por seu pai, Nigel Willis. Ele é o recordista nacional dos 200m peito em piscina curta, com um tempo obtido em 2011, ou seja, após a era dos trajes tecnológicos. Samilidis foi campeão europeu junior no ano passado nos 50m e 100m peito, mas evoluiu nos 200m, e agora inexplicavelmente tem bons tempos nos 50m e 200m, e não nos 100m. Ele está entre os 10 primeiros do ranking mundial nos 50m e 200m peito, mas nos 100m está em 47º. Ele busca ser o primeiro medalhista grego na natação desde a primeira Olimpíada, em 1896. Ao contrário de seu compatriota Scott Weltz, Burckle está na elite da natação americana há algum tempo e foi finalista nos 200m peito e 400m medley na seletiva americana de 2008, e já foi campeão no NCAA. Ele é irmão de Caroline Burckle, bronze no 4x200m livre em Pequim 2008. Apesar de não ser velocista, tem um dos melhores tempos de reação do mundo: na seletiva americana, foi de 0.62. Carnol treina e estuda química na Universidade de Loughborough, na Inglaterra. Se destaca por ser um ótimo aluno, tendo recebido prêmios por seu desempenho acadêmico. Em 2008, ele ficou nas eliminatórias dos 200m peito, mas agora deseja repetir o feito de Laury Koster, única nadadora de Luxemburgo a alcançar uma final olímpica, em 1924, curiosamente também nos 200m peito. 200m PEITO MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1908 MAIORES VENCEDORES Yoshiyuki Tsuruta (JPN) – 1928 e 1932 Kosuke Kitajima (JPN) – 2004 e 2008 MAIORES MEDALHISTAS Y. Tsuruta (JPN) e Kosuke Kitajima (JPN) – 2 ouros John Hencken (USA), David Wilkie (GBR) e Norbert Rózsa (HUN) – 1 ouro e 1 prata Reizo Koike (JPN) e Nick Gillingham (GBR) – 1 prata e 1 bronze Teófilo Yldefonso (PHI) – 2 bronzes QUEM MAIS NADOU (3 PARTICIPAÇÕES) 24 atletas nadaram 3 vezes QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Erwin Sietas (GER) – 1928, 1932 e 1936 Teófilo Yldefonso (PHI) – 1928, 1932 e 1936 Egon Henninger (GER) – 1960, 1964 e 1968 Nick Gillingham (GBR) – 1988, 1992 e 1996 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Håkan Malmrot (SWE) sobre Thor Henning (SWE) em 1920 (4.8s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA John Davies (AUS) sobre Bowen Stassforth (USA) em 1952 (0.3s) MAIS VELHO VENCEDOR Yoshiyuki Tsuruta (JPN), 28a9m12d em 1932 MAIS VELHO MEDALHISTA William Robinson (GBR), 2º em 1908, 38a0m25d MAIS NOVO VENCEDOR Ian O'Brien (AUS), 17a7m12d em 1964 MAIS NOVO MEDALHISTA Dániel Gyurta (HUN), 2º em 2004, 15a3m14d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B Japão 6 3 2 Estados Unidos 5 3 6 Hungria 2 4 0 Grã-Bretanha 2 3 1 Austrália 2 2 0 Alemanha 1 3 2 União Soviética 1 2 2 Suécia 1 1 1 Itália 1 0 1 México 1 0 0 Canadá 1 0 0 Bélgica 0 1 0 África do Sul 0 1 0 Filipinas 0 0 2 Finlândia 0 0 1 Holanda 0 0 1 Suíça 0 0 1 Espanha 0 0 1 Rússia 0 0 1 França 0 0 1 T 11 14 6 6 4 6 5 3 2 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1908 Londres Fred Holman (GBR), 3:09.2 1964 Tóquio Ian O'Brien (AUS), 2:27.8 1972 Munique John Hencken (USA), 2:21.55 1976 Montreal David Wilkie (GBR), 2:15.11 1984 L. Angeles Victor Davis (CAN), 2:13.34 1992 Barcelona Mike Barrowman (USA), 2:10.16 MEDALHISTAS DE 2008 MEMÓRIA Kosuke Kitajima (JPN) – 2:07.64 Disputará a prova em Londres. 1956 – Melbourne Brenton Rickard (AUS) – 2:08.88 Disputará a prova em Londres. Hugues Duboscq (FRA) Não conseguiu classificação na seletiva francesa. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Dániel Gyurta (HUN), 2:07.64 EUROPEU 2010 Dániel Gyurta (HUN), 2:08.95 1968 – Cidade do México PAN-PACÍFICO 2010 Kosuke Kitajima (JPN), 2.08.36 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Brenton Rickard (AUS), 2:10.89 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Naoya Tomita (JPN), 2:10.36 MUNDIAL 2011 Dániel Gyurta (HUN), 2:08.41 PAN-AMERICANO 2011 Sean Mahoney (USA), 2:11.62 EUROPEU 2012 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Christian Sprenger, AUS Tempo 2:07.31 Ano 2009 2. Eric Shanteau, USA 3. Kosuke Kitajima, JPN 4. Dániel Gyurta, HUN 2:07.42 2:07.51 2:07.64 2009 2008 2009 5. Giedrius Titenis, LTU 6. Brenton Rickard, AUS 2:07.80 2:07.89 2:08.17 2009 2009 2012 2:08.25 2:08.33 2011 2009 2:08.44 2009 10. Henrique Barbosa, BRA TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador 1. Kosuke Kitajima, JPN 2. Ryo Tateishi, JPN Tempo 2:08.00 2:08.17 Ano 2012 2012 3. Naoya Tomita, JPN 4. Dániel Gyurta, HUN 2:08.25 2:08.41 2011 2011 5. Brendan Hansen, USA 6. Marco Koch, GER 7. Christian vom Lehn, GER 2:08.50 2:08.74 2:08.97 2006 2012 2011 8. Scott Weltz, USA 9. Akihiro Yamaguchi, JPN 10. Eric Shanteau, USA 2:09.01 2:09.22 2:09.28 2012 2012 2011 RECORDES Mundial: Christian Sprenger, AUS - 2:07.31 (2009) Olímpico: Kosuke Kitajima, JPN - 2:07.64 (2008) Sul-americ.: Henrique Barbosa, BRA - 2:08.44 (2009) Brasileiro: Henrique Barbosa, BRA - 2:08.44 (2009) Norte-americano: Eric Shanteau, USA - 2:07.42 (2009) Europeu: Dániel Gyurta, HUN - 2:07.64 (2009) Oceania: Christian Sprenger, AUS - 2:07.31 (2009) Asiático: Kosuke Kitajima, JPN - 2:07.51 (2008) Africano: Neil Versfeld, RSA - 2:09.61 (2009) http://www.swimchannel.com.br Já era o 10º dia de disputas dos Jogos e o país sede ainda não havia conquistado nenhum ouro. Ele veio de maneira emocionante, com Felipe Muñoz, que não era um dos favoritos nos 200m peito. O milagre aconteceu depois dele passar os primeiros 100 metros em quarto lugar e assumir a liderança somente nos últimos metros, para delírio da torcida. Mal terminou a prova e foi retirado d’água para ser carregado, em lágrimas, ao redor da piscina. É a única medalha de ouro mexicana na história da natação olímpica. 1996 – Atlanta Dániel Gyurta (HUN), 2:08.60 7. Ryo Tateishi, JPN 8. Naoya Tomita, JPN 9. Marco Koch, GER Em 1952, todos os finalistas utilizavam o nado borboleta nos 200m peito, o que levou a FINA a separar os dois estilos. Mas as controvérsias ainda estavam longe de terminar. O vencedor de 1956, o japonês Masaru Furukawa, venceu a prova passando 75% do tempo embaixo d’água. Isso levou a FINA a limitar o nado submerso e a criar a filipina, o que ocasionou um aumento dos tempos dos nadadores para os Jogos seguintes. Com muita tradição no nado de peito, a Hungria fez a dobradinha em 1996 com Norbert Rózsa e Károly Güttler. O russo Andrei Korneyev, que chegou em terceiro, testou positivo para um estimulante e teve sua medalha cassada, promovendo o britânico Nick Gillingham ao pódio. Mas na semana seguinte o Tribunal Arbitral do Esporte revogou a suspensão de Korneyev e ele teve sua medalha devolvida. O trauma só não foi maior para Gillingham porque ele já tinha uma prata e um bronze nos 200m peito de 1988 e 1992. O Brasil na prova Willy Otto Jordan tem a melhor performance brasileira, com um 6º lugar em 1948. Apesar de essa ser seu melhor desempenho olímpico, Otto Jordan é conhecido por um outro feito: foi o primeiro brasileiro a nadar os 100m livre abaixo do minuto, em 1940. Apesar de ser o único brasileiro finalista na prova, de 1932 a 1988, o Brasil só não teve representante em 1980. No entanto, nenhum brasileiro nadou em 1992, 1996 e 2000, uma fase ruim do nado de peito brasileiro, que depois disso voltou a se fortalecer. Lendas – Victor Davis Victor Davis foi um dos nadadores canadenses mais renomados. Em sua curta carreira (se aposentou aos 25 anos), bateu recordes mundiais no nado de peito e foi campeão Olímpico, Mundial, PanPacífico e da Comunidade Britânica. Na Olimpíada de Los Angeles 1984, foi prata nos 100m e ouro nos 200m peito, prova em que superou seu próprio recorde mundial e venceu com a maior margem de vantagem na prova desde 1924. Alguns meses após deixar as piscinas, em 1989, foi atropelado por um carro depois de sair de uma casa noturna em Montreal. Davis morreu dois dias depois. Suas cinzas foram jogadas ao mar com um punhado da raia 5 da piscina da Universidade de Southern California, na qual ele havia nadado para ganhar seu ouro olímpico. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 5 – 200m BORBOLETA FEM. Filme repetido? Por Daniel Takata Gomes CHINESAS ESPERAM REPETIR O FEITO DE PEQUIM E XANGAI: DOBRADINHA NO PÓDIO O resultado dos 200m borbo feminino em Pequim, há quatro anos, foi talvez o mais surpreendente da natação olímpica. As chinesas Liu Zige e Jiao Liuyang sequer estavam entre as 10 melhores do mundo, mas fizeram uma dobradinha inesperada, ambas abaixo do recorde mundial. Além de ser a campeã olímpica, Zige é a atual recordista mundial, com um tempo absurdo obtido em 2009 que na época foi o índice técnico mais forte de todos os recordes. Zige ficou com o bronze no último Mundial, prova ganha pela compatriota Liuyang. Seria natural que a dobradinha tivesse boas possibilidades de se repetir. Mas, assim como Jessicah Schipper e Otylia Jedrzejczak chegaram a 2008 favoritas mas não conseguiram o ouro, pode acontecer o mesmo com as chinesas. Isso porque a japonesa Natsumi Hoshi fez o melhor tempo da história sem trajes têxteis esse Ellen Gandy, Jiao ano e mostrou uma Liuyang e Liu Zige prova muito madura, sem se afobar, com uma volta muito forte. Além disso, Zige não teve um bom Campeonato Chinês e correu o risco de não ser convocada o foi somente pelo histórico. A britânica Ellen Gandy perdeu o ouro do Mundial para Liuyang por apenas quatro centési- chipper, por sua vez, desta vez está atramos e também deve brigar. Sua compa- sada e precisará mais do que experiência triota Jemma Lowe tem como melhor para derrotar as mais jovens. Joanna tempo 2:05 baixo, mas isso foi antes do Maranhão também nadará a prova e ela Mundial do ano passado. Desde então, o diz que sente-se tão preparada para os melhor que fez foi nadar um segundo a- 200m borbo quanto para as provas de cima da marca. Capacidade ela tem. S- medley. Pode vir uma surpresa boa. BALIZAMENTO – TOP 10 1. LIU ZIGE, CHN 23 anos, 2ª Olimpíada 2:04.40 (abr/2011) 2. JIAO LIUYANG, CHN 20 anos, 2ª Olimpíada 2:04.44 (abr/2011) 3. NATSUMI HOSHI, JPN 21 anos, 2ª Olimpíada 2:04.69 (abr/2012) 4. JEMMA LOWE, GBR 22 anos, 2ª Olimpíada 2:05.36 (jun/2011) 5. ELLEN GANDY, GBR 20 anos, 2ª Olimpíada 2:05.59 (jul/2011) Zige foi uma grande surpresa ao vencer a prova em 2008, melhorando três segundos em relação ao seu melhor tempo anterior. Ela e Oussama Mellouli, nos 1500m, foram os únicos vencedores a não estarem balizados entre os 10 primeiros. Zige provocou controvérsia, pois treinou um tempo com Ken Wood, técnico de sua adversária Jessicah Schipper, e Wood vendeu programas de treino para o treinador de Liu. Apesar de ter sido uma surpresa em Pequim 2008, Liuyang não apareceu do nada. Ela havia nadado o Mundial de 2007 e terminado na quarta posição. Ela nadou o Mundial Militar no Rio no ano passado e venceu as três provas de borboleta. Viajou para a China para o Mundial de Xangai onde teve somente alguns dias de readaptação ao fuso e mesmo assim venceu os 200m borboleta. Hoshi disse que em Pequim 2008 estava feliz apenas por fazer parte da seleção japonesa. Agora, seu objetivo é mais alto. No último Mundial, ficou fora do pódio por apenas um centésimo. "Não quero nunca mais ter esse sentimento horrível novamente." Ela passa lento e tem volta forte. "Sei que minhas rivais me odeiam por causa disso. Só preciso tomar cuidado para não passar muito devagar." Lowe ficou aliviada por ter conseguido a vaga britânica na segunda posição, depois de ter ficado em 3º nos 100m. Jessica Dickons, amiga de Lowe e Gandy, cresceu junto com elas na equipe Smart Track, e não teve a mesma sorte: ficou na terceira posição, assim como em 2008, ficando pela segunda vez consecutiva sem a vaga olímpica por muito pouco. Gandy, experiente, prata no Mundial de 2011, executou um erro primário que quase custou sua vaga olímpica na prova durante a seletiva olímpica: começou a prova muito forte, foi assim até os 150m e morreu no final (parciais: 27-30-3235!!). "Foi a prova mais dolorosa da minha vida." Seu técnico Rohan Taylor não gostou nada. "Precisamos analisar o que aconteceu para que isso não aconteça de novo." 6. MIREIA BELMONTE, ESP 21 anos, 2ª Olimpíada 2:06.25 (mar/2011) 7. CAMILLE ADAMS, USA 20 anos, 1ª Olimpíada 2:06.52 (jun/2012) 8. JESSICAH SCHIPPER, AUS 25 anos, 3ª Olimpíada 2:06.64 (jul/2011) 9. KATINKA HOSSZÚ, HUN 23 anos, 2ª Olimpíada 2:07.03 (mai/2012) 10. KATHLEEN HERSEY, USA Mireia gosta muito do Brasil e já esteve três vezes competindo no país. A primeira foi no Mundial Junior de 2006, quando conquistou dois ouros. Em 2011 e 2012 nadou o Troféu Maria Lenk pelo Flamengo. Quando criança, chegou a jogar tênis. "Mas eu era muito nova e achava as regras difíceis. Para mim, era mais fácil nadar." Escolha sábia. Hoje, no entanto, ela tem em Rafael Nadal um de seus ídolos. Adams disputou os 400m medley na seletiva americana, mas terminou em terceiro. O trauma nem foi tão grande porque ela ficou muito longe da segunda colocada. Depois, venceria os 200m borbo usando a hoje exótica respiração lateral. Ela foi a segunda classificada do time do Texas&AM. A primeira havia sido Breeja Larson, nos 100m peito, uma surpresa – Adams, por sua vez, estava entre as favoritas. Schipper é uma das australianas mais experientes. Em 2009, foi escolhida como a melhor nadadora australiana do ano, um prêmio concorridíssimo no país. Ela bateu o recorde mundial da prova em 2006, mas poderia ter batido antes, no Mundial de 2005, quando sua rival Otylia Jedrzejczak chegou na frente com uma chegada irregular, com uma mão, mas polemicamente não foi desclassificada. Hosszú, campeã mundial dos 400m medley em 2009, tem no medley sua especialidade. Não ligava muito para o borboleta, tanto que nem nadou a prova na Olimpíada de 2008. Mas depois do bronze no Mundial de 2009 resolveu dar mais atenção à prova, ganhou os dois Europeus do período e, apesar de sequer ter chegado á semi no Mundial do ano passado, fez bons tempos em 2012, nadando quatro vezes para 2:07. Hersey tem em seus pais sua maior inspiração. Ela é adotada, e sua mãe faleceu esse ano de câncer. Seu pai usa uma cadeira de rodas desde a década de 80, mas mantém uma vida ativa. Hersey conquistou quatro ouros no Pan do Rio 2007. Ela espera se recuperar da performance na final dos 200m borbo em Pequim, um dia que, segundo ela, “tudo deu errado”, desde o ônibus atrasado até o traje errado. 22 anos, 2ª Olimpíada 2:07.72 (jun/2012) 200m BORBOLETA FEMININO HISTÓRIA E NÚMERO MEDALHISTAS DE 2008 NÚMEROS GERAIS MEMÓRIA Liu Zige (CHN) – 2:04.18 EM OLIMPÍADAS 1968 – Cidade do México Disputará a prova em Londres. Desde 1968 Jiao Liuyang (CHN) – 2:04.72 MAIOR VENCEDORA Disputará a prova em Londres. Jessicah Schipper (AUS) – 2:06.26 Ninguém venceu mais de uma vez A holandesa Ada Kok era conhecida como a “Gigante Gentil”, pela sua altura (1,83m) e pela sua simpatia. Mas ela não parecia predestinada a vencer uma Olimpíada, apesar de bater recordes mundiais e dominar competições internacionais. Em 1964, ficou com duas pratas. Em 1968, sua performance estava ainda pior – um quarto e um sétimo. Por isso, poucos acreditavam nela nos 200m borboleta. Mas, virando para os últimos 50 metros na terceira posição, chegou na frente por somente um décimo. Sua vitória causou comoção e foi uma das mais comemoradas pelos presentes. Disputará a prova em Londres. MAIORES MEDALHISTAS Susan O'Neill (AUS) – 1 ouro, 1 prata e 1 bronze QUEM VENCEU DESDE 2008 Petria Thomas (AUS) – 2 pratas e 1 bronze MUNDIAL 2009 Jessicah Schipper (AUS), 2:03.41 QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) EUROPEU 2010 María Peláez (ESP) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Katinka Hosszú (HUN), 2:06.71 Mette Jacobsen (DEN) – 1992, 1996, 2000 e 2004 PAN-PACÍFICO 2010 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Jessicah Schipper (AUS), 2:06.90 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Susan O'Neill (AUS) – 1992, 1996 e 2000 Jessicah Schipper (AUS), 2:07.04 Mette Jacobsen (DEN) – 1996, 2000 e 2004 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Petria Thomas (AUS) – 1996, 2000 e 2004 Jiao Liuyang (CHN), 2:05.79 MUNDIAL 2011 Otylia Jędrzejczak (POL) – 2000, 2004 e 2008 Jiao Liuyang (CHN), 2:05.55 Yuko Nakanishi (JPN) – 2000, 2004 e 2008 PAN-AMERICANO 2011 Kim Vandenberg (USA), 2:10.54 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Mary T. Meagher (USA) sobre Karen Phillips (AUS) em 1984 (3.66s) EUROPEU 2012 Katinka Hosszú (HUN), 2:07.28 MENOR MARGEM DE VITÓRIA TOP 10 ALL-TIME Ines Geissler (GDR) sobre Sybille Schünrock (GDR) em 1980 (0.01s) Nadador 1. Liu Zige, CHN 2. Jessicah Schipper, AUS Tempo Ano 2:01.81 2:03.41 2009 2009 MAIS VELHA VENCEDORA 3. Mary Descenza, USA 2:04.14 2009 Susan O'Neill (AUS), 22a11m24d em 1996 4. Katinka Hosszú, HUN 2:04.27 2009 MAIS VELHA MEDALHISTA 5. Jiao Liuyang, CHN 2:04.44 2011 Petria Thomas (AUS), 2ª em 2004, 28a11m24d 6. Natsumi Hoshi, JPN 7. Ellen Gandy, GBR 2:04.69 2:04.83 2012 2009 MAIS NOVA VENCEDORA 8. Aurore Mongel, FRA 2:05.09 2009 Andrea Pollack (GDR), 15a2m11d em 1976 9. Jemma Lowe, GBR 2:05.36 2011 MAIS NOVA MEDALHISTA 10. Gong Jie, CHN 2:05.38 2012 Andrea Pollack (GDR), 1ª em 1976, 15a2m11d TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) Ano 2011 O Brasil na prova 2:04.44 2:04.69 2011 2012 A melhor colocação foi obtida por Maria Isabel Guerra, um 21º lugar em 1972. Além dela, nadaram Rosemary Ribeiro (27º em 1976) e Joanna Maranhão (22º em 2008). P B T Estados Unidos 4 1 3 8 4. Jemma Lowe, GBR 2:05.36 2011 8 5. Gong Jie, CHN 2:05.38 2012 6. Jessicah Schipper, AUS 2:05.40 2006 2:05.59 2:05.61 2011 2005 1 Austrália 1 4 4 9 China 1 2 0 3 7. Ellen Gandy, GBR 8. Otylia Jedrzejczak, POL Holanda 1 0 0 1 9. Susan O'Neill, AUS 2:05.81 2000 10. Misty Hyman, USA 2:05.88 2000 Polônia 1 0 0 1 Alemanha Ocid. 0 0 1 1 Irlanda 0 0 1 1 Japão 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo RECORDES Mundial: Liu Zige, CHN - 2:01.81 (2009) Olímpico: Liu Zige, CHN - 2:04.18 (2008) Sul-americ.: Joanna Maranhao, BRA - 2:09.41 (2009) Brasileiro: Joanna Maranhao, BRA - 2:09.41 (2009) Norte-americ.: Mary Descenza, USA - 2:04.14 (2009) Europeu: Katinka Hosszú, HUN - 2:04.27 (2009) Oceania: Jessicah Schipper, AUS - 2:03.41 (2009) 1972 Munique Karen M-Thornton (USA), 2:15.57 2008 Pequim Liu Zige (CHN), 2:04.18 A chinesa Liu Zige conquistou a única medalha de ouro na natação para o país sede em 2008. Foi uma surpresa, pois ela não constava entre as melhores do ranking mundial. Ela derrotou a australiana recordista mundial Jessicah Schipper, o que causou controvérsia, pois foi descoberto que o técnico de Schipper, Ken Wood, havia vendido programas de treinamento para o técnico de Zige. Tempo O 4 2008 – Pequim 2:04.40 País 3 A australiana Susan O’Neill era a campeã olímpica, não perdia a prova fazia seis anos e havia acabado de superar o lendário recorde mundial de Mary T. Meagher de 18 anos. A americana Misty Hyman não estava cotada sequer para o pódio por muitas razões. Sua principal força. o nado submerso, havia sido limitado a 15 metros. Asmática, teve sua condição agravada e quase abandonou o esporte antes da seletiva americana. Em Sydney, ficou doente e perdeu treinos. E ela era conhecida por morrer no final da prova. Mas isso não aconteceu em Sydney, onde ela melhorou seu tempo em quatro segundos. Foi uma das maiores surpresas da história. O silêncio das arquibancadas era desolador, lembrando o “Maracanazzo” de 1950. Tanto que todos puderam ouvir uma incrédula Hyman gritar “Oh my God!” por onze vezes. Nadador 1. Liu Zige, CHN 2. Jiao Liuyang, CHN 3. Natsumi Hoshi, JPN Alemanha Or. 2000 – Sydney Asiático: Liu Zige, CHN - 2:01.81 (2009) Africano: Kathryn Meaklim, RSA - 2:09.41 (2008) http://www.swimchannel.com.br Lendas – Mary T. Meagher Se houve uma nadadora que esteve a frente de seu tempo, ela foi a americana Mary T. Meagher. Seus recordes nas provas de borboleta estabelecidos em 1981 duraram quase 20 anos, e até hoje os tempos figuram entre os melhores da história. Ficou conhecida como “Madame Butterfly”, em analogia à ópera italiana de Giácomo Puccini. Não pôde disputar os Jogos de 1980 devido ao boicote, mas em 1984 foi absoluta nas provas de borbo e no revezamento medley. Como não tinha adversárias, seu maior objetivo até o final da carreira foi superar seus recordes, o que não conseguiu. Competiu até 1988, quando não teve uma boa performance nos Jogos de Seul – seu melhor tempo do ano lhe daria o ouro nos 200m borbo, mas só conseguiu o bronze. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 5 – 100m LIVRE MASCULINO Contra o retrospecto Por Daniel Takata Gomes JAMES MAGNUSSEN NADA PARA SUPERAR RECENTES TRAUMAS AUSTRALIANOS NA PROVA Em 2000, Michael Klim bateu o recorde mundial dos 100m livre abrindo o revezamento, mas não chegou ao pódio da prova individual. Em 2008, Eamon Sullivan foi além: recordes mundiais no revezamento e na semifinal dos 100m, mas também perdeu o ouro. Por isso, James Magnussen pode sentir a pressão de uma Austrália inteira nas costas: ele é o único australiano líder do ranking mundial e atual campeão mundial. Mas isso não parece abalá-lo. Melhorou ainda mais na seletiva, ameaçou o recorde mundial de Cesar Cielo e caminha a passos largos para o primeiro ouro australiano da prova desde 1968. Cielo, por sua vez, tenta a única grande conquista em provas de velocidade que lhe resta. A tarefa é dificílima, ainda mais com outro australiano, James Roberts, no meio do caminho. Como Roberts se comportará é uma incógnita, pois é estreante em James Magnussen competições internacionais. Para Cielo, uma ida de 22.6 como no Mundial de Xangai e uma volta de 24.5 como o Pan de Guadalajara resultaria em um tempo semelhante ao de Magnussen. Mas outros também podem brigar, como o canadense Brent Hayden, medalhista de prata no Mundial do Mundial de Curta de 2010. E, fechando a ano passado. O francês William Meynard, lista de candidatos ao pódio, o americano que tirou Cielo do pódio do Mundial por Nathan Adrian, de quem se esperava apenas um centésimo, não se classificou. mais na seletiva americana. Isso porque Em seu lugar, Yannick Agnel pode vir será necessário 47 para medalha. Nicolas embalado por um bom 200m livre, e Fa- Nilo já foi finalista mundial e tem chanbien Gilot, que já incomodou Cielo no ces de repetir o feito. BALIZAMENTO – TOP 10 21 anos, 1ª Olimpíada 47.10 (mar/2012) 2. JAMES ROBERTS, AUS 21 anos, 1ª Olimpíada 47.63 (mar/2012) 3. CESAR CIELO, BRA 25 anos, 2ª Olimpíada 47.84 (out/2011) 4. BRENT HAYDEN, CAN 28 anos, 3ª Olimpíada 47.95 (jul/2011) 5. YANNICK AGNEL, FRA 20 anos, 1ª Olimpíada 48.02 (mar/2012) Magnussen é treinado por Brant Best na mesma piscina onde foi realizada os Jogos Olímpicos de Sydney 2000. Coincidentemente, foi nessa piscina onde Pieter Hoogenband marcou 47.84 nos 100m livre, marca que durou por 11 anos como melhor tempo da história em trajes têxteis. O tempo seria superado pelo próprio Magnussen, no Mundial de Xangai 2011 Roberts, com seu tempo de 47.63, foi a grande surpresa da seletiva australiana. Seu tempo foi exatamente o mesmo que Magnussen fez no Mundial de 2011. Além disso e de terem o mesmo primeiro nome, Roberts e Magnussen nasceram no mesmo dia: 11 de abril de 1991, ambos pesam 90 kg e ambos tem 1.95m! Seu avô, Ron Roberts, foi um lendário jogador de rúgbi das décadas de 40 e 50. Sucessor de Gustavo Borges, Cielo começou a brilhar exatamente quando Gustavo encerrava a carreira. A primeira medalha de Cielo no Troféu Brasil foi em 2004, no 4x100m livre, a última medalha de Gustavo na competição, que dividia time com Cielo. A primeira competição de nível mundial de Cielo foi o Mundial de Curta de 2004, a primeira em que Gustavo não participou. Lá, Cielo foi prata no 4x100m livre. Hayden já conquistou medalhas em todos os tipos de competições internacionais. Foi campeão mundial dos 100m livre em 2007. No entanto, em duas Olimpíadas, não conseguiu medalha. Em 2008, teve uma chance enorme. Abriu o revezamento 4x100m livre para 47.56, tempo que lhe daria o bronze na prova individual. No entanto, sequer chegou à final. Sorte de Cielo, que terminou em 3º com 47.67. Agnel desistiu dos 400m livre, prova em que tinha reais chances de medalha, para se concentrar mais em velocidade. Funcionou e fez um tempo excepcional na seletiva francesa nos 100m livre para quem sempre foi meio fundista. Seu nome é derivado da lenda do tênis Yannick Noah, de quem hoje ele é grande amigo. “Ele é como um irmão mais velho para mim”, diz ele. 6. NATHAN ADRIAN, USA 23 anos, 2ª Olimpíada 48.05 (jul/2011) 7. FABIEN GILOT, FRA 28 anos, 3ª Olimpíada 48.13 (jul/2011) 8. GRAEME MOORE, RSA 28 anos, 1ª Olimpíada 48.15 (jul/2011) 9. NIKITA LOBINTSEV, RUS 23 anos, 2ª Olimpíada 48.21 (abr/2012) 10. LUCA DOTTO, ITA 22 anos, 1ª Olimpíada 48.24 (jul/2011) Os olhos puxados de Adrian não são por acaso: sua mãe é chinesa. Ele tem uma medalha de ouro por ter nadado a eliminatória do 4x100m livre em 2008. Nos últimos quatro anos, ele foi o único nadador do mundo que bateu Cesar Cielo nos 50m livre (Pan-Pacífico de 2010), mas, ironicamente, não nadará a prova na Olimpíada por ter ficado em terceiro na Seletiva Americana. Gillot e Camille Lacourt, seu companheiro de treinos em Marselha, compuseram um rap às vésperas do Mundial de Xangai, no ano passado. A inusitada parceria, chamada Marseille-Shanghai, versa sobre o dia a dia dos nadadores e a preparação para a competição. Gilot é um dos franceses que nos últimos anos chegaram perto de bater Cielo, mas sem sucesso – em seu caso, no Mundial de Curta de 2010. Moore vive nos Estados Unidos, onde se graduou esse ano na Universidade de Berkeley. Ele é candidato ao pódio. Mas seu melhor tempo foi obtido abrindo o revezamento no Mundai do ano passado. Na prova individual, piorou quase meio segundo e ficou fora da final. Esse ano, decepcionou no Campeonato Sul-Africano e fez somente 49.56, ficando em quarto lugar. Terá que mostrar mais consistência. Em Pequim, Lobintsev era fundista e nadou 400m e 1500m, além do revezamento 4x200m medalha de prata. Nos anos seguintes, tornou-se meio fundista, com tempos expressivos nos 200m e 400m. Esse ano, fez tempos ruins nas duas provas na seletiva russa e parecia fora da Olimpíada. Eis que surpreendentemente revelouse uma faceta de velocista e ele fez um dos melhores tempos do mundo nos 100m livre. Em 2010, Dotto tornou-se o segundo italiano a nadar os 100m livre abaixo dos 49 segundos em trajes têxteis – o primeiro fora o bicampeão mundial Filippo Magnini. No ano anterior, ainda na categoria Junior, ele bateu, também nos 100m, um recorde italiano de categoria lendário: pertencia a Giorgio Lamberti desde 1989. Lamberti foi um grande nadador recordista mundial dos 200m livre por 10 anos. 1. JAMES MAGNUSSEN, AUS 100m LIVRE MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1896 (disputado em 1904 como 100 jardas) MAIORES VENCEDORES Duke Kahanamoku (USA) (1912 e 1920), Johnny Weissmuller (USA) (1924 e 1928), Alexander Popov (RUS) (1992 e 1996) e Pieter Hoogenband (NED) (2000 e 2004) MAIORES MEDALHISTAS Duke Kahanamoku (USA) e Alexander Popov (RUS) – 2 ouros e 1 prata MEDALHISTAS DE 2008 Alain Bernard (FRA) – 47.21 Estará em Londres só para revezamento. Eamon Sullivan (AUS) – 47.32 Estará em Londres para reveza e 50m livre. Cesar Cielo (BRA ) e Jason Lezak (USA) – 47.67 Cieli disputará a prova em Londres, mas Lezak nadará somente revezamento QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Stéfan Voléry (SUI) – 1980, 1984, 1988 e 1992 Alexander Popov (RUS) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Carl Probert (FIJ), José Meolans (ARG) e Pieter Hoogenband (NED) – 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (4) Pieter Hoogenband (NED) – 1996, 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Johnny Weissmuller (USA) sobre Duke Kahanamoku (USA) em 1924 (2.4s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA John Devitt (AUS) sobre Lance Larson (USA) em 1960 (0s) – decisão dos juízes MAIS VELHO VENCEDOR Duke Kahanamoku (USA), 30a0m5d em 1920 MAIS VELHO MEDALHISTA Duke Kahanamoku (USA), 2º em 1924, 33a10m26d MAIS NOVO VENCEDOR Yasuji Miyazaki (JPN), 15a9m23d em 1932 MAIS NOVO MEDALHISTA QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Cesar Cielo (BRA), 46.91 EUROPEU 2010 Alain Bernard (FRA), 48.49 PAN-PACÍFICO 2010 Nathan Adrian (USA), 48.15 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Brent Hayden (CAN), 47.98 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Tae-Hwan Park (KOR), 48.70 MUNDIAL 2011 James Magnussen (AUS), 47.63 PAN-AMERICANO 2011 Cesar Cielo (BRA), 47.84 EUROPEU 2012 Filippo Magnini (ITA), 48.77 Yasuji Miyazaki (JPN), 1º em 1932, 15a9m23d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 12 10 8 30 Austrália 3 3 2 8 Hungria 3 2 1 6 Holanda 2 0 0 2 Japão 1 3 2 6 Rússia 1 1 0 2 França 1 0 2 3 Alemanha Or. 1 0 0 1 Com. Est. Indep. 1 0 0 1 Suécia 0 1 4 5 Brasil 0 1 3 4 Áustria 0 1 0 1 Australásia 0 1 0 1 Grã-Bretanha 0 1 0 1 África do Sul 0 1 0 1 Alemanha 0 0 1 1 União Soviética 0 0 1 1 Alemanha Ocid. 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1908 Londres Charlie Daniels (USA), 1:05.6 1912 Estocolmo Duke Kahanamoku (USA), 1:02.6 (el.) 1912 Estocolmo Duke Kahanamoku (USA), 1:02.4 (sf) 1920 Antuérpia Duke Kahanamoku (USA), 1:00.4 1956 Melbourne Jon Henricks (AUS), 55.4 1964 Tóquio Steve Clark (USA), 52.9 (rev.) 1968 C. México Mike Wenden (AUS), 52.2 1972 Munique Vladimir Bure (URS), 52.26 (rev.) 1972 Munique Mark Spitz (USA), 51.22 1976 Montreal Jim Montgomery (USA), 50.39 (sf) 1976 Montreal Jim Montgomery (USA), 49.99 2000 Sydney Michael Klim (AUS), 48.18 (rev.) 2000 Sydney Pieter Hoogenband (NED), 47.84 (sf) 2008 Pequim Eamon Sullivan (AUS), 47.24 (rev.) 2008 Pequim Alain Bernard (FRA), 47.20 (sf) 2008 Pequim Eamon Sullivan (AUS), 47.05 (sf) TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Cesar Cielo, BRA 2. Eamon Sullivan, AUS 3. James Magnussen, AUS 4. Alain Bernard, FRA 5. Frédérick Bousquet, FRA 6. Brent Hayden, CAN 7. David Walters, USA 8. Stefan Nystrand, SWE 9. Michael Phelps, USA 10. Jason Lezak, USA Tempo 46.91 47.05 47.10 47.12 47.15 47.27 47.33 47.37 47.51 47.58 Ano 2009 2008 2012 2009 2009 2009 2009 2009 2008 2008 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. James Magnussen, AUS 47.10 2012 2. James Roberts, AUS 47.63 2012 3. Pieter Hoogenband, NED 47.84 2000 4. Cesar Cielo, BRA 47.84 2011 5. Stefan Nystrand, SWE 47.91 2007 6. Brent Hayden, CAN 47.95 2011 7. William Meynard, FRA 48.00 2011 8. Yannick Agnel, FRA 48.02 2012 9. Nathan Adrian, USA 48.05 2011 10. Michael Phelps, USA 48.08 2011 RECORDES Mundial: Cesar Cielo, BRA - 46.91 (2009) Olímpico: Eamon Sullivan, AUS - 47.05 (2008) Sul-americano: Cesar Cielo, BRA - 46.91 (2009) Brasileiro: Cesar Cielo, BRA - 46.91 (2009) Norte-americano: Brent Hayden, CAN - 47.27 (2009) Europeu: Alain Bernard, FRA - 47.12 (2009) Oceania: Eamon Sullivan, AUS - 47.05 (2008) Asiático: Takuro Fujii, JPN - 48.49 (2009) Africano: Lyndon Ferns, RSA - 47.79 (2009) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1924 – Paris Em 1922, o americano Johnny Weissmuller entrou para a história da natação ao se tornar o primeiro homem a nadar os 100m livre abaixo do minuto. Na final olímpica de 1924, ele encararia o bicampeão olímpico, Duke Kahanamoku, e seu irmão, Samuel Kahanamoku. O jovem Weissmuller estava receoso que os irmãos tivessem alguma tática em conjunto para vencê-lo, mas o experiente Duke o tranquilizou antes da prova. Relaxado, Weissmuller saiu forte e venceu tranquilamente. 1960 – Roma A mais polêmica disputa da história da natação olímpica. O americano Lance Larson e o australiano John Devitt terminaram aparentemente empatados. Seis juízes votaram e três deram a vitória para cada um. Quando os tempos eletrônicos foram consultados, marcavam 55.1 para Larson e 55.2 para Devitt. O tempo nos centésimos também dava vantagem para o americano. Mas o árbitro principal, um alemão, ordenou que o tempo de Larson fosse alterado para 55.2 e deu a vitória para Devitt. Apesar de muitos protestos, o resultado foi mantido e causa controvérsia até hoje. 1972 – Munique Mark Spitz já tinha cinco ouros, e um sexto, no revezamento 4x100m medley, parecia garantida. Ele não se sentia confiante o suficiente para nadar os 100m livre. Para ele, era melhor terminar com seis ouros do que com seis ouros e uma prata. Mas seu técnico Sherm Chavoor disse que se ele não nadasse os 100m livre, também não nadaria o revezamento. E além disso, disse que seria um galinha se não nadasse a prova. Isso foi demais para Spitz , que decidiu nadar a prova e venceu com recorde mundial. 1992 - Barcelona Em seu primeiro título olímpico, Alexander Popov passou para 24.03 e voltou para 24.99, a primeira vez na história que um nadador voltava abaixo de 25 segundos, um feito ainda difícil hoje em dia, 20 anos depois. 2000 - Sydney Eric Moussambani, de Guiné Equatorial, entrou para a história por terminar a prova em 1:52.72, quase morrendo, o pior tempo da história olímpica. Virou celebridade instantaneamente, por representar o que muitos definem como espírito olímpico. Até foi convidado por Michael Klim para surfar na Austrália. O Brasil na prova Sem nenhuma dúvida, a prova brasileira mais tradicional. A começar pelo fato que é a única prova que contou com representantes brasileiros em todas as edições que a natação do país participou, desde 1920. Em relação ao número de finais disputadas (cinco), o aproveitamento de medalhas é expressivo: quatro, com os bronzes de Manuel dos Santos (1960), Gustavo Borges (1996) e Cesar Cielo (2008), além da prata chorada de Borges de 1992 após o placar não acusar seu tempo e de sua segunda colocação ter sido anunciada somente após uma conferência por vídeo. Brasileiros nadaram a prova nada menos que 36 vezes. Lendas – Duke Kahanamoku O havaiano Duke Kahanamoku era grandioso em tudo. Nasceu em um palácio e seu nome foi uma homenagem ao Duque de Edinburgo. Kahanamoku foi bicampeão nos 100m livre em 1912 e 1920, e seria tri caso a Guerra não tivesse suspendido os Jogos de 1916. Foi prata em 1924, atrás de Johnny Weissmuller. Além de um dos maiores nadadores da história, também é considerado uma lenda do surfe, esporte que ajudou a popularizar. Em 1925, chegou a salvar várias vidas com sua prancha após um naufrágio. Também estrelou alguns filmes em Hollywood em papéis pequenos. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 5 – 4x200m LIVRE FEMININO Pela volta da hegemonia Por Daniel Takata Gomes DEPOIS DA DERROTA DE 2008, AMERICANAS VOLTAM A SER FAVORITAS O 4x200m livre feminino foi disputado pela primeira vez somente em 1996. Desde então, as americanas vinham estabelecendo uma tradição, que foi abalada com a derrota sofrida em 2008, a primeira na história olímpica. A Austrália, então liderada por uma iluminada Stephanie Rice, surpreendeu e liderou de ponta a ponta. Os Estados Unidos não tiveram as quatro nadadoras em suas melhores performances, algo necessário quando se quer um ouro olímpico. Na época, Allison Schmitt piorou quase dois segundos – dois segundos foi o tempo que no final separou australianas e americanas, com as chinesas entre elas. Schmitt agora é o principal nome, com experiência e não deve vacilar novamente. As americanas não tiveram muita dificuldade para vencer o Mundial do ano passado, e é o que se espera de uma equipe que tem Schmitt e Melissa Franklin. As australianas têm uma equipe mais regular, mas terão que se superar para conseguir o ouro, pois não há nenhuma fora de série como as duas já citadas. Os destaques são Kylie Palmer e Bronte Barratt. A China, atual prata olímpica e recordista mundial, é uma força. Pela superação que já mostraram, é bom americanas e australianas tomarem cuidado. A França, que terminou longe do pódio no Mundial, conta agora com uma Camille Muffat em grande fase, e ela pode representar o que falta para a luta por medalhas. O mesmo Perdue, Vollmer, Franklin e Schmitt não se pode falar da Itália, que apesar de contar com Federica Pellegrini, não tem o equilíbrio necessário para o pódio. Esse é o melhor revezamento do Canadá, quarto melhor balizado. Completando a final teórica, a Grã-Bretanha e a Hungria, times que contam com fundistas de peso. BALIZAMENTO – TOP 10 1. ESTADOS UNIDOS 7:46.14 (jul/2011) 2. AUSTRÁLIA 7:47.42 (jul/2011) 3. CHINA 7:47.66 (jul/2011) 4. CANADÁ 7:52.02 (jul/2011) 5.HUNGRIA 7:52.12 (jul/2011) À exceção de Allison Schmitt, a equipe americana deve ser inteiramente diferente da que nadou a final de 2008, o que é uma raridade em grandes seleções, que em geral conseguem manter ao menos dois integrantes entre ciclos olímpicos. Uma das que fizeram parte daquele time, Caroline Burckle, é irmã de Clark Burckle, que em Londres irá nadar os 200m peito. Kylie Palmer foi a Pequim para nadar somente os 800m livre como prova individual. No revezamento 4x200m, os técnicos australianos resolveram utilizar nadadoras reservas na eliminatória. Palmer foi selecionada somente para a final, o que representou a nada usual situação de sua primeira nadada em Olimpíada ser logo em uma final, particularmente com ouro e recorde mundial. O revezamento chinês tem sido presença constante no pódio: prata em 2008, campeão no Mundial de 2009 e bronze no de 2011, além do recorde mundial em 2009. Para se ter uma ideia da força chinesa na prova, três equipes fizeram, no Campeonato Chinês deste ano, tempos que as colocariam entre as 10 melhores seleções balizadas na Olimpíada. Apesar de ter o quarto tempo, obtido no Mundial do ano passado, o time canadense terminou na sétima posição. Isso porque a marca foi obtida na eliminatória, o que fez a equipe acreditar em medalha (classificou-se na segunda posição). Mas na final o tempo foi piorado em mais de um segundo e meio, deixando as canadenses bem longe do pódio. Se houvesse um revezamento 4x200m medley (cada parcial de 200m medley), a Hungria estaria bem servida. Na final do revezamento 4x200m livre do Mundial de 2011, nadou com Evelyn Verrasztó, Zsuzsanna Jakabos e Katinka Hosszú, três destaques internacionais do medley. Apenas Agnes Mutina é especialista nos 200m livre. 6. FRANÇA 7:52.22 (jul/2011) 7. ITÁLIA 7:52.90 (mai/2012) 8. GRÁ-BRETANHA 7:53.31 (jul/2011) 9. NOVA ZELÂNDIA 7:56.55 (jul/2011) 10. JAPÃO 7:57.82 (jul/2011) A França tem o trunfo de Camille Muffat, que em relação ao tempo que fez no revezamento no Mundial de Xangai 2011 agora é três segundos mais rápida. Caso Laure Manaudou, que voltou da aposentadoria, nadasse a prova, a França poderia ter chances de vencer a prova – Manaudou já foi recordista mundial. Mas ela optou somente por nadar provas de costas. Em 2009, no Mundial de Roma, a Itália tinha esperanças que o 4x200m feminino subisse ao pódio, afinal contava com Federica Pellegrini e a campeã dos 1500m Alessia Filippi. Mas a equipe se classificou nas eliminatórias no sufoco, e em entrevista Pellegrini criticou as companheiras na frente delas. Elas melhoraram e chegaram em quarto na final, mas o barraco de Pellegrini repercutiu negativamente. Em 2008, a Grã-Bretanha ficou com a prata no Mundial de curta. Além disso, contava com Rebecca Adlington e Joanne Jackson, medalhistas olímpicas nos 400m livre. Por isso, tinha chances de pódio. Em Pequim, no entanto, poupou suas nadadoras na eliminatória e não chegou à final. Adlington diz que, desta vez, o quarteto titular deve nadar já na eliminatória para evitar o ocorrido. A Nova Zelândia jamais disputou a final olímpica da prova. Em 2008, foi desclassificada, e em 2009 sequer nadou a prova no Mundial de Roma. Mas no Mundial de 2011 conseguiu classificação para a final, terminando na oitava posição. Apesar de ter poucas chances de medalhas, a Nova Zelândia vai com quatro revezamentos para Londres, número que países como Holanda e Brasil não alcançaram. Apesar de não ter muita tradição em provas de livre, o Japão passou perto de medalhar em 1996 – terminou em 4º. A equipe era liderada por Suzu Chiba, finalista olímpica dos 200m e 400m livre, e que também ficou conhecida por brigar com a Federação Japonesa, que por motivos não claros resolveu deixá-la de fora dos Jogos de 2000, apesar de ter feito o segundo tempo do mundo nos 200m livre em 1999. 4x200m LIVRE FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 Austrália – 7:44.31 Disputará a prova em Londres. China – 7:45.93 Disputará a prova em Londres. Estados Unidos – 7:46.33 Disputará a prova em Londres. NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1996 MAIORES VENCEDORAS Jenny Thompson (USA) – 1996 e 2000 Lindsay Benko (USA) – 2000 e 2004 MEMÓRIA 1996 – Atlanta O 4x200m livre masculino é o revezamento olímpico mais antigo, mas inexplicavelmente a versão feminina foi incluída no programa somente em 1996. Na edição inaugural, a alemã Franziska van Almsick abriu a prova com um tempo que lhe daria o ouro na prova individual, em que terminou com a prata. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 MAIOR MEDALHISTA 2004 – Atenas China, 7:42.08 EUROPEU 2010 Franziska van Almsick (GER) – 1 prata e 2 bronzes QUEM MAIS NADOU (3 PARTICIPAÇÕES) Hungria, 7:52.49 PAN-PACÍFICO 2010 Franziska van Almsick (GER) – 1992, 1996 e 2004 Estados Unidos, 7:51.21 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Austrália, 7:53.71 JOGOS ASIÁTICOS 2010 China, 7:51.81 MUNDIAL 2011 Karen Pickering (GBR) – 1996, 2000 e 2004 Solenne Figués (FRA) – 1996, 2000 e 2004 Josefin Lillhage (SWE) – 2000, 2004 e 2008 Estados Unidos, 7:46.14 PAN-AMERICANO 2011 Meike Freitag (GER) – 2000, 2004 e 200 Yang Yu (CHN) – 2000, 2004 e 200 2008 – Pequim Estados Unidos, 8:01.18 EUROPEU 2012 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Itália, 7:52.90 Franziska van Almsick (GER) – 1992, 1996 e 2004 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. China 2. Estados Unidos 3. Austrália 4. Grã-Bretanha 5. Itália 6. Hungria 7. Shandong, CHN 8. França 9. Canadá 10. Alemanha Estrados Unidos sobre China em 2004 (2.55s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Estados Unidos sobre Austrália em 2000 (0.72s) MAIS VELHA VENCEDORA Jenny Thompson (USA), 27a6m25d em 2000 MAIS VELHA MEDALHISTA Kerstin Kielgass (GER), 3ª em 2000, 30a9m14d Tempo 7:42.08 7:42.56 7:44.31 7:45.51 7:46.57 7:48.04 7:48.21 7:48.44 7:49.14 7:50.82 Ano 2009 2009 2008 2009 2009 2009 2009 2009 2009 2006 MAIS NOVA VENCEDORA TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano Dana Vollmer (USA), 16a9m5d em 2004 MAIS NOVA MEDALHISTA Emma Johnson (AUS), 3ª em 1996, 16a5m1d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 3 0 1 4 Austrália 1 1 1 3 China 0 2 0 2 Alemanha 0 1 2 3 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS 1. Estados Unidos 2. Austrália 3. China 4. Alemanha 5. Canadá 6. Hungria 7. França 8. Itália 9. Grã-Bretanha 10. Shanghai, CHN 7:46.14 7:47.42 7:47.66 7:50.82 7:52.02 7:52.12 7:52.22 7:52.90 7:53.31 7:54.76 2011 2011 2011 2006 2011 2011 2011 2012 2011 2012 RECORDES Mundial: China - 7:42.08 (2009) Olímpico: Austrália - 7:44.31 (2008) Sul-americano: Brasil - 8:05.29 (2004) Brasileiro: Brasil - 8:05.29 (2004) Norte-americano: Estados Unidos - 7:42.56 (2009) Europeu: Grã-Bretanha - 7:45.51 (2009) Ano Nadador e tempo 2004 Atenas Estados Unidos, 7:53.42 Oceania: Austrália - 7:44.31 (2008) 2008 Pequim Austrália, 7:44.31 Asiático: China - 7:42.08 (2009) Africano: África do Sul - 8:12.74 (2011) http://www.swimchannel.com.br No Mundial de 2003, os Estados Unidos haviam chegado perto do fortíssimo recorde mundial da Alemanha Oriental, que permanecia desde 1987. Em 2004, com um time mais forte, a marca finalmente caiu, com as americanas superando o tempo em dois segundos. A americana Natalie Coughlin não havia nadado os 200m livre, mas abriu o revezamento com um tempo que lhe daria o ouro na prova individual. A Austrália terminou com a invencibilidade americana na prova na história olímpica, com uma vitória incontestável: superaram em nada menos que seis segundos o recorde mundial anterior, uma vantagem impressionante mesmo com trajes tecnológicos. Foi o terceiro ouro de Stephanie Rice naquela Olimpíada, todos com recordes mundiais. Os Estados Unidos ainda perderam a prata para uma surpreendente equipe chinesa. O Brasil na prova O Brasil só participou uma vez do revezamento 4x200m livre feminino, e foi uma participação inesquecível. Em 2004, Joanna Maranhão, Mariana Brochado, Monique Ferreira e Paula Baracho alcançaram a final e terminaram na 7ª posição. É a última final conseguida por um revezamento brasileiro até a presente data, incluindo os masculinos. E foi somente a segunda vez que um revezamento feminino do Brasil foi finalista (a outra foi no 4x100m livre em 1948). Lendas – Kristin Otto A alemã oriental Kristin Otto chegou sob grande expectativa aos Jogos de 1988. Afinal, privada da disputa de Los Angeles 1984 devido ao boicote, ela havia conquistado três ouros no Mundial de 1982, quatro no Mundial de 1986 e cinco no Europeu de 1987. Em Seul, ela fez ainda melhor e venceu seis provas (50m, 100m e 4x100m livre, 100m borboleta, 100m costas e 4x100m medley). Unanimimente, foi escolhida a melhor atleta de toda a Olimpíada de Seul pelo painel do COI. Otto, que já havia sido recordista mundial dos 200m livre, certamente integraria (e venceria) o 4x200m livre da Alemanha Oriental, então recordista mundial, mas a prova não fazia parte do programa feminino da época. Caso isso tivesse ocorrido, ela teria igualado os sete ouros de Mark Spitz. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 6 – 200m PEITO FEMININO Um nível acima Por Daniel Takata Gomes SE EXISTE ALGUM SUPER FAVORITO NESSA OLIMPÍADA, ESSE ALGUÉM É REBECCA SONI Nem Phelps, nem Lochte, nem Franklin, nem Pellegrini, nem ninguém. Talvez Sun Yang. Mas mesmo o chinês, muito à frente dos adversários nos 1500m, não têm a mesma hegemonia que a americana Rebecca Soni possui nos 200m peito feminino. Ela sim é a maior favorita ao ouro em toda essa Olimpíada. Em 2008, foi uma surpresa ao vencer a prova contra uma quase imbatível Leisel Jones. Hoje, ela tem mais de um segundo de vantagem sobre a concorrente mais próxima e está próxima do recorde mundial. Para ajudar, teve uma experiência inesquecível no Mundial de 2009, quando passou muito forte e teve uma morte histórica, e desde então sabe que não pode mais cometer se tipo de erro. Depois disso, aniquilou todas as adversárias e não deixou pedra sobre pedra. Para a prata, teoricamente também existe uma favorita: a russa Yu- lia Efimova, pela sua performance no Mundial do ano passado. Mas seu segundo melhor tempo é um segundo e meio acima, e esse ano está somente na 10ª posição no ranking mundial. Ela terá que provar que não foi uma performance única. E, a exemplo dos 200m peito masculino, poderia haver várias japonesas lutando pelo pódio - são quatro entre as seis melhores do ano. Por isso, Satomi Suzuki e Kanako Watanabe têm boas chances. A americana Micah Lawrence surpreendeu na seletiva de seu país não só pela classificação mas pelo tempo, que Rebecca Soni também a credencia ao pódio. A recordista mundial Annamay Pierse não se classificou na seletiva canadense, e por isso o número de pretendentes ao pódio fica ainda mais restrito – a não ser que surja uma grande surpresa. Afinal, 2:24 não deverá ser suficiente. BALIZAMENTO – TOP 10 1. REBECCA SONI, USA 24 anos, 2ª Olimpíada 2:21.03 (jul/2011) 2. YULIA EFIMOVA, RUS 20 anos, 2ª Olimpíada 2:22.22 (jul/2011) 3. SATOMI SUZUKI, JPN 21 anos, 1ª Olimpíada 2:22.99 (abr/2012) 4. MICAH LAWRENCE, USA 22 anos, 1ª Olimpíada 2:23.03 (jun/2012) 5. KANAKO WATANABE, JPN Soni é a nadadora americana mais condecorada do último ciclo olímpico. Foi escolhida a melhor nadadora do mundo pela tradicional revista Swimming World em 2010 e 2011. Pela FINA, foi eleita em 2010. Busca o feito inédito de ser a primeira a vencer os 200m peito feminino em duas Olimpíadas. Soni namora Ricky Berens, que irá nadar os 200m livre em Londres. Efimova é veloz e resistente, e foi medalhista no Mundial de Xangai nos 50m, 100m e 200m peito, um feito difícil de ser alcançado em qualquer estilo – foi campeã nos 50m. Antes de se mudar para os Estados Unidos, ela treinava na Rússia sob comando de Irina Vyatchanina, mãe do medalhista olímpico de costas Arkady Vyatchanin. Foi ela a responsável pela construção de Efimova como nadadora. Apesar de ter velocidade (está entre as melhores balizadas nos 100m peito), o forte de Suzuki nos 200m é sua segunda metade de prova. Na seletiva japonesa, virou para os últimos 50 metros na terceira posição, mais de um segundo e meio atrás da líder. Mas bateu o recorde nacional com uma volta espetacular de 1:12.65. Nem Rebecca Soni consegue ter uma volta dessa – no Mundial, Soni voltou para 1:13.42. Quando criança, Lawrence encontrou o medalhista olímpico Josh Davis na igreja que ela frequentava, e ela e outras crianças tiveram a oportunidade de tocar suas medalhas olímpicas. Ela diz que desde então tem o sonho de disputar uma Olimpíada. Apesar de ser um nome relativamente desconhecido, sua classificação não foi uma surpresa total, pois já havia sido campeã nacional no ano passado. Durante a seletiva, Watanabe nadou mal os 100m peito, piorando um segundo, não conseguindo classificação. Pela sua inexperiência, poucos acreditavam que ela seria capaz de se redimir nos 200m, mas foi o que aconteceu. Por sua juventude e por nadar a mesma prova, sua história lembra a de Kyoko Iwasaki, surpresa em 1992 ao se tornar a mais jovem campeã olímpica da história da natação. 6. TERA VAN BEILEN, CAN 19 anos, 1ª Olimpíada 2:24.03 (mar/2012) 7. ANASTASIA CHAUN, RUS 23 anos, 1ª Olimpíada 2:24.13 (abr/2012) 8. SUN YE, CHN 23 anos, 2ª Olimpíada 2:24.24 (abr/2011) 9. JI LIPING, CHN 23 anos, 1º Olimpíada 2:24.29 (abr/2011) 10. RIKKE PEDERSEN, DEN 23 anos, 1ª Olimpíada 2:24.35 (jun/2012) Van Beilen teve uma vitória surpreendente na seletiva canadense, por ter superado Annamay Pierse, recordista mundial, e Martha McCabe, bronze no Mundial de 2011. Van Beilen foi ouro nos 100m peito na 1ª Olimpíada da Juventude, em Cingapura, em 2010, mas não melhorava seus tempos desde 2009. Se ela chegar ao pódio, esperem muito choro, pois ela desabou em lágrimas ao se classificar para os Jogos. Chaun, campeã europeia em 2010, era esperança no Mundial de Xangai 2011, mas teve que desistir por uma suposta lesão causada durante a coleta de sangue em um exame antidoping. Seu pai e técnico Eduard disse que processaria a agência de doping russa, devido a falhas ocasionaram o problema, mas as investigações não foram conclusivas e nenhuma relação entre os fatos foi encontrada. Ye já tem uma medalha olímpica: ela foi bronze no 4x100m medley em Pequim. Mas é especialista mesmo nos 200m, tendo conquistado nos últimos anos diversos títulos, como o Campeonato Asiático de 2009 e a Universíade de 2011. Ela é conhecida por sua frieza: nascompetições, ela fica tão tranquila que ninguém diria que ela está para entrar na água. Ficou em quarto no Mundial de 2011, a 28 centésimos do bronze. Liping foi medalha de bronze nos 100m peito no Mundial do ano passado, mas também tem tem tempos expressivos nos 200m. No entanto, sua compatriota Sun Ye, que tem tempo similar, tem se dado melhor, pois Liping não tem conseguido nadar bem a prova nas competições importantes. No Mundial de 2011, aumentou três segundos e ficou fora da semi. No Campeonato Chinês deste ano, nadou para 2:26. Atual recordista europeia de curta nos 100m e 200m peito, Pedersen já está há alguns anos na elite da natação mundial. Sua maior conquista é o bronze nos 200m peito no Mundial de Curta de 2010, depois de ter perdido o bronze nos 100m por apenas um centésimo. Na longa, tem participado de finais, mas em Mundiais o máximo que conseguiu foram sextos lugares, em 2009 e 2011. 15 anos, 1ª Olimpíada 2:23.56 (abr/2012) 200m PEITO FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS MEDALHISTAS DE 2008 MEMÓRIA EM OLIMPÍADAS Rebecca Soni (USA) – 2:20.22 Disputará a prova em Londres. 1928 – Amsterdã Desde 1924 Leisel Jones (AUS) – 2:22.05 MAIOR VENCEDORA Preferiu não disputar vaga na seletiva australiana. Sara Nordenstam (NOR) – 2:23.02 Disputará a prova em Londres. Ninguém venceu mais de uma vez MAIORES MEDALHISTAS Amanda Beard (USA) – 1 ouro, 1 prata e 1 bronze Halyna Stepanova (URS) – 1 ouro e 2 bronzes QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Manuela Dalla Valle (ITA) – 1984, 1988, 1992 e 1996 QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Nađa Higl (SRB), 2:21.62 EUROPEU 2010 Anastasia Chaun (RUS), 2:23.50 Brigitte Becue (BEL) – 1988, 1992, 1996 e 2000 Amanda Beard (USA) – 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) 1936 – Berlim PAN-PACÍFICO 2010 Rebecca Soni (USA), 2:20.69 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Éva Székely (HUN) – 1948, 1952 e 1956 Amanda Beard (USA) – 1996, 2000 e 2004 Masami Tanaka (JPN) – 1996, 2000 e 2004 Leisel Jones (AUS), 2:25.38 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Ágnes Kovács (HUN) – 1996, 2000 e 2004 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Darae Jeong (KOR), 2:25.02 MUNDIAL 2011 Rebecca Soni (USA), 2:21.47 Marina Koshevaya (URS) sobre Maryna Yurchenia (URS) em 1976 (2.73s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA PAN-AMERICANO 2011 Ashley McGregor (CAN), 2:28.04 EUROPEU 2012 Lina Kačiušyt÷ (URS) sobre Svetlana Varganova (URS) em 1980 (0.07s). MAIS VELHA VENCEDORA Sara Nordenstam (NOR), 2:26.91 MAIS VELHA MEDALHISTA TOP 10 ALL-TIME Ursula Happe (GER), 1ª em 1956, 30a1m10d Nadador 1. Annamay Pierse, CAN Tempo 2:20.12 Ano 2009 2. Rebecca Soni, USA 3. Leisel Jones, AUS 4. Rie Kaneto, JPN 2:20.22 2:20.54 2:20.72 2008 2006 2009 5. Qi Hui, CHN 6. Naña Higl, SRB 2:21.37 2:21.62 2:21.97 2009 2009 2009 2:22.22 2:22.24 2011 2009 2:22.44 2004 Kyoko Iwasaki (JPN), 14a0m6d em 1992 MAIS NOVA MEDALHISTA Inge Sørensen (DEN), 3ª em 1936, 12a0m24d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 3 6 2 11 7. Mirna Jukić, AUT 8. Yulia Efimova, RUS 9. Joline Hostman, SWE União Soviética 3 2 5 10 Austrália 2 3 0 5 Alemanha 2 2 4 8 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Hungria 2 2 2 6 Japão 2 1 0 3 Grã-Bretanha 2 0 2 4 Nadador 1. Leisel Jones, AUS 2. Rebecca Soni, USA Tempo 2:20.54 2:20.69 Ano 2006 2010 Holanda 1 1 0 2 Canadá 1 0 0 1 3. Yulia Efimova, RUS 4. Amanda Beard, USA 2:22.22 2:22.44 2011 2004 Alemanha Or. 1 0 0 1 África do Sul 1 0 0 1 5. Qi Hui, CHN 6. Satomi Suzuki, JPN 7. Micah Lawrence, USA 2:22.99 2:22.99 2:23.03 2001 2012 2012 China 0 2 0 2 Iugoslávia 0 1 0 1 Dinamarca 0 0 2 2 8. Anastasia Chaun, RUS 9. Kanako Watanabe, JPN 10. Penelope Heyns, RSA 2:23.50 2:23.56 2:23.64 2010 2012 1999 Bélgica 0 0 1 1 Bulgária 0 0 1 1 Noruega 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS 10. Amanda Beard, USA RECORDES Mundial: Annamay Pierse, CAN - 2:20.12 (2009) Olímpico: Rebecca Soni, USA - 2:20.22 (2008) Sul-americano: Carolina Mussi, BRA - 2:27.42 (2009) Brasileiro: Carolina Mussi, BRA - 2:27.42 (2009) Ano Nadador e tempo 1960 Roma Anita Lonsbrough (GBR), 2:49.5 1976 Montreal Marina Koshevaya (URS), 2:33.35 Oceania: Leisel Jones, AUS - 2:20.54 (2006) 1988 Seul Silke Hörner (GDR), 2:26.71 2008 Pequim Rebecca Soni (USA), 2:20.22 Asiático: Rie Kaneto, JPN - 2:20.72 (2009) Africano: Penelope Heyns, RSA - 2:23.64 (1999) Norte-americ.: Annamay Pierse, CAN - 2:20.12 (2009) Europeu: Naña Higl, SRB - 2:21.62 (2009) http://www.swimchannel.com.br Esse ano marcou a aparição do estilo borboleta em provas de peito, com a brasileira Maria Lenk, que foi eliminada na semifinal. A medalhista de bronze, Inge Sørensen, da Dinamarca, aos 12 anos, é a atleta mais nova, em todos os esportes, a conquistar uma medalha olímpica em uma prova individual. A vencedora japonesa Hideko Maehata carregava consigo um papel com uma oração. Ela o leu uma última vez antes de subir no bloco e então engoliu o papel. 1992 – Barcelona Ursula Happe (GER), 30a1m10d em 1956 MAIS NOVA VENCEDORA A holandesa Hildegard Schrader superou o recorde olímpico em nada menos que 18 segundos já nas eliminatórias. Na semifinal, igual o recorde mundial. Na final, venceu a prova, mas fez seu pior tempo naquela Olimpíada. A explicação: seu maiô arrebentou. Mesmo assim, conseguiu terminar a prova. Mas teve que ficar na piscina até que seu maiô fosse remendado. Na seletiva americana, Anita Nall, de apenas 15 anos, superou o recorde mundial duas vezes. Mas em Barcelona ela teve como desafiante outra adolescente. Seis dias antes da final dos 200m peito, a japonesa Kyoko Iwasaki completou 14 anos, exatamente no mesmo dia que Nall fez 16. Na prova, a inexperiente Nall saiu muito forte e morreu nos metros finais. Iwasaki, no entanto, apesar da juventude, fez uma prova controlada, saiu do sexto lugar, foi para terceiro e assumiu a liderança nos últimos metros para se tornar a nadadora mais jovem da história a conquistar um ouro olímpico. O Brasil na prova Maria Lenk é a nadadora com melhores resultados do Brasil. Em 1932, chegou na 9ª posição, e em 1936 na 12ª, já utilizando a recuperação dos braços por fora d’água que daria origem ao nado borboleta. Seria favorita em 1940. Cristina Teixeira (40ª em 1972 e 31ª em 1976) e Tatiane Sakemi (40ª em 2008) foram as outras representantes do país na prova. Lendas – Maria Lenk Apesar de não ter nenhuma medalha olímpica, Maria Lenk sempre foi o nome mais respeitado e homenageado da natação brasileira. Pioneira, foi a primeira sulamericana a disputar uma Olimpíada, em 1932. Em 1936, se aproveitando de uma brecha no regulamento, nadou os 200m e 400m peito com recuperação dos braços por fora d’água. Era o início do nado borboleta. Foi recordista mundial das duas provas, mas, no auge da carreira, não pôde disputar as Olimpíadas de 1940, que foram canceladas pela Guerra. Após encerrar a carreira, continuou difundindo a natação como professora de educação física e nadadora de competições master. Mesmo após os 80 anos, treinava todos os dias, e fez isso até o último dia de sua vida. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 6 – 200m COSTAS MASCULINO Um pouco de tranquilidade Por Daniel Takata Gomes SEM PHELPS, LOCHTE TEM TEORICAMENTE SEU DESAFIO MAIS TRANQUILO. TEORICAMENTE Foi nos 200m costas que Ryan Lochte, depois de muito incomodar Phelps nas provas de medley, sentiu pela primeira vez o gosto da vitória em uma grande competição, no Mundial de 2007, após anos chegando atrás de Aaron Peirsol. Nos anos seguintes ambos se alternaram nas primeiras posições, mas Lochte venceu o mais importante duelo, nos Jogos Olímpicos de Pequim. Com a aposentadoria de Peirsol, Lochte surge como grande favorito. Mais de um segundo à frente do japonês Ryosuke Irie, ele ainda diz que cometeu muitos erros no Mundial do ano passado e almeja o recorde mundial, apesar de ser muito difícil. Irie, líder do ranking mundial, vem sendo consistente e tem nadado para 1:54 pesado ou polido. É o favorito para ficar com a prata – ele ficou em segundo nos dois últimos Mundias de longa, perdendo para Lochte no ano passado e para Peirsol em 2009, neste chegando inclusive à frente de Lochte. Ele já mostrou ter potencial para surpreender o americano. Tyler Clary estava um pouco doente na seletiva americana e pode melhorar bem, ameaçando o japonês. Mas é mais provável que brigue pelo bronze com o polonês Radosław Kawęcki, que melhorou muito esse ano no Campeonato Europeu e surgiu como forte candidato ao pódio. Quem também nadou bem esse ano foram o húngaro Peter Bernek e o alemão JanPhilip Glania. Mas eles precisarão me- Ryan Lochte lhorar se quiserem brigar por medalhas. O brasileiro Leonardo de Deus prioriza os 200m borboleta, mas também vem nadando bem essa prova e se tiver um bom resultado em sua prova principal pode vir motivado e conseguir um resultado surpreendente. BALIZAMENTO – TOP 10 1. RYAN LOCHTE, USA 27 anos, 3ª Olimpíada 1:52.96 (jul/2011) 2. RYOSUKE IRIE, JPN 22 anos, 2ª Olimpíada 1:54.03 (abr/2012) 3. TYLER CLARY, USA 23 anos, 1ª Olimpíada 1:54.69 (jul/2011) 4. RADOSŁAW KAWĘCKI, POL 21 anos, 1ª Olimpíada 1:55.28 (mai/2012) 5. JAN-PHILIP GLANIA, GER 23 anos, 1ª Olimpíada 1:55.87 (mai/2012) Um dos grandes diferenciais de Lochte é seu treino fora d’água. Sua preparação física é tão intensa que ele é conhecido por nadar muito mal as competições preparatórias, por estar sempre muito cansado. Matt DeLancey, seu preparador físico, diz que Lochte é impressionante. “Trabalhei com vários atletas, mas ele é o mais durão. Ele não tem medo de vomitar.” Em 2009, Irie chegou a bater o recorde mundial , mas o tempo não foi homologado porque ele usou um traje ainda não aprovado pela FINA. No entanto, estranhamente, o tempo foi reconhecido como recorde japonês. Irie considera uma frustração ter ficado fora do pódio em Pequim, em sua primeira Olimpíada aos 18 anos. Um nível de exigência que não assusta quando estamos falando de japoneses. Clary se diz o vice-campeão mais feliz do mundo. Isso porque ele passou oito anos treinando para ir aos Jogos, perdeu a vaga em 2008 e também perdeu a vaga nos 400m medley em 2012. Por isso, depois de ficar em segundo nos 200m borboleta e nos 200m costas na seletiva americana, foi ao êxtase. Ele é assumidamente um nerd que gosta de estudar inteligência artificial e processamento de computadores. Kawęcki é totalmente especialista no nado de costas. Sempre foi seu melhor estilo, desde que começou a nadar aos 10 anos, e disse em uma entrevista que muitas vezes seus tempos nas provas de costas eram melhores que os de crawl. Uma de suas armas é o nado submerso, e diz ele que consegue ficar 75 metros submerso sem respirar. Em 2011, Glania tatuou os aros olímpicos, para lembrar constantemente seu sonho. O que é incomum, já que a maioria dos atletas tatuam após garantir vaga olímpica. Um objetivo que esteve a perigo, pois até 2011 seu melhor tempo era de 1:58. Se ele mantivesse, não se classificaria para a Olimpíada no Campeonato Alemão. Foi preciso 1:55, recorde nacional que durava seis anos, para conseguir a classificação. 6. PETER BERNEK, HUN 20 anos, 1ª Olimpíada 1:55.88 (mai/2012) 7. FENGLIN ZHANG, CHN 19 anos, 1ª Olimpíada 1:56.34 (abr/2011) 8. BENJAMIM STASIULIS, FRA 26 anos, 2ª Olimpíada 1:56.39 (mar/2012) 9. KAZUKI WATANABE, JPN 25 anos, 1ª Olimpíada 1:56.83 (abr/2012) 10. YANNICK LEBHERZ, GER 23 anos, 1ª Olimpíada 1:56.84 (mai/2012) Bernek é uma revelação húngara e é, no masculino, um dos poucos medalhistas de ouro da primeira Olimpíada da Juventude de 2010 a estar entre os bem cotados (o outro é o sulafricano Chad Le Clos). Na ocasião, Bernek venceu os 200m costas. Sua evolução esse ano foi notável, pois em 2010 ele fez 1:59, no Mundial de 2011 fez 1:58 e no Europeu desse ano fez 1:55. Apesar de ter feito seu melhor tempo há mais de um ano, Zhang vem mantendo regularidade. Sempre nada entre 1:56 e 1:57 e ficou em quarto no Mundial do ano passado. Seu primeiro recorde nacional na prova foi em 2010, abaixando o tempo de Ouyang Kunpeng, um dos melhores chineses de sua época, mas que, pego dopado, foi suspenso para sempre do esporte. Esse ano, Stasiulis conseguiu a vaga olímpica nos 100m costas, deixando de fora o campeão mundial Jérémy Stravius, e bateu o recorde francês dos 200m costas, que era da época dos trajes. Ele também é lembrado por, entre 2007 e 2008, ter tido um breve relacionamento com Laure Manaudou, depois que esta terminou o namoro com o italiano Luca Marin. A classificação de Watanabe para os Jogos foi uma surpresa, pois ele deixou de fora Yuuki Shirai, que terminou o em 4º no ranking mundial de 2011. Watanabe é um sobrenome muito comum no Japão, assim como o nome Kazuki. Há alguns homônimos famosos, como o vocalista de uma banda que fez sucesso no Japão no final dos anos 90, mas que morreu aos 19 anos em 2000 devido a uma overdose. Versátil, Lebherz também nada provas de livre e medley. É inclusive o recordista alemão dos 400m medley e nada a prova em Londres, mas tem mais chances nos 200m costas. Seu pai, Thomas Lebherz, foi nadador da Alemanha Ocidental, disputou os Mundiais de 1978 e 1986 e chegou a ser campeão europeu do 4x100m medley em 1985. 200m COSTAS MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1964 (também foi disputado em 1900) MAIOR VENCEDOR Roland Matthes (GDR) – 1968 e 1972 MAIOR MEDALHISTA MEDALHISTAS DE 2008 Ryan Lochte (USA) – 1:53.94 Disputará a prova em Londres. Aaron Peirsol (USA) – 1:54.33 Aposentou-se no final de 2010. Arkady Vyachanin (RUS) – 1:54.93 Disputará a prova em Londres. MEMÓRIA 1984 – Los Angeles O americano Rick Carey era o recordista mundial, e planejava melhorar sua marca na final olímpica. Ele venceu, mas não bateu seu recorde. Insatisfeito, fechou a cara e sequer acenou para a torcida. Mesmo quando recebeu sua medalha de ouro, não esboçou um sorriso. Seu comportamento gerou um turbilhão de críticas, e ele teve que se desculpar formalmente. Ironicamente, três semanas depois, seu recorde seria quebrado por um russo, que não participou dos Jogos devido ao boicote. Imagine como Carey deve ter ficado feliz... Aaron Peirsol (USA) – 1 ouro e 2 pratas QUEM MAIS NADOU (5 E 4 PARTICIPAÇÕES) Rogério Romero (BRA) – 1988, 1992, 1996, 2000 e 2004 QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Aaron Peirsol (USA), 1:51.92 EUROPEU 2010 Derya Büyükuncu (TUR) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Stanislav Donets (RUS), 1:57.18 PAN-PACÍFICO 2010 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Zoltán Verrasztó (HUN) – 1972, 1976 e 1980 Aaron Peirsol (USA) – 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Ernst Hoppenberg (GER) sobre Karl Ruberl (AUT) em 1900 (9s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Ryan Lochte (USA), 1:54.12 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 James Goddard (ENG), 1:55.58 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Ryosuke Irie (JPN), 1:55.45 MUNDIAL 2011 Thiago Pereira (BRA), 1:57.19 EUROPEU 2012 Martín López-Zubero competia pela Espanha, apesar de ter nascido e sido criado nos Estados Unidos, pois tinha dupla cidadania (seu pai era espanhol). Seu irmão, David, foi o primeiro nadador espanhol a conquistar uma medalha olímpica, nos 100m borboleta em 1980. Martín, por outro lado, conquistou o primeiro ouro olímpico na natação para a Espanha em 1992, nos 200m costas, levando ao delírio o público presente. Ele foi o recordista mundial da prova por oito anos. Radosław Kawęcki (POL), 1:55.28 2004 – Atenas Ryan Lochte (USA), 1:52.96 PAN-AMERICANO 2011 Jed Graef (USA) sobre Gary Dilley (USA) em 1964 (0.2s) MAIS VELHO VENCEDOR Lenny Krayzelburg (USA), 24a11m24d em 2000 MAIS VELHO MEDALHISTA Tripp Schwenk (USA), 2º em 1996, 25a1m9d MAIS NOVO VENCEDOR Sándor Wladár (HUN), 17a0m7d em 1980 MAIS NOVO MEDALHISTA Sándor Wladár (HUN), 1º em 1980, 17a0m7d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Aaron Peirsol, USA 2. Ryosuke Irie, JPN 3. Ryan Lochte, USA 4. Tyler Clary, USA 5. Nicholas Thoman, USA 6. Michael Phelps, USA 7. Arkady Vyatchanin, RUS 8. Aschwin Wildeboer, ESP 9. Stanislav Donets, RUS 10. Radoslaw Kawecki, POL Tempo 1:51.92 1:52.51 1:52.96 1:54.53 1:54.59 1:54.65 1:54.75 1:54.92 1:55.25 1:55.28 Ano 2009 2009 2011 2009 2009 2007 2009 2009 2009 2012 País O P B T Estados Unidos 7 7 4 18 Alemanha Or. 2 1 0 3 Hungria 1 1 0 2 Alemanha 1 0 0 1 União Soviética 1 0 0 1 Espanha 1 0 0 1 Áustria 0 2 0 2 França 0 1 0 1 Com. Est. Indep. 0 1 0 1 Itália 0 0 2 2 Austrália 0 0 2 2 Holanda 0 0 1 1 Canadá 0 0 1 1 Nova Zelândia 0 0 1 1 Romênia 0 0 1 1 RECORDES Rússia 0 0 1 1 Mundial: Aaron Peirsol, USA - 1:51.92 (2009) Olímpico: Ryan Lochte, USA - 1:53.94 (2008) Sul-americano: Omar Pinzon, COL - 1:56.40 (2009) Brasileiro: Thiago Pereira, BRA - 1:57.19 (2011) Norte-americano: Aaron Peirsol, USA - 1:51.92 (2009) Europeu: Arkady Vyatchanin, RUS - 1:54.75 (2009) RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS 1992 – Barcelona O americano Aaron Peirsol era o favorito absoluto e só um desastre tiraria dele a vitória. E isso quase aconteceu. Ele venceu a prova com mais de dois segundos de vantagem para o austríaco Markus Rogan, mas logo depois foi anunciado que ele foi desclassificado, supostamente por ter feito o movimento de pernada antes da virada. Momentos de tensão se seguiram até que a desclassificação foi invalidada., com o argumento de que o formulário de desclassificação estava preenchido incorretamente. Mesmo Rogan se opôs a desclassificação, pois era amigo pessoal de Peirsol. “Nada é mais bonito que a amizade”, disse ele. O Brasil na prova TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Ryan Lochte, USA 2. Ryosuke Irie, JPN 3. Aaron Peirsol, USA 4. Michael Phelps, USA 5. Tyler Clary, USA 6. Radosław Kawęcki , POL 7. Arkady Vyatchanin, RUS 8. James Goddard, GBR 9. Markus Rogan, AUT 10. Lenny Krayzelburg, USA 1:52.96 1:54.02 1:54.44 1:54.65 1:54.69 1:55.28 1:55.44 1:55.58 1:55.74 1:55.87 2011 2012 2006 2007 2011 2012 2006 2010 2007 1999 Ano Nadador e tempo 1964 Tóquio Jed Graef (USA), 2:10.3 1972 Munique Roland Matthes (GDR), 2:02.82 Oceania: Ashley Delaney, AUS - 1:55.82 (2009) 1976 Montreal John Naber (USA), 1:59.19 2008 Pequim Ryan Lochte (USA), 1:53.94 Asiático: Ryosuke Irie, JPN - 1:52.51 (2009) Africano: George Du Rand, RSA - 1:55.75 (2009) http://www.swimchannel.com.br Das 12 participações brasileiras, Rogério Romero é responsável por nada menos que cinco. No entanto, a melhor colocação pertence a Ricardo Prado, que em 1984 chegou na quarta posição. Em todas suas participações, Rogério ficou entre os 16 melhores, com destaque para as finais de 1988 (8º lugar) e 2000 (7º). Em 1984, Djan Madruga alcançou a final B e terminou na 12ª colocação geral. Lendas –Roland Matthes A Alemanha Oriental ficou na história da natação devido às conquistas de suas nadadoras, mas mesmo antes delas aparecerem para o mundo, um alemão já estava entre os grandes: Roland Matthes, talvez o maior costista da história. Entre 1967 e 1974, não foi derrotado em nenhuma competição internacional no estilo, inclusive em duas Olimpíadas, e quebrou recordes mundiais 16 vezes. Também era excelente no borboleta e no livre. Seu apelido era “Rolls Royce da natação”. Foi casado com outra multimedalhista olímpica, a compatriota Kornelia Ender. Apesar do escândalo de doping que seria desmascarado anos depois na natação feminina da Alemanha Oriental, jamais nenhuma suspeita pairou sobre Matthes, hoje médico. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 6 – 200m MEDLEY MASCULINO Fab Four Por Daniel Takata Gomes NO PAÍS DOS BEATLES, UM OUTRO QUARTETO PODE FAZER HISTÓRIA Nunca na história quatro nadadores chegaram juntos à terceira final olímpica consecutiva. É o que podem fazer Ryan Lochte, Michael Phelps, László Cseh e Thiago Pereira, os maiores nadadores do mundo nos 200m medley desde 2004. No ano passado, na maior batalha do Mundial de Xangai, Lochte se tornou o primeiro nadador a bater um recorde mundial na longa após a era dos trajes hi-tech, com Phelps também melhorando seu tempo, em sua melhor prova desde Pequim 2008. Lochte está melhor nos fundamentos de saídas e viradas, Phelps tem melhor final de prova. Lochte terá a desvantagem de nadar somente meia hora depois da final dos 200m costas. Mesmo assim, o duelo é imprevisível. O que é certo é que sobrará somente um lugar no pódio. O favorito é o húngaro Cseh, seja pela experiência, por ser o atual prata olímpico, por ter fei- to seu melhor tempo sem trajes. Mas Thiago está batendo na trave faz anos e fez um bom tempo sem polir no Mare Nostrum em Monte Carlo. Não dá para esperar um vacilo de Cseh, logo Thiago terá que mostrar algo mais do que nos últimos mundiais e OThiago Pereira limpíadas. Ele espera ter conseguido isso após ter se juntado ao Pro 16, grupo de treinamento de Cesar Cielo. Para medalhar, parece que não sobrou mais lugar, mas gente rondando o bronze não falta, como o veterano austríaco Markus Rogan e o britânico James Goddard, especialistas no costas, e que ao contrário de Lochte não nadarão os 200m costas em busca de uma melhor chance no medley. Henrique Rodrigues faz sua estreia olímpica, mas já disputou Mundiais e foi finalista em curta em Dubai 2010. Com seu tempo, pode chegar à semi, e uma final não é impossível. BALIZAMENTO – TOP 10 1. RYAN LOCHTE, USA 27 anos, 3ª Olimpíada 1:54.00 (jul/2011) 2. MICHAEL PHELPS, USA 27 anos, 4ª Olimpíada 1:54.16 (jul/2011) 3. LÁSZLÓ CSEH, HUN 26 anos, 3ª Olimpíada 1:56.66 (mai/2012) 4. THIAGO PEREIRA, BRA 26 anos, 3ª Olimpíada 1:57.11 5. MARKUS ROGAN, AUT 30 anos, 4ª Olimpíada 1:57.74 (jul/2011) Quando criança, os professores de Lochte na natação eram seus pais, e ele quase sempre era mandado para o chuveiro mais cedo por bagunçar demais. No entanto, ele credita a sua mãe o desenvolvimento de seus estilos. De acordo com ele, ela se preocupou não em treiná-lo demais, e sim corretamente, de modo que não enjoasse do esporte. Ele somente passou a treinar seriamente quando entrou na high school. Phelps costuma escrever os tempos que quer fazer em um papel. Isso começou quando tinha 11 anos e seu técnico Bob Bowman pediu para que escrevesse os tempos que queria fazer em três provas. Seis meses depois, fez exatamente os tempos, até os centésimos. "Não sei como foi possível, mas aconteceu", diz Bowman. "Ele tem a perfeita noção do que quer e o que fazer para alcançar." Este ano, Cseh completou 15 medalhas em Europeus, sendo 11 de ouro. A despeito de vir de um país com nomes como Tamás Darnyi e Krisztina Egerszegi, ele é o húngaro mais bem sucedido da competição, além de ser o maior vencedor individual de todos os tempos. Em Jogos Olímpicos, seria um fenômeno se não fosse Phelps: todas suas quatro medalhas foram conseguidas derrotado pelo americano. Em 2007, Thiago conquistou oito medalhas no Pan do Rio e bateu o recorde de Djan Madruga como atleta brasileiro que mais conquistou medalhas em uma edição. Djan confessa que torceu contra, mas que o recorde não poderia estar em melhores mãos. Assim como Djan, Thiago é um dos mais versáteis nadadores brasileiros da história - já foi recordista sul-americano em todos os estilos exceto o borboleta. Em 2004, Rogan foi prata nos 100m e 200m costas atrás de Aaron Peirsol. Quando Peirsol foi desclassificado nos 200m (depois seria restituído), Rogan, que ganharia o ouro, mas é amigo pessoal e então companheiro de treinos, prontamente protestou. Por isso, naquele ano, foi premiado pelo Comitê Olímpico Europeu com o prêmio Fair Play, concedido anualmente. Rogan já competiu pelo Brasil pelo Minas. 6. JAMES GODDARD, GBR 29 anos, 3ª Olimpíada 1:57.79 (jul/2011) 7. MARKUS DEIBLER, GER 22 anos, 2º Olimpíada 1:57.82 (mai/2012) 8. KOSUKE HAGINO, JPN 17 anos, 1ª Olimpíada 1:58.01 (abr/2012) 9. JOE ROEBUCK, GBR 27 anos, 1ª Olimpíada 1:58.16 (mar/2012) 10. DANIEL TRANTER, AUS 20 anos, 1ª Olimpíada 1:58.19 (mar/2012) Goddard tem o costas como seu melhor estilo, e chegou ao pódio no Mundial do ano passado nos 200m. Cientistas britânicos descobriram que Goddard nadou mais rápido que Lochte. Mas nas viradas, 3m antes e 6m depois, Lochte foi nada menos que 2.3s mais rápido. Goddard abdicou da prova após uma cirurgia no ombro, se concentrando no medley, prova na qual terminou em quarto lugar no Mundial. Markus é irmão de Steffen Deibler, representante alemão nos 100m borboleta e recordista mundial dos 50m borbo na curta. Mas Markus é quem tem mais chances, sendo recordista alemão dos 200m. Markus e Steffen já foram campeões europeus no mesmo revezamento 4x50m medley na curta, lembrando os irmãos Zigarsky, também alemães, que foram bronze no 4x100m livre em Atlanta 1996. Hagino sempre foi destaque nas categorias inferiores. No ano passado, ficou doente e não disputou as seletivas para o Mundial de Xangai. Quando viu que seu compatriota Yuya Horihata conquistou a medalha de bronze nos 400m medley, Hagino lembra que quase foi às lágrimas. Pudera: Hagino é mais rápido que ele. Esse ano, melhorou mais de um segundo nos 200m medley e como é jovem pode continuar evoluindo. Roebuck foi um dos destaques da seletiva britânica, com dois ouros e uma prata. Ele disse que uma vez havia conseguido três ouros em um campeonato nacional, mas dessa vez, por ser ano olímpico, foi a melhor competição de sua carreira. Foi sua redenção após ter ficado de fora dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008 por cerca de vinte centésimos. Tranter baixou um segundo do melhor tempo australiano sem trajes de 2011 - de 2003 a 2010, por incrível que pareça, a marca ficou em poder de ninguém menos que Ian Thorpe. Ele e o outro australiano da prova, Jayden Hadler, treinam sob a batuta de Brant Best, também técnico de James Magnussen. Best é sem dúvida o favorito para melhor técnico australiano do ano. 200m MEDLEY MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 NÚMEROS GERAIS MEMÓRIA Michael Phelps (USA) – 1:54.23 EM OLIMPÍADAS 1972 – Munique Disputará a prova em Londres. Desde 1968 Em uma das provas mais fortes da história, todos os quatro primeiros colocados nadaram abaixo do recorde mundial em vigor. O sueco Gunnar Larsson e o americano Tim McKee repetiram o ouro e a prata dos 400m medley. Para celebrar sua conquista, McKee.driblou a segurança, subiu na plataforma de 10 metros e pulou na piscina de saltos. László Cseh (HUN) – 1:56.52 MAIORES VENCEDORES Tamás Darnyi (HUN) – 1988 e 1992 Disputará a prova em Londres. Ryan Lochte (USA) – 1:56.53 Michael Phelps (USA) – 2004 e 2008 Disputará a prova em Londres. MAIOR MEDALHISTA QUEM VENCEU DESDE 2008 Tamás Darnyi (HUN) e Michael Phelps (USA) – 2 ouros MUNDIAL 2009 Ryan Lochte (USA), 1:54.10 Attila Czene (HUN) – 1 ouro e 1 bronze EUROPEU 2010 Ryan Lochte (USA) – 1 prata e 1 bronze László Cseh (HUN), 1:57.73 QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) PAN-PACÍFICO 2010 1992 – Barcelona Sultan Al-Otaibi (KUW) – 1988, 1992, 1996 e 2000 Ryan Lochte (USA), 1:54.43 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Jani Sievinen (FIN) – 1992, 1996, 2000 e 2004 James Goddard (ENG), 1:58.10 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) JOGOS ASIÁTICOS 2010 Attila Czene (HUN) – 1992, 1996 e 2000 Ken Takakuwa (JPN), 1:58.31 MUNDIAL 2011 Jani Sievinen (FIN) – 1992, 1996 e 2000 Ryan Lochte (USA), 1:54.00 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA PAN-AMERICANO 2011 1996 – Atlanta Thiago Pereira (BRA), 1:58.07 Michael Phelps (USA) sobre László Cseh (HUN) em 2008 (2.29s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA EUROPEU 2012 László Cseh (HUN), 1:56.66 Tamás Darnyi (HUN) sobre Greg Burgess (USA) em 1992 (0.21s). TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Ryan Lochte, USA 2. Michael Phelps, USA Tempo Ano MAIS VELHO MEDALHISTA 1:54.00 1:54.16 2011 2011 3. László Cseh, HUN 1:55.18 2009 Tamás Darnyi (HUN), 1º em 1992, 25a1m28d 4. Eric Shanteau, USA 1:55.36 2009 MAIS NOVO VENCEDOR 5. Thiago Pereira, BRA 1:55.55 2009 Michael Phelps (USA), 19a1m20d em 2004 6. Leith Brodie, AUS 7. Darian Townsend, RSA 1:56.69 1:57.03 2009 2009 8. James Goddard, GBR 1:57.12 2009 9. Ken Takakuwa, JPN 1:57.24 2009 10. Tyler Clary, USA 1:57.25 2009 MAIS VELHO VENCEDOR Tamás Darnyi (HUN), 25a1m28d em 1992 MAIS NOVO MEDALHISTA Attila Czene (HUN), 3º em 1992, 18a1m11d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 3 6 4 13 Hungria 3 1 1 5 Canadá 1 0 1 2 Suécia 1 0 0 1 Itália 1 0 0 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Ano 1:54.00 2011 2. Michael Phelps, USA 3. László Cseh, HUN 1:54.16 1:56.66 2011 2012 4. Thiago Pereira, BRA 1:57.11 2012 5. Tyler Clary, USA 1:57.61 2010 1 6. Markus Rogan, AUT 1:57.74 2011 Lendas – Tamás Darnyi 7. James Goddard, GBR 8. Markus Deibler, GER 1:57.76 1:57.82 2010 2012 9. Kosuke Hagino, JPN 1:58.01 2012 10. Eric Shanteau, USA 1:58.05 2006 Aos 15 anos, o húngaro Tamás Darnyi, em uma brincadeira, foi atingido por uma bola de neve no rosto e perdeu quase que completamente a visão do olho esquerdo. Isso não o atrapalhou na carreira de nadador e hoje é considerado o maior nadador de medley da história olímpica. Ausente dos Jogos de 1984 devido ao boicote político que sua nação aderiu, a partir de então ele não perdeu nenhuma prova de medley por oito anos. Em 1988, bateu recordes mundiais nas duas distâncias. Em 1992, “apenas” venceu as provas. Também foi bicampeão mundial das duas provas. Uma particularidade de seu nado livre era a respiração em praticamente todas as braçadas com uma eficiência impressionante. 1 0 1 Finlândia 0 1 0 1 Grã-Bretanha 0 0 1 1 União Soviética 0 0 1 1 Trinidad e Tobago 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS RECORDES Mundial: Ryan Lochte, USA - 1:54.00 (2011) Olímpico: Michael Phelps, USA - 1:54.23 (2008) Ano Nadador e tempo Sul-americano: Thiago Pereira, BRA - 1:55.55 (2009) Brasileiro: Thiago Pereira, BRA - 1:55.55 (2009) 1972 Munique Gunnar Larsson (SWE), 2:07.17 Norte-americano: Ryan Lochte, USA - 1:54.00 (2011) 1984 L. Angeles Alex Baumann (CAN), 2:01.42 2008 Pequim Michael Phelps (USA), 1:54.23 O Brasil na prova Somente um nadador brasileiro chegou à final dos 200m medley masculino, e ele conseguiu isso duas vezes – e em ambas chegou perto do pódio. Thiago Pereira ficou em 5º em 2004 e em 4º em 2008. Em 1984, Ricardo Prado terminou as eliminatórias em 11º e não nadou a final B, fazendo com que sua colocação caísse para 17ª. Das outras seis vezes que brasileiros caíram na água para a prova, os melhores desempenhos foram de Júlio Rebollal (1988) e Diogo Yabe (2004), ambos em 26º. Tempo 0 Tamás Darnyi (HUN), 2:00.17 O húngaro Attila Czene estava balizado com o tempo de 2:00.88, supostamente conseguido em uma competição nacional. Foi revelado, semanas depois da Olimpíada, que essa competição nunca havia existido. A Federação Húngara inventou os resultados e metade da seleção húngara se classificou nessa competição fantasma. Dos nadadores que se classificaram dessa maneira, Czene foi o único medalhista, com o ouro nos 200m medley. Nadador 1. Ryan Lochte, USA Alemanha Or. 1988 Seul O húngaro Tamás Darnyi manteve a supremacia e venceu a prova que não perdia desde 1984. O americano Ron Karnaugh, que chegou aos Jogos com o segundo melhor tempo, passou por um drama. Seu pai, Peter Karnaugh, estava em Barcelona e assistia à cerimônia de abertura dos Jogos, quando sentiu uma dor no peito e morreu de infarto logo depois. Seis dias mais tarde, Ron Karnaugh nadou a final olímpica, mas, abalado, não foi além da sexta posição. Europeu: László Cseh, HUN - 1:55.18 (2009) Oceania: Leith Brodie, AUS - 1:56.69 (2009) Asiático: Ken Takakuwa, JPN - 1:57.24 (2009) Africano: Darian Townsend, RSA - 1:57.03 (2009) http://www.swimchannel.com.br http://www.raiaquatronews.com.br DIA 6 – 100m LIVRE FEMININO Torre de Babel Por Daniel Takata Gomes NENHUMA PROVA REPRESENTA MAIS A GLOBALIZAÇÃO DA NATAÇÃO DO QUE ESSA Globalização. Essa é a palavra chave dos 100m livre feminino. Austrália, Alemanha, Estados Unidos e Holanda costumavam dominar a prova. Agora, outros países, não necessariamente tradicionais, lutam pelo domínio. E isso não é de hoje. Em 2003, a campeã mundial foi uma finlandesa. No Mundial do ano passado, a bielo-russa Aliaksandra Herasimenia e a dinamarquesa Jeanette Ottesen dividiram o título. Elas estão entre as favoritas, mas o tempo que fizeram no ano passado não será suficiente para o ouro. Afinal, a sueca Sarah Sjöström resolveu nadar bem o livre e fez o melhor tempo da história sem trajes tecnológicos. Tempo logo superado pela holandesa Ranomi Kromowidjojo (foto), que sempre completou o vitorioso revezamento holandês, e que agora resolveu sair da sombra de Marlen Veldhuis e Inge Dekker. É a maior favo- rita. A campeã olímpica e recordista mundial Britta Steffen parece ter mais chances nos 50m depois de passar por má fase, apesar de ter se recuperado parcialmente esse ano. Mas não se pode ignorá-la. Assim como a americana Melissa Franklin, que terá sua prova mais difícil em sua busca por sete medalhas, ainda mais tendo nadado acima de 54 na seletiva americana. Por mais estranho que possa parecer, ela tem mais chances que Jessica Hardy, que a derrotou na seletiva. A britânica Francesca Halsall, bronze no último Mundial, tam- Ranomi Kromowidjojo bém pode brigar por medalhas, mas dificilmente pelo ouro. A final teórica é completada pela holandesa Femke Heemskerk. Mas uma chinesa e duas australianas também podem brigar por pódio, personificando ainda mais o caráter universal da prova. BALIZAMENTO – TOP 10 1. R. KROMOWIDJOJO, NED 21 anos, 2ª Olimpíada 52.75 (abr/2012) 2. SARAH SJÖSTRÖM, SWE 18 anos, 1ª Olimpíada 53.05 (dez/2011) 3. A. HERASIMENIA, BLR 26 anos, 2ª Olimpíada 53.45 (jul/2011) 3. JEANETTE OTTESEN, DEN 24 anos, 3ª Olimpíada 53.45 (jul/2011) 5. FRAN HALSALL, GBR 22 anos, 2ª Olimpíada 53.48 (jul/2011) Kromowidjojo, uma prata e um bronze no Mundial de Xangai em 2011, foi escolhida a esportista do ano no feminino na Holanda no ano passado, mesmo não estando no auge de sua forma após ter sofrido com uma meningite. Kromowidjojo (pronuncia-se "Kro-mo-uí-djoio") é um sobrenome exótico até mesmo na Holanda, e é justificado por sua descendência da Indonésia e do Suriname. Sjöström foi campeã europeia em 2008 nos 100m borboleta aos 14 anos, a mais jovem sueca campeã do continente na história. Mas apesar de ser mais conhecida pelo borbo, ela surpreendeu no final de 2011 quando, após um ano ruim, fez o então melhor tempo da história dos 100m livre em trajes têxteis., superando o recorde sueco de Therese Alshammar, conseguido com um traje tecnológico. Em 2003, Herasimenia, aos 17 anos, testou positivo para a substância norandrosterona e foi suspensa por quatro anos, pena mais tarde diminuída para dois. Na época, ela já era medalhista no Europeu e era esperança para os Jogos de 2004. Em 2007, ela igualou o recorde mundial dos 50m costas no campeonato nacional, mas o tempo não foi reconhecido pela FINA, pois não houve controle antidoping adequado. Ottesen, pelo título mundial dos 100m livre dividido com Aliaksandra Herasimenia no ano passado, recebeu o título de esportista do ano na Dinamarca, superando uma forte concorrência da também nadadora Lotte Friis, campeã mundial dos 1500m livre, e da tenista sensação do país Caroline Wozniacki, vencedora do prêmio no ano anterior. Hallsall foi um dos destaques da seletiva britânica, não só por seu tempo nos 100m livre, mas por causa de seu maiô rosa. "Quando meus pais vêem me assistir nadar, meu pai fala 'Diane, ela não está bem, seu nado está ruim'. Minha mãe responde, 'você está olhando para a raia errada Andrew, aquela não é a Fran'. Com esse maiô, eles sempre irão me enxergar!" 6. FEMKE HEEMSKERK, NED 24 anos, 2ª Olimpíada 53.60 (jun/2011) 7. MELISSA FRANKLIN, USA 17 anos, 1ª Olimpíada 53.63 (ago/2011) 8. BRITTA STEFFEN, GER 28 anos, 4ª Olimpíada 53.68 (mai/2012) 9. YI TANG, CHN 19 anos, 2ª Olimpíada 53.71 (abr/2012) 10. M. SCHLANGER, AUS 25 anos, 2ª Olimpíada 53.74 (fev/2012) Femke (apelido de Frederike Maria) conquistou todos os títulos possíveis com o revezamento, mas parece que ainda não atingiu todo seu potencial individual. Ela fez 52.46 no revezamento do mundial do ano passado, 0.53 melhor que qualquer competidora na ocasião, o que é mais rápido que seu 53.60 de 100m livre. Assim como nos 200m, parece que ela ainda tem sua melhor performance guardada. Em 2011, Franklin venceu seus primeiros títulos nacionais, entre eles os 100m livre, mas deu suas medalhas às crianças voluntárias que carregam as cestas com roupas dos atletas na piscina. "Eles abrem mão de seus fins-desemana e mostram muita dedicação ao esporte. Eu queria ter medalhas para dar para todos eles." Steffen, campeã olímpica e recordista mundial, não passou por boa fase em 2011 e chegou a nadar o Mundial de Xangai mas desistiu das semifinais dos 100m livre ao ver que não tinha chances. Mas não foi seu primeiro período ruim. Entre 1999 e 2006, ficou sem melhorar seus tempos por problemas alimentares e motivacionais. Com ajuda de um psicólogo, se recuperou e tornou-se a principal velocista do mundo. Tang teve uma performance avassaladora na primeira Olimpíada da Juventude, em 2011: seis medalhas de ouro, sendo três individuais. Foi a maior vencedora da competição. Mas sua especialidade é os 100m livre, única prova individual que venceu nos últimos Jogos Asiáticos – apesar de também ter levado seis medalhas na competição – e na Universíade de 2011. Ian Thorpe, Michael Klim e Lisbeth Trickett foram os retornos mais comentados da seletiva australiana, mas pouca gente sabe que Schlanger, duas medalhas em 2008 em revezamentos, também estava aposentada. Desde 2010, ela trabalhava em um hospital, e não planejava nadar nunca mais. Mas voltou a nadar master em 2011 e sentiu novamente gosto pelo esporte, e atingiu o auge vencendo a seletiva. 100m LIVRE FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1912 MAIOR VENCEDORA Dawn Fraser (AUS) – 1956, 1960 e 1964 MAIOR MEDALHISTA Dawn Fraser (AUS) – 3 ouros QUEM MAIS NADOU (5 PARTICIPAÇÕES) Martina Moravcová (SVK) – 1992, 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Dawn Fraser (AUS) – 1956, 1960 e 1964 Conny van Bentum (NED) – 1912, 1920 e 1924 Karin Brienesse (NED) – 1924, 1928 e 1932 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Ethelda Bleibtrey (USA) sobre Irene Guest (USA) em 1920 (3.4s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Carrie Steinseifer (USA) empatou com Nancy Hogshead (USA) em 1984 MAIS VELHA VENCEDORA Dawn Fraser (AUS), 27a1m9d em 1964 MAIS VELHA MEDALHISTA Dara Torres (USA), 3ª em 2000, 33a5m6d MAIS NOVA VENCEDORA MEDALHISTAS DE 2008 Britta Steffen (GER) – 53.12 Disputará a prova em Londres. Lisbeth Trickett (AUS) – 53.16 Aposentou-se em 2009 e retornou, mas não conseguiu classificação na seletiva. Natalie Coughlin (USA) – 53.39 Não conseguiu classificação na seletiva americana. Irá a Londres para revezamento. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Britta Steffen (GER), 52.07 EUROPEU 2010 Francesca Halsall (GBR), 53.58 PAN-PACÍFICO 2010 Natalie Coughlin (USA), 53.67 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Alicia Coutts (AUS), 54.09 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Tang Yi (CHN), 54.12 MUNDIAL 2011 Aleksandra Gerasimenya (BLR) e Janette Ottesen (DEN), 53.45 PAN-AMERICANO 2011 Amanda Kendall (USA), 54.75 EUROPEU 2012 Sarah Sjöström (SWE), 53.61 Sandy Neilson (USA), 16a5m9d em 1972 MAIS NOVA MEDALHISTA Franziska van Almsick (GER), 3ª em 1992, 14a3m21d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 8 9 10 27 Austrália 4 2 2 8 Alemanha Or. 3 2 1 6 Holanda 2 3 3 8 China 2 1 0 3 Alemanha 1 1 2 4 Australásia 1 1 0 2 Hungria 1 0 1 2 Dinamarca 1 0 0 1 Argentina 0 1 0 1 Suécia 0 1 0 1 Grã-Bretanha 0 0 3 3 França 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Britta Steffen, GER 2. Lisbeth Trickett, AUS 3. Ranomi Kromowidjojo, NED 4. Francesca Halsall, GBR 5. Amanda Weir, USA 6. Cate Campbell, AUS 7. Sarah Sjöström, SWE 8. Pang Jiaying, CHN 9. Marleen Veldhuis, NED 10. Dana Vollmer, USA 1912 – Estocolmo O 100m livre foi a primeira prova da história da natação olímpica feminina. Mas, seguindo os pensamentos do Barão de Coubertin, que achava que somente homens deveriam competir, a federação australiana achava perda de tempo e dinheiro enviar mulheres para os Jogos. Fanny Durack e Mina Wylie tiveram que arcar com seus próprios custos. O esforço valeu a pena e em Estocolmo elas fizeram a dobradinha no alto do pódio. 1984 – Los Angeles Em 1972, houve um empate na primeira colocação dos 400m medley masculino, e o vencedor foi decidido nos milésimos. A partir de então, decidiu-se que, se acontecesse novamente, a prova seria declarada empatada. Foi o que ocorreu nos 100m livre em Los Angeles. Nancy Hogshead e Carrie Steinseifer fizeram 55.92 e o ouro foi dividido pela primeira vez na história da natação olímpica. 1996 – Atlanta A americana Angel Martino, medalhista de bronze, após a cerimônia de premiação se desfez de sua medalha. Ela deu de presente para uma amiga de infância, que trabalhava como voluntária, mesmo estando em meio a um tratamento de quimioterapia devido a um câncer. 2008 – Pequim Tempo 52.07 52.62 52.75 52.87 53.02 53.03 53.05 53.13 53.17 53.30 Ano 2009 2009 2012 2009 2009 2009 2011 2009 2009 2009 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Ranomi Kromowidjojo, NED 52.75 2012 2. Lisbeth Trickett, AUS 52.99 2007 3. Sarah Sjöström , SWE 53.05 2011 4. Britta Steffen, GER 53.30 2006 5. Natalie Coughlin, USA 53.40 2007 6. A. Herasimenia, BLR 53.45 2011 7. Jeanette Ottesen, DEN 53.45 2011 8. Francesca Halsall, GBR 53.48 2011 9. Jodie Henry, AUS 53.52 2004 10. Amanda Weir, USA 53.58 2006 Ano Nadador e tempo 1912 Estocolmo Fanny Durack (ANZ), 1:19.8 (el.) 1920 Antuérpia Ethelda Bleibtrey (USA), 1:14.4 (sf) 1920 Antuérpia Ethelda Bleibtrey (USA), 1:13.6 1924 Paris M. Wehselau (USA), 1:12.2 (el.) 1928 Amsterdã Albina Osipowich (USA), 1:11.0 1956 Melbourne Dawn Fraser (AUS), 1:02.0 1976 Montreal Kornelia Ender (GDR), 55.65 1980 Moscou Barbara Krause (GDR), 54.98 (el.) 1980 Moscou Barbara Krause (GDR), 54.79 Oceania: Lisbeth Trickett, AUS - 52.62 (2009) 2000 Sydney Inge de Bruijn (NED), 53.77 (sf) 2004 Atenas Jodie Henry (AUS), 53.52 (sf) Asiático: Pang Jiaying, CHN - 53.13 (2009) Africano: Karin Prinsloo, RSA - 54.97 (2012) RECORDES Mundial: Britta Steffen, GER - 52.07 (2009) Olímpico: Britta Steffen, GER – 53.12 (2008) Sul-americano: Arlene Semeco, VEN - 54.92 (2009) Brasileiro: Tatiana Lemos, BRA - 54.93 (2009) Norte-americano: Amanda Weir, USA - 53.02 (2009) Europeu: Britta Steffen, GER - 52.07 (2009) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA Em 2004, a australiana Lisbeth Lenton chegou como recordista mundial a Atenas, mas sequer alcançou a final da prova. Em 2008, novamente chegou como recordista, novamente não nadou bem na semifinal e ficou em 9º. Sua sorte foi que a chinesa Pang Jiyang foi desclassificada por saída irregular, e Lenton herdou seu lugar na final. Ela terminou com a prata atrás da alemã Britta Steffen. O Brasil na prova No mesmo ano em que obteve a melhor colocação da história feminina brasileira (5º nos 400m livre), Piedade Coutinho também conseguiu a melhor posição entre as mulheres que nadaram os 100m livre: 10ª. Ela também ficou em 12º em 1948. Outras 11 brasileiras nadaram a prova, e terminaram entre as 20 primeiras Maria Lenk (20ª em 1932), Rebeca Gusmão (20ª em 2004) e Tatiana Lemos (19ª em 2008). Lendas – Dawn Fraser A carreira da australiana Dawn Fraser daria um ótimo filme. Para começar, foi a primeira tricampeã da história da natação olímpica, nos 100m livre, em 1956, 1960 e 1964. Também foi a primeira a nadar a prova abaixo do minuto. Polêmica, nos Jogos de 1960 arrumou confusões com suas colegas australianas, que resolveram não conversar mais com ela. Antes da Olimpíada de 1964, se envolveu num acidente automobilístico no qual saiu seriamente ferida e sua mãe morreu. Fraser se recuperou e venceu os 100m livre em Tóquio no ato final de sua carreira. Isso porque resolveu surrupiar uma bandeira do palácio imperial e foi suspensa por 10 anos pela Federação Australiana, encerrando sua carreira. É considerada a maior nadadora da história. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 7 – 200m COSTAS FEMININO Pelo fim do tabu Por Daniel Takata Gomes EM NENHUMA PROVA OS ESTADOS UNIDOS ESTÃO HÁ TANTO TEMPO SEM VENCER Para os americanos (e também para o resto do mundo), 1972 foi o ano que Mark Spitz assombrou o mundo nos Jogos de Munique. Nos 200m costas feminino, 1972 também é um ano importante para os Estados Unidos. Na natação olímpica, é a prova que faz mais tempo que americanos não levam o ouro. E chance melhor não poderia haver. De todas suas provas individuais, essa é a mais forte de Melissa Franklin (foto). Ela venceu o Mundial no ano passado com melhor tempo da história em trajes têxteis e também foi nos 200m costas que ela se tornou a primeira mulher a bater um recorde mundial após o fim dos trajes hi-tech (na Copa do Mundo de curta, no final de 2011). Mesmo tendo piorado um segundo na seletiva, é a líder do ranking mundial e ampla favorita. Pode até mesmo ameaçar o recorde mundial. Se repetirem seus tempos, será difícil tirar a australiana Belinda Hocking e a russa Anastasia Zueva dos outros lugares do pódio. Isso porque elas estão pelo menos um segundo à frente das concorrentes – a australiana Meagen Nay chegou a nadar para 2:07 baixo em 2011, mas não repetiu o tempo desde então. Mas não falta gente para aproveitar um vacilo das favoritas, assim como fez a holandesa Sharon van Rouwendaal no Mundial do ano passado, que na ocasião superou as mais cotadas Elizabeth Simmonds, da Grã-Bretanha, e a própria Nay. No momento, quem tem Melissa Franklin e Belinda Hocking mais condições de surpreender é a americana Elizabeth Beisel e a japonesa Aya Terakawa. Kirsty Coventry tenta o tricampeonato da prova, mas é uma missão quase impossível. A francesa Laure Manaudou tem aqui sua melhor chance, mas terá que melhorar muito para medalhar. BALIZAMENTO – TOP 10 1. MELISSA FRANKLIN, USA 17 anos, 1ª Olimpíada 2:05.10 (jul/2011) 2. BELINDA HOCKING, AUS 21 anos, 2ª Olimpíada 2:06.06 (jul/2011) 3. ANASTASIA ZUEVA, RUS 22 anos, 2ª Olimpíada 2:06.59 (abr/2012) 4. MEAGEN NAY, AUS 23 anos, 2ª Olimpíada 2:07.16 (jun/2011) 5. ELIZABETH SIMMONDS, GBR Essa é a última prova individual de Franklin, que se nada de anormal acontecer será a primeira nadadora americana da história a nadar sete provas em uma Olimpíada. Em 1976, Shirley Babashoff chegou a se classificar para o mesmo número de provas, mas desistiu de uma. Entre os homens, somente Mark Spitz (1972), Matt Biondi (1988) e Michael Phelps (2004, 2008 e 2012) alcançaram o feito. O grande momento de Hocking foi no Mundial de Xangai no ano passado, em que fez a segunda melhor marca da história nos 200m costas sem trajes e foi prata no revezamento 4x100m medley. Ela dedicou suas conquistas a seus pais, que se revezavam para levá-la aos treinos, duas vezes por dia, dirigindo de Wangaratta a Albury, o que tomava duas horas do dia. Em 2009, Zueva bateu o recorde mundial dos 50m costas duas vezes no Campeonato Russo. Os tempos ficaram pendentes e não foram homologados, devido ao traje não aprovado. Nesse meio tempo, no Mare Nostrum, ela nadou acima daquelas duas marcas, mas abaixo do antigo recorde. Como não se pensou que pudesse ser recorde, não passou pelo antidoping. E seu tempo também não foi homologado. Em 2008, Nay quebrou um lendário recorde australiano, que vinha desde 1992. Coincidentemente, 1992 foi o ano que o pai de Nay, Robbie, faleceu em um acidente de carro. Ele foi nadador olímpico em 1972. Outra tragédia marcou a vida de Nay: durante o Mundial de 2009, seu irmão, Amos, morreu também em um acidente de carro. Mas ela nadou o revezamento mesmo após ter recebido a notícia. Simmonds, vice-campeã europeia dos 100m costas em 2010, ficou em terceiro na seletiva britânica e não conseguiu vaga na prova, deixandoa decepcionada. Mas recuperou-se nos 200m, ao nadar três quartos da prova abaixo do recorde europeu, da época dos trajes. Ela diz que combinou com seu técnico que nadaria a prova fingindo ser uma competição regional qualquer. "É assim que nado melhor." 6. ELIZABETH BEISEL, USA 19 anos, 2ª Olimpíada 2:07.58 (jun/2012) 7. S. V. ROUWENDAAL, NED 18 anos, 1ª Olimpíada 2:07.78 (jul/2011) 8. DARYNA ZEVINA, RUS 17 anos, 1ª Olimpíada 2:07.82 (jul/2011) 9. SINEAD RUSSELL, CAN 19 anos, 1ª Olimpíada 2:08.04 (mar/2012) 10. LAURE MANAUDOU, FRA 25 anos, 3ª Olimpíada 2:08.06 (mar/2012) Tendo adicionado a classificação nos 200m costas à dos 400m medley, Beisel irá nadar exatamente as mesmas provas que nadou em Pequim. Foi nos 200m costas que ela estreou no cenário internacional, no Mundial de 2007, com apenas 14 anos. Seu maior feito na prova é o bronze no Mundial de 2009. Em Pequim 2008 e Xangai 2011 ela terminou na quinta posição. Atual medalhista de bronze mundial nos 200m costas, van Rouwendaal é uma nadadora muito versátil, que também nada provas de longa distância e medley. Ela superou recordes lendários da natação holandesa: em 2008, como o recorde dos 400m medley que completava 20 anos e a marca dos 1500m livre que fazia 3 décadas! Zevina tem apenas 17 anos e foi campeã da Olimpíada da Juventude em 2010 nos 100m costas. Já tem conquistas absolutas, como o Europeu de curta do ano passado, e foi finalista no Mundial de Xangai 2011 com apenas 16 anos. Por isso, pode evoluir muito na Olimpíada. Também tem bons tempos em provas de livre e medley. Apesar de seu pai ter tido problemas (técnico de natação, foi banido do esporte para sempre por envolvimento com tráfico de entorpecentes e até esconder um cadáver), seus filhos continuam seguindo a carreira. O irmão de Sinead, Colin, também é nadador e é da equipe olímpica canadense do revezamento 4x100m livre que estará em Londres. Além dos 400m livre, Manaudou era cotada a pódio nos 200m costas em Pequim 2008, mas parou na semi em uma competição que foi um inferno astral para ela. Isso a levou a abandonar a natação. Voltou dois anos depois, já mãe de uma filha com o também nadador Fred Bousquet. Manaudou diz que será muito difícil nadar os Jogos sem ele na equipe. 21 anos, 2ª Olimpíada 2:07.49 (jun/2011) 200m COSTAS FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 Kirsty Coventry (ZIM) – 2:05.24 Disputará a prova em Londres. Margaret Hoelzer (USA) – 2:06.23 Não conseguiu classificação na seletiva americana. NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1968 MAIOR VENCEDORA Krisztina Egerszegi (HUN) – 1988, 1992 e 1996 Reiko Nakamura (JPN) – 2:07.13 Aposentou-se em 2008. MAIOR MEDALHISTA Krisztina Egerszegi (HUN) – 3 ouros QUEM MAIS NADOU (3 PARTICIPAÇÕES) Jolanda de Rover (NED) – 1980, 1984 e 1988 Kathy Read (GBR) – 1984, 1988 e 1992 Krisztina Egerszegi (HUN) – 1988, 1992 e 1996 Lorenza Vigarani (ITA) – 1988, 1992 e 1996 Nicole Livingstone (AUS) – 1988, 1992 e 1996 Nina Zhivanevskaya (RUS/ESP) – 1992, 1996 e 2000 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Krisztina Egerszegi (HUN) – 1988, 1992 e 1996 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Krisztina Egerszegi (HUN) sobre Whitney Hedgepeth (USA) em 1996 (4.15s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Kirsty Coventry (ZIM) sobre Stanislava Komarova (RUS) em 2004 (0.53s) MAIS VELHA VENCEDORA QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Kirsty Coventry (ZIM), 2:04.81 EUROPEU 2010 Elizabeth Simmonds (GBR), 2:07.04 PAN-PACÍFICO 2010 Elizabeth Beisel (USA), 2:07.83 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Meagen Nay (AUS), 2:07.56 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Zhao Jing (CHN), 2:06.46 MUNDIAL 2011 Melissa Franklin (USA), 2:05.10 PAN-AMERICANO 2011 Elizabeth Pelton (USA), 2:08.99 EUROPEU 2012 Alexianne Castel (FRA), 2:08.41 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Kirsty Coventry, ZIM 2. Anastasia Zueva, RUS 3. Melissa Franklin, USA 4. Belinda Hocking, AUS 5. Margaret Hoelzer, USA 6. Elizabeth Beisel, USA 7. Jing Zhao, CHN 8. Krisztina Egerszegi, HUN 9. Laure Manaudou, FRA 10. Gemma Spofforth, GBR Kirsty Coventry (ZIM), 24a11m0d em 2008 MAIS VELHA MEDALHISTA Reiko Nakamura (JPN), 3ª em 2008, 26a2m30d MAIS NOVA VENCEDORA Krisztina Egerszegi (HUN), 14a1m9d em 1988 MAIS NOVA MEDALHISTA Krisztina Egerszegi (HUN), 1ª em 1988, 14a1m9d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Hungria 3 0 0 3 Estados Unidos 2 4 1 7 Alemanha Or. 2 3 2 7 Zimbábue 2 0 0 2 Romênia 1 0 1 2 Holanda 1 0 0 1 Canadá 0 1 2 3 Alemanha 0 1 2 3 França 0 1 0 1 Rússia 0 1 0 1 Japão 0 0 3 3 Austrália 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1972 Munique Melissa Belote (USA), 2:20.58 (el.) 1972 Munique Melissa Belote (USA), 2:19.19 1980 Moscou Rica Reinisch (GDR), 2:11.77 2008 Pequim Kirsty Coventry (ZIM), 2:05.24 Tempo 2:04.81 2:04.94 2:05.10 2:06.06 2:06.09 2:06.39 2:06.46 2:06.62 2:06.64 2:06.66 Ano 2009 2009 2011 2011 2008 2009 2010 1991 2008 2009 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Kirsty Coventry, ZIM 2:04.81 2009 2. Anastasia Zueva, RUS 2:04.94 2009 3. Melissa Franklin, USA 2:05.10 2011 4. Belinda Hocking, AUS 2:06.06 2011 5. Margaret Hoelzer, USA 2:06.09 2008 6. Elizabeth Beisel, USA 2:06.39 2009 7. Zhao Jing, CHN 2:06.46 2010 8. Krisztina Egerszegi, HUN 2:06.62 1991 9. Laure Manaudou, FRA 2:06.64 2008 10. Gemma Spofforth, GBR 2:06.66 2009 RECORDES Mundial: Kirsty Coventry, ZIM - 2:04.81 (2009) Olímpico: Kirsty Coventry, ZIM - 2:05.24 (2008) Sul-americ: Fernanda Alvarenga, BRA - 2:12.32 (2009) Brasileiro: Fernanda Alvarenga, BRA - 2:12.32 (2009) Norte-americ.: Melissa Franklin, USA - 2:05.10 (2011) Europeu: Anastasia Zueva, RUS - 2:04.94 (2009) Oceania: Belinda Hocking, AUS - 2:06.06 (2011) Asiático: Zhao Jing, CHN - 2:06.46 (2010) Africano: Kirsty Coventry, ZIM - 2:04.81 (2009) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1976 – Montreal Entre 1974 e 1976, a prova teve nada menos que cinco recordistas mundiais. Todas estavam presentes na final olímpica. Mas a emoção que se configurava pelo balizamento estrelar não aconteceu: a alemã oriental Ulrike Richter venceu sem dificuldades, de ponta a ponta, com um segundo e meio de vantagem. E sem recorde mundial. 1996 – Atlanta A húngara Kristina Egerszegi bateu vários recordes ao vencer os 200m costas em 1996. Além do tricampeonato da prova, feito que só a australiana Dawn Fraser havia alcançado, ela se tornou a primeira nadadora a conquistar cinco ouros individuais e sua margem de vitória, por 4.15s, foi a maior em uma prova de 200 metros feminina, em qualquer estilo. Um feito incrível, pois a discrepância entre as atletas nas décadas de 70 para trás era muito maior. 2004 – Atenas Em 2000, Kirsty Coventry se tornou a primeira nadadora do Zimbábue a atingir uma semifinal olímpica. Nos 100m costas em 2004, ela foi a primeira nadadora a disputar uma final, e também a conquistar uma medalha, a prata. Por isso, quando conquistou o ouro nos 200m costas, imediatamente se tornou uma heroína em seu país. Em 2004, recebeu um prêmio de 50 mil dólares do governo de seu país, e com seu bicampeonato em 2008 ganhou 100 mil dólares, dos quais doou parte para instituições de caridade. O Brasil na prova Nenhuma brasileira jamais nadou a prova. Lendas – Krisztina Egerszegi Além de Dawn Fraser, Krisztina Egerszegi é a única nadadora tricampeã olímpica. A húngara conseguiu o feito nos 200m costas entre 1988 e 1996. Na primeira vitória, tinha apenas 14 anos e pesava pelo menos 20kg a menos que suas concorrentes finalistas. Em 1992, foi a maior estrela dos Jogos de Barcelona, onde venceu, além de sua especialidade, os 100m costas e os 400m medley. E quatro anos depois, em Atlanta, sua margem de vitória nos 200m costas foi a maior da história olímpica em provas de 200 metros femininas (4s15). Foi a recordista mundial da prova de 1991 a 2008. É a única mulher a ter cinco ouros olímpicos individuais na natação. Se aposentou aos 22 anos e hoje administra um restaurante na Hungria. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 7 – 100m BORBOLETA MASC. Histórico acirrado Por Daniel Takata Gomes PELO RETROSPECTO, NÃO SE DEVE ESPERAR NADA MENOS QUE UMA PROVA EMOCIONANTE Não foi por acaso que a disputa entre Michael Phelps e Milorad Čavić em 2008 foi tão acirrada. Tratando-se dos 100m borboleta em Jogos Olímpicos, não podese esperar nada diferente. Em 1988, Matt Biondi também perdeu o ouro para Anthony Nesty por um centésimo. Pablo Morales venceu por três centésimos em 1992 e Phelps por quatro em 2004. Por isso, não se iluda com a aparente superioridade de Phelps. Será a sexta prova do americano na competição, e o cansaço quase o fez perder a prova em que também era favorito em 2008. Čavić em particular adoraria estragar a festa, pois ele também tem a derrota do Mundial de 2009 na bagagem. Ele fez seu melhor tempo pós-trajes este ano após um período em baixa devido a problemas físicos, mas está um pouco distante do americano. O polonês Konrad Czerniak surpre- endeu no Mundial de 2011 e tem mais chances de brigar pelo ouro. Assim como Sérvia e Polônia, outro nadador de um país com pouca tradição (e no caso sem nenhuma) na natação pode brigar pelo pódio: Jason Dunford, do Quênia. Mais chances tem o outro Kaio Márcio americano, Tyler McGill, bronze no último Mundial. O japonês Takuro Fujii já tem um bronze no revezamento medley em 2008 e vai em busca da medalha individual, mas estava em melhor forma no ano passado, assim como o alemão Benjamin Starke. O australiano Christopher Wright, por outro lado, quer repetir o compatriota Andrew Lauterstein, que em 2008 não estava cotado e chegou ao pódio. Kaio Márcio nadará a prova e terá que voltar a nadar na casa dos 51 segundos para entrar na final, algo que em trajes têxteis ele não faz desde 2007. BALIZAMENTO – TOP 10 1. MICHAEL PHELPS, USA 27 anos, 4ª Olimpíada 50.71 (jul/2011) 2. KONRAD CZERNIAK, POL 23 anos, 1ª Olimpíada 51.15 (jul/2011) 3. TYLER MCGILL, USA 24 anos, 1ª Olimpíada 51.26 (jul/2011) 4. MILORAD ČAVIĆ, SRB 28 anos, 4ª Olimpíada 51.45 (mai/2012) 5. JASON DUNFORD, KEN 25 anos, 1ª Olimpíada 51.59 (jul/2011) Phelps considera seu momento de maior embaraço a final dos 100m borboleta do Mundial 2005, a qual perdeu para Ian Crocker que bateu o recorde. Na ocasião, Phelps, chegou em 2º, quase um segundo atrás, mas quando avistou o placar pensou que ele próprio havia batido o recorde. "Quando vi o placar, soquei o ar em comemoração, mas então percebi que não havia sido eu. Foi constrangedor." Czerniak foi uma surpresa no Mundial de Xangai, ao ficar apenas atrás de Michael Phelps nos 100m borboleta. "Não acho que Phelps me conhecesse antes daquilo", disse ele, que ficou por uma unha de se classificar para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Ele treina na Espanha sob o comando de Bartosz Kizierowski, finalista olímpico dos 50m livre em 2000. Desde a aposentadoria de Ian Crocker em 2008, McGill é o segundo melhor nadador americano de 100m borbo, e foi a todas as competições principais com Phelps. Seu auge foi o bronze no Mundial do ano passado. Fora das piscinas usa um chamativo óculos e, por ser míope, pensou que tivesse ficado em 3º na seletiva quando viu o placar – após agonizantes instantes notou que o “3” na verdade era um “2”. Em 2003, Čavić bateu o recorde mundial dos 100m borbo na curta, mas por dois centésimos não se tornou o primeiro a nadar para 49s – feito atingido meses depois por Ian Crocker. Na longa, abaixou de 50s no Mundial 2009, mas novamente não teve a primazia, pois foi derrotado por outro americano, Phelps. Em Atenas 2004, era um dos favoritos, mas na semi seu traje encheu d’água por um problema no zíper. Dunford é um pioneiro do Quênia na natação. É o primeiro nadador do país a conseguir uma medalha em um campeonato continental, em 2006. Em 2008, foi o primeiro a conquistar índice para natação nos Jogos Olímpicos e também o primeiro a disputar uma final na natação. e o primeiro a deter um recorde olímpico (nas eliminatórias). O pai de Jason é vice-presidente da federação queniana de natação. 6. BENJAMIM STARKE, GER 25 anos, 2ª Olimpíada 51.65 (jun/2011) 7. CHRIS WRIGHT, AUS 24 anos, 1ª Olimpíada 51.67 (mar/2012) 8. TAKURO FUJII, JPN 27 anos, 2ª Olimpíada 51.69 (jul/2011) 9. E. KOROTYSHKIN, RUS 29 anos, 3ª Olimpíada 51.77 (jul/2011) 10. JOERI VERLINDEN, NED 24 anos, 1ª Olimpíada 51.85 (abr/2011) Starke, que considera a prata no 4x100m medley no Mundial de Roma em 2009, atrás apenas dos Estados Unidos, como sua maior conquista, divide os treinamentos com a dura rotina da faculdade de medicina. Ele é embaixador do Instituto do Mal de Parkinson na Alemanha, que apoia as pesquisas e apoia os afetados pela doença no país. Wright lutou contra uma lesão nas costas durante todo o ano de 2011, que quase o fez desistir do esporte. Ele foi o único na seletiva australiana abaixo de 52s e seu tempo na época foi o primeiro no ranking mundial. Wright namora sua companheira de treinos em Southport, Melanie Schlanger, que irá nadar os 100m livre em Londres. Na seletiva japonesa, Fujii postou o segundo melhor tempo do ano até então. Mas, mesmo assim, ele não conseguiu fazer o fortíssimo índice estipulado pela federação japonesa, e vai a Londres somente devido ao revezamento 4x100m medley, e com isso foi inscrito nos 100m borboleta. Ele chega como um dos candidatos a medalha, mas se dependesse só de sua performance ele sequer nadaria. Korotyshkin é um dos melhores nadadores europeus desde que surgiu no cenário internacional, no Mundial de 2003. Mas sua melhor lembrança é a vitória no mundial de curta de 2008 no 4x100m medley, pois sua equipe vestia um traje têxtil e os Estados Unidos já usavam o Speedo LZR Racer. Ele tem os quatro melhores tempos da história dos 100m borbo na curta, sempre com trajes tecnológicos. Em 2008, Verlinden ficou a 23 centésimos do índice olímpico dos 100m borboleta, e como o revezamento 4x100m medley holandês também não obteve classificação, ele não pode ir aos Jogos de Pequim. Ele é treinado pelo ex-campeão mundial dos 200m medley Marcel Wouda, que chegou a nadar o Troféu Brasil de 1998 pelo Pinheiros. 100m BORBOLETA MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 Michael Phelps (USA) – 50.58 Disputará a prova em Londres. Milorad Čavić (SRB) – 50.59 Disputará a prova em Londres. Andrew Lauterstein (AUS) – 51.12 Não conseguiu classificação na seletiva australiana. NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1968 MAIOR VENCEDOR Michael Phelps (USA) – 2004 e 2008 Michael Phelps (USA) – 2004 e 2008 MAIOR MEDALHISTA Michael Phelps (USA) – 2 ouros Mark Spitz (USA) e Pablo Morales (USA) – 1 ouro e 1 prata Anthony Nesty (SUR) – 1 ouro e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Franck Esposito (FRA) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Peter Mankoč (SLO) – 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Ian Crocker (USA) – 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Mark Spitz (USA) sobre Bruce Robertson (CAN) em 1972 (1.29s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Anthony Nesty (SUR) sobre Matt Biondi (USA) em 1988; e Michael Phelps (USA) sobre Milorad Čavić (SRB) em 2008 (0.01s) MAIS VELHO VENCEDOR TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Michael Phelps, USA 2. Milorad Čavić, SRB 3. Ian Crocker, USA 4. Rafael Munoz, ESP 5. Albert Subirats, VEN 6. Jason Dunford, KEN 7. Andrew Lauterstein, AUS 8. Tyler McGill, USA 9. Kohei Kawamoto, JPN 10. Gabriel Mangabeira, BRA Pablo Morales (USA), 27a7m22d em 1992 MAIS VELHO MEDALHISTA Pablo Morales (USA), 1º em 1992, 27a7m22d MAIS NOVO VENCEDOR Matt Vogel (USA), 19a1m18d em 1976 MAIS NOVO MEDALHISTA Mark Spitz (USA), 2º em 1968, 18a8m11d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 6 5 3 14 Suécia 2 0 0 2 Suriname 1 0 1 2 Rússia 1 0 1 2 Alemanha Ocid. 1 0 0 1 Austrália 0 2 3 5 Canadá 0 1 0 1 Alemanha Or. 0 1 0 1 Polônia 0 1 0 1 Sérvia 0 1 0 1 Espanha 0 0 1 1 Grã-Bretanha 0 0 1 1 Ucrânia 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1972 Munique Mark Spitz (USA), 54.27 1984 L. Angeles Michael Gross (FRG), 53.08 1996 Atlanta Denis Pankratov (RUS), 52.27 QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Michael Phelps (USA), 49.82 EUROPEU 2010 Yevgeny Korotyshkin (RUS), 51.73 PAN-PACÍFICO 2010 Michael Phelps (USA), 50.86 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Geoff Huegill (AUS), 51.69 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Zhou Jiawei (CHN), 51.83 MUNDIAL 2011 Michael Phelps (USA), 50.71 PAN-AMERICANO 2011 Albert Subirats (VEN), 52.37 EUROPEU 2012 Milorad Čavić (SRB), 51.45 Tempo 49.82 49.95 50.40 50.41 50.65 50.78 50.85 50.90 51.00 51.02 Ano 2009 2009 2005 2009 2009 2009 2009 2009 2009 2009 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Ian Crocker, USA 50.40 2005 2. Michael Phelps, USA 50.65 2010 3. Konrad Czerniak, POL 51.15 2011 4. Tyler McGill, USA 51.26 2011 5. Andriy Serdinov, UKR 51.36 2004 6. Milorad Čavić, SRB 51.45 2012 7. Jason Dunford, KEN 51.59 2011 8. Benjamin Starke, GER 51.65 2011 9. Ryan Lochte, USA 51.65 2012 10. Christopher Wright, AUS 51.67 2012 RECORDES Mundial: Michael Phelps, USA - 49.82 (2009) Olímpico: Michael Phelps, USA - 50.58 (2008) Sul-americano: Albert Subirats, VEN - 50.65 (2009) Brasileiro: Gabriel Mangabeira, BRA - 51.02 (2009) Norte-americano: Michael Phelps, USA - 49.82 (2009) Europeu: Milorad Čavić, SRB - 49.95 (2009) Oceania: Andrew Lauterstein, AUS - 50.85 (2009) Asiático: Kohei Kawamoto, JPN - 51.00 (2009) Africano: Jason Dunford, KEN - 50.78 (2009) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1968 – Cidade do México O americano Mark Spitz chegou como favorito, e nos nove duelos que tinha travado com seu compatriota Doug Russell, o cenário havia sido sempre o mesmo: Russell passando no gás e Spitz o alcançando no final para vencer a prova. No México, ambos resolveram mudar suas táticas. Resultado: Spitz passou na frente e foi ultrapassado por Russell, que conseguiu sua primeira vitória contra o rival. 1992 – Barcelona O recorde mundial, pela terceira Olimpíada consecutiva, era do americano Pablo Morales. No entanto, em 1984, ele foi derrotado pelo alemão Michael Gross. Em 1988, ainda pior: não se classificou na seletiva, e resolveu abandonar o esporte. Em 1991, sua mãe, sua maior incentivadora, morreu de câncer. Ele resolveu voltar a nadar em sua memória, e finalmente em 1992, mesmo tendo ficado três anos parado, conseguiu uma das mais tocantes vitórias dos Jogos Olímpicos. 1996 – Atlanta Em 1995, o russo Denis Pankratov assombrou o mundo por dois motivos: primeiro, ao destruir o recorde mundial de Pablo Morales, abaixando-o em meio segundo; e segundo, por ter conseguido de maneira espetacular, passando mais da metade da prova utilizando ondulações submersas. Usando a mesma tática, venceu a prova com recorde mundial em Atlanta. Isso levou a FINA a limitar o nado submerso no borboleta (já havia feito isso no nado costas) para 15 metros após saídas e viradas. O Brasil na prova Gabriel Mangabeira conseguiu a 6ª colocação em 2004, coroando uma recuperação surpreendente de sua carreira, que não tinha bons resultados havia algum tempo e cuja até classificação olímpica foi dada como surpresa. Sérgio Waismann em 1972 (12º lugar) e Kaio Márcio de Almeida em 2008 (15º) chegaram às semifinais, e José Carlos Souza Junior disputou a final B em 1992 (12º). Lendas – Mark Spitz Em tempos de Olimpíada, não há muito mais o que se dizer sobre Mark Spitz. Suas onze medalhas olímpicas, sendo as sete de ouro com sete recordes mundiais em Munique 1972, falam por si só. Considerado excessivamente confiante e até mesmo arrogante (ironicamente, sua cidade natal chama-se Modesto), Spitz sabia explorar sua imagem. Em uma cerimônia de premiação olímpica, mostrou a sola de sapato para as câmeras e foi acusado de comercialismo. Bateu recordes de audiência na TV ao raspar o famoso bigode ao vivo. Em 1992, novamente era o centro das atenções ao anunciar, aos 40 anos, que tentaria vaga no time olímpico americano. Não passava de mais uma peça de marketing, e ele não chegou a fazer índice nem para disputar a seletiva americana. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 7 – 800m LIVRE FEMININO God save the Queen Por Daniel Takata Gomes O OURO EM CASA É O QUE FALTA PARA A RAINHA DO FUNDO VIRAR LENDA NA INGLATERRA Rebecca Adlington já é uma heroína na Inglaterra pelos ouros conquistados em 2008. Mas, se ela conseguir subir no lugar mais alto do pódio em Londres, merecerá um lugar na Abadia de Westminster. E a maior chance disso acontecer é nos 800m livre – nos 400m será dificil repetir o bi. Aqui, ela é líder do ranking e atual bicampeã mundial. Dominou a prova nos últimos quatro anos e o ouro em casa seria a cereja no bolo. Mas não faltam adversárias para colocar água no chá inglês. A começar pela dinamarquesa Lote Friis, campeã mundial dos 1500m, que travou uma batalha homérica com Adlington nos 800m no Mundial de Xangai. Mas o maior perigo pode vir dos Estados Unidos, país tradicional na prova – até 2000, havia perdido somente uma vez, mas desde então não consegue vencer. Kathleen Ledecky vem melhorando a passos largos, o que Rebecca Adlington não é incomum para alguém de 15 anos, e seu 8:19 na seletiva foi excepcional. Lembra Brooke Bennett, bicampeã olímpica da prova, que surgiu em condições parecidas na seletiva de 1996 e melhorou ainda mais para vencer em Atlanta. Sua compatriota Kate Ziegler quer se redimir da decepção de 2008, quando chegou como uma das favoritas mas sequer conseguiu vaga na final. Outros possíveis nomes para pódio são a espanhola Mireia Belmonte, em sua prova final após uma semana duríssima, e a chinesa Xin Xin, outra na- dadora de apenas 15 anos que vem melhorando constantemente e não será surpresa se baixar mais dois ou três segundos. Ao contrário da também jovem Shao Yiwen, 17 anos, que nadou bem ano passado, mas não vem mantendo a mesma força em 2012. BALIZAMENTO – TOP 10 2. LOTTE FRIIS, DEN 24 anos, 2ª Olimpíada 8:18.20 (jul/2012) 3. KATHLEEN LEDECKY, USA 23 anos, 2ª Olimpíada 8:17.51 (jul/2011) 15 anos, 1ª Olimpíada 8:19.78 (jul/2012) 4. KATE ZIEGLER, USA 24 anos, 2ª Olimpíada 8:21.87 (jul/2012) 5. XIN XIN, CHN 15 anos, 1ª Olimpíada 8:22.76 (abr/2012) Adlington não treina em piscina de 50 metros. Ela nada uma vez por semana em uma piscina de 33 jardas, e o resto da semana em uma de 25 metros. Raramente treina na longa. "Não temos muitas piscinas de 50 metros em Londres. Mas espero que com a Olimpíada a natação torne-se mais popular." Em 2010 ela passou uma temporada na Austrália, e ficou impressionada com o número de piscinas olímpicas. Friis é treinada por Paulus Wildeboer, técnico da seleção nacional da Dinamarca. Ele é pai do espanhol Aschwin Wildeboer, um dos concorrentes a medalha nos 100m costas. Ela nadou o Troféu Maria Lenk deste ano pelo Corinthians e, como esperado, venceu os 800m e 1500m, mas foi surpreendida por Mireia Belmonte nos 400m, que fez um tempo excepcional. Ledecky havia ficado em terceiro lugar nos 400m livre na seletiva australiana, quebrando o recorde nacional para sua faixa etária que pertencia a Janet Evans desde 1988. Ironicamente, nos 800m livre ela competiu contra Evans, bicampeã olímpica da prova, que aos 40 anos retornava da aposentadoria. Ledecky nasceu um ano depois da última Olimpíada de Evans, que foi em 1996. Em 2007, Ziegler bateu o recorde mais antigo da natação na época, o dos 1500m livre, que pertencia a Janet Evans desde 2007. Coincidentemente, hoje é o recorde mais antigo da natação. Ela chegou a Pequim como favorita mas sequer chegou à final. Estava esgotada após treinar tanto, de domingo a domingo. Ela mudou de técnico (agora treina com Jon Urbanchek) e folga uma vez por semana. Xin surpreendeu no Campeonato Chinês deste ano. Balizada na 9ª posição, fez a segunda melhor marca da história do país, atrás apenas do recorde asiático de Chen Qian de 8:20, que foi obtido com um traje tecnológico. Ela é a nova sensação da natação chinesa e espera-se que ela se torne uma versão feminina de Sun Yang. 6. MIREIA BELMONTE, ESP 21 anos, 2ª Olimpíada 8:22.78 (dez/2011) 7. SHAO YIWEN, CHN 17 anos, 1ª Olimpíada 8:24.78 (set/2011) 8. BOGLÁRKA KAPÁS, HUN 19 anos, 1ª Olimpíada 8:24.79 (jul/2011) 9. WENDY TROTT, RSA 22 anos, 2ª Olimpíada 8:25.71 (jun/2012) 10. LAUREN BOYLE, NZL 24 anos, 2ª Olimpíada 8:26.30 (ago/2011) Mireia não confirmou se irá nadar os 400m ou 800m na Olimpíada. Ela desejaria nadar quatro provas, e ao que parece sua melhor chance de medalha entre essas duas está nos 800m. Ela busca se tornar a primeira mulher nascida na Espanha a conquistar uma medalha – em 2000, Nina Zhivanevskaya foi bronze nos 100m costas representando a Espanha, mas na verdade ela nasceu na Rússia. Após não ter nadado bem o Mundial de Xangai, Yiwen fez seu melhor tempo nos 800m livre no Campenato Chinês. No entanto, esse ano, na seletiva, voltou a nadar mal, aumentou seu tempo em cinco segundos, mas conseguiu chegar na segunda colocação atrás de Xin Xin. Potencial ela tem. Resta saber se dessa vez corresponderá às expectativas no momento de pressão. Kapás tinha 15 anos quando foi aos Jogos de Pequim, e foi a mais nova integrante de toda a delegação húngara, contando todos os esportes. Em 2010, conquistou ouros nos 200m borboleta e nos 400m livre na Olimpíada da Juventude, e lá encontrou sua heroína Krisztina Egerszegi. “Foi muito especial, pois ela me encorajou.” Em 2008, Trott ficou em 9º na eliminatória dos 800m, a 30 centésimos da final – seu tempo lhe daria a quinta posição, pois suas concorrentes pioraram. Ela treina na Universidade da Georgia e foi três vezes campeã do NCAA nas 1650 jardas, somente a quinta mulher a conseguir o feito. Ela tem o quarto melhor tempo da história da prova, atrás somente de Katie Hoff, Kate Ziegler e Janet Evans. Após os Jogos da Com. Britânica de 2006, Boyle estava estafada e quase parou de nadar. Tinha apenas 19 anos. Resolveu mudar de vez. Não quis ir para a Austrália porque não tinha dinheiro suficiente. Escolheu os Estados Unidos porque lá teria bolsa em uma universidade. Foi para Berkeley, onde treinou com Natalie Coughlin e Dana Vollmer, e transformouse de uma mediana velocista para uma excelente fundista. 1. REBECCA ADLINGTON, GBR 800m LIVRE FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS MEDALHISTAS DE 2008 Rebecca Adlington (GBR) – 8:14.10 Disputará a prova em Londres. Alissia Filippi (ITA) – 8:20.23 Não nadará a prova em Londres, para se concentrar para os 200m costas. NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1968 MAIORES VENCEDORAS Janet Evans (USA) – 1988 e 1992 Lotte Friis (DEN) – 8:23.03 Disputará a prova em Londres. Brooke Bennett (USA) – 1996 e 2000 MAIORES MEDALHISTAS Janet Evans (USA) e Brooke Bennett (USA) – 2 ouros QUEM MAIS NADOU (5 PARTICIPAÇÕES) Irene Dalby (NOR) – 1988, 1992 e 1996 Janet Evans (USA) – 1988, 1992 e 1996 Hayley Lewis (AUS) – 1992, 1996 e 2000 Jana Henke (GER) – 1996, 2000 e 2004 Flavia Rigamonti (SUI) – 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Janet Evans (USA) – 1988, 1992 e 1996 Jana Henke (GER) – 1996, 2000 e 2004 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Debbie Meyer (USA) sobre Pam Kruse (USA) em 1968 (11.7s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Ai Shibata (JPN) sobre Laure Manaudou (FRA) em 2004 (0.42s) MAIS VELHA VENCEDORA Ai Shibata (JPN), 22a3m6d em 2004 MAIS VELHA MEDALHISTA Dagmar Hase (GER), 2ª em 1996, 26a7m3d MAIS NOVA VENCEDORA Petra Thümer (GDR), 15a5m26d em 1976 MAIS NOVA MEDALHISTA María Teresa Ramírez (MEX), 3ª em 1968, 14a2m9d QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Lotte Friis (DEN), 8:15.92 EUROPEU 2010 Lotte Friis (DEN), 8:23.27 PAN-PACÍFICO 2010 Kate Ziegler (USA), 8:21.59 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Rebecca Adlington (ENG), 8:24.69 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Li Xuanxu (CHN), 8:23.55 MUNDIAL 2011 Rebecca Adlington (GBR), 8:17.51 PAN-AMERICANO 2011 Kristel Kobrich (CHI), 8:34.71 EUROPEU 2012 Boglárka Kapás (HUN), 8:26.49 TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Rebecca Adlington, GBR 2. Lotte Friis, DEN 3. Janet Evans, USA 4. Joanne Jackson, GBR 5. Camelia Potec, ROU 6. Alessia Filippi, ITA 7. Kate Ziegler, USA 8. Laure Manaudou, FRA 9. Anke Mohring, GDR 810. Brooke Bennett, USA QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 7 3 3 13 Alemanha Or. 1 2 1 4 Austrália 1 2 1 4 Grã-Bretanha 1 0 1 2 Japão 1 0 0 1 Alemanha 0 1 1 2 Itália 0 1 1 2 Ucrânia 0 1 0 1 França 0 1 0 1 México 0 0 1 1 Holanda 0 0 1 1 Dinamarca 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1972 Munique K. Rothhammer (USA), 8:53.68 1976 Montreal Petra Thümer (GDR), 8:37.14 2008 Pequim Rebecca Adlington (GBR), 8:14.10 Tempo 8:14.10 8:15.92 8:16.22 8:16.66 8:16.70 8:17.21 8:18.52 8:18.80 8:19.53 8:19.67 Ano 2008 2009 1989 2009 2009 2009 2007 2007 1987 2000 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Janet Evans, USA 8:16.22 1989 2. Rebecca Adlington, GBR 8:17.51 2011 3. Lotte Friis, DEN 8:18.20 2011 4. Kate Ziegler, USA 8:18.52 2007 5. Laure Manaudou, FRA 8:18.80 2007 6. Anke Mohring, GDR 8:19.53 1987 7. Brooke Bennett, USA 8:19.67 2000 8. Kathleen Ledecky, USA 8:19.78 2012 9. Astrid Strauss, GDR 8:22.09 1988 10. Yana Klochkova, UKR 8:22.66 2000 RECORDES Mundial: Rebecca Adlington, GBR - 8:14.10 (2008) Olímpico: Rebecca Adlington, GBR - 8:14.10 (2008) Sul-americano: Kristel Kobrich, CHI - 8:27.90 (2009) Brasileiro: Joanna Maranhao, BRA - 8:32.96 (2009) Norte-americano: Kate Ziegler, USA - 8:18.52 (2007) Europeu: Rebecca Adlington, GBR - 8:14.10 (2008) Oceania: Kylie Palmer, AUS - 8:22.81 (2008) Asiático: Chen Qian, CHN - 8:20.36 (2009) Africano: Wendy Trott, RSA - 8:25.71 (2012) http://www.swimchannel.com.br MEMÓRIA 1980 – Moscou A recordista mundial era a australiana Tracey Wickham, uma das maiores fundistas da história – seu recorde de campeonato mundial dos 400m livre durou simplesmente de 1978 a 2007! Em 1980, a Austrália não boicotou os Jogos de Moscou, mas Wickham, junto com alguns outros atletas, organizaram um boicote à parte. Isso explica porque a vencedora dois 800m livre foi sua compatriota Michelle Ford. Wickham se aposentou em 1982 e é uma das grandes atletas que não tem ouro olímpico. 1996 – Atlanta A americana Janet Evans, bicampeã olímpica, não perdia a prova fazia oito anos, mas foi derrotada em 1995 por Brooke Bennett, de apenas 15 anos, que tinha um pôster de Evans em seu quarto. Na final olímpica, Evans não chegou a brigar por medalhas, e Bennett conquistou sua primeira vitória na prova, que viria repetir em 2000. 2004 – Atenas O 800m livre de Atenas foi uma prova diferente. Das oito finalistas do Mundial de 2003, um ano antes, nenhum chegou à final olímpica de 2004. A francesa Laure Manaudou, que tinha características de velocista, tanto que conquistara o bronze nos 100m costas, passou muito forte e brigou pelo ouro até o fim, mas foi ultrapassada pela japonesa Ai Shibata na mais apertada prova de 800m livre da história olímpica. Shibata foi a primeira japonesa a conquistar uma medalha olímpica no estilo livre. O Brasil na prova Somente duas atletas nadaram a prova pelo Brasil, sendo que a primeira, Maria Guimarães, foi desclassificada em 1976. Patrícia Amorim, atual presidente do Flamengo, terminou na 21ª posição em 1988. Lendas – Janet Evans Nos Jogos Olímpicos de Seul 1988, com apenas 1,65m de altura, a americana Janet Evans era um paradoxo no meio das grandes nadadoras alemãsorientais, australianas e russas. Isso não foi problema para ela, que desde os três anos já sabia nadar. Foi ouro nos 400m e 800m livre e 400m medley. Em 1992, se tornou a primeira nadadora a conquistar um bicampeonato nos 800m, prova em que bateu o recorde mundial por três vezes e que ainda tem o melhor tempo da história sem trajes tecnológicos. Em Atlanta 1996, foi homenageada ao carregar a tocha olímpica em seu percurso final. Sua carreira vitoriosa, no entanto, já desacelerava e ela não conquistou nenhuma medalha. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 7 – 50m LIVRE MASCULINO Nada de loteria Por Daniel Takata Gomes CESAR CIELO VEM MOSTRANDO COMO SE DOMINA UMA PROVA TÃO CONCORRIDA Dizem que o 50m livre é loteria. Se realmente fosse, Cesar Cielo não teria um domínio tão grande como visto nos últimos quatro anos. Campeão olímpico, mundial de longa e de curta, panamericano, recordista mundial, líder disparado do ranking... E o único que teve o sabor de derrotar Cielo nesses quatro anos, o americano Nathan Adrian, não se classificou. Um motivo a menos para se preocupar? Errado. São dois motivos a mais, e eles se chamam Cullen Jones e Anthony Ervin. A saída de Jones na seletiva foi espetacular e é onde reside uma das forças de Cielo. Ervin, após oito anos parado, voltou ano passado e conseguiu a vaga olímpica com o melhor tempo de sua vida. A única vez que dois campeões olímpicos duelaram nos 50m livre foi em 2004, com Gary Hall Jr e Alexander Popov, mas o russo sequer chegou à final. Dessa vez Cielo e Ervin deverão brigar diretamente pelo ouro. E na briga também estará outro brasileiro: Bruno Fratus tem chances de fazer o Brasil subir ao pódio com dois atletas em uma prova individual pela primeira vez na história olímpica. Seu trabalho específico de saídas no Maria Lenk já rendeu bons frutos e se melhorar um pouco seu tempo pode conquistar a tão sonhada medalha. Um novo concorrente é o australiano James Magnussen, que até esse ano não tinha velocidade suficiente, mas ficou mais forte e fez um bom tempo. Os franceses, que Bruno Fratus e Cesar Cielo completaram o pódio na última Olimpíada, não podem ser ignorados. Amaury Leveaux é o atual medalhista de prata e Florent Manaudou vem melhorando. Acrescente o ex-recordista Eamon Sullivan e o atual prata mundial Luca Dotto e teremos uma prova alucinante. BALIZAMENTO – TOP 10 1. CESAR CIELO, BRA 25 anos, 2ª Olimpíada 21.38 (abr/2012) 2. CULLEN JONES, USA 28 anos, 2ª Olimpíada 21.59 (jul/2012) 3. ANTHONY ERVIN, USA 31 anos, 2ª Olimpíada 21.60 (jul/2012) 4. BRUNO FRATUS, BRA 23 anos, 1ª Olimpíada 21.70 (abr/2012) 5. JAMES MAGNUSSEN, AUS Em 2009, Cielo conquistou os títulos mundiais dos 50m e 100m livre e bateu recordes mundiais. Por isso, no final daquele ano, foi eleito o melhor atleta da Comunidade ÍberoAmericana. Os feitos de Cielo foram tão significantes que, para levar o prêmio, ele bateu ninguém mais ninguém menos que o argentino Lionel Messi, que naquele ano havia sido eleito o melhor futebolista do mundo. Quando conquistou o ouro no 4x100m livre em 2008, Jones se tornou o segundo afrodescendente norte-americano a deter um recorde mundial na natação. O outro, coincidentemente, é Anthony Ervin, seu companheiro de prova em Londres. Jones apareceu no cenário internacional em 2006, ao vencer os 50m livre no PanPacífico. Ervin superou o lendário recorde americano de Matt Biondi nos 100m livre que durava desde 1988. Ele o bateu no Mundial de 2001, quando venceu os 50m e 100m livre. Foi sua última grande competição. Logo depois, aposentou, e voltou somente ano passado. Sua medalha de ouro olímpica de 2000 foi leiloada para ajudar as vítimas do tsunami na Ásia, em 2004. A prata do 4x100m livre ele diz que perdeu. Ao contrário da maioria dos nadadores de alto nível, Fratus não foi destaque nas categorias de base. Somente venceu um brasileiro aos tinha 17 anos, quando muitos nadadores já despontam internacionalmente. Mas depois que saiu de Natal e foi treinar no Pinheiros, em 2007, experimentou evolução notável e está entre os melhores do mundo desde 2010. Conhecido por ter uma segunda metade dos 100m livre fulminante, Magnussen nunca teve velocidade suficiente para ser competitivo nos 50m. No ano passado, por exemplo, ficou somente em 8º no Campeonato Australiano. Mas um trabalho de força no último ano o fez ficar mais rápido e isso se refletiu inclusive nos 100m livre, em que sua melhora foi devida à primeira metade da prova. 6. ANDREY GRECHIN, RUS 24 anos, 2ª Olimpíada 21.82 (abr/2012) 7. FLORENT MANAUDOU, FRA 21 anos, 1ª Olimpíada 21.86 (mar/2012) 8. EAMON SULLIVAN, AUS 26 anos, 2ª Olimpíada 21.88 (mar/2012) 9. GEORGE BOVELL, TRI 29 anos, 4ª Olimpíada 21.89 (mar/2012) 10. LUCA DOTTO, ITA 22 anos, 1ª Olimpíada 21.90 (jul/2011) Grechin, medalhista de prata no 4x100m livre no Mundial de 2009, esse ano chegou perto do recorde russo, que ainda está em poder do lendário Alexander Popov desde 2000 com 21.64. No início desse ano, Grechin teve uma projeção internacional por vencer os 100m livre em uma competição em Zurique, na qual chegou à frente de Ian Thorpe, que retornava às competições internacionais. Irmão de Laure Manaudou, a maior influência de Florent em sua formação como nadador foi seu outro irmão, Nicolas, que foi seu treinador por seis anos. Em 2011, ele foi treinar com Romain Barnier e conseguiu a vaga olímpica. Nicolas se mostrou bastante chateado com Florent, que saiu sem dar maiores explicações, lembrando o que Laure fez em 2008 com o mesmo Nicolas. Desde a Olimpíada de 2008, Sullivan não subiu ao pódio de nenhuma competição internacional nos 50m e 100m livre, provas em que foi recordista mundial. Por isso, sua classificação olímpica foi um alívio após tantas contusões e decepções. Um de seus interesses é a culinária. Foi o primeiro nadador a participar de um reality show do tema na Austrália, é dono de um café e já lançou um livro de receitas. Bovell é o maior nadador da história de seu país e carregou a bandeira na cerimônia de abertura em 2008. Foi bronze olímpico em 2004 nos 200m medley, mas um problema no joelho o impede de nadar peito há alguns anos, e por isso se concentra nos 50m livre. Sua mãe, canadense, foi corredora olímpica, e seu irmão Nicholas também já nadou uma Olimpíada. Em seu primeiro Mundial, no ano passado, Dotto já tinha cumprido seu objetivo ao atingir a final dos 50m livre. Por isso, não acreditou quando viu que ficou em segundo lugar, atrás de Cesar Cielo. Este ano, participou de uma campanha da Armani sobre as Olimpíadas, chamada "The Sense of Being” - foi o único nadador a participar. A Armani confecciona os uniformes da seleção olímpica italiana. 21 anos, 1ª Olimpíada 21.74 (mar/2012) 50m LIVRE MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS MEDALHISTAS DE 2008 MEMÓRIA EM OLIMPÍADAS Cesar Cielo (BRA) – 21.30 Disputará a prova em Londres. 1904 – Saint Louis Desde 1988 (disputado em 1904 como 50 jardas) MAIORES VENCEDORES Aleksandr Popov (RUS) – 1992 e 1996 Amaury Leveaux (FRA) – 21.45 Disputará a prova em Londres. Alain Bernard (FRA) – 21.49 Não conseguiu classificação e irá a Londres apenas para revezamento. Gary Hall Jr. (USA) – 2000 e 2004 MAIOR MEDALHISTA Gary Hall Jr. (USA) – 2 ouros e 1 prata QUEM MAIS NADOU (5 E 4 PARTICIPAÇÕES) Mark Foster (GBR) – 1988, 1992, 1996, 2000 e 2008 Alexander Popov (RUS) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Ricardo Busquets (PUR) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Bartosz Kizierowski (POL) – 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Salim Iles (ALG) – 1996, 2000, 2004 e 2008 Cesar Filho (BRA), 21.08 EUROPEU 2010 Frédérick Bousquet (FRA), 21.49 PAN-PACÍFICO 2010 Nathan Adrian (USA), 21.55 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Lü Zhiwu (CHN), 22.37 MUNDIAL 2011 Cesar Cielo (BRA), 21.52 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Alexander Popov (RUS) – 1992, 1996 e 2000 PAN-AMERICANO 2011 Cesar Cielo (BRA), 21.58 EUROPEU 2012 Gary Hall Jr. (USA) – 1996, 2000 e 2004 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Frédérick Bousquet (FRA), 21.80 MENOR MARGEM DE VITÓRIA TOP 10 ALL-TIME Anthony Ervin (USA) empatou com Gary Hall Jr. (USA) em 2000 Nadador 1. Cesar Cielo, BRA MAIS VELHO VENCEDOR Gary Hall Jr. (USA), 29a10m25d em 2004 MAIS VELHO MEDALHISTA Gary Hall Jr. (USA), 1º em 2004, 29a10m25d Tempo 20.91 Ano 2009 2. Frédérick Bousquet, FRA 3. Ashley Callus, AUS 4. George Bovell, TRI 20.94 21.19 21.20 2009 2009 2009 5. Alain Bernard, FRA 6. Amaury Leveaux, FRA 21.23 21.25 21.28 2009 2009 2008 21.29 21.40 2009 2009 21.42 2009 Anthony Ervin (USA), 19a3m27d em 2000 7. Eamon Sullivan, AUS 8. Duje Draganja, CRO 9. Cullen Jones, USA MAIS NOVO MEDALHISTA 10. Krisztián Takács, HUN MAIS NOVO VENCEDOR Anthony Ervin (USA), 1º em 2000, 19a3m27d TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador 1. Frédérick Bousquet, FRA 2. Cesar Cielo, BRA QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 4 4 2 10 Brasil 1 0 1 2 Com. Est. Indep. 1 0 0 1 Hungria 1 0 0 1 Rússia 1 0 0 1 França 0 1 1 2 Croácia 0 1 0 1 União Soviética 0 0 1 1 Holanda 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS 1988 Seul Nadador e tempo Matt Biondi (USA), 22.14 Tempo 21.36 21.38 Ano 2010 2012 3. Nathan Adrian, USA 4. Cullen Jones, USA 21.55 21.59 2010 2012 5. Anthony Ervin, USA 6. Alexander Popov, RUS 7. Roland Schoeman, RSA 21.60 21.64 21.69 2012 2000 2005 8. Stefan Nystrand, SWE 9. Bruno Fratus, BRA 10. James Magnussen, AUS 21.69 21.70 21.74 2010 2012 2012 RECORDES Mundial: Cesar Cielo, BRA - 20.91 (2009) Olímpico: Cesar Cielo, BRA - 21.30 (2008) Sul-americano: Cesar Cielo, BRA - 20.91 (2009) Brasileiro: Cesar Cielo, BRA - 20.91 (2009) Norte-americano: Cullen Jones, USA - 21.40 (2009) Europeu: Frédérick Bousquet, FRA - 20.94 (2009) Oceania: Ashley Callus, AUS - 21.19 (2009) Asiático: Shi Runqiang, CHN - 21.95 (2009) Africano: Roland Schoeman, RSA - 21.67 (2008) http://www.swimchannel.com.br O americano Gary Hall Jr tinha 29 anos em 2004 e em, provas de natação masculinas, era o nadador mais velho representante americano desde 1924. Depois da prata em 1996, empatou com seu companheiro de treinos Anthony Ervin na primeira posição em 2000 e derrotou por um centésimo o croata Duje Draganja em 2004. “Meus dois ouros olímpicos foram conseguidos com vantagem acumulada de um centésimo. É insano”, disse ele certa vez. É filho de Gary Hall, recordista mundial nas décadas de 60 e 70 e único nadador a carregar a bandeira americana em uma cerimônia de abertura olímpica. 2008 – Pequim Matt Biondi (USA) sobre Tom Jager (USA) em 1988 (0.22s) Ano 2004 – Atenas Brent Hayden (CAN), 22.01 JOGOS ASIÁTICOS 2010 José Meolans (ARG) – 1996, 2000, 2004 e 2008 Na prova de 50 jardas, o húngaro Zoltán von Halmay derrotou o americano Scott Leary. No entanto, o árbitro (americano) deu a vitória para seu compatriota. O pau quebrou e depois de algum tempo foi decidido que os dois disputariam um desempate. Após duas largadas falsas, Halmay venceu novamente. Cesar Cielo chegou a Pequim com o oitavo tempo do ano. Mas motivado com a medalha de bronze nos 100m livre teve uma trajetória perfeita, batendo o recorde olímpico nas eliminatórias, semifinal e final, ficando somente a dois cent. O recorde olímpico anterior era o mais antigo masculino e pertencia ao russo Alexander Popov desde 1992. O Brasil na prova O melhor resultado do Brasil na prova, e de toda a história da natação brasileira, foi o ouro de Cesar Cielo em 2008, estabelecendo inclusive novo recorde olímpico. Antes dele, Fernando Scherer em 1996 conquistou uma medalha de bronze chorada, em que nadou mal na eliminatória, teve que disputar um desempate para tentar vaga na final e nadou a final na raia um. O mesmo Scherer alcançou as semifinais em 2004, terminando em 11º. Nicholas Santos também alcançou a fase em 2008 (16º). Gustavo Borges disputou duas vezes a final B, em 1992 e 1996 (13º em ambas). Lendas – Alexander Popov O maior velocista dos últimos tempos, o russo Alexander Popov é um mito. Foi bicampeão dos 50m e 100m livre em 1992 e 1996, o único a conseguir o feito na dobradinha da velocidade. Foi imbatível e ficou no topo do ranking mundial destas provas por diversos anos. Foi o recordista mundial dos 50m por oito anos e dos 100m por seis. É o recordista de medalhas em Campeonatos Europeus (26), além de nove olímpicas. Além dos títulos, era conhecido pela frieza que demonstrava antes das grandes provas e também por suas frases matadoras, como: “Em um dia bom, ninguém irá me derrotar. Nem em um dia ruim” e “eu não treino com Michael Klim, ele é que treina comigo”. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 8 – 50m LIVRE FEMININO À sombra da holandesa voadora Por Daniel Takata Gomes MESMO APOSENTADA, A SOMBRA DE INGE DE BRUIJN ESTÁ MAIS PRESENTE DO QUE NUNCA Inge de Bruijn é talvez a maior nadadora da história da prova. Em Londres, oito anos depois dela ter deixado as piscinas, será mais lembrada do que nunca. Primeiro, porque finalmente as nadadoras chegaram ao seu nível em trajes têxteis. Inge estava à frente de seu tempo em 2000 quando marcou 24.13. No Mundial do ano passado, a sueca Therese Alshammar venceu e ficou a um centésimo do tempo. Este ano, a britânica Francesca Halsall o igualou, e a holandesa Ranomi Kromowidjojo o superou por três centésimos. Por isso, as comparações entre Inge e Kromowidjojo serão inevitáveis. lém disso, Alshammar é remanescente da final de 2000, em que ela quase aproveitou uma saída ruim de Inge (o recorde havia sido anotado na semi), mas terminou com a prata. Para ela, não deve haver ocasião melhor para superar aquele 24.13 e para finalmente, Therese Alshammar e aos 34 anos, conquisBritta Steffen tar o ouro olímpico em cima de uma holandesa. E outra veterana está entre os destaques: a também holandesa Marleen Veldhuis. Seu psicológico é difícil, mas depois de ter sido mãe e voltado a nadar em altíssimo nível, não se pode duvidar dela. As australianas Cate Camp- alemã. É candidata ao bi. A surpresa pode bell, bronze em 2008, e Bronte Camp- ser a dinamarquesa Jeanette Ottesen, bell já são atração por serem irmãs, e se que já mostrou muita velocidade este ano subirem ao pódio farão história. A alemã no Troféu Maria Lenk. A semifinal já seBritta Steffen, atual campeã olímpica pa- ria um grande prêmio para Graciele Herrece que recuperou a motivação e deve rmann, que pode dar alegrias para o Braabaixar ainda mais seu tempo da seletiva sil em um futuro bem próximo. BALIZAMENTO – TOP 10 1. R. KROMOWIDJOJO, NED 21 anos, 2ª Olimpíada 24.10 (abr/2012) 2. FRAN HALSALL, GBR 22 anos, 2ª Olimpíada 24.13 (mar/2012) 3. T. ALSHAMMAR, SWE 34 anos, 5ª Olimpíada 24.14 (jul/2011) 4. MARLEEN VELDHUIS, NED 33 anos, 3ª Olimpíada 24.32 (abr/2012) 5. BRITTA STEFFEN, GER 28 anos, 4ª Olimpíada 24.37 (mai/2012) Kromowidjojo, campeã mundial de curta dos 50m e 100m livre, nadou somente os 200m livre como prova individual em Pequim. Isso porque Marleen Veldhuis e Inge Dekker eram mais velozes. Hoje, ela é quem dita as cartas na Holanda. Ela tem uma tatuagem no punho direito de um ideograma chinês que significa água, e escolheu o símbolo porque lembra um número 1 e também uma letra K, de Kromowidjojo. Em 2010, Halsall conquistou cinco medalhas, sendo duas de ouro, no Campeonato Europeu, tornando-se a nadadora britânica mais bem sucedida em uma edição da competição. Ela gosta de ser capaz de nadar muitas provas, como nessa Olimpíada que nadará cinco, capacidade adquirida com a mudança de treinamentos em 2009 para um programa muito mais pesado do que tinha antes. O primeiro título nacional de Alshammar foi em 1991, nos 50m costas. Ela relembra que, na época, seus pais lhe prometeram uma jaqueta vermelha que ela queria muito caso ela vencesse a prova. "Nadei pela minha vida", ela diz. Hoje, ela é uma das maiores vencedoras de prêmios em dinheiro da história da Copa do Mundo de natação. Sua mãe Britt-Marie Smedh nadou os Jogos de Munique 1972. Veldhuis é uma das poucas nadadoras de elite que sabe o que é cuidar de filhos. Ela teve sua filha em 2010 e não abandonou os treinos durante sua gravidez. No período, ela treinava cinco vezes por semana com seu treinador Jaaco Verhearen, seguindo um programa especial montado por ele. Ela nadou até dois dias antes de dar a luz! "Quando comecei a ter contrações, pensei que seria melhor faltar ao treino!" Atual campeã olímpica dos 50m e 100m livre, Steffen é uma velocista nata. Mas nem sempre foi assim. Tanto que nadava os 200m livre quando era mais nova, e inclusive tem um bronze olímpico no 4x200m livre em Sydney 2000. Após Atenas 2004, ela parou com a natação por um ano para se dedicar à faculdade de engenharia, curso ainda não completado até hoje. 6. CATE CAMPBELL, AUS 20 anos, 2ª Olimpíada 24.43 (dez/2011) 7. JESSICA HARDY, USA 25 anos, 1ª Olimpíada 24.50 (jul/2012) 7. A. HERASIMENIA, BLR 26 anos, 2ª Olimpíada 24.57 (abr/2011) 8. JEANETTE OTTESEN, DEN 24 anos, 3ª Olimpíada 24.61 (jul/2011) 9. BRONTE CAMPBELL, AUS 18 anos, 1ª Olimpíada 24.61 (mar/2012) Mais jovem medalhista em Pequim, Campbell teve que se retirar da natação dois anos depois, ao sofrer com fadiga e virose. Os médicos recomendaram repouso, caso contrário a fadiga poderia se tornar crônica. Com isso, ela ficou fora dos Jogos da Comunidade Britânica de 2010 e do Mundial de Xangai em 2011. Depois disso, recuperou 10 quilos e melhorou sua dieta, voltando à velha forma. Em 2005, Hardy apareceu ao quebrar o recorde mundial dos 100m peito na semifinal do Mundial de Montreal. Na final, no entanto, piorou o tempo e perdeu o ouro para Leisel Jones. Ironicamente, até então, era Jones que cometia esse tipo de erro (Mundial 2003 e Olimpíada 2004). Ela é uma das poucas pessoas que conseguem nadar muito bem livre e peito, na verdade a única em nível mundial. Antes do Mundial 2011, em que Herasimenia venceu os 100m livre, ela recebeu uma oferta para que se naturalizasse russa. Ela recusou, dizendo-se patriota. Mas não é incomum atletas bielo-russos se naturalizarem em outros países, principalmente na França – na última Olimpíada, nadaram pela França Hannah Scherba e Alena Popchanka, esta também campeã mundial, em 2003, nos 200m livre. Ottesen ficou em posições ingratas em suas Olimpíadas. Em 2004, em 17º nos 100m livre e 9º no 4x100m medley, sempre a uma posição de passar de fase. Em 2008, em 5º nos 100m livre, não tão longe do bronze. Assim como Lotte Friis, que com a fama alcançada na natação participou do programa Dança dos Famosos, Ottesen participou esse ano do famoso programa humorístico "Vild med comedy". Irmã de Cate Campbell, a última vez que dois irmãos representaram a Austrália na natação em uma mesma Olimpíada foi em 1972, com Karen e Narelle Moras e Neil e Greg Rogers. No entanto, são as únicas duas atletas da história da natação australiana a serem irmãs e competirem na mesma prova, nos mesmos Jogos. Bronte diz que sua irmã é melhor em tudo, exceto ao jogarem tênis no videgame. 50m LIVRE FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS MEDALHISTAS DE 2008 MEMÓRIA EM OLIMPÍADAS Britta Steffen (GER) – 24.06 Disputará a prova em Londres. 1992 – Barcelona Desde 1988 Dara Torres (USA) – 24.07 Não conseguiu classificação na seletiva americana. Cate Campbell (AUS) – 24.17 Disputará a prova em Londres. MAIOR VENCEDORA Inge de Bruijn (NED) – 2000 e 2004 MAIORES MEDALHISTAS Inge de Bruijn (NED) – 2 ouros QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Yang Wenyi (CHN) – 1 ouro e 1 prata Dara Torres (USA) – 1 prata e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Britta Steffen (GER), 23.73 EUROPEU 2010 Therese Alshammar (SWE), 24.45 2000 – Sydney PAN-PACÍFICO 2010 Jessica Hardy (USA), 24.63 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Alison Sheppard (GBR) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Cristina Chiuso (ITA) – 1996, 2000, 2004 e 2008 Martina Moravcová (SVK) – 1992, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Yolane Kukla (AUS), 24.86 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Li Zhesi (CHN), 24.97 MUNDIAL 2011 Therese Alshammar (SWE), 24.14 Inge de Bruijn (NED) – 1992, 2000 e 2004 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Inge de Bruijn (NED) sobre Malia Metella (FRA) em 2004 (0.31s) PAN-AMERICANO 2011 Lara Jackson (USA), 25.09 EUROPEU 2012 MENOR MARGEM DE VITÓRIA Britta Steffen (GER), 24.37 Britta Steffen (GER) sobre Dara Torres (USA) em 2008 (0.01s) TOP 10 ALL-TIME Nadador 1. Britta Steffen, GER MAIS VELHA VENCEDORA Inge de Bruijn (NED), 30a11m28d em 2004 MAIS VELHA MEDALHISTA Dara Torres (USA), 2ª em 2008, 41a4m2d MAIS NOVA VENCEDORA Ano 2009 2. Therese Alshammar, SWE 3. Marleen Veldhuis, NED 4. Lisbeth Trickett, AUS 23.88 23.96 23.97 2009 2009 2008 5. Cate Campbell, AUS 6. Dara Torres, USA 23.99 24.07 24.10 2009 2008 2012 24.11 24.13 2009 2000 24.23 2009 MAIS NOVA MEDALHISTA Katrin Meissner (GDR), 3ª em 1988, 15a8m8d 10. Amanda Weir, USA TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Holanda 2 0 0 2 China 1 3 0 4 Estados Unidos 1 1 3 5 Alemanha Or. 1 0 1 2 Alemanha 1 0 1 2 Suécia 0 1 0 1 França 0 1 0 1 Austrália 0 0 2 2 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1992 Barcelona Yang Wenyi (CHN), 24.79 2000 Sydney Inge de Bruijn (NED), 24.13 (sf) Nadador 1. Ranomi Kromowidjojo, NED 2. Inge de Bruijn, NED Tempo 24.10 24.13 Ano 2012 2000 3. Francesca Halsall, GBR 4. Therese Alshammar, SWE 24.13 24.14 2012 2011 5. Marleen Veldhuis, NED 6. Britta Steffen, GER 7. Inge Dekker, NED 24.30 24.37 24.42 2007 2012 2012 8. Cate Campbell, AUS 9. Alice Mills, AUS 10. Jessica Hardy, USA 24.43 24.49 24.50 2011 2005 2012 RECORDES Mundial: Britta Steffen, GER - 23.73 (2009) Olímpico: Britta Steffen, GER - 24.06 (2008) Sul-americano: Arlene Semeco, VEN - 24.76 (2009) Brasileiro: Flavia Delaroli, BRA - 24.98 (2009) Norte-americano: Dara Torres, USA - 24.07 (2008) Europeu: Britta Steffen, GER - 23.73 (2009) Oceania: Lisbeth Trickett, AUS - 23.97 (2008) Asiático: Le Jingyi, CHN - 24.51 (1994) Africano: Lize-Marie Retief, RSA - 25.24 (2008) http://www.swimchannel.com.br A holandesa Inge de Bruijn havia batido o recorde mundial três vezes nos meses anteriores aos Jogos. Por ter chegado a seu auge tardiamente (27 anos), foi acusada de doping, mesmo tendo passado por todos os testes a que foi submetida. Uma das que a acusavam era a americana Amy van Dyken, ouro na prova em 1996. Antes da final olímpica de 2000, van Dyken cuspiu na raia de de Bruijn, e depois da prova disse que poderia ter vencido “se fosse um homem”. No entanto, a própria van Dyken teve seu nome ligado ao escândalo BALCO em 2003. 2008 – Pequim Tempo 23.73 7. Ranomi Kromowidjojo, NED 8. Francesca Halsall, GBR 9. Inge de Bruijn, NED Yang Wenyi (CHN), 20a6m20d em 1992 A chinesa Yang Wenyi detinha o recorde mundial desde 1988, mas desde então não correspondia às expectativas. Foi derrotada na Olimpíada de 1988 e no Pan-Pacífico de 1989, e no Mundial de 1991 sequer chegou ao pódio. Em 1992, passou para a final na sexta posição e suas chances pareciam ainda menores. Mas com uma saída excepcional, superou seu próprio recorde e venceu justamente quando menos se esperava . Um duelo de gerações. De um lado, a revelação australiana Cate Campbell, 16 anos. De outro, a americana Dara Torres, 41, em sua quinta Olimpíada, voltando de uma aposentadoria de quase sete anos, derrubando todas as convenções. Nessa briga de extremos, não deu nem uma nem outra. O ouro ficou com a alemã Britta Steffen, chegando somente um centésimo à frente de Torres. O Brasil na prova Pouca gente sabe, mas, além de Djan Madruga e Cesar Cielo, o Brasil teve uma recordista olímpica. Na primeira vez que o 50m livre foi disputado em Olimpíadas, em 1988, Monica Rezende, nadando na terceira série eliminatória, fez 27.44, melhor tempo que as séries anteriores, por isso recorde olímpico, que durou somente até a série seguinte. Mesmo naquela Olimpíada ela foi superada por outra brasileira, Adriana Salazar Pereira, que terminou em 17º (Monica ficou em 31º). Performance mais significante teve Flávia Delaroli, finalista em 2004 (8ª colocada). Naquela Olimpíada, Rebeca Gusmão terminou na 11ª posição. Em 2008, Flávia chegou em 23º. Lendas – Inge de Bruijn A holandesa Inge de Bruijn apareceu no cenário internacional em 1991 (chegou a disputar a Olimpíada de 1992), mas só começou a dar resultados expressivos em 1998 e não parou mais. Bateu sucessivos recordes e chegou a Sydney 2000 como grande estrela, onde venceu os 50m e 100m livre e 100m borbo, sempre superando os recordes mundiais. A partir de então não repetiu o brilho, mas não foi mais derrotada em provas de 50m até o final da carreira. Em Atenas 2004, foi bicampeã nos 50m livre e se aposentou como uma das maiores velocistas da história. Inge era figura constante no Brasil, onde competiu pelo Flamengo e Vasco e chegou a superar o recorde mundial dos 50m livre no Troféu José Finkel de 2000. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 8 – 1500m LIVRE MASCULINO Início de uma nova era? Por Daniel Takata Gomes LONDRES PODE MARCAR O INÍCIO DO DOMÍNIO DE SUN YANG O 1500m livre tem sido marcado por longos períodos de domínio de lendas da natação. A década de 80 foi marcada por Vladimir Salnikov, a de 90 por Kieren Perkins e os anos 2000 por Grant Hackett. O chinês Sun Yang é grande candidato a igualar esses feitos até superá-los. Em 2010, com apenas 18 anos, chegou muito perto do recorde mundial, que estava em poder de Hackett desde 2001. No Mundial de Xangai não teve jeito. Quem assistiu aqueles últimos 50 metros inacreditáveis jamais vai esquecer. Com 10 segundos de vantagem, só perde se ocorrer um desastre. O pódio do Mundial do ano passado foi o mais forte da história, e por isso os medalhistas Ryan Cochrane e Gergő Kis têm certa vantagem. Cochrane, bronze olímpico, diz que quer desafiar Sun, mas é uma tarefa quase impossível. Um nome para se prestar atenção é o do italiano Gregorio Paltrinieri. De apenas 17 anos, surpreendeu no Europeu deste ano e pela juventude pode melhorar ainda mais. Não é a melhor prova do coreano Tae-Hwan Park, mas fez um bom tempo este ano. Se estiver motivado por boas performances, pode subir ao pódio. Pál Joensen representa a Dinamarca, mas na verdade é de Ilhas Faroe e pode fazer história como primeiro atleta do país a medalhar em Olimpíada. Decepção total para a Austrália, que depois de cinco Olimpíadas no pódio não classificou ninguém para a prova. Os america- Sun Yang nos precisam melhorar para ter chances. E o atual campeão olímpico, o tunisiano Oussama Mellouli, parece ter mais chances na prova de águas abertas. No entanto, é bom não esquecer 2008, quando ele não estava balizado entre os 10 primeiros e venceu a prova. BALIZAMENTO – TOP 10 1. SUN YANG, CHN 20 anos, 2ª Olimpíada 14:34.14 (jul/2011) 2. RYAN COCHRANE, CAN 23 anos, 2ª Olimpíada 14:44.46 (jul/2011) 3. GERGİ KIS, HUN 24 anos, 2ª Olimpíada 14:45.66 (jul/2011) 4. PÁL JOENSEN, DEN 21 anos, 1ª Olimpíada 14:46.33 (jul/2011) 5. TAE-HWAN PARK, KOR 22 anos, 3ª Olimpíada 14:47.38 (fev/2012) Ao vencer os 1500m no Mundial de Xangai com recorde mundial, Yang se tornou o primeiro homem chinês a vencer uma prova olímpica em uma competição de nível mundial. Antes dele, somente Zhang Lin havia obtido uma vitória, no Mundial 2009, mas na prova não olímpica dos 800m livre. Ele espera se tornar o primeiro homem chinês campeão olímpico. Bronze em 2008 e prata no último mundial atrás de Yang, ficou impressionado com o recorde mundial do chinês, mas não se coloca fora do páreo. "Não estou fora da disputa. Estou feliz com minha carreira, mas o objetivo é vencer, e é isso que almejo." Para Cochrane, para chegar ao pódio olímpico será necessário nadar na casa dos 14:30, e para o ouro será necessário um recorde mundial. No Mundial de Xangai, Kis conquistou o bronze nos 800m livre. Foi a primeira medalha da história da Hungria em mundiais no estilo livre, algo curioso dado o sucesso do país nos outros estilos - a Hungria é a terceira colocada no quadro de medalhas masculino na história da competição. Ele também foi bronze nos 1500m livre. Joensen é nadador das Ilhas Faroé e representando o país foi 4º no Mundial de Xangai. Seus resultados são muito discrepantes com o nível de seu país. Para se ter uma ideia, o recorde nacional dos 100m peito masculino é de 1:10! Nos Jogos Olímpicos, ele compete pela Dinamarca, pois Ilhas Faroé não são reconhecidas como um país independente. Em 2006, Park se tornou o primeiro asiático a nadar a prova abaixo dos 15 minutos. Desde então, perdeu espaço para Zhang Lin e Sun Yang, principalmente porque foca nos 200m e 400m. Treinando em Brisbane, parece que aprimorou sua resistência. Bateu seu recorde nacional em uma competição na Austrália 50 minutos depois de nadar os 50m, prova que completou em 22.74 – nada mal para um fundista. 6. G. PALTRINIERI, ITA 17 anos, 1ª Olimpíada 14:48.92 (mai/2012) 7. ANDREW GEMMELL, USA 21 anos, 1ª Olimpíada 14:52.19 (jul/2012) 8. CONNOR JAEGER, USA 21 anos, 1ª Olimpíada 14:52.51 (jul/2012) 9. DANIEL FOGG, GBR 24 anos, 1ª Olimpíada 14:55.30 (mar/2012) 10. JOB KIENHUIS, NED 22 anos, 1ª Olimpíada 14:58.34 (dez/2011) O novato Paltrinieri, campeão europeu Junior, foi uma das atrações do Mundial de Xangai. Não por sua performance, pois não se classificou para a final, mas por seu corte de cabelo moicano que fez muito sucesso, preparado especialmente por seus veteranos colegas de equipe, Paltrinieri, de apenas 17 anos, surpreendeu esse ano e bateu o recorde do Campeonato Europeu A maior conquista de Gemmell não é na piscina, e sim em águas abertas. Em 2009, foi vice-campeão na prova dos 10 quilômetros no Mundial de Roma. Por isso, recebeu nos Estados Unidos o prêmio de melhor nadador de maratonas aquáticas e também foi indicado para o prêmio de nadador revelação do ano. Ele também é um bom nadador de medley, e chegou a ser campeão mundial Junior dos 400m em 2008. Um número curioso: Jaeger só havia competido o 1500m três vezes na vida antes da seletiva americana, na qual garantiu a vaga olímpica. Tudo bem que, como nadador colegial e universitário, sempre competiu mais em piscina de jardas, mas não deixa de ser um número impressionante. Sua inexperiência na prova o fez perder as contas na eliminatória da prova e ele nadou 75 metros a mais. Fogg tornou-se o terceiro britânico, após David Davies e Graeme Smith, ambos medalhistas olímpicos, a nadar abaixo de 15 minutos, o que pode ser um bom presságio. Em 2008, ele ficou a menos de dois segundos da seleção britânica na prova. Ele também é um bom nadador de maratonas aquáticas, ficou em 4º nos 10km no Mundial de Xangai, no ano passado e também irá nadar a prova em Londres. Kienhuis treina sob o comando de Marcel Wouda, ex-campeão mundial dos 200m medley. Wouda também treinou Maarten van der Weijden , campeão dos 10km em Pequim, e faz com que Kienhuis utilize um mesmo artifício de Weijden (e também de Michael Phelps): dormir em uma câmara hipobárica, para simular atitude. Kienhuis é o único holandês a nadar abaixo de 15 minutos na longa. 1500m LIVRE MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS EM OLIMPÍADAS Desde 1908 (1200m em 1896, 1000m em 1900 e 1 milha em 1904) MAIORES VENCEDORES Mike Burton (USA) – 1968 e 1972 Vladimir Salnikov (URS) – 1980 e 1988 Kieren Perkins (AUS) – 1992 e 1996 Grant Hackett (AUS) – 2000 e 2004 MAIORES MEDALHISTAS Kieren Perkins (AUS) e Grant Hackett (AUS) – 2 ouros e 1 prata Frank Beaurepaire (AUS) – 3 bronzes QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) Ricardo Monasterio (VEN) – 1996, 2000, 2004 e 2008 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) Frank Beaurepaire (AUS) – 1908, 1920 e 1924 Vladimir Salnikov (URS) – 1976, 1980 e 1988 Stefan Pfeiffer (FRG) – 1984, 1988 e 1992 Kieren Perkins (AUS) – 1992, 1996 e 2000 Grant Hackett (AUS) – 2000, 2004 e 2008 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA George Hodgson (CAN) sobre John Hatfield (GBR) em 1912 (39s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA Oussama Mellouli (TUN) sobre Grant Hackett (AUS) em 2008 (0.69s) MAIS VELHO VENCEDOR Vladimir Salnikov (URS), 28a4m4d em 1988 MAIS VELHO MEDALHISTA Frank Beaurepaire (AUS), 3º em 1924, 33a2m2d MAIS NOVO VENCEDOR Kuzuo Kitamura (JPN), 14a10m4d em 1932 MAIS NOVO MEDALHISTA Kuzuo Kitamura (JPN), 1º em 1932, 14a10m4d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B Austrália 8 8 7 Estados Unidos 7 6 6 Japão 2 3 1 Grã-Bretanha 2 2 2 União Soviética 2 1 0 Hungria 1 1 2 Canadá 1 1 1 Suécia 1 1 0 Alemanha 1 0 1 Tunísia 1 0 0 Alemanha Ocid. 0 1 1 Áustria 0 1 0 Grécia 0 1 0 Australásia 0 0 2 Brasil 0 0 1 Alemanha Or. 0 0 1 T 22 19 6 5 3 1 3 2 1 1 2 1 1 2 1 1 MEDALHISTAS DE 2008 Oussama Mellouli (TUN) – 14:40.84 MEMÓRIA 1896 – Atenas Disputará a prova em Londres. Grant Hackett (AUS) – 14:41.53 Aposentou-se após os Jogos de Pequim. Ryan Cochrane (CAN) – 14:42.69 Disputará a prova em Londres. QUEM VENCEU DESDE 2008 MUNDIAL 2009 Oussama Mellouli (TUN), 14:37.28 EUROPEU 2010 1976 – Montreal Sébastien Rouault (FRA), 14:55.17 PAN-PACÍFICO 2010 Ryan Cochrane (CAN), 14:49.47 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Ryan Cochrane (CAN), 15:01.49 JOGOS ASIÁTICOS 2010 Sun Yang (CHN), 14:35.43 MUNDIAL 2011 Sun Yang (CHN), 14:34.14 PAN-AMERICANO 2011 Nadador e tempo Henry Taylor (GBR), 22:48.4 G. Hodgson (CAN), 22:23.0 (el.) George Hodgson (CAN), 22:00.0 Arne Borg (SWE), 21:11.4 (elim.) Boy Charlton (AUS), 20:06.6 George Breen (USA), 17:52.9 (el.) Mike Burton (USA), 15:52.58 Brian Goodell (USA), 15:02.40 Vladimir Salnikov (URS), 14:58.27 Kieren Perkins (AUS), 14:43.48 A maior disputa da história olímpica da prova. Os americanos Brian Goodell e Bobby Hackett e o australiano Steve Holland se revezaram na liderança. Goodell conseguiu abrir uma pequena margem somente nos 100 metros finais. A intensa disputa levou todos os três a nadarem abaixo do recorde mundial. Em quarto lugar, chegou o brasileiro Djan Madruga, e em quinto o soviético Vladimir Salnikov, que quatro anos depois seria o protagonista da mais célebre prova de 1500m da história, ao se tornar o primeiro nadador a abaixar de 15 minutos, nos Jogos de Moscou. 2000 – Sydney Arthur Frayler (USA), 15:19.59 EUROPEU 2012 1. Sun Yang, CHN 2. Grant Hackett, AUS 3. Oussama Mellouli, TUN 14:34.14 2011 14:34.56 14:37.28 2001 2009 4. Ryan Cochrane, CAN 5. Yuri Prilukov, RUS 14:40.84 14:41.13 2008 2008 6. Kieren Perkins, AUS 7. Larsen Jensen, USA 14:41.66 14:45.29 14:45.54 1994 2004 2008 O australiano Kieren Perkins foi o primeiro a ter reais chances de um tricampeonato olímpico nos 1500m livre. Depois do bi em 1996, entrou em má fase e poucos acreditavam que voltaria à velha forma. Mas voltou a nadar bem em 2000 e tinha até ligeiro favoritismo na final, primeiro porque seu maior rival Grant Hackett fazia uma Olimpíada ruim e segundo porque, carismático, tinha a torcida a seu favor. Mas Hackett se superou, liderou a prova inteira e deixou Perkins com a prata. Na noite da final, 96,1% dos televisores do país estavam ligados. Ironicamente, Hackett teve chance do tri em 2008, mas também terminou com a prata. E por isso até hoje nenhum homem conquistou três vitórias consecutivas na natação. 14:45.66 14:45.84 2011 2008 O Brasil na prova Gregorio Paltrinieri (ITA), 14:48.92 TOP 10 ALL-TIME Nadador 8. Peter Vanderkaay, USA 9. Gergı Kis, HUN 10. Lin Zhang, CHN Tempo Ano TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Nadador Tempo Ano 1. Sun Yang, CHN 2. Grant Hackett, AUS 14:34.14 14:34.56 2011 2001 3. Kieren Perkins, AUS 4. Ryan Cochrane, CAN 14:41.66 14:44.46 14:45.29 1994 2011 2004 14:45.66 14:45.94 2011 2007 8. David Davies, GBR 9. Pál Joensen, FAR 14:45.95 14:46.33 2004 2011 10. Yuri Prilukov, RUS 14:47.29 2007 5. Larsen Jensen, USA 6. Gergı Kis, HUN 7. M. Sawrymowicz, POL RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano 1908 Londres 1912 Estocolmo 1912 Estocolmo 1924 Paris 1924 Paris 1956 Melbourne 1972 Munique 1976 Montreal 1980 Moscou 1992 Barcelona A prova teve 1200 metros na primeira Olimpíada, mas nem por isso foi menos difícil. Disputada na Baía de Zea, em uma água terrivelmente fria (15 graus) e movimentada (ondas de mais de três metros), o vencedor foi o húngaro Alfred Hajós, também vencedor dos 100m livre e primeiro ouro olímpico da natação. Anos depois, ele disse que temeu pela vida, e que na ocasião a vontade de viver superou a de vencer. RECORDES Mundial: Sun Yang, CHN - 14:34.14 (2011) Olímpico: Grant Hackett, AUS - 14:38.92 (2008) Sul-americ.: Luiz R. Arapiraca, BRA - 15:12.69 (2011) Brasileiro: Luiz R. Arapiraca, BRA - 15:12.69 (2011) Norte-americ.: Ryan Cochrane, CAN - 14:40.84 (2008) Europeu: Yuri Prilukov, RUS - 14:41.13 (2008) Oceania: Grant Hackett, AUS - 14:34.56 (2001) Asiático: Sun Yang, CHN - 14:34.14 (2011) Africano: Oussama Mellouli, TUN - 14:37.28 (2009) http://www.swimchannel.com.br Foi nos 1500m livre que o Brasil conquistou sua primeira medalha olímpica na natação. Em 1952, Tetsuo Okamoto conquistou o bronze em uma prova emocionante, em que estava em quarto lugar até a última virada. Em 1976, Djan Madruga terminou na quarta posição, longe do pódio, é verdade (mais de 10 segundos), mas estabeleceu um recorde sulamericano que durou mais de 20 anos. Em 1948, ainda havia semifinais na prova, e Rolf Kestener avançou para terminar em 14º Posição melhor obteve Luiz Lima em 1996 (11º). Lendas – Vladimir Salnikov Conhecido como “Expresso de Leningrado”, Vladimir Salnikov é talvez o maior fundista da história. Aos 15 anos foi finalista dos 1500m em Montreal 1976 e a partir de então manteve uma invencibilidade de oito anos na prova, incluindo a medalha de ouro em Moscou 1980 em uma performance histórica: foi o primeiro homem a nadar abaixo de 15 minutos. Também ganharia em 1984 se não fosse o boicote soviético aos Jogos de Los Angeles. Em 1988, desacreditado e considerado velho, venceu novamente e causou comoção. Foi o atleta mais aplaudido dos Jogos. http://www.raiaquatronews.com.br DIA 8 – 4x100m MEDLEY FEMININO Para fechar com chave de ouro Por Daniel Takata Gomes PROVA PODE RATIFICAR A RETOMADA DO DOMÍNIO AMERICANO NA NATAÇÃO FEMININA Houve dois períodos que os Estados Unidos perderam o domínio olímpico no 4x100m medley. O primeiro, de 1976 a 1988, devido às alemãs orientais. O segundo iniciou-se em 2004, com a mais forte geração feminina da história da Austrália, e está prestes a terminar. Algumas remanescentes daquela geração australiana nadarão em Londres, mas o tri olímpico é improvável. Isso porque não houve renovação, ao contrário do que ocorreu nos Estados Unidos. Entrando na Olimpíada com o primeiro tempo de 100m costas, peito e borbo, as americanas não terão adversárias. No Mundial do ano passado, venceram por quase três segundos. Só resta saber se vale a pena manter Melissa Franklin no costas ou deslocá-la para o livre, como em Xangai, e colocar Rachel Bootsma para abrir. Tudo dependerá dos 100m livre e 100m costas. A Austrália perdeu até mesmo o segundo posto para a China no Mundial, o que não foi por acaso: as chinesas são presença constante no pódio das grandes competições. Austrália e China têm equipes parelhas, e a diferença deve ser o nado de peito. Se Leisel Jones ou Leiston Prickett repetirem seus tempos da seletiva, a China tem vantagem, mas se Jones fizer tempo semelhante ao que fez ano passado, a Austrália deve levar a prata. Um pouco atrás aparecem embolados Japão, Holanda, Grã-Bretanha e Rússia, com apenas um segundo separando as Vollmer, Soni e Franklin equipes. Vantagem para Japão, que tem a maior fraqueza no livre, e a Rússia, que tem uma equipe equilibrada e um diferencial de um forte nado de peito – exatamente o ponto fraco de holandesas e britânicas. E o que costuma ser a diferença entre pretendentes e coadjuvantes. BALIZAMENTO – TOP 10 1. ESTADOS UNIDOS 3:52.36 (jul/2011) 2. CHINA 3:55.61 (jul/2011) 3. AUSTRÁLIA 3:57.13 (jul/2011) 4. RÚSSIA 3:57.38 (jul/2011) 5. JAPÃO 3:57.84 (jul/2011) Os Estados Unidos tem múltiplas possibilidades para formar sua equipe, e seria favorita em muitas delas. Franklin pode nadar costas ou livre, Vollmer pode ir de borbo ou livre, e Hardy, além do livre, pode ser nadar o peito – ela não irá nadar a prova individual, mas é a recordista mundial. Sem falar em Coughlin, que está na equipe como reserva, mas em uma emergência poderia nadar costas, borbo ou livre. No Mundial de 2009, a China venceu com recorde mundial. Não chegou a ser uma surpresa, pois já havia ganhado em 2003 e sempre está entre as primeiras. Mas uma vitória sobre os Estados Unidos chamou a atenção. As americanas, que seriam as favoritas, pela primeira vez sequer passaram às finais. Se pouparam nas eliminatórias e terminaram em 9º. As chinesas agradeceram. A Austrália dominou totalmente o revezamento 4x100m medley entre 2004 e 2008, ganhando as Olimpíadas e os Mundiais do período. Apesar da força em todos os estilos, com nomes como Jessicah Schipper, Lisbeth Trickett e Jodie Henry, o grande diferencial era Leisel Jones no peito. Não é coincidência que a perda da hegemonia coincida com o aumento de seus tempos. A Rússia vem há algum tempo batendo na trave para conquistar uma medalha. Foi quarta colocada no último Mundial, e quinto na última Olimpíada. O cenário é sempre o mesmo: o costas de Zueva e o peito de Efimova as fazem brigar pelas primeiras colocações, mas o borbo é o calcanhar de Aquiles. Em Xangai, o parcial de borbo da equipe foi o pior entre as finalistas. O Japão sempre teve o livre como o pior nado no 4x100m medley. Isso ocorreu quando a equipe conquistou sua única medalha na prova, o bronze em 2000. Sumika Minamoto pulou com quase um segundo de vantagem sobre a alemã Katrin Meissner, mas teve muito trabalho para segurar a terceira posição. A diferença final foi de 17 centésimos. 6. ALEMANHA 3:58.43 (mai/2012) 7. GRÁ-BRETANHA 3:59.65 (jul/2011) 8. CANADÁ 4:00.72 (jul/2011) 9. DINAMARCA 4:01.60 (jul/2011) 10. ITÁLIA 4:01.92 (mai/2012) Pelos tempos individuais, a Alemanha não é candidata a pódio. Mas fez um bom tempo no Europeu, em maio, principalmente devido à performance de Britta Steffen fechando para 52.74. O destino da equipe alemã dependerá totalmente dela. Como Alemanha, subiu ao pódio em 2004, 1996 e 1960, quando as duas Alemanhas competiram a Olimpíada de forma unificada. Em 2008, a Grã-Bretanha era uma das mais cotadas ao pódio, mas terminou na quarta posição. Um de seus destaques, Jemma Lowe, não nadou bem a parcial de borbo. A parcial de peito tem sido um problema: nessa Olimpíada, foi a pior entre as equipes finalistas, e hoje tem 1:08, contra 1:041:06 das principais concorrentes. No Mundial do ano passado, a equipe canadense foi desclassificada na final da prova. Mas não por ter havido uma queimada, motivo mais usual, mas sim por Jillian Tyler ter usado duas ondulações após a saída, ao invés de uma. Caso não houvesse a desclassificação, a equipe teria terminado empatada com a Grã-Bretanha na sexta posição. A Dinamarca tem nadadoras entre as 8 melhores nos 100m costas, peito e livre. O borbo é uma fraqueza, o que faz com que Jeanette Ottesen, campeã mundial dos 100m livre, tenha que ser deslocado para esta parcial para que o prejuízo seja menor. Caso houvesse duas Ottesen, a Dinamarca estaria no mesmo nível de Alemanha e Grã-Bretanha. Das equipes top 10 do 4x100m medley, a Itália foi a única que não conseguiu classificação automática no Mundial do ano passado. O retrospecto nas úlitmas Olimpíadas é desolador: sempre com Federica Pellegrini fechando, a equipe foi desclassificada em 2004 e antepenúltima colocada em 2008. Nem a diva salva. 4x100m MEDLEY FEMININO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS MEDALHISTAS DE 2008 EM OLIMPÍADAS Austrália – 3:52.69 Desde 1960 Disputará a prova em Londres. MEMÓRIA 1960 - Roma Os Estados Unidos venceram facilmente a prova com recorde mundial. Carolyn Burke (borboleta) e Christine Von Saltza (livre) eram melhores amigas, moravam juntas e treinavam juntas. Faziam a mesma dieta, cortavam o cabelo da mesma maneira e, em Roma, também venceram juntas. Von Saltza conquistou três ouros e Burke, dois. Estados Unidos – 3:53.30 MAIOR VENCEDORA Disputará a prova em Londres. China – 3:56.11 Jenny Thompson (USA) – 1992, 1996 e 2000 MAIOR MEDALHISTA Disputará a prova em Londres. Jenny Thompson (USA) – 3 ouros e 1 prata QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) QUEM VENCEU DESDE 2008 Manuela Dalla Valle (ITA) – 1984, 1988, 1992 e 1996 MUNDIAL 2009 China, 3:52.19 Franziska van Almsick (GER) – 1992, 1996, 2000 e 2004 1976 – Montreal EUROPEU 2010 Jenny Thompson (USA) – 1992, 1996, 2000 e 2004 Grã-Bretanha, 3:59.72 Antje Buschschulte (GER) – 1996, 2000, 2004 e 2008 PAN-PACÍFICO 2010 Nina Zhivanevskaya (EUN) – 1992, 1996, 2004 e 2008 Estados Unidos, 3:55.23 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (4) Austrália, 3:56.99 Franziska van Almsick (GER) – 1992, 1996, 2000 e 2004 JOGOS ASIÁTICOS 2010 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Alemanha Or. sobre Estados Unidos em 1976 (6.6s) MENOR MARGEM DE VITÓRIA China, 3:57.80 MUNDIAL 2011 Estados Unidos, 3:52.36 PAN-AMERICANO 2011 Austrália sobre Estados Unidos em 2008 (0.61s) Estados Unidos, 4:01.00 MAIS VELHA VENCEDORA EUROPEU 2012 Alemanha, 3:58.43 Dara Torres (USA), 33a5m8d em 2000 2004 – Atenas MAIS VELHA MEDALHISTA TOP 10 ALL-TIME Dara Torres (USA), 2ª em 2008, 41a4m2d MAIS NOVA VENCEDORA Amanda Beard (USA), 14a8m25d em 1996 MAIS NOVA MEDALHISTA Kornelia Ender (GDR), 2ª em 1972, 13a10m9d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) País O P B T Estados Unidos 8 4 0 12 Até 1972, as alemãs orientais jamais haviam conseguido uma medalha de ouro na natação. Em 1976, no entanto, venceram 11 das 13 provas do programa. O revezamento 4x100m medley foi a primeira prova feminina com disputa de medalhas, e cada uma das alemãs registrou a mais rápida parcial da prova, vencendo no final de maneira avassaladora com mais de seis segundos de vantagem. Anos mais tarde, foi revelado o esquema sistemático de dopagem que era realizado no país naquele tempo. Nadador 1. China 2. Estados Unidos Tempo Ano 3:52.19 3:52.36 2009 2011 3. Austrália 3:52.58 2009 4. Shanghai, CHN 3:54.99 2009 5. Alemanha 3:55.79 2009 6. Exército Chinês, CHN 7. Grã-Bretanha 3:56.51 3:57.03 2009 2009 8. Holanda 3:57.31 2009 9. Rússia 3:57.38 2011 10. Japão 3:57.44 2009 Vencer o 4x100m medley feminino era uma honra que pertencia somente a Estados Unidos e Alemanha Oriental. Em 2004, as americanas abriram quase dois segundos de vantagem na primeira metade da prova, mas o ponto forte das australianas, as vencedoras dos 100m borboleta e 100m livre Petria Thomas e Jodie Henry conseguiram reverter a situação de forma inacreditável, vencendo por quase dois segundos e abaixando o recorde mundial das americanas em um segundo. O Brasil na prova O Brasil participou somente uma vez da prova, em 2008, e por somente meio segundo ficou fora da final, terminando em 10º na eliminatória. Esse revezamento fez história no ano seguinte, alcançando a final no Mundial de Roma e deixando de fora da final a poderosa equipe dos Estados Unidos. Alemanha Or. 3 1 0 4 Austrália 2 4 0 6 Alemanha Ocid. 0 1 2 3 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Alemanha 0 1 2 3 Ano 0 1 0 1 Nadador 1. Estados Unidos Tempo Holanda 3:52.36 2011 Grã-Bretanha 0 1 0 1 Canadá 0 0 3 3 2. China 3. Austrália 3:55.61 3:55.74 2011 2007 União Soviética 0 0 2 2 4. Rússia 3:57.38 2011 Lendas – Jenny Thompson 5. Japão 3:57.75 2010 6. Alemanha 3:58.43 2012 7. Grã-Bretanha 8. Inglaterra 3:59.65 4:00.09 2011 2010 9. Canadá 4:00.72 2011 10. Suécia 4:01.18 2010 A americana Jenny Thompson é simplesmente a mulher mais condecorada na história da natação olímpica, ao lado de Dara Torres: são 12 medalhas em quatro Olimpíadas, sendo oito de ouro. No entanto, carrega uma frustração. Apesar de em sua vitoriosa carreira ter sido recordista mundial dos 50m e 100m livre e 100m borbo e de ter conquistado vários títulos mundiais nestas provas, jamais conseguiu um ouro olímpico individual – todos foram em revezamentos. Em compensação, foram 8 vitórias em 10 revezamentos em quatro participações olímpicas. Após Sydney 2000, Thompson se afastou da natação para estudar medicina. Dois anos depois, conciliando treinos e estudos, teve uma volta triunfal, foi a nadadora mais velha da equipe americana em 2004 e hoje segue uma bem sucedida carreira de anestesista. China 0 0 2 2 Com. Est. Indep. 0 0 1 1 Japão 0 0 1 1 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS Ano Nadador e tempo 1960 Roma Estados Unidos, 4:41.1 1964 Tóquio Estados Unidos, 4:33.9 1972 Munique Estados Unidos, 4:20.75 1976 Montreal Alemanha Or., 4:07.95 Sul-americano: Brasil - 3:58.49 (2009) Brasileiro: Brasil - 3:58.49 (2009) 1980 Moscou Alemanha Or., 4:06.67 Norte-americano: Estados Unidos - 3:52.36 (2011) 1992 Barcelona Estados Unidos, 4:02.54 Europeu: Alemanha - 3:55.79 (2009) 2000 Sydney Estados Unidos, 3:58.30 Oceania: Austrália - 3:52.58 (2009) 2004 Atenas Austrália, 3:57.32 Asiático: China - 3:52.19 (2009) 2008 Pequim Austrália, 3:52.69 Africano: África do Sul - 4:03.62 (2008) RECORDES Mundial: China - 3:52.19 (2009) Olímpico: Austrália - 3:52.69 (2008) http://www.swimchannel.com.br http://www.raiaquatronews.com.br DIA 8 – 4x100m MEDLEY MASC. Prova mais aberta do que nunca Por Daniel Takata Gomes UMA DERROTA AMERICANA E UMA MEDALHA BRASILEIRA. SERÁ POSSÍVEL? Os Estados Unidos jamais perderam a prova quando nadaram, e mesmo que vençam agora provavelmente não manterão um feito: o de bater ou igualar o recorde mundial em todos os Jogos Olímpicos. O tempo obtido com trajes tecnológicos é difícil de ser alcançado. Mas eles devem se preocupar primeiramente em vencer, tarefa que não será fácil. O fiel da balança será Matt Grevers nos 100m costas. Se repetir sua performance da seletiva, os Estados Unidos não devem perder. Mas se abrir junto com as outras equipes, o bicho pega. Michael Phelps continua sendo um diferencial. E, dedendo de como ele abrir o 4x100m livre e como Tyler McGill nadar os 100m borboleta, Phelps pode ser colocado no livre. Já imaginaram ele fechando contra James Magnussen? Esse é o principal diferencial da Austrália, enquanto o Japão tem Kosuke Kitajima no peito, o que deixa tudo equilibrado. Por isso Grevers é tão importante. Pela soma dos tempos individuais, as outras equipes cotadas são França, Brasil e Alemanha. Desta vez, os brasileiros realmente podem sonhar. O tempo conjunto de Thiago Pereira, Felipe França, Kaio Márcio e Cesar Cielo é 3:33.44. Tirando meio segundo de saída livre dos três últimos, resultaria algo em torno de 3:32.00 – tempo suficiente para ouro no Mundial de 2011. Os pontos fortes da França são o costas e o livre. Já a Alemanha tem uma equipe equilibrada, Cesar Cielo, Felipe França e Kaio Márcio com desvantagem no peito. Objetivamente falando: a maior chance é que o pódio seja o mesmo da última Olimpíada (EUA, Austrália e Japão). Mas não é uma chance tão grande assim. Em uma prova com tanta alternância, tudo pode acontecer. Até uma inédita medalha brasileira. BALIZAMENTO – TOP 10 1. ESTADOS UNIDOS 3:32.06 (jul/2011) 2. AUSTRÁLIA 3:32.26 (jul/2011) 3. ALEMANHA 3:32.60 (jul/2011) 4. ITÁLIA 3:32.80 (mai/2012) 5. JAPÃO 3:32.89 (jul/2011) Os Estados Unidos sempre dominaram o revezamento tanto em Olimpíadas quanto em Mundiais. Mas sempre que por algum motivo não venceram, os australianos se aproveitaram. Foi assim em 1980, nos Jogos de Moscou boicotados, e nas três vezes que perderam em Mundiais – 1998, 2001 e 2007, esta última por ter sido desclassificado o que poderia ter sido o oitavo ouro de Phelps na competição. James Magnussen é o destaque da Austrália, que nos últimos anos tem no livre a maior força de seu revezamento. Foi assim em Pequim, quando Eamon Sullivan deu um calor em Jason Lezak, e nos tempos de Ian Thorpe, que apesar de não ser velocista chegou a fazer 47.20 fechando em 2002, na época a terceira melhor parcial da história. Historicamente uma equipe de tradição na prova, a Alemanha havia conquistado um bronze em 2000 e uma prata em 2004, mas surpreendentemente não se classificou para os Jogos Olímpicos de 2008. Mas recuperou o prestígio nos últimos anos com a prata no Mundial de 2009 e o bronze em 2011 e chega novamente como candidata a medalha. Como aconteceu com seus revezamentos, a Itália não foi bem no Mundial do ano passado e não conseguiu classificação automática, obtendo a vaga somente na repescagem. A performance no Europeu deste ano foi surpreendente, com destaque para o peito de Fabio Scozzoli e o livre de Filippo Magnini. Buscam a segunda medalha olímpica italiana em revezamentos (a primeira foi no 4x200m em Atenas 2004) O Japão foi bronze na primeira vez que a prova foi disputada, em 1960. Voltou ao pódio em 2004 e 2008. Com os três primeiros estilos acima da média e o livre em geral fraco, a equipe depende muito de Kosuke Kitajima. Tanto que no Mundial de 2009, que ele não disputou, a equipe terminou em 7º. Foi só ele voltar em 2011 para os japoneses brigarem pelo bronze, perdido por pouco para a Alemanha. 6. HOLANDA 3:34.11 (jul/2011) 7. HUNGRIA 3:34.57 (jul/2011) 8. BRASIL 3:34.58 (out/2011) 9. NOVA ZELÂNDIA 3:35.09 (mar/2012) 10. CANADÁ 3:35.36 (jul/2011) A Holanda jamais medalhou na prova, e chegou mais perto disso em 2000. Era a campeã europeia e Pieter Hoogenband estava em uma fase áurea. Sua parcial de 47.24, a mais rápida da história até então, tirou a equipe do 7º lugar e quase deu a medalha. Mas sua performance mais impressionante foi no Mundial de 2003, quando fechou para 46.70, a parcial mais rápida em trajes têxteis até hoje. A Hungria também só obteve classificação na repescagem, pois não nadou bem o Mundial 2011, apesar de ter Dániel Gyurta no time – László Cseh sequer nadou. Cseh, aliás, pode ser encaixado de acordo com as necessidades. Em Atenas 2004, abriu de costas. No Europeu deste ano, nadou borbo. Ele é o recordista húngaro de ambas as provas, e também poderia fechar – é recordista nacional dos 200m. Este é o único revezamento brasileiro que não conquistou medalha olímpica. Em Sydney 2000 e Pequim 2008, chegou com expectativas devido às performances nos Pans dos anos anteriores, mas sequer passou para as finais. Desta vez, vem embalado pela melhor colocação em mundiais: quarto lugar em 2009, além de quatro atletas com chances em suas provas, o que não ocorreu nas outras ocasiões. A Nova Zelândia obteve um grande e surpreendente resultado em Pequim 2008: a quinta colocação. Mas sequer nadou o Mundial de 2011 e se classificou na rabeira para Londres, em uma tentativa no Campeonato Neo-Zelandês. A primeira metade de prova até que é boa, mas o borbo para 53 e o livre para 49 destroem qualquer esperança. Aliás, com parciais como essas, já foi um milagre ter conseguido a classificação. Entre 1972 e 1992, o Canadá subiu ao pódio no 4x100m medley em todas as Olimpíadas exceto em 1980, quando boicotou. No entanto, desde 1996 não chega à final. Em 2008, Brent Hayden ficou decepcionado por não ter subido ao pódio nos 100m livre. Descontou a frustração na eliminatória do 4x100m medley, fazendo 46.84, parcial que ficou atrás somente de Jason Lezak e Eamon Sullivan. 4x100m MEDLEY MASCULINO HISTÓRIA E NÚMEROS NÚMEROS GERAIS MEDALHISTAS DE 2008 EM OLIMPÍADAS Estados Unidos – 3:29.34 Desde 1960 Disputará a prova em Londres . MAIORES VENCEDORES Austrália – 3:30.04 Ian Crocker (USA) – 2000, 2004 e 2008 Disputará a prova em Londres. Japão – 3:31.18 Jason Lezak (USA) – 2000, 2004 e 2008 MEMÓRIA 1964 – Tóquio A primeira vez que os 100m livre, borboleta e peito masculino foram nadados abaixo do minuto foram fora de Olimpíadas, assim como os 100m livre, borboleta e costas feminino. Mas a primazia do sub-minuto nos 100m costas masculino ocorreu em 1964, na abertura do revezamento 4x100m medley, quando o americano Thompson Mann fez 59.6. Disputará a prova em Londres. MAIORES MEDALHISTAS Ian Crocker (USA) e Jason Lezak (USA) – 3 ouros QUEM VENCEU DESDE 2008 Tom Ponting (CAN) – 2 pratas e 1 bronze Ryan Lochte (USA) – 1 prata e 1 bronze QUEM MAIS NADOU (4 PARTICIPAÇÕES) MUNDIAL 2009 Estados Unidos, 3:27.28 1992 – Barcelona MENOR MARGEM DE VITÓRIA Estados Unidos, 3:32.06 Em nada menos que seis ocasiões, o recorde mundial dos 100m costas foi superado na abertura do revezamento. Mas somente em 1992 o autor do feito não ganhou os 100m costas – o americano Jeff Rouse havia sido derrotado pelo canadense Mark Tewksbury, e no 4x100m medley estabeleceu o recorde que duraria sete anos. Foi também a única ocasião em que a equipe americana, jamais derrotada na prova (não participou em 1980 devido ao boicote), não superou o recorde mundial – “somente” igualou. Austrália sobre União Soviética em 1980 (0.22s) PAN-AMERICANO 2011 2008 – Pequim MAIS VELHO VENCEDOR Brasil, 3:34.58 Jason Lezak (USA), 32a9m5d em 2008 EUROPEU 2012 Itália, 3:32.80 A vitória americana representou a oitava medalha de ouro de Michael Phelps em Pequim, que no pódio recebeu uma homenagem especial do Comitê Olímpico Internacional. Também foi o canto do cisne de uma das mais fortes equipes da história. O time formado por Aaron Peirsol no costas, Brendan Hansen no peio, Phelps ou Ian Crocker no borboleta e Jason Lezak no crawl venceu todos os campeonatos e demoliu recordes entre 2002 e 2008. Em 2011, foi escolhido pela ESPN como a 9ª melhor equipe de todos os tempos, em uma lista encabeçada pela seleção brasileira de futebol de 1970 e pelo Dream Team de basquete dos Estados Unidos de 1992. Franck Esposito (FRA) – 1992, 1996, 2000 e 2004 EUROPEU 2010 França, 3:31.32 QUEM MAIS DISPUTOU FINAIS (3) PAN-PACÍFICO 2010 Nobutaka Taguchi (JPN) – 1968, 1972 e 1976 Mark Kerry (AUS) – 1976, 1980 e 1984 Estados Unidos, 3:32.48 JOGOS DA COMUN. BRITÂNICA 2010 Péter Horváth (HUN) – 1992, 2000 e 2004 Austrália, 3:33.15 Alexander Popov (EUN) – 1992, 1996 e 2004 JOGOS ASIÁTICOS 2010 MAIOR MARGEM DE VITÓRIA Estados Unidos sobre Austrália em 1960 (6.6s) Japão, 3:34.10 MUNDIAL 2011 MAIS VELHO MEDALHISTA Jason Lezak (USA), 1º em 2008 com 32a9m5d TOP 10 ALL-TIME MAIS NOVO VENCEDOR Neil Brooks (AUS), 17a11m27d em 1980 MAIS NOVO MEDALHISTA Neville Hayes (AUS), 2º em 1960, 16a8m30d QUADRO DE MEDALHAS (PAÍSES) Nadador 1. Estados Unidos 2. Alemanha Tempo Ano 3:27.28 3:28.58 2009 2009 3. Austrália 3:28.64 2009 4. Brasil 3:29.16 2009 5. França 3:29.73 2009 6. Rússia 7. Grã-Bretanha 3:30.55 3:30.68 2009 2009 8. Japão 3:30.74 2009 9. Canadá 3:31.02 2009 10. África do Sul 3:31.53 2009 País O P B T Estados Unidos 12 0 0 12 Austrália 1 3 3 7 Canadá 0 3 2 5 Alemanha 0 2 1 3 Alemanha Or. 0 2 0 2 União Soviética 0 1 2 3 TOP 10 ALL-TIME (TRAJES TÊXTEIS) Com. Est. Indep. 0 1 0 1 Ano 0 1 0 1 Nadador 1. Estados Unidos Tempo Rússia 3:30.68 2004 Japão 0 0 3 3 Alemanha Ocid. 0 0 1 1 2. França 3. Austrália 3:31.32 3:32.26 2010 2011 Grã-Bretanha 0 0 1 1 4. Alemanha 3:32.60 2011 5. Itália 3:32.80 2012 RECORDES MUNDIAIS EM OLIMPÍADAS 6. Japão 3:32.89 2011 Ano Nadador e tempo 1960 Roma Estados Unidos, 4:05.4 7. Rússia 8. SwimMAC, USA 3:33.29 3:33.70 2010 2011 1964 Tóquio Estados Unidos, 3:58.4 9. Holanda 3:33.99 2010 10. Hungria 3:34.57 2012 1968 C. México Estados Unidos, 3:54.9 1972 Munique Estados Unidos, 3:48.16 1976 Montreal Estados Unidos, 3:47.28 (el.) 1976 Montreal Estados Unidos, 3:42.22 1984 L. Angeles Estados Unidos, 3:39.30 1988 Seul Estados Unidos, 3:36.93 Sul-americano: Brasil - 3:29.16 (2009) Brasileiro: Brasil - 3:29.16 (2009) 1992 Barcelona Estados Unidos, 3:36.93 Norte-americano: Estados Unidos - 3:27.28 (2009) 1996 Atlanta Estados Unidos, 3:34.84 Europeu: Alemanha - 3:28.58 (2009) 2000 Sydney Estados Unidos, 3:33.73 Oceania: Austrália - 3:28.64 (2009) 2004 Atenas Estados Unidos, 3:30.68 Asiático: Japão - 3:30.74 (2009) 2008 Pequim Estados Unidos, 3:29.34 Africano: África do Sul - 3:31.53 (2009) RECORDES Mundial: Estados Unidos - 3:27.28 (2009) Olímpico: Estados Unidos - 3:29.34 (2008) http://www.swimchannel.com.br O Brasil na prova Apesar de nos últimos anos o Brasil chegar bem cotado em Olimpíadas na prova, a melhor performance é do distante ano de 1972, quando a equipe formada por Rômulo Arantes, José Fiolo, Sérgio Waismann e José Aranha terminou na quinta posição. Outra final foi obtida em 1980 (8º lugar). Desde 1960, o Brasil só não participou em 1976, mas alcançou a final somente nessas duas ocasiões. Lendas – Matt Biondi Não é qualquer nadador que chega a uma Olimpíada comparado com Mark Spitz. Antes de Michael Phelps, o único a ter essa honraria foi o americano Matt Biondi. Em Seul 1988, ele chegou entre os favoritos em sete provas, conquistando cinco ouros, uma prata e um bronze. Apesar de ter sido ouro nos 100m livre e prata nos 100m borboleta, nadou a parcial de borbo no revezamento 4x100m medley. No alto de seus 2,04m, era chamado de “Torpedo de Modena”, pela descendência italiana. Nos 100m livre, manteve um domínio avassalador por oito anos e conseguia nadar com uma incrível regularidade na casa dos 48s numa época na qual dificilmente se abaixava dos 50s. Depois de deixar as piscinas, Biondi participou de vários projetos sociais, ajudando carentes, crianças doentes e até golfinhos. http://www.raiaquatronews.com.br