AQUI - Sociedad Chilena de Ciencias de las Religiones

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AQUI - Sociedad Chilena de Ciencias de las Religiones
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ESPAÑOL - Llamada de trabajos:
El simposio "Religiones de matriz africana y zona de no-ser" recibe propuestas de
ponencias para el primero Congreso Internacional de la Sociedad Chilena de Ciencias
de las Religiones (del 23 al 26 de mayo del 2017, Concepción, Chile). Todas y todos
están cordialmente invitados/as a presentar su trabajo y discutir con otros.
Fecha límite de recepción: Enviar antes del 10 de febrero del 2017 un resumen de al
menos 3 páginas a los coordinadores del simposio:
- Márcio Henrique de Carvalho: [email protected]
- Morgane Laure Reina: [email protected]
Además del título, agregar nombre de autor/a, e-mail, pertenencia institucional y un
breve CV
Para
más
informaciones
sobre
http://www.schcr.cl/congreso.html
el
congreso
y
los
simposios:
El presente simposio propone establecer paralelos entre perspectivas institucionales –
sobre como las instituciones hablan y vienen en auxilio del sujeto, y perspectivas de
sujeto – sobre como el individuo se ve en el proceso de internalización de conceptos y
sus posibilidades de acción, de afirmar y de revindicar su etnicidad y su historicidad.
Mirando hacia el panorama religioso brasileño, proponemos el siguiente
cuestionamiento: ¿por qué las religiones brasileñas, principalmente las evangélicas,
logran obtener una gran movilización de la populación negra, mientras que las
religiones de matriz africana, a pesar de todos sus intentos, no? ¿Cuál motivo permite
explicar que la movilización negra en sus núcleos históricos (religión y movimiento
negro) sea todavía tan pequeña? Las respuestas traen consigo marcas del pasado
histórico y de la formación brasileña como nación; se vinculan a las condiciones de
sentido que hacen con que la cuestión negra y las religiones de matriz africana sean
mal vistas, incluso por los propios negros que no se reconocen en ellas.
Una discusión sobre el tema está presente en Fanon (2009). El autor argumenta que el
negro no es hombre: él es hombre negro, pero no es hombre de facto. Por su
condición colonial , el habita una zona de no-ser. El deseo que ese hombre tiene de
ser blanco se prende al deseo de ser digno de la condición de ser humano. Por lo
tanto, no hay una existencia ontológica del hombre negro, lo que conduce a un
rechazo por su parte de considerarse como tal. De este modo, mediante la adopción de
las prácticas religiosas del hombre blanco, como el protestantismo evangélico, por
ejemplo, el hombre negro busca escapar de esta región de no-ser y pertenecer en la
zona del ser, pero es constantemente confrontado al fracaso.
De igual manera, resaltamos el epistemicidio practicado en el pensamiento brasileño
sobre las formas de pensar no hegemónicas, en especial, del pensamiento negro.
Existe una negación del conocimiento y de la experiencia del otro, que fortalece los
prejuicios y estereotipos que proponen reservas en las consciencias contra lo que no
se es blanco. En el caso de las religiones negras, por ejemplo, sus instituciones jamás
pudieron consolidarse. No hay ninguna institución religiosa negra presente en el
Estado que le procure ayuda a la población negra. En el imaginario colectivo, las
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religiones de matriz africana, no son entendidas como religiones sino como sectas,
denegridas constantemente. En general, la asimilación cultural de esas creencias le
retira a los negros la posibilidad de reinterpretar su lugar y locus.
De esta manera, se han implementado formas distintas de diferenciación y
clasificación, dando lugar a diferentes formas de ordenación. Aunque el discurso
oficial niega la ordenación, esta se lleva a cabo tanto a nivel institucional, como en las
costumbres. Para Bourdieu (2004), las formas de clasificación y diferenciación
producen formas de reconocimiento, que traen consigo la ratificación de las
posiciones. La clasificación no solo reconoce el otro como diferente, sino que también
lo posiciona jerárquicamente. En ese sentido, podemos verificar que las religiones
evangélicas se posicionan en lugar de superioridad, como forma única de
transcendencia, relegando las religiones de matriz africana al oscurantismo de las
cosas impuras y demonizadas.
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PORTUGUÊS - Chamada de trabalhos:
O simpósio "Religiões de matriz africana e zona de não-ser" recebe propostas de
comunicações para o primeiro Congresso Internacional da Sociedade Chilena de
Ciências da Religiões (23 a 26 de maio de 2017, Concepción, Chile). Todas e todos
estão cordialmente convidados(as) para apresentar seu trabalho e discutir com outros.
Data limite de recepção: Mandar, antes do dia 10 de fevereiro de 2017, um resumo de
3 páginas no mínimo aos coordenadores do simpósio:
- Márcio Henrique de Carvalho: [email protected]
- Morgane Laure Reina: [email protected]
Além do título, adicionar nome de autor/a, e-mail, pertencimento institucional e um
breve currículo
Para
mais
informações
sobre
http://www.schcr.cl/congreso.html
o
congresso
e
os
simpósios:
O presente simpósio propõe estabelecer paralelos entre perspectivas institucionais –
sobre como as instituições falam e vêm em auxílio do sujeito, e perspectivas do
sujeito – sobre como o indivíduo se vê no processo de internalização de conceitos e
suas possibilidades de ação, de afirmar e reivindicar sua etnicidade e sua
historicidade.
Tomando o panorama religioso no Brasil, propomos o seguinte questionamento: por
que as religiões brasileiras, principalmente as evangélicas, conseguem engendrar
grande mobilização da população negra, enquanto que as religiões de matriz africana,
a despeito de todas suas tentativas, não? Qual o motivo que faz com que a
mobilização negra em seus núcleos históricos (religião e movimento negro) seja ainda
tão insipiente? As respostas trazem consigo marcas do passado histórico e da
formação brasileira enquanto nação; vinculam-se às condições de sentido que fazem
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com que a questão negra e as religiões de matriz africana sejam vistas com maus
olhos, inclusive pelos próprios negros que não se reconhecem nelas.
Uma discussão sobre o tema está presente em Fanon (2008). O autor aponta que o
negro não é homem: ele é homem negro, mas não é homem de fato. Ele habita uma
zona de não-ser, posto nela por sua condição colonial. O desejo que esse homem tem
de ser branco se vincula ao desejo de ser digno da condição de ser humano. Não há
uma existência ontológica do negro, o que por fim o leva a uma recusa de se entender
como negro. Assim, ao assumir as práticas religiosas do branco, como o
protestantismo evangélico, por exemplo, ele busca sair dessa região de não-ser e
entrar na zona de ser, porém é constantemente confrontado com esse fracasso.
Salientamos também o Epistemicídio praticado no pensamento brasileiro sobre as
formas de pensar não hegemônicas, em especial, do pensamento negro. Há a negação
do conhecimento e da experiência do outro, ao mesmo tempo em que se reforça
preconceitos e estereótipos que continuadamente propõe reservas nas consciências
contra o que não se é branco. No caso das religiões negras, por exemplo, suas
instituições nunca puderam ser consolidadas. Não há uma instituição religiosa negra
presente no Estado que venha em auxílio do povo negro. As próprias religiões de
matriz africana, por exemplo, no imaginário comum, não são entendidas como
religião; senão como seitas, constantemente denegridas. No plano geral, ocorre a
assimilação cultural dessas crenças que suprime aos negros possibilidades de
reinterpretação de seu lugar e locus.
Desse modo, operam-se formas distintas de diferenciação e classificação, que levam a
diferentes formas de ordenação. Embora essa ordenação seja negada no discurso
oficial, ela se dá de forma tanto institucional como nos costumes. Para Bourdieu
(2004), as formas de classificação e diferenciação produzem formas de
reconhecimento, que levam às ratificações de posições. A classificação não apenas
reconhece o outro como diferente, mas também o posiciona hierarquicamente. Nesse
sentido, pode-se verificar que ao marcar sua posição, as religiões evangélicas, por
exemplo, colocam-se como superiores, como a única forma possível de
transcendência, relegando as religiões de matriz africana ao obscurantismo das coisas
impuras e demonizadas.
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FRANÇAIS - Appel à communications :
Le colloque "Religions de matrice africaine et zone de non-être" lance un appel à
communications dans le cadre du premier Congrès International de la Société
Chilienne de Sciences des Religions (du 23 au 26 mai 2017, Concepción, Chili).
Toutes et tous sont cordialement invité.e.s à venir présenter leurs travaux et en
débattre avec d'autres.
Date limite de réception: Envoyer avant le 10 février 2017 un résumé d'au moins 3
pages aux coordinateurs du colloque :
- Márcio Henrique de Carvalho: [email protected]
- Morgane Laure Reina: [email protected]
En plus du titre, ajouter le nom de l'auteur.e, l'e-mail, l'appartenance institutionnelle et
un bref CV
Pour
plus
d'informations
sur
http://www.schcr.cl/congreso.html
le
congrès
et
les
colloques:
Ce colloque se propose d'établir des parallèles entre les perspectives institutionnelles
– sur le discours des institutions et les formes d'aide au sujet – et les perspectives du
sujet – de quelle manière l'individu se perçoit dans le processus d'internalisation des
concepts et ses possibilités d'action, d'affirmer et de revendiquer son ethnicité et
historicité.
Prenant en compte le paysage religieux au Brésil, nous proposons la question suivante
: pourquoi les religions brésiliennes, notamment les mouvances évangéliques,
réussissent à mobiliser la population noire, alors que les religions de matrice africaine
n'y parviennent pas, en dépit de toutes leurs tentatives ? Pour quelle raison le cœur de
la mobilisation noire (religion et mouvement noir) n'en est-il encore qu'à ses débuts ?
Les réponses portent les marques du passé et de la formation brésilienne en tant que
nation ; sont reliées aux conditions de sens qui font que la population dans son
ensemble et les noirs eux-mêmes voient d'un mauvais œil la question noire et les
religions de matrice africaine, sans les reconnaître.
Cette discussion théorique est présente dans l'œuvre de Fanon (1952). L'auteur
souligne que le noir n'est pas un homme : c'est un homme noir. Il habite une zone de
non-être, à laquelle il a été relégué par la colonisation. De ce fait, son désir d'être
blanc est lié au désir d'être digne de la condition humaine. Par conséquent, il n'y a pas
d'existence ontologique du noir, ce qui le conduit à un refus de se considérer comme
tel. Ainsi, en adoptant les pratiques religieuses du blanc, comme le protestantisme
évangélique par exemple, il cherche à échapper à la zone de non-être, tout en étant
constamment confronté à l'échec.
Nous notons de même l'Épistémicide pratiqué par la pensée brésilienne sur les formes
de pensée non hégémonique, et en particulier le courant noir. S'opère un déni de la
connaissance et de l'expérience de l'autre, tout en renforçant les préjugés et les
stéréotypes qui proposent continuellement des réserves contre ce qui n'est pas blanc.
Dans le cas des religions noires par exemples, leurs institutions n'ont jamais pu être
consolidées. Il n'existe pas d'institution religieuse noire présente au sein de l'État qui
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viennent en aide à la population noire. Dans l'imaginaire collectif, les religions de
matrice africaine ne sont pas considérées comme des religions, mais comme des
sectes, constamment dénigrées. De manière générale, l'assimilation culturelle des
croyances enlève, aux noirs, la possibilité de réinterpréter leurs situation et locus.
Ainsi, se sont mises en place différentes formes de différenciation et de classification,
conduisant à différentes formes d'organisation. Bien que le discours officiel nie cette
classification, elle a lieu tant au niveau institutionnel que dans les usages et coutumes.
Pour Bourdieu (1977), les formes de classification et de différenciation produisent des
formes de reconnaissance, elles-mêmes conduisant à une ratification des positions. On
ne reconnaît pas seulement l'autre comme différent, mais on le positionne de manière
hiérarchique. En ce sens, nous pouvons vérifier que les religions évangéliques se
placent comme supérieures et comme unique forme de transcendance, reléguant les
religions de matrice africaine à l'obscurantisme des choses impures et diabolisées.
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ENGLISH - Call for symposium papers:
The symposium "Religions of African origins and zone of non-being" calls for oral
presentations in the first International Congress of the Chilean Society of Religious
Studies (May, from 23th to 26th of 2017, Concepción, Chile). All are cordially invited
to present their work and discuss it with others.
Deadline: Send before February 10th of 2017 a summary of, at least, 3 pages to the
symposium coordinators:
- Márcio Henrique de Carvalho: [email protected]
- Morgane Laure Reina: [email protected]
Besides the title, add the author's name, e-mail institutional affiliation and a brief CV.
For
further
information
on
http://www.schcr.cl/congreso.html
the
congress
and
the
symposiums:
This symposium proposes to establish parallels between institutional perspectives (the
institutions' rhetoric and how they may assists the subjects) and individual
perspectives (how the subjects see themselves in the process of internalization of
concepts and their possibilities of action), in order to reaffirm and claim their
ethnicity and historicity.
Taking the religious landscape in Brazil into account, we propose the following
question: why Brazilian religions, especially the Evangelical movement, engender
great mobilization of the black population, while religions of African origin, in spite
of all their attempts, cannot? Why is the historic core of black mobilization (religion
and black movement) still incipient? The answers reveal traces of the past and the
Brazil's formation as a nation; they relate to the conditions of meaning that make
black issues and religions of African origin be seen negatively, even by blacks
themselves, who do not recognize themselves in these traditions.
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This theoretical discussion is present in Fanon's work (1967). The author points out
that blacks are not men: they are black men. He lives in a zone of non-being, where he
was send by the colonization. Thus, this man desires to be white in order to be worthy
of the human condition. There is no ontological existence of blacks, which leads them
to refuse to consider and understand themselves as such. As a consequence, by
adopting the religious practices of the white, such as evangelical Protestantism, he
seeks to escape from the zone of non-being, but must constantly face his failure.
We also note the Epistemicide practiced in Brazilian thought on non-hegemonic, and
especially on the black intellectual current. The knowledge and experience of the
other are denied, while the prejudices and stereotypes, that continually offer reserves
against what is not white, become stronger. In the case of black religions for example,
their institutions could not be consolidated. There are no black institutions present
within the State that come to the assistance of black people. In the collective
imagination, religions of African origin are not considered religions, but sects, and are
constantly denigrated. In general terms, we can say that the cultural assimilation of
these beliefs suppresses the possibilities of black reinterpretation of their place and
locus.
Thus, various forms of differentiation and classification have been implemented,
which lead to different forms of organization. Although official discourse denies this
classification, it occurs both at the institutional level and in the practices and customs.
For Bourdieu (1980), forms of classification and differentiation produce forms of
recognition, which lead to ratification of positions. This ordination not only
recognizes the other as different, but also positions him hierarchically. In this context,
we can verify that evangelical religions place themselves as superior and as unique
form of transcendence, relegating the religions of African origins to obscurantism of
impure and demonized things.
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