CLIPPING - Notícias

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- Representação Brasileira -
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04.07.2016
Edição e Seleção
Eliza Barreto
Fernanda Preve
Fernando Leão
Maria Elisabete da Costa
Sumário
CORREIO BRAZILIENSE .................................................................................... 3
Economia ............................................................................................................... 3
Governo mantém previsão de superávit comercial de até US$ 50 bilhões ............................. 3
Mundo ................................................................................................................... 4
Aliança do Pacífico propõe maior integração para enfrentar o Brexit .................................... 4
ESTADÃO......................................................................................................... 6
Internacional .......................................................................................................... 6
Paraguai age para vetar Caracas à frente do Mercosul ........................................................ 6
VALOR ECONÔMICO ......................................................................................... 8
Brasil ..................................................................................................................... 8
Na crise, média empresa busca mercado nos países vizinhos .............................................. 8
Wall Street Journal Americas ................................................................................. 12
Depois da Brexit, investidor aposta nos emergentes ..........................................................12
O GLOBO ....................................................................................................... 15
Economia ............................................................................................................. 15
Dólar em baixa ameaça exportações, mas pode aliviar recessão .........................................15
AGÊNCIA BRASIL ........................................................................................... 19
Internacional ........................................................................................................ 19
Itamaraty organiza encontro com países do Cone Sul para discutir contrabando ..................19
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1
LA NACIÓN (ARGENTINA) ............................................................................... 20
Economia ............................................................................................................. 20
Bolivia enviará más gas natural a la Argentina ...................................................................20
Política ................................................................................................................ 20
Macri se reunió en Bruselas con una representante de la UE para acercarse al bloque .........21
PÁGINA 12 (ARGENTINA) ............................................................................... 22
Política ................................................................................................................ 22
“Un ALCA hoy sería un desastre” ......................................................................................22
TELAM (ARGENTINA) ..................................................................................... 29
Política ................................................................................................................ 29
Macri firmó tres acuerdos de cooperación con la Unión Europea .........................................29
ABC COLOR (PARAGUAI) ................................................................................ 30
Mundo ................................................................................................................. 30
Rechazan oposición de Paraguay al traspaso a Venezuela ..................................................30
Nacionales ........................................................................................................... 31
Precios de commodities cayeron por Brexit ........................................................................31
Carne paraguaya: apuestan a los mercados Premium ........................................................32
LA NACION (PARAGUAI) ................................................................................. 34
Mundo ................................................................................................................. 34
La Alianza del Pacífico impulsará una mayor integración comercial ......................................34
Negocios .............................................................................................................. 35
Proyecto de ley autopartista de Argentina no impactaría a nivel local ..................................35
Economía paraguaya resiste el “temblor” regional de la Brexit ............................................36
ULTIMA HORA (PARAGUAI) ............................................................................ 37
Mundo ................................................................................................................. 37
El mercado financiero mejora su previsión del PIB y empeora la de la inflación en Brasil ......38
EL PAÍS (URUGUAI) ........................................................................................ 39
Economia ............................................................................................................. 39
¿Flexibilizar el Mercosur? ..................................................................................................39
El Brexit no obstaculiza acuerdo con Mercosur ...................................................................41
Política ................................................................................................................ 42
"Uruguay no dará un solo paso para quedarse en Presidencia de Mercosur" ........................42
CORREO DEL ORINOCO (VENEZUELA)............................................................. 44
Política ................................................................................................................ 44
Venezuela ratifica su compromiso de promover la agenda social desde el Mercosur .............44
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2
Brasil
CORREIO BRAZILIENSE
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Economia
Governo mantém previsão de superávit comercial de até US$ 50 bilhões
"Essa oscilação do dólar acontece e não influencia no curto prazo os negócios", afirmou
Brandão. Segundo ele, boa parte dos exportadores já comercializou sua produção
01/07/2016 17:16
Agência Estado
Apesar da recente valorização do real frente ao dólar, o governo não pretende rever a projeção
para o saldo da balança comercial deste ano, que deve ficar entre US$ 45 bilhões e US$ 50
bilhões. De acordo com o diretor Departamento de Estatísticas e Apoio à Exportação do Ministério
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Herlon Brandão, mesmo com o câmbio no patamar de
R$ 3,20, a estimativa será mantida, ao menos por enquanto.
"Essa oscilação do dólar acontece e não influencia no curto prazo os negócios", afirmou Brandão.
Segundo ele, boa parte dos exportadores já comercializou sua produção. "Apenas uma mudança
permanente no patamar do dólar e por um período mais longo pode influenciar a balança."
No primeiro semestre deste ano, segundo ele, o câmbio médio atingiu o patamar de R$ 3,70, bem
maior que o câmbio médio de 2015, de R$ 3,34, e o valor médio do dólar no primeiro semestre do
ano passado, de R$ 2,97. "Nossa estimativa de superávit comercial considera um câmbio médio
superior ao de 2015", afirmou. Ainda segundo ele, o mercado acredita que o dólar deve encerrar o
ano em R$ 3,60, segundo a mais recente pesquisa Focus
Brandão destacou que o superávit no primeiro semestre, de R$ 23,6 bilhões, bateu o recorde
anterior, de R$ 20,6 bilhões, verificado nos seis primeiros meses de 2007. De janeiro a junho deste
ano, as exportações caíram 5,9%, principalmente em razão da queda dos preços dos produtos,
queda da demanda externa e baixo crescimento da economia internacional. No período, a
quantidade exportada aumentou 9,8%, enquanto os preços recuaram 14,8%.
Já as importações tiveram queda de 28,9% no primeiro semestre, com queda tanto nos preços
(10,8%) quanto nas quantidades (20,1%) comercializadas. Nesse caso, a redução está associada à
redução da atividade econômica do País, que tem impacto na demanda por bens importados.
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3
O diretor destacou que as exportações de soja neste semestre atingiram um recorde de 38,5
milhões de toneladas. Também entre janeiro e junho, houve recorde nas exportações de petróleo,
com 19,7 milhões de toneladas, e milho, com 12,2 milhões de toneladas. Ainda houve recorde na
quantidade de minério de ferro exportada, de 177,3 milhões de toneladas. O País exportou 272 mil
unidades de veículos, principalmente para Argentina, México, Colômbia, Chile, Paraguai e Uruguai.
Em relação à Conta Petróleo, as exportações caíram 37,6% no semestre, e as importações
recuaram 48,4%. Por isso, o déficit da conta petróleo caiu de US$ 3,6 bilhões no primeiro semestre
de 2015 para US$ 957 milhões neste ano. Sem o efeito do petróleo, as exportações brasileiras
tiveram queda de 2,5%, e as importações, recuo de 25,8%.
Junho
O superávit da balança comercial em junho, de US$ 3,974 bilhões, foi 12,3% menor que o
verificado no mesmo mês do ano passado. As exportações caíram 18,6%, e as importações
recuaram 19,3% na comparação com junho de 2015.
Segundo Brandão, dois motivos explicam a queda nas exportações. Um deles é a safra de soja,
cujo pico, no ano passado, ocorreu em junho. Além disso, em junho do ano passado, houve a
exportação de uma plataforma de petróleo no valor de US$ 690 milhões. "Não tivemos plataforma
este ano e o pico da soja foi em abril", afirmou.
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2016/07/01/internas_economia,53867
9/governo-mantem-previsao-de-superavit-comercial-de-ate-us-50-bilhoes.shtml
Mundo
Aliança do Pacífico propõe maior integração para enfrentar o Brexit
"Apesar de alguns fantasmas da desintegração suscitados pelo chamado Brexit, o
mundo tende a se organizar em grandes blocos", disse a presidente chilena Michelle
Bachelet
01/07/2016 16:30
France Presse
Puerto Varas, Chile - Os presidentes de México, Colômbia, Peru e Chile participam nesta sexta-feira
da cúpula da Aliança do Pacífico, que busca intensificar sua forte integração comercial, em
contraposição aos "fantasmas da desintegração" que surgiram após o Brexit.
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4
Em um momento em que projetos de integração como o da União Europeia sofrem um importante
revés com o anúncio da saída da Grã-Bretanha, os presidentes dos quatro países da Aliança do
Pacífico - criada há cinco anos - buscam arrumar os prazos de um projeto de integração comercial
que conseguiu muito em pouco tempo.
"Apesar de alguns fantasmas da desintegração suscitados pelo chamado Brexit, o mundo tende a
se organizar em grandes blocos", disse a presidente chilena Michelle Bachelet na sessão inaugural
da reunião, que é realizada aos pés do vulcão Osorno, na cidade de Puerto Varas, às margens do
lago Llanquihue (1.100 km ao sul de Santiago).
Além de Bachelet, estão presentes na reunião os mandatários da Colômbia, Juan Manuel Santos,
do Peru, Ollanta Humala, e do México, Enrique Peña Nieto. Na quinta-feira (30), em uma
apresentação da nova virada da política exterior argentina, o presidente desse país, Mauricio Macri,
assistiu a cúpula empresarial do bloco que ocorreu na localidade próxima de Frutillar.
Mercosul e Asean
O ambicioso caminho traçado por estes quatro países que se voltam para o Pacífico, o bloco
comercial que gera maior atenção hoje em dia na América Latina, explora uma eventual união com
o Mercosul - integrado por Brasil, Uruguai, Paraguai, Argentina e Venezuela - por anos "congelado"
em sua tentativa de alcançar acordos com outros blocos comerciais.
Analisa também uma aproximação com a Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean),
composta por 10 países do leste da Ásia, seguindo o objetivo de incrementar seu comércio com
esta parte do mundo, usando seus países-membros como "pontes".
"Se forem cumpridas as nossas expectativas, isso pode significar um ou dois pontos percentuais de
crescimento do PIB nas próximas décadas, que é a diferença requerida por nossos países para
alcançar o desenvolvimento", destacou Bachelet, que recebeu nesta sexta-feira a presidência do
bloco por parte do Peru.
Hoje, a Aliança é considerada a sexta economia do mundo. Seus membros somam quase 52% do
Em desafio a Uruguai e Argentina, Assunção ameaça boicotar cúpula de chanceleres e exige
reunião urgente do bloco para punir Venezuela
comércio total da região e 36% do PIB da América Latina, com um mercado de aproximadamente
212 milhões de pessoas, após a acelerada consolidação de grande parte dos objetivos que deram
origem a sua criação no Chile em 2011.
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5
A Aliança do Pacífico se distingue por "sua flexibilidade e pragmatismo", ressaltou o mandatário
peruano na sessão inicial que deu prosseguimento a uma reunião privada dos presidentes.
Avanços econômicos
Durante as reuniões ministeriais anteriores ao encontro presidencial desta sexta-feira foram
analisadas fórmulas para seguir avançando na integração em termos econômicos e financeiros
entre os quatro países que desde maio já têm 92% de seu comércio liberalizado.
Nas reuniões foi acordado fomentar o acesso ao financiamento para as micro, pequenas e médias
empresas, junto com a promoção do uso de formas eletrônicas de pagamento na região.
Também se explora a possível homologação do tratamento tributário dos depósitos obtidos pelos
fundos de pensões reconhecidos dos países da Aliança quando investirem em outro país-membro.
Na área de aplicação em infraestrutura, busca-se a criação de um fundo que contribua para o
desenvolvimento de projetos de investimento em infraestrutura na região, assinalado como uma
grande dificuldade para o avanço do comércio intra-regional.
"Acredito que este seja um passo que poderemos tomar rapidamente", disse o presidente Santos,
da Colômbia.
Na reunião foi discutida também a possibilidade de eliminar o cargo internacional em chamadas
entre os países da Aliança, para que haja uma tarifa única e reduzida entre a Colômbia, Peru, Chile
e México.
Fonte:
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/mundo/2016/07/01/interna_mundo,538681/alian
ca-do-pacifico-propoe-maior-integracao-para-enfrentar-o-brexit.shtml
ESTADÃO
http://www.estadao.com.br/
Internacional
Paraguai age para vetar Caracas à frente do Mercosul
Em desafio a Uruguai e Argentina, Assunção ameaça boicotar cúpula de chanceleres e
exige reunião urgente do bloco para punir Venezuela
RODRIGO CAVALHEIRO, CORRESPONDENTE / BUENOS AIRES - O ESTADO DE S. PAULO
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6
04 Julho 2016 | 05h 00 - Atualizado: 04 Julho 2016 | 05h 00
BUENOS AIRES - O governo paraguaio está disposto a enfrentar aliados regionais para impedir que
a Venezuela assuma a presidência do Mercosul pelos próximos seis meses. Assunção quer uma
reunião urgente de chanceleres no dia 7 para discutir a suspensão de Caracas. Se não for
atendida, pretende boicotar a cúpula do bloco no dia 12 em Montevidéu e assim impedir a troca de
comando, que a seu juízo exige consenso.
A tática foi relatada ao Estado por um assessor direto do presidente paraguaio, Horacio Cartes,
que na sexta-feira fez um discurso no Congresso alertando para a violação de direitos humanos
pelo governo de Nicolás Maduro. “O mundo é testemunha dos abusos sofridos pelo povo da
Venezuela”, disse. Ele acrescentou que, como membro do Mercosul, seu país “não pode ficar
calado”.
Há uma semana, em Montevidéu, o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, disse que a cúpula do
bloco prevista para o dia 12 já não reuniria os presidentes, em função das crises no Brasil e
principalmente na Venezuela. Ele garantiu, no entanto, que os chanceleres do bloco se
encontrariam e a presidência temporária do Mercosul, desde dezembro em mãos do Uruguai, seria
entregue a Caracas. Em uma espécie de transição supervisionada, aprovada pela Argentina, as
negociações de um acordo de livre comércio com a União Europeia permaneceriam nas mãos do
Uruguai.
O anúncio foi o começo de um distanciamento que o Paraguai promete aumentar, enfrentando até
mesmo a Argentina, com quem mantinha até o começo do ano a maior sintonia dentro do bloco.
O chanceler paraguaio, Eladio Loizaga, protestou na quinta-feira, dia em que pediu a reunião de
emergência de chanceleres. O diplomata afirmou que não havia sido consultado sobre o anunciado
por Novoa e, no fim de semana, reiterou que a passagem de poder à Venezuela “não estava
definida”.
Paraguai e Argentina demonstraram sintonia na última cúpula do bloco em Assunção, quando o
presidente argentino, Mauricio Macri, pediu a suspensão de Caracas do bloco caso não houvesse a
libertação de presos políticos. Desde então, a Argentina moderou sua posição e o Paraguai,
suspenso após um processo de impeachment relâmpago de Fernando Lugo em 2012 - período no
qual a Venezuela entrou no bloco -, passou a ser o principal rival de Caracas.
“A médio prazo, sabia-se que a entrada de Venezuela no bloco seria uma catástrofe, é um país
dependente do petróleo com pouco em comum com os demais. Foi uma tentativa do Brasil de
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7
manter de alguma maneira Caracas dentro das normas democráticas, que agora ajuda a colocar o
Mercosul em terapia intensiva”, disse ao Estado Eduardo Sadous, embaixador argentino em
Caracas entre 2002 e 2005.
Sadous acredita que uma punição por meio do uso da cláusula democrática não reverteria a crise
no país caribenho e cita o exemplo de Cuba, “onde o povo só sofreu com o bloqueio americano”.
Na avaliação do ex-embaixador, a decisão paraguaia de subir a aposta contra a Venezuela tem
relação com a suspensão que sofreu em 2012.
Opinião semelhante tem o analista Rosendo Fraga, que acompanhou a fundação do bloco e hoje
dirige o instituto Unión para la Nueva Mayoría. “Politicamente, o Paraguai está devolvendo o
tratamento que teve do Mercosul quando Lugo foi destituído. Não há antecedentes, mas as
circunstâncias políticas podem fazer com que o Paraguai tenha êxito. Para Argentina e Brasil,
produzir uma crise no Mercosul para favorecer Maduro nessas circunstâncias não tem sentido”.
O Itamaraty não comentou a decisão paraguaia de tentar vetar a passagem da presidência a
Caracas. Em visita a Buenos Aires em maio, o chanceler José Serra afirmou que o país defendia o
uso do diálogo no caso, mas não estava em situação de se apresentar como mediador da questão.
Fonte:
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,paraguai-age-para-vetar-caracas-a-
frente-do-mercosul,10000060773
VALOR ECONÔMICO
http://www.valor.com.br/
Brasil
Na crise, média empresa busca mercado nos países vizinhos
Por Tainara Machado | De Bogotá e Lima
04/07/2016 às 05h00
Em 2012, a fabricante de cosméticos Phyto Ativo decidiu que era hora de exportar. A primeira
tentativa foi um contrato fechado com uma firma italiana. A operação, porém, virou uma grande
dor de cabeça, conta Carolina Mella, dona da empresa. "O trâmite burocrático deu muito trabalho,
tivemos problema com o despachante e naquela época a economia estava bem melhor", afirma.
No ano passado, porém, o cenário mudou. "Quando a gente viu o dólar aumentando daquele jeito,
pensei que era hora de procurar mercado fora". Além disso, o consumo interno já não era o
mesmo. Com a crise, as visitas aos salões de beleza ficaram mais espaçadas. "A cliente não corta
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8
totalmente a ida ao salão, mas reduz a frequência, por isso não tivemos retração tão forte do
faturamento, mas ele diminuiu. E esse foi um estímulo para a nossa decisão de voltar a tentar
exportar".
Por isso, a empresária achou interessante quando soube, pelo Sebrae, da realização da primeira
missão comercial organizada pela InvesteSP, a agência paulista de promoção de investimentos e
competitividade. Com apoio da Apex, a entidade reuniu mais de 40 pequenos e médios
empresários para uma viagem de cinco dias para a Colômbia e o Peru, com rodada de negócios e
visitas técnicas.
Ao todo, ao longo da terceira semana de junho, foram realizadas mais de 400 reuniões de
empresas de diversos ramos de atividade, de bens manufaturados até serviços de alta tecnologia.
A estimativa da InvesteSP é que os encontros possam render mais de US$ 40 milhões em negócios
no futuro. A decisão da Phyto Ativo de tentar vender para o exterior não é um fenômeno isolado.
Os dados de comércio exterior mostram que o número de empresas exportadoras aumentou 12%
de janeiro a maio, em relação ao mesmo período de 2015. No período, 1,7 mil novas empresas
exportaram, todas com embarques abaixo de US$ 1 milhão.
São empresas que, em alguns casos, nunca tiveram contato com compradores de outros países e
precisaram começar do zero. Antes de embarcar, os empresários que participaram da missão
foram a workshops da área de exportações da InvesteSP, no qual aprenderam a formar preços,
preparar documentos, pensar em embalagens que atendam ao mercado consumidor e até a
desenvolver site e catálogo em inglês e espanhol, diz Silvana Gomes, que coordena a área.
A Flash Engenharia, empresa de Sorocaba especializada em sinalizadores para veículos como
ambulâncias e viaturas, foi até um pouco além: contratou o especialista Cristiano Becker para
supervisionar seus negócios internacionais.
Pedro Reis, sócio da Flash, passou um mês na Espanha em janeiro para aperfeiçoar o idioma,
dentro da estratégia de alavancar embarques para a América Latina.
A Flash deixou a missão com uma encomenda de 200 sinalizadores para motocicletas. "Não
paramos aqui, fizemos reuniões até as nove da noite", contou o sócio no fim do segundo dia de
reuniões, em Lima.
A decisão de exportar veio há pouco tempo e foi motivada pela queda de 36% do faturamento em
2015. A empresa foi bastante afetada pela penúria fiscal nas prefeituras e Estados, principais
compradores de sinalizadores.
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9
Em novembro de 2015, a Flash começou a vender para o exterior, inicialmente para o Chile e
depois para o Peru, Paraguai e Uruguai. A taxa de câmbio deu um empurrão importante, mas a
recente valorização do real não ameaça os negócios, diz Reis. Segundo ele, a empresa vê nesses
mercados a oportunidade de substituir o produto americano.
"Tanto o Peru quanto a Colômbia estão procurando algo com mais qualidade, que o chinês não
tem, mas que ainda tenha um preço interessante".
Por enquanto, a empresa não tem uma meta para qual porcentagem da receita pode vir da
exportação nos próximos anos, já que esse é o primeiro ano de atividade internacional. Mas, por
enquanto, as perspectivas são otimistas. A meta inicial para as vendas externas em 2016, diz
Pedro, era de R$ 120 mil, mas apenas nos primeiros seis meses do O resultado evitou que a Flash
tivesse nova queda do faturamento no primeiro semestre. A empresa considera que, se as
exportações deslancharem, pode fazer sentido ter uma linha de produção apenas para
exportações, o que a levaria a voltar a contratar. No ano passado, a Flash demitiu 30 dos 80
funcionários por causa da queda dos pedidos.
A NSF Equipamentos avalia que, se de fato conseguir contratos no exterior, vai precisar até
ampliar o número de empregados. A empresa, que tem 400 funcionários e fabrica estruturas para
supermercados, também saiu do Peru convencida de que o potencial para seus produtos no
exterior é alto.
Walcenir Queiroz, diretor comercial da companhia, avalia que as vendas prospectadas ao longo da
viagem podem somar 10% do faturamento em 12 meses, caso se concretizem. Para ele, o
movimento recente do câmbio não deve ser um empecilho. "Até [dólar a] R$ 3,00, a exportação
ainda é interessante", diz.
O interesse no exterior veio depois da "sacudidada" na economia brasileira no ano passado. As
vendas da empresa, que vinham crescendo em ritmo acelerado, caíram 30% em 2015, reflexo da
redução dos investimentos em expansão das principais redes de supermercados do país. Para o
diretor, a NSF tem uma vantagem competitiva nos mercados latino-americanos porque investiu
bastante em tecnologia e capacidade para atender a demanda brasileira nos anos pré- crise. "Nós
não tínhamos tempo para olhar para fora, mas agora percebemos que temos um produto bom e
demanda aqui", explica.
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10
Carlos Giraldo, gerente da Aserto Negocios, consultoria colombiana que auxiliou os empresários na
procura por clientes no país, avalia que é justamente na metalurgia que o Brasil tem mais chances
de ganhar mercado.
"Compramos equipamentos principalmente dos Estados Unidos e da Europa, mas os colombianos
estão buscando mais agilidade".
O Brasil exporta principalmente manufaturados para a Colômbia, mas o país representa apenas
1,2% no total dos embarques brasileiros para o exterior. Mesmo assim, para os pequenos e
médios empresários, esse é um mercado interessante. "Uma empresa de cinco mil empregados na
Colômbia é de grande porte aqui", diz Giraldo.
As companhias do setor industrial estavam otimistas com a missão. A Sitron, que faz equipamentos
para controle dos processos industriais, teve uma das agendas mais cheias do evento. A Sitron já
atua há mais de 15 anos no mercado internacional, com exportações para Estados Unidos, Ásia e
México. "Agora queremos chegar na América do Sul", diz Vivian Jospa, representante comercial,
que planeja elevar o percentual do faturamento que vem da exportação dos atuais 20% para 50%
nos próximos anos.
Para os empresários brasileiros, o mercado latino-americano atrai interesse pela proximidade
geográfica e cultural, que facilita o primeiro contato. O espanhol também é considerado uma
barreira menor que o inglês. E há ainda um fator relevante: embora também tenham sido afetados
pela queda dos preços das commodities, essas economias ainda apresentam taxas de expansão
substantivas, se comparadas ao Brasil.
Segundo as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Colômbia deve crescer 2,5%
neste ano e 3% em 2017, enquanto as taxas de expansão esperadas para o Peru no mesmo
período são de 3,7% e 4,1%, respectivamente.
O que mais atrapalha os negócios ainda é o custo logístico. Giraldo, da Aserto Negocios, avalia que
o Brasil sai perdendo nesse quesito porque os volumes desembarcados para o país são muito
menos expressivos do que o que chega dos Estados Unidos e da China, que por isso conseguem
um custo de transporte mais competitivo.
"Estamos perto, mas é algo que pode diminuir a competitividade", diz Victoria Sandoval, gerente
do escritório da Apex em Bogotá.
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11
Silvana Gomes, coordenadora da área de exportações da InvesteSP, avalia que além dos custos
logísticos, um desafio nesse processo é dar continuidade ao processo de internacionalização da
empresa, depois da primeira exportação bem-sucedida. Exportar, afirma, exige um esforço
contínuo de aproximação e contato com o cliente externo. De qualquer forma, ela acredita que
essa é uma oportunidade relevante de aumento da competitividade dessas companhias: "A marca
se valoriza, o empresário dilui o risco do seu negócio, a exportação exige certa inovação
tecnológica e aumento da competitividade. No fim, a empresa fica mais eficiente até para competir
no mercado doméstico".
A repórter viajou a convite da InvesteSP
Fonte:
http://www.valor.com.br/brasil/4622873/na-crise-media-empresa-busca-mercado-nos-
paises-vizinhos
Wall Street Journal Americas
Depois da Brexit, investidor aposta nos emergentes
Por Julie Wernau e Ira Iosebashvili | The Wall Street Journal
04/07/2016 às 05h00
Uma semana após a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia ter provocado uma venda
generalizada de ativos nos mercados globais, alguns investidores já apostam numa recuperação
dos emergentes.
Ações e títulos de dívida do mundo em desenvolvimento sofreram pesadas perdas depois da
surpreendente decisão de 23 de junho, a chamada Brexit. Moedas como o peso mexicano, o zloty
polonês e o rand sulafricano caíram mais de 5% nos dois dias após o referendo.
Mas essas moedas subiram entre 2% e 6% nos quatro dias seguintes. O real já avançou 4,8%
desde a votação.
Na sexta-feira, a BM&F Bovespa tinha acumulado uma alta de 6,1% em relação à sua mínima do
pós-Brexit e o Índice Xangai Composto, de 2,7%.
Os ganhos nos mercados emergentes são parte de uma alta global generalizada, inclusive dos
preços do petróleo e das bolsas dos Estados Unidos. Até a libra britânica, que despencou depois da
Brexit, ficou estável em relação ao dólar, subindo 0,4% em comparação ao seu menor valor desde
o resultado do referendo.
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12
Agora, os investidores estão tentando determinar quais forças sairão vencedoras. As incertezas
políticas e econômicas da Europa vão desencorajar investimentos mais arriscados? Ou a Brexit vai
ter um efeito no crescimento global menor do que alguns temem, enquanto juros mais baixos no
mundo todo levam os investidores a buscar retornos maiores nos mercados emergentes?
"É isso que os mercados fazem", diz Chris Pavese, diretor de investimento da gestora americana
de recursos Broyhill Asset Management, que converteu 40% do seu portfólio em dinheiro até
decidir seu próximo passo. "Eles oscilam entre o otimismo extremo e o pessimismo extremo."
Os ativos dos mercados emergentes começaram o ano em alta, juntamente com outros de maior
risco, como ações, petróleo e outras commodities.
Essas altas refletiram uma mudança drástica na visão dos investidores. Os mercados emer¬gentes
haviam registrado quedas ao longo da maior parte dos últimos três anos. No início de 2016, muitos
analistas e gestores de fundos acreditavam que a alta recente do dólar continuaria e que o Federal
Reserve, o banco central americano, iria elevar os juros nos EUA. Mas, com a introdução de taxas
negativas no Japão e certos países europeus, alguns investidores migraram para ativos de maior
rentabilidade do mundo em desenvolvimento.
Em junho, o dólar caiu para o seu nível mais baixo em quase 12 meses diante de dados mais
fracos de criação de emprego nos EUA e sinais de que o Fed não deve elevar os juros este ano.
Um dólar mais desvalorizado facilita o pagamento de dívidas na moeda americana nos países
emergentes. Também tende a impulsionar os preços de matérias-primas como petróleo e metais,
importantes produtos de exportação em muitos emergentes.
"Em termos de como isso afeta os países emergentes, como México e Indonésia, de fato não muda
substancilamente nosso cenário de investimento lá", disse Micha¬el Hasenstab, gestor de portfólio
da Franklin Templeton, um dia após o referendo britânico.
Alguns creem que os emer¬gentes podem ter uma recuperação mais rápida do que a observada
depois da crise financeira porque esses ativos não foram a causa da queda nos mercados.
A crise de dívida da América Latina nos anos 80 afugentou por anos muitos investidores dos
mercados de mundo todo. Ela só arrefeceu quando o Fundo Monetário Internacional lançou uma
série de pacotes de socorro a países em dificuldade. Aí veio a crise de dívida da Rússia, em 1998,
que derrubou os mercados de títulos de dívida e levou o fundo de hedge americano Long-Term
Capital Management ao colapso.
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"A boa notícia é que, desta vez, os problemas não estão sendo originados nos mercados
emergentes", diz Alejo
Czerwonko, diretor de estratégia de investi¬mento em mercados emergentes no banco suíço UBS,
que administra US$ 2 trilhões em ativos.
Os mercados emergentes se recuperaram mais rapidamente após a crise financeira de 2008,
deflagrada pela quebra do banco americano Lehman Bro¬thers Inc. Um ano depois, as bolsas da
América Latina e da Ásia ganharam impulso com a alta dos preços das commodities e voltaram a
seus níveis pré-crise.
Mas a desaceleração do crescimento na China, um grande consumidor de matérias-pri¬mas,
interrompeu essa alta. Muitos receiam que a queda atual na demanda chinesa venha a ser
novamente um problema.
Se o dólar prosseguir em sua trajetória de alta, como foi o caso na turbulência que atingiu os
mercados, a China pode ser pres¬sionada a desvalorizar o yuan e frear ainda mais seu
crescimento.
Depois da Brexit, a moeda chi¬nesa recuou ao seu menor nível em relação ao dólar nos últimos
cinco anos.
Indícios de uma des¬valorização do yuan "perturbariam totalmente os mercados globais", diz
Michael Mullaney, diretor financeiro da americana Fiduciary Trust Co., que tem US$ 11,5 bilhões
em carteira.
Uma desvalorização acentuada do yuan elevaria o endividamen¬to das empresas da China que
captaram em dólar, intensificando os temores de uma desaceleração da economia do país.
Segun¬do o banco americano Brown Brothers Harriman, cada 1% de queda no yuan custaria
cerca de US$ 8 bilhões às firmas chinesas.
Um dólar valorizado também dificultaria o pagamento de dívidas na moeda americana. Agências de
classificação de risco rebaixaram recentemente as notas de crédito de vários países em
desenvolvimento, inclusive Brasil, Venezuela e outros exportadores de commodities, e alguns
investidores temem moratórias.
Fonte: http://www.valor.com.br/impresso/wall-street-journal-americas/depois-da-brexit-investidoraposta-nos-emergentes
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O GLOBO
http://www.globo.com/
Economia
Dólar em baixa ameaça exportações, mas pode aliviar recessão
Indústria exportadora reclama de prejuízo com dólar 18% menor no ano.
Entenda como o câmbio exerce efeitos sobre a economia.
Taís Laporta
Do G1, em São Paulo
04/07/2016 05h00 - Atualizado em 04/07/2016 07h21
O dólar em baixa ameaça a boa fase das exportações brasileiras, mas pode ter um efeito colateral
benéfico para a economia em recessão, avaliam economistas ouvidos pelo G1. Mesmo que uma
queda mais profunda leve a balança comercial de volta ao vermelho, ela pode ser um remédio
contra a inflação – num momento em que os juros perderam a eficácia no controle dos preços.
Na última semana, o dólar bateu o menor patamar em quase um ano frente ao real, confirmando a
mudança de rota após ter subido 48% no ano passado. A moeda dos Estados Unidos recuou 18%
no 1º semestre e teve em junho a maior alta mensal desde abril de 2003.
Mesmo com essa queda, o dólar está longe de alcançar patamares de dois anos atrás. Em julho de
2014, ele era vendido por volta de R$ 2,20. Segundo economistas, a moeda norte-americana
acima de R$ 3 ainda garante o saldo da balança comercial e ajuda a proteger a indústria nacional
da concorrência de fora – mas esse cenário pode mudar se o dólar continuar caindo.
“A balança comercial ainda é sustentável neste patamar [dólar acima de R$ 3]. Mas é preciso
encontrar a cotação ideal para o país continuar exportando e ao mesmo tempo ter uma inflação
mais controlada”, afirma o economista Alexandre Wolwacz, sócio-fundador do Grupo L&S.
Mesmo com a desvalorização de 11% do dólar em junho, a balança comercial continua
colecionando resultados positivos. No primeiro semestre, o saldo do comércio exterior foi a maior
em 28 anos, quando começou a série histó
rica.
Mas os produtos industrializados perderam espaço nas exportações. Os manufaturados recuaram
4% entre janeiro e junho, com as maiores quedas no setor de autopeças (-25%) e motores para
veículos (-22,6%), segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
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Indústria exportadora reclama
O dólar abaixo de R$ 3,30 já dificulta a negociação dos contratos de exportação da Wolfstore,
fabricante gaúcha de tecidos e estamparia. O volume exportado pela empresa caiu cerca de 70%
desde que o câmbio inverteu a trajetória, conta o gerente de negócios da empresa, Cláudio Wolf.
Com o real mais forte, Wolf conta que precisa brigar por preços melhores para viabilizar os
contratos, o que não ocorria com o câmbio acima de R$ 3,50. “Se o dólar continuar caindo vai
dificultar bastante nossas vendas para fora”, diz Wolf.
"A balança comercial no vermelho não é tão prejudicial quanto uma população desempregada
passando fome, e estamos vendo isso acontecer"
A pequena empresa de Novo Hamburgo (RS) exporta para países como México, Colômbia e
Argentina, mas sua receita está protegida pela presença maciça na indústria de moda nacional,
que chega a 97% das vendas.
Perda de competitividade
Um dos argumentos contra a valorização do real é que ela enfraquece a indústria nacional, uma
vez que a entrada maior de produtos importados no país aumenta a concorrência e pressiona os
preços para baixo.
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, diz que
a queda do dólar tira a competitividade da indústria, já afogada pelo alto custo da produção,
enquanto as exportadoras de commodities têm margem maior para aguentar mudanças no
câmbio.
“A maior prejudicada é a indústria de manufaturados, que já perdeu espaço no comércio exterior.
As empresas que fizeram contratos de venda no ano passado vão amargar prejuízose vão deixar
de vender, ameaçando os empregos”, diz Castro.
Para ele, o dólar a R$ 3,80 é o patamar ideal para ajudar a competitividade da indústria. Mas o
presidente da AEB acrescenta que o câmbio, sozinho, não soluciona todos os problemas da
indústria. “O câmbio ajuda, mas não compensa todas as deficiências de logística e custo”, diz.
Em nota, a Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) declarou que uma taxa de
câmbio abaixo de R$ 3,80 "coloca em risco este início de recuperação [da economia], desestimula
o setor produtivo a brigar no mercado externo e elimina o único drive disponível no curto e médio
prazo para voltarmos a crescer”.
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Para Wolwacz, do L&S, o dólar forte protege a indústria da competição externa, mas não incentiva
a produção. “Estamos em franco processo de desindustrialização. O forte no Brasil são os
agronegócios, comércio e serviços, e são esses setores que precisam ser incentivados no
momento”.
Efeitos do câmbio na economia
Na visão de Wolwacz, os benefícios trazidos pela queda do dólar para o conjunto da economia
superaram os malefícios causados à indústria. "Uma balança comercial no vermelho não é tão
prejudicial quanto uma população desempregada passando fome, e estamos vendo isso
acontecer”, diz.
Para ele, é equivocada a ideia de que o dólar baixo só beneficia turistas com planos de viajar ao
exterior. “A desvalorização da moeda dos EUA traz um importante alívio para a inflação e isso pode
gerar efeitos benéficos para a economia”.
O economista do grupo L&S vê com otimismo a entrada de produtos importados no país, com o
real mais forte, que estimularia uma queda nos preços capaz de dar margem para o Banco Central
reduzir a taxa básica de juros, hoje em 14,25% ao ano. "Isso fomentaria o crédito e o consumo,
estimulando a geração de empregos".
NO BRASIL
Taxa de juros
No fim de junho, o Banco Central informou que o cenário ainda "não permite trabalhar com a
hipótese de flexibilização das condições monetárias [corte de juros]". Ou seja, deve levar mais
tempo que o esperado para a taxa Selic começar a cair. Hoje ela está em 14,25% ao ano, o maior
patamar em 10 anos. Os juros altos aumentam o apetite dos estrangeiros em investir no Brasil e
isso ajuda a fortalecer o real frente ao dólar.
Repatriação de recursos
A lei que permite a brasileiros a regularizar o dinheiro não declarado no exterior (pelo pagamento
de impostos) tende a incentivar a entrada de dólares no país, fortalecendo o real. “Tem muito
dinheiro lá fora. Esses recursos são revertidos para os cofres públicos e podem ajudar as contas do
governo, além de empurrar o dólar para baixo”, explica Wolwacz, da L&S.
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Cenário político
As incertezas sobre o afastamento definitivo de Dilma Rousseff na presidência têm levado o dólar a
oscilar, segundo analistas, já que o mercado entende que o processo definitivo do impeachment
daria espaço para a concretização de novas medidas econômicas.
Intervenções do BC
Desde que Ilan Goldfajn assumiu a presidência do BC, o órgão só fez uma intervenção no câmbio,
depois que a moeda fechou a R$ 3,21 pela primeira vez em quase 1 ano. Ele sinalizou ser
favorável ao câmbio flutuante, ou seja, deixar o dólar flutuar pela força do mercado e sem fazer
leilões de swap cambial (que equivalem à compra ou venda de dólares do mercado futuro).
Segundo analistas, essa “falta de intervenção” seria um sinal de que o BC pretende deixar o dólar
cair.
NO EXTERIOR
Vitória da Brexit
O referendo que decidiu pela saída do Reino Unido do bloco da União Europeia gerou incertezas
econômicas em todo o mundo. Isso leva maior cautela aos mercados e faz com que bancos
centrais dos países desenvolvidos segurem as taxas de juros a níveis muito baixos (inclusive
negativos, como no Japão e Alemanha), levando investidores a procurar mercados mais atrativos
para alocar seu dinheiro. Isso reflete na queda do dólar frente a várias moedas.
Juros nos EUA
Com o resultado do Brexit, o Federal Reserve (BC dos Estados Unidos) deu sinais de que não
subirá as taxas de juros no país tão cedo quanto se imaginava. Com isso, o capital estrangeiro que
migraria para lá com um aumento dos juros tende a permanecer em outros mercados,
especialmente os emergentes, que oferecem taxas de juros mais atrativas. Isso segura a cotação
do dólar.
Commodities
A Brexit derrubou temporariamente os preços das principais matérias-primas, mas elas logo
voltaram a se recuperar. O petróleo chegou a tocar US$ 50 o barril nas últimas semanas, após ter
atingido mínimas históricas no começo do ano, negociado abaixo de US$ 30. O minério de ferro
também se recuperou, confirmando o fim do ciclo de queda. Essa valorização das commodities
atrai mais dólares para países exportadores como o Brasil, pressionando sua cotação para baixo.
Fonte:
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/07/dolar-em-baixa-ameaca-exportacoes-mas-
pode-aliviar-recessao.html
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AGÊNCIA BRASIL
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Internacional
Itamaraty organiza encontro com países do Cone Sul para discutir
contrabando
01/07/2016 15h22 São Paulo
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
O ministro das Relações Exteriores, José Serra, informou hoje (1º) que o Itamaraty vai organizar
um encontro com os países do Cone Sul para discutir a cooperação no combate ao contrabando na
região. Segundo o ministro, estão sendo os feitos os preparativos para que o evento ocorra até o
fim deste mês.
“A cooperação é em matéria de informação, em termos de forçar que eles [países da região]
reprimam essas atividades internamente. E até no sentido de fornecer equipamentos e homens, se
for necessário, para esse combate”, ressaltou o ministro, ao participar de um fórum sobre
contrabando promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Para Serra, a entrada ilegal de produtos no Brasil é um problema que atingiu proporções
gigantescas. “O contrabando em escala fenomenal, como é no Brasil, tira dinheiro dos impostos e
não gera empregos”, disse ele, ao lembrar que essas atividades são controladas por quadrilhas, o
que também reduz a segurança dentro do país.
“É uma política que visa, sobretudo, à economia e à segurança da população brasileira”,
acrescentou o ministro, que enfatizou a importância de agir para coibir essas ações.
O ministro disse, inclusive, que já tratou do problema com autoridades paraguaias, uma vez que o
país vizinho é apontado como uma das principais origens das mercadorias contrabandeadas que
chegam ao Brasil. “O ministro das Relações Exteriores do Paraguai esteve em Brasília, conversei
bastante com ele. [Os paraguaios] estão com o ânimo absolutamente cooperativo nessa matéria.”
Internamente, ressaltou Serra, a intenção é integrar os trabalhos dos diferentes órgãos que atuam
em relação ao tema. “O governo decidiu ter uma ação coordenada. Há setores muito competentes
na área, como a Receita Federal e a Polícia Federal. O que se demanda é a coordenação, inclusive
com as Forças Armadas”, destacou.
Fonte:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-07/serra-diz-que-vai-promover-
encontro-com-paises-do-cone-sul-sobre
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Argentina
LA NACIÓN (ARGENTINA)
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Economia
Bolivia enviará más gas natural a la Argentina
Con una nueva planta, incrementará en 10% su producción
LUNES 04 DE JULIO DE 2016
Bolivia aumentará en las próximas semanas su producción de gas natural en un 10% gracias a una
planta operada por la compañía francesa Total, lo que permitirá asegurar los envíos a Brasil y a la
Argentina, dijo ayer el ministro de Hidrocarburos, Luis Sánchez.
En una entrevista con la prensa de su país, Sánchez explicó que la producción global de gas se
incrementará próximamente de 60 millones a 66,7 millones de metros cúbicos diarios por la
producción en la planta de Incahuasi, ubicada en el este de Bolivia. Agregó que entre 2021 y 2022
la producción boliviana subirá a 74 millones de metros cúbicos diarios del energético.
"Estamos haciendo las mayores inversiones para cumplir con los contratos que hemos firmado",
dijo el ministro Sánchez.
El alto funcionario se refirió al tema a propósito de una reciente disminución de los envíos de gas
natural hacia el mercado argentino, donde las autoridades pidieron a sus industrias restringir el
consumo del combustible ante la baja. En la entrevista, Sánchez ratificó que se está cumpliendo
con el contrato con la Argentina y sostuvo que en una reciente reunión entre autoridades estatales
de la empresa boliviana YPFB y de la argentina Enarsa se verificó el cumplimiento en promedio de
las entregas.
"Entonces, hemos cumplido el contrato con la Argentina y con Brasil y tenemos una seguridad
energética en el tema de gas al mercado nacional que nunca tuvimos", sostuvo Sánchez.
Fonte: http://www.lanacion.com.ar/1915077-bolivia-enviara-mas-gas-natural-a-la-argentina
Política
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20
Macri se reunió en Bruselas con una representante de la UE para
acercarse al bloque
El presidente argentino busca en Europa dinamizar el vínculo con el Mercosur y
conseguir nuevas inversiones
LUNES 04 DE JULIO DE 2016 • 08:23
BRUSELAS.- El presidente Mauricio Macri se reunió con la alta representante de la Unión Europea
para la Política Exterior, Federica Mogherini, en la sede de la Comisión Europea, en Bélgica.
Tras las reunión, brindaron una conferencia de prensa la canciller Susana Malcorra y Mogherini, en
la que destacaron como "excelente" y "muy positiva" la reunión entre el presidente Mauricio Macri
y la jefa de la diplomacia europea y celebraron los "pasos muy positivos y concretos" alcanzados a
nivel cooperación entre la Argentina y la Unión Europea.
Durante el encuentro, se rubricaron tres acuerdos de cooperación. Malcorra contó que Macri y
Mogherini hablaron de "cómo moverse hacia adelante" en el marco del acuerdo que negocian
desde hace años la UE y el Mercosur, y sostuvo que si bien "las ofertas iniciales son muy
importantes" hace falta "empujar para tener una oferta final tan pronto sea posible".
La canciller señaló también que en el encuentro se evaluó que el Banco Europeo de Inversiones
"puede ser importante para abrir oportunidades en el corto plazo em Argentina ", debido a que
Macri busca que las reformas implementadas por su gobierno "lleguen a la gente y para eso la
Unión Europea es un socio fundamental" para generar inversiones.
Por su parte, Mogherini tildó su reunión con Macri como "excelente", resaltó los "pasos muy
positivos y concretos a nivel cooperación" y destacó que la visita del mandatario es "la primera de
un presidente argentino en 20 años".
"No es una casualidad sino producto del esfuerzo de la diplomacia argentina y el papel que busca
cumplir en el mundo", subrayó.
Además, Mogherini dijo que a nivel regional, Argentina estaba siendo "un actor clave" y moviendo
"hacia adelante el acuerdo UE-Mercosur".
Luego de su reunión con la Alta Representante de la Unión Europea para la Política Exterior en la
sede de la Comisión Europea, en la capital belga, Macri se dirigió al edificio del Consejo Europeo,
donde desde poco después de las 13.30 (hora local) mantiene un almuerzo con su titular, Donald
Tusk.
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Antes, en una entrevista que brindó al diario español ABC en su gira por el continente europeo,
Macri había afirma que el país pagó muchos peajes "por haber incumplido compromisos
sistemáticamente y por haber alterado las estadísticas internas".
El jefe de Estado repasó en la entrevista la situación del país tras doce años de gobierno de los
Kirchner y resaltó: "Como presidente, les digo la verdad a los argentinos. Hemos sincerado la
economía, las estadísticas".
Macri, que a principios de mes inició una gira por Francia , Bélgica y Alemania , agregó que quiere
"dinamizar el vínculo que ya hemos comenzado entre Mercosur y la Unión Europea", a la vez que
"espera conseguir con Alemania una corriente de inversiones y de nuevas empresas".
Respecto a la herencia recibida de la presidenta Cristina Kirchner , dijo que encontró un "Estado
devastado, carcomido por la inoperancia y la corrupción".
Sobre el futuro del país, aseguró que bajará la inflación en el segundo semestre, que se van a
empezar a ver las inversiones y que "el año que viene vamos a crecer". Al ser preguntado por la
situación política de Venezuela , denunció que este país tiene un gobierno "que violó todos los
derechos humanos" y que sus ciudadanos "necesitan un referéndum, necesitan ir a las elecciones
lo más rápidamente posible".
Agencias Télam y EFE
Fonte: http://www.lanacion.com.ar/1915198-mauricio-macri-bruselas-ue
PÁGINA 12 (ARGENTINA)
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Política
“Un ALCA hoy sería un desastre”
Por Martín Granovsky
Antes de un acto en San Pablo organizado por el Instituto Lula y Clacso, Amorim explicó por qué
sigue queriendo una política exterior “altiva y activa”, cuál es el peligro que significa el gobierno de
Temer, qué límites tiene la Alianza del Pacífico y cómo relacionarse con los Estados Unidos.
Pregona una política exterior “activa y altiva” y cumple el lema para sí mismo. A los 74 años Celso
Amorim, canciller de Lula durante sus ocho años de gobierno y ministro de Defensa de Dilma
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Rousseff en su primer mandato, forma parte de un grupo que asesora al secretario general de las
Naciones Unidas en cuestiones de salud y crisis sanitarias. Pero se deja tiempo para la política y la
investigación: mañana presentará su nuevo libro en lo que se promete ser un verdadero y accedió
a un diálogo telefónico con este diario.
En medio del proceso anticonstitucional en marcha en Brasil, a las 19 en San Pablo Amorim dará
una conferencia y firmará autógrafos en la primera página de su último libro, “Teherán, Ramallah y
Doha, Memorias de una política exterior activa y altiva”. El acto será transmitido en streaming vía
Internet por el Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, uno de los organizadores junto con
el Instituto Lula, la Fundación Perseu Abramo del PT, el antigolpista Frente Brasil Popular, la
Fundación Friedrich Ebert y el Grupo de Reflexión sobre Relaciones Internacionales.
–¿Michel Temer encabeza un gobierno golpista o interino?
–Prefiero evitar un problema semántico. Lo que pasó en Brasil es como si el cambio de Cristina a
Mauricio Macri se hubiera dado sin una elección de por medio. Sin entrar en los aspectos técnicos,
en mi opinión en la acusación contra Dilma Rousseff no es firme la sospecha de que cometió un
delito de responsabilidad fiscal. Además, el mecanismo del impeachment no está hecho para
cambiar un gobierno por otro de tendencia opositora. En un sistema presidencialista esa tarea le
corresponde al pueblo cuando vota. Si no se pone en riesgo la legitimidad política en el sentido
weberiano de la expresión. Cuando fue el impeachment al presidente Fernando Collor de Mello se
generó un gran sentimiento de unión nacional. Hoy sucede lo contrario. No sé si el gobierno de
Temer se va a sostener o no. Si se sostiene vamos a tener un período largo de dificultades. Justo
estuve en los Estados Unidos cuando se produjo el proceso de juicio político a Richard Nixon, que
renunció antes de que la Cámara de Representantes tratara su caso en el plenario, y el juicio a Bill
Clinton, que no resultó culpable para el Senado. Nadie pensaba que un juicio político a Nixon
tendría como resultado inmediato su reemplazo, sin elecciones, por George McGovern, un
demócrata que se había opuesto a la guerra de Vietnam. Tampoco un juicio a Clinton sería para
sustituirlo por el ultraconservador Jesse Helms. El cambio total de orientación político-ideológica no
es el objetivo del impeachment.
–Los peritos del Senado dictaminaron en los últimos días que Dilma no cometió delito.
–Sí, fueron muy claros. En una de esas acusaciones ya se estableció que la Presidenta no tuvo
ninguna participación. O sea que ni siquiera hubo una acción, ni buena ni mala. Las decisiones
pasaron por debajo de ella y a través de funcionarios que se manejaron utilizando lo que creían
eran las reglas.
–¿Qué cambió en la política exterior con la dupla Serra-Temer?
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–Para desplegar una buena política exterior es bueno tener un gobierno con legitimidad y apoyo
interno. Lula disfrutaba de ambas cosas, además de lo que significaba él mismo como símbolo: un
tornero que llegó a Presidente. Era un gran aporte histórico. La visión de Lula sobre el mundo
reconocía el rol que Brasil podía tener en la región y en el planeta no solo para defender sus
propios intereses. También para ayudar a procesos de evolución en las relaciones internacionales.
La gente dice a veces que el Mercosur fue un fracaso. Pero el Mercosur evolucionó. La integración
se desarrolló. Se creó Unasur. Se creó la Celac. Cosas que no se habían visto en 200 años de vida
independiente. Y Lula no lo hizo solo. Pese a dificultades, nunca fueron tan buenas las relaciones
con los países sudamericanos. Manteniendo, siempre, la pluralidad ideológica. Con la Argentina
obviamente las relaciones fueron buenas, pero también con Hugo Chávez y con Álvaro Uribe. Lo
que muchos hoy no perciben es que la integración, y eso se ve ahora en Europa, no es solo un
aumento de comercio.
–¿Qué otras cosas miden el nivel de integración, además del comercio?
–El esfuerzo para profundizar la paz y la cooperación, que es lo que siempre deseamos en América
del Sur. Y más allá de la región esa visión del mundo nos permitió la aproximación con África y con
los países árabes. Creamos el IBAS, el grupo de la India, Brasil y África del Sur. Los BRICS
surgieron del deseo de Rusia y China de participar en el IBAS. Junto con la Argentina jugamos un
rol importante en la negociación del G-20 comercial. Juntos resistimos al ALCA como un acuerdo
que no nos servía y no porque fuera solo una cuestión de doctrina. No nos favorecería en
agricultura y nos crearía dificultades por ejemplo en propiedad intelectual. Lo hicimos sin perder
las buenas relaciones con Europa (creamos una asociación estratégica con ellos) y con los Estados
Unidos. Lula y George Bush intercambiaron opiniones en Camp David. Participamos, en parte por
pedido de Barack Obama, en las negociaciones con Irán, que demostraron que sí era posible lograr
un acuerdo, como quedó demostrado dos años después. Teníamos una visión en el sentido de
buscar un mundo cada vez más multipolar.
–Serra propuso, sin dar detalles, “flexibilizar el Mercosur”.
–En un mundo de grandes bloques lo peor que podemos hacer es debilitarnos. Puede ser que
Serra cambie y que gire, pero si insiste en las declaraciones iniciales sobre la flexibilización del
Mercosur debería saber que a largo plazo significa terminar con el Mercosur como lo que es, o sea
un proyecto de unión y vocación. No puede ser solo un área de libre comercio sin significado
político. A fines de los años ‘50 en Europa había dos proyectos. Uno, el mercado común europeo.
Otro, el área europea de libre comercio. Ganó el primer proyecto. ¿Quién se acordaría de un área
de libre comercio? Nadie. Las áreas de libre comercio van y vienen. La Unasur creó el Consejo de
Defensa Sudamericano. Esas cosas valen mucho. Quedan.
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–En sus diez directrices para los diplomáticos de Itamaraty, Serra dijo que no hará una diplomacia
ideológica y menos una diplomacia al servicio de un solo partido. ¿Usted se sintió aludido como
canciller de Lula durante ocho años?
–Es muy curioso. Cuando la derecha está en el poder dice que su diplomacia es de Estado. Cuando
el centroizquierda gobierna, la derecha critica que la diplomacia es “ideológica”. Ideológico es
siempre el otro, ¿no? El problema es que la derecha en el poder mantiene los intereses de
siempre, los de la elite política y social, y los confunde con intereses del Estado. Pero lo que
corresponde al Estado está en la Constitución brasileña. Allí figuran los principios de
autodeterminación, de no intervención, de solución pacífica de las controversias y de integración
latinoamericana. ¿Buscar la prosperidad por acuerdos bilaterales de libre comercio es de Estado y
buscarla por negociaciones multilaterales en la OMC es ideológico? Poner el centro en la OMC no
tiene nada de izquierda ni es partidista. Y criticar estas políticas supone pensar, equivocadamente,
que firmar acuerdos es fácil. No. Es difícil. Es más fácil hablar que hacer.
–¿Qué opina del programa de Temer, “Un puente para el futuro”?
–Que es partidista. Representa los objetivos de las clases dominantes. Lo que hicimos nosotros, en
cambio, tiene que ver con los intereses de la población brasileña: diseñar una visión más nacional,
distribuir mejor el ingreso, buscar una política industrial propia...
–-En 2005 los países del Mercosur más Venezuela, que entonces no era miembro pleno, le
pusieron una bolilla negra a la formación de un ALCA. ¿Deberían formarlo hoy? ¿La cumbre de Mar
del Plata quedó vieja?
–Un ALCA hoy sería un desastre. Seguiría el criterio de los acuerdos de última generación como el
TPP, el Trans-Pacific Partnership, con cláusulas inaceptables al menos para Brasil. Ya eran
inaceptables incluso antes de Lula. Por ejemplo la forma de solucionar diferendos entre inversores
extranjeros y el Estado.
–Fuera de Brasil.
–O las cláusulas sobre propiedad intelectual. Incluso en los Estados Unidos este tipo de acuerdo
genera gran resistencia popular. El cuestionamiento es que están hechos para las multinacionales y
no para los pueblos. Si eso es verdad en los Estados Unidos, imagínese lo que sería para nosotros.
Volviendo a la cuestión del ALCA, en 2005 las negociaciones ya estaban paralizadas y la Cumbre de
Mar del Plata puso la piedra final.
–¿Un acuerdo entre el Mercosur y los Estados Unidos sería posible?
–No tengo por qué excluir esa posibilidad. Pero en otras condiciones y con otras concesiones.
Pensar en la resurrección del ALCA es un absurdo. Y para que se dé una negociación pragmática
con los Estados Unidos antes debemos seguir trabajando en la diversificación de relaciones. Si no,
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se pagará un precio muy caro. Pero la capacidad de negociación será muy reducida si liquidamos la
unión aduanera del Mercosur. Tabaré Vázquez dijo una vez: “Podemos tener alguna negociación
comercial siempre que no vulnere el corazón del Mercosur”.
–Veo que sigue siendo muy mercosurista.
–Para una charla busqué números. En los últimos años el comercio intra-Mercosur se multiplicó por
doce mientras el comercio mundial se multiplicaba por cuatro. Además, nos beneficiamos por el
intercambio recíproco de productos de alto valor agregado. Pero los problemas deben ser resueltos
en el diálogo y no con la subordinación de cada país a una potencia de fuera de la región.
–¿Qué habría que hacer hoy con la crisis venezolana?
–En el pasado países como la Argentina, Brasil y Chile jugaron un papel importante. Hoy hay pocos
gobiernos que pueden ayudar a un diálogo, que es indispensable, entre el gobierno y las fuerzas
políticas de oposición. Eso hicimos con el Grupo de Amigos de Venezuela en 2003. Lo formamos
Brasil, Chile, España, los Estados Unidos, México y Portugal después del golpe de 2002. Y Chávez
por supuesto estuvo de acuerdo. Hoy tenemos que hacer que se potencie la presencia de Unasur
con la colaboración de ex presidentes y ex primeros ministros, como ya ocurre con Leonel
Fernández de República Dominicana y José Luis Rodríguez Zapatero de España. El diálogo
involucra concesiones de los dos lados. Chávez lo comprendió en su momento. Aceptó un
referéndum revocatorio y admitió la presencia de observadores internacionales. Maduro es un
presidente electo. Es un dato. Hay una oposición fuerte que tiene la mayoría en el Legislativo. Es
otro dato. Es bueno que Maduro y la oposición dialoguen. La voz de Brasil está debilitada por la
situación interna, pero lo menos no debe hacer sugerencias que empeoren el clima en Venezuela.
Por suerte en esto veo una cierta prudencia, que se demostró en la actitud cauta durante la
discusión de la Carta Democrática en la OEA.
–¿Brasil y la Argentina deberían integrarse a la Alianza del Pacífico? ¿Deberían ser observadores?
–Siempre se puede observar. Si el Mercosur en conjunto fuera observador sería muy bueno. Pero
hay una cierta visión mistificada de la AP. Ellos comercian más con el Mercosur que con países de
la propia alianza. Los cuatro tienen una actitud similar ante el comercio internacional. No incluyen
normas sociales o de ventajas mutuas de residencia o seguridad social. Por otra parte es bueno
recordar que ya tenemos acuerdos de libre comercio con todos salvo con México. Se lo propusimos
en su momento a México y no quiso. Para decir la verdad, lo que menos me gusta de la AP es el
nombre.
–¿Por qué?
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–Alianza suena que uno está contra otros países. Como la OTAN. Tampoco me parece bien separar
Atlántico de Pacífico. Con Lula, Néstor Kirchner y otros presidentes en su momento reforzamos la
integración sudamericana con todos los gobiernos, con independencia de las afinidades políticas
como el Perú de Alejandro Toledo. Buscamos unir al Atlántico y el Pacífico antes que separarlos.
Estuve presente en Asunción cuando se creó el Mercosur en 1991. Luego, ya más cerca de la
cumbre de Ouro Preto del 94 surgió una tendencia a buscar un acuerdo separado con el NAFTA.
Pero le quiero terminar de responder su pregunta: ¿por qué integraríamos la AP si no estamos en
el Pacífico? ¿Por qué buscar una vuelta si a nivel sudamericano tenemos un acuerdo, la Unasur?
¿Por qué aceptar reglas de comercio y servicios que no nos convienen?
–Usted hoy integra un organismo de la ONU sobre salud. ¿Qué efecto negativo tendrían las reglas
comerciales usadas en el TPP en este sector?
–Ya participe de varias comisiones creadas por el secretario general de la ONU sobre el Ebola y
sobre acceso a medicamentos. Esas reglas crean más restricciones a la posibilidad de acción
autónoma de los países en desarrollo. Aumentarían las condicionalidades para fabricar genéricos y
subirían los precios. La Argentina tiene una industria importante. Se perjudicaría.
–El libro que presentará habla de una política “activa y altiva”.
–No solo tener una visión reactiva ante la agenda internacional sino ayudar a crearla. No aceptar
cosas que nos son impuestas y no corresponden con nuestros intereses. La visión contraria es la
que pide un Brasil modesto, que en realidad significa un Brasil que se desentienda de la solución
de grandes problemas internacionales. Brasil es más fuerte con la integración –de eso no hay
duda– pero a la vez no desconozcamos que somos el quinto país en población y en territorio y el
séptimo en economía. No podemos estar ausentes en los grandes problemas internacionales. Sería
una posición subalterna. De la globalización uno no puede ocultarse. El problema es cómo estar en
ella. Una variante es la pasiva. La otro es ser un país activo en la OMC, en la FAO, en la OMS, en
América Latina, en los Brics, en la integración con los países árabes o en el G-20 financiero, donde
con la ayuda de la Argentina y de Turquía logramos cambiar las cuotas dentro del FMI y el Banco
Mundial. La creación del banco y del fondo de contingencia por parte de los Brics demostró que las
alternativas son posibles.
–¿Tiene ya una prospectiva del mundo después del Brexit?
–Por lo pronto habrá una negociación más difícil entre Europa y el Mecosur, porque el Reino Unido
era una fuerza que facilitaba en nuestro favor la liberalización comercial. Al revés de Francia. En
general, ya estamos viendo una gran turbulencia en los mercados internacionales y existe la
posibilidad de que eso profundice tendencias recesivas o a la no recuperación de las economías
europeas. Mala señal, porque la demanda de los países de la UE es importante para nosotros. Me
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preocupa también la tendencia a un nacionalismo que no es el nuestro, es decir un instrumento de
desarrollo, sino una vuelta al pasado en el sentido de extremar diferencias e intereses locales.
–¿El acuerdo entre el Mercosur y la UE no es un ALCA con Europa?
–No. El ALCA tenía una visión ideológica de cómo debía ser el mundo. Por eso es difícil, aunque no
imposible, una negociación con los Estados Unidos. Con la UE no discutimos sede de solución de
controversias ni propiedad intelectual. Solo formas de acceso a mercados.
–Embajador, si se hilvanan fenómenos diversos como la crisis en Venezuela, el apartamiento de
Dilma en Brasil y el triunfo de Macri, ¿qué pasó en Sudamérica?
–Hablemos también de algo positivo como el acuerdo de paz en Colombia. Al final quedó
demostrado que el diálogo era necesario. No podíamos intervenir pero sin duda podíamos facilitar
las condiciones para un diálogo que condujera a la paz. Y entonces me pregunto: si fue posible un
diálogo entre el gobierno colombiano y la guerrilla de las FARC después de tanta violencia, ¿cómo
no van a ser posibles otros diálogos en otros países?
–¿Usted es de los que piensan que la nueva situación en Sudamérica es un producto de la
influencia de los Estados Unidos?
–Trato de no quedarme con teorías conspirativas, aunque puedo decir, imitando a un humorista
brasileño, que el hecho de que no sea paranoico no quiere decir que no me persigan. Cometimos
muchos errores. En el caso de Brasil el sistema político privilegia al que tiene mucha plata e induce
a la corrupción. Está bien que se investigue pero debe haber neutralidad. Demasiado dinero,
demasiados partidos: mala combinación. Hay que cambiar el sistema político hacia uno más
racional y compatible con los intereses del pueblo. De manera general diría que hubo varios
factores que ya no están. Todos nuestros países aprovecharon el boom del crecimiento de China y
ahora, en cambio, vivimos una situación contraria. Volvemos a Raúl Prebisch y su teoría del
deterioro de los términos del intercambio. Y eso lleva a turbulencias. Una cosa es desarrollar una
política social de distribución en ese contexto y otra es cuando las clases ricas sienten que van a
perder mucho dinero. En el caso de Brasil también suceden algunas cosas raras: espionaje en la
Petrobrás, en el sector de energía nuclear, en el sistema de promoción de exportaciones y en el
Banco Nacional de Desarrollo. Muchos problemas son endógenos, nacionales, pero también hay
una correlación entre el espionaje y algunas investigaciones. Hablo de la utilización de la pesquisa
judicial, porque un Poder Judicial independiente es importante sobre todo si actúa de manera
neutral. Me preocupa un Brasil con su empresa petrolera debilitada, con su energía nuclear en
jaque y con fragilidades mayores en las empresas de construcción de obras públicas o en los
instrumentos de promoción de exportaciones.
Fonte: http://www.pagina12.com.ar/diario/ultimas/20-303311-2016-07-03.html
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28
TELAM (ARGENTINA)
www.telam.com.ar
Política
Macri firmó tres acuerdos de cooperación con la Unión Europea
FUE DURANTE LA REUNIÓN QUE MANTUVO CON LA REPRESENTANTE DIPLOMÁTICA
DEL BLOQUE, FEDERICA MOGHERINI. LUEGO, EL PRESIDENTE SE DIRIGIÓ A LA
COMISIÓN EUROPEA PARA REUNIRSE CON EL TITULAR DEL CONSEJO EUROPEO,
DONALD TUSK.
04/07/2016 09:21
Tras el encuentro que Macri mantuvo con la representante diplomática de la UE en la sede de la
Comisión Europea, en Bruselas, en el que se rubricaron tres acuerdos de cooperación, Malcorra y
Mogherini brindaron una conferencia de prensa en la que la canciller argentina calificó a la reunión
como "muy positiva".
Malcorra contó que Macri y Mogherini hablaron de "cómo moverse hacia adelante" en el marco del
acuerdo que negocian desde hace años la UE y el Mercosur y sostuvo que si bien "las ofertas
iniciales son muy importantes" hace falta "empujar para tener una oferta final tan pronto sea
posible".
La canciller señaló también que en el encuentro se evaluó que el Banco Europeo de Inversiones
"puede ser importante para abrir oportunidades en el corto plazo en Argentina", debido a que
Macri busca que las reformas implementadas por su gobierno "lleguen a la gente y para eso la
Unión Europea es un socio fundamental" para generar inversiones.
Por su parte, Mogherini tildó a su reunión con Macri como "excelente", resaltó los "pasos muy
positivos y concretos a nivel cooperación" y destacó que la visita del mandatario es "la primera de
un presidente argentino en 20 años".
"No es una casualidad sino producto del esfuerzo de la diplomacia argentina y el papel que busca
cumplir en el mundo", subrayó.
Además, Mogherini dijo que a nivel regional, Argentina estaba siendo "un actor clave" y moviendo
"hacia adelante el acuerdo UE-Mercosur".
Luego de su reunión con la Alta Representante de la Unión Europea para la Política Exterior en la
sede de la Comisión Europea, en la capital belga, Macri se dirigió al edificio del Consejo Europeo,
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donde desde poco después de las 13.30 (hora local) mantiene un almuerzo con su titular, Donald
Tusk.
Fonte: http://www.telam.com.ar/notas/201607/153814-macri-reunion-en-bruselas-con-ue.html
Paraguai
ABC COLOR (PARAGUAI)
www.abc.com.py
Mundo
Rechazan oposición de Paraguay al traspaso a Venezuela
Por EFE
MONTEVIDEO. La Cumbre Social del Mercosur finalizó con una declaración en la que se
rechaza la oposición de “algunos Gobiernos” a la asunción de la presidencia pro
tempore de Venezuela, que asumió ayer. Paraguay fue el que se pronunció en contra.
02 DE JULIO DE 2016
“Repudiamos todos los intentos de algunos Gobiernos de los países en quebrar la institucionalidad
del Mercosur oponiéndose al traspaso de la presidencia pro tempore de Venezuela” , indica uno de
los puntos que consensuaron los representantes del bloque, formado por Argentina, Brasil,
Paraguay, Uruguay y Venezuela, con Bolivia en proceso de adhesión.
Esta semana, el canciller de nuestro país, Eladio Loizaga, mostró el desacuerdo del gobierno
paraguayo a que Venezuela ostente la presidencia temporal del Mercosur, que actualmente está en
manos de Uruguay, y que en julio debe cambiar.
Loizaga dijo que el país que presida el Mercosur “ tiene que tener las credenciales democráticas,
de respeto a los derechos humanos, y mucha estabilidad económica”.
Además, lamentó que sus iguales de Uruguay y Argentina anunciaran sin consultar con los demás
países del bloque que la presidencia temporal será entregada a Venezuela en una cumbre de
ministros de Exteriores y no de jefes de Estado, como es habitual.
En acto simbólico, el representante del Gobierno uruguayo ante las Cumbres Sociales, Federico
Gomesolo, hizo hoy el traspaso del mando de esta instancia a la delegación venezolana, y llamó a
“respetar el derecho internacional ” .
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En ese sentido, el representante de las organizaciones sociales por parte de Venezuela, Marcos
Medina, dijo a la prensa que su país “venía con algunas dificultades” por parte del Gobierno
paraguayo que “ no quería ni estaba de acuerdo” con el traspaso del mando de Uruguay a
Venezuela.
“Saludamos el cariño y el calor que los movimientos sociales nos demostró en esta cumbre. Con
este acto se consolidó el traspaso de la presidencia pro tempore a Venezuela del Mercosur” ,
exclamó. Este jueves, en la primera jornada de la Cumbre Social, el alto representante general del
Mercosur, Florisvaldo Fier, se mostró esperanzado en que los países de este organismo construirán
un consenso en relación al traspaso de mando.
“Este debate está ocurriendo entre los cancilleres. Creo que esto se va a arreglar (...), veo esto
como un momento de debate político que está generando el mundo y está repercutiendo acá en
cada país con su posición política”, manifestó.
Otro punto que destaca en la declaración de esta vigésima Cumbre Social es el llamado al respeto
al pueblo venezolano y su Gobierno legítimo, democrático y constitucional encabezado por “el
presidente obrero” Nicolás Maduro.
La Cumbre Social, integrada por distintas organizaciones sociales del Mercosur, inició su vigésima
reunión el pasado jueves y las conclusiones redactadas hoy a su término serán elevadas a los
presidentes de los países miembros.
Habitualmente, la Cumbre Social antecede a la de jefes de Estado, pero si finalmente esta no tiene
lugar las conclusiones se harán llegar a los cancilleres cuando se reúnan para el traspaso de la pro
tempore.
Fonte:
http://www.abc.com.py/internacionales/rechazan-oposicion-de-paraguay-al-traspaso-a-
venezuela-1495383.html
Nacionales
Precios de commodities cayeron por Brexit
Los precios de nuestros principales rubros de exportación, como soja, trigo y maíz, ya
cayeron debido a la salida de Inglaterra de la Unión, dijo Luis Saguier, asesor
económico de la Cámara de Anunciante del Paraguay (CAP).
03 DE JULIO DE 2016
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Los precios de la soja, trigo y maíz, ya cayeron debido a la salida de Inglaterra de la Unión
(Brexit), razón por la cual los grandes inversores han pasado a ocupar posiciones más
conservadoras que los commodities, manifestó el economista Luis Saguier.
El economista afirmó que la salida de un país de un acuerdo internacional jamás puede ser
interpretada como una buena noticia, porque el mundo va hacia la integración, los acuerdos
comerciales, mercados comunes, y la decisión de Inglaterra de salirse no ha sido una buena noticia
y los mercados han reaccionado de esa manera.
"Habrán visto que el Reino Unido perdió en el mercado de capitales sumas abismales de más de
US$ 150.000 millones en un par de días, los precios de nuestros principales rubros de exportación,
como soja, trigo y maíz, están sufriendo, porque las grandes instituciones han dejado de invertir
en estos rubros, para pasar a ocupar posiciones más conservadoras", explicó Saguier.
Dijo que, como consecuencia, estamos viendo que la gente se está posicionando ahora, por
ejemplo, en bonos del Tesoro Norteamericano, con lo cual finalmente se da un "vuelo de calidad"
hacia mercados menos riesgosos. Acotó que esto podría llevar a que el dólar también suba como
consecuencia de esta inestabilidad.
"Probablemente, después de algunos meses, cuando se tenga mayor información, esa volatilidad,
muy característica en estos periodos muy cortos, porque es reciente el anuncio, vuelva a aclararse
y el polvo vuelva a asentarse. En estas condiciones, la recomendación para la gente sería no tomar
decisiones en el cortísimo plazo, porque en la volatilidad uno puede presagiar las cosas con
certeza", destacó el economista.
Preguntado cuánto representa Gran Bretaña dentro de la UE, Saguier dijo que tiene entre un 20
por ciento y 30 por ciento de participación dentro del bloque, que no es menor, porque Inglaterra
es un productor y un gran importador también.
Requerido sobre si fuera de la Unión el Reino Unido tiene algún futuro promisorio, el profesional
contestó: "Inglaterra tiene 200 acuerdos comerciales firmados dentro de la UE. Es decir, tiene que
deshacer todos esos acuerdos para salirse, con lo cual hay dos años todavía, dentro del cual se
podrá predecir un poco mejor qué es lo que va a suceder".
Fonte:
http://www.abc.com.py/nacionales/precios-de-commodities-cayeron-por-brexit-
1495687.html
Carne paraguaya: apuestan a los mercados Premium
Por Estefanhy Cantié
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32
El sector ganadero apuesta fuertemente a ingresar carne paraguaya a los mercados
Premium (los que mejor pagan) del mundo. Consideran que nuestro producto tiene una
calidad respetada globalmente y les parece injusto que no llegue a los grandes países.
03 DE JULIO DE 2016
“No queremos poner la mano para pedir limosna, lo que queremos es que nos den la oportunidad
de competir con calidad y precios en cualquier mercado”, expresó el presidente de la Asociación
Rural del Paraguay (ARP) Luis Enrique Villasanti Kulman durante la jornada de este domingo, en la
que se realiza la apertura de actividades del sector ganadero.
La autoridad manifestó que como asociación se encuentran haciendo todo lo posible para que la
carne paraguaya se posicione en los mercados denominados Premium, es decir, los países que
mejor pagan en el mundo.
Villasanti Kulman informó que la presidenta de Taiwán, Tsai Ing-wen, prometió duplicar la
exportación de carne a ese país.
Además, según reveló, pronto se tendrá la visita de otro referente importante y objetivo para
exportación: Estados Unidos.
Se está tratando también de cerrar acuerdos con Hong Kong, donde anteriormente el mercado se
encontraba cerrado, pero podría darse una reapertura.
El presidente de la ARP afirmó que le parece “una injusticia que la carne paraguaya que tiene una
calidad respetada en el mundo entero no pueda llegar a todos los mercados Premium”.
APROBADOS POR LA UE
Villasanti destacó orgullosamente el hecho de que la carne paraguaya está aprobada por la Unión
Europea (UE) en cuanto a protocolos de sanidad, lo que permite exportarla libremente a ese
bloque.
Como un aspecto un tanto negativo, el titular de ARP señaló que se necesitan mejores precios para
la comercialización. Advirtió que, si no se logra una mejoría en el precio de la carne, “tanto la
calidad como la cantidad irá decayendo, porque no se puede trabajar a pérdida, y hoy tenemos
impuestos muy caros”, acotó.
Reconoció que los porcentajes de ganancia están actualmente demasiado ajustados, por lo que, si
no son rigurosos con sus negociaciones, pierden dinero.
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Fonte: http://www.abc.com.py/nacionales/apuestan-a-los-mercados-premium-1495668.html
LA NACION (PARAGUAI)
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Mundo
La Alianza del Pacífico impulsará una mayor integración comercial
02 Jul 2016
México, Colombia, Perú y Chile, los países de la Alianza del Pacífico, se comprometieron ayer a
impulsar una mayor integración política y comercial como antídoto a los “fantasmas de
desintegración” surgidos tras el Brexit.
A cinco años de su creación y en momentos en que proyectos de integración como el de la Unión
Europea sufren un importante revés con la anunciada salida de Gran Bretaña, los mandatarios de
los cuatro países de la Alianza del Pacífico se reunieron en Chile para confirmar que actuar juntos
es mejor que hacerlo por separado.
En los pies del imponente volcán Osorno, en la ciudad de Puerto Varas, y disipando “algunos
fantasmas de desintegración suscitados por el denominado Brexit”, como señaló la mandataria
anfitriona Michelle Bachelet, los cuatro países se fijaron 73 tareas para apurar los plazos de un
proyecto comercial que ya ha conseguido mucho en poco tiempo.
La meta es ambiciosa: lograr la libre movilidad de bienes y personas entre sus países miembros.
“La Alianza del Pacífico es una de las integraciones regionales más importantes, más relevantes y
más ambiciosa que hay hoy en día”, dijo el mandatario mexicano Enrique Peña Nieto, en la
ceremonia de clausura del encuentro.
“No sólo se trata de liberalizar el comercio con los países miembro, sino la libre movilidad de
personas, bienes y servicios de capitales”, agregó.
El ambicioso camino trazado por estos cuatro países que asoman al Pacífico, cuyo 92% de
intercambio comercial ya está liberalizado, explora también una eventual unión con el Mercosur,
que integran Uruguay, Paraguay, Argentina, Venezuela y Brasil, por años “congelado” en su
intento de alcanzar acuerdos con otros bloques comerciales.
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En una muestra del respaldo que suscita esta idea en contraposición a la antigua política del
gobierno argentino, el nuevo presidente de ese país, Mauricio Macri, asistió como invitado a una
cumbre empresarial de la Alianza que se realizó el pasado jueves.
También se analiza un acercamiento con la Asociación de Naciones del Sudeste Asiático (Asean),
compuesta por 10 países del este de Asia, siguiendo su objetivo de incrementar su comercio con
esta parte del mundo, usando a sus países miembros como “puentes”.
Hoy la Alianza es considerada como la sexta economía del mundo. Sus miembros suman casi el
52% del comercio total de la región y el 36% del PIB de América Latina, con un mercado de unos
212 millones de personas, tras la acelerada concreción de gran parte de los objetivos que dieron
origen a su creación en Chile en el 2011.
Fonte:
http://www.lanacion.com.py/2016/07/02/la-alianza-del-pacifico-impulsara-una-mayor-
integracion-comercial/
Negocios
Proyecto de ley autopartista de Argentina no impactaría a nivel local
04 Jul 2016
El gobierno del presidente de Argentina, Mauricio Macri, está impulsando un proyecto de ley
autopartista, que busca incentivar y proteger la industria mediante beneficios fiscales a las
empresas automotrices por la compra de piezas.
El ex ministro de Hacienda y economista, César Barreto, dijo que si bien la propuesta, de
aprobarse, no significará la prohibición de importar, sino crear incentivos internos para mejorar la
industria autopartista en el vecino país, la misma abre la posibilidad de generar efectos colaterales
en Paraguay.
Esto, considerando que el país está en una etapa de auge en el mencionado rubro industrial. “Lo
que pretende el Gobierno argentino es reactivar el sector automotriz que ha sufrido caídas
importantes en los últimos dos años y buscando eso, está generando incentivos tributarios a las
empresas ensambladoras instaladas en Argentina para que cuando adquieran autopartes de firmas
radicadas ahí, obtengan beneficios en el impuesto a la renta”, explicó.
Agregó que la situación podría contrarrestar algunas zonas de Paraguay, en donde por ejemplo, se
encuentran asentadas empresas de autopartes y que si bien, las mayores exportaciones se realizan
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a Brasil más que la Argentina, el modelo puede replicarse, incitando a inversionistas a instalarse en
los mencionados países más que en Paraguay.
“Hay que evaluar exactamente el impacto concreto que tendrá en Paraguay, cómo afectará la
competitividad de las empresas instaladas aquí, versus las argentinas. Además, Paraguay debería
plantear una negociación con sus socios del Mercosur sobre el Régimen Automotriz”, sostuvo
Barreto.
El viceministro de Comercio, Óscar Stark, dijo que si bien no conoce los detalles del proyecto de ley
autopartista, manifestó que en la fabricación de autopartes livianas, las que requieren mucha
mano de obra, Paraguay seguirá siendo competitivo.
“Nuestros costos laborales son mucho menores. Otra ventaja que tenemos es que estamos cerca
de las plantas de ensamblaje de Paraná y San Pablo. Creo que en el tipo de autopartes que
nosotros fabricamos, seguiremos siendo competitivo”, remarcó.
El presidente del Grupo Reimpex, Jorge Samaniego, dijo que la tendencia mundial es justamente la
de impulsar políticas de proteccionismo nacional, así como la preservación y generación de
empleos. Destacó la iniciativa del vecino país, asegurando que Macri pretende levantar la industria
automotriz que en los últimos años fue desmantelada.
Enfatizó que de implementarse la medida, afianzará a las industrias del país, considerando que
están muy preparadas. “Aplaudo y le pido a nuestro país que haga lo propio”, indicó.
Fonte:
http://www.lanacion.com.py/2016/07/04/proyecto-de-ley-autopartista-de-argentina-no-
impactaria-a-nivel-local/
Economía paraguaya resiste el “temblor” regional de la Brexit
03 Jul 2016
Por Armando Giménez Larrosa
[email protected]
El mundo entero continúa en la incertidumbre tras el gran “terremoto” financiero, económico,
social y político que causó la salida de Reino Unido de la Unión Europea, que se conoce como la
Brexit, tras la primera semana de la decisión británica.
América Latina empezó a sentir algunos efectos contrarios a sus estimaciones, que afectó
principalmente a algunas monedas ante el dólar, y hasta incluso las proyecciones de crecimiento.
Sin embargo, la economía paraguaya resiste el “temblor” regional, según se observa.
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36
Varias economías de la región presentan riesgos en su crecimiento a causa de la Brexit, como es el
caso de México, ya que los analistas de ese país recortaron sus estimaciones del Producto Interno
Bruto (PIB), pues sostienen que el clima de negocios empeorará.
En otros países más cercanos, como Argentina, Chile, Uruguay, entre otros, el tipo de cambio
empezó a registrar presiones, devaluando las monedas locales ante el dólar.
En el caso de Paraguay, el billete norteamericano presenta cotización a la baja desde el inicio de la
semana pasada, inversa a la situación de la zona. Hace 8 días el dólar en el mercado de venta
minorista estaba en G. 5.680, mientras que ayer cerró en G. 5.580, G. 100 menos, de acuerdo a
casas de cambio.
El presidente del Banco Central del Paraguay (BCP), Carlos Fernández Valdovinos, enfatizó que aún
es temprano para saber los impactos generales, aunque anticipó que se podrían ver efectos en el
crecimiento económico global, en una entrevista a CNN en Español.
Sin embargo, aclaró que Paraguay “aguantará” a corto plazo por los fundamentos económicos,
toda vez que la Brexit no afecte a EEUU, pues en ese caso las economías pequeñas sí presentarán
problemas.
Por su parte, Rafael Lara, miembro del directorio del BCP, explicó que la formalización de la política
monetaria y fiscal da al Paraguay una mayor independencia con respecto a otros países de la
región.
El embajador de Gran Bretaña ante Paraguay, Jeremy Hobbs, aclaró que las relaciones económicas
entre ambas naciones son muy importantes, pese a la Brexit. Indicó que el vínculo tiende a
potenciarse.
Fonte:
http://www.lanacion.com.py/2016/07/03/economia-paraguaya-resiste-el-temblor-regional-
de-la-brexit/
ULTIMA HORA (PARAGUAI)
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Mundo
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37
El mercado financiero mejora su previsión del PIB y empeora la de la
inflación en Brasil
El mercado financiero en Brasil mejoró esta semana su previsión sobre el crecimiento
de la economía brasileña para este año, pero empeoró su calculó respecto a la
inflación, según las últimas proyecciones de los analistas consultados semanalmente
por el Banco Central.
4 de julio de 2016
El Boletín Focus, publicación semanal del Banco Central que recoge los pronósticos de un centenar
de analistas del mercado financiero, indicó que el Producto Interior Bruto (PIB) de Brasil se
contraerá un 3,35 %, dato que mejora el 3,44 % previsto la semana pasada.
Para 2017 las previsiones se mantuvieron en un crecimiento del 1 % para el gigante suramericano,
dato que coincide con el de la semana anterior y que supondría poner fin a dos años de profunda
recesión, después de la contracción del 3,8 % en 2015 y los pronósticos negativos para 2016.
En cuanto a la inflación, los analistas empeoraron sus pronósticos con respecto a la semana
pasada al calcular que los precios subirán un 7,27 %, frente al 7,29 % apuntado el lunes anterior.
Brasil terminó el año pasado con una inflación del 10,67 %, que superó el techo máximo fijado en
el 6,5 % para una meta del 4,5 %
Para el próximo año, la previsión de la inflación por parte de los especialistas del mercado bajó del
5,5 %, calculado hace una semana, hasta el actual 5,43 %.
La semana pasada el Gobierno brasileño redujo en medio punto porcentual la tolerancia para el
techo máximo en 2017 y 2018, pero mantuvo la meta en el 4,5 %, con lo que las previsiones para
el próximo año, ahora en el 5,43 %, están dentro del límite máximo.
En cuanto al cambio, los analistas prevén que a finales de este año el dólar tendrá un valor de 3,46
reales, frente a los 3,6 previstos hace una semana, mientras que para la tasa básica de los tipos de
interés, que está en el 14,25 %, el mercado mantuvo hoy una expectativa del 13,25 % en 2016 y
del 11 % para 2017.
Fonte: http://www.ultimahora.com/el-mercado-financiero-mejora-su-prevision-del-pib-y-empeorala-la-inflacion-brasil-n1004935.html
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Uruguai
EL PAÍS (URUGUAI)
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Economia
¿Flexibilizar el Mercosur?
Mucho se habla sobre la flexibilización del Mercosur, y se introduce un equívoco grande
con este concepto, que sugiere que el Mercosur ha supuesto una serie de rigideces que
nuestro país habría padecido por pertenecer a él.
04 jul 2016
Por mi parte creo que salvo en un par de aspectos que trataré más adelante, el Mercosur supuso
para Uruguay precisamente lo contrario: una abundancia tan grande de flexibilizaciones, que nadie
con algo de información podrá señalar que el cumplimiento de las exigencias de la unión aduanera
nos ha supuesto algún costo grave.
Excepciones.
Ya desde el principio en Ouro Preto, Uruguay dispuso de plazos especiales de adecuación al
arancel cero intrazona, y también —suele olvidarse— plazos muy especiales para la aplicación del
arancel externo común (AEC). Transcurrido ese proceso, Uruguay mantuvo un elevado y creciente
número de excepciones para múltiples posiciones arancelarias, y sostuvo a la vez todos sus
regímenes especiales de importación, en cuyo ámbito tampoco se aplica el AEC. Solo por
mencionar los más conocidos, y en adición al listado de posiciones en las que nos exceptuamos del
AEC, cabe recordar nuestros regímenes especiales de insumos agropecuarios y maquinaria
agrícola, el régimen de la ley forestal, el de promoción del turismo, la admisión temporaria, las
zonas francas, el régimen de bienes de capital, etc. Todos pueden tener alguna justificación pero la
realidad es que son excepciones que configuran una gigantesca flexibilización. Más aún; en
materia arancelaria y respecto de las exigencias teóricas del bloque, hemos hecho lo que hemos
querido. Peor aún; en muchos casos se utilizaron estos regímenes para aumentar la protección
efectiva de múltiples actividades industriales, bregando por mantener el arancel de productos en
tanto se reducen en los insumos.
En lo agropecuario, además de los regímenes mencionados hay otras flexibilizaciones. Cito solo
algunas de derecho y otras de hecho. Entre las primeras están nuestros estatutos en materia
azucarera y vitivinícola, donde hemos hecho exactamente lo que se nos dio la gana. No me olvido
tampoco de cláusulas especiales de origen en materia de importación de lácteos, entre otras. Y en
cuanto a las realizadas con agravio total a lo firmado tenemos todo nuestro régimen en materia de
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39
pollos, de carne de cerdo, lo referido a la granja con su encierro "sanitario" trucho, el régimen
aceitero, el de permisos previos para exportar o importar, etc. Recuérdese asimismo todas las
veces que al importar trigo lo hicimos negando la preferencia firmada, al igual que lo hacen los
socios.
No debe olvidarse tampoco nuestro tratado de libre comercio con México, a partir de buena
habilidad negociadora, pero sin duda forzando las exigencias escritas. Tenemos también como
muestra de elasticidad, el ingreso de Venezuela al Mercosur, con exclusión de todo compromiso
comercial —esto sí que es flexibilización— y solo por honrar ideologías. Y culminando en una
apoteosis flexibilizadora estuvo aquel primar de lo político sobre lo jurídico que, en un alarde de
decisión vergonzante, promovió la expulsión de Paraguay del Mercosur.
De manera pues que tanto en lo comercial como en lo político se ha hecho lo que se ha querido, y
esto no es precisamente algo bueno; no se puede ser parte de un espacio de integración
cumpliendo o no obligaciones comerciales, tomando atajos escondidos, o aplicando la viveza
criolla. Y esto es lo que hemos hecho.
¿Rigideces?
Nos quedan dos episodios, uno muy conocido y otro menos, en los que hemos recibido rigideces
del Mercosur. La primera es el abortado acuerdo con Estados Unidos. Pero aquí hay que consignar
que fue el gobierno del Dr. Vázquez que lo liquidó, no las opiniones contrarias del Mercosur. De
modo que el acuerdo murió antes de nacer pero por voluntad propia.
Y queda el tema de la OMC menos conocido, donde por el cambio ideológico del Brasil de Lula,
debimos dejar las posiciones netamente ofensivas que en materia de comercio agrícola
sosteníamos en el Grupo de Cairns. Pero aquí otra vez, el gobierno socialista estaba más por las
posiciones defensivas de Brasil —el estribo famoso— que por las ofensivas que nos asociaban a
Australia, Nueva Zelanda, etc.
Bienvenido pues el cambio de Brasil y Argentina, que puede potenciar la voluntad de acuerdos con
Europa, China o el Pacífico. Hay allí oportunidades que requieren un cambio consensuado del
estatuto original de la unión aduanera, ya que los cuatro países fundadores están de acuerdo. Pero
de lo que tengo grandes dudas es de las voluntades domésticas de abrir fronteras en todos esos
mercados. Precisamente el partido de gobierno no es nada claro respecto de esas aproximaciones.
Y sobre todo tengo mis dudas respecto de las famosas flexibilizaciones totales, que solo son
posibles en acuerdos de integración de muy baja calidad. Si son diferentes —y esto parecen ser los
firmados con Europa o China— después habrá que cumplirlos aunque duela, ya que la elasticidad
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no puede ser una especie de patente de corso para negar preferencias, poner trabas a los socios,
volvernos incumplidores seriales, o para justificar cualquier cosa, tal como ocurre hoy en un
Mercosur muy diferente al que imaginamos los que nos entusiasmamos con la posibilidad de un
proyecto común, sin las flexibilizaciones de la viveza criolla o de un nacionalismo trasnochado.
Fonte:
http://www.elpais.com.uy/economia-y-mercado/flexibilizar-mercosur-estrategia-uruguay-
argentina.html
El Brexit no obstaculiza acuerdo con Mercosur
El Brexit no será un obstáculo en el acercamiento de la Unión Europea (UE) a América
Latina, y en concreto al Mercosur, según el mensaje que ayer transmitió el presidente
francés, François Hollande, a su homólogo argentino, Mauricio Macri, en una entrevista
en París.
PARÍS EFE 03 jul 2016
Los dos jefes de Estado se reunieron en el Elíseo durante 40 minutos en una entrevista concertada
a última hora para que Macri pudiese conocer de primera mano la visión de Hollande sobre el
nuevo escenario creado por el deseo británico de abandonar la UE.
Tras la conversación, que marca el inicio de una gira europea que también llevará al mandatario
argentino a Bruselas y Berlín, Macri declaró a los periodistas que la firme intención de su país es
avanzar hacia una mayor convergencia con Europa.
Hollande le expresó también que "hay que avanzar (en las negociaciones) independientemente de
lo que pase en la realidad de la UE".
Esa misma impresión fue reflejada posteriormente en un comunicado difundido por la presidencia
francesa, en el que Hollande subrayó que "la salida del Reino Unido no tendrá consecuencias en el
acercamiento entre la UE, América Latina y Argentina, que debe ser cada vez más estrecho".
También saludó el mandatario galo "la voluntad reformista" del gobierno argentino, al tiempo que
constató "los progresos efectuados desde su visita de Estado a Buenos Aires el pasado febrero en
las relaciones económicas y comerciales, la cooperación en defensa y seguridad y los intercambios
científicos, culturales y estudiantiles".
Mientras, Macri, pese a ser consciente de que "existen puntos delicados" en las conversaciones,
como representa para Francia la parte agrícola, consideró que "también hay grandes
oportunidades en la integración para justamente ese sector".
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Tras agradecer a Hollande haberlo recibido un sábado por la tarde, reconoció que hablaron del
"intercambio de ofertas con la Unión Europea, que todos sabemos que han sido escasas".
Sin embargo, dijo que confía en que "a pesar del Brexit, que ha sido un impacto grande para la
Unión Europea, continuemos trabajando para mejorar (las ofertas)".
Fonte: http://www.elpais.com.uy/economia/noticias/brexit-no-obstaculiza-acuerdo-mercosur.html
Política
"Uruguay no dará un solo paso para quedarse en Presidencia de
Mercosur"
El canciller uruguayo sostuvo que "Venezuela debe asumir la Presidencia Mercosur"
porque "lo jurídico debe estar por encima de lo político".
lun jul 4 2016 09:53
El ministro de Relaciones Exteriores, Rodolfo Nin Novoa, habló esta mañana entrevistado en el
programa En Perspectiva sobre la situación en Venezuela y sobre el traspaso de la Presidencia Pro
Témpore del Mercosur, que este mes pasará de Uruguay al país caribeño.
Nin Novoa señaló que "lo jurídico hoy es entregarle la Presidencia Pro Tempore del Mercosur a
Venezuela" y dijo que “Uruguay no va a dar un solo paso para quedarse con la Presidencia" del
bloque.
"Lo jurídico debe estar por encima de lo político, Venezuela debe asumir la Presidencia del
Mercosur", agregó.
E insistió en que "Argentina y Uruguay estamos de acuerdo, lo jurídico por encima de lo político, y
Venezuela debe asumir".
En cuanto a la crisis económica y social en Venezuela, Nin Novoa sostuvo que "no hay una ruptura
institucional en Venezuela, hay alteración, pero no ruptura”, por lo que “no debemos prejuzgar".
“Ellos tienen una de democracia, yo diría autoritaria, pero no hay una ruptura institucional, el día
que la haya veremos (…) Hasta que no haya una ruptura institucional nosotros no debemos
cambiarlo”, añadió.
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En relación a que el traspaso no se realizará en una cumbre de presidentes, Nin Novoa dijo que
"no hay ninguna norma que diga que tiene que suceder en una cumbre, lo que dice el tratado es
que una vez por año los presidentes deben reunirse" y luego de que Venezuela asuma la
presidencia del bloque se hará.
La razón por la se decidió suspender el acto, es por la situación política que se vive en el país
presidido por Nicolás Maduro, así como en Brasil.
En relación a un posible acuerdo con la Alianza del Pacífico, el canciller dijo que "hay muchas
posibilidades de que haya convergencia" entre ésta y el Mercosur. "No podemos decirle que no a la
Alianza del Pacífico por el hecho de que tenga un acuerdo con Estados Unidos", señaló.
Y sostuvo que "el gobierno debe buscar rumbos para ampliar el comercio, el parlamento definirá"
sobre este posible acuerdo.
"Tenemos ideas claras y firmes, Uruguay debe buscar acuerdos que permitan mejorar
oportunidades", sentenció Nin Novoa.
Por último, Nin respondió a declaraciones del diputado socialista Roberto Chiazzaro a El País el fin
de semana. El legislador había indicado que si hay intención de firmar un TLC con la Alianza del
Pacífico "es un tema que se tiene que debatir dentro del Frente Amplio". Chiazzaro opinó que
"sería notable" que más allá de los anuncios, el canciller se comunique con el Frente y comente los
alcances de esto que se está manejando. "Hay una cosa que se llama Comisión de Asuntos
Internacionales que también le interesaría saber del tema, entonces sería interesante que más allá
de enunciados, nos diga qué es lo que se está negociando, porque nos estamos enterando por la
prensa", acotó.
"Yo estuve en el Parlamento antes que Chiazzaro" dijo Nin. "Pero además ellos saben que estamos
negociando con Chile, me pidieron información, se las estoy recopilando y mandando. Estuve hace
una semana en la sede del FA pero Chiazzaro no estaba y Meroni tampoco. Son amigos, pero
podrían haber estado. Nosotros tenemos las ideas claras y firmes de que el Uruguay tiene que
abrirse, abrir su economía defender sus habilidades y buscar acuerdos en el mundo que nos
permita acceder a mercados que no tenemos" aclaró el canciller.
Fonte:
http://www.elpais.com.uy/informacion/nin-novoa-uruguay-venezuela-mercosur-
presidencia.html
Venezuela
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CORREO DEL ORINOCO (VENEZUELA)
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Política
Venezuela ratifica su compromiso de promover la agenda social desde el
Mercosur
3 julio 2016
El vicepresidente para el Área Social, Jorge Arreaza, en una entrevista concedida vía
telefónica al Sistema Radio Mundial, indicó que si bien, en 1991, Mercosur nació como
una unión aduanera hacia el mercado común, posteriormente se entendió la necesidad
de avanzar hacia un proceso con dimensión social
Promover, fortalecer y consolidar el Plan Estratégico de Acción Social del Mercado Común del Sur
(Mercosur) será la tarea fundamental y la esencia de la agenda de Venezuela para los próximos
seis meses, periodo en el que estará a cargo de la presidencia pro témpore de este organismo
regional.
Al respecto, el vicepresidente para el Área Social, Jorge Arreaza, en una entrevista concedida vía
telefónica al Sistema Radio Mundial, indicó que si bien, en 1991, Mercosur nació como una unión
aduanera hacia el mercado común, posteriormente se entendió la necesidad de avanzar hacia un
proceso con dimensión social.
En sus primeros años “tenía muy poco lo social incorporado en su agenda” y fue precisamente
Venezuela, durante el Gobierno del presidente Hugo Chávez, quien colocó lo social sobre la mesa
de discusión y promovió que en la agenda se incorporara esta área para la promoción del
desarrollo humano integral en la región.
“El comandante Chávez hizo muchísimos esfuerzos para que todos los procesos de integración, de
unión en nuestro continente tuviesen como fundamentos la inclusión de los pueblos y la
integración de los pueblos”, agregó Arreaza en la entrevista.
Es así como ahora el “Mercosur cuenta con un Plan Estratégico de Acción Social, que es un plan
parecido a nuestro Plan de la Patria, donde está (establecida) la universalización de los derechos a
la salud, a la educación, a la cultura, a lucha contra la pobreza, la vivienda, y es un plan para
armonizar y coordinar las políticas de todos los países miembros de Mercosur”, subrayó.
Así pues, bajo esa premisa —recalcó— “Venezuela asume la presidencia pro témpore. Son seis
meses en los cuales nuestro compromiso en lo social, pero lo asumimos en la integridad del
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Mercosur, es avanzar aceleradamente en la concreción de ese Plan Estratégico de Acción Social y
nutrirlo y que todos y cada uno de sus ámbitos sean reforzado desde la Presidencia Pro Témpore”.
Arreaza mencionó que ese objetivo se desarrollará y será concretado pese la coyuntura política por
la que atraviesa países como Brasil, donde grupos políticos opositores al Gobierno de la Presidenta
Dilma Rousseff perpetraron un golpe de Estado, así como en Argentina, donde el actual Gobierno,
a cargo del empresario Mauricio Macri, adelanta políticas neoliberales.
La batalla es por la felicidad social
Al ser consultado sobre las embestidas imperiales contra Venezuela, el vicepresidente para el Área
Social indicó que esos ataques que se impulsan contra el país bolivariano desde el exterior, con la
utilización de la extrema derecha criolla, no son más que una batalla, en la que la Revolución
Bolivariana tiene su norte bien determinado: salir victoriosa para continuar con las reivindicaciones
de las luchas sociales.
Mencionó que ese objetivo será inquebrantable. “Nosotros (la Revolución y el pueblo patriota), si
tuviésemos que quedar solos por una circunstancia extrema seguiríamos adelante con la batalla
por la felicidad social, por la igualdad, por las Misiones y por las Grandes Misiones, seguiríamos
adelante”, sentenció.
Desde el mismo nacimiento de la Revolución Bolivariana, en 1999 –cuyos cimientos se
fundamentan sobre la reivindicación de las luchas sociales y la erradicación de toda forma de
exclusión, lo cual signó las políticas de gobiernos arrodillados a los intereses imperiales– Venezuela
y su pueblo se convirtieron en blanco de ataques y de agresión por parte de sectores de la derecha
nacional e internacional. En los últimos tres años, estas embestidas han arreciado.
“La conspiración siempre está presente, dentro y fuera de Venezuela”, dijo Arreaza, quien agregó
que todo ello responde a que necesitan un gobierno sumido a sus intereses, a los fines de
apoderarse de las riquezas naturales que son propiedad de los venezolanos. Por eso, “Venezuela
siempre va a estar en el ojo del huracán y de la miras de los grandes intereses internacional”, dijo.
“Es una guerra donde habrán muchas batallas y donde finalmente el pueblo tendrá que imponerse.
No tenemos otra opción. El socialismo no es una opción, es un destino y lo debemos asumir de esa
manera”, agregó Arreaza.
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Diálogo por la paz
Asimismo, Arreaza reiteró que el Gobierno del Presidente Nicolás Maduro es firme en su disposición
de entablar un diálogo con la oposición venezolana como vía para preservar la paz, la soberanía y
para avanzar hacia la recuperación económica y consolidar la prosperidad nacional.
En ese sentido, lamentó que la oposición venezolana rechace las convocatorias de diálogo y se
rehúse además la mediación planteada por la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) y los
expresidentes Martín Torrijos, de Panamá; José Luis Rodríguez Zapatero, de España, y Lionel
Fernández, de República Dominicana, y que por el contrario acudan a organismos internacionales y
que promueven una intervención contra Venezuela y su pueblo.
Ante ello, “vamos a insistir en la defensa de la soberanía. Es una pugna histórica la cual no debe
asustarnos ni amilanar a nadie sino más bien envalentonarnos, pues es una señal que seguimos en
la lucha de clase en el mundo para vencer la explotación y liberarnos, son procesos que no tienen
otro destino sino enfrentarlos y salir victoriosos”.
“La derecha seguirá insistiendo en la violencia, y nosotros insistiremos en defender nuestra
soberanía”, señaló.
Fonte:
http://www.correodelorinoco.gob.ve/nacionales/venezuela-ratifica-su-compromiso-
promover-agenda-social-mercosur/
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