“Mitterrand, Europa, España” en Triunfo (1 junio 1981)
Transcripción
“Mitterrand, Europa, España” en Triunfo (1 junio 1981)
“Mitterrand, Europa, España” en Triunfo (1 junio 1981) Leyenda: El 1 de junio de 1981, la revista Triunfo aborda la elección de François Mitterrand como presidente de Francia y sus consecuencias en Francia y en el resto de Europa, así como, en particular, en España. Según Eduardo Haro Tecglen, esta victoria socialista en Francia supone romper con la continuidad conservadora en Europa, y podría venir dada por un reparto desequilibrado de la riqueza y de la pobreza, así como por el aumento de los desfavorecidos. A pesar del cambio político en el Elíseo, el autor considera que Mitterrand puede luchar contra el malestar social de la crisis trabajando contra el desempleo y contra las diferencias entre salarios y precios, pero no podrá llegar más lejos de lo que ha ido la socialdemocracia alemana o el laborismo británico, por lo que el autor considera que Mitterrand podrá realizar una transformación importante, pero no una revolución. El autor piensa que el ascenso del socialista Mitterrand al poder en Francia, con una España gobernada por la Unión de Centro Democrático, podrá enfriar las relaciones entre los Estados vecinos, ya que, en los temas que conciernen a ambos - la persecución francesa al terrorismo de ETA y la adhesión española al Mercado Común - no se prevén cambios, al ser considerados por Francia de carácter nacional. Fuente: Eduardo Haro Tecglen, “Mitterrand, Europa, España”, en Triunfo, núm. 8, año XXXV, 01.06.1981, páginas 5658. Disponible en: http://www.triunfodigital.com/mostradorn.php?a%F1o=XXXV&num=8&imagen=56&fecha=198106-01 . Copyright: (c) Triunfo Digital URL: http://www.cvce.eu/obj/mitterrand_europa_espana_en_triunfo_1_junio_1981-es-6bcad407-b520-4a3e-be1caffa5fa91380.html Publication date: 20/02/2014 1/3 20/02/2014 L MITTERRAND, EUROPA, ESPAÑA EDUARDO HARO A entrada d e Mitte- rrand e n el Elíseo lia p r o d u c i d a u n a cierta conmociónen el m u n do. Rompe algunas tendencias políticas q u e L stal¡.-.i i e n cuna. TECGLEN l e a , de coraza defensiva, para i m p e d i r q u e l o t o m a s e la o p o s i c i ó n , L o h a t o mado, y ahora puede tttilizar esa m i s m a f o r t a l e z a c o n t r a q u i e n e s la c o t t s iruyeron, E s decir, un m u y largo e n el poder puede construirse tiempo. U n a d e e l l a s e s La ootinuidad presión conservadora d e ves recolectando d« poder en los ú l t i m o s Tliatclser e n G r a n en puestos Bretaña o d e Portugal, e l acoso en difícil Alemania sido d e la precursora de una pio fensas ofensiva, m i e d o a l ,. :,• u las la típica ofensiva del vísperas electorales, )• a ú n s e h a pralongadn, ya d e otra manera, des- p u é s d e la elección d e M i t t e r r a n d ; f u - f as d e c a p i t a l e s , a m e n a z a s la Boba, franco, pérdida de valor del lógica fue acusada de crear una murepuh lira na: -F,i hombre I J I . V ser rey -título de portada det O''I:Ti'llfi 11 r - í í ka encontrado heredero que no esperaba. E s todavía •• acometímiento p a r a saber si este politicu es un hecho se irata d e s i m p l e s acciones d e represa- c i p i o d e u n c a m b i o 4le s i t u a c i ó n Lia o v e n g a n z a , o d e c o n t r i b u i r a h a c e r ral. i n g o b e r n a b l e e l p a í s — l o q u e a q u i [Ja- n i r s e a s i : la g r a n c r i s i s e c o n ó m i c a q u e mamos consideramos L a situación consecuencia del ;ni' s o r p r e n d i ó a u n a E u r o p a q u e se creía les p a r a l a A s a m b l e a , q u e e n e l c a m i n o d e consolidar u n a situay bienestar d e la defi- baüt importante: las elecciones g e n e r a - La i n t e n c i ó n d e c r e a r u n a c i ó n del cosió gene- puede metilo • 11 •: .L :.• t . c o n fehril general i a c i ó n » — sino p o r q u e a ú n q u e d a u n a Miuemnd nuación del cnfrcnlamiemo función sociales, apunte nante un presidente y u n parlamento adversa. Señalemos mía muy 56 ate- d e clases d e u n a sociedad del c o n tnajraría o c i o — ; la nueva burguesía creada p o r mis, y esa época ha tratado d e defenderse, d e rotura i m p o r t a n t e : el p o d e r e n estaba gober- energía —consu mismo, nuera mayoría y tratar de evitar la d u entre construido e n forma fronda de fona- interior en el q u e u n a económica de cada pais d e ción d e loscomunismos. L a n u e v a g u e r r a fría t e n d r í a p o r o b j e t o d e s v i a r h a c i a la U R S S e l p r o b l e m a e s e n c i a l d e los d e s a f í o s d e l t e r c e r m u n d o y d e la c a restía d e las materias primas, no desdasarse, produciendo u n a poli- tica d e d e r e c h a s . P e r o la crisis h a c o n - tomo base d e u n a n u e v a tensión d e g u e r r a y, por tanto, d e c o n s e r v a d u r i s m o a t j p i c o O s i , p o r e l c o n t r a r i o , es e l p r i n - «dcsestabili- supranacionales. la m i e n t o c o n la U R S S y la d e s c a l i f i c a - Giicard narquia qutria NtrUvt! con el d e la d e r e c h a , S o b r e i o d o , p o r q u e n o ya h a b i t u a l m c n t c o q u e l a a c t u a l , se c a n a l i z ó p o r e l é n t r e n - de cierres Es u n a acción clásica y q u e sallarse occidente y de su conjunto, más grave e empresas y despido* e n masa, caída de tendría superiores, jímudón 01 n i y a lo desconocidos, en 1 respuesta. respuesta cir el esquema clase d e acciones c a p a i de anularlo p o r tima I ' r a n c i a la e l e c - fuera ya u n p r i n c i - I J I n u e v a g u e r r a fría trata d e r e p r o d u - con- 11¡ 1 h 1111•-:• u n a Ú l - \ piiEireza, e s l e a u - d o m i n a n t e e n e l i n t e r i o r , sino otras d e - d e n a a La I z q u i e r d a q u e li j : l . • s u j j o i i e r Ha ocurrir — e s n o s o l o e l rimú r o n d e h i e r r o d e la c l a s e r o t u r a p s i c o l ó g i c a d e a l g u n a i m p o r t a ri- medio. de Esta v a l o r e s d e m o c r á t i c o s . H a y t a m b i é n :.n .1 cualquier a las el abismo d e Podría país t a n sensible a u n » tam- 1 •::. 1 d i s p r a r proceden. ción d e Mituiraiid constitución c o n s e r v a d Lirismo r e d u c t o r d e a l g u n o s su triunfo despenando provocando ya u n a reacción: y e n u n bién e n u n período de vcimrés afioi d e que privi- una reaparición m e n t o d e ios desfavorecidos, estuviera habla de supuesta inevitablemente librado de riqueza presidencialista; y la aparición d e Mit- c i a l la d e l a e s p e c i e d i s m i n u i r l o s d a ñ o s e n l a s clases g u r a c i ó n , este n u e v o r e p a r t o d e s e q u i - dere- terrand es, p o r tanto, u n a rotura clases d e s f a v o r e c i d a s p o r la situación y u n a s u p o s i c i ó n — q u e esta n u e v a c o n f i - al socia- Francia nxditlas e c o n ó m i c a s q u e p u d i e r a n sujetar a las donde años: iodaldcmocracia Federal, defensivo n e s d e la d e m o c r a c i a y u n a s nuevas burguesías hada l i s m o e n los p i s e s e s c a n d i n a v o s , l a s i tuación conservadores su carácter e n el i n t e r i o r m e d i a n t e u n a s l i m i t a c i o - va cla- Reagan E s t a d o * U n i d o s , la c o a l i c i ó n chista acentuado d e l o s p r o b l e m a s d e c l a s e s ; <¡ e l p r o c e s ó s o b r e la o p i n i ó n algunos lian legiadas. E s t o supone una pública e n e l m u n d o occidental q u e ha ido 1 i nuii r i o . L o s g o b i e r n o s El co- m u n i s m o francés, saliéndose d e las b a ses m o d e l a d a s d e l e u r o c o r t i u n i i m o — y p e r d i e n d o e n el c a m i n o muchos d e .sus aiiliados y votantes, u n a g r a n parte d e sus intelectuales— forma d e desafio, ha aceptado esa hrnece u n a política insensata, p u e s t o q u e se ha a i s l a d o , y el 1 5 p o r 11)0 d e v o t o s a M a r c h á i s e n e l p r i m e r t u r n o e l e c t o r a l d e las p r e s i d e n tiales indica * u p e r d i d a d e peso. P u e d e obedecer a otro c á l c u l o : el d e q u e l a crisis s e v a a c e n l u a r m a s y m á s e n l o s a ñ o s v e n i d e r o s , la g u e r r a d e c l a s e s v a a tomar perfiles m i s dramáticos, y e n - tonces el P C F va a ser e l único orgánico capaz partido de recoger ese males- t a n e n e l s u p u e s t o d e q u e los s o c i a l i s t a s san a trabajar moderadamente e n 10- Junio 1981 triunfa 2/3 20/02/2014 En lo puerta dt su taso, el dio ¡ic elección: lm gtitíti dti berña fueren ¡as primeras tn saludar a Miiti'rraxd tomo HMM prttidttMe, dos los aspee ios. E s u n riesgo que co- rrí. E • li'l'.i: I'.'.I. q u e M 1 1 1 1 , : , .i i i y e l P S F relictas crecientes entre j á l a n o s y p r e - cios; pero t i e n e q u e h a c e r l o con d a d o d e 110 d e s t r u i r u n a cui- fórmula eco- l i o a l c a n z a n el poetar e n p l e n o dii.fi m e n ó m i c a q u e se l i a e r e n d o e n i n d o s e s t o s LIC MI i í l e p l p g f a , d e s u |Ü JL. a m a )• d e últimos .11; i a p i r i i L i d [le a r c i ú n . de- Francia c o m a c i país q u e desafia a los capitalista q u e E s t a d a s U n i d o s c t i estos m o m e n i o j e n fensiva de) g r a n rístema coraza i r n i d u de l m Listados L! nietas ikü e s d e las q i a - p u e d e n i limarse. E l C".• :•: 11 •.:•:. e l T r a t a d o ¡ I - ' ! —Frauda la CtOIUlt t son Reagan. —por una i . ' . i q u e política m c n l e d e fllTlllillilfi O- f r a n c é s y efe c a p i t a l m u Itinacíonales irreversibles: cxiensas, ;i| menos, i•.:! 1 •. 1 - son socialista n o puede llegar y Scliniidt francés Bretaña, v a , probablemente, a d e p u r a r e l país d e u n a clase política d o m i n a r i l e q u e ta h a o c u p a d o durante veintitrés, ailos, a ¡nsijurar democrático, abierta., l ' u e d e un u n a sociedad ctiilo más rracíí- u n a t r a n s f o r m a - ciún Ini p o r t a n t e , pero n o una revolu- í ; i o n — 1 1 : •• .11.. 1 :• i . ¡ e v l ú e n S U .11 J i ; 1 1 • ; — . - T i e n e , « o sí, q u e l u c h a r rápidamente c o n i n i la t u r m a d e m a l e o l a r s u c i a ! d e La crisLs; c o n l T í el paro, contra las d i f e - modalidad Unidos, el En Ciscand presidente hacer a l g u n o s cs- fuer/cKs e l e c t o r a l e s lucia la —no izquierda le tai 11 s e r v i d o — , e l j e f e d e l g o - E lñ u a l e m á n t e i ü a q u e h a c e r l o s h a c i a J3 d e r e c h a , i W i a n e n t e n d e r s e . E l d i á logo Mitlcrnind-Schitiidí : laboristas la era eurióio: tenía a qü¿ ta - :•. : *• ; i : 1 . • . ert A l e m a n i a = " •_- •" •. - - m u c h a r a l , a d e l o q u e l l e g a r o n l. - ¡ryüojir s u m e d i d a , ta e s t a b a l u c i e n d o i • •. - =: 11 • - = • •. i • -.I• --- 1 i r . lejos d e lo q u e h a l l e g a d o a siii salirse d e l m u n d o d e Estados hechos J u m o pticde n o acepte presidente litis- si por vocación— comcrvactai-a cu en Gr¿n Pero i n a d ¡ación, de occidente sí !:i i m p l a n t a c i ó n mucho de plantear e n pleno d e s a r r o l l o el g r u p o al pero para u n a sola n a c i ó n . Ciertas e s t r u c t u ras que N o puede el sideina uiouctariii inlernu- nes c u territorio francés - nr> p e r l e u e c e i n i l i t a r u i e n i e a O T A N , [Mielo— Merecido ¡ I . : ' . : I k o T --•:I I:• años. mayor entidad, puede fil icner triunfo de atlanu¿iHO, su negación ;L l o q u e S U " p o n e la U k S S — * n m u c h o * ¡jeores e n e m i g o s d e l c o m u n i s m o , esperi a h n e u t c d e l soviético-*- p u e d e n | j o - n e r g r a v e s o b s h i c u l o s a la Estados Unidos p r e s u p u e s t o s m i l i t a r e s , e n la n u e l c a r i zación, e n u n impulso hacia Jas nego- ciaciones de d e s a r m e : e n su furnia d e tratar al Tercer Mundo T o d o ello implica u n a política m u yp o s i t i v a , y q u i e n s a b e si a la l a r g a — d e n tro d e cuatro a ñ o s — al regreso d e l part i d o : ! • : • : : ! . • 1 — c o n a l g u i e n mis i n t e ligente que Cárter— :i La sit u n c i ó n todo este de España contexto es COrUcníidór ¡x>r p r e s i o n e s « ¡ t i e r i o r e s puede ayudar n tos l a b o r i s t a s va p e r d i e n d o ingleses fu*r¿H en el Hilado* ilerurn ya de auoinaüi; p u e d e l l e g a r íi t e r l o m a t , E n E-spaña e l gue —Thaichcr IOH Unidos. eledctnil, sino -pariFuiaa*; (con el que M i t i e r r a n d tiene lazos m u y estrechos). icflejo tas Rea- gan: e n cuestiones d e c r c c i m i c m o d e e n A l e m a n i a F e d e r a ) , s o b r e t u d o si s i a politica.de q u e representa M i tierra nd p u e d e íni pulsar a S c h m i d t respondiendo móntenlos d e l a lii.i l o r i a tas socin l u l a s h a n s i d o l o s públ>ca, n o es jjrecisamente q u e se va acentuando a la o[>inión E n los m o m e n t o s e n q u e la o p i n t a n p ú b l i c a h a d a d o la m a y o r í a r e - p a í s , a u n q u e l a v e r d a d e s q u e leti; l a b o - laiiva a Í J C D ristas están a m e n a z a d o s n e a m e n t e c o n v o t a c i o n e s reí e n c a d a r í a s p o r las j e r e - to l i a I r e c h o c a s i s i m u l t á - aiortes— y hacer q u e se r e c u p e r e n los c|ue a s e g u r a b a n s u d e c i s i ó n socialismo tica llegar a nórdicos. formarse Es decir, puede —seguimos ctouiru y su deseo d e barrer democráel antiguo r é g i m e n , L a n u e v a b u r g u e s í a tenfa m á s de'la hipótesis— una Europa de mayo- q u e t e m e r d e la d i c t a d u r a y d e s u r e - A ría g r e s o q u e d e las f o r m a s d e l i b e r t a d q u e ~ socialista. Sin perder nutvea su triunfo 5 7 1981 3/3 20/02/2014