BAINHA - PerSe

Transcripción

BAINHA - PerSe
Lúcia Elisa Garcia Machado
saladecostura
BAINHA
ABERTA
Apostila-livro 1 – Técnica de Bordado a fios tirados e contados
2012
Esse foi um trabalho de pesquisa e autoaprendizagem que eu dedico a memória das
desbravadoras mulheres de todas as épocas, que com suas habilidades manuais nos
legaram verdadeiras obras primas.
A intenção ao escrever essa apostila-livro é não deixar morrer uma técnica pouco
conhecida e incentivar as mulheres contemporâneas ao luxo do ócio saudável.
Porto Alegre, outubro de 2012.
http://saladecosturaluciagm.blogspot.com
Sumário
BAINHAS ABERTAS INTRODUÇÃO ...................................................................................................5
THÈRÉSE DE DILLMONT ..................................................................................................................6
TECIDOS .........................................................................................................................................7
TRAMA.......................................................................................................................................7
URDIDURA OU URDUME ............................................................................................................7
LINHAS...........................................................................................................................................8
ACESSÓRIOS...................................................................................................................................8
1.
Bastidor..............................................................................................................................8
2.
Tesourinha .........................................................................................................................9
3.
Desmanchador de Costura .................................................................................................9
4.
Pinça ..................................................................................................................................9
5.
Fita Métrica ........................................................................................................................9
6.
Agulhas ..............................................................................................................................9
INSTRUÇÕES BÁSICAS .................................................................................................................. 10
1.
Preparando o tecido ......................................................................................................... 10
2.
Usando o Bastidor ............................................................................................................ 10
3.
Preparando o tecido ......................................................................................................... 11
4.
Usando o Bastidor ............................................................................................................ 11
CORTANDO, RETIRANDO E ARREMATANDO OS FIOS .................................................................... 12
OS PONTOS .................................................................................................................................. 14
PONTO RETO ............................................................................................................................ 14
BAINHAS ABERTAS ....................................................................................................................... 17
1.
Bainha Simples ................................................................................................................. 17
2.
Bainha Simples prendendo uma bainha virada pelo direito ............................................... 19
3.
Bainha Simples prendendo uma bainha virada pelo avesso .............................................. 21
4.
Bainha Simples Enrolada .................................................................................................. 23
5.
Bainha Escada .................................................................................................................. 25
6.
Bainha Serpentina ............................................................................................................ 27
7.
Bainha Quadrada.............................................................................................................. 29
8.
Bainha Cruzada pelo avesso.............................................................................................. 32
9.
Bainha Cruzada pelo direito.............................................................................................. 34
10.
Bainha Fantasia 1.......................................................................................................... 36
11.
Bainha Fantasia 2.......................................................................................................... 40
12.
Bainha Ponto Russo ...................................................................................................... 42
13.
Bainha Casa de Abelha.................................................................................................. 44
14.
Bainha Coração da Vitória ............................................................................................. 47
15.
Bainha Ponto Corrente ................................................................................................. 48
16.
Bainha Elos Paralelos ................................................................................................... 50
17.
Bainha Eletro-Mix ......................................................................................................... 52
18.
Bainha Ponto Aresta ..................................................................................................... 56
19.
Bainha Ponto Espiga ..................................................................................................... 58
20.
Bainha Ponto Vandyke .................................................................................................. 61
Nota ............................................................................................................................................ 63
saladecosturaluciagm............................................................................................................... 63
Conclusão do Primeiro Livro......................................................................................................... 63
Sampler ....................................................................................................................................... 64
Instruções ................................................................................................................................ 65
Gráficos ................................................................................................................................... 66
Esquemas................................................................................................................................. 67
BAINHAS ABERTAS INTRODUÇÃO
A Bainha Aberta como é conhecidas aqui no Brasil, recebe nomes distintos pelo mundo a
fora, na Espanha são chamadas de Vainicas, na Itália são conhecidas por Sfilatures e nos
Estados Unidos encontrei com as denominações de “drawn thread work” e “open-work”.
Um vasto arquivo com o trabalho de Thèrése de Dillmont pela DMC publicado em 1884
esta a disposição no site: http://encyclopediaofneedlework.com/index.htm.
As bainhas abertas de forma geral é uma arte em bordado que trabalha a partir de pontos
simples, o que não significa fácil, ao contrário, requer antes de tudo o exercício repetido
de pontos básicos e simples, a fim de criar ou desenvolver na bordadeira a habilidade
com as agulhas, produzindo com a repetição pontos cada vez mais regulares e perfeitos.
Essa técnica se mistura perfeitamente a outras técnicas, como o Ponto Cruz, o Hardanger,
o bordado livre e outras. Serve perfeitamente para decorar toalhas de mão, de mesa,
almofadas, cortinas e roupas de vestuário, e onde sua imaginação sugerir um detalhe.
A Bainha Aberta é uma técnica a fios contados, ou seja, tal como o Ponto Cruz e o
Hardanger é uma técnica que se caracteriza pela retirada de fios da trama 1 e ou da
urdidura2 do tecido, podendo ser retirados de um a vários fios.
Após a retirada desses fios será executado o trabalho de bordado, reconstruindo a trama
de forma decorativa.
1
Trama: Fios transversais (horizontal) aos fios da urdidura num tecido. Fios que formam a largura de um
tecido.
2
Urdidura: Fios que correm no comprimento do tecido. Fios que correm paralelos a aurela de um tecido.
Uma associação que se pode fazer quanto as Bainhas Abertas é com as Rendas Tenerife e
Reticella.
Em termos de execução existem dois tipos de desfiamento do tecido, um deles quando se
retira um fio ou mais ao longo da linha da trama, onde se diz: “fio tirado”.
A segunda forma de desfiamento é dentro de um quadrado, quando retiramos tanto os
fios da trama quanto da urdidura. É nesse “vazio” que se formará a nova trama e o
bordado será criado, dizemos: “fio cortado”.
Para que os bordados fiquem bem elaborados, regulares e com nítido desenho é
importante que o tecido seja composto por trama e urdidura com mesma e igual
espessura de fio, e que seja distribuído de forma regular em toda extensão. Nesse caso,
embora a Étamine possa ser utilizada não é o mais adequado. Adiante falaremos sobre os
tecidos.
Essa técnica na sua forma mais clássica se apresenta em branco, ou seja, é clássico,
estiloso e chique esse bordado ser executado com linha branca e em tecido também
branco. Mas nada impede que se use um tom sobre tom e até mesmo o colorido estilo
brasileiro, sempre dando ênfase ao bom gosto e ao refinamento.
THÈRÉSE DE DILLMONT
Thèrése de Dillmont (1846-1890) foi uma dedicada e habilidosa bordadeira e costureira. Escreveu
diversos livros ensinando bordado e costura abrangendo uma vasta área desse conhecimento.
Entre tantos livros também é dela a “The Encyclopedia of Needlework” (1884). Grande parte
desses livros foram publicados pela DMC onde Thèrése trabalhou por longos anos.
Basicamente vou seguir o livro de Drawn Thered Work, também escrito por Thèrése de Dillmont,
que traduzindo de forma a melhor compreensão em nossa língua, significa: “Trabalho a fios
tirados”.
Porém não faço a tradução literal do livro porque entendo não se faz necessário, aqui importa
passar o conhecimento da técnica em si e ensinar como se faz.
Observando que já descrevi os primeiros passos, cabe a partir daqui que nos lancemos a fazer as
bainhas.
CURISOSIDADE
DMC é uma sigla conhecidíssima mundialmente como marca de linhas de bordar e é a
combinação de dois nomes: “D” de Daniel Dollfus, um dos fundadores da empresa; “M” de Mieg
(Anne-Marie Mieg) esposa de Dollfus e o “C” é a inicial de companhia (Cia.), então: DMC – DollfusMieg&Cia.
TECIDOS
Tecidos é o produto da tecelagem, que é o processo de trama, entrelaçamento de fios de Trama e
Urdume ou Urdidura.
TRAMA
São os fios transversais (horizontais) que dão a largura de um tecido.
URDIDURA OU URDUME
São fios longitudinais (verticais) que formam o comprimento de um tecido.
As laterais do tecido que forma a largura têm normalmente uma trama bem compacta que leva o
nome corriqueiro de aurela.
Dê-se preferência aos tecidos de algodão que permitam contarem-se os fios.
As Étamines não são apropriadas por apresentarem uma trama em padrão quadrado, o que para
determinados desenhos de Bainhas não se adapta.
O Linho é o clássico pela elegância, mas aqui no Brasil de difícil aquisição.
O Cânhamo fino é o mais popular aqui no Brasil e adequado a confecção das Bainhas pela
facilidade na contagem dos fios. Excelente para confecção de toalhas de mesa, caminhos de
mesa, capas de almofadas, jogos americanos e etc.
O tecido de algodão comum chamado por ”tecido de sacaria” ou “pano de saco”, quando de boa
qualidade, cuja estrutura seja firme, fios de iguais espessuras e com trama regular também são
apropriados à confecção de belas toalhas de lavabo, panos de prato, toalhas de rosto e etc.
LINHAS
A linha deve ser escolhida com bastante critério, pois deve ser compatível com os fios que
formam o tecido, especialmente quanto à espessura.
Dê preferência às linhas de algodão cujos cabos são bem enrolados, firmes e resistentes.
Linhas usadas no Hardanger ou Crochê servem perfeitamente à técnica.
ACESSÓRIOS
1. Bastidor
É uma estrutura onde podemos fixar o tecido, é uma ferramenta importante
que desde logo se deve aprender a usar.
Como uso do bastidor obtém-se um resultado bem melhor, fixando o tecido de
forma uniforme permite que o bordado tenha os pontos firmes e regulares em
toda extensão.
Essa ferramenta existe em material plástico e em madeira, com regulagens e sem regulagens.
Sugiro os de madeira com regulagem por oferecerem melhor fixação.
Os tamanhos variam de 10 a 30 cm e são formados por dois aros um dentro do outro,
removíveis.
2. Tesourinha
Ferramenta indispensável a essa técnica, dê preferência àquelas de
pontas finas e bem afiadas.
3. Desmanchador de Costura
É um aparelhinho usado para abrir casas para botões, serve como
desmanchador de costuras e nas bainhas abertas será útil para
desfiamento.
4. Pinça
Uma pinça comum dessas para tirar sobrancelha serve perfeitamente, vamos
usar para ajudar a retirar os fios tirados e os fios cortados.
5. Fita Métrica
Indispensável. Escolha a vontade diante da variedade que existe. Invista
naquela que você melhor visualize os números, existem com marcação em
centímetros e em polegadas.
6. Agulhas
Nessa técnica usamos agulhas sem pontas, as mesmas usadas para o Ponto
Cruz e para o Hardanger.
Escolha o tamanho da agulha de acordo com a espessura do fio, tanto do
tecido quanto da linha usada.
Comercialmente quanto maior o número da agulha menor é sua espessura, ou seja, mais fina
ela é.
INSTRUÇÕES BÁSICAS
1. Preparando o tecido
Escolha um gráfico para iniciar seu trabalho, estude-o, conte o número de fios dispensável ao
intervalo de repetições.
Corte o tecido num tamanho suficiente para conter toda a Bainha que será bordada mais os
acabamentos e mais o tanto necessário para acomodar entre os aros do bastidor.
Ache o centro do tecido e marque usando uma linha de cor diferente da usada para o
bordado.
Conte o número de fios, seguindo o gráfico e marque o início e o fim da carreira.
Em Bainhas Abertas é importante levar em consideração o desenho, os grupos de
amarrações3 e a quantidade desses grupos. Quando falarmos de desenhos e gráficos veremos
isso detalhadamente.
Levar em conta também, se o trabalho será executado em toda a extensão de uma largura ou
se apenas um pequeno trecho de uma barra. Nesse caso, veremos adiante, especificamente
sobre arremates.
2. Usando o Bastidor
A escolha do tamanho do bastidor poderá ser ou não proporcional ao seu trabalho, aqui você
poderá escolher aquele que melhor deixe você a vontade para execução do mesmo.
Mesmo em trabalhos grandes podemos usar bastidores pequenos, o inconveniente sempre
será o fato de que teremos vez ou outra, tirar o tecido dos aros e recolocar para seguir o
bordado.
De qualquer forma isso sempre irá ocorrer quando tivermos um trabalho bem grande que
envolva, por exemplo, uma toalha de mesa.
Depois de ter feito as marcações básicas quanto a inicio, meio e fim da barra de Bainha
Aberta, estenda o tecido sobre o aro menor e interno do bastidor, sobre o tecido coloque o
aro externo, com a ajuda da regulagem afrouxe ou aperte os parafusos e vá ajustando o
tecido, até que fique bem esticado e firme, mostrando pouca ou nenhuma frouxura.
3
Amarrações são grupos que se formam ao juntarmos vários fios.
A habilidade com o uso do bastidor virá com o tempo, especificamente no caso das Bainhas
Abertas ele é indispensável e praticamente se trabalha pelo lado direito.
O desconforto em relação ao bastidor se deve ao fato de alguns movimentos de ir e vir da
agulha do avesso para o direito e vice-versa exigir o soltar da agulha pelo direito ou avesso e
pega-la do outro lado, o que em algumas técnicas fica menos evidente.
3. Preparando o tecido
Escolha um gráfico para iniciar seu trabalho, estude-o, conte o número de fios dispensável ao
intervalo de repetições.
Corte o tecido num tamanho suficiente para conter toda a Bainha que será bordada mais os
acabamentos e mais o tanto necessário para acomodar entre os aros do bastidor.
Ache o centro do tecido e marque usando uma linha de cor diferente da usada para o
bordado.
Conte o número de fios, seguindo o gráfico e marque o início e o fim da carreira.
Em Bainhas Abertas é importante levar em consideração o desenho, os grupos de
amarrações4 e a quantidade desses grupos. Quando falarmos de desenhos e gráficos veremos
isso detalhadamente.
Levar em conta também, se o trabalho será executado em toda a extensão de uma largura ou
se apenas um pequeno trecho de uma barra. Nesse caso, veremos adiante, especificamente
sobre arremates.
4. Usando o Bastidor
A escolha do tamanho do bastidor poderá ser ou não proporcional ao seu trabalho, aqui você
poderá escolher aquele que melhor deixe você a vontade para execução do mesmo.
Mesmo em trabalhos grandes podemos usar bastidores pequenos, o inconveniente sempre
será o fato de que teremos vez ou outra, tirar o tecido dos aros e recolocar para seguir o
bordado.
De qualquer forma isso sempre irá ocorrer quando tivermos um trabalho bem grande que
envolva, por exemplo, uma toalha de mesa.
4
Amarrações são grupos que se formam ao juntarmos vários fios.
Depois de ter feito as marcações básicas quanto a inicio, meio e fim da barra de Bainha
Aberta, estenda o tecido sobre o aro menor e interno do bastidor, sobre o tecido coloque o
aro externo, com a ajuda da regulagem afrouxe ou aperte os parafusos e vá ajustando o
tecido, até que fique bem esticado e firme, mostrando pouca ou nenhuma frouxura.
A habilidade com o uso do bastidor virá com o tempo, especificamente no caso das Bainhas
Abertas ele é indispensável e praticamente se trabalha pelo lado direito.
O desconforto em relação ao bastidor se deve ao fato de alguns movimentos de ir e vir da
agulha do avesso para o direito e vice-versa exigir o soltar da agulha pelo direito ou avesso e
pega-la do outro lado, o que em algumas técnicas fica menos evidente.
CORTANDO, RETIRANDO E ARREMATANDO OS FIOS
Diante do gráfico que escolhermos teremos uma visão da largura5 da Bainha, da quantidade de
fios que vamos usar para executar o bordado no sentido vertical; se iremos tirar somente fios da
trama ou se iremos tirar fios da urdidura.
Vamos partir de um exemplo de Bainha simples com pontos básicos.
Vamos deixar 2 cm de cada lado para as bainhas de arremate, feita as marcações de meio, início e
fim, vamos cortar os fios partindo no meio do trabalho e levar em consideração nessa explicação
que se trata de uma Bainha em forma de barra onde tiraremos 4 fio da trama ao longo da barra.
Vejamos a seguinte foto:
Cortar o fio partindo do centro; destrama-lo cuidadosamente, usando o desmanchador de
costuras ou a própria agulha, do centro para as bordas sem rebentar o fio do tecido até chegar à
marcação de início, vamos fazer isso com todos os 4 fios e passá-los para o avesso.
5
Largura: se refere a quantidade de fios que necessita ser retirado no sentido horizontal (na trama) ou da
urdidura (vertical).
Usando a agulha vamos enfiar o fio do tecido nela e
retramar esse fio nos fios da carreira por entre os fios da
própria trama do tecido em direção as bordas por 1 cm e
então corte o que sobrar.
Essa é uma das formas de arremate estilo cerzido, dessa forma
garantimos que a carreira não perderá sua estrutura.
Porém se caso optássemos por fazer apenas um detalhe pequeno no centro de uma barra:
Nesses casos não ficaria bonito o retramado dos fios do tecido bem no meio da barra, então
utilizamos os pontos retos formando uma fina linha de pontos cetim, seja no começo, ou no fim
da barra e também no caso de um quadro em todo o entorno, após isso pode cortar os fios do
interno.
Se somente uma pequena barra – vamos cortar somente os fios da trama e retira-los.
Se um quadrado – cortamos trama e urdidura.
Vejamos como fazer.
OS PONTOS
PONTO RETO
O Ponto Reto é um ponto simples usado em vários momentos de qualquer técnica de bordado.
Comumente usado e básico no Hardanger e aqui nas Bainhas Abertas também.
Especificamente para as Bainhas Abertas esse ponto será útil nos arremates de bordas onde se
cortam os fios do tecido, sejam eles da trama ou da urdidura.
É um ponto básico, vejamos como fazer:



A princípio em bordado algum se usa o nó na ponta linha, mas sim passamos o fio
por entre a trama, é assim que vamos começar o Ponto Reto também.
Para o exemplo abaixo é quando estamos fazendo uma bainha sem retirada de
fios da urdidura, mas com corte de fios da trama.
No exemplo a barrinha vai ficar bem centralizada no tecido e não irá ser
executada em toda a largura do trabalho.
1º - Vamos fazer as marcações de meio, inicio e fim;
2º - Vamos determinar a largura de nossa Bainha: 1 cm(
mais/menos 8 fios de trama);
3º - Passando o fio de linha com que vamos trabalhar
entre os fios da trama, de baixo para cima iniciamos o
Ponto Reto enfiando a agulha de tal forma que a linha de
marcação fique para dentro.
Chegando ao ponto máximo da largura de nossa bainha (8 fios) enfiamos a agulha
entre os fios a esquerda trazendo para o direito, enfiando a agulha 2 fios para a
direita e saindo diagonalmente entre os fios seguinte e abaixo temos o 1ª ponto
reto.
Acompanhando a sequencia das fotos vemos os
pontos retos um a um e sucessivamente até
completar 8 fios, no final vamos levar agulha e
linha para o avesso e arrematar passando a
agulha por entre os fios da linha e em seguida
cortar o fio.
Repetir na outra ponta da barrinha.
Feito o procedimento anterior e usando a tesourinha de ponta bem afiada podemos cortar os fios
bem rentes aos pontos retos; serão cortados 7 fios (8 fios são de pontos retos e 7 os fios
cortados), vamos cortar também do lado oposto e então retirar os fios um a um.
Retiramos os fios que formam a trama entre os dois pontos
que fixamos como início e fim da barrinha, deixando
intactos os fios da urdidura.
Até aqui vimos o básico do início de uma Bainha Aberta, condições mínimas necessárias para que
se tenha um bordado com uma boa apresentação e pontos regulares, firmes e bem definidos.
Nos modelos usei um tecido de cânhamo grosso para dar destaque as fibras do tecido, mas ao
darmos continuidade vamos usar o cânhamo fino e outros tecidos cujas fibras são mais finas e a
trama mais compacta.
O próximo capitulo vamos entrar no passo-a-passo das bainhas, iniciando pelas bem simples.
BAINHAS ABERTAS
1. Bainha Simples
A Bainha Simples é executada a partir do ponto básico ele é muito simples.
Usado para construir a base e formar os grupos 6 de fios em uma barra bordada.
Ele serve também para costurar uma bainha virada7, ao mesmo tempo em que forma a
bainha também decora através do bordado.
Vamos ao exercício.
A foto ao lado mostra um pedaço de tecido de
étamine grossa, estou usando esse tecido para
deixar bem evidente os fios.
Tirei 1 fio da trama e estou ensinando a iniciar o
bordado construindo a bainha simples pela
borda superior.
A agulha entra do avesso para o direito 3 fios
acima da linha de fio que foi retirado.
Puxamos a linha e a agulha para o
direito, contamos 3 fios para a direita,
na carreira de fios tirados, introduzimos
a agulha da direita para a esquerda e
saímos para o direito puxando a linha
afim de que ela junte os 3 fios numa
amarração formando um grupo.
Veja que iniciamos a esquerda do trabalho, mas a
agulha e linha vão formar o ponto, a amarração, da
direita para a esquerda, ou seja, a agulha entra da
direita para a esquerda.
Nessa sequência, voltamos sobre esse 3 fios, para a
direita e a introduzimos a agulha exatamente por
onde ela entrou, e vamos sair 3 fios acima,
perpendicularmente.
6
7
Grupos: são formados pelas amarrações, pontos básicos que juntam os fios da urdidura.
Bainha virada: é quando dobramos o tecido sobre si mesmo para darmos acabamento a uma peça.

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