Família o ideal de Deus para o ser humano

Transcripción

Família o ideal de Deus para o ser humano
ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 16/02/14
?????
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXIV
Edição 07
Domingo, 16.02.2014
R$ 3,20
Família o ideal de Deus
para o ser humano
Foi com o foco nesse tema que mais de 3 mil
mulheres cristãs se encontraram na cidade de João
Pessoa - “Porta do Sol” - no Estado da Paraíba, na
realização da 91ª Assembleia da União Feminina
Missionária Batista do Brasil (págs. 08 e 09).
João Pessoa, capital dos batistas brasileiros
Na última semana do mês de janeiro, 24 a 28, no Espaço Gospel da
PIB de João Pessoa, PB, aconteceu
a 94ª Assembleia da Convenção
Batista Brasileira. O local amplo se
tornou um grande ajuntamento do
povo de Deus chamado Batista, o
fórum da família batista brasileira;
a cidade do ex-presidente Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa, com
temperatura elevada mostrou-se
hospitaleira (págs. 12 e 13).
1
2
o jornal batista – domingo, 16/02/14
reflexão
EDITORIAL
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista
Brasileira. Semanário Confessional,
doutrinário, inspirativo e noticioso.
Fundado em 10.01.1901
INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189
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Theodoro Rodrigues Teixeira
(1925 a 1940);
Moisés Silveira (1940 a 1946);
Almir Gonçalves (1946 a 1964);
José dos Reis Pereira
(1964 a 1988);
Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e
Salovi Bernardo (1995 a 2002)
INTERINOS HISTÓRICOS
Zacarias Taylor (1904);
A.L. Dunstan (1907);
Salomão Ginsburg (1913 a 1914);
L.T. Hites (1921 a 1922); e
A.B. Christie (1923).
ARTE: Oliverartelucas
IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
N
esta edição do
Jornal Batista o
querido leitor encontrará na página 11 uma matéria a respeito
da Bíblia manuscrita. Se trata
da iniciativa do pastor Edgard
Barreto Antunes, da PIB de
Nova Iguaçu/RJ. Ele escreveu
a Bíblia toda a mão e exibiu
esse grande feito no estande
de Missões Mundiais na Assembleia da Convenção Batista Brasileira, realizada em
João Pessoa/PB, entre os dias
24 e 28 de janeiro. A ideia é
para incentivar a leitura da
bíblica e apoiar o projeto de
Missões Mundiais, Bíblias
para a Ásia. Talvez essa campanha deva se estender para
as famílias também.
O incentivo à leitura da Palavra de Deus deve começar
em casa. Famílias que tem o
hábito da leitura bíblica tem
mais chances de viver harmoniosamente. Isso porque
Implicações da
difusão cultural
• Este semanário denominacional, em sua edição
de 26 de janeiro de 2014,
revelou a proposta de criação
do Departamento de Arte,
Cultura e Lazer na estrutura
organizacional da Convenção Batista Brasileira, ao lado
dos existentes departamentos
de Ação Social, Educação Religiosa e Comunicação.
Imediatamente, percebi
algumas implicações; é necessário que seja esclarecida
a noção e a amplitude da
difusão cultural proposta.
Na Grécia (430 a.C.), era
explicada pela filosofia; em
Roma (27 a.C.), pelo direito;
durante a Renascença (séc.
XV e XVI), pela literatura
e pelas artes; na época do
Iluminismo (séc.XVIII), era
praticada pela ciência.
Em todas as épocas e em
todos os lugares, houve pessoas cultas e incultas; as que
queriam, e as que não se interessavam em obter valores
culturais; para o crente, os que
importam são os espirituais.
O conteúdo da cultura está
degradado, por isso muitos
acreditam que são cultos.
Os antropólogos foram os
primeiros estudiosos que
acreditaram que todos os
conglomerados humanos se
equivalem, que as culturas
são iguais. Os sociólogos
inventaram a cultura popular,
que se dá ao luxo de adotar o
mau gosto; mal concebida e
executada, mas “é do povo”.
Hoje, todos somos cultos,
quando aderimos à cultura
vivem sobre a orientação da
voz de Deus. Mas para isso
os pais precisam incentivar
os filhos nesta leitura. É difícil
para um filho seguir o que o
pai e a mãe mandam, mas
com o exemplo tudo fica
mais natural. Um filho que
sempre vê seus pais lendo a
Bíblia, vê neste hábito uma
ação normal e a segue naturalmente.
A consequência serão pais
que sabem respeitar e educar
Ca
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do “rock” ou à “cultura do
gospel”, dentro ou fora das
igrejas. Quem não sabe o
que é cultura diz: “A falta de
cultura também é cultura”.
A tecnologia não produz
cultura. Os avanços tecnológicos são devidos a especialistas em transportes, comunicações, saúde, engenharia,
alimentos etc., mas não a
pessoas cultas.
A noção de beleza numa
sociedade está prejudicada
pela errônea noção de cultura.
Que tipo de cultura será
difundido? Onde será difundido? A proposta não causou
estranheza, mas, certamente,
suscitará várias tomadas de
posição.
Para alguns cristãos, a cultura e a arte são essencialmente ateístas, pelo menos
mundanas; para outros, ateístas e idólatras; para outros,
ainda, estão à disposição da
Causa de Deus, sendo importantes ferramentas para
combater o Mal.
Há teólogos e antropólogos
que pensam estar a fé cristã
relacionada com a Cultura.
Alguns apontam para a oposição entre Cristianismo e
Cultura; outros lembram a
possibilidade de um acordo
entre Cristianismo e Cultura;
outros, ainda, só admitem
que o Cristianismo esteja acima dos interesses da Cultura;
outros, vivem o Cristianismo,
acomodado às necessidades
da vida cultural; neste caso
particular estão alguns artistas e intelectuais.
Os crentes, de maneira
categórica nos dois primeiros
séculos da Era Cristã, rejeitavam as exigências da Cultura
e das Artes (literatura, teatro,
dança, esportes, pintura, escultura etc.). A partir da Idade
Média, passaram a identificar
o Cristianismo com a Cultura.
As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos.
As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail ([email protected]), fax (0.21.2157-5557)
ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).
seus filhos, e por continuação
filhos que respeitam e escutam seus pais. É através da
Palavra de Deus que crianças crescem com sabedoria,
adolescentes entendem a importância do respeito, jovens
buscam a vontade de Deus e
adultos constroem uma vida
íntegra.
“Porque pela palavra de
Deus e pela oração é santificada” (I Timóteo 4.5).
(AP)
Mas também houve (ainda
há) quem não era radicalmente contrário à Cultura e
não acomodava o testemunho cristão à atividade profissional nas Artes e na Cultura
(H. Richard Niebuhr, Cristo
e Cultura. Rio de Janeiro:
Editora Civilização Brasileira,
1967).
A proposta gerou expectativas otimistas: inicialmente
por meio do Teatro de Bonecos (“puppet show”, que
lembra o exibido pelo missionário William Walters Enete,
“Tio Billy”, nas décadas de
30 a 60), depois promovendo
simpósios, clínicas, representações teatrais, exposições e
encontros de artistas. Esperamos que todas essas manifestações artísticas sejam de alto
nível técnico, realizadas com
seriedade e profissionalismo.
Há mais de 60 anos a coluna musical deste jornal
tem procurado incentivar
o cultivo da música erudita
pelos executantes e ouvintes.
O colunista nunca pretendeu
que os leitores de OJB se
tornassem exclusivos apreciadores da música sacra de
Johann Sebastian Bach. Mas
sempre almejou que evitassem a música religiosa espúria, improvisada e bisonha.
A banalização da melodia
medíocre e a rotinização do
repertório artificiais são causas da decadência da música
de igreja. Esta situação da
arte musical só poderá ser
remediada pelos músicos e
pelas pessoas que atuam em
outras áreas da Cultura.
Roberto Torres Hollanda
o jornal batista – domingo, 16/02/14
reflexão
3
GOTAS BÍBLICAS
NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ
Pastor, professor de Psicologia
Almir Luiz Gabardo
Membro da PIB Curitiba,
professor, diácono, tradutor,
escritor e palestrante do
Instituto Haggai
Q
uando lemos no
capítulo 6 do livro de Daniel a
respeito do rei
Dario tê-lo lançado na cova
dos leões, muitas situações
embaraçosas e sem respostas
passam pelas nossas cabeças.
Na verdade o profeta foi vítima da inveja dos auxiliares
do rei, que perceberam que
Daniel era mais competente
do que eles e que já estava
sendo cobiçado por Dario
para ser o seu braço direito
administrando todo o Reino
Medo-Persa. Nos dias atuais,
por causa da inveja, este
tipo de situação acontece
frequentemente com muitas
pessoas, mas com a única diferença que a cova dos leões
foi abolida.
Esta história de Daniel teve
um final feliz porque ele servia ao único Deus verdadeiro
que o livrou da boca dos leões fazendo com que a vida
do rei Dario também fosse
transformada. Como podemos trazer esta experiência
deste grande servo do Senhor
para a nossa vida prática? A
verdade, meu querido amigo, é que nós muitas vezes
também somos colocados
na cova dos leões ou nos
sentimos como se estivéssemos dentro de uma delas.
Isto acontece quando os problemas das nossas vidas são
tão grandes e aparentemente
insolúveis que achamos que
tudo está perdido e não há
mais soluções para as dificuldades que estamos enfrentando. Estamos em conflito com
o nosso cônjuge, com nossos
filhos, nossa conta bancária
está no vermelho, a promoção no trabalho que esperamos por vários anos nunca
chega, a artrose está tomando
conta dos nossos ossos e tantas outras situações que nos
estressam e tiram a nossa paz
constantemente.
Tudo está cinza em nossas
vidas e a luz no final do túnel
está cada vez mais difícil de
aparecer. Talvez para Daniel
tudo isto passasse pela sua
cabeça, afinal de contas, ele
seria lançado na cova dos
leões simplesmente por conversar com o seu Deus três
vezes ao dia. Uma tremenda
injustiça. Lembro que no
capítulo três do mesmo livro
de Daniel temos a história
de outras pessoas que foram
injustiçadas e lançadas na
fornalha a qual havia sido
aquecida sete vezes mais do
que se costumava fazer para
que eles derretessem dentro
dela. Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego estavam nesta
situação porque haviam se
recusado a adorarem os deuses de Nabucodonozor e a
estátua de ouro que ele havia
erguido. Saíram da fornalha
ilesos, sem nenhum fio de cabelo queimado para a honra
e glória do Deus verdadeiro
o qual serviam.
As injustiças, as perseguições, os desentendimentos,
as pressões sempre irão existir em nossas vidas e muitas
vezes nos sentiremos como
sendo arremessados para
dentro de uma fornalha ou
de uma cova de leões. Entretanto, deve ficar para cada
um de nós o exemplo destes
grandes servos do Senhor,
que demonstraram uma fé
inabalável no Deus que conheciam e que conversavam
diariamente, sabendo que
não estariam sozinhos e que
jamais seriam abandonados.
A nossa confiança em Deus,
nosso Pai, deveria chegar
pelo menos no tamanho de
um grão de mostarda para
que o cinza se torne claro e
a noite se transforme em dia.
Jesus nos disse que no mundo teríamos aflições, mas,
que tivéssemos bom ânimo.
O problema é que na maioria das vezes não colocamos
em prática este ensinamento
do nosso Mestre Jesus em
nossas vidas. Confiamos mais
nas nossas próprias iniciativas
do que nas soluções e nas saídas que Deus tem para cada
uma das nossas necessidades.
Pedro enquanto olhava para
Jesus caminhando sobre as
águas para chegar até onde
o Mestre se encontrava, não
teve nenhuma dificuldade.
Tudo estava sob controle e
ele só sentia as águas molharem a sola dos seus pés. A
partir do momento em que
começou a sentir medo e
olhou para baixo, tirando os
seus olhos do foco que era
Jesus, tudo se tornou difícil
e assustador. Ao olhar para
baixo, eu acredito que ele
começou a enxergar águas
vivas, caranguejos gigantes e
algumas espécies estranhas
de peixes que o deixaram
sem ação, atemorizado e
prestes a se afogar. É isto que
acontece conosco muitas
vezes.
Os problemas e as dificuldades pelas quais passamos
constantemente desviam o
nosso olhar do foco que é
Jesus e a aflição e a angústia
começam a tomar conta das
nossas vidas. Precisamos,
querido amigo, termos a
mesma fé que Daniel e seus
amigos tiveram quando foram lançados na fornalha
ardente e na cova dos leões e foram salvos, porque
confiavam no livramento
do Deus verdadeiro que
serviam e adoravam. Eu li
Deixar
pai e mãe
U
m dos textos mais
profundos e difíceis da Bíblia é
aquele que fala da
identidade pessoal do marido
e da esposa: “Por essa razão,
o homem deixará pai e mãe e
se unirá à sua mulher; e eles
se tornarão uma só carne”
(Gênesis 2.24).
Ninguém se torna pessoa
individual a partir do nada.
A realidade ensina que, para
responder adequadamente à
pergunta “quem sou eu agora?” sempre é necessário responder “quem eu tenho sido,
até agora?”. Um percentual
enorme de nossa personalidade constitui a contribuição
que nos foi dada por nossa
própria família.
Sabendo disso, a Bíblia
nos ensina que, após listar
justamente tudo aquilo que
recebemos de nossos pais,
nosso passo seguinte é: pois
bem, que farei com todas
essas coisas que recebi da
minha família? Passarei a
ser apenas um clone dos
meus pais? Ou, com coragem e bom senso, farei a
digestão subjetiva de tudo o
que recebi e procurarei dar
um “jeitão” pessoal a tudo
aquilo que herdei? A Escritura diz: “cada um dará conta
de si mesmo, a Deus”. A
responsabilidade de “deixar”
pai e mãe é nossa. Peçamos
sabedoria ao Senhor, para
construir nossa identidade
pessoal.
alguns dias atrás um adesivo
colocado em um carro que
parou à minha frente: Quem
tem Cristo não tem crise!
Infelizmente estas palavras
não expressam a realidade
e é na verdade um tipo de
“propaganda enganosa”.
Todos aqueles que tem
Cristo no coração passam
por crises e provações em
suas vidas, entretanto, a boa
notícia é que sabemos em
quem temos crido, que Ele
é o nosso refúgio e a nossa
fortaleza e o socorro bem
presente em nossa angústia.
O senhor é fiel e nunca nos
abandona. Ele está sempre
conosco e nos ama porque
Ele é o mesmo ontem, hoje
e eternamente. Engrandecido seja o Seu nome. Que o
Senhor te abençoe!
4
o jornal batista – domingo, 16/02/14
reflexão
PARÁBOLAS VIVAS
João Falcão Sobrinho
Cleverson Pereira do Valle
Pastor da PIB em Artur
Nogueira, SP
E
ste é o ano de Copa
do Mundo, e brasileiro é apaixonado por
bola. Aliás, não podemos esquecer que foram
os ingleses que inventaram
o futebol, só que jogar com
raça, garra e determinação é
coisa de brasileiro. O Brasil
vai sediar a Copa do Mundo
pela segunda vez, a primeira foi em 1950 a 64 anos
atrás. Naquele ano o Uruguai
sagrou-se campeão e deixou
os brasileiros tristes dentro
de um Maracanã lotado. Este
ano os brasileiros estão esperançosos, temos o técnico
campeão de 2002 e o auxiliar técnico que foi campeão
em 1994. Trata-se de Felipão
e Parreira. Além disso, temos
Pastor Abelardo Nogueira
IB em Campo Belo, SP
S
erá que os computadores haverão de
superar a mente humana?
“Um computador Macintosh (1984), possuía uma
memória 8,4 milhões de vezes menor, e um processador
rodava em frequência 163
milhões de vezes inferior
em relação ao iphone 5s, da
mesma Apple. Será que nos
próximos 30 anos as máquinas nos dominarão?” (Folha
de São Paulo, 03 fevereiro
2014).
Eu não espero que nos
próximos 30 anos sejamos
dominados pelas máquinas.
Já nos vejo, não dominados
por elas, mas dependentes
dela. Conversamos, opinamos, discutimos, mostramos
o Neymar, jogador que tem
brilhado no Barcelona na
Espanha.
Será que o Brasil vai levantar a taça? Em 2013 o Brasil
sagrou-se campeão da Copa
das Confederações em cima
da poderosa Espanha. Isso
encheu de orgulho os torcedores. Em junho vamos ver
se o favoritismo do Brasil se
confirma em campo, torcemos pelo nosso país, queremos ver levantar o sexto caneco. Mas independente de
o Brasil ser campeão ou não,
a vida continua. Precisamos
pensar na nossa vida diária.
Não podemos esquecer
que o pão de cada dia vem
com muito esforço, todos nós
precisamos trabalhar para
sustentar as nossas casas.
Não podemos ficar vendo o
tempo passar, é preciso agir
e dar sempre o melhor para
a nossa família. E quando
o assunto é espiritual, será
que levamos a sério? Talvez
a sua preocupação só esteja
nas coisas desta vida, mas e
a vida espiritual? Você tem
uma alma e ela vai passar a
eternidade onde? Já pensou
sobre isso? A Bíblia diz que
ao homem está ordenado
morrer uma só vez, vindo
depois disso o juízo. Então,
todos nós vamos morrer fisicamente e um dia teremos
que prestar contas diante de
Deus dos nossos atos.
Para passar a eternidade
toda no céu com Cristo é
preciso arrepender-se dos pecados e convidar Jesus Cristo
para ser Senhor e Salvador de
sua vida. Faça isso e viverá
eternamente, independente
do Brasil ser campeão ou não
este ano, Deus deseja a sua
vitória espiritual.
e apresentamos nossas conquistas, tudo fazemos pela
rede social. Não nos conhecemos, não nos abraçamos,
não apertamos a mão, estamos distantes de nossos familiares, parentes e amigos.
Não temos tempo suficiente
e adequado para brincar
com os filhos. Até mesmo
quando nos reunimos em família, cada um se apresenta
com o seu aparelho dando
acesso a mais alta tecnologia, e ficam apresentando
todas as novidades existentes neles.
Até onde iremos? Quando
é que haverá um retorno de
nossos relacionamentos semelhantes ao que tínhamos
no passado?
Bons tempos em que sentavamos na calçada e batíamos
papo com os vizinhos. Bons
tempos em que fazíamos
visitas uns aos outros e nem
era necessário agendar. Bons
tempos em que investíamos
em relacionamentos de qualidade. Bons tempos em que
aos domingos a família se
reunia à mesa com aquele
almoço e sobremesas apetitosas, as crianças brincavam,
os adultos conversavam com
seus celulares desligados,
porque não existiam, e no
final da tarde, após um bom
lanche, nos despedíamos.
É saudosismo? Pode ser,
mas é um santo saudosismo.
Sei que certas práticas do
passado não são possíveis
hoje em dia, mas esforcemo-nos para termos relacionamentos onde possamos olhar
nos olhos uns dos outros e
sentir de fato o que se passa
entre nós. Precisamos de ajuda, precisamos uns dos outros para dar e receber ajuda.
C
erta vez, perguntei a um irmão por
que ele não era dizimista. A resposta,
nada surpreendente, resume
o caso da maioria dos não
dizimistas: “Pastor, não dá.
No fim do mês, quando vou
fazer as contas, depois de
preencher a lista de compromissos, não sobra para o
dízimo”. Respondi em tom
amistoso: “O seu problema é
que o irmão está colocando
o dízimo como sobra. Deus
não fez assim com o irmão.
Ele o colocou no topo da sua
lista e lhe deu seu Filho unigênito para salvar sua alma
da perdição”. “É verdade”,
ele comentou. “Então, ponha
o dízimo no topo da sua lista
mensal e o irmão ficará surpreso com o resultado: Vai
sobrar para todas as suas necessidades e da sua família”.
O irmão decidiu seguir
meu conselho. No fim daquele mês, colocou o dízimo
em primeiro lugar na sua lista
mensal. Ao voltar a falar comigo, muito feliz, ele disse:
“Foi como o senhor disse:
Nada nos faltou, pelo contrário, não tive que lançar mão
do cheque especial, como
sempre fazia”. Ele continuou
a buscar primeiro o Reino de
Deus e sua Justiça e a Palavra
de Jesus não falhou: Todas as
coisas necessárias lhe foram
acrescentadas, especialmente
a alegria em trabalhar para
Deus. Quem dá as sobras
para Deus, fica com as sobras
da alegria de participar do
seu Reino.
BUSCAPÉ SEM VARETA.
Assim era o orçamento familiar de José e Jandira, que
trabalhavam por conta própria com venda de roupas.
Era uma vida financeira sem
rumo e sem planejamento,
ninguém podia saber aonde
ela iria parar no fim do mês.
Nunca puderam entregar
seus dízimos, não por não
terem renda, nem porque
não amassem a sua igreja.
Eles bem que gostariam de
ser dizimistas, tinham até
uma “santa inveja” quando
viam os crentes na fila para
colocar seus envelopes no
gazofilácio. Conversando
com o casal, eu lhes disse:
“Queridos, o dízimo é um
fator altamente positivo na
ordenação do orçamento
familiar. Ponham os seus
negócios em ordem no papel
semanalmente, verifiquem
qual foi o seu lucro, ou seja,
a diferença entre o custo e
o produto das vendas das
roupas que vocês negociam.
Separem dez por cento do
lucro e os entreguem para
o Senhor semanalmente ou
ajuntem para entregar tudo
de uma vez”. José e Jandira
começaram a contabilizar
diariamente suas compras e
vendas, separaram o dízimo
do lucro em uma caixa e preferiram entregá-lo semanalmente. A contabilidade por
causa dos dízimos os ajudou
a pôr as finanças em ordem
e, sem o perceber, eles descobriram que o dízimo é uma
grande bênção para a vida
espiritual da família e, por
extensão, para a economia
doméstica também. Não há
segredo. Deus promete abrir
seus tesouros espirituais sobre aqueles que lhe são fiéis
(Malaquias 3.10).
OS NEFELIBATAS (Tiago
1.22-25). Para muitos crentes, a doutrina bíblica é para
ser estudada e conhecida,
mas nada tem a ver com o
seu cotidiano, com a prática
do seu viver. Vivem com a
cabeça nas nuvens, nuvens
que nunca se transformam
em chuva para regar sua roça
espiritual. São os nefelibatas
da alma. O dízimo do cristão
é um sinal indicador de que a
sua fé não é uma teoria, uma
abstração, mas é algo que faz
parte da prática do seu viver
diário. O Reino de Deus é
uma realidade espiritual, mas
o cristão não é apenas uma
alma que se relaciona com
os valores espirituais. Ele tem
um corpo, que se relaciona
com o mundo material. Seus
dízimos e suas ofertas para
missões mostram que ele está
conectado com as realidades
da terra sem deixar de estar
plugado nas realidades do
céu. Sua oração “Seja feita
a tua vontade assim na terra
como no céu”, como ele
aprendeu com Jesus, mostra
que Jesus Cristo é o Senhor
tanto do seu espírito, quanto
da sua alma e do seu corpo.
O seu dízimo fiel demonstra
que Deus é o Senhor de tudo
em seu viver: tanto na sua
vida espiritual quanto na sua
vida material.
o jornal batista – domingo, 16/02/14
reflexão
vida em família
5
Gilson Bifano
Pr. Vilmar Paulichen
PIB Indaiatuba, SP
O
tronco é termo
usado para se referir a duas grandes e pesadas
peças de madeira, nas quais
eram colocados os pés da vítima, às vezes suas mãos e o
pescoço. Era um instrumento
de punição e prisão dentro
da prisão. Jó usa a figura do
tronco ao lamentar-se da própria aflição que era sua vida
(Jó 13.27).
De forma literal, o tronco é
citado em Atos 16.24, quando o carcereiro filipense,
recebe ordens para prender
Paulo e Silas. O objetivo do
tronco era castigar criminosos, restringindo, ao máximo,
o movimento e a liberdade.
Hoje, não ouvimos mais falar
desse tipo de punição.
Mas podemos aprender lições do tronco. Uma delas é
que o pecado é como o tronco. O pecado limita nossa
liberdade, nos prende à culpa
e a erros antigos. Quando alguém peca deliberadamente,
sem limites e intencionalmente, é o próprio Deus que
se encarrega de “colocá-la
no tronco”, fazendo com que
cesse sua maldade (Jó 13.27).
Quem era preso ao tronco,
ficava desprotegido contra
o ataque de pequenos predadores como ratos, cobras,
escorpiões, até formigas e
insetos. Assim também acontece conosco, se vivemos
presos ao pecado. Nossa
capacidade de defesa é tão
fraca, que pequenas ameaças
e dificuldades nos perturbam
muito além da conta. E o que
é pior é que não encontramos saída. Quem vive preso
ao pecado fica vulnerável e
vai sendo corroído aos poucos por pequenos problemas
(Sl 32.3,4). Problemas que
parecem insignificantes, e fáceis de resolver, crescem de
maneira descomunal, e nos
deixam tão fragilizados que
problema do tamanho de um
rato fica do tamanho de um
elefante para nos destruir (Jó
13.28). O pecado nos deixa
sem saída, sujeitos a abismos
(Sl 42.7), sem força, presos
e extremamente esgotados
com pequenas aflições.
É por isso que ser libertado do tronco do pecado
é bênção. Porém, ser livre
do tronco do pecado não
significa ficar livre do tronco da injustiça humana (At
16.24). Nossa paz é viver
livre dos troncos da injustiça, mas saber que toda
tentativa de reprimir quem
foi libertado do pecado,
está enfrentando o próprio
Deus (At 5.38,39).
Somente quem foi libertado do tronco do pecado
resiste ao tronco da injustiça
sem ser dominado e vencido
por sentimentos de vingança
e amargura (Rm 12.17; Hb
12.15). Quem foi libertado
do pecado não está livre de
sofrer injustiças (Mt 5.10),
mas está preparado para vencer sentimentos de vingança
e amargura com louvor e
oração (At 16.25).
Quem foi libertado do
pecado contagia e “prende” quem ainda não é livre (At 16.28). As pessoas
que estavam na prisão com
Paulo tiveram oportunidade
de fugir, após o terremoto,
mas não fugiram. Talvez,
a oração e louvor de Paulo
e Silas mostrou a grandeza
da liberdade cristã, mesmo
acorrentados ao tronco. Talvez, aqueles prisioneiros não
fugiram porque reconheceram a falsa liberdade de
viver fugindo, e concluíram
que não tinham para onde ir,
assim como Pedro concluiu
(Jo 6.66-69).
Somos pecadores e erramos muito; porém, nosso
grande problema é a fuga.
Sempre que um problema
surge como um “terremoto”
somos tentados a fugir. Os
problemas devem nos aproximar de Deus, e não afastar
Dele. Tem problema que faz
“tremer” e muitos acabam
fugindo. Mas quem foi libertado do tronco do pecado
não foge, não se vinga, não
guarda rancor, perdoa completamente, resiste à injustiça
porque confia em Deus (II
Tm 4.17). E você...? Que
tronco lhe prende?
D
escobri através
dos livros que eu,
Joyce Meyer e
Wayne Cordeiro
temos algo em comum.
Joyce Meyer é uma pastora
muito conhecida nos EUA.
Por aqui seus livros fazem
sucesso.
Wayne Cordeio também é
um pastor renomado da igreja New Hope, em Honolulu,
no Hawai.
Mas, o que tenho em comum com estas pessoas tão
famosas? Com certeza não
é a popularidade deles. Vou
contar a história de cada um
e depois conto a minha.
Joyce Meyer, num dos seus
livros, abordando a questão
do autocontrole compartilhou uma experiência que
teve num restaurante.
Cansada de tanto esperar e
pelo atendimento não ser o
dos melhores, conta que quase perdeu a paciência (se não
perdeu!) com os atendentes.
Quanto estava para explodir,
um dos garçons olhou bem
para ela e disse: “Mas a senhora não é Joyce Meyer?”.
“Sim, eu sou Joyce Meyer”,
respondeu já quase perdendo
as estribeiras. O garçom então
disse: “Eu leio todos os seus
livros e a senhora tem sido
uma bênção para mim”. Foi
o suficiente para pastora se
comportar como uma cristã
verdadeira, pacientemente.
Wayne Cordeiro, também
em um dos seus livros, conta
que certa vez, após pregar
um sermão dominical, saiu
apressado do culto, com muita fome. Querendo chegar
logo em casa, pisou fundo
no acelerador. Quando já
tinha ultrapassado o limite
de velocidade, um carro da
polícia sinalizou logo atrás e
o ordenou parar.
O policial então fez algumas perguntas de praxe, que
todo americano conhece.
Wayne Cordeiro, cansado e
faminto, questionou com o
guarda, sabendo, no fundo,
que estava errado. Tentou
argumentar, mas não houve
jeito. O policial então pediu
sua habilitação. Ao pegar a
habilitação, viu que se tratava
de Wayne Cordeiro. Olhou
bem para ele e disse: “Pr.
Wayne Cordeiro, acabei de
ouvir seu abençoado sermão
há pouco. Que bênção! Mas
o senhor será multado”.
Mas, e a minha história?
Minha história aconteceu
numa agência da Caixa Econômica Federal. Depois de
muito esperar pelo gerente
que cuida da conta do Ministério OIKOS, comecei a
perder (eu acho que já tinha
perdido mesmo!) a paciência.
Comecei a exigir um tratamento melhor, já ultrapassando a fronteira da mansidão
cristã. O atendente então,
novo na agência, vindo de
Santa Catarina, perguntou o
meu nome. Pronto! Quando
ouviu meu nome, olhou bem
para mim e disse: “Pr. Gilson
Bifano, sou de uma igreja
batista em Santa Catarina e lá
na minha igreja já estudamos
todas as revistas do Ministério OIKOS, que bênção elas
foram para a minha vida”.
Não sou nem um pouco
parecido, em termos de fama,
com Joyce Meyer e Wayne
Cordeiro, mas temos estas
(tristes) histórias para contar.
Não precisa ser conhecido
para chegar a conclusão que
não devemos agir como muitas vezes estamos acostumados. Por quê? Porque Deus
quer que tenhamos controle
sobre nós mesmo. É um fruto
do Espírito (Gl 5.22).
Não ser paciente, além de
prejudicar a nós mesmo, não
é bom para a pessoa que está
próxima. Seja no trabalho, na
igreja e, principalmente, na
família. Isto sem contar que é
um péssimo testemunho para
o evangelho.
Se da próxima vez que
você estiver à beira de perder
a estribeira, cuidado, Deus
pode fazer você passar por
um vexame, como aconteceu
com Joyce Meyer, Wayne
Cordeiro e eu.
A atitude do cristão, em
todas as situações é ser paciente, cuidadoso com seu
testemunho e manso.
Jesus foi assim sempre.
6
o jornal batista – domingo, 16/02/14
reflexão
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
www.coquetel.com.br
© Revistas COQUETEL
Inicia-se com a frase Derradei"Deus é nosso
ros
refúgio e fortaleza" Ar, em
inglês
Sem curvas (fem.)
Shirley
(?),
cantora
gospel
Terceiro
livro do
Pentateuco
Viu que
Rute era
mulher
virtuosa
(Rt 3:7-11)
A 17 a
letra do
alfabeto
Barulhenta
Baal-(?),
divindade
dos
moabitas
País cuja
capital é
Santiago
João
Batista,
por seu
parentesco
Dança
popular
no Brasil
do séc. XIX
O filho
primogênito de
Noé
Gigante
filisteu
morto por
Davi
Torre erguida em
desafio a
Deus
Cobrir
para
conservar
o calor
Intância
racional
da mente
(Psic.)
Associação Brasileira de
Imprensa
Vogal entoada no
exame de
garganta
Número de dias
da tribulação de
Esmirna (Ap 2:8-10)
Utilizar
(?) de
camarão,
iguaria
baiana
Abreviatura do livro
de Esdras
Ouviu
Paulo
falar
acerca
da fé em
Cristo
(At 24:24)
Dispositivo da
sanfona
Seno
(símbolo)
Joule (símbolo)
Mar, em
inglês
"Eu sou o alfa e o
(?)" (Ap 1:8)
Descendência
Naquele
lugar
Campo
cultivado
Dons (?):
devem ser
conhecidos pelos
cristãos
(I Co 12:1)
Interjeição de
chamamento
(?)-rosa,
árvore
da flora
brasileira
É cumprida
numa só
palavra
(Gl 5:14)
Um dos
profetas
da Restauração
10
Solução
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e livrarias
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V
ou usar aqui algumas informações da
nossa língua apenas
para iniciar o nosso
entendimento sobre a questão que quero compartilhar
com o tema em epígrafe.
Aprendemos que os sinais
ortográficos ajudam no desenvolvimento da linguagem
e da comunicação, podendo
esses sinais serem discretos
ou até mesmo mudarem
todo sentido de um enunciado. Existem várias regras
sobre o uso do ponto (.) e da
vírgula (,).
O ponto final representa
então segundo alguns gramáticos a pausa máxima da voz.
É o sinal usado para demonstrar o final de um período.
Muitos acham desnecessário
o uso do sinal. Acham que
não há problemas em se esquecer do uso da vírgula ou
do ponto. Então ignoram. O
ponto indica o fim daquele
pensamento, a vírgula apenas para dar uma pausa no
assunto e dar continuidade
algo intercalado e é claro
em outras situações. Vejam
alguns exemplos ilustrativos:
Não. Espera. Não Espere.
Isso Só. Ele resolve. Isso. Só
ele resolve. Esse. Juiz. É corrupto. Esse juiz é corrupto.
Pois bem, quero convidar
a você a refletir sobre a sua
vida pessoal consigo mesmo,
com o próximo e com Deus.
Qual o sinal que você tem
colocado ou vai colocar em
sua vida? É claro que dependendo da circunstância esse
sinal pode ser modificado.
Quero convidar a você a
colocar ponto final ou uma
vírgula naquilo que você
mesmo está escrevendo a seu
respeito. A mais interessante
e importante biografia de
nossa vida não é aquela que
os outros escrevem a nosso
respeito, mas aquela que
Deus escreve sobre nós. O
que temos sido diante Dele,
o Senhor.
Meu amado coloque sempre um ponto final quando
se tratar de algum sentimento
destrutivo em sua vida. Não
vale a pena carregar rancor,
amargura, desentendimento.
Diante da miséria do cólera,
coloque ponto final. Diante
das mazelas da vida, coloque
ponto final, diante da amargura, coloque ponto final. O
ano de 2014 precisa ser um
ano do PONTO FINAL das
coisas desagradáveis, inúteis
e improdutiva diante de Deus
e do próximo.
Mas a vírgula, ela pode
ser muito bem-vinda no texto que estamos produzindo
cada dia. Bem-vinda, VÍRGULA, quando usamos e
aplicamos o perdão. Sabe por
quê? Porque o perdão nunca
poderá ser um ponto final em
nossa vida. Como assim? É
que o perdão deve ser praticado sempre, e sempre entre
vírgulas. A vírgula requer
explicações, entendimento.
Faz parte da regra do uso da
vírgula ela ser usada nas expressões explicativas ou corretivas. Façamos nesse ano
mais uso da vírgula. Vamos
dar continuidade tudo que
precisa ser feito e bem feito.
Não paremos de fazer o bem.
Avancemos com a nossa história em tudo aquilo que
produz coisas boas e santas
para nós mesmo, para o nosso próximo e para o Senhor.
Não pare com o compromisso de orar, de evangelizar,
de ser bom crente, grande
cooperador, ajudador, servo,
amigo, conselheiro, operoso.
Ponto final, só para as coisas que desagradam a Deus
e muita vírgula para continuarmos agradando o Senhor
da obra.
3/air — ril — sea. 4/ageu — peor. 5/ômega. 7/drusila. 11/espirituais.
Hudson Galdino da Silva
Pastor da PIB em Cabo Frio
Convocação para Concílio
A Primeira Igreja Batista em Vila de Cava, em Assembleia Geral Ordinária realizada
no dia 15 de dezembro de 2013, resolveu convocar o Concílio para exame de candidatos
ao Ministério da Palavra, no dia 25 de fevereiro de 2014 às 9 horas em seu templo à
Rua Bayron Dore de Almeida nº 439, Vila de Cava, Nova Iguaçu, RJ.
Os irmãos que serão examinados são: EMÍLIO PINHEIRO PEDERSANE e
PAULO ROBERTO FERREIRA DA SILVA, ambos formados em Teologia pelo
Seminário Teológico Batista de Belford Roxo.
Edson Pinheiro Pedersane
Pastor Presidente
Telefone para contato: (21) 2658-7910
o jornal batista – domingo, 16/02/14
missões nacionais
7
Batistas apoiam Missões Nacionais
em proposta de multiplicação
Tiago Monteiro
Redação de Missões
Nacionais
A
proposta de multiplicação de discípulos e igrejas,
que vem sendo
difundida pela Junta de
Missões Nacionais, ganhou
força na 94ª Assembleia da
Convenção Batista Brasileira, realizada entre os dias
24 e 28 de janeiro, em João
Pessoa (PB). Mensagens e
discussões em pequenos
grupos explicaram a visão
de Igreja Multiplicadora e
indicaram aos batistas um
caminho para o crescimento
denominacional.
O desafio é multiplicar
Os apelos missionários
estavam por toda parte. Nas
reuniões pré-convencionais,
o pastor Fernando Brandão, diretor executivo de
Missões Nacionais, e sua
equipe desafiaram pastores, diáconos, educadores,
mulheres e jovens. O tom
das participações não apenas ressaltavam projetos
como Cristolândia ou eventos como a Trans Copa, mas
defendiam a ideia de que
cada batista tem um papel
fundamental no processo de
semeadura. E este papel é o
da evangelização discipuladora, com foco na formação
de líderes e plantação de
novas igrejas. “A expectativa de Jesus era que sua
igreja se espalhasse e seus
discípulos se multiplicassem. Nós estamos focados
nisso, focados nessa visão
multiplicadora. Nós batistas
temos sangue missionário,
somos de linhagem missionária. Ser batista é ser missionário”, afirmou o Pr. Fernando, durante o momento
de Missões Nacionais no
Encontro da Ordem dos
Pastores Batistas do Brasil.
Apesar das muitas explanações e testemunhos sobre
a importância da evangelização discipuladora para a
conquista da pátria, foi na
mensagem de abertura da
94ª Assembleia que a visão
ganhou força. O presidente
da CBB, pr. Luiz Roberto Silvado, pregou sobre os cinco
princípios de Igreja Multiplicadora: Evangelização
Discipuladora, Formação de
Líderes, Compaixão e Graça,
Oração e Plantação de Igrejas. Sua palavra autenticou a
proposta da Junta de Missões
Nacionais, e seu modelo
de abordagem incentivou
os presentes a retornarem à
prática dos pequenos grupos,
Pequeno Grupo discute princípios de Igreja Multiplicadora
onde se pode compartilhar
a Bíblia de maneira mais
eficaz, numa estrutura baseada em relacionamentos,
em vida na vida. Ali mesmo,
na plenária, convencionais
foram separados em grupos
de cinco pessoas para que
pudessem experimentar (ou
relembrar) os benefícios de
um diálogo amistoso, à luz
da Palavra.
O apoio à visão de Igreja
Multiplicadora culminou na
Noite Missionária, quando
Sócrates de Oliveira (Diretor Executivo da CBB),
João Marcos Soares (Diretor
Executivo da JMM) e Fernando Brandão realizaram
um sermão a três, focado
no crescimento da igreja
primitiva, segundo Atos.
Entremeados ao sermão, foram apresentados exemplos
de multiplicação no Brasil e
no mundo.
Batismos na Praia do Tambaú
Exemplo de Multiplicação
Pr. Cirino Refosco, missionário da JMN, é reconhecido
como um dos grandes plantadores de igreja do Vale do
Piancó, no sertão da Paraíba.
Ele foi mencionado em toda
a Assembleia como exemplo
de multiplicação. E não é
para menos. Durante sua
trajetória em solo paraibano foram mais de 30 igrejas
batistas plantadas e cerca
de 40 obreiros autóctones
formados.
Pastor Cirino, durante sua
palavra aos pastores batistas,
afirmou: “Se queremos alcançar o Brasil, precisamos
multiplicar liderança. Os
pastores são chamados para
fazer pastores. Temos condições de plantar mais 100 mil
novas igrejas porque estes
líderes estão sentados em
nossas igrejas e precisam ser
identificados e treinados”.
Cruzada Jesus Transforma
Um dos grandes acontecimentos desta Assembleia foi
a Cruzada Jesus Transforma a
Paraíba. A programação, que
celebrou o centenário dos batistas paraibanos, teve início
na tarde de domingo (26),
com abordagens evangelísticas e o batismo de cerca
de 300 pessoas, na Praia do
Tambaú, em frente ao busto
de Tamandaré.
A programação se estendeu
até o período noturno, quando aconteceu um culto de
celebração. Igrejas da região
marcaram presença, transformando a praia num grande
espaço consagrado a Deus,
com louvores e mensagem
evangelística do pastor Eli
Fernandes, da Igreja Batista
da Liberdade (SP).
Ao final da Cruzada, muitas vidas tiveram um encontro com Cristo. Maria
Salomé de Oliveira foi uma
delas. “Eu sabia que aquele
era o meu momento, momento de mudar a minha
vida. Disse pra mim mesma
que a partir daquele momento ia encontrar todas as respostas, estando mais perto
de Deus. Quando voltei, da
praia pra casa, era como se
estivesse com vestes novas,
uma coisa preciosa dentro
de você. E foi naquela praia
que encontrei Jesus e ele
transformou a minha vida”,
lembrou a nova convertida,
ainda emocionada. Apesar
de vivenciar o primeiro estágio de sua caminhada de
fé, Maria Salomé já conversou com sua família sobre
sua experiência com Cristo,
sobre a forma maravilhosa
com que foi tocada ao se
aproximar de Deus. É o processo multiplicador em sua
primeira fase.
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notícias do brasil batista
notícias do brasil batista
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notícias do brasil batista
50 anos na mesma igreja
Fotos: Jéssica Corrêa
Jorge Pereira Borges
Da PIB de Mesquita e da
Academia de Letras e Artes
de Mesquita, RJ
O
Senhor nos deu
a graça de celebrar com muito
regozijo um fato
incomum: meio século de
ministério de um pastor na
mesma igreja. O Pastor é
Iomael Sant´Anna. A Igreja
é a Primeira Igreja Batista
de Mesquita, RJ. Com a boa
música do Coro da Igreja;
a mensagem apropriada do
Pastor João Soares Fonseca
(da PIB do Rio de Janeiro, RJ);
e o templo completamente
cheio; agradecemos a Deus,
porque desde 11 de agosto de 1963, Pastor Iomael
está conosco, liderando esta Pr. Iomael Sant Anna e sua esposa Rachel
agência do Reino de Jesus.
Pastor Iomael chegou aqui
jovem humilde de 24 anos,
com a esposa Rachel e o
filho Élcio, de cinco meses.
Hoje, aos 75 anos de idade, é homem ainda humilde, respeitado na Igreja, na
denominação, entre outros
evangélicos, e nesta cidade
de Mesquita, localizada na
Baixada Fluminense. Tem
além de outros os títulos de
Cidadão Iguaçuano e Mesquitense, e a Medalha Tiradentes, a mais alta comenda
da Assembleia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro.
Além de Élcio, professor
no Seminário Equatorial em
Belém, PA, e doutorando
em Antropologia, casado
com a educadora Olga, Deus
deu ao Pastor e a Rachel Coro Louvarte e Pr. João Soares Fonseca, em participação no culto de 50 anos
três filhas: Eline, que cursou
Música no Seminário do Sul,
e hoje já está na casa do Pai;
Elen, formada em Biologia,
professora e psicanalista,
casada com Júlio; e Elis, casada com Anderson, ambos
designers gráficos. Os dois
netos, Matheus e Gabrielle,
completam a família amada e
unida do Pastor Iomael.
Após estudar no Seminário
do Sul, orador de sua turma
na colação de grau, consagrado ao ministério em 21 de
outubro de 1961, na PIB de
Três Rios, RJ, Pastor Iomael
estudou Comunicação na
UFRJ. Pastoreou efetivamente
a 3 a IB de Campo Grande,
MS, e ainda lidera esta PIB de
Mesquita. Interinamente ajudou igrejas de Aquidauana
(MS), Banco de Areia, Boas
Novas, e Cosmorama. Ele
tem servido a Deus e à denominação, como professor, escritor, radialista, membro de
juntas na Convenção Batista
Brasileira e na Convenção
Batista Fluminense. Durante seis anos foi presidente
da AEDBRJ, a mais antiga
instituição batista do Brasil,
fundada em 1894.
Acima de tudo, entretanto,
queremos afirmar e testemunhar de que Pastor Iomael é
homem de Deus, dedicado
ao ministério e a esta Igreja, que além de promover
o culto gratulatório dos 50
anos na mesma Igreja, homenageia seu líder com esta
publicação.
E toda honra e glória seja
dada a Jesus Cristo, Salvador
e Senhor nosso.
Carnaval: a festa em Pedro de
Toledo, este ano, será diferente
Comunicação da IB
Ebenézer, SP
E
ntre os dias 1 e 4 de
março, a Igreja Batista Ebenézer, de São
Paulo, levará um Carnaval diferente a Pedro de
Toledo, município do litoral Sul Paulista. A comitiva,
composta por membros da
Igreja e convidados levará
a Palavra de Deus aos visitantes e moradores da região
com uma programação que
contará com evangelismo de
rua, apresentações de teatro
em praças e diversas atrações
musicais para todas as idades, durante as festividades
da cidade.
A cada ano, o projeto é
realizado em parceria com a
prefeitura local. O trabalha-
do é realizado há 17 anos. E
para montar toda a estrutura,
as cerca de 70 pessoas envolvidas viajam por várias cidades, promovendo um Carnaval diferente. O dinheiro da
viagem é levantado durante
todo o ano pela Igreja, por
meio de ofertas específicas,
e os voluntários missionários
ficam hospedados em escolas
cedidas pela prefeitura, durante três dias. E são nestes
locais em que as atividades
geralmente são realizadas.
Desde 1998, o Projeto IDE
é realizado pela Igreja Batista
Ebenézer em cumprimento à
ordem de Jesus descrita em
Mateus 28.19, que diz: “Portanto ide, fazei discípulos de
todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho,
e do Espírito Santo”.
Pastor da Igr. Batista Ebenézer, Wagner Köhler, os missionários Expedito e Maria da Penha, e Ruth
Cruz, diretora de Missões em Ebenézer
o jornal batista – domingo, 16/02/14
missões mundiais
Ucrânia: orar é preciso
11
Willy Rangel
Redação de Missões Mundiais
A
Ucrânia tem aparecido nos noticiários
nos últimos meses
por causa dos protestos da população. Até o
início de fevereiro, uma possível resposta incisiva por
parte do governo poderia
ter prejudicado o avanço do
evangelho no país e em outras nações no Leste Europeu
e Ásia Central. Apesar de algumas concessões por parte
do governo, os ucranianos
continuam protestando.
O país está no alvo das orações de Missões Mundiais.
Durante a Câmara Setorial de
Missões na 94ª Assembleia da
Convenção Batista Brasileira,
em João Pessoa/PB, o diretor
executivo da JMM, Pr. João
Marcos B. Soares, pediu um momento de oração pela Ucrânia.
O orientador estratégico
para o Leste Europeu e missionário em Portugal, Pr. Joed
Venturini, pede que os crentes
do Brasil coloquem um alerta
de oração sobre a Ucrânia.
“A situação no país ainda está muito tensa”, diz o
Pr. Joed, que destaca que
a Ucrânia é importante no
processo para alcançar o
Leste Europeu e ex-repúblicas
soviéticas na Ásia Central.
“A Ucrânia tem mais de 100
mil batistas e é um país-chave
na região. Temos 27 missionários da terra, e as orações são
urgentes”, destaca o Pr. Joed.
O Pr. Anatoliy Shimilikhovskyy, missionário na cidade
A Ucrânia é um campo estratégico da JMM no Leste Europeu
de Lviv, conta que muitas pessoas foram detidas apenas por
estarem protestando nas ruas.
“Nós, como cristãos, sabemos que o palco de batalha
não está na rua, mas nos lugares celestiais. Moisés sabia
que precisava de um exército
forte. Ele também sabia que
a vitória vinha de Deus. As
pessoas estão nas ruas e a
igreja deve orar”, pede o Pr.
Anatoliy.
O missionário pede oração
por paz e estabilidade na
Ucrânia, para que os polí-
ticos tomem decisões que
levem bem-estar à nação.
Ele também pede intercessão
pela igreja, para que seja luz
e sal para o povo, que perdeu
a esperança na política, e
também pela obra missionária, para que a Ucrânia não
se feche para outras nações.
“A Ucrânia está se tornando um país missionário. Peça
ao Senhor para que os ucranianos tenham uma nação
que contribua com o crescimento da obra missionária”,
diz o Pr. Anatoliy.
Entenda os protestos
na Ucrânia
Os protestos em Kiev começaram no final de novembro de 2013, quando o presidente da Ucrânia, Viktor
Yanukovich, se recusou a
assinar um acordo de livre-comércio com a União Europeia e assinou um com a
Rússia.
O acordo com o bloco europeu é exigido pelos manifestantes, que desde novembro de 2013 entraram
em confronto com forças
policiais, orientadas pelo governo a reprimir com força,
se necessário.
A Ucrânia fez parte da antiga União Soviética e desde
sua independência, em 1991,
sofre interferência da Rússia
em assuntos internos. Essa
intromissão dos russos foi
criticada pela União Europeia
e pelos Estados Unidos, que
ameaçaram a Ucrânia com
sanções, situação com potencial para isolar o país e,
assim, ser um obstáculo para
o trabalho missionário.
Pastor escreve toda a Bíblia a
mão em 10 meses
crentes. Foi na madrugada
Marcia Pinheiro
Redação de Missões Mundiais do dia 11 de março de 2013
que o Pr. Edgard acordou de
projeto Bíblias um sonho e decidiu comepara a Ásia, que çar a escrever a Bíblia toda
já alcançou mais a mão.
Ele se programou para
de meio milhão
de famílias, ganhou um concluir essa missão em um
grande incentivador aqui no ano, escrevendo 80 capítuBrasil: o Pr. Edgard Barreto los por dia. No entanto, acaAntunes, da PIB de Nova bou se empolgando, e em
Iguaçu/RJ. Ele escreveu a 10 meses já havia escrito
Bíblia toda a mão e exibiu todos os livros, de Gênesis
esse grande feito no estan- a Apocalipse.
O pastor não espera recode de Missões Mundiais na
Assembleia da Convenção nhecimento por este feito,
Batista Brasileira, realizada apenas quer ser incentivaem João Pessoa/PB, entre dor da leitura e distribuição
os dias 24 e 28 de janeiro. da Bíblia.
“Um pastor norte-ameriO pastor contou que já leu
a palavra de Deus 80 vezes cano fez uma pesquisa nos
e promoveu várias campa- Estados Unidos, que tem
nhas de incentivo à leitura um universo de evangélicos
bíblica em sua igreja; uma muito maior que o nosso, e
delas inclusive com direito chegou a conclusão de que
à formatura e que alcançou entre os pastores de lá ape400 pessoas, entre elas não nas 13% havia lido a Bíblia
O
toda. Isso é preocupante.
Eu não estou preocupado
em aparecer. Só quero incentivar outras pessoas a
também lerem a Bíblia com
frequência”, comentou.
Esta iniciativa servirá para
muita gente não só ler, mas
também doar bíblias. O Pr.
Edgard espera que o projeto
Bíblias para a Ásia ganhe
impulso e chegue a outras
regiões onde há dificuldades para a distribuição da
palavra de Deus, como é o
caso de Cuba.
“Eu agradeço a Deus pela
visão da Junta de Missões
Mundiais. Se depender dos
meus esforços e orações,
esse projeto Bíblias para a
Ásia ultrapassará fronteiras
e levará bíblias a outros
continentes. Precisamos
mobilizar nossas igrejas a
participarem desta grande
missão”, conclui.
Pr. Edgard Barreto quer incentivar a leitura e distribuição de bíblias
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o jornal batista – domingo, 16/02/14
notícias do brasil batista
João Pessoa,
capital dos batistas brasileiros
Sandra Natividade
Membro do Conselho
Editorial de OJB
N
a última semana
do mês de janeiro, 24 a 28, no
Espaço Gospel da
PIB de João Pessoa, PB, aconteceu a 94ª Assembleia da
Convenção Batista Brasileira.
O local amplo se tornou um
grande ajuntamento do povo
de Deus chamado Batista,
o fórum da família batista
brasileira; a cidade do ex-presidente Epitácio Lindolfo
da Silva Pessoa, com temperatura elevada mostrava-se
hospitaleira, mas, ao mesmo
tempo, tímida em relação
aos táxis para atender o ir
e vir de tantos visitantes. A
Convenção Batista Paraibana
e em especial a PIB de João
Pessoa, esta fundada em 19
de janeiro de 1914, comemorando nessa assembleia o
seu centenário de fundação,
foram as grandes anfitriãs da
Assembleia Convencional.
Temática
Há alguns anos acompanho
as assembleias convencionais
de minha denominação, gosto
de valorizar o corretamente
sério e compromissado, é assim que vejo a denominação
e sua equipe de executivos,
notadamente nesses últimos
anos a atuação do pastor Sócrates Oliveira sobre o qual
pesa ilimitada responsabilidade, portanto necessitando que
orações lhe sejam carreadas.
Este é o ano da família, não
que os outros não o tenham
sido, mas os batistas elegeram
2014 sob esta temática: Família, o ideal de Deus para o ser
humano, e a divisa em Josué
24.15b “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”, o tema e
a divisa estão acompanhados
de um dos mais belos hinos,
202 do HCC, - Ele é meu e
teu Senhor, - letra que traz a
memória o Salmo 145.20a,
explicitando o cuidado de
Dr. Lyncoln Pereira Araújo, Pr. Luiz Roberto Silvado e Pr. Sócrates (da esquerda para direita)
Deus em preservar todos os pouco, muito pouco mesmo
não fecha dois mil mensaque o amam.
geiros inscritos, mas a observação no culto inspirativo
Orador
O orador oficial da 94ª da noite é que este número
assembleia convencional foi ultrapassava a marca dos
um dos pastores brasileiros quatro mil participantes, fato
mais práticos que conheço, o repetido todas as noites das
pastor Elias Teodoro da Silva, assembleias tanto da UFMBB
da Igreja Batista Marambaia quanto da CBS. As instituino Pará que ministrou na pri- ções se fizeram presente
meira noite sobre Família – O em todo o tempo pastores,
ideal de Deus para a huma- diáconos, músicos e educanidade. Da sessão inicial, 24 dores trabalharam incessanaté a última, dia 28, os temas temente nos dois dias que
giraram em torno da família, antecederam a instalação
dos cuidados e perigos que a oficial da 94ª assembleia.
cercam neste mundo globali- As Câmaras Setoriais de Miszado, preservar a família sob sões, Educação Religiosa,
todos os aspectos é o ideal Educação Teológica e Ação
dos batistas brasileiros. A Social fizeram suas reuniões
estatística do exercício ante- no Espaço Gospel e na PIB
rior, 2013, apontava para um de João Pessoa. Todas as
crescimento populacional câmaras com diretoria consda denominação, indicando tituída tiveram significativo
naquela época um milhão número de participantes,
e seiscentos mil batistas no estes deram origem a parepaís, urge que continuemos ceres e recomendações que
crescendo e mostrando ações foram apreciados e decidipráticas de um povo que faz dos no grande plenário tudo
diferença na sociedade con- num ambiente permeado
por amor fraterno, compatemporânea.
nheirismo e cuidado com
o gerenciamento dos bens
Afluência
A participação de mensa- que o Senhor nos coloca nas
geiros nessa assembleia por mãos para administrar.
Palavra do pastor Estevam Fernandes
UFMBB
Há quem diga que as mulheres batistas representam
no cômputo geral, praticamente 65% do todo, em sua
91ª assembleia, a cargo da
União Feminina Missionária
Batista do Brasil, dia 23 de janeiro, o Espaço Gospel ficou
lotado, assim a assertiva se
confirmou. A assembleia da
UFMBB tem a mesma temática da CBB, Família, o ideal
de Deus para o ser humano.
Essa assembleia elegeu sua
nova diretoria para a gestão
2014/2015, tendo como presidente uma irmã da Centro-Oeste, Eliane Melo Salgado
de Moraes, DF.
Lugar de boas lembranças
Sentada aguardando o início dos trabalhos convencionais, vejo diante de mim
o pavilhão nacional fixo a
visão especificamente na
bandeira da Paraíba, então
passa rapidamente um filme
em minha memória, a história ventila lutas acirradas,
embates e vitórias, o estado
é um pouco berço da história
do Brasil, pois foi dali mais
precisamente do município
de Umbuzeiro que nasceu
Plenário no Espaço Gospel em João Pessoa
Epitácio Pessoa ex-presidente
do país. Lembro-me do final
da década de 1970, minha
conversão ao evangelho de
Cristo na PIB de Aracaju, pela
instrumentalidade do orador
visitante pastor Natanael Menezes Cruz, homem de Deus,
sergipano do município de
Capela, radicado em Pernambuco onde lidera até os
dias atuais a PIB de Jaboatão
dos Guararapes. Vem-me a
memória a década de 1980
e dois irmãos belos jovens
paraibanos talhados pela sapiência cristã que a convite
do pastor da PIB de Aracaju,
Jabes Nogueira, ministravam
Séries de Conferências, e
palestras para a juventude da
igreja, seus nomes Estevam
e Eli Fernandes de Oliveira,
hoje pastores renomados,
conferencistas reconhecidos
não só em nosso país, mas
comissionados pelo Senhor
da seara instam e pregam a
palavra de Deus ‘a tempo e
afora de tempo’ no mundo.
Vejo a composição da mesa
convencional o presidente que dignifica a representação batista pelo mundo,
Luiz Roberto Silvado, e o dr.
Lyncoln Pereira Araújo, responsável bem recentemente
pela ministração da palavra
de Deus no centenário da
PIB de Aracaju, este num
momento de grandeza pediu
exoneração do cargo de 1º
vice-presidente da CBB para
assumir, a convite, no Recife
a reitoria do Seminário Teológico Batista do Norte do
Brasil - STBNB, a oração dos
batistas brasileiros é que o
diácono Lyncoln consiga resolver as pendências daquela
casa, patrimônio dos batistas
brasileiros.
A assembleia convencional
além de ser o fórum privilegiado de todos os batistas
é um lugar de boas e insofismáveis recordações. Que
Deus em sua infinita graça
continue abençoando a denominação batista no Brasil.
o jornal batista – domingo, 16/02/14
notícias do brasil batista
Nuances da 94a
Assembleia da Convenção
Batista Brasileira
Othon Ávila Amaral
Membro do Conselho
Editorial de OJB
T
odas as vezes que
cantamos o hino oficial da 94ª assembleia
da Convenção Batista
Brasileira intitulado “Ele é
meu e teu Senhor”, uma emoção terna e saudosa inundava
meu coração. O hino era um
dos preferidos do Pastor Waldemiro Tynchack. Creio que
os mais próximos do sempre
lembrado Pastor sentiram os
mesmos sentimentos.
Notável foi também o culto em frente o monumento
dedicado ao Almirante Tamandaré, Joaquim Marques
Lisboa, com a participação
de representantes de todas
as igrejas batistas do Brasil.
Na ocasião, pregou o Pastor
Eli Fernandes de Oliveira,
líder batista e figura importante nas instituições batistas.
Aconteceu naquele encontro
o batismo de mais de cem
convertidos com a cooperação de grande número de
pastores. Um detalhe: nem
todos os que foram batizados
sabem o nome do Pastor que
o batizou. Uma pena.
Um momento maravilhoso
foi, mais uma vez, encontrar o
Guilherme Brandão, 12 anos,
filho do Pastor Fernando Brandão e de Márcia Aparecida.
Há alguns anos ele participa
no “stand” da Junta de Missões Mundiais e coopera de
forma integral com os seus
representantes. Desta vez ele
chegou ao Hotel onde estava
hospedado, um pouco abatido, e o pai lhe perguntou:
“Guilherme, o que lhe aconteceu?”. Ele respondeu: “Estou
um pouco frustrado por que
fiz um alvo de vender trinta
camisas e só alcancei 27”. E
indagou ao pai: “O senhor
não quer comprar as três que
faltam?” Na sessão de encerramento, por ocasião da “Noite
Missionária”, em que as duas
Juntas comemoraram juntas,
foi ele quem fez a oração
inicial.
Conheci a galeria Gamela,
que entre outras definições
pode ser uma pequena corça.
Sua coordenadora é Roseli
Garcia esposa de Altemir Garcia. Muito me impressionou
os seus conhecimentos sobre
os artistas plásticos da Paraíba. Atuando como marchand,
há mais de trinta anos, ela
desfruta de grande relacionamento com os intelectuais e
artistas de João Pessoa. Flávio
Tavares, nome conhecido na
Paraíba, no Brasil e no mundo, quando faleceu na cidade
do Rio de Janeiro, em 2006,
a incumbiu de conduzir a
solenidade de lançamento
das cinzas que lhe restou da
cremação de seu corpo, numa
das praias locais. Tal solicitação foi a prova de sua confiabilidade. Sua Gamela nasceu
em 1980. Em mais de trinta
anos a galeria realizou exposições de pinturas, desenhos,
esculturas, fotografias, lançamento de livros e cursos de
história da arte. Roseli e Altemir são ovelhas do Pastor Estevam Fernandes de Oliveira.
Uma jornalista a definiu em
três palavras: “Uma mulher
dedicada à cultura, à família e
à fé”. Quem com ela conversa
guarda no coração a imagem
de uma lídima representante
das artes a que se consagrou.
Conhecê-la foi um dos bons
momentos passados em João
Pessoa, PB.
Acompanhei pela imprensa
local as notícias sobre a 94ª
assembleia da Convenção
Batista Brasileira, na cidade
de João Pessoa, dentro das
comemorações do 100º aniversário da Primeira Igreja
Batista da Paraíba, organizada em 19 de janeiro de
1914, na Capital paraibana,
cujo primeiro pastor foi João
Borges da Rocha. O Pastor
Estevam Fernandes é seu
Pastor há muitos anos. Ele
desfruta de grande conceito
naquela Capital e naquele Estado. Na noite do sermão oficial, quando pregou
o Pastor Elias Teodoro da
Silva, a Convenção recebeu
o Governador do Estado e
seus auxiliares; o Arcebispo
de João Pessoa e outras gradas autoridades. Foi, talvez,
uma das assembleias em que
esteve presente grande número de autoridades e pela
primeira vez um dignitário
da Igreja Católica. Maior foi
a de 1989, em Brasília, quando até José Sarney, então
Presidente, compareceu. Tal
gesto foi em função da estima que desfruta na cidade
o Pastor Estevam Fernandes.
Ele mantém, há mais de dez
anos, coluna dominical no
“Correio da Paraíba” e na
edição de 26 de janeiro de
2014 o título da mesma foi
“Deus e a Liberdade”.
Conheci o templo da Primeira Igreja Batista da Paraíba. Conheci a Galeria dos
Pastores da Igreja. Lá estão
os seus retratos. Cito alguns:
João Borges da Rocha, Charles William Dickson, Firmino
Silva, Merval Rosa, Tomaz
José de Aguiar Munguba. O
Pastor Firmino Silva foi eleito
Deputado Estadual, em duas
legislaturas e foi também
Presidente da Assembleia
Legislativa do Estado. No
ministério do Pastor Firmino
Silva a Igreja construiu o belo
templo lá existente. No ministério de seu atual Pastor,
Estevam Fernandes de Oliveira, a Igreja construiu o chamado “Espaço Gospel”, onde
foi realizada a 94ª Assembleia da Convenção. Tudo
funcionou bem de forma que
os convencionais tiveram
uma excelente recepção. As
centenas de voluntários da
Igreja cumpriram de forma
airosa sua incumbência. Foi,
enfim, uma grande Assembleia. A primeira e até então
única em terras paraibanas.
Nossos aplausos!
Visitei a sede da Academia
de Letras da Paraíba e vi que
ela está num espaço consentâneo com sua dignidade.
Quando lá cheguei não encontrei, no primeiro momento, o funcionário responsável.
Antes de encerrar a visita ele
apareceu. Um espaço onde
os móveis são adequados à
antiga casa onde ela está instalada. Na área externa, em
colunas individuais, o perfil
dos maiores escritores da
Paraíba desde o século XIX,
mencionados aleatoriamente:
Augusto dos Anjos, José Lins
do Rego, José Américo de
Almeida, Francisco de Assis
Chateaubriand Bandeira de
Melo e mais e mais outros.
Fui presenteado pela funcionária Marilene Motta, com
um exemplar da “Revista
da Academia Paraibana de
Letras” e fui agraciado com o
livro, “Ausência do Tempo”,
de Damião Cavalcanti, atual
Presidente daquele sodalício.
Conheci Sandra Maria Natividade em Belo Horizonte,
MG, em 2004. Completou,
neste janeiro de 2014, dez
anos de convívio esporádico
e agradável. Através de seus
livros, que já são três, aprecio
seu prazer de contar história.
O primeiro foi “A Saga dos
Pioneiros Batistas em Sergipe”, 1913/2003, publicado
em 2007; “A Luz Brilhou na
Terra dos Cajueiros: Panorama
Histórico dos Batistas em Sergipe”, 1913/2013, publicado
em 2013 e “O Esplendor da
Caminhada, Síntese Histórica
da Primeira Igreja Batista de
Sergipe”, 1913/2013, publicado em 2013, em parceria com
a Professora Lourdes Profírio.
Sandra Natividade é membro
dos Sindicatos dos Jornalistas
e Radialistas de Sergipe, membro da Associação Sergipana
de Imprensa e membro do
Conselho Editorial d’O Jornal
Batista. Sua ação jornalística
no meio batista e evangélico
é reconhecida.
13
Cerca de 15mil
acompanharam o
batismo de mais de
100 pessoas na praia
Pr. Estevam Fernandes, Pr. Reginaldo e Pr. Fernando Brandão
orientado os irmãos para o batismo
Pr. Fernando Brandão realizando batismo
Pr. Estevam Fernandes realizando batistmo
Pastores e batizados após a celebração
14
o jornal batista – domingo, 16/02/14
Silvia Nogueira
Pastora há 15 anos
“Paulo (chamado apóstolo
de Jesus Cristo, pela vontade
de Deus), e o irmão Sóstenes,
à igreja de Deus que está
em Corinto, aos santificados
em Cristo Jesus, chamados
santos, com todos os que em
todo o lugar invocam o nome
de nosso Senhor Jesus Cristo,
Senhor deles e nosso: Graça
e paz da parte de Deus nosso
Pai, e do Senhor Jesus Cristo”
(I Co 1.1-3).
Q
uando teólogos
e líderes cristãos
debatem sobre
qualquer tema
que envolve as mulheres é
perceptível um duplo discurso. Não me refiro à saudável
oposição de ideias, nem a
dificuldade comum de gerar
consensos que os temas de
nossos interesses costumam
produzir. Falo de um duplo
discurso que ora glória, ora
avilta as mulheres, dependendo de qual perspectiva
o sujeito está tratando. As
mulheres são importantes
para a manutenção da espécie
humana, para a criação dos
filhos e suporte da família;
são dignas do plano divino
de redenção e são admiráveis
por servirem ao Senhor tão
contundentemente em igrejas
e campos missionários. São
importantes, salvas e dignas,
mas... até certo ponto. Mulheres não podem ser pastoras!?
Quem traçou a linha (e
ainda traça) que separa para
quais “coisas” as mulheres
são dignas, ou capazes de
ser e fazer? Quem traçou no
ambiente da religião cristã
e, mais particularmente, entre os batistas? O poder de
“traçar” uma linha de interdição às mulheres está em um
“outro”, não nas mãos das
próprias mulheres. O “outro”
tem a favor de si um “poder
outorgado por outros”, pela
tradição, pela influência e,
às vezes, pelo dinheiro. Este
poder de interditar não foi
conferido por Deus, é claro,
e, por isso, ele pode e deve
ser contestado. Mesmo para
os crentes mais piedosos,
é fácil perceber que os assuntos relativos à fé e ao
Sagrado são, na maioria das
vezes, tratados também em
instâncias humanas, determinadas pela vontade humana
(At 15.28 entre outros). Essa
leitura correta e madura da
realidade religiosa nos ajuda
a “testar os oráculos” e seus
porta-vozes. Se parecer para
nós que algo sempre foi assim, não significa que devamos acreditar que continuará
sempre assim. É preciso discernir o poder.
A escravidão, por exemplo, foi por um longo tempo
entendida como “natural”,
arraigada no imaginário coletivo e legitimada pela religião
cristã. Os contextos bíblicos em que ela aparece e, a
sua utilização pelos próprios
judeus, não conseguiram
obscurecer o pressuposto da
liberdade humana como um
ideal divino. A execração
pública da escravidão, então,
dependeu de um conjunto
de iniciativas, novas leituras
bíblicas e muita coragem
para enfrentar o instituído
tanto na mente do senhor de
escravos quanto na mente do
próprio escravo. No Brasil,
os abolicionistas eram conhecidos como liberais que
ameaçavam a hierarquia da
sociedade e os valores da
família branca e burguesa.
Os ânimos dos prós e contras
eram inflamados.
O argumento de matriz
filosófico e teológico mais
difícil de ser vencido pelos
abolicionistas não era o de
saber se negros tinham alma
ou não, mas a convicção
internalizada de que Deus
ponto de vista
havia criado os negros inferiores ao homem branco.
Eram úteis, capazes de muitos sentimentos valorosos,
dignos de realizar inúmeras
tarefas, mas nunca poderiam se colocar em situação
de liderança sobre nenhum
homem branco. Hoje, qualquer cristão pode afirmar sem
medo, também como algo
“natural”, que escravizar um
outro ser humano, por causa
da cor de sua pele, ofende a
criatura e o Criador. Levamos
muito tempo para entender
que o Senhor é deles e nosso.
2014 poderá ser lembrado
como o final de uma longa
e perversa resistência a um
pressuposto paulino básico
para sua teologia da igreja
cristã: o ministério na igreja
deve ser exercido por aqueles e aquelas que receberam
um dom do Espírito Santo
com o único objetivo de servir à Igreja de Jesus Cristo
nas suas múltiplas necessidades (I Co 12.13,18). O
ministério pastoral é um dos
muitos ministérios da igreja
que devem ser ocupados por
pessoas vocacionadas, que
receberam um dom, cujo
propósito é servir e edificar.
Ser pastor ou pastora está,
portanto, diretamente relacionado com a compreensão
de vocação, de recebimento
do dom espiritual. A Bíblia
diz que o Espírito Santo con-
fere os dons, qualquer um
deles, a quem Ele quer, seguindo uma agenda divina
própria, incorruptível com
os desejos e determinações
humanas (I Co 2.12 e ss). Há
muitos exemplos bíblicos de
como Deus age subvertendo
ordens, teologias, religiosidades e moralidades da sociedade. Esse agir de Deus é,
este sim, supracultural. Uma
espécie de idiossincrasia divina: trabalhar com aquilo que
não pode ser e fazê-lo ser (I
Co 1 e 2).
Se para Paulo, apóstolo aos
gentios, a igreja é um corpo
vivo pela ação do Espírito
Santo e através do serviço
de homens e mulheres vocacionados para variados
ministérios, o impedimento
ocorrido até agora para a realização tranquila de concílios
para exame de mulheres ao
ministério da Palavra e suas
filiações à agremiação de
pastores batistas poderia ser
considerado um sério desprezo a forma de agir do próprio
Deus ou, quem sabe, ainda, a
colocação de determinações
e acordos culturais acima da
“loucura do Evangelho”.
Nesses 15 anos de existência formal de pastoras em nossa querida denominação, tudo
foi muito duro. Foi muito difícil ler e ouvir, por exemplo,
alguns líderes nos chamando
de apóstatas, homossexuais,
dissensoras, destruidoras dos
valores da família, corruptoras
do evangelho, entre outras
palavras malditas. Eu não me
reconhecia e nem as minhas
companheiras de ministério
em nenhuma dessas palavras.
Amo Jesus Cristo e amo sua
Igreja. Por vocação, sirvo a
Ele e a igreja. Por convicção,
sou batista e respeito minha denominação. Não me
reconheço, nem as minhas
colegas, em nada que nos
ofenderam e nem no desejo
de divisão. Pelo contrário,
nós, mais do que ninguém,
sabemos que “o cordão de
três dobras não se quebra tão
depressa” (Ec 4,12). E para
aqueles que ainda desejam
“cartas de recomendação”, é
preciso dizer que o Espírito
Santo e a igreja de Jesus são
a nossa carta de recomendação.
A decisão da OPBB, portanto, chega atrasada no time
de Deus, mas chega. Mas
ela ainda pode inaugurar um
tempo de reconhecimento e
visibilidade institucional às
muitas pastoras batistas brasileiras, pastoreando igrejas,
e as muitas mais que virão.
Nossos colegas podem nos
ajudar a superar o tempo
“duro”; afirmando com a
serenidade paulina que o
Senhor é deles e nosso.
www.pastorasilvianogueira.blogspot.com
o jornal batista – domingo, 16/02/14
ponto de vista
15
“Agora poderemos representar
os nossos artistas e atletas”
Q
ueridos amigos e
irmãos em Cristo, é com muita
alegria que lhes
informo, que criamos o nosso Departamento de Arte,
Cultura, Esporte e Lazer para
a nossa Convenção Batista
Brasileira. Agora poderemos representar os nossos
artistas e atletas em projetos, que nos levarão a uma
melhor compreensão de
alguns assuntos que precisam ser abordados em nossa
sociedade; e assim, juntos
poderemos ser instrumentos
de edificação para o corpo
de Cristo. Não precisamos
dizer que, a arte e o esporte
são armas poderosas para
mobilizar as massas.
Eu tenho sonhado com
dias em que poderemos ter
opções de canais de televi-
são, com novelas, filmes,
desenhos animados e produções que relatem a vida
como ela é, mas que eduquem as pessoas sobre a
realidade da existência de
Deus; e de que fomos feitos
por Ele e para Ele. E a Ele
deve ser toda a glória! Sonho com a possibilidade de
poder ter times de futebol e
outros esportes, constituído
de atletas que possam nascer dos nossos programas
esportivos.
Não suporto viver com a
realidade de que muito dos
grandes artistas e atletas de
todo o mundo, passaram
pelas nossas igrejas ou por
outras denominações evangélicas, e que não se firmaram na fé. O que me leva a
perguntar, porque os artistas
e atletas saem das nossas
igrejas e perdem o compromisso com Deus?
Em convívio com os americanos por 20 anos, pude percorrer os Estados Unidos de
norte a sul e de leste a oeste;
pude confirmar a questão
do mal aproveitamento dos
artistas e atletas. Precisamos
investir em uma geração de
artistas e atletas que não tragam somente o resto de uma
vida para o corpo de Cristo,
mas precisamos de um povo
que tenha uma formação
teológica de base, para que
possam aproveitar a vida de
uma forma saudável.
Teatros e campos de futebol se transformarão em
plataformas onde artistas e
atletas possam atuar como
mensageiros de Deus, vivendo a responsabilidade de ser
sal e luz.
Vamos à prática:
1. Ore por pessoas dispostas a servir como missionários nas áreas de artes e
esportes. Com ou sem formação acadêmica.
2. Esteja disposto a investir nessas vidas, precisamos
motivá-los a uma educação
saudável, em escolas com
cursos profissionalizante e
projetos especiais de formação.
3. Seja um promotor de
arte e cultura, esporte e lazer da CBB. Para isso, basta
entrar em contato via e-mail
([email protected]),
e diga de que maneira gostaria de ajudar. Precisamos de
olheiros, pessoas que conheçam artistas e atletas dentro
da sua igreja. Perguntem se
ele ou ela aceitariam se envolver mais na obra de Deus.
Avise ao seu pastor sobre
essas pessoas, pois precisamos que nossos voluntários
tenham acompanhamento
pastoral e cobertura espiritual da sua Igreja.
Gostaríamos de ouvir de
você. Por favor nos ajude
respondendo as questões
abaixo: (envie suas respostas
para o e-mail abaixo)
A. Na sua opinião, por que
artistas e atletas saem das
nossas igrejas e abandonam
a comunhão com Cristo?
B. Como tem sido o desempenho dos artistas e atletas que permanecem nas
nossas igrejas?
Estamos abertos para ministrar simpósios de arte e
cultura, esporte e lazer em
sua associação e Igrejas.
Em Cristo,
Roberto Maranhão.
[email protected]
(11) 9498.07808 Tim
Diretor de Arte, Cultural,
Esporte e Lazer da Convenção Batista Brasileira, Diretor
de Arte, Cultura e Lazer da
Associação Centro da Capital-SP, missionário da JMM,
Director executivo da Outreach Academy International.
Reminiscências de uma igreja em movimento
Paulo Christiano Mainhard
A
ndava eu na casa
dos meus 14 anos,
em 1953, quando papai, o Pastor
Paulo Mainhard, se transferiu, por razões de saúde, da
Igreja Batista de Miradouro
(MG), para a pequena Igreja
Batista de Arraial do Cabo
(RJ), à época com cerca de
70 membros, abrigada num
templo cuja capacidade não
chegava a 100 pessoas.
Arraial do Cabo era literalmente uma vila de pescadores, cercada por magníficas praias, distrito da cidade
de Cabo Frio, que à época
despontava para o universo
do turismo, enquanto Arraial assistia à construção
da Companhia Nacional de
Álcalis, estatal que explorava
a barrilha e que alavancou o
desenvolvimento da vila, permitindo, anos depois (1985),
a criação do hoje município
de Arraial do Cabo.
Papai não era o que se
pode denominar de um
pastor-intelectual, embora
possuísse sólida formação
geral e teológica. Mas era um
visionário, que tinha a mania
de construir e desenvolver
igrejas. Por onde passava
construía templos, casas pastorais e escolas. Fora assim
em Resplendor (MG), em
Monte das Oliveiras (MG)
e em Miradouro (MG). Sem
falar no seu afã de plantar
novas igrejas e desenvolver
aquelas que ficavam sob o
seu pastorado.
Seu ministério em Arraial
do Cabo, embora não tenha
sido muito longo (menos de
12 anos), foi marcado por 3
grandes ações: 1) Ao deixar o
seu pastorado, a Igreja, hoje
PIB de Arraial do Cabo, contava cerca de 400 membros;
2) Levou a igreja a adquirir
um terreno em área estratégica, no centro da cidade,
onde foi construído um novo
templo, com capacidade para
cerca de 400 pessoas (ainda
hoje existente). Posteriormente a Igreja comprou outro
terreno, junto do primeiro,
e projetou um novo templo
que, em construções sucessivas, deu lugar a um templo
maior, inicialmente, e, mais
tarde, ao imponente e magnífico templo que hoje, muito
bem aparelhado, abriga a
igreja que conta com cerca
de 800 membros. Ao mesmo
tempo o pequeno e velho
templo era transformado em
casa pastoral; 3) Levou a Igreja de Arraial do Cabo a abrir
um Ponto de Pregação na
cidade de Cabo Frio, trabalho
que cresceu, transformou-se
em Congregação (1959) e
em Igreja, em 21 de abril de
1962, portanto há 51 anos.
Hoje a PIB de Cabo Frio é
uma igreja próspera, com
belíssimo templo e boa casa
pastoral, estes projetados sob
a liderança do Pastor Paulo
Mainhard. E, o que é mais
importante, a Denominação
que não tinha nenhum trabalho em Cabo Frio até o fim
da década de 50, possui hoje
na cidade cerca de 25 igrejas
batistas, fruto do trabalho do
visionário Paulo Mainhard.
A PIB de Cabo Frio, filha
da PIB de Arraial do Cabo
(hoje com 90 anos), é uma
igreja com expressiva ação
evangelística e mantenedora
de um Seminário Teológico que forma líderes para
a Denominação, além de
possuir vasto trabalho de
comunicação na mídia. É
hoje liderada pelo Pastor
Roberto da Silva Carvalho,
que dirige, ainda, o Seminário Teológico da Região
dos Lagos.
A PIB de Arraial do Cabo
é hoje uma igreja de grande
expressão na cidade e no Estado do Rio de Janeiro, exercendo importante liderança
no município.
Ao longo dos seus 90 anos
foi conduzida pelos pastores
1) José Silveira (1927); 2)
Honório de Souza (1928); 3)
Antonio Valadares (ex-padre)
(1938 a 1946); 4) Alberto
Araújo (1946 a 1947); 5)
Arsênio Gonçalves (1948 a
1953); 6) Paulo Mainhard
(1953 a 1964); 7) Osvaldo
Viana da Silva (1965 a 1969);
8) Elias Gomes Vidal (1970);
9) Josué Garcia Cerqueira
(1970 a 1977); 10) Isaac da
Costa Moreira (1978 a 1981);
11) Dilmo Pereira de Castro
(1982 a 1986); 12) Aurenir Pereira Carneiro (1987
a 1988 e de 1993 a 1994);
13) Arides Martins da Rocha
(1988); 14) Washington Roberto do Nascimento (1988
a 1992); 15) Manoel Dias
de Oliveira (1994 a 1998); e
16) Vanderlei Batista Marins
(1998 a 1999). Desde 22 de
dezembro de 1999 a igreja
é liderada pelo Pastor José
Guilherme de Souza Silva
(portanto há quase 14 anos),
auxiliado, desde 2005, pelo
Pastor José das Neves Oliveira.
Não tenho os nomes de
todos os pastores que lideraram a igreja de Cabo Frio
(51 anos), mas louvo a Deus
porque foram servos fiéis
e sábios que conduziram
a igreja com dedicação e
inteligência, disseminando
o Evangelho na belíssima
Região dos Lagos.

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