Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina

Transcripción

Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
Complementaridade Produtiva
entre Brasil e Argentina:
Oportunidades de negócios conjuntos
para promover a integração
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Detección de Sectores Estratégicos para el Abordaje de Negocios Conjuntos
SÉRIE CADERNOS DA INDÚSTRIA ABDI
Complementaridade Produtiva
entre Brasil e Argentina:
Oportunidades de negócios conjuntos
para promover a integração
Série Cadernos da Indústria ABDI
Volume XVII
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)
Brasília – 2010
© 2010 – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI
Série Cadernos da Indústria ABDI – Volume XVII
Qualquer parte desta obra pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
Equipe técnica da ABDI
Roberto dos Reis Alvarez
Rogério Dias Araújo
Leonardo Santana
Simone Uderman
Marcia Oleskovicz (Supervisão – Comunicação)
Equipe técnica da Unicamp
Mariano Laplane
Fernando Sarti
Celio Hiratuka
Rodrigo Sabbatini
Equipe técnica da Abecep.com
Coordenadores:
Lic. Dante Sica (Coordenador General)
Lic. Sebastián Brusa (Coordenador do projeto)
Lic. Maximiliano Scarlan (Coordenador Técnico)
Pesquisadores:
Lic. Horacio Lazarte
Lic. Carla Dicundo
Lic. Noelia Pacharotti
Revisão de texto
Chá com Nozes Propaganda / Carlos Ferreira e Manfredo Chavez
Fotos
Chá com Nozes Propaganda
Projeto Gráfico e Diagramação
Chá com Nozes Propaganda / Rangel Egidio dos Santos
Ficha Catalográfica
AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL.
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina: Oportunidades de negócios
conjuntos para promover a integração. / Agência Brasileira de Desenvolvimento
Industrial. – Brasília: Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, 2010.
298 p. (Série Cadernos da Indústria ABDI XVII)
ISBN 978-85-61323-19-6
1. Mercosul. 2. Política e Economia. I. Título. II. Agência Brasileira de
Desenvolvimento Industrial. III. Série.
ABDI
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
Setor Bancário Norte
Quadra 1 – Bloco B – Ed. CNC
70041-902 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3962-8700
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CDU 339.923
República Fede­­­rativa do Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior
Miguel Jorge
Ministro
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial
Reginaldo Braga Arcuri
Presidente
Clayton Campanhola
Diretor
Maria Luisa Campos Machado Leal
Diretora
Roberto dos Reis Alvarez
Gerente de Assuntos Internacioais
Apresentação
Reginaldo Arcuri
Presidente da ABDI
Apresentação
O conceito de integração produtiva e os esforços associados de aproximação entre as nações têm permeado a trajetória de articulação dos
países do Cone Sul. Em 1986, o lançamento do Programa de Integração
e Cooperação Econômica (PICE), iniciativa conjunta do Brasil e da Argentina, insere a questão integracionista na pauta de cooperação dos
dois países, orientando a definição de compromissos e ações em setores
econômicos preferenciais. O tratado de Assunção, que estabelece, em
1991, as bases para a formação do Mercosul, explicita o entendimento
de que a ampliação de mercados por meio da integração das estruturas
de produção dos sócios constitui uma condição fundamental para acelerar o crescimento econômico com justiça social, reiterando a importância
do tema para o desenvolvimento dos países signatários. Ao longo das
últimas décadas, essa ideia ganha força, tornando-se referência para as
negociações multilaterais, à luz da evolução de acontecimentos internacionais que consolidam o processo de globalização e aceleram a formação de blocos econômicos transnacionais.
A despeito da incontestável relevância da questão, a concretização dos
esforços de integração produtiva em iniciativas e ações palpáveis ainda
não alcançou o nível de profundidade necessária e o grau de amplitude desejado pelos nossos mandatários. Em função de sua premência e
complexidade, o tema passou a integrar a Política de Desenvolvimento
Produtivo (PDP), instituída pelo governo brasileiro em 2008, compondo,
como Programa de Destaque Estratégico, a diretriz de aprofundar a integração produtiva com a América Latina e o Caribe. Coube à Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) a responsabilidade de
coordenar o programa, mobilizando agentes relevantes e articulando
interesses convergentes.
Como parte das ações executadas a partir de então, a Agência contratou o Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia do Instituto de
Economia da Universidade de Campinas (Neit-IE/Unicamp) para elaborar
5
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
um estudo específico sobre a integração produtiva entre o Brasil e a Argentina, que contou, para as especificidades do caso Argentino, com a
participação da Abecep.com. Dividido em duas partes, o trabalho contribui para ampliar o conhecimento sobre o tema e sistematizar propostas
que indiquem como avançar na almejada aproximação com esse país,
abrindo espaço para a execução de estudos similares envolvendo nossos
demais parceiros e vizinhos.
6
A primeira parte do estudo explica a relevância do processo de integração, ressaltando que as assimetrias competitivas entre empresas, instituições e setores, ao contrário do que possa parecer à primeira vista, podem
ser fatores favoráveis à sua implementação. A partir da identificação de
oportunidades de empreendimentos conjuntos, sugere que o apoio à
realização de investimentos bilaterais, ao estabelecimento de acordos de
fornecimento e ao desenvolvimento cooperativo de projetos de cunho
tecnológico podem ser importantes elementos de sustentação de arranjos e políticas bilaterais. Desse modo, considera que a mobilização da
capacidade de financiamento, de compra, de regulação e de coordenação dos investimentos dos governos nacionais é uma plataforma fundamental para o incremento da competitividade e a internacionalização
de empresas. Reunindo informações e análises acerca da instituição de
mecanismos de coordenação, propõe políticas de apoio à integração das
cadeias produtivas regionais.
A segunda parte do trabalho faz uma análise criteriosa da realidade
setorial da Argentina, visando identificar espaços potencialmente interessantes para novos investimentos comuns. Após uma pesquisa nãoexaustiva do perfil de investimentos de origem brasileira na ­Argentina,
abrangendo, entre outras características, a distribuição setorial, a destinação geográfica e o porte dos investidores, o trabalho analisa o potencial de oportunidades oferecido pelos diversos setores investigados.
Examinando as possibilidades de complementaridade produtiva entre os
Apresentados e discutidos em fóruns qualificados no Brasil e na Argentina, os resultados dessa pesquisa constituem-se em valiosos insumos para
a construção de uma agenda pública e privada com foco no desenvolvimento de programas de integração que envolvam instituições de ambos
os países. A presente publicação visa contribuir para a disseminação de
ideias e para o amadurecimento de propostas voltadas para a consolidação de um plano comum de trabalho, que leve em consideração a
necessidade de que os governos criem condições econômicas e regulatórias que favoreçam o florescimento de negócios e sejam atrativas para
as empresas, verdadeiras agentes do processo de integração produtiva.
Apresentação
dois países, contribui para a identificação de oportunidades de negócios
que sustentem avanços no processo de integração.
Reginaldo Arcuri
Presidente da ABDI
7
Sumário / Sumario
Lista de figuras...................................................................20
Parte I
Sumário executivo..............................................................26
Sumário / Sumario
Lista de tabelas / Lista de cuadros......................................16
Introdução.........................................................................30
1. Investimento e integração produtiva...............................32
2. A integração produtiva no Mercosul...............................36
3. Investimento e integração produtiva Brasil e Argentina.....40
4. Investimentos bilaterais..................................................46
4.1 IDE da Argentina no Brasil...................................................... 47
4.1.1 Grupo Techint............................................................... 50
4.1.2 Arcor Saic..................................................................... 50
4.1.3 IMPSA........................................................................... 51
4.1.4 Grupo Bagó.................................................................. 51
4.2 IDE do Brasil na Argentina...................................................... 52
5. Perspectivas e estratégias de política..............................56
6. Identificação de oportunidades.......................................60
6.1 Petróleo e gás........................................................................ 62
6.2 Aeronáutica........................................................................... 63
6.3 Mineração............................................................................. 63
6.4 Indústria naval....................................................................... 64
9
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
6.5 Equipamentos ferroviários...................................................... 65
6.6 Autopeças.............................................................................. 66
6.7 Software................................................................................ 67
6.8 Biocombustíveis..................................................................... 67
6.9 Construção civil...................................................................... 68
7. Considerações finais: o papel das políticas
coordenadas......................................................................70
Parte II
Lista de cuadros.................................................................18
Lista de figuras...................................................................22
Introducción.......................................................................74
10
1. Visibilidad de las inversiones brasileñas
en Argentina......................................................................78
1.1 La evolución de la inversión y el contexto
macroeconómico en Argentina............................................... 79
1.2 Caracterización del proceso inversor de Brasil......................... 86
1.3 Caracterización y proceso de inversión en cadenas de valor..... 94
1.3.1Petroquímica................................................................. 96
1.3.1.1 Estructura de la cadena..................................... 96
1.3.1.2 Situación de la cadena en Argentina................. 97
1.3.1.3 Proceso inversor en la cadena............................ 99
1.3.2Bebidas....................................................................... 101
1.3.2.1 Estructura de la cadena................................... 101
1.3.2.2 Situación de la cadena en Argentina............... 102
1.3.3Siderurgia................................................................... 105
1.3.3.1 Estructura de la cadena................................... 105
1.3.3.2 Situación de la cadena en Argentina............... 106
1.3.3.3 Proceso inversor en la cadena.......................... 108
1.3.4Agroindustria (con foco en el sector ganadero
Sumário / Sumario
1.3.2.3 Proceso inversor en la cadena.......................... 104
y sus derivados).......................................................... 109
1.3.4.1 Estructura de la cadena................................... 109
1.3.4.2 Situación de la cadena en Argentina............... 111
1.3.4.3 Proceso inversor en la cadena.......................... 114
1.3.5Construcción-inmobiliario........................................... 117
1.3.5.1 Estructura de la cadena................................... 117
1.3.5.2 Situación de la cadena en Argentina............... 119
1.3.5.3 Proceso inversor en la cadena.......................... 120
1.3.6Química...................................................................... 121
1.3.6.1 Estructura de la cadena................................... 121
1.3.6.2 Situación de la cadena en Argentina............... 122
1.3.6.3 Proceso inversor en la cadena.......................... 123
1.3.7Automotriz................................................................. 125
1.3.7.1 Estructura de la cadena................................... 125
1.3.7.2 Situación de la cadena en Argentina............... 126
1.3.7.3 Proceso inversor en la cadena.......................... 127
1.3.8Logística..................................................................... 130
1.3.8.1 Estructura de la cadena................................... 130
1.3.8.2 Situación de la cadena en Argentina............... 131
1.3.8.3 Proceso inversor en la cadena.......................... 133
1.3.9Textil........................................................................... 135
11
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
1.3.9.1 Estructura de la cadena................................... 135
1.3.9.2 Situación de la cadena en Argentina............... 136
1.3.9.3 Proceso inversor en la cadena.......................... 137
1.3.10 Energía..................................................................... 139
1.3.10.1 Estructura de la cadena................................. 139
1.3.10.2 Situación de la cadena en Argentina............. 139
1.3.10.3 Proceso inversor en la cadena........................ 141
1.3.11 Minería..................................................................... 142
1.3.11.1 Estructura de la cadena................................. 142
1.3.11.2 Situación de la cadena en Argentina............. 143
1.3.11.3 Proceso inversor en la cadena........................ 144
1.3.12 Tecnologías de la Información y la
Comunicación (TIC)..................................................... 145
12
1.3.12.1 Estructura de la cadena................................. 145
1.3.12.2 Situación de la cadena en Argentina............. 146
1.3.12.3 Proceso inversor en la cadena........................ 147
1.3.13 Celulosa y papel........................................................ 150
1.3.13.1 Estructura de la cadena................................. 150
1.3.13.2 Situación de la cadena en Argentina............. 151
1.3.13.3 Proceso inversor en la cadena........................ 153
1.3.14. Maquinaria agrícola................................................. 154
1.3.14.1 Estructura de la cadena................................. 154
1.3.14.2 Situación de la cadena en Argentina............. 155
1.3.14.3 Proceso inversor en la cadena........................ 158
1.3.15 Biocombustibles....................................................... 159
1.3.15.1 Estructura de la cadena................................. 159
1.3.15.2 Situación de la cadena en Argentina............. 160
1.3.16. Otras actividades empresariales y de esparcimiento.....163
1.3.16.1 Caracterización de las inversiones
en Argentina................................................... 163
2. Detección de nichos para la complementación
productiva........................................................................166
Sumário / Sumario
1.3.15.3 Proceso inversor en la cadena........................ 162
2.1 Marco general y algunas consideraciones metodológicas...... 167
2.1.1La constitución de la matriz sectorial........................... 169
2.1.2Cruce de indicadores................................................... 184
2.2 Determinación de rubros con potencialidad.......................... 193
2.2.1Rubros con potencialidad alta..................................... 194
2.2.1.1 Subgrupo 1: Alta potencialidad por
primacía de Brasil............................................ 194
2.2.2Rubros con potencialidad media ................................ 197
2.2.3Rubros con potencialidad baja ................................... 198
2.3 Análisis de rubros seleccionados........................................... 199
2.3.1Rubros productivos con Oportunidades Altas.............. 199
2.3.1.1 Aeronáutica.................................................... 199
2.3.1.2 Minería........................................................... 202
2.3.1.3 Bebidas (jugos)............................................... 207
2.3.1.4 Sector maderero (madera/muebles)................. 209
2.3.1.5 Celulosa y Papel ............................................. 212
2.3.1.6 Naval-Embarcaciones...................................... 215
2.3.1.7 Maquinaria de uso especial
(Maquinaria Agrícola)..................................... 218
2.3.1.8 Autopartes...................................................... 221
2.3.1.9 Lácteo............................................................ 224
13
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
2.3.1.10 Productos de la molinería . .......................... 226
2.3.1.11 Combustibles (Biodiesel)............................... 229
2.3.1.12 Cuero........................................................... 231
2.3.2. Rubros productivos con oportunidades medias . ........ 235
2.3.2.1 Carrocerías...................................................... 235
2.3.2.2 Carnes............................................................ 237
2.3.2.3 Maquinaria y equipos (bienes de capital)......... 241
2.3.2.4 Químicos........................................................ 242
2.3.2.5 Plásticos.......................................................... 244
2.3.2.6 Calzado.......................................................... 247
2.3.2.7 Ferroviario....................................................... 250
2.3.2.8 Motovehiculos................................................ 252
2.3.3Rubros productivos con Oportunidades Bajas ............. 255
14
2.3.3.1 Petroquímica................................................... 255
2.3.3.2 Siderurgia....................................................... 257
2.3.3.3 Vehículos automotores................................... 260
2.3.3.4 Fabricación de productos minerales no
metálicos (cemento) . ..................................... 262
2.3.4Rubros de servicios con Oportunidad Alta................... 264
2.3.4.1 Informática .................................................... 265
2.3.4.2 Construcción.................................................. 267
2.3.4.3 Transporte / Logística ..................................... 269
3. Lineamientos estratégicos para el abordaje de
negocios conjuntos...........................................................272
3.1 Breves comentarios sobre rubros con mayor espacio para
la acción pública/privada a nivel regional.............................. 275
3.1.1Aeronáutica................................................................ 275
3.1.3 Industria Naval (incluye pequeñas embarcaciones)............. 277
3.1.4Ferrocarril................................................................... 277
3.1.5Autopartes.................................................................. 278
3.1.6Maquinaria de uso especial (Maquinaria Agrícola)....... 279
3.1.7TIC´s + Desarrollo tecnológicos orientados al
Agrobusiness.............................................................. 280
Sumário / Sumario
3.1.2Minería....................................................................... 276
3.1.8Biodiesel..................................................................... 281
3.1.9Construcción.............................................................. 283
3.2 Breves comentarios sobre rubros con menor espacio para
la acción pública/privada a nivel regional.............................. 283
3.2.1Lácteo........................................................................ 283
3.2.2Productos de Molinería............................................... 284
3.2.3Bebidas (jugos)........................................................... 285
3.2.4Cueros........................................................................ 286
3.2.5Celulosa/Papel............................................................. 287
Anexos.............................................................................290
Análisis II – Disparidad productiva vs Nivel de inversiones
brasileñas en Argentina........................................................ 291
Análisis III – Disparidad comercial (medido por el ratio de
exportaciones totales de Brasil respecto a Argentina) vs
Estado del intercambio comercial bilateral............................ 294
15
Lista de tabelas / Lista de cuadros
Tabela 1. Intercâmbio comercial Brasil-Argentina
Grupos Cuci com CCI>0,5 e corrente de comércio>US$
40 milhões (2004).................................................................. 43
Tabela 2. Ranking das maiores multinacionais
argentinas (2008).................................................................. 49
Parte II
Cuadro 1. Composición de los flujos de IED (en %)....................... 83
Cuadro 2. Flujos de IED. Distribución por país primer nivel de
Lista de tabelas / Lista de cuadros
Parte I
tenencia (en millones de U$S)................................................ 84
Cuadro 3. Flujos de IED – Principales sectores
(en millones de U$S).............................................................. 85
Cuadro 4. Principales sectores con existencia de empresas de
origen de capital brasileñas internacionalizadas.................... 171
Cuadro 5. Cruce de indicadores: Sectores prioritarios en Brasil,
nivel de inversiones brasileñas en Argentina y existencia
de grandes empresas de origen de capital brasileño............. 186
Cuadro 6. Fabricación de aeronaves y naves espaciales............... 202
Cuadro 7. Minería...................................................................... 205
Cuadro 8. Elaboración de bebidas.............................................. 208
Cuadro 9. Madera y muebles..................................................... 211
Cuadro 10. Celulosa y papel....................................................... 215
Cuadro 11. Naval-Embarcaciones............................................... 218
Cuadro 12. Maquinaria agrícola................................................. 220
Cuadro 13. Autopartes.............................................................. 223
Cuadro 14. Lácteos.................................................................... 226
Cuadro 15. Productos de la molinería......................................... 228
17
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
Cuadro 16. Productos químicos.................................................. 231
Cuadro 17. Cuero...................................................................... 234
Cuadro 18. Carrocerías............................................................... 236
Cuadro 19. Carnes..................................................................... 240
Cuadro 20. Maquinaria y equipos.............................................. 242
Cuadro 21. Químicos................................................................. 244
Cuadro 22. Plasticos................................................................... 247
Cuadro 23. Calzados.................................................................. 250
Cuadro 24. Ferroviario............................................................... 252
Cuadro 25. Motovehiculos......................................................... 254
Cuadro 26. Petroquímica........................................................... 257
Cuadro 27. Siderurgia................................................................ 259
Cuadro 28. Vehículos automotores............................................ 262
Cuadro 29. Minerales no metálicos............................................ 264
18
Cuadro 30. Informática.............................................................. 266
Cuadro 31. Construcción........................................................... 268
Cuadro 32. Transporte y logística............................................... 270
Lista de figuras
Gráfico 1. IDE na Argentina e no Brasil (1995-2008)
(milhões de dólares)............................................................... 42
Gráfico 2. IDE acumulado de empresas argentinas no Brasil
(1995 e 2000) (milhões de dólares)........................................ 47
Lista de figuras
Parte I
Gráfico 3. IDE de empresas argentinas no Brasil (2001-2008)
(milhões de dólares)............................................................... 47
Gráfico 4. Investimento direto brasileiro no exterior
(milhões de dólares)............................................................... 53
Gráfico 5. IDE do Brasil na Argentina (milhões de dólares)........... 53
Parte II
Figura 1. Inversión Extranjera Directa. (En millones U$S)............... 81
Figura 2. PBI e IBIF desestacionalizados. (En millones de
pesos de 1993)...................................................................... 82
Figura 3. Participación IED Brasil en Argentina.............................. 87
Figura 4. Inversiones consolidadas, inversiones relevadas
por la encuesta y adicional según anuncios de inversión.
(En miles de U$S)................................................................... 88
Figura 5. Participación de las inversiones respecto al
acumulado 2002-2008 consolidado. Por modalidad. (En %)..... 90
Figura 6. Inversiones efectivizadas por las empresas con
participación accionaria brasileña según localización. (En %)..... 91
Figura 7. Participación de las inversiones acumulada en el
período 2002-2008 por sector de actividad económica. (En %)... 93
Figura 8. Participación de las inversiones en el período
2002-2008, consolidado. Por sector de actividad
económica. (En %)................................................................. 94
Figura 9. Cadena petroquímica..................................................... 96
21
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
Figura 10. Cadena de bebidas.................................................... 102
Figura 11. Cadena de la siderurgia............................................. 106
Figura 12. Cadena ganadera...................................................... 110
Figura 13. Cadena de construcción............................................ 118
Figura 14. Cadena química......................................................... 122
Figura 15. Cadena automotriz.................................................... 126
Figura 16. Cadena logística........................................................ 131
Figura 17. Cadena textil ............................................................ 136
Figura 18. Cadena de energía eléctrica....................................... 139
Figura 19. Cadena minera.......................................................... 142
Figura 20. Cadena de TIC........................................................... 145
Figura 21. Cadena de celulosa y papel........................................ 151
Figura 22. Cadena de la maquinaria agrícola.............................. 155
22
Figura 23. Cadena de biocombustibles....................................... 160
Figura 24. Brasil. Programas estructurales en áreas estratégicas.....170
Figura 25. Nivel de inversiones brasileñas (2002-2008) vs
Grado de relevancia de anuncios de inversión brasileños
en relación al total de anuncios realizados en Argentina
(2002-2009)........................................................................ 174
Figura 26. Relevancia productiva de Brasil respecto a
Argentina. Año 2007 (estimado).......................................... 175
Figura 27. Relevancia comercial de Brasil respecto a
Argentina, medido por exportaciones totales. Año 2008...... 178
Figura 28. Estado del intercambio comercial bilateral entre
Argentina y Brasil, en relación al total del comercio de
cada rubro. Año 2008.......................................................... 180
Figura 29. Aporte al crecimiento de las importaciones de
origen china (2006-2008).................................................... 182
Figura 31. Disparidad productiva vs Nivel de inversiones
brasileñas en Argentina........................................................ 189
Figura 32. Disparidad comercial (medido por el ratio de
exportaciones totales de ambos países) vs Estado del
intercambio comercial bilateral............................................. 190
Lista de figuras
Figura 30. Grado de incidencia de las medidas en las
importaciones...................................................................... 184
23
Complementaridade Produtiva
entre Brasil e Argentina:
Oportunidades de negócios conjuntos
para promover a integração
Parte I
Equipe técnica da Unicamp
Mariano Laplane
Fernando Sarti
Celio Hiratuka
Rodrigo Sabbatini
Sumário executivo
o processo de integração econômica entre o Brasil e a ­Argentina possa ser aprofundado, com forte aumento da competitividade, e minimizando resistências e conflitos comerciais no interior do ­Mercosul.
O investimento é o principal vetor da integração e da complementaridade produtivas.
Sumário executivo
A complementaridade produtiva é uma condição necessária para que
Depois de um longo período de relativa estagnação, tanto o Brasil
como a Argentina vivenciam um processo de retomada do investimento e do crescimento. O quadro atual é radicalmente diferente
daquele da segunda metade dos anos de 1990, quando ambos
os países disputavam a atração de investimentos relativamente
escassos.
A continuidade e a intensidade da retomada dependerão da capacidade de identificar, estruturar e explorar oportunidades de investimento. Negócios conjuntos indutores de investimentos promovem
não apenas o crescimento, mas também a integração.
Para as empresas brasileiras e argentinas que pretendam melhorar
sua posição na disputa com empresas de outros países e se tornarem ainda mais competitivas os investimentos bilaterais representam
uma estratégia bastante eficaz. Investimentos bilaterais reduzem as
assimetrias entre as empresas e os setores de Brasil e Argentina e
fortalecem o processo de integração.
O volume de investimentos bilaterais é ainda incipiente. Em alguns
setores a iniciativa privada tem identificado e aproveitado oportunidades de negócios conjuntos. Em outros, o fluxo de investimentos
bilaterais está ainda abaixo do potencial.
27
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
Existem oportunidades importantes em setores como: petróleo e gás,
aeronáutica, mineração, indústria naval, material ferroviário, autopeças, biocombustíveis, software e construção civil.
A coordenação da concessão de incentivos e do poder regulador
dos governos nacionais nesses setores é essencial para aproveitar as
oportunidades para a realização de investimentos bilaterais de empresas brasileiras e argentinas e, assim, promover a complementaridade produtiva.
28
Introdução
Introdução
O presente documento tem por objetivo analisar o papel da integração
produtiva entre o Brasil e a Argentina no fortalecimento da competitividade e na promoção da integração econômica entre os dois países. A
premissa em que se baseia esta publicação é a de que, embora importante, a abertura comercial não é suficiente para promover a integração
se não for acompanhada pela integração produtiva.
O investimento é o vetor fundamental do processo de integração a longo
prazo, pois é por meio dele que se consolida a integração produtiva e
se minimizam os conflitos comerciais. Os investimentos bilaterais de empresas de capital argentino e brasileiro, além de promover a integração
produtiva, são instrumentos poderosos de fortalecimento da competitividade e da internacionalização das empresas nacionais.
Este documento está organizado em sete seções. Inicialmente discute-se
a interconexão entre comércio, investimento e integração. Na sequência
é analisado o estágio da integração produtiva no ­Mercosul. A seguir, na
terceira seção, é analisada a evolução dos investimentos na Argentina
e no Brasil no período recente. Na quarta seção analisam-se os investimentos argentinos no Brasil e os investimentos brasileiros na Argentina
com o objetivo de avaliar suas dimensões e traçar um perfil setorial.
Na quinta seção discutem-se as perspectivas e as estratégias de política
para promover a integração produtiva. Na seção seguinte analisam-se
as oportunidades de negócios conjuntos que possam promover a integração produtiva.
Finalmente, na última seção, formulam-se considerações sobre a importância da coordenação de políticas para que a integração comercial possa ser potencializada pela complementaridade produtiva.
31
1. Investimento e
integração produtiva
Nas políticas comerciais, a integração regional tem estado na moda durante
as últimas décadas. Para atingir plenamente os benefícios da integração,
os acordos regionais, inicialmente focados na redução de tarifas, deveriam
evoluir para graus de integração profunda, abrangendo a eliminação de
outros tipos de barreiras ao comércio, assim como a livre movimentação de
capital e de mão-de-obra no interior dos blocos. Dessa forma, a integração
comercial evoluiria para a integração econômica entre os países do bloco.
A atividade produtiva nos países-membros do acordo regional tornar-se-ia
progressivamente mais integrada e complementar.
Investimento e integração produtiva
Embora o tema da integração produtiva como alavanca da competitividade
de países membros de acordos regionais de comércio mereça destaque nos
debates sobre os benefícios potenciais da integração regional, pouco se
conhece sobre a importância efetiva dessas vantagens. Menos ainda se conhece sobre os instrumentos de política mais adequados para promovê-las.
Na teoria clássica do comércio, a complementaridade produtiva poderia
contribuir para com a competitividade por meio dos ganhos de eficiência
resultantes da especialização. Na nova teoria do comércio, que leva em
conta a existência de economias de escala internas às empresas, a especialização também resultaria em ganhos estáticos de eficiência na medida
em que permite explorar essas oportunidades. Se houver potencial para
a diferenciação de produtos, a especialização permitiria também explorar
oportunidades de comércio intraindustrial. Numa perspectiva dinâmica, a
cooperação permitiria, ainda, dividir os custos fixos da inovação e evitar a
duplicação de esforços, promovendo o progresso técnico. A intensificação
das inovações e a disseminação mais ampla dos seus benefícios, viabilizadas pelo espaço econômico regional integrado, resultariam num maior
ritmo de crescimento.
É evidente que a materialização plena dos benefícios da integração envolve não apenas a liberalização dos fluxos de comércio, mas um pro-
33
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
fundo processo de reorganização das empresas e das cadeias de suprimento e de distribuição, cujo principal vetor é o investimento. Em outras
palavras, o investimento é o principal instrumento de reorganização das
atividades de inovação, da produção, da logística e dos mercados, fatores indispensáveis para que se concretizem as vantagens potenciais da
integração comercial.
O ritmo do investimento determinará a velocidade do processo de integração da economia regional, bem como a intensidade dos conflitos que
poderão surgir em função da integração comercial. Em primeiro lugar, o
crescimento econômico promovido pelo investimento poderá amenizar a
tensão provocada pela redução do espaço dos produtores nacionais em
mercados anteriormente protegidos dos concorrentes vizinhos. Em segundo lugar, o investimento multiplica as oportunidades de novos negócios regionais, que se constituem em possíveis alternativas aos negócios
afetados pela integração.
34
Nos países em desenvolvimento, a integração regional deve promover
não apenas a reorganização da atividade econômica, mas possibilitar
um salto significativo na renda per capita e nas condições de vida da
população. Nesse caso o investimento tem, obviamente, importância
ainda maior. O volume e a qualidade do investimento devem promover
a convergência da renda per capita para níveis mais próximos dos países desenvolvidos. Nos casos dos processos de integração que envolvam
países com fortes assimetrias na renda per capita os investimentos são
essenciais, embora não necessariamente suficientes, para promover a redução progressiva das diferenças.
Os investimentos para a constituição de redes regionais de inovação,
de suprimento, de produção e de distribuição, são partes essenciais do
processo de integração. É através dessas redes que se estabelece a integração produtiva que alavanca a competitividade, o crescimento e o de-
A divisão do trabalho entre os países no interior do bloco regional é
construída por meio das decisões de investimento das empresas locais
e estrangeiras que comandam a atividade econômica. A complementaridade da produção dos vários países pode assumir a forma vertical,
quando componentes são produzidos em um país e os produtos finais
montados em outro, e/ou horizontal, quando componentes e produtos
finais diferentes são produzidos em vários países. Em ambos os casos, o
resultado são fluxos de comércio do tipo intraindustrial. A complementaridade da produção pode ocorrer no interior de uma mesma empresa,
por meio da especialização de suas filiais nos diversos países-membros
do bloco regional, ou por meio de relações de mercado entre empresas
independentes.
Investimento e integração produtiva
senvolvimento regional. No caso das atividades produtivas organizadas
em escala mundial, as redes regionais devem estar articuladas com as
redes globais.
Numa perspectiva que privilegie a competitividade, a unidade de análise mais adequada para pensar a questão da complementaridade são
as cadeias produtivas ou de valor. O estudo das cadeias produtivas da
indústria, desde uma perspectiva regional, permitiria identificar os elos
fortes e fracos e aqueles elos passíveis de serem fortalecidos em função
da complementaridade. Uma dimensão importante a ser observada é o
papel das empresas transnacionais globais ou regionais na organização
das respectivas cadeias produtivas.
35
2. A integração
produtiva no Mercosul
sunção, pouco se avançou na direção de identificar e explorar a complementaridade da produção como forma de fortalecer a competitividade e
de promover o desenvolvimento produtivo regional.
A exceção foi a cadeia automobilística, na qual os acordos bilaterais Brasil-Argentina que estabeleciam a necessidade de manter um certo equilíbrio no comércio intrafirma estimularam a complementaridade entre
as filiais das montadoras na região. Entretanto, este tipo de integração,
imposta por meio de restrições ao livre comércio no interior do bloco,
apoia-se num instrumento contrário ao próprio espírito do processo de
A integração produtiva no Mecosul
Transcorrida mais de uma década desde a assinatura do Tratado de As-
integração regional e que só poderia ser utilizado de forma temporária.
Numa perspectiva de longo prazo, no lugar de ser resultado de restrições
ao comércio, a complementaridade deveria estar associada a uma agenda positiva de desenvolvimento regional. Um exemplo ilustrativo do tipo
de complementaridade desejável seria aquela que permitisse a conquista
de novos mercados em outros países. Outro exemplo da complementaridade construtiva poderia ser aquela destinada a aumentar o valor
agregado ou o conteúdo tecnológico das exportações regionais.
A complementaridade produtiva e tecnológica, candidata natural a se
constituir em eixo principal de uma eventual política industrial regional, permanece como um terreno praticamente inexplorado. Numa visão pró-desenvolvimento regional, o processo de integração econômica
implica na constituição de um complexo arranjo de políticas, incluindo
políticas de competitividade no campo industrial e de comércio exterior,
que afetam direta e indiretamente as decisões de produção, comercialização e investimento das empresas. É necessário que, além de gerar
maior eficiência, os ganhos econômicos sejam mais abrangentes e melhor distribuídos entre as empresas, os setores e os países.
37
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
O maior obstáculo e a principal fonte de alimentação da resistência ao
avanço do processo de integração no Mercosul é a existência de enormes
assimetrias competitivas entre empresas, instituições e setores. As assimetrias têm determinações conjunturais, mas resultam, principalmente,
de diferenças estruturais entre as economias do bloco, como escala de
produção, estoque de capital produtivo, representação política das classes empresarial e trabalhadora, capacitações tecnológicas, padrão de financiamento do investimento, da produção, do consumo e do comércio
exterior, entre outros.
38
O quadro macroeconômico atual, de maior estabilidade e de retomada
do investimento e do crescimento coloca novas oportunidades e desafios ao processo de integração regional. Portanto é necessário reorientar,
adequar e concatenar os instrumentos e normas comunitárias na direção
de uma política de competitividade ativa, abrangente e reestruturante
que contemple duas dimensões. De um lado, que seja capaz de ampliar,
modernizar, complementar e inserir de forma sustentada e competitiva,
a estrutura produtiva regional no cenário internacional. E de outro, possa
integrar crescentemente, sem subordinar, as bases produtivas domésticas, reduzindo as assimetrias intrarregionais.
3. Investimento e
integração produtiva
Brasil e Argentina
Num contexto de baixo crescimento e de fortes restrições externas, as
diferenças nos regimes de política econômica (em particular nas políticas cambiais) resultaram em ciclos curtos de expansão da atividade econômica que atingiam de maneira alternada um dos dois países. O caráter espasmódico do crescimento restringia severamente os investimentos nos dois países na fase expansiva e estimulava a exportação para o
país vizinho da produção excedente na fase recessiva. Os desequilíbrios
comerciais resultantes provocavam conflitos comerciais recorrentes que
paralisavam o processo de integração.
Investimento e integração produtiva Brasil e Argentina
As assimetrias entre Brasil e Argentina, apesar de significativas, são relativamente inferiores às existentes em relação aos demais membros do
Mersocul. Embora com diferenças de escala muito favoráveis ao Brasil,
ambos os países contam com estruturas industriais bastante diversificadas e mercados domésticos de grandes dimensões, que constituem
condições favoráveis para o avanço da integração produtiva e do comércio intraindustrial. Todavia, a instabilidade macroeconômica e a falta de
sincronia do ciclo econômico no Brasil e na Argentina resultaram, desde
a constituição do ­Mersocul, em sérios obstáculos ao processo de integração e, em particular, aos investimentos indispensáveis para articular
as cadeias regionais de produção.
Nos anos de 1990, a taxa de investimento nos dois países ficou abaixo
de 25% do PIB, nível considerado adequado para promover o crescimento. Na Argentina a taxa de investimento atingiu 21% em 1998, no
auge da expansão no período da paridade fixa, mas caiu para 11% em
2002, no momento da crise. No Brasil, a taxa permaneceu em torno
de 16% na década de 1990. Nos últimos anos tem aumentado de
17,6%, em 2007 para 19% em 2008 (registrando 21,4% no terceiro
trimestre desse ano, antes da crise mundial). Tudo indica que a trajetória ascendente da taxa de investimento nos dois países continuará
nos próximos anos.
41
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
Apesar do contexto desfavorável Brasil e Argentina atraíram, desde a
criação da União Aduaneira, em 1995, até o final de 2008, aproximadamente 400 bilhões de dólares em Investimentos Diretos Estrangeiros (IDE).
Gráfico 1. IDE na Argentina e no Brasil (1995-2008)*
(milhões de dólares)
42
* Estimativa 2008 – Bancos Centrais da Argentina e do Brasil.
Fonte: UNCTAD.
De um modo geral a entrada de IDE nos dois países seguiu a tendência internacional, com forte aumento na segunda metade dos anos
de 1990, queda em função da crise dos setores de alta tecnologia no
ano 2000 e posterior recuperação. Ao longo dos anos noventa, parte importante da entrada de investimentos estrangeiros foi motivada
pelas oportunidades geradas pelos processos de privatização tanto na
Argentina como no Brasil. Em ambos os países o processo viabilizou a
entrada de capital estrangeiro em atividades, principalmente de serviços, nas quais anteriormente sua presença era muito restrita. Outra
parcela importante ao longo de todo o período foi destinada ao intenso processo de aquisição de empresas locais privadas por parte de
investidores estrangeiros.
A tabela 1, a seguir, mostra que os setores nos quais o comércio intraindustrial entre Brasil e Argentina é mais intenso são o químico e o automobilístico, os dois com importante presença de empresas estrangeiras.
Tabela 1. Intercâmbio comercial Brasil-Argentina
Grupos Cuci* com CCI** > 0,5 e corrente de comércio > US$ 40 milhões (2004)
Ano
2004
1998
1992
Comércio
Total
(US$ mil)
CCI
(em%)
Comércio
Total
(US$ mil)
CCI
(em%)
Comércio
Total
(US$ mil)
CCI
(em%)
Hidrocarbonetos
94.394
59,1
65.523
66,2
18.626
82,1
Pigmentos
59.641
51
nd
nd
nd
nd
Medicamentos
99.474
88,8
157.407
85,2
9.902
63,7
Perfumaria
54.274
85,7
32.586
84,5
nd
nd
Fertilizantes
53.134
65
Nd
nd
nd
nd
Polímeros de PVC
41.133
80,9
27.801
54,2
nd
nd
Outros plásticos
99.228
68,5
66.639
96,1
24.027
83
Laminados de plástico
80.441
72
78.742
87,1
32.944
53,8
Inseticidas
132.647
74,8
118.855
53,2
23.458
91,4
Amido
40.273
55,5
22.510
84,3
nd
nd
Produtos químicos diversos
50855
60,9
Nd
nd
nd
nd
Grupos Cuci
Investimento e integração produtiva Brasil e Argentina
Houve também investimentos em novas plantas, concentrados em
alguns setores da indústria, principalmente nos períodos de crescimento simultâneo do mercado nos dois países, como em 1996/97 e
2006/2008. Os setores industriais que concentraram os investimentos
estrangeiros, como o de alimentos e bebidas, o automobilístico e o
químico, foram aqueles nos quais a integração produtiva avançou de
maneira mais visível.
continua...
43
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
Continuação da Tabela 1
Fios têxteis especiais
69.789
56,8
75.146
92,3
nd
nd
Laminados de ferro e aço
46761
52,8
21846
72,8
nd
nd
351.571
61,3
1.273.367
88,2
nd
nd
Autos e veículos de transporte
de carga
Fonte: Lucángeli (2007, op.cit.)
*grupos da Classificação Uniforme de Comércio Internacional
**índice de comércio intraindústria de Grubel-Loyd = 1- {|X-M|/ [X+M]}
nd = informação não disponível.
Citado por João Bosco M. Machado em “Integração Produtiva: referencial analítico, experiência europeia e lições para o
Mercosul”. Texto apresentado no Seminário Internacional Integração Produtiva: Caminhos para o Mercosul, realizado nos dias
8 e 9 de dezembro de 2008, em Brasília.
44
Não chega a ser surpreendente que as empresas estrangeiras tenham
tomado a iniciativa para aproveitar as oportunidades que a integração
regional oferecia e reorganizaram a divisão do trabalho entre suas filiais
para fortalecer sua participação nos dois mercados. Dada a forte presença do capital estrangeiro desde o início dos processos argentino e brasileiro de industrialização e a experiência dessas empresas na gestão de
redes internacionais de produção é natural que elas sejam protagonistas
do processo de integração.
As empresas brasileiras e argentinas de capital nacional foram menos
ágeis nesse processo. O quadro de instabilidade e o elevado custo de
capital resultaram na restrição de investimentos. Por outro lado, a menor
experiência na internacionalização levou as companhias a priorizar os
projetos de reestruturação nos seus países de origem e seus mercados
domésticos.
O momento atual, mais favorável do ponto de vista das perspectivas de
crescimento e de redução do custo de capital em ambos os países, oferece condições favoráveis para a superação dessas limitações. Os investi-
Investimento e integração produtiva Brasil e Argentina
mentos diretos bilaterais de empresas argentinas e brasileiras são canais
importantes para estimular a competitividade das duas economias, uma
vez que por esse meio é possível combinar as vantagens adquiridas no
país de origem com aquelas potencialmente existentes no país receptor.
Em outras palavras, é importante verificar a extensão e as características
dos investimentos bilaterais das empresas de capital nacional, para avaliar sua contribuição para a integração produtiva.
45
4. Investimentos
bilaterais
Segundo os dados do Banco Central, em 1995 os investimentos diretos argentinos acumulados atingiam pouco menos de 400 milhões de
dólares, o que representava aproximadamente 1% do estoque total de
investimentos estrangeiros no Brasil. Entre 1995 e 2000, o valor praticamente dobrou, conforme mostra o Gráfico 2, mas em termos relativos, a
participação argentina diminuiu para 0,74% do total.
Investimentos bilaterais
4.1 IDE da Argentina no Brasil
Gráfico 2. IDE acumulado de empresas argentinas no Brasil
(1995 e 2000) (milhões de dólares)
0,94
0,74
Fonte: BCB.
Gráfico 3. IDE de empresas argentinas no Brasil (2001-2008)
(milhões de dólares)
Fonte: BCB.
47
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
De 2001 a 2008, as empresas argentinas investiram 736 milhões de dólares adicionais no Brasil. Embora a participação argentina no total dos
investimentos estrangeiros tenha diminuído, conforme mostra acima o
Gráfico 3, deve-se destacar que o valor do estoque acumulado de capital
argentino no Brasil dobrou em relação ao ano 2000.
Para dimensionar corretamente a importância dos investimentos argentinos no Brasil é preciso levar em conta o grau incipiente de internacionalização das empresas argentinas. Estudo da agência argentina de
promoção de investimentos (Agencia Nacional de Desarrollo de Inversiones – ProsperAr) divulgado em agosto de 2009 identificou as empresas
multinacionais argentinas mais importantes e analisou suas atividades no
exterior. A pesquisa identificou 19 empresas argentinas com aproximadamente 19 bilhões de dólares investidos em ativos e 42 mil empregados
no exterior em 2008. Nesse mesmo ano, as empresas estudadas atuavam
em 42 países por meio de 315 filiais e faturavam 21 bilhões de dólares.
48
Mais de 90% dos ativos externos pertencia ao grupo Techint, que atua
na metalurgia, na energia e na engenharia. As empresas que pertencem
ao referido grupo (Tenaris, Ternium, Tecpetrol e Techint Compañía Técnica
Internacional) foram responsáveis por 80% do faturamento a aproximadamente metade dos empregados das multinacionais argentinas no exterior.
Arcor, da indústria de alimentos, ocupou o segundo lugar no ranking
de valor dos ativos externos, depois de Techint. Industrias Metalúrgicas
Pescarmona (IMPSA), que atua na produção de maquinaria e equipamentos pesados; e o Grupo Bagó, de produtos farmacêuticos ocuparam
o segundo e o terceiro lugares no ranking, respectivamente.
Conforme mostra a Tabela 2, trata-se de empresas com perfil de atuação
relativamente diversificado, embora com escala inferior às multinacionais
de outros países, inclusive de alguns países em desenvolvimento.
Número de Ativos (milhões de dólares)
Grupo/Empresa
Atividades
Exterior
Total
Filiais Países
17.406
20.651
86
27
Grupo Techint
Conglomerado
Arcor S.A.I.C.
Alimentos e bebidas
491
1.341
27
16
IMPSA
Máquinas e equipamentos
300
919
11
11
Grupo Bagó
Farmacêutica
192
555
26
20
Molinos Rio de la Plata S.A.
Alimentos
190
1.075
15
8
Grupo Los Grobo
Produção agropecuária
175
343
30
3
Cresud
Produção agropecuária
68
1.582
5
5
Roemmers
Farmacêutica
58
367
3
3
Tecna
Ativ. especializadas de construção
50
57
9
8
Lecsa S.A.
Engenharia civil
50
439
10
6
S.A. San Miguel A.G.I.C.I.
Alimentos
23
187
9
2
BGH
Eletrônica
15
232
5
4
Clisa
Coleta e tratamento de resíduos
8
599
4
4
Petroquímica Rio Tercero S.A. Produtos químicos
8
91
1
1
Grupo Assa
Serviços de TI
7
25
5
5
Grupo Plastar
Produtos de plástico e borracha
5
52
1
1
Sancor Coop. Unidas Ltda.
Alimentos e bebidas
3
381
1
1
Havanna
Serviços assoc. a alimentos e
bebidas
2
45
66
8
Bio Sidus
P&D
1
38
1
1
19.052
28.979
315
42
Total
Investimentos bilaterais
Tabela 2. Ranking das maiores multinacionais argentinas (2008)
Fonte: ProsperAr: “Primer ranking de empresas multinacionales argentinas”. Buenos Aires, mimeo: agosto de 2009.
Das 315 filiais das multinacionais argentinas, 64% estão localizadas na
América do Sul, 17% na América do Norte, 10% na Europa e 7% na
América Central. A presença na Ásia e na África é praticamente nula. Na
49
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
América do Sul, o Brasil lidera com 69 filiais, seguido por Uruguai com
33 filiais, Chile, com 32 filiais, Paraguai com 12 e Bolívia com 11.
As principais multinacionais argentinas identificadas no estudo da ProsperAr atuam no Brasil.
4.1.1 Grupo Techint
50
É a maior multinacional argentina, segundo o estudo da ProsperAr. No
Brasil, a Techint atua em projetos tais como a construção de instalações
de produção, refino, tratamento e transporte de petróleo e gás; complexos químicos e petroquímicos, plantas de ferro, aço e metais não ferrosos, estruturas educativas e de saneamento básico. Tem participado
na construção de mais de 8.000 km de dutos (correspondentes a 80%
do sistema de gasodutos e oleodutos existentes no país), na construção
de módulos para plataformas off-shore, trazendo dutos e fornecendo
“hook-up” e serviços de mantimento aos clientes brasileiros, incluindo
a Petrobras.
Uma das empresas do grupo, a siderúrgica Ternium tem parcitipação
acionária (14%) da Usiminas. A Tenaris, outra das empresas do grupo
é a segunda empresa siderúrgica das Américas, depois da Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN – Brasil). A Tenaris/Confab é fornecedora de
tubos de aço para a Petrobras.
4.1.2 Arcor Saic
A segunda maior multinacional argentina atua no Brasil desde os anos
de 1980. Originalmente voltada para a produção de guloseimas e chocolates, conta com plantas em Bragança Paulista (chocolates) e Rio das
Pedras (balas), Campinas e Contagem (biscoitos). Em 2006 iniciou atividades numa quinta planta em Recife.
A terceira no ranking das multinacionais argentinas produz máquinas e
equipamentos para geração de energia. Inaugurou em 2008 uma planta
de produção de geradores de energia eólica no Porto de Suape (PE) e
está associada à Cemig para a implantação de parques de geração de
energia eólica.
Investimentos bilaterais
4.1.3 IMPSA
4.1.4 Grupo Bagó
A quarta empresa no ranking das multinacionais argentinas atua no Brasil desde 2001 no ramo de medicamentos, com escritórios no Rio de
Janeiro, e produção de produtos para saúde animal em Curitiba.
Outras multinacionais argentinas identificadas no estudo da ProsperAr
também atuam no Brasil. Trata-se em alguns casos de empresas com
presença já consolidada no Brasil, como a Sancor (desde 1986), a Petroquímica Rio Tercero (desde 1996) e a BHG (1999), prestadora de serviços para a Motorola e outras empresas de telecomunicações. Em outros
casos trata-se de empresas cuja atuação no Brasil é mais recente, como
a Cresud (desde 2006) proprietária da Brasilagro, grupo mais Los Grobo
(desde 2008), que no Brasil adquiriu Sementes Selecta e Ceagro Business
e a Roemmers (desde 2007).
Cabe acrescentar ainda que o levantamento da ProsperAr não abrange todas as empresas argentinas com atividades no Brasil. A título de
exemplos de empresas que não fazem parte do grupo das multinacionais
argentinas acima listadas pode-se citar:
•
Atanor, empresa do setor químico que atua no Brasil desde
(1997) e que produz defensivos agrícolas em Resende (RJ) e
anunciou novo investimento no local em 2008;
51
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
•
Agrometal, fabricante argentina de semeadoras que adquiriu
em 2008 a empresa brasileira Fankhauser, produtora de máquinas e suplementos agrícolas.
A análise dos dados revela que os investimentos das empresas argentinas no exterior voltaram a crescer depois do período crítico do início
da década. Superada a crise de 2001, as empresas argentinas têm procurado ampliar suas atividades, principalmente na América do Sul, em
particular no Mercosul, e muito especialmente no Brasil. Exploram vantagens em atividades nas quais a Argentina tem reconhecida competitividade, como a produção agropecuária, na indústria de alimentos, na
siderurgia e na extração de petróleo e gás, e também em outras atividades como na produção de equipamentos para gerar energia renovável,
na farmacêutica, nos serviços de telecomunicações e informática e na
engenharia civil.
52
4.2 IDE do Brasil na Argentina
Segundo os dados do Banco Central o estoque de investimentos brasileiros no exterior aumentou de 42 bilhões de dólares, em 2001, para 97
bilhões em 2006 (Gráfico 4). Em 2007 o valor dos investimentos caiu
para 75 bilhões de dólares, a maior parte dos quais se concentravam
em atividades de serviços (67 bilhões), principalmente financeiros (40
bilhões). Na atividade industrial os investimentos totalizavam 4,6 bilhões
de dólares, concentrados principalmente na fabricação de produtos de
minerais não-metálicos (1 bilhão), metalurgia (700 milhões), fabricação
de produtos alimentícios (500 milhões), fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerías (340 milhões) e fabricação de produtos
têxteis (265 milhões).
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
Investimentos bilaterais
Gráfico 4. Investimento direto brasileiro no exterior* (milhões de dólares)
20.000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
* A partir de 10% de participação.
Fonte: BCB.
Os investimentos no exterior aumentaram rapidamente a partir de 2003,
quando as condições de acesso ao financiamento externo tornaram-se
progressivamente mais favoráveis. A deterioração das finanças internacionais que começou no segundo semestre de 2007 interrompeu a trajetória de expansão dos investimentos brasileiros no exterior, principalmente em serviços financeiros.
Gráfico 5. IDE do Brasil na Argentina (milhões de dólares)
2.500
4,5
4,0
2.000
3,5
2,5
2,0
%
US$ milhões
3,0
1.500
1.00
1,5
1,0
500
0,5
2001
2002
2003
Valores
Fonte: BCB.
2004
2005
2006
2007
Part. No Total
53
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
Os investimentos brasileiros na Argentina também aumentaram a partir de 2003, assim que a economia do país vizinho superou a crise de
2001. A própria crise viabilizou a compra de importantes empresas
argentinas por parte de investidores brasileiros. O valor dos investimentos aumentou de 1,6 bilhão, em 2001, para 2,4 em 2007. A Argentina
recebeu aproximadamente 13 bilhões de investimentos diretos brasileiros entre esses dois anos, porém, em termos relativos, os investimentos
brasileiros na Argentina perderam importância, caindo de 3,8% para
3,1% do total no mesmo período.
A moeda forte e a urgência de expansão internacional de algumas das
grandes empresas brasileiras impulsionaram a tendência à internacionalização que se verificou nos últimos anos. Siderurgia, vestuário, cimento,
alimentos e bebidas são setores nos quais as empresas brasileiras, por
meio de fusões e aquisições, vêm se tornando multinacionais. Nesses
54
setores as empresas brasileiras já se encontram na posição de líderes
mundiais.
Segundo estudo realizado pela empresa abeceb.com as empresas brasileiras foram responsáveis em 2007 por 25% do total de investimentos
estrangeiros diretos na Argentina. Em 2008, o estoque de capital brasileiro investido na Argentina atingia pouco mais de 8 bilhões de dólares.
Segundo a mesma fonte a participação média do Brasil nos investimentos estrangeiros na Argentina foi de 19,5%, de 2002 a 2007. No mesmo
período o investimento brasileiro representou 0,47% do PIB argentino e
gerou 30 mil empregos. Aproximadamente 55% dos investimentos foram destinados à atividade industrial e 25% aos serviços.
Nesse período empresas líderes argentinas (Acindar, Quilmes, ­Quickfood,
Alpargatas e Loma Negra) tornaram-se propriedade de grandes grupos
brasileiros, mas houve também investimentos de empresas brasileiras de
Investimentos bilaterais
porte médio. Levantamento do Grupo Brasil sugere que existiriam aproximadamente 200 empresas brasileiras atuando na Argentina, em setores
tão variados como petróleo e gás, siderurgia, distribuição de combustíveis, construção civil, carnes, alimentos industrializados, bebidas, autopeças e calçados. A Argentina é o país onde os investimentos brasileiros
estão mais diversificados. No Chile, na Bolívia e no Uruguai os investimentos têm sido mais focados em alguns grandes setores, como energia
ou a agroindústria.
Conforme levantamento da acebeb.com, petróleo e bebidas são dois
setores nos quais os investimentos brasileiros acumulados representam
mais de um bilhão de dólares. Plásticos, carnes, produtos químicos, siderurgia, autopeças, calçados, minerais não-metálicos e serviços de construção civil, de transporte e de distribuição de gás também registram
investimentos importantes (entre 100 e 600 milhões de dólares). A indústria têxtil e de vestuário, a extração de minerais não-ferrosos e os
serviços de turismo, de distribuição de energia elétrica, bancos, transporte ferroviário e transporte terrestre registram investimentos acumulados
entre 10 e 100 milhões de dólares. Alguns outros setores que receberam
investimentos brasileiros (inferiores a 10 milhões de dólares) são: laticínios, borracha, motores elétricos, maquinaria agrícola, couros, serviços
de informática e telecomunicações.
55
5. Perspectivas e
estratégias de política
como no Brasil a partir do segundo semestre de 2009 permite prever
a retomada do crescimento em ambos os países nos próximos anos. A
velocidade e a continuidade da retomada dependerá fundamentalmente
da capacidade de gerar níveis de investimento elevados e crescentes para
expandir a capacidade de produção e aumentar a competitividade.
O cenário de crescimento e de elevação da taxa de investimento em ambas as economias apresenta uma oportunidade ímpar para aprofundar
o processo de integração. O investimento deve ser o vetor da integração
produtiva bilateral e indutor da integração comercial entre os dois países. De outro lado, as oportunidades geradas pela integração produtiva
Perspectivas e estratégias de política
A progressiva melhora das condições econômicas tanto na ­Argentina
devem potencializar a taxa de investimento e permitir atingir níveis mais
altos de crescimento nos dois países.
O quadro acima descrito mostra que integração produtiva bastante restrita promovida pelos investimentos das empresas transnacionais nos
anos de 1990 vem sendo ampliada a partir de 2003 pelos investimentos
das empresas argentinas e brasileiras fora do seu país de origem. Embora incipiente, o processo revela um quadro muito mais favorável para
a integração do que o dos anos 90, quando ambos os países travavam
“guerras fiscais” disputando investimentos escassos de empresas transnacionais por meio de incentivos.
A retomada do crescimento nos dois países, num contexto de tímida
recuperação mundial dos efeitos da crise potencializa a capacidade de
atrair investimentos diretos dos países desenvolvidos e de financiar os
investimentos das empresas argentinas e brasileiras. É preciso que ambos
os países adotem a estratégia de promover os investimentos que aprofundem a integração produtiva. Em particular, os investimentos diretos
bilaterais de empresas argentinas e brasileiras.
57
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
Os investimentos das empresas argentinas no Brasil e vice-versa são um
canal importante para alavancar a internacionalização mais abrangente
dessas empresas. É também um meio para fortalecer a competitividade
de ambas as economias uma vez que combinam as vantagens que as
empresas argentinas e brasileiras adquiriram em seus países de origem
com as vantagens existentes no país receptor
O eixo principal da estratégia de integração econômica nos próximos
anos deve ser a promoção de investimentos bilaterais. Para tanto, é necessário identificar e divulgar oportunidades de negócios nos dois países que possam gerar investimentos bilaterais de empresas nacionais e
apoiar as iniciativas de maneira coordenada, evitando “guerras de incentivos”. Trata-se, em suma, de implementar de maneira coordenada, uma
política de promoção de negócios conjuntos.
58
6. Identificação de
oportunidades
para identificar oportunidades de investimentos bilaterais.1 Embora o foco
do estudo sejam as oportunidades para investimentos brasileiros na Argentina, as considerações têm alcance geral e, portanto, também são úteis
para a análise das oportunidades de investimentos argentinos no Brasil.
O principal critério para identificar oportunidades de investimento que
aprofundem a integração produtiva é a constatação de fortes assimetrias
entre as economias no que diz respeito à disponibilidade de recursos
naturais, de porte de empresas de escala dos setores, de capacidade
Identificação de oportunidades
Estudo recente da consultora abeceb.com desenvolveu uma metodologia
constatada de exportação, de capacitação técnica, disponibilidade de infraestrutura, etc. Contrariamente ao senso comum, de que as assimetrias
representam obstáculos à integração, o estudo da consultora argentina
mostra que constituem efetivamente oportunidades de fortalecimento
conjunto das duas economias por meio de investimentos bilaterais.
A identificação de oportunidades deve igualmente avaliar os setores mais
ameaçados por fragilidades que os colocam em posição de desvantagem
em mercados de outros países em relação a demais concorrentes, como
a China. A necessidade de aumentar a competitividade para fazer frente
a concorrentes extrarregionais também representa oportunidades de investimentos indispensáveis para as duas economias.
A identificação de oportunidades deve levar em conta também as prioridades das políticas nacionais de desenvolvimento. É preciso levar em
conta, em particular, os setores que as referidas políticas definem como
prioritários para a promoção da produção e da competitividade, assim
como os instrumentos e recursos mobilizáveis para seu apoio.
Em síntese, as oportunidades de negócios a serem promovidas devem
reunir três condições:
61
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
•
•
•
Assimetrias entre setores e empresas do Brasil e da Argentina;
Necessidade de fortalecer a competitividade dos dois países;
Prioridades das respectivas políticas nacionais de desenvolvimento.
A seguir são apresentados exemplos de setores em que se verificam as
três condições acima listadas e nos quais seria possível, portanto, desenvolver oportunidades de negócios com participação de empresas argentinas e brasileiras. Uma característica comum aos setores abaixo listados
é o importante papel da intervenção pública na estruturação e na expansão dos negócios das empresas. A atuação do Estado pode ocorrer de
maneiras diversas: por meio de incentivos, através da regulação ou por
meio da coordenação das iniciativas das empresas. Independentemente
do mix de instrumentos escolhido, o protagonismo do Estado sugere
que a políticas públicas serão, sem dúvida, um vetor importante na promoção da integração produtiva bilateral.
62
Além dos exemplos abaixo listados, existem também oportunidades em
atividades nas quais a atuação dos governos na promoção de negócios conjuntos é menos relevante, como maquinaria agrícola, laticínios,
bebidas e couros. Nesses casos, a identificação e o aproveitamento de
oportunidades de negócios conjuntos dependem fundamentalmente de
iniciativas do setor privado.
6.1 Petróleo e gás
A ampliação planejada da capacidade de extração de petróleo e gás
no Brasil representa um extraordinário volume de investimentos e uma
oportunidade ímpar de promover a integração produtiva. A atuação da
Petrobras na extração de petróleo na Argentina e a presença de empresas argentinas fornecedoras de equipamentos e componentes no Brasil
representam condições favoráveis para explorar as oportunidades de in-
promoção de negócios conjuntos.
O Brasil domina a tecnologia de extração em águas profundas e pretende desenvolver a indústria local de equipamentos e de componentes.
A Argentina tem capacitação no fornecimento de equipamentos, bem
como de peças e componentes. Há evidentes oportunidades de complementaridade produtiva e de ampliação dos negócios conjuntos atualmente existentes, incorporando empresas de médio e pequeno porte.
Identificação de oportunidades
tegração. A importância do financiamento público também favorece a
6.2 Aeronáutica
Existe neste caso uma elevada assimetria no desenvolvimento do setor. O
Brasil conta com uma empresa que é líder mundial no segmento de jatos
regionais, com algum grau de internacionalização de seus investimentos
e com uma rede mundial de fornecedores. A Argentina conta com alguma capacitação técnica e o governo tomou recentemente iniciativas para
reestruturar o setor depois de um período de forte desarticulação. É um
setor prioritário também no caso do Brasil.
Trata-se de um setor no qual o poder de compra dos governos, seja
através de empresas estatais de transporte aéreo ou por meio do orçamento de defesa, é importante e pode ser mobilizado para promover o
desenvolvimento tecnológico conjunto e a integração produtiva. A integração regional da cadeia de produção, além de promover investimentos
bilaterais, pode gerar fluxos comerciais e estimular a agregação de valor.
6.3 Mineração
A mineração no Brasil conta com uma empresa de capital nacional com
alto nível de internacionalização. A Vale é líder mundial na extração,
63
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
processamento e exportação de minério de ferro. Já no caso argentino,
as empresas líderes são estrangeiras. Pequenas e médias empresas de
capital nacional têm elevada participação na extração de minerais não
metálicos e de pedras.
A presença de mineradoras estrangeiras na Argentina resulta da existência
de um marco normativo favorável, que estabelece incentivos fiscais para
os investimentos e para as exportações. A Vale já realizou investimentos na
Argentina para atender 70% da demanda de potássio no Mersocul.
O papel da intervenção pública neste caso se exerce por meio da regulação e do financiamento público. Negócios conjuntos na exploração e no
desenvolvimento de projetos de mineração, assim como na cadeia de fornecedores de equipamentos, componentes e serviços, além de promover o
desenvolvimento do setor fortaleceriam a complementaridade produtiva.
64
6.4 Indústria naval
Trata-se da produção de bens complexos, que requerem domínio da tecnologia de projeto, suprimento de componentes variados e capacidade
de montagem. A Argentina e o Brasil contam com capacitação tecnológica e base empresarial acumuladas durante o período da industrialização, mas não conseguiram acompanhar o processo de expansão e de
reorganização do setor a partir dos anos de 1980, quando estaleiros asiáticos assumiram a liderança. Na Argentina, existe capacidade produtiva
em navios pequenos e médios. O Brasil vem reerguendo a indústria naval
a partir da forte expansão da extração de petróleo do mar.
A ampliação planejada da capacidade de extração de petróleo ultrapassa
a capacidade atual de produção de navios e de outros equipamentos
nos dois países. Os investimentos necessários oferecem uma oportuni-
por meio de investimentos bilaterais e de parcerias entre empresas argentinas e brasileiras na produção de navios. A importância do poder de
compra dos governos, a atuação da Petrobras na extração de petróleo na
Argentina e a presença de empresas argentinas fornecedoras de equipamentos e componentes no Brasil representam condições favoráveis para
explorar as oportunidades de integração.
6.5 Equipamentos ferroviários
Identificação de oportunidades
dade para negócios conjuntos que promovam a integração produtiva
As malhas ferroviárias argentina e brasileira foram privatizadas na década
de 1990 e demandam grandes investimentos nos próximos anos, tanto
para o transporte de passageiros como para de cargas. Há investimentos
programados para expansão e modernização do transporte ferroviário
nos dois países tanto pela iniciativa dos governos como do setor privado.
Ambos os países pretendem incorporar novas tecnologias para implantar
trens de alta velocidade.
Existe capacidade produtiva de equipamentos e um certo nível de capacitação tecnológica setorial nos dois países, embora com vantagem
de escala para o Brasil. Cabe destacar a presença de uma empresa multinacional (Alstom) líder mundial que conta com capacidade produtiva
em tanto no Brasil quanto na Argentina. Dada a posição de liderança
da referida empresa no plano mundial e o potencial de negócios que
representam as encomendas programadas (?) na região, é previsível que
venha a desempenhar papel importante na geração de negócios conjuntos para fornecedores argentinos e brasileiros.
Dada a importância do poder de compra dos governos e a existência de
condições favoráveis no plano empresarial, para potencializar as oportunidades de negócios conjuntos seria preciso coordenar os planos de
65
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
investimento e estabelecer um marco regulatório que estimulasse a integração produtiva.
6.6 Autopeças
O grau de integração das indústrias automobilísticas argentina e brasileira ultrapassa a dos outros setores econômicos, mas está longe de
ter esgotado seu potencial. O atual grau de integração é resultado de
restrições mutuamente acordadas ao comércio bilateral de automóveis
e de peças.
A cadeia automobilística é dominada por montadoras e sistemistas multinacionais. No Brasil e na Argentina houve forte desnacionalização e
reorganização da produção de autopeças nos anos de 1990. Empresas
nacionais de médio porte foram desnacionalizadas e outras de menor
66
porte encerraram suas atividades.
O panorama atual mostra fortes assimetrias que favorecem o Brasil: escala da produção e do mercado, sede do comando regional das subsidiárias
estrangeiras e sede de atividades de engenharia e design, funções corporativas com elevado potencial de agregação de valor. No Brasil algumas
empresas de capital nacional sobreviveram e se consolidaram como fornecedoras globais das montadoras. Essas empresas têm realizado investimentos na Argentina para suprir as filiais locais das montadoras.
A cadeia automobilística, em função de sua importância na economia
dos dois países, é objeto de medidas de apoio direto e indireto dos dois
governos. A regulação e os incentivos governamentais são fundamentais
para a definição de padrões de produção e consumo e a intervenção dos
governos têm papel importante na estabilização do mercado em períodos de retração da demanda.
que lideraram o setor e a ameaça dos novos concorrentes chineses e
indianos, o papel regulador dos governos e a capacidade de estabelecer
incentivos tornam-se mais importantes ainda. Argentina e Brasil contam
com mercados domésticos bem estruturados e dinâmicos e o apoio às
montadoras e sistemistas estrangeiros deve estar condicionado a contrapartidas que promovam o desenvolvimento da capacitação tecnológica
e empresarial de empresas de capital nacional. As medidas devem ser
coordenadas para promover a integração produtiva e a progressiva redução das restrições ao comércio entre os dois países.
Identificação de oportunidades
Na atual conjuntura de profunda crise das montadoras norte-americanas
6.7 Software
Tanto a Argentina como o Brasil contam com programas de incentivo
ao desenvolvimento da indústria de software. Os dois países procuram
explorar a vantagem de contar com mão-de-obra qualificada e de custo
relativamente competitivo. Há investimentos bilaterais incipientes em atividades especializadas o que sugere que há oportunidades de integração
produtiva nesta atividade.
Negócios conjuntos para desenvolver software aplicativo para atividades nas quais os dois países já são líderes mundiais e devem ampliar
ainda mais sua presença nos próximos anos, como o agrobusiness, podem materializar o desenvolvimento da indústria argentina e brasileira
de software.
6.8 Biocombustíveis
No caso dos biocombustíveis ambos os países contam com competências
complementares. A Argentina tenta explorar as vantagens na produção
de soja para produzir biodiesel, enquanto o Brasil conta com forte capa-
67
Complementaridade Produtiva entre Brasil e Argentina
citação em etanol. Na Argentina, os principais atores são os produtores
de soja e a indústria de fabricação de óleo. A Argentina exporta 90% da
produção de biodiesel para os Estados Unidos e para a Europa.
No Brasil os principais atores são os produtores de cana-de-açúcar, as
empresas usineiras produtoras de álcool, fabricantes de equipamentos
e a Petrobras. O setor usineiro tem atraído, de forma crescente, investimentos estrangeiros. As exportações brasileiras de álcool enfrentam fortes barreiras comerciais nos Estados Unidos e na Europa.
Brasil e Argentina contam com programas de estímulo ao desenvolvimento e uso de biocombustíveis. Alianças estratégicas poderiam aumentar o poder de barganha das empresas argentinas e brasileiras para vencer as barreiras nos países desenvolvidos e negócios conjuntos podem
viabilizar a escala necessária para concorrer com as empresas de outros
países que procuram oportunidades nos combustíveis renováveis.
68
6.9 Construção civil
Esta atividade recebe também forte estímulo dos governos, tanto no
segmento de construção residencial como no de obras de infraestrutura. Existem fortes assimetrias em favor do Brasil, com empresas brasileiras
atuantes no mercado argentino. As oportunidades estão associadas ao
papel crucial do financiamento público para o desenvolvimento da atividade. O desenvolvimento tecnológico conjunto de sistemas construtivos ou
a adoção de normas comuns podem promover negócios conjuntos para
empresas argentinas e brasileiras construtoras e produtoras de materiais.
Notas
1
Ver Parte 2: “Detección de Sectores Estratégicos para el Abordaje de Negocios Conjuntos”.
7. Considerações
finais: o papel das
políticas coordenadas
As condições macroeconômicas domésticas e o contexto internacional favorecem a entrada de investimentos estrangeiros nas duas economias, mas
é preciso promover os investimentos bilaterais para que as empresas brasileiras e argentinas possam aumentar sua competitividade e aprofundar sua
internacionalização.
Diferentemente de outros países desenvolvidos, nem o Brasil nem a Argentina contam ainda com políticas sofisticadas para apoiar a internacionalização de suas empresas. O apoio à realização de investimentos bilaterais pode
ser o embrião do desenho de uma política desse tipo. Nas oportunidades
identificadas no presente trabalho, a mobilização da capacidade de financiamento, de compra, de regulação e de coordenação de investimentos dos
governos nacionais é indispensável para que as empresas nacionais possam
fazer da integração bilateral uma plataforma para sua internacionalização.
Considerações finais: o papel das políticas coordenadas
Os exemplos listados na seção acima correspondem a setores nos quais a
iniciativa privada não tem explorado ainda totalmente o potencial de negócios conjuntos aparentemente existentes. Existe, portanto, necessidade
de intervenção pública para promover as oportunidades de negócios conjuntos existentes.
É essencial que as políticas sejam coordenadas e que apontem ao objetivo
comum de estimular negócios conjuntos que promovam a competitividade
como: investimentos bilaterais, participação acionária cruzada, consórcios e
redes para compartilhamento da logística, acordos de fornecimento de longo
prazo, empreendimentos conjuntos de desenvolvimento tecnológico, etc.
A coordenação das políticas é a melhor alternativa ao surgimento de potenciais
“guerras fiscais” ou “guerras de incentivos”, como as promovidas pela disputa
pelos investimentos das empresas multinacionais nos anos de 1990, e devem
minimizar as tensões que resultam na implantação de barreiras comerciais com
a intenção de neutralizar as assimetrias de competitividade em alguns setores.
71
Complementariedad Productiva
entre Argentina y Brasil:
Detección de Sectores Estratégicos
para el Abordaje de Negocios Conjuntos
Parte II
Equipe técnica da Abecep.com
Coordenadores:
Lic. Dante Sica (Coordenador General)
Lic. Sebastián Brusa (Coordenador do projeto)
Lic. Maximiliano Scarlan (Coordenador Técnico)
Pesquisadores:
Lic. Horacio Lazarte
Lic. Carla Dicundo
Lic. Noelia Pacharotti
Introducción
Brasileña de Desarrollo Industrial (ABDI) 1 de herramientas para
potenciar el proceso de integración y complementariedad
productiva a nivel regional, en particular en la relación bilateral
entre Argentina y Brasil.
Introducción
El presente trabajo tiene como objetivo dotar a la Agencia
Para ello se analizó en profundidad la realidad sectorial en Argentina,
con el fin de detectar rubros en los que las potencialidades de
trabajo conjunto entre los sectores públicos y privados de ambos
países sean más factibles.
En el primer capítulo se desarrolla un mapa analítico de las
inversiones brasileñas en Argentina desde 2002 a la actualidad,
que permite conceptualizar la relevancia de Brasil como jugador
económico en el país. A partir de allí se focaliza en la distribución
sectorial de dichas inversiones y en la caracterización de las
cadenas de valor receptoras involucradas, dentro de las cuales
se estudia el perfil y rol del proceso inversor de capitales
brasileños.
En el segundo capítulo se avanza en la clasificación de sectores
y rubros de acuerdo al grado de potencialidad detectado
para fortalecer el proceso de integración regional en base a
diferentes estrategias posibles. Para ello se partió de un análisis
cruzado entre diferentes variables cuantitativas y cualitativas
consideradas relevantes para ambos países a nivel productivo,
comercial, político y económico. Gracias a la interacción de esta
información se definen los criterios rectores de la clasificación de
cada sector de acuerdo al grado de oportunidad detectado y se
exponen factores claves para robustecer el proceso de vinculación
entre ambos países.
75
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Por último, en la tercera parte del documento, se profundiza el
análisis del set de sectores con mayores oportunidades, con la
incorporación de algunos lineamientos estratégicos sobre posibles
mecanismos de integración y de negocios conjuntos.
76
Notas
1
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, en portugués.
1. Visibilidad de las inversiones
brasileñas en Argentina
En el transcurso de los años ´90, la Inversión Extranjera Directa (IED),
como categoría de la Cuenta Financiera del Balance de Pagos, representó
gran parte del financiamiento externo de la economía argentina. El
contexto internacional prevaleciente y las reformas introducidas en el
país para ese entonces, sustentaron dicho comportamiento. Así, la IED
representó en promedio, alrededor del 2,1% del PIB durante el período
1992-1998, obteniendo un pico de 8,5% en 1999: U$S 23.988 millones.
Sin embargo, al comienzo de la presente década, diversos factores impulsaron
un cambio en la tendencia de los flujos financieros internacionales. El
agotamiento del proceso de privatizaciones y transferencia de acciones
en ciertos sectores, la creciente incertidumbre acerca de la sostenibilidad
de las políticas, y el inicio de la recesión, repercutieron en la afluencia de
capitales en concepto de IED hacia el país.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
1.1 La evolución de la inversión y el
contexto macroeconómico en Argentina
Los ingresos de capitales comenzaron a debilitarse rápidamente, cayendo
más de un 79% en el año 2001, tras pasar de U$S 10.418 millones a U$S
2.116. En los años siguientes los flujos mostraron disminuciones más
moderadas hasta que finalmente en 2003, alcanzaron su mínimo: U$S
1.652 millones (93% menos que en 1999).
El abandono del Régimen de Convertibilidad derivó en una de las
crisis más profundas por las que atravesó la economía argentina. Las
condiciones a inicios de 2002 se presentaban adversas. Tal es así que
el PBI (Producto Bruto Interno) se situaba un 18% por debajo del nivel
registrado en 1998. La producción de bienes durante aquel año crítico
se retrajo un 23% respecto al año anterior (con una reducción de la
construcción de un 51%, y del producto industrial en un 27%), al tiempo
79
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
que los servicios disminuyeron un 14%. Por el lado de la demanda, ésta
cayó aproximadamente un 27%, consecuencia de una merma del 56%
en la inversión y del 19% en el consumo privado.
La inflación minorista acumuló un crecimiento del 41% en el año
2002, al mismo tiempo en que el tipo de cambio mostraba síntomas
de iniciar una escalada sin control. Esta situación fue acompañada por:
déficit fiscal primario, salida de capitales elevados, caída de las reservas
internacionales, y un nivel de desocupación récord. Todo esto reforzaba y
profundizada aún más la ausencia de financiamiento internacional.
No obstante, hacia mediados de 2002, esta tendencia comenzó a revertirse
de manera paulatina. El incremento de las exportaciones, producto del
proceso de sustitución de importaciones y un tipo de cambio devaluado,
junto con la caída del consumo y la recuperación de la inversión –en
construcción y equipo durable- impulsaron dicho comportamiento.
80
Recién en el año 2004, y en el marco de una incipiente recuperación
económica, Argentina mejoró su situación respecto a la recepción de
inversiones extranjeras directas (IED), alcanzando los U$S 4.125 millones.
Durante los años 2005 a 2007, en un contexto de crecimiento y una
atmósfera internacional favorable, los flujos en concepto de IED
continuaron incrementándose, alcanzando los U$S 6.462 millones. Para
el año 2008 se registra un valor estimado de U$S 6.614 millones.
23.988
30.000
25.000
20.000
10.418
5.537
6.462
6.614
2006
2007
2008
1.652
2003
5.265
2.149
2002
2005
2.166
Promedio=4.096
4.125
7.291
9.160
6.949
Promedio=5.601
2001
5.000
3.635
10.000
5.609
Promedio=6.528
15.000
2004
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
0
Fuente: Dirección Nacional de Cuentas Internacionales (DNCI)
De este modo, la economía Argentina comenzó a recuperar el terreno
perdido. En el año 2004 el PBI superó los niveles registrados en el año
previo a la crisis (2001) y un año después registró una marca superior a
la de 1998, para alcanzar en 2008 un nivel histórico: $ 384.201 millones.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Figura 1. Inversión Extranjera Directa. (En millones U$S)
La recuperación del nivel de actividad estuvo fuertemente asociada al
impulso de la Inversión Bruta Interna Fija (IBIF). Al igual que la evolución
del PBI, en el año 2002, la IBIF mostró su mínimo nivel, $ 26.533 millones,
un 56% menos que en 1998, año en el que se observó su máximo valor:
$ 60.781 millones. Hacia 2003 comenzó a recuperarse, y recién en 2006
superó los niveles previos a la crisis con $ 71.438 millones. En 2008,
alcanzó su nueva marca histórica con $ 88.491 millones (ver gráfico 2).
A su vez, la participación de la IBIF en el PBI en 2006 alcanzó el 21,6%,
año en el que superó el porcentaje de 1998 (21,1%). En el año 2007
esta dinámica se mantuvo, representando la IBIF el 22,7% del producto
(máxima participación histórica).
81
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Figura 2. PBI e IBIF desestacionalizados. (En millones de pesos de 1993)
384.201 100.000
PBI (Eje Izq.)
380.000
IBIF (Eje Der.)
359.170
360.000
330.565
340.000
288.123
235.236
240.000
60.000
60.458
256.023
263.997
260.000
50.000
49.280
40.000
41.750
30.000
36.659
220.000
2008
2007
2006
20.000
2005
2001
1998
2002
26.533
200.000
80.000
70.000
71.438
279.141
2004
280.000
60.781
2003
300.000
88.491
81.187
304.764
320.000
90.000
Fuente: abeceb.com en base a DNCI – Ministerio de Economía y Producción
82
Vale remarcar que la IBIF está en cierta medida relacionada con la evolución
de la Inversión Extranjera Directa (IED). Su evolución nos da una idea del
desarrollo de infraestructura, nuevas tecnologías, ampliaciones de planta,
entre otras cuestiones, las cuales se ven reflejadas en la IBIF del país receptor.
Respecto a la composición de los flujos de IED, si bien durante toda la
década del ´90 las inversiones en concepto de cambio de manos son las
preponderantes, es en los años de mayores ingresos de capital donde
dicho comportamiento se ve intensificado.
A partir de 2001, comenzaron a tomar mayor importancia los aportes
de capital destinados básicamente a sostener la estructura patrimonial
de las empresas. Después de 2004, más allá de que los flujos de aportes
continuaron siendo elevados, dicha participación comenzó a disminuir,
cediendo lugar a la reinversión de utilidades a favor de nuevos proyectos
de inversión. Esta tendencia alcanzó su valor máximo en el año 2006,
revirtiéndose en los años posteriores.
Año
Total IED en
Argentina
(en mill de U$S)
Reinversión de
utilidades
Aportes
Deuda con matrices
y filiales (1)
Cambios
de manos
1994
3.635
25%
35%
11%
29%
1995
5.609
12%
30%
12%
46%
1996
6.949
6%
29%
22%
43%
1997
9.160
8%
28%
13%
51%
1998
7.291
11%
44%
11%
35%
1999
23.988
-1%
17%
7%
77%
2000
10.418
3%
27%
10%
60%
2001
2.166
-153%
169%
46%
38%
2002
2.149
-43%
210%
-139%
72%
2003
1.652
-49%
182%
-31%
-2%
2004
4.125
2%
72%
25%
1%
2005
5.265
17%
77%
-9%
15%
2006
5.537
56%
35%
5%
4%
2007
6.462
32%
35%
28%
4%
2008(2)
6.614
33%
28%
28%
11%
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Cuadro 1. Composición de los flujos de IED (en %)
Fuente: abeceb.com, en base a DNCI-Ministerio de Economía y Producción.
(1)
La deuda con empresas vinculadas es neta de los activos con las mismas.
(2)
Valor estimado en base a DNCI.
Para analizar el origen y destino de los flujos de IED, se toma como
referencia el informe elaborado por el BCRA1, en el cuál se relevaron
las inversiones directas en el país y en el exterior. Comprenden tanto a las
inversiones directas concretadas por inversores no residentes en empresas y
propiedades en el país, como las realizadas por inversores residentes en el
exterior.2 Si bien la metodología aplicada es la misma que la utilizada por la
Dirección de Cuentas Internacionales - cuyos datos se expusieron previamente-,
el grado de cobertura de empresas que comprende el BCRA es mayor, y sólo se
encuentra disponible a partir de 2004.
83
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Según las estimaciones descritas en el informe respecto al origen de los
flujos de IED, se sabe que han tenido como principales países de origen
España, cubriendo un 28% de los flujos totales, seguido por Brasil y Estados
Unidos con un 12% y 11% respectivamente. Al respecto, cabe destacar
que los flujos desde Brasil en los últimos 3 años eran equivalentes al 70%
de la posición bruta de IED de dicho país al 31 de diciembre del año 2007.
Cuadro 2. Flujos de IED. Distribución por país primer nivel de tenencia
(en millones de U$S)
País
84
España
Brasil
Estados Unidos
Luxemburgo
Holanda
Chile
Alemania
Reino Unido
Francia
Austria
Suiza
Bermuda
México
Italia
Islas Vírgenes, Británicas
Bélgica
Islas Caimán
Antillas Holandesas
Canadá
Irlanda
Uruguay
Otros Países
Total
Fuente: BCRA.
2005
1.140
1.156
1.049
241
1.050
213
76
41
208
-23
267
-134
59
25
95
-60
-128
2
110
-98
-338
-88
4.861
2006
2.467
374
503
894
22
561
252
534
-113
482
65
180
14
-26
-6
149
19
32
142
3
43
348
6.938
2007
1.972
886
647
659
470
664
597
103
547
76
157
409
137
186
42
35
213
33
-203
-11
153
611
8.380
Total
5.580
2.415
2.198
1.794
1.542
1.438
925
677
641
535
489
454
210
184
131
124
104
67
49
-106
-143
870
20.179
Una apertura mayor de los sectores permite observar que el sector
petróleo se ubicó en todos los años como el principal receptor de los
flujos de IED (U$S 4.363 millones). Otros importantes receptores netos
de IED fueron la industria automotriz y el sector de metales comunes casi exclusivamente mediante la reinversión de utilidades-.
Cuadro 3. Flujos de IED – Principales sectores (en millones de U$S)
SECTOR
2005
2006
2007
Total
1 .075
1.681
1.607
4.363
Industria Automotriz
4 76
6 93
1.188
2.357
Metales Comunes
3 02
1.099
682
2.083
Minería
3 80
6 75
573
1.627
Industria Química, Caucho y Plástico
2 99
2 50
493
1.042
Sector Privado Financiero
1 90
3 12
493
994
8
3 51
605
963
Productos Minerales No Metálicos
6 97
37
161
895
Maquinarias y Equipos
1 34
1 81
428
744
Alimentos, Bebidas y Tabaco
1 37
1 78
385
700
Transporte
1 04
64
221
388
Otros
1.061
1.417
1.544
4.021
Total
4.861
6.938
8.380
20.179
Petróleo
Comercio
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Respecto al destino de los flujos de IED, la actividad manufacturera fue
la principal receptora, acumulando U$S 9.247 millones (46% del total).
Las empresas dedicadas a la explotación de recursos naturales recibieron
U$S 6.692 millones (33%) y el sector de servicios – excluyendo el sector
financiero- U$S 3.244 millones (16%). Por su parte, el sector financiero
recibió flujos netos de U$S 994 millones (5%), mayormente asociados a
aportes a través de la capitalización de pasivos con sus casas matrices.
Fuente: BCRA.
85
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
1.2 Caracterización del proceso inversor de
Brasil
A fin de convertir el ciclo de reactivación económica experimentado en
Argentina desde el año 2002, en un camino de desarrollo sustentable y
duradero, fue necesaria la puesta en marcha de un proceso inversor muy
enérgico.
A lo largo de la década, Brasil implementó una estrategia como país, la cual
apuntó entre otras a la promoción de sus exportaciones, tomando como
principal destino los países de la región. En esta línea, las empresas brasileñas
convirtiéndolos a éstos en los principales receptores de sus inversiones.
Las principales causas que han estimulado a las empresas brasileñas a
invertir en Latinoamérica y en especial en Argentina fueron:
86
• Expansión de los mercados de la zona
• Facilidades logísticas
• Prioridad para las firmas de acuerdos comerciales y las diferencias
en el cambio de divisas.
Estas inversiones no sólo fueron protagonizadas por grandes grupos,
sino también por medianas empresas, cuyo plan fue satisfacer en parte,
la demanda que no ha sido atendida por las grandes transnacionales
en la región. En el caso de los “gigantes” de gas, energía, petróleo,
siderurgia y minería, el objetivo de sus inversiones fue incrementar la
producción para atender al mercado brasileño y/o ganar robustez para
competir en el mercado global.
Según estimaciones realizadas por abeceb.com, en base a datos de la
DNCI y anuncios de inversión, la participación de la IED de Brasil en
Argentina pasó de un 3% en 1994 a 25% en 2007.
Figura 3. Participación IED Brasil en Argentina
M onto U$S M
50%
44%
Part. % en IED argentina
1.100
40%
900
21% 22%
700
300
16%
Participación
negativa
500
3%
4%
2%
1%
25%
20%
9%
10%
3%
-0,3%
0,3% -0,5%
0%
100
30%
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Luego de un período de bajos ingresos de capitales provenientes de
Brasil, en 2002 dichos flujos comenzaron a recuperarse. En el año 2003,
si bien Brasil destinó menores flujos de inversión hacia Argentina, la
participación continúo siendo relativamente alta: casi un 10% (superior
a todo el período 1994-2001). En el 2004, por su parte, se observó un
nuevo incremento, por el cual Brasil acaparó un 15% de las IED totales de
dicho año. En los últimos tres años, la participación de IED brasileña en
Argentina habría sido superior al 20%, alcanzando un 25% en el 2007.
0%
2007(p)
2006 (p)
2005 (p)
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
-10%
1994
-100
Fuente: abeceb.com, en base a DNCI.
Por lo expuesto anteriormente, es relevante conocer el desarrollo de las
inversiones provenientes de Brasil, teniendo en cuenta:
• Modalidad de las inversiones
• Sectores receptores de IED y localización de las mismas
• Evolución de los montos asociados a dichas inversiones
Así, partiendo del análisis “consolidado” de información primaria de
empresas brasileñas radicadas en Argentina, sumado a los resultados
de la base de anuncios de inversión de abeceb.com (los registros de
87
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
anuncios pueden considerarse como variables proxy de las inversiones
efectivamente realizadas) es posible caracterizar el proceso de inversión
durante el período 2002-2008.
En el gráfico siguiente se exponen las distintas series de inversiones
distinguiendo entre lo relevado por la encuesta y los datos extra aportados
por la base de abeceb.com, mostrando las diversas contribuciones al
consolidado de los flujos de capital (para el año 2008 sólo se cuenta
con información de anuncios, por lo que se considera como un dato
estimado, indicándose dicha referencia en el gráfico).
Figura 4. Inversiones consolidadas, inversiones relevadas por la
encuesta y adicional según anuncios de inversión. (En miles de U$S)
88
Encuesta
Anuncios
Total
2500000
2000000
1500000
1.913.981
1.948.898
1.651.332
877.395
Sólo anuncios
1.153.286
1000000
500000
268.663
455.752
0
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008 (p)
Fuente: abeceb.com, en base a encuestas a empresas y a base de inversiones
Considerando los importes estimados acumulados surgen las siguientes
participaciones que indican la importancia relativa de las inversiones
sobre variables relevantes de la actividad económica argentina:
A partir del análisis de la información de empresas inversoras, se obtuvieron
ciertos resultados que caracterizan el proceso de inversión brasileña en
Argentina durante el período 2002-2008 en términos generales.
A nivel agregado se observa que la inversión total consolidada, de U$S
8.269 millones se concentró en los años 2007 (25%), 2006 (24%) y 2002
(21%). Los años intermedios computaron menores montos, U$S 269
millones, y U$S 456 millones, en 2003 y 2004 respectivamente.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
• Participación de inversiones según anuncios Brasil/ PBI Argentina
(2002-2008): 1,2%.
• Participación de inversiones según anuncios Brasil/ Total Anuncios
(2002-2008):11%.
• Participación IED Brasil / IED Argentina (2002-2007): 19,5%.
• Participación IED Brasil / PBI Argentina (2002-2007): 0,47%.
• Empleo estimado generado por empresas inversoras (2002-2008):
30.000 empleos.3
En lo referente a la modalidad de la inversión, se observa que a partir
de 2004 las ampliaciones comenzaron a dejar lugar a las Fusiones y
Adquisiciones (F&A). A su vez, los años de mayor inversión de todo el
período, estuvieron impulsados básicamente por dicha modalidad.
Vale notar que los desembolsos de capital bajo la modalidad de F&A
son los que adquieren mayor relevancia durante los años de bonanza,
mientras que en los momentos de peor desempeño predominaron las
Ampliaciones.
En 2002, 2006 y 2007, las F&A alcanzaron el 92%, 65% y 39% de las
inversiones totales respectivamente, mientras que en el resto de los años
tuvieron una menor participación. En 2003 los aumentos de la capacidad
productiva fueron la única modalidad concretada, superando en 2004
89
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
el 80%. Si bien en 2005 y 2007 las inversiones de tipo Greenfield han
crecido notablemente, han tenido un menor aporte durante todo el
período analizado.
Tal como fuera aclarado anteriormente, durante el año 2008 se ha
tomado una estimación basada sólo en los anuncios de inversión. Así, se
observa que la participación de la modalidad Greenfield es significativa.
Cabe destacar que el porcentaje puede estar sobreestimado, pero el
motivo de tal incremento se asociaría con la inversión realizada por la
firma Petrobrás.
Figura 5. Participación de las inversiones respecto al acumulado
2002-2008 consolidado. Por modalidad. (En %)
100%
90
3
7
93
13
39
80%
1.913.981
Fusiones y
Adquisiciones
Greenfield
1.651.332
60%
92
2.000.000
1.948.898
65
1.500.000
51
Ampliación
81
1.153.286
81
40%
2.500.000
6
15
31
1.000.000
877.395
14
20%
0%
455.752 34
2002
21
268.663
1
7
500.000
30
14
0
2003
2004
2005
2006
2007
2008 (P)
Fuente: abeceb.com
Es importante mencionar que los tipos de inversión de mayor aporte sobre
el PBI son las de tipo Greenfield (nuevas) y las Ampliaciones, debido a
que habitualmente son las que generan mayor producción y empleo. Así,
ambas modalidades han concentrado en casi todo el período analizado,
En lo referente a la localización de los flujos inversores, se observa que el
principal destino concreto es la provincia de Buenos Aires (42%), seguida
por las provincias de Córdoba, Neuquén y Río Negro. El resto de las
inversiones no cuenta con una delimitación específica, lo que resulta de
inversiones de empresas como Petrobrás Energía S.A., cuyas actividades
se encuentran ampliamente diversificadas a lo largo de nuestro país. Es
dable mencionar que la localización comercial de las firmas pertinentes
se concentra en Capital Federal.
Figura 6. Inversiones efectivizadas por las empresas con
participación accionaria brasileña según localización. (En %)
Neuquen y Rio
Resto; 1,46%
Negro; 2,54%
Córdoba ;
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
más del 50% de la inversión, con la excepción de los años 2002 y 2005,
donde predominaron las F&A.
3,98%
Varias
provincias;
49,75%
Buenos Aires;
42,26%
Fuente: abeceb.com en base a encuestas a empresas.
A nivel de firmas, en el año 2002, los anuncios de Fusiones y
Adquisiciones, se concentraron en cuatro empresas; principalmente en
91
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Petrobrás Energía S.A., Swift Armour S.A.A. y con montos notablemente
inferiores, Sabó y Armor.
En 2003, fueron 15 las que anunciaron inversiones, liderando también
Petrobrás Energía S.A. en Ampliaciones y Ambev en F&A, tras la fusión
con Cervecería y Maltería Quilmes S.A.
En 2004, 14 firmas planificaron desembolsos de capitales, donde Petrobrás
Energía S.A., vuelve a destacarse en los anuncios de ampliaciones.
Durante el 2005 crecen las Fusiones y Adquisiciones, fundamentalmente
de la mano del grupo brasileño Camargo Correa, tras hacerse cargo de la
empresa Loma Negra C.I.A.S.A.. Cabe destacar al respecto que se amplió
el número de firmas con planes de expansión.
92
A través de las firmas Quilmes, Petrobrás Energía S.A., Sipar Gerdau
S.A. y Coteminas, en el año 2006, vuelven a destacarse los anuncios de
fusiones y adquisiciones.
En referencia a los montos desembolsados durante los años analizados,
cabe destacar algunas particularidades.
En el año 2002 las empresas con capitales brasileños invirtieron en
Argentina un total de U$S 1.651 millones, mientras que en 2003 sólo se
realizaron inversiones de U$S 269 millones, lo que representa una caída
del 84%. Si bien en el año siguiente logran recuperarse, registrándose
U$S 456 millones, es recién en 2005 cuando se vislumbra un importante
crecimiento: 153% respecto al año anterior. En el 2006, la tasa de
crecimiento de los montos desembolsados comienza a desacelerarse,
observándose en el 2007 cierta estacionalidad - U$S 1.949 millones, es
decir, sólo 1,8% por encima del valor registrado en el 2006-. En cuanto al
U$S 877 millones.
En términos de los sectores hacia los cuales se han dirigido las inversiones,
al analizar la distribución de los proyectos en el período bajo análisis, se
vislumbra que los mayores montos anunciados fueron orientados hacia
la industria, sector que acapara el 55% del total. Le sigue en importancia
el sector servicios con un 25%, y el sector primario con el 20% restante.
Figura 7. Participación de las inversiones acumulada en el período
2002-2008 por sector de actividad económica. (En %)
20%
25%
primario
industria
servicios
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
2008, los anuncios de inversión de abeceb.com registraron montos por
55%
Fuente: abeceb.com
Considerando los proyectos sectorizados por año se observa que, entre
2002 y 2004, no hubo grandes diferencias en términos de participación
por sector en el total. En el 2004, dichas participaciones fueron del 27%,
37%, y 36% en los sectores primario, industria y servicios respectivamente.
Es recién en 2005 que se observa una clara preponderancia de la
industria, año en el que el 62% de los planes fueron destinados hacia
93
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
dicho sector, reforzándose en el 2006. Así, en ese año alcanzó el 70%
de participación, en detrimento tanto del sector servicios como del
primario. Si bien al año siguiente cae de forma leve, al 60%, sigue siendo
la de mayor importancia, seguida por el sector servicios - 28% -. Cabe
destacar que, éste sector crece respecto al año anterior en más de un
50%, restando participación al sector primario, el cual fue perdiendo
participación año tras año.
Figura 8. Participación de las inversiones en el período 2002-2008,
consolidado. Por sector de actividad económica. (En %)
100%
90%
80%
70%
60%
50%
28%
28%
2.500.000
29%
40%
1.500.000
1.153.286
37%
61%
0%
2002
2003
27%
2004
1.000.000
877.395
455.752
268.663
10%
2.000.000
62%
32%
34%
37%
1.948.898
76%
30%
20%
36%
1.651.332
38%
13%
1.913.981
40%
94
20%
29%
18%
11%
12%
2005
2006
2007
500.000
Servicios
Industria
Primario
Total
0
2008 (p)
Fuente: abeceb.com
1.3 Caracterización y proceso de inversión
en cadenas de valor
En función de los resultados encontrados respecto a la distribución
sectorial de las inversiones provenientes de capitales brasileños, y con el
propósito de comprender las particularidades del proceso dentro de cada
sector, es oportuno describir las cadenas en las cuales aquellos sectores
se encuentran comprendidos. A ello se le suma la descripción de ciertas
Teniendo en cuenta lo enunciado precedentemente, y por orden en
función de los montos desembolsados en concepto de inversiones en
la totalidad de los eslabones, las cadenas de valor consideradas son las
siguientes:
• Petroquímica
• Bebidas
• Siderurgia
• Construcción/Inmobiliaria
• Agroindustria (con foco en el sector ganadero y sus derivados)
• Textil
• Automotriz
• Logística
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
actividades empresariales y de esparcimiento que han sido receptoras
de inversiones, pero que no quedan enmarcadas dentro de las cadenas
seleccionadas.
• Química
• Energía
• Minería
• Tecnologías de la Información y la Comunicación (TIC´s)
• Celulosa y Papel
• Maquinaria Agrícola
• Biocombustibles
Así, previa caracterización de cada una de ellas, se emprende un análisis
particularizado, esbozándose una breve descripción de su estructura y
eslabones, así como sus características particulares en Argentina.
Posteriormente, se hace hincapié en el proceso inversor de cada
estructura productiva, describiendo las inversiones realizadas al interior
de las mismas.
95
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
1.3.1 Petroquímica
1.3.1.1 Estructura de la cadena
La industria petroquímica contempla la producción de compuestos a
partir de materias primas derivadas del petróleo y el gas natural, a través
de la implementación de procesos de refinación y separación. En términos
agregados, este sector forma parte de la industria química, la cual se divide
en dos ramas: pesada y liviana. A su vez, cada una de ellas puede subdividirse
en orgánica e inorgánica. Usualmente, se identifica a la petroquímica con la
química orgánica pesada, siendo ésta la analizada a continuación.
Adicionalmente, se tendrá en cuenta los productos derivados de los
insumos petroquímicos que pueden obtenerse en lo que respecta a la
industria plástica (resinas termoplásticos).4
En este sentido, podemos identificar la cadena de la siguiente forma:
96
Figura 9. Cadena petroquímica
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Materias Primas
Manufacturación de
Distribución
Petroquímicas
Productos Petroquímicos
Exploración
Extracción y
Productos básicos,
Refinación
intermedios y finales
Derivados del petróleo
Derivados del gas natural
INDUSTRIA PLÁSTICA
Productos
Productos
semielaborados
terminados
Transporte
Comercialización
Argentina posee grandes yacimientos petrolíferos y gasíferos, lo que abre
un abanico de posibilidades productivas que involucran distintos niveles
de agregación de valor para el país.
Los productos derivados de la extracción de petróleo crudo y gas natural
(combustibles y otros productos químicos) son difundidos en varias
actividades productivas (proveedores de insumos, servicios de ingeniería,
de equipos especiales, entre otras), lo que significa una oportunidad para
el desarrollo de dichas actividades relacionadas.
No obstante, la extracción de petróleo en el país ha sufrido una caída
sostenida entre el año 2003 y 2007, específicamente un 13,5%. En
cuánto a la extracción de gas natural, la misma ha aumentado un 4,1%
en los mencionados 4 años, aunque vale la pena aclarar que ha llegado
a niveles aún mayores.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
1.3.1.2 Situación de la cadena en Argentina
Las reservas de petróleo existentes en el país, se encuentran concentradas
en la región del Golfo San Jorge, que agrupa a la provincia de Chubut y
el norte de Santa Cruz. Ambas poseen el 59% de las existencias. El 44%
de las reservas de gas natural sin embargo, se aglutinan en la región
neuquina (Mendoza Sur, Neuquén, Río Negro y La Pampa).
En lo que respecta a la producción de petróleo, entre el año 2003 y 2007
la cantidad de petróleo procesado aumentó casi un 23%.
Son pocas las empresas de gran tamaño, que concentran el mercado en
los diferentes segmentos, especialmente en lo que respecta a los últimos
eslabones. Tal es así, que Petrobrás lidera, tras YPF, el segmento de
explotación de hidrocarburos y su comercialización, con una facturación
97
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
anual de $ 13.500 millones y un total de 5.000 puestos de trabajo,
denotando su nivel de importancia para el país.
De la misma forma, Transportadora de Gas del Sur, es la empresa con
mayor facturación en lo que respecta a empresas con similares actividades:
$ 1.260 millones, y con 890 empleados.
En cuanto a la industria del plástico, está integrada mayormente por
empresas medianas (1 a 10 trabajadores), las cuales utilizan procesos
con una tecnología ya madura y estandarizada. No obstante, la aparición
de nuevos materiales termoplásticos y la necesidad de lograr una mayor
eficiencia productiva obliga a los fabricantes a renovar su disponibilidad
de maquinarias y equipos, lo que mayormente ingresa a Argentina del
exterior, fundamentalmente de Alemania e Italia.
98
Según datos de la CAIP (Cámara Argentina de la Industria Plástica) existen
en el país un poco más de 2.710 plantas, que emplean alrededor de
34.000 trabajadores.5 En este sentido, es importante mencionar que, si
bien entre 2000 y 2007 ambas variables han crecido, se sitúan por debajo
de los niveles de 1990. Esto connota por un lado, la mayor concentración
de mercado tras la desaparición de un importante número de industrias,
y por otro, un aumento de la productividad, producto de la importación
de maquinaria y equipos, y con ello la disminución de puestos de trabajo.
El sector posee un bajo grado de apertura comercial, debido
fundamentalmente a la elevada incidencia de los costos de transporte,
por tratarse normalmente de productos con escaso valor por unidad
de volumen. En este sentido, las exportaciones no superan el 6% de
la producción y las importaciones oscilan entre el 8% y el 12% de las
ventas totales. Así, en los últimos diez años la balanza comercial ha
sido deficitaria.
En lo que respecta a las inversiones registradas durante el período 20022008, las cuales fueron destinadas a la extracción de petróleo crudo y
gas natural, y/o actividades de servicios relacionadas con ello, un 39%
provinieron de España, especialmente de Repsol YPF, y un 27,8% de
Estados Unidos, en donde se destacan las inversiones de Pan American
Energy y Pioneer Natural Resorces. No obstante, las inversiones de
empresas con alguna participación accionaria de Brasil, también fueron
importantes, siendo éstas el 12% del total.
También hay que destacar la participación de capitales brasileños en
las inversiones hacia la elaboración de productos de la refinación del
petróleo: 15,2% del total, aunque las inversiones de origen español son
las más importantes: 54%, donde nuevamente la inversión más fuerte es
la de Repsol YPF.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
1.3.1.3 Proceso inversor en la cadena
A continuación se mencionan las empresas de capitales brasileños que
han invertido en los rubros mencionados.
En principio, Petrobrás es la empresa que más ha invertido en el período
analizado: U$S 3.430 millones, los cuales fueron destinados tanto a
la modalidad de Greenfield como a ampliaciones. La empresa factura
alrededor de $ 13.000 millones anuales y emplea a más de 5.000
personas. Cabe destacar además, que la empresa desembolsó U$S
700.000 en las instalaciones de Refinor (empresa de la cual es propietaria
junto a Repsol YPF), destinadas al tratamiento biológico de efluentes
líquidos industriales y cloacales que se emiten desde una de sus fábricas.
Han invertido otras empresas de capital brasileño: Petrolera Entre Lomas
S.A. y Formicuz S.E. Estas firmas, han desembolsado en Argentina: U$S
150,75 millones y U$S 4,2 millones respectivamente, destinados tanto
99
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
a la explotación de nuevas áreas, como a la extracción y distribución de
productos derivados del petróleo.
En el último eslabón de la cadena, la de la distribución, se han registrado
inversiones de U$S 4,95 millones provenientes de la compañía brasileña
Gafor, representante exclusiva de los solventes ExxonMobil, destinadas
a la apertura de una planta de almacenaje y distribución de dichos
solventes.
Transportadora de Gas del Sur S.A., empresa radicada en Argentina
con origen de capital diverso, donde sus principales accionistas son la
Compañía de Inversiones de Energía S.A. y Petrobrás, ha invertido en el
país alrededor de U$S 171 millones. La firma, que emplea a más de 880
personas, ocupa el primer puesto en términos de facturación en lo que
respecta a transporte de gas. Así, sus ventas anuales rondan los $ 1.260
millones, siguiéndole Metrogas con $ 956 millones.
100
En cuanto a las inversiones brasileñas destinadas a actividades de
fabricación de productos de plástico, éstas han sido importantes, aunque
no son de menospreciar las de origen argentino. La empresa fabricante de
envases de plástico Cabelma y Petroquímica Cuyo, -compañía productora
de polipropileno-, son las firmas que mayores desembolsos realizaron en
el rubro durante el período analizado.
Así, la plástica brasileña Sinimplast, que lidera el negocio de los envases
soplado en su mercado, desembolsó U$S 1,6 millones. El proyecto de
la firma, se realizó en conjunto con la argentina Matriplast, también
dedicada a producir envases, y que a tiene por clientes a importantes
empresas.6
También se han registrado inversiones por el grupo Tigre Argentina S.A.,
reconocida en el mercado como una de las 12 marcas más importantes del
Brasil, y que lidera el segmento de Tubos y Conexiones para conducción
A su vez, Clion Polimeros S.A., empresa 100% de capital brasileño,
invirtió U$S 390.000, concentrando dichos desembolsos en los años
2004, 2006 y 2007, que por lo general se destinaron a la adquisición de
nuevos equipos. Un dato importante a destacar es que en el año 2007 sus
importaciones representaron un 84% del monto facturado para ese año.7
Otras de las inversiones que se han destinado a algunos de los eslabones
considerados en la cadena, es la efectuada por la firma Balzers
Balinit do Brasil Ltda. (Oerlikon), empresa brasileña que se dedica a la
fabricación de recubrimientos, que inició sus actividades en 2005 y ha
realizado inversiones solamente en dicho año, tras la adquisición de
nueva maquinaria para la línea productiva. El monto desembolsado en
Argentina fue de U$S 150 millones.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
de fluidos. El monto de las inversiones canalizadas al segmento fue de
U$S 1,9 millones.
1.3.2 Bebidas
1.3.2.1 Estructura de la cadena
La industria de las bebidas se compone de dos categorías principales:
la categoría de las bebidas sin alcohol y la de bebidas alcohólicas. Estas
últimas incluyen los licores destilados, el vino y la cerveza.
Se destacan dentro de la industria la elaboración de cervezas, gaseosas,
sodas, y aguas minerales, como así también la actividad vitivinícola.
El sector primario interviene en la cadena, proveyendo básicamente
cereales, hierbas aromáticas, y en menor medida frutas, que luego de
someterse a distintos procesos de industrialización, se utilizan en la
producción de bebidas.
101
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
En términos gráficos, la cadena queda estructurada de la forma en que
se presenta a continuación.
Figura 10. Cadena de bebidas
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Sector primario
Sector Industrial
Comercialización
Obtención de
Industria de Bebidas
Materias Primas
* Cereales
* Frutas
* Hierbas
Actividades de
Molienda de Cereales
Distribución/Venta
Productos:
* Vino
* Soda y Agua mineral
* Sidra
* Bebidas Alchólicas
Subproductos
fermentadas y no
destiladas
102
* Hielo
* Jugos de frutas
* Jugos y zumos concentrados
envasados
* Cremogenado
* Cerveza
* Néctar
* Gaseosas
* Pulpas de frutas
* Bebidas espirituosas
* Edulcorantes artificiales
* Otras bebidas
1.3.2.2 Situación de la cadena en Argentina
La industria de las bebidas, considerada desde un punto de vista global,
aparece muy fragmentada, lo que resulta evidente por el gran número
de fabricantes, de métodos de envasado, de procesos de producción y
de productos finales.
Los sectores industriales relacionados comprenden una variada gama
de actividades, tales como la elaboración de envases, edulcorantes, etc.,
La industria de bebidas refrescantes constituye la excepción de la regla,
pues está bastante concentrada.
En general, se observa que los sectores más pujantes (cervezas, aguas
minerales y gaseosas), se encuentran dominados por empresas de
gran tamaño, en muchos casos de capitales extranjeros. Éstas se han
desarrollado sobre la base de un determinado producto y han comenzado
a incursionar en mercados que presentan un mayor potencial de
crecimiento. La posibilidad de incorporar tecnología de punta, hace que
estas firmas sean competitivas a nivel internacional.
Sólo en el caso de sodas, existe una fuerte atomización en un gran
número de empresas PyMEs.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
presentando un mayor grado de atomización, especialmente en el caso
de la edición e impresión de etiquetas.
La presencia de las marcas internacionales en el mercado doméstico
es muy importante, ya sea a través de franquicias o por IED, por
lo que consecuentemente la tecnología utilizada en sectores
con dichas características se encuentra alineada a los estándares
internacionales.
Cabe mencionar que Argentina posee una escasa significatividad en la
producción de máquinas especializadas en la elaboración de bebidas,
debido en gran parte, a que las mismas se importan.
En vinos es notoria la competitividad internacional de Argentina y la
calidad de sus productos, siendo el país el octavo productor mundial de
uvas, el quinto en la elaboración de vinos y el décimo a nivel exportador
de este producto.
103
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
En el caso de la producción de cervezas, como así también de gaseosas,
hay que destacar que las importaciones son poco significativas o casi
nulas, de modo que la producción doméstica es el principal componente
de la oferta local.
En lo que compete a la producción nacional de jugos, las importaciones,
si bien son poco significativas, en el caso de jugos refrigerados provienen
principalmente de Brasil, y en menor medida de Chile.8
1.3.2.3 Proceso inversor en la cadena
Las inversiones enfocadas hacia el sector, provienen en su mayor parte
de capitales locales y brasileños, en especial en lo que respecta a cerveza.
Se destacan las inversiones en el segmento de jugos de frutas llevadas
104
a cabo por el Grupo Arcor, que surge como competidor nacional de la
firma Coca-Cola, principal protagonista en esta actividad bajo las marcas
Cepitas y Carioca.
En función de que la mayor parte de las inversiones del sector registradas
provenientes de Brasil en los últimos seis años se dieron en la industria
cervecera, es pertinente aclarar que la estrategia de la mayoría de las
empresas para ingresar al mercado argentino consistió en la adquisición
de empresas nacionales existentes.
De ese modo, han buscado reducir los riesgos que implicaría la
instalación de una nueva empresa en el país y apuntaron a optimizar
los procesos operacionales de la empresa, y que ello logre posicionarla
de forma más eficaz frente a los demás competidores internacionales
presentes en la región.
obteniendo el 80% del mercado a partir de la fusión con el grupo Quilmes.
A su vez la firma, tiene amplia participación en todos los eslabones de
la cadena, desde la producción de malta hasta la comercialización del
producto final.
Los montos invertidos ascienden a casi 2 mil millones de dólares, donde
predomina, en su mayoría la modalidad de adquisición. No obstante, se
ha invertido en ampliaciones y Greenfield, destinados en su mayoría a la
tecnología y la capacitación.
En cuánto a empleo, la cervecería Quilmes cuenta con más de 4.700
empleados, ubicándola en el cuarto lugar entre las empresas de más de
1.000 empleados.
En la línea de inversiones brasileñas se encuentra la empresa Sabia que
invirtió en bebidas espirituosas por U$S 2 millones, bajo la modalidad de
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Así, la firma Brasileña Ambev lidera el mercado de producción de cerveza,
ampliación. En el año 2007, la firma presentó una facturación de $ 31,2
millones.
1.3.3 Siderurgia
1.3.3.1 Estructura de la cadena
En torno a la industria siderúrgica, existen una serie de eslabonamientos
hacia atrás y hacia delante, con diversas actividades industriales, de
servicios y del sector primario que dan forma a la cadena de valor. En
este sentido, la misma es amplia y compleja.
La cadena de la siderurgia, está conformada por un eslabón directamente
relacionado a la producción minera, de la cual se obtiene el mineral
105
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
de hierro, seguido por la elaboración de productos semielaborados o
terminados. Por último, el canal de la distribución cierra el círculo de la
cadena, aunque es a la vez el comienzo de muchas otras. Así, la cadena
queda estructurada de la siguiente manera.
Figura 11. Cadena de la siderurgia
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Obtención insumos
Industria siderúrgica
Comercialización
Productos
Minerales
semielaborados y
Distribución de
terminados
Productos
Hierro crudo
106
Acero crudo
Palanquillas,
Productos planos y
planchas, entre
no planos, tubos,
otros
entre otros
1.3.3.2 Situación de la cadena en Argentina
Aún cuando en el territorio argentino no existen yacimientos de mineral
de hierro en explotación, lo que constituye el principal recurso natural
de la cadena, la industria metalúrgica ha evidenciado una importante
expansión en los años ´90.
La misma ha logrado no solo abastecer una creciente demanda interna,
sino que además ha desarrollado productos muy competitivos a nivel
internacional. Ello ha sido posible dado el importante proceso de
reconversión productiva (iniciado por la privatización de la empresa
En la actualidad presenta una oferta con una estructura oligopólica,
observándose que una sola empresa suele dominar el mercado de
un determinado producto siderúrgico final. No obstante, hay que
mencionar que dicha expansión monopólica se encuentra limitada por la
competencia de las importaciones.
La producción de hierro primario, productos semiterminados
(palanquillas, planchas, etc.) y los terminados (planos y no planos, como
tubos), se concentra en grandes firmas a través de un proceso productivo
altamente integrado, lo que reduce la posibilidad de entradas de nuevos
competidores al mercado.
Como se mencionó anteriormente, Argentina no posee yacimientos de
hierro, por lo que en su mayoría son importados desde Brasil.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
estatal SOMISA), que desembocó en grandes inversiones en maquinaria
y tecnología de punta.
En términos de producción de hierro primario crudo, como así también
de acero crudo y laminados (tanto los terminados en caliente como en
frío), muestran una clara desaceleración entre 2001 y 2008. Tal es así
que el hierro primario, tras crecer un 14,3% en el año 2002, sólo lo
hizo en 0,8% en 2008. Si bien la producción de acero crudo no mostró
tan fuerte desaceleración, creció 2,9%, cabe mencionar que esto pudo
ser alcanzado por las fuertes inversiones que han realizado las empresas
siderúrgicas del país en los últimos años, que han permitido mantener
altos niveles de producción en los 10 primeros meses del año 2008,
compensando la profunda caída del último bimestre.
Haciendo referencia a lo dicho en el párrafo anterior, hay que aclarar que la
crisis internacional ha provocando y continúa provocando una significativa
107
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
reducción de la demanda de productos siderúrgicos, observándose
una disminución pronunciada y generalizada en el uso de la capacidad
instalada. Esta situación ha obligado a que las empresas del sector revisen
sus planes de ampliación de capacidad, a la espera de que el mercado se
estabilice y recupere la tendencia alcista que presentaba anteriormente.9
Si analizamos el intercambio comercial de Argentina, se vislumbra una
caída sustancial de las toneladas exportadas de la cadena, mientras que
los valores importados se mantienen en niveles estables o aún superiores
al promedio de los últimos cuatro años.
La empresa argentina que lidera la producción siderúrgica es Siderar,
con un 71,3% de participación en el mercado bonaerense (región que
concentra en gran parte la producción), especializada en la producción
de hierro primario, productos terminados planos y tubos sin costura.
108
El 40% de la producción de la provincia de Buenos Aires se destina a
EE.UU., Canadá, Brasil, Venezuela y Arabia Saudita.
1.3.3.3 Proceso inversor en la cadena
Las inversiones destinadas a la fabricación de metales, han tenido en su
mayoría una amplia participación de capitales locales, siendo Aluar y Ternium
Siderar las empresas destacadas en este aspecto. Sin embargo, le siguen en
importancia, las inversiones de capitales brasileños: U$S 558,5 millones.
Las empresas Acindar y Sipar Gerdau (del grupo brasileño Gerdau)
aglutinan casi el 92% de las inversiones de capital brasileño en la cadena.
Han invertido una importante cantidad de dinero: U$S 283,4 y U$S 233,8
millones respectivamente, destinados al eslabón de productos como la
palanquilla, en donde las modalidades fueron predominantemente de
ampliaciones y Greenfield, superando a las fusiones y adquisiciones.
En menor medida han invertido también en la cadena las firmas Acerbrag
S.A., desembolsando alrededor de U$S 40 millones, y Laminado Paulista
Argentina S.R.L. con U$S 330.000. Ésta última, dedicada a la fundición y
laminado de aluminio, y con sólo 23 empleados, destinó sus inversiones
a ampliaciones e incorporaciones de nuevos equipos de trabajo. Por su
parte Acerbrag S.A., con un 2% de los puestos de trabajo del segmento,
es la sexta empresa que más factura en el rubro: $ 430 millones anuales.10
En el segmento de acero plano, se distingue la fusión de Usiminas al
grupo Techint, en busca de consolidarse como la siderurgia de mayor
porte a nivel mundial, adquiriendo una participación en el grupo del
10% aproximadamente por un monto de U$S 1 millón. Cabe mencionar
al respecto, que la siderúrgica brasileña es la mayor productora de aceros
planos de la región y ocupa el puesto número 22 en el ranking mundial.
No obstante, en el mismo eslabón ganan relevancia otras empresas de
capital extranjero, como la mexicana Hylsamex y la venezolana Sidor.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
El conglomerado Belgo, Acindar, es uno de los mayores grupos privados
siderúrgicos de Brasil. Produce aceros largos bajo la forma de laminados
y trefilados, y es en Argentina la empresa número uno en fabricación
de productos de acero en términos de facturación: $ 3.108 millones
anuales, siendo Aluar su competidora más directa. Otro rasgo de la
empresa que es menester destacar, es que con 2.900 empleados, genera
el 11% de los puestos de trabajo en lo que respecta a actividades de
fabricación de metales.
1.3.4 Agroindustria (con foco en el sector ganadero
y sus derivados)
1.3.4.1 Estructura de la cadena
El sector de la carne vacuna se ha caracterizado por su alta complejidad a
lo largo de los principales eslabones que integran la cadena: producción
109
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
–cría y sacrificio-, industria frigorífica y derivados (sector curtiembre)
y comercialización. A su vez, si bien los frigoríficos sacrifican carne de
diferentes animales, en este caso se ha basado el análisis en la carne
bovina ya que es el segmento de mayor actividad.
Adicionalmente, se encuentran asociadas otros sectores importantes, no
sólo desde el punto de vista de la actividad en el país, sino además porque
han recibido importantes inversiones por parte de capitales brasileños, a
saber: calzado. Si bien la actividad implica una serie de insumos diferentes
a los provenientes de las curtiembres (textiles, plásticos y cauchos), el
cuero es de suma importancia en la industria del calzado.
A continuación, los eslabones que integran la cadena analizada.
Figura 12. Cadena ganadera
110
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Sector Primario
Industria
Comercialización
Productores
Distribución
Proceso Frigorífico
Industrias
Transformadoras
* Cabañas
* Cría y Recría de Ganado
del cuero
Sacrificio
* Invernadores
Cámaras
Frigoríficas
Etapa sucia:
Separación del
Producción Láctea
cuero, entre otras
CURTIEMBRES
Etapa limpia:
Tipología de corte
Industria del
Calzado
Argentina, en sus distintas regiones ganaderas, exhibe potencialidades de
marcadas ventajas comparativas respecto al resto de sus competidores,
ya sea por la extensión territorial, como por las calidades intrínsecas de
las carnes producto de la genética y de las condiciones ambientales,
distintivo reconocido a nivel mundial. Así, sus extensas praderas y el
clima propicio favorecen el desarrollo ganadero.
La ganadería vacuna participa en alrededor del 20% del PBI agropecuario
y en un 3% del PBI total. El arraigo de este producto en el país hace que
alrededor del 82% de la producción total sea consumida localmente y el
resto se exporte.
La cadena de valor en sí, es compleja y se encuentra parcialmente
desarticulada, caracterizada por el desconocimiento de cada uno
de los eslabones sobre los factores de competitividad del resto de los
integrantes de la misma. Tanto los niveles de producción como de
productividad se encuentran alejados de sus niveles potenciales. En este
sentido, existen dentro de la cadena, áreas estratégicas por explorar, que
permitirían de esta forma aumentar la productividad, y en consecuencia,
la competitividad nacional a nivel mundial.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
1.3.4.2 Situación de la cadena en Argentina
Durante el 2008, la matanza de vacunos llegó a un nivel de 14,5 millones
de cabezas. Más allá de la leve caída interanual registrada en el nivel de
actividad sectorial en el año 2007 -2,6%-, la magnitud del sacrificio de
los últimos dos años fueron los más elevados del período 1991-2008.11
La industria frigorífica, posee una capacidad instalada de sacrificio al año
que ronda las 20 millones de cabezas12, lo que da una capacidad ociosa
de alrededor del 30%, reforzando lo dicho en los párrafos precedentes
referente a los niveles potenciales que difieren de los niveles actuales.13
111
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Analizando los establecimientos industriales destinados a la actividad,
Argentina dispone de pocas plantas de alta capacidad de sacrificio (200500 mil cab/año), siendo las plantas de sacrificio medio (1 mil a 99 mil
cab/año) las de mayor presencia.
Al respecto, las plantas con mayor capacidad poseen el 20% de la
producción nacional, mientras que la mayor participación la poseen los
establecimientos con capacidades bajas, reforzando así la idea de sector
fuertemente atomizado.
En términos de generación de empleo, y según datos disponibles, los
frigoríficos ocupan de forma directa entre 45.000 y 47.000 personas. A
nivel mundial, se producen 42 millones de toneladas de carne vacuna, en
donde Argentina participa con el 7% de dicha cifra.
112
En términos de la comercialización de la carne, en los últimos años
las carnicerías han disminuido como lugar de compra más frecuente,
incorporándose nuevos operadores como los supermercados,
hipermercados y autoservicios.
Come se dijo anteriormente, el sub-complejo del cuero, con 200
curtiembres en Argentina, ocupa un lugar importante dentro de la
cadena de valor que estamos analizando. Así, cabe mencionar que las
mismas poseen una capacidad ociosa de alrededor del 40%.14
Según datos de la Cámara de la Industria Curtidora Argentina, solo
tres empresas concentran el 50% del monto exportado, denotando la
alta concentración del eslabón. En este sentido, una de sus mayores
competencias para la producción nacional viene de Brasil, aunque en los
últimos años se han desarrollado a nivel local importantes inversiones
para mejorar las condiciones de competitividad.
sino que, a diferencia del mercado interno, el circuito específico de la
exportación de la carne se encuentra relativamente concentrado, ya que
el grueso de la actividad que exporta está explicado por una veintena de
empresas, en su gran mayoría por frigoríficos.
Si bien al uso tradicional del cuero como insumo básico del sector de
calzado se suma crecientemente la utilización del caucho, materias plásticas
y textiles, se analizará a continuación aspectos concernientes al mismo.
El sector se caracteriza por una alta heterogeneidad de producto: su
producción incluye tanto al calzado de vestir, como al deportivo de
rendimiento, al de tiempo libre, a los calzados especiales de trabajo o de
seguridad, calzado femenino, etc. Ello implica a su vez, una importante
diversidad de insumos y técnicas de producción. Pese a la mencionada
heterogeneidad, toda la industria se caracteriza por ser mano de obra
intensiva. A su vez, se trata de un producto de consumo masivo, cuya
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
No sólo lo dicho en el párrafo precedente se refiere a las curtiembres
demanda es altamente sensible al nivel de ingreso agregado y a su
distribución.
La estructura productiva del sector calzado se estima que está compuesta
por aproximadamente unas 700 empresas, mayormente PyMEs, con un
relativamente alto nivel de atomización de modo que, los principales
competidores capturan poco más de una cuarta parte del mercado. De
hecho, la atomización no resulta mayor debido a que en los segmentos
de calzado deportivo y tiempo libre operan algunas grandes empresas
que lideran el mercado, y que además existen pocas firmas de calzado
formal e informal de relevancia.
El segmento de calzado deportivo posee un alto grado de competencia
y en los últimos años ha tendido a una mayor concentración. Respecto
113
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
al segmento informal y clásico, el nivel de competencia es medio,
altamente variable en función del target al cual se dirige y la competencia
se produce, en mayor medida, en el segmento informal.
La principal diferenciación de producto dentro de la industria del calzado
se da en el segmento deportivo de rendimiento. El mismo está en gran
parte apuntalado por empresas de mayor tamaño, al tiempo que las
que producen el resto de los calzados se distribuye entre empresas
pequeñas y medianas, con predominio de las primeras.
El sector productor está conformado también por un conjunto reducido
de empresas que fabrican calzado de vestir masculino y femenino de alta
calidad y que se distinguen por su diseño, la calidad de sus componentes
y del producto terminado. Son calzados de mayor precio que compiten
internacionalmente con calzado de renombre como el italiano.
114
En cuanto a la comercialización, una característica relevante es que
la empresa fabricante no comercializa o distribuye la totalidad de sus
productos, sino que parte de los mismos llegan a la demanda final por
medio de otras empresas distribuidoras mayoristas o minoristas, que
expenden el producto con la misma marca.
1.3.4.3 Proceso inversor en la cadena
La cadena de la carne, teniendo en cuenta las inversiones realizadas en
los segmentos de cuero y calzado, ha sido receptora de importantes
inversiones entre 2002 y 2008. En lo que respecta a elaboración de
alimentos, las inversiones provienen en su mayoría de capitales locales:
32%, y brasileños: 21,5%.
Existen importantes empresas brasileñas, tanto desde el punto de vista
de la generación de empleo como en términos de facturación, que han
Ambas empresas, ocupan, tras el Frigorífico FRIAR, los primeros puestos
en términos de facturación. Por su parte, Friboi, quien ha adquirido a
Swift Armour S.A. Argentina, factura alrededor de $ 840 millones anuales
y emplea alrededor de 4.250 personas.
Por otra parte, Marfrig adquirió oportunamente Quickfood S.A., empresa
que factura $ 840 millones anuales y emplea a 1.100 personas. Cabe decir
que la empresa de capital brasileño es la tercera productora de carnes
de Brasil y la primera en Uruguay. La compra de Quickfood, junto a la
adquisición de Argentine Breeders & Packers, un frigorífico exportador, y
la firma de un acuerdo operativo con la planta cordobesa Estancias del
Sur, por el cual se apropió del 70% de su sacrificio, la posiciona en un
lugar de liderazgo a nivel local, quedándose además con la mayor parte
de la cuota Hilton.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
concentrado el flujo de inversiones al sector frigorífico, entre ellas, Friboi
y Marfrig. Los montos desembolsados en total, fueron de U$S 78,9
millones y U$S 213,87 millones respectivamente. Han adquirido en su
oportunidad, a los frigoríficos Swift Armour (Friboi) y Quickfood (Marfrig).
Evaluando las estrategias de inversión y los objetivos de las inversiones
realizadas por las firmas en el segmento frigorífico, se destaca la intención
de mejorar la hacienda que poseen y aprovechar así el gran volumen
de producción industrial que maneja Brasil. Consecuentemente, generar
sinergias con el glamour de las marcas argentinas y con el atractivo
comercial que posee la carne nacional.
Si bien no han sido tratados específicamente en este apartado, vale
mencionar dos inversiones que se dieron en la cadena agroalimentaria y
que de alguna forma se encuentran relacionadas al proceso productivo
mencionado al comienzo. Por un lado, se registró una inversión proveniente
de Duas Rodas Industrial, empresa brasileña que desde 1996 fabrica en el
115
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
país materias primas para la industria alimenticia (aromas, condimentos,
etc.). La firma desembolsó U$S 3 millones en búsqueda de su incorporación
a la producción de aditivos y condimentos para la industria cárnica.
De la misma forma, la empresa Yakult Argentina S.A., productora y
comercializadora de leche fermentada, que posee un 44% de capital
accionario brasileño, costeó una inversión de U$S 2,5 millones destinados
a adquisiciones y ampliaciones.
En el sector de curtiembres específicamente, no se han desarrollado
importantes desembolsos de inversiones en el país por parte de empresas
de capital brasileño, no así en lo que respecta a calzado. De todas formas,
en general, en cuanto a curtido de cueros y artículos de talabartería y
calzado, el 56% de las inversiones provienen de capitales brasileños, y en
menor medida de capitales locales e italianos (12% y 11% respectivamente).
116
De la mano de la empresa Curtume Muçum S.R.L., el grupo brasileño Bom
Retiro invirtió U$S 6 millones al adquirir la curtiembre del grupo Yoma.
Por otro lado, Perchet S.A., del grupo brasileño Paquetá, anunció
la apertura de una planta fabril de calzado deportivo en Argentina,
desembolsando U$S 11 millones. La empresa, produce zapatillas
deportivas de la marca Diadora para Argentina, Brasil y Uruguay. Cabe
destacar que el grupo de capital brasileño, emplea alrededor de 12.000
personas en Brasil, y cuenta además con negocios en las áreas de
agricultura, ganadería, sector inmobiliario y administración de tarjetas
de crédito. Se estima que en Argentina, la empresa genera una total de
2.000 puestos de trabajo.
En el mismo segmento de calzado, la empresa Indular ha vendido su
planta de calzados y sus marcas al principal productor de calzado de la
como por diferentes ampliaciones que se han dado en la fábrica, los
montos desembolsados rondaron los U$S 140 millones.
Además, el grupo brasileño Dass (Dilly Clássico) invirtió U$S 3,5 millones
tras construir una fábrica de zapatillas en el país, desde la cual abastecerá
60.000 pares mensuales de zapatillas a la filial argentina de Nike.
Por último en lo correspondiente a calzados, y denotando la importancia
del sector en el proceso inversor de Brasil en Argentina, el grupo brasileño
Camargo Correa, a través de su filial São Paulo Alpargatas, apostó al segmento
de calzado y adquirió alrededor de 35% de las acciones de Alpargatas
Argentina, por un monto total de U$S 52 millones. En este sentido la empresa
es la mayor productora textil de Argentina, y dueña de las marcas Topper,
Flecha y Pampero, aunque también fabrica zapatillas para Nike y Adidas.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
región: Vulcabras del grupo brasileño Grendene. Tanto por la adquisición
Cabe mencionar además, el contrato que ha firmado la Cooperativa
Joanetense de Calçados con la empresa Converse de Estados Unidos
para proveer también al mercado argentino zapatillas bajo dicha marca.
En este sentido, Converse llega al país de la mano del grupo brasileño
propietario de la licencia para fabricar sus productos en el mayor mercado
del Mercosur y que busca aprovechar, a través de este proyecto de
inversión, las ventajas del modelo proteccionista que impulsa el Gobierno
para producir también en Argentina.
1.3.5 Construcción-inmobiliario
1.3.5.1 Estructura de la cadena
En la actividad de la construcción intervienen diversos agentes
económicos que participan directa e indirectamente, fabricando los
117
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
insumos necesarios para desarrollar esta actividad, que puede llegar
luego al segmento inmobiliario.
Se puede mencionar a los proveedores de servicios, insumos y bienes de
capital, la industria del procesamiento y de la transformación (empresas
constructoras), el mercado consumidor, compuesto por los individuos
o entidades (Estado) que consumen el producto final y/o industrias
intermedias para las cuales el producto constituye una materia prima o
insumo (Inmobiliarias).
Para comprender las diferentes actividades que reúne la cadena, a
continuación se desglosan los segmentos y eslabones que reúne.
Figura 13. Cadena de construcción
1º Eslabón:
118
Insumos
Extracción
2º Eslabón:
3º Eslabón:
3º Eslabón:
Transformación
Construcción
Inmobiliario
Producción de bienes
Construcción de
Servicios
intermedios y finales
Obras Públicas y
Inmobiliarios
Privadas
Hierro
Cemento
Bauxita
Cal
Caliza
Ladrillos
Arcilla
Tejas y cerámicas
Rocas de Aplicación
Yeso y sus productos
Otros Minerales
Otros productos intermedios
Yeso
Forestal
Petróleo
Hormigón elaborado
Premoldeados de hormigón
Otros productos finales
Luego del período recesivo y la devaluación del peso en enero de 2002,
la actividad de la construcción mostró un período de fuerte expansión.
A medida que se iba adquiriendo estabilidad macroeconómica, el rubro
fue ganando impulso y entre 2002 y 2006 el crecimiento del sector fue
del 153%, creciendo a tasas promedio de 26% por año.
Si bien la actividad se caracteriza por su comportamiento pro-cíclico
respecto a la evolución de la economía, las empresas de construcción
han mantenido, e incluso incrementado su equipamiento y organización
a pesar de los cíclicos vaivenes de la economía nacional, adecuándose a
las condiciones del país y dando respuesta a los tirones de la demanda.
El aporte de la industria de la construcción al crecimiento del PBI ha sido
de suma importancia, siendo la construcción de infraestructura un 20%
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
1.3.5.2 Situación de la cadena en Argentina
del total de esa actividad a en los últimos años.
Tal es así que entre 2003 y 2008, la actividad creció en torno a un
promedio del 16,5%, con picos máximos en 2003, momento en el cual
registró una tasa de crecimiento de más del 35%. Si bien la evolución del
sector continúa creciendo, la tendencia muestra un claro retroceso. En el
año 2008, la construcción creció en torno al 5%.15
Éste sector ha sido uno de los sectores con mayor incremento en la
demanda laboral. Su generación de empleo ha superado en algunos
casos al crecimiento del total de la economía. A fines del 2008, la
construcción empleaba alrededor de 400.000 personas, aunque cabe
resaltar que ello implica una pequeña reducción respecto a igual
período de 2007 (- 4%).
119
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Analizando el último eslabón de la cadena, el inmobiliario, se observa
que ha atravesado un fuerte ciclo expansivo de recuperación entre 2002
y 2006, impulsado fundamentalmente por la canalización de ahorros
fuera del sistema financiero y el retraso relativo de los costos de la
construcción.
El sector inmobiliario emplea en la actualidad a casi 325.000 trabajadores,
cifra que si bien se encuentra por debajo de las máximas que alcanzadas
a finales del 2007, marca aún un alto nivel de ocupación.
1.3.5.3 Proceso inversor en la cadena
Las inversiones que se han efectuado en estos segmentos, implican no
solo a un eslabón, sino que son diversificados a lo largo de toda la cadena.
120
En función de lo dicho, se han registrado inversiones del grupo
empresario brasileño Camargo Correa, al hacerse cargo de la empresa
Loma Negra C.I.A.S.A. La compra por parte de la empresa brasileña
refuerza su presencia en Latinoamérica, pasando a constituirse en una
de las más importantes del sector, ya que cuenta con más de 10 plantas
cementeras; 6 centros hormigoneros y más de 3.200 personas trabajando
en sus operaciones. Además, es la firma de mayor facturación anual en
el mercado: $ 1.450 millones, a la que le sigue la empresa Minetti, pero
con menos de $ 950 millones anuales de ventas.
En cuanto al eslabón de la construcción propiamente dicho, la empresa de
servicios inmobiliarios IRSA-CYRELA, ha realizado una sustancial inversión
en la construcción de diferentes viviendas y departamentos en el país,
alrededor de U$S 115 millones. Haciendo referencia a dicha empresa,
la misma resulta de la fusión entre la empresa argentina inversora en
bienes raíces IRSA y la Compañía del sector de construcción de inmuebles
No obstante, los montos desembolsados por capitales de Brasil en
proyectos en el segmento inmobiliario también han sido destacados.
En este sentido, se observan inversiones de la empresa TGLT Real Estate
S.A. y de PDG Realty. Al respecto, cabe considerar algunas cuestiones
relacionadas a dichos desembolsos.
Por su parte, la empresa TGLT S.A. (30% de capital brasileño) realizó
inversiones destinadas a la construcción del Forum ubicado en Puerto
Madero, U$S 50 millones en el 2004 y U$S 100 millones en el año 2005.
Posteriormente, en el año 2008, se registró un anuncio de inversión por
parte de la firma PDG Realty, grupo que se ha asociado a TGLT S.A.,
adquiriendo el 30% del paquete accionario de la compañía, por un
monto de U$S 12 millones.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
residenciales de Brasil CYRELA. Por su parte, IRSA es la firma número uno
en facturación en el sector inmobiliario: $ 740 millones anuales.
1.3.6 Química
1.3.6.1 Estructura de la cadena
La industria química es fundamentalmente una industria de base que
provee materias primas e insumos a otras industrias y también provee
algunos de sus productos directamente a los consumidores.
Los productos elaborados por la industria tienen diversas aplicaciones
que implican cada una de ellas un sector diferente, con características
particulares.
121
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Figura 14. Cadena química
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Insumos Básicos
Industria
Distribución
Materias Primas
M inerales inorgánicos,
derivados del petróleo,
etc.
Industria Química y Subsectores
Comercialicación
Productos de uso industrial:
* Química fina (Colorantes, etc.)
* Especialidades químicas (colas y
adhesivos)
* Otras
Productos de uso final:
* Pinturas
* Jabones y detergentes
* Cosmética
Laboratorios
* Productos farmacéuticos
122
* Otros
Industria de la
Cosmética
1.3.6.2 Situación de la cadena en Argentina
El sector es altamente complejo debido a que comprende varios
subsectores que a su vez se vinculan con otras cadenas productivas.
Según datos globales de la industria (que incorporan al sector petroquímico)
provenientes de la Cámara de la Industria Química y Petroquímica, el Valor
de la Producción de la industria alcanzó en 2007 U$S 24 mil millones
y generó directamente 69.000 empleos. Dentro de los subsectores de la
industria se destacan las inversiones en laboratorio y farmacia.
Dentro del subsector laboratorio, las cadenas de producción y
distribución de medicamentos se caracterizan por presentar cierta
En cuánto al sector cosmética esta compuesto por un conjunto grande
y heterogéneo de pequeñas y medianas empresas que tienen gran
participación en el mercado, principalmente en el segmento de productos
de consumo masivo. Las principales materias primas utilizadas por el sector
provienen de la industria química, en su mayoría de origen importado
ya que Argentina cuenta con una escasa oferta local. Estados Unidos,
Alemania y Suiza son los mayores proveedores de las mismas. Los otros
insumos fundamentales son los materiales de empaque, principalmente
envases de plástico, vidrio y hojalata, para los que sí existe una numerosa
red de productores nacionales.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
complejidad. La misma queda plasmada al considerar los diversos
agentes que intervienen: productores, distribuidores mayoristas,
droguerías, farmacias (comercio minorista), hospitales y clínicas,
aseguradoras y obras sociales, pacientes, gobiernos nacionales y
provinciales. En la práctica la totalidad de las empresas del sector
farmacéutico en Argentina están localizadas en la Capital Federal o
en el Gran Buenos Aires. Actualmente, se destaca una alta proporción
de insumos y bienes de capital importados, elevando así el costo de
producción y de inversión.
La fuerte presencia de empresas de capital extranjero en el sector cosmética,
responden en su gran mayoría a la estrategia de inversiones destinadas
a conquistar segmentos del mercado interno o regional (Mercosur). En
este sentido, cabe destacar que Argentina ocupa un lugar importante
dentro del comercio intrarregional, abasteciendo fundamentalmente a
los países miembros del Mercosur y a Chile.
1.3.6.3 Proceso inversor en la cadena
Las empresas de origen brasileño que han invertido en la industria química
lo han hecho en los subsectores de Perfumes, cosméticos y productos
123
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
de cuidado personal, Productos farmacéuticos y medicamentos, y
especialidades químicas como la de adhesivos.
En principio, se destacan las inversiones realizadas por Praxair Argentina
S.A., empresa con capital accionario minoritario de Brasil (1%) y que emplea
alrededor de 320 personas. Los montos desembolsados han sido destinados
a la ampliación de plantas productoras de oxígeno, nitrógeno, argón y Co2.
El monto de la inversión fue de U$S 25,9 millones. La empresa, factura
alrededor de $ 184 millones anuales, siendo Eastman Chemical (Voridan)
la firma en Argentina que más factura en el rubro: $ 700 millones anuales.
La firma Artecola Argentina S.A. dedicada a la fabricación de adhesivos
industriales, invirtió U$S 1,2 millones en ampliaciones durante el año
2007, y en la fusión con Química Madepa S.A. en 2003. Actualmente
emplea a 50 personas.
124
Dentro de especialidades químicas, la empresa Compañía Nacional de
Álcalis invirtió U$S 330 millones en Greenfield para la instalación de una
planta de carbonato de sodio en el año 2005.
Otras de las firmas inversoras fue Clariant S.A., empresa que cuenta
con laboratorios de aplicación técnica, una planta de producción
de dispersiones pigmentarias, así como una planta de producción de
Masterbatches y el centro logístico de distribución. Durante el período
2002-2007 la empresa realizó inversiones por U$S 3,9 millones de dólares
bajo la modalidad de ampliación. Su facturación promedio durante los
últimos años fue de $ 250 millones y actualmente emplea a un total de
250 personas de forma directa.
En el segmento de cosmética, Natura Cosméticos S.A. invirtió en Greenfield
en 2002 por U$S 15 mil y en ampliaciones U$S 8,3 millones en 2004.
1.3.7 Automotriz
1.3.7.1 Estructura de la cadena
La cadena de valor automotriz en Argentina está conformada por una
variada gama de actores que pueden ser clasificados en 4 eslabones,
siendo 3 de ellos productivos.
El primer eslabón comprende a los proveedores de insumos básicos
(materias prima como acero, aluminio, plásticos y pinturas y, en menor
medida, productos derivados de la industria petroquímica, caucho,
textil y vidrio, entre otros), mientras que el segundo eslabón involucra
a la actividad productiva de autopartes. El sector Terminal ocupa el
tercer eslabón de la cadena, siendo el cuarto eslabón el referido a la
comercialización de vehículos y repuestos, como así también de los
servicios de postventa.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
La participación de Brasil en el sector -según anuncios- es del 13%,
mientras que la participación de Estados Unidos es de 25 % y de Argentina
un 43%. Entre las empresas argentinas que realizaron inversiones en
el sector se destacan Laboratorio Bayer, Amosur S.A. (procesador de
urea), y Bio Sidas empresa de biotecnología, en donde predominan las
modalidades de ampliaciones y Greenfield.
125
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Figura 15. Cadena automotriz
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
4º Eslabón:
Insumos Básicos
Sector Autopartista
Sector
Comercialización
Terminal/Aftermarket
Fabricación
Obtención
de Partes y
Materias Primas
Piezas
y Conjuntos
Terminales
Consecionarias
Acero, Aluminio,
* Ensamble de
Pintura, Plástico,
conjuntos y
Distibuidores mayoristas
y minoristas
Energéticos, otros.
Producción de
* Diseño y
subconjuntos
partes y piezas
desarrollo
* Prod. Motores y
de distintos
* Producción
cajas de cambio
rubros
126
Subconjuntos
y ensamble
* Prod. Autos
1.3.7.2 Situación de la cadena en Argentina
En el caso de los principales insumos, hay que destacar que se trata de
mercados monopólicos u oligopólicos.
El segmento de autopartes está conformado por alrededor de 400
firmas productoras de partes, piezas y, en algunos casos, componentes.
Estas empresas están localizadas principalmente en las provincias de
Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe y Capital Federal. Se trata de un sector
particular con una importante heterogeneidad en cuanto a tamaño de
empresas (conviven tanto firmas pequeñas como medianas y grandes) y de
productos (desde partes y piezas hasta componentes, con distintos grados
de elaboración y complejidad, incluso involucrando distintos materiales).
En cuánto al sector Terminal, existen en el país 10 empresas multinacionales
de gran dimensión, de las cuales 9 fabrican vehículos actualmente.
de cambio y otras partes y componentes. En este eslabón también debe
incorporarse el mercado de reposición, dedicado a la venta de repuestos
de vehículos, y a las exportaciones de vehículos y autopartes realizadas
por las terminales.
En el caso de la comercialización de vehículos, la misma se realiza por
vía de concesionarios oficiales y no oficiales, así como también a través
de particulares. Se estima que existe una red de 600 concesionarios con
unos 784 puntos de venta distribuidos en todo el territorio nacional.
1.3.7.3 Proceso inversor en la cadena
La participación de capitales estadounidenses, franceses y alemanes
en la cadena ha sido importante y superior a la de origen brasileño
en el período 2002-2008. Alemania lidera el nivel de inversiones en
cuanto a la fabricación de autopartes, fundamentalmente a partir de
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Muchas de ellas también se dedican a la fabricación de motores, cajas
los desembolsos de la firma Volkswagen. Respecto a la fabricación de
vehículos automotores, Francia realizó los mayores proyectos de inversión,
impulsados por la empresa Renault. En ambos casos, la modalidad que
predomina es la ampliación.
Analizando las inversiones de origen brasileño en el segmento de
insumos, las empresas Borrachas Vipal y Sogefi Filtration Argentina
S.A. han realizado inversiones por U$S 2,8 millones y U$S 2,1 millones
respectivamente.
Borrachas Vipal es una empresa de actuación en el mercado nacional e
internacional en el segmento de productos para reforma de neumáticos,
reparaciones de cámaras de aire, pisos y láminas de goma, y compuestos de
goma para aplicaciones diversas. Cuenta con un plantel de 17 trabajadores,
127
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
generando además empleo indirecto a otras 20 personas. El promedio
anual facturado por la firma para 2006 y 2007 fue de $ 35,5 millones.
La firma Sogefi se especializa en la producción de repuestos y accesorios
para filtros de autos y el 92% de su composición de capital es de origen
brasileño. Durante 2005 y 2007, realizó inversiones destinadas a la
adquisición de máquinas por un monto de poco más de U$S 1 millón,
teniendo como perspectivas nuevas inversiones en los próximos años, las
cuales le permitirán realizar mejoras en su proceso productivo.
Además, como parte del segmento de insumos la empresa Sabo
Argentina S.A., dedicada a la producción de mangueras y juntas invirtió
U$S 1 millón, siendo la finalidad en todos los años la de incrementar el
capital operativo. Dicha empresa tuvo una facturación de $ 82,4 millones
en los últimos dos años.
128
En el segmento de autopartes las firmas Agrale Argentina SA, ­IAC-Plascar y
MWM Internacional Motores S.A. invirtieron en ampliaciones por U$S 2,1
millones, U$S 100 millones y U$S 6,6 millones respectivamente. Además,
la empresa Marcopolo adquirió Metalpar e invirtió U$S 5 millones. En
todos los casos, las firmas autopartistas han buscado aprovechar el buen
momento de la industria automotriz nacional en cuanto a expansión del
mercado, la producción y la radicación de nuevas inversiones.
La empresa MWM Internacional Motores S.A. se dedica a la producción
y comercialización de autopartes. A partir del 2003 se encuentra
conformada por un 90% de capitales brasileños y un 10% de capitales
estadounidenses. Si bien ha invertido a lo largo del periodo 2002-2008,
las inversiones más pronunciadas se realizaron en 2003 y en 2004,
representando cada año un 47% y un 20% respectivamente del total
invertido. A su vez, posee perspectivas de invertir en los próximos años
y a cambiar el proceso productivo. MWM Internacional Motores S.A.
cuenta con un plantel de 167 trabajadores y genera empleo indirecto a
16 personas más.
La firma Agrale realizó su principal inversión en el 2007, consignada
a la instalación de una planta industrial. Para los próximos años, la
firma tiene perspectivas de invertir U$S 1,5 millones, los cuales serán
destinados principalmente a formar una plataforma exportadora y a
incrementar la producción para abastecer el consumo interno. La
facturación del 2007 fue mayor a la del año 2006 en un 60%, es decir,
un aumento de $ 29,4 millones.
Marcopolo, empresa que fabrica carrocerías para ómnibus, adquirió el
33% de la empresa Metalpar, como así también ha destinado inversiones
a ampliaciones a lo largo del período. La empresa está constituida
por más de 400 empleados, y junto con Agrale - que cuenta con 460
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
alrededor de U$S 2 millones destinados a ampliar la capacidad instalada
empleados- son las firmas inversoras de capitales brasileños que más
empleo generan. A su vez, son las de mayor facturación en el grupo con
$135 millones Marcopolo y $ 78 millones la firma Agrale. Sin embargo,
la facturación de la primer empresa en el ranking del sector autopartes,
Scania Argentina, es de $1.135 millones.
Cómo parte del segmento de carrocerías la empresa Armor que se
dedicada al blindaje de autos invirtió por única vez U$S 510.000 en
Greenfield en 2002.
La firma Randon S.A. es una empresa que se destaca en el segmento
Terminal y se dedica específicamente a la producción de equipos de
transporte. A partir de 1998, Randon Argentina S.A., comenzó a operar
a través de la importación, comercialización, montaje, complementación
129
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
y fabricación de equipos para el transporte carretero de cargas. Durante
el período 2002-2007, la firma realizó en Argentina inversiones por U$S
638.000 bajo la modalidad de ampliación. Del total invertido durante
2002-2008 el año 2007 concentra el 51%. Actualmente cuenta con un
total de 143 empleados.
La empresa Automotores Juan Manuel Fangio S.A. se consolidó como
líder brasileño en la distribución de vehículos y en la administración de
grupos de consorcio, además de ocupar una posición destacada en las
áreas de seguros, operaciones de financiación para el sector automotor y
con actuación complementaria en el mercado inmobiliario. En Argentina
cuenta con un plantel de 125 trabajadores. Si bien la firma ha realizado
inversiones únicamente en 2007, a fin de cambiar el sistema informativo,
posee perspectivas de invertir durante los próximos años, especialmente
en la ampliación y remodelación de las sucursales ubicadas en Don
Torcuato, La Plata y Montes de Oca.
130
1.3.8 Logística
1.3.8.1 Estructura de la cadena
El sector de operadores logísticos comprende a aquellos servicios prestados
por empresas que realizan para terceros las actividades de transporte,
distribución física de mercaderías, almacenamiento y gestión de stock,
picking y preparación de pedidos, consolidación y desconsolidación
de cargas, manipuleo de productos, manejo de depósitos y centros de
distribución, entre otras actividades y servicios de tipo logístico, tanto
en el ámbito de la logística interna como respecto a las operaciones de
logística internacional.
También se incluyen en la definición del sector aquellas actividades
logísticas vinculadas al transporte, almacenamiento y distribución de
De esta forma, la cadena de valor del sector logístico queda esquematizada
de la siguiente manera.
Figura 16. Cadena logística
1º Eslabón:
Infraestructura
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Proveedores de
Operadores
servicios
Logísticos
Empresas
Operadores
* Corredores viales
* Vías de acceso urbano
* Transportistas y fleteros
* Vías navegables
*Transporte fluvial
* Terminales portuarias
* Ferrocariles de carga
* Aeropuertos
* Sistemas de almacenaje
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
commodities, tales como cereales, oleaginosas, frutas y hortalizas,
frutos del país, minerales, combustibles y gases, líquidos, así como
las actividades de carga fluvial, transporte ferroviario, transporte de
mercancías por camiones y agrupamientos industriales de distribución.
domésticos
Courier
* Otros
Forwarders
Integradores
1.3.8.2 Situación de la cadena en Argentina
Las empresas del sector en Argentina, poseen características propias en
función de las cuales pueden ser agrupadas (o segmentadas) de acuerdo
a diferentes criterios, permitiendo analizar el negocio desde diferentes
planos. En función de dichos criterios –ámbito de prestación del servicio,
131
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
tipo de operador oferente y origen de capital del operador-, se observa
que los operadores domésticos e integradores se destacan principalmente
en el ámbito de la logística interna, mientras que los forwarders y couriers
tienen su foco en la logística de comercio exterior.
En función del tipo de servicio ofrecido por cada operador, la distinción
más evidente está entre los que atienden el mercado interno y aquellos
otros atienden las operaciones internacionales. Así es posible hallar
operadores con un claro perfil orientado hacia el mercado interno o
doméstico, y actores que operan en el ámbito local y también en el
exterior (prestando servicios de integradores).
132
Durante la presente década, se produce, de la mano de una incipiente
convergencia entre la logística interna y la internacional, un fenómeno
que se traduce en un crecimiento de la participación de los integradores
internacionales en el mercado local y regional, así como también en una
intensificación de la internacionalización de ciertas firmas locales en la
región, fundamentalmente como estrategia defensiva ante el avance de
las firmas extranjeras.
De tal modo, los límites entre los diferentes segmentos que componen
el sector de operadores logísticos han dejado de ser claros hace ya
algunos años, desde que los transportistas han incursionado en el
negocio del almacenamiento y posteriormente desarrollaron servicios de
valor agregado llegando a realizar operaciones fuera de las fronteras de
Argentina, transformándose en operadores integrales o integradores.
Esta tendencia se ha acelerado en los últimos años gracias al reconocido
know-how de los operadores argentinos, que les permitió desarrollar
negocios fuera de las fronteras acompañando la expansión de alguno de
sus clientes locales.
ampliamente al desarrollo del negocio del sector de operadores
logísticos, sector que muestra un gran dinamismo. Dicho sector,
considerando todos los segmentos, emplea aproximadamente a 18.000
personas, incluyendo fleteros. Este total no considera al personal que
realiza otras tareas en empresas pertenecientes a otros sectores, como
los correos.
La provincia de Buenos Aires concentra la mayor presencia de empresas
y centros de distribución con 33%, seguido por Córdoba, Santa Fe,
Neuquén, Tucumán, Santa Cruz y Mendoza con una concentración
similar que ronda el 5%.
1.3.8.3 Proceso inversor en la cadena
Las inversiones de capitales argentinos desempeñadas en la cadena
logística, tienen una participación sustancial, alrededor de un 50%,
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
En la actualidad, la realidad económica de nuestro país favorece
destacándose las inversiones de Metrovías, Aeropuertos Argentina 2000
y Metropolitano.
Sin embargo, también es de destacar las inversiones provenientes de
capitales brasileños en el sector logístico, donde a su vez sobresale la
realizada por Ferrosur Roca, del grupo de Brasil Camargo Correa. El grupo
inversor, ha destinado un monto de U$S 46,5 millones hacia la mejora
operativa y de mantenimiento, de modo que aumente la productividad de
la línea. Además, parte de dicho desembolso fue orientado a un proyecto
logístico orientado a transportar potasio desde el sur de Mendoza hasta
Bahía Blanca.
Al respecto, Ferrosur Roca y Nuevo Central Argentina son las empresas
que más facturan en el país en el segmento de transporte de cargas.
133
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Sus facturaciones anuales son de $ 130 millones y $195 millones
respectivamente.
A su vez, se invirtió en la apertura de una filial de la compañía
logística Docenave, intentando buscar la consolidación del negocio de
transporte marítimo en el país. La empresa opera con alrededor de cinco
embarcaciones que interconectan los principales puertos de Brasil (Río
Grande, São Francisco do Sul, Santos, Salvador, Maceió y Fortaleza)
al de Buenos Aires, y con otras 4 conexiones para diferentes puertos
argentinos.
En respuesta a un aumento en la demanda de servicios de transporte de
carga y pasajeros, la empresa brasileña Pluma invirtió U$S 6 millones en
Argentina para reforzar sus operaciones en ambos perfiles de actividad y
para ampliar su flota de camiones y ómnibus.
134
Otra de las inversiones que fueron registradas en el período analizado,
fueron las realizadas por Terminales Zárate S.A., un puerto de automóviles,
contenedores y carga en general (empresa que cuenta con 10% de
capital brasileño) que cuenta con 350 empleados. Las mismas, de U$S
15 millones, se desarrollaron bajo la modalidad de ampliaciones.
Un desembolso de U$S 20 millones, fue el promovido por Saraceni
Energía y Logística, una desarrolladora de negocios energéticos con
base en Río de Janeiro que tiene en su portafolio de clientes a empresas
de la talla de Shell y Repsol. La empresa se dedica a proveer logística y
soluciones innovadoras y estratégicas para firmas del rubro energético.
Por su parte, DM Transporte y Logística, compañía brasileña líder
en el transporte de cargas en el Mercosur, desembolsó un total de
U$S 8 millones en concepto de un nuevo centro de operaciones y la
Chile y Uruguay.
De la misma forma, Cargo Servicios Industriales S.A., empresa de logística,
destinó un total de U$S 508.000 hacia la puesta en funcionamiento de
un centro de distribución y almacenaje y de oficinas comerciales y de
logística. Al respecto, las nuevas instalaciones tuvieron como objetivo
la centralización de la distribución de las líneas de cervezas Quilmes y
Brahma, y las gaseosas de Pepsico.
Adicionalmente, se ha registrado una inversión de U$S 10 millones por
parte de la empresa London Supply Capital – empresa compuesta por la
familia argentina Taratuty y la brasileña Monteiro Franca que se dedica al
negocio de los free shops y a la operación aeroportuaria-. El objetivo de
la mencionada inversión fue la de quedarse con el 80% de Interbaires,
empresa que explota los duty free shops.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
renovación de su flota. La firma tiene negocios en Brasil, Argentina,
1.3.9 Textil
1.3.9.1 Estructura de la cadena
La cadena textil está integrada por distintas actividades pertenecientes
a los sectores primario, industrial y de servicios. El sector industrial
productor de textiles, se encuentra altamente relacionado con la
industria de la indumentaria y se caracteriza por integrar esta cadena. La
disponibilidad de los insumos ha constituido históricamente una de las
principales fortalezas de este agrupamiento sectorial.
El proceso industrial del segmento textil se basa principalmente en la
obtención y transformación de sus insumos básicos, que luego provee al
sector de confecciones.
135
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Figura 17. Cadena textil
1º Eslabón:
2º Eslabón:
Materias Primas
Industria Textil
3º Eslabón:
Industria de la
Indumentaria
Naturales
Obtención
Fabricación de fibras manufacturadas (derivados
Diseño, confección y
Insumos
del sector químico) y diseño de hilos y telas
comercialización
Procesamiento
Cultivo y cosecha de
de fibras,
algodón, Lana y fibras
fabricación de
Fabricación
sintéticas
hilados y
de hilados
tejidos
(estampado y
Fabricación
tejidos (teñido y
ac abado,
estampado)
teñido)
136
1.3.9.2 Situación de la cadena en Argentina
Durante los últimos 7 años, el valor bruto de producción del sector de
textiles no ha variado en grandes proporciones respecto al valor bruto de
producción industrial, lo que pone de manifiesto la estacionalidad que
caracteriza a la actividad. Más aún, para el año 2000 el VBP (Valor bruto
de producción) del sector era el 1,2% del VBP industrial, mientras que
en el año 2007 dicho porcentaje cayó a 1,1%. Cabe mencionar que en el
2004 llegó a su mayor nivel de esos años: 1,4%.
Si bien los niveles de producción de hilados y tejidos, como así también de
acabado de productos textiles, ha aumentado considerablemente entre
2000 y 2007, la productividad no ha acompañado dicho crecimiento.
Mientras la producción aumentó un 25%16, la productividad por obrero
ocupado aumentó sólo el 1,2%.
En lo que respecta al entramado industrial, el sector textil históricamente se
caracterizó por contar con una alta composición de micro empresas que lo
conforman (más del 50%), seguidas por las pequeñas, las medianas y por último
las grandes. Sin embargo, mientras en 1998, las microempresas representaban
el 54% del total de las firmas del sector, hacia 2002 esta proporción se redujo
(50%) dejando poco espacio para el desarrollo de las pequeñas.
Vale destacar que hay un escaso porcentaje de empresas que venden
sus productos en el mercado externo, dedicadas exclusivamente a la
producción de textiles. Es decir, muchas de las firmas que se registran
como exportadoras de textiles tienen otra actividad principal y por ende
sus exportaciones no son significativas.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
En términos de empleo, la producción industrial de hilados, tejidos y
prendas de vestir, y confecciones ocupaba el 11% del total del empleo
industrial en el último censo, siendo el segundo sector en cuanto a mano
de obra empleada, después de alimentos y bebidas.
Las ventas de prendas de vestir en el mercado de confecciones del
Mercosur, está conformado, aproximadamente, el 80% por Brasil, un
17% en Argentina y un 3% en Paraguay y Uruguay.
En cuanto al mencionado eslabón de la confección, se observa un
importante grado de atomicidad y baja concentración económica. En
efecto, tiende a ser uno de los sectores que presenta mayor desagregación
geográfica de la industria nacional, evidenciando criterios de indiferencia
respecto a los determinantes de localización.
1.3.9.3 Proceso inversor en la cadena
Las inversiones destinadas a la fabricación de productos textiles, han
sido provistas en su mayor parte por empresas con alguna participación
137
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
accionaria de capitales brasileños. Tal es así que, entre 2002-2008 un 50,5%
del total de inversiones registradas tienen como origen de capital Brasil,
luego vienen los capitales argentinos (32,4%) y estadounidenses (8,3%).
Las empresas argentinas que predominan en las inversiones son la Cámara
Algodonera Argentina y la Fundación Pro Tejer. No obstante, cabe destacar
que no ocurre lo mismo con las inversiones en fibras manufacturadas
(derivadas del sector químico), donde la participación de Brasil es casi nula.
Así, el monto desembolsado por firmas de capitales brasileños ha sido
de U$S 70,7 millones, donde el 20,2% corresponde al grupo Santista
Textil y un 33% a Coteminas Argentina S.A. En cuanto a Santista textil, se
realizan algunos comentarios.
138
El grupo Santista, que desde 1995 controla la argentina Grafa, es el tercer
mayor fabricante de tela denim en el mundo y la única multinacional
brasileña del rubro textil con ventas anuales superiores a U$S 280
millones de dólares. En Argentina, emplea 860 personas y cuenta con una
facturación anual de $ 230 millones, siendo tras Alpargatas ($ 270 millones
anuales de facturación) e Invista una de las 5 firmas del rubro con mayor
nivel de facturación. Las inversiones realizadas por la firma en el período de
análisis, comprenden en su gran mayoría ampliaciones, las cuales tendieron
a aumentar su capacidad productiva y a posicionar al grupo a nivel global.
Por otro lado, se ha registrado una inversión de Coats Cadena S.A. por el
monto de U$S 1 millón. La empresa se dedica al segmento de productos
para coser y tejer, como así también de telas. No se ha registrado otra
nueva inversión por parte de la firma.
Coteminas Argentina S.A. (Companhia de Tecidos Norte das ­Minas), a
través de una inversión de U$S 23,4 millones, ha adquirido uno de los
edificios industriales que ocupaba la ex fábrica Grafa y que pertenecía a
la textil Santista hasta el 2002, año en que empezó a ser controlada por
Por último, Santana Chaco Textil S.A., ha sido la empresa de capital
brasileño que más ha invertido en la cadena: U$S 32 millones, destinadas
a la instalación de una fábrica textil de hilos, confección y tintura de
telas de jeans, la cual compite directamente con Alpargatas y la brasileña
Santista Textil, ambas del conglomerado Camargo Correa.
1.3.10 Energía
1.3.10.1 Estructura de la cadena
La cadena puede implicar diferentes tipos de energía: eléctrica, nuclear,
térmica, hidráulica, eólica, entre otras.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Coteminas Argentina S.A. La empresa, que se dedica a la producción de
hilados y tejidos, ocupa de forma directa a 350 empleados, y abastece
tanto al mercado interno como así también a mercados como Brasil,
Chile, Uruguay y Estados Unidos.
En este caso, se analizará la respectiva a la energía eléctrica. Así, la cadena
queda estructurada de la siguiente forma.
Figura 18. Cadena de energía eléctrica
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
4º Eslabón:
Generación
Transmisión
Distribución
Comercialización
1.3.10.2 Situación de la cadena en Argentina
Es importante mencionar que a principios de los años ´90 se ha producido
una transformación del sector, que coincidió con la implementación, a
nivel nacional, de una política económica de transformación del Estado.
139
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Para cumplir con el proceso de transformación, tanto en la generación,
distribución y transporte de la energía, uno de los principios básicos ha
sido la transferencia de varias empresas del sector eléctrico pertenecientes
al Estado Nacional a manos de empresas privadas. En este sentido, se da
lugar a una importante descentralización de las actividades, dando origen
a una mayor competitividad dentro del mercado eléctrico nacional. Por
ese motivo, el Estado concentró su accionar como rol de salvaguardar
los intereses de los usuarios. La Ley 24.065 conforma junto con la Ley
15.336, el Marco Regulatorio Eléctrico y define los actores privados que
han ido incorporándose en todos los segmentos de la industria eléctrica.
Analizando la fijación de precios en la cadena de valor de la energía
eléctrica, es dable aclarar que en la extracción de insumos los precios
se encuentran, a grandes rasgos liberados, mientras que existe una
importante regulación de los mismos (tarifas) en los eslabones del
140
transporte y la distribución.
Tanto la potencia instalada como la generación de energía eléctrica
han aumentado considerablemente con la puesta en marcha del nuevo
modelo económico. Se vislumbra sin embargo a partir del 2001, un
estancamiento de la potencia instalada de las energías en general en
Argentina (eléctrica, térmica, hidráulica o nuclear). Por otro lado, en lo que
respecta a generación de energía, se han mantenido tasas de crecimiento
importantes, en donde la energía térmica impulsa principalmente dicho
comportamiento.
En cuanto a la capacidad de transporte de energía eléctrica, cabe
destacar que ha crecido en menor medida que la demanda, donde
la falta de inversiones es destacada. En respuesta a ello, las medidas
adoptadas en los últimos años fueron dos: restricción e importación. La
primera, al igual que en las etapas anteriores, se aplicó especialmente a
A corto y mediano plazo es crucial concretizar obras que aumenten la
generación de energía (nuevas centrales eléctricas, finalización de las
existentes) y mejoren el transporte (líneas de alta tensión).
1.3.10.3 Proceso inversor en la cadena
Las inversiones en actividades relacionadas al suministro de energía
han sido realizadas en su mayoría por capitales argentinos, un 61%.
Las empresas que se destacan son: Pampa Holding, Sedesa y Edenor.
También son de destacar las inversiones de empresas de capital español,
en especial las llevadas adelante por Edesur S.A., empresa que más
factura en el rubro de transporte de energía eléctrica: ­­­$ 2.081 millones
anuales.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
grandes y medianos usuarios. La otra medida fue la importación frente al
abastecimiento insuficiente. El gobierno optó por importar desde Brasil,
Uruguay y Paraguay, aunque no siempre dichos países tienen excedente
para el mercado argentino.
Sin embargo, se han registrado flujos de inversión hacia actividades de
transporte y transmisión de energía eléctrica por parte de dos firmas con
participación accionaria de capitales brasileños.
La empresa brasileña Levorín anunció inversiones por U$S 7 millones en
la búsqueda de posicionar su negocio e instalarse en las provincias de
San Luis, Córdoba, Buenos Aires y Santa Fe.
Asimismo, Weg Equipos Electrónicos S.A., empresa que se dedica a la
fabricación de transformadores de distribución y potencia y especialista
en la fabricación de interruptores automáticos para baja tensión, también
ha invertido en el país. La participación accionaria de la firma es 100% de
141
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
capitales brasileños. Durante el periodo 2002-2008 la empresa desembolsó
una suma de U$S 2,65 millones, siendo 2004 el principal año de inversión
y mostrándose cierta estacionalidad en los años sucesivos. Los montos
desembolsados responden a diferentes ampliaciones de la planta.
1.3.11 Minería
1.3.11.1 Estructura de la cadena
La estructura productiva del sector minero depende del tipo de mineral
del que se trate. En este sentido, en función de si se trata de un mineral
metalífero o no metalífero se pueden identificar diferentes eslabones.
Los mismos se presentan a continuación, de lo que se deriva además
diferentes eslabones hacia delante.
aplicación
Metalíferos
Figura 19. Cadena minera
No metalíferos y rocas de
142
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Extracción y
Refinación y
Distribución
Concentración
Manufacturas
Extracción roca
mineral
(Mineral
Metalífero)
Extracción del
mineral no
Metalífero
Concentración y
fundición (Mineral
Refinación
de Mina)
trituración)
manufacturas
Cobre
Usos Industriales
Oro
Joyería, otros
Concentración
(molienda y
Elaboración de
Refinación
Elaboración de
Venta
manufacturas
-Comercialización-
La actividad del sector minero sustentó históricamente la pequeña y
mediana empresa fuertemente ligada al mercado interno y se orientó,
principalmente, a la explotación de rocas de aplicación y minerales no
metalíferos. En sí, si bien la minería es un sector en franco crecimiento en
nuestro país, no es un país históricamente minero.
Se puede decir entonces que, en la producción Metalífera en Argentina
participan jugadores mundiales, mientras que en la producción No
Metalífera y de Rocas de aplicación tienen una alta presentación de
PyMEs locales.
A partir de las modificaciones en el tipo de cambio de la moneda nacional,
el sector minero productivo encontró nuevas oportunidades de negocios.
La devaluación produjo que los costos de producción disminuyeran
sustancialmente, brindando la posibilidad de acceder a nuevos mercados.
En este marco de oportunidades se presentan en la actividad escenarios
que impulsan el crecimiento de la producción minera, fundamentalmente
zonas de amplio interés comercial para el sector, en especial mercados
regionales como Chile y Brasil, entre otros. Tal es así que, provenientes de
23 países de los cinco continentes, en 2007 llegaron inversiones destinadas
a actividades de exploración, desarrollo de proyectos y producción de
minerales por más de $5.600 millones, lo que representa un crecimiento
acumulado de 748% con respecto al 2003.17
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
1.3.11.2 Situación de la cadena en Argentina
En 2007 se superaron los 40.000 puestos de trabajo directo y más de 192.000
indirectos, un crecimiento promedio con respecto al 2003 de 120%.
En cuanto a las exportaciones del sector, cabe destacar que existe una
elevada concentración de las exportaciones de minerales en las etapas
primarias.
143
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
1.3.11.3 Proceso inversor en la cadena
En lo que respecta a las inversiones registradas en actividades de
extracción de minerales, es de destacar la participación que tienen
los capitales australianos: 34,2%, como así también las provenientes
de Inglaterra: 33,6%. El grupo angloaustraliano Río Tinto, segunda
compañía minera mundial, invirtió una cantidad importante de dinero
al estudio de viabilidad de una mina de potasio. En la misma línea,
las inversiones provenientes de capitales brasileños, solo representan el
1% del total registrado en el período 2002-2008, denotando su poca
relevancia en el sector.
La única inversión proveniente de capitales brasileños ha sido la
Companhia Vale do Rio Doce, la cual ha desembolsado en el 2005 -año
en que arribó a Argentina- U$S 14 millones destinados a la explotación
minera de potasio en la provincia de Neuquén, con perspectivas de
144
realizar otras inversiones en los próximos años, enfocadas especialmente
en la investigación y desarrollo. En cuanto a la inversión realizada, es
dable mencionar el potencial de la provincia en otras áreas. Como
ejemplo, el diseño de ciertas combinaciones con las que se transporta
las cargas a través del Ferrocarril Trasandino del Sur, puede permitir
la unión del océano Atlántico con el Pacífico, abriendo la puerta a
inversores del mundo.
La firma, que emplea en Argentina a 16 personas, es la mayor empresa
minera de Brasil y el más importante productor y exportador de mineral
de hierro a nivel mundial.
Recientemente, la empresa adquirió el yacimiento mendocino Potasio
Río Colorado, con sus objetivos claramente definidos: abastecer el 70%
de la demanda en el Mercosur de este fertilizante.
1.3.12.1 Estructura de la cadena
La industria electrónica, enmarca a diferentes sectores, en los que se
destacan las denominadas TIC´s, las cuales son hoy en día uno de los
elementos primordiales en la toma de decisiones, ya que posee un
carácter estratégico en el desarrollo tecnológico y económico.
Este complejo sector, en constante crecimiento, tiene una alta cuota de
tecnología incorporada y una vida efímera, dado ese avance tecnológico
permanente, comenzando en su base técnica electromecánica hasta
llegar, en la actualidad a la microelectrónica.
Las telecomunicaciones constituyen una industria en redes a través de la
cual se prestan numerosos productos de variada naturaleza. Se puede
entonces establecer, a grandes rasgos, la cadena de las TIC´s, la cual se
esboza gráficamente de la siguiente forma.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
1.3.12 Tecnologías de la Información y la
Comunicación (TIC)
Figura 20. Cadena de TIC
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
4º Eslabón:
Desarrolladores de
Fabricantes
Operadores de redes
Proveedor/Distribuidor
contenido
Suministro de
Adaptación y
Contenidos
Presentación
Producción de
contenidos y
aplicaciones
Acondicionamientos
servicios y contenidos
Entrega
Infraestructura
* Equipos
Suministro de
* Dispositivos
infraestructura
Plataforma y
Conectividad
Distribuidor
Prestación de
Venta de los
Servicios
terminales
para la transmisión
de información y
contenidos
145
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
1.3.12.2 Situación de la cadena en Argentina
Desde el lado de la oferta, actualmente la industria de telecomunicaciones
se caracteriza por la multiplicidad de tecnologías aplicables a la
producción de los mismos servicios. Estas tecnologías han permitido
debilitar la condición de monopolio natural de que gozaban los
prestadores en los mercados locales haciendo posible algún grado de
competencia en esas áreas.
Al respecto vale mencionar que el proceso de privatizaciones en el país,
durante comienzos de la década pasada en el sector, ha permitido movilizar
al capital e introducir nuevos actores, implicando y permitiendo la expansión
del servicio de telefonía, que hasta entonces tenía ciertas deficiencias.
El ingreso de nuevos capitales, reforzado por la apertura de la economía,
aceleraron de alguna forma, un proceso que hubiera acaecido, por
146
las propias necesidades de insertar cualquier industria en un contexto
internacional que evoluciona constantemente a nivel tecnológico.
En lo que se refiere al sector informático, Argentina se destaca en el
contexto latinoamericano por su mano de obra calificada y a buen
costo, tanto para las actividades de diseño de software como para otras
actividades vinculadas a la informática.
A continuación, un breve análisis de algunos datos del sector que nos
permiten tener una visión general de la evolución del mismo.
Durante el año 2008, la cantidad de líneas instaladas en Argentina
aumentó 1,25% respecto al 2007. Esto fue acompañado además de cierta
estacionalidad de las líneas de servicio por cada 100 habitantes, lo cual no ha
tenido grandes variaciones en los últimos cuatro años -24 cada 100 hab.-.
En cuanto a la televisión por cable en Argentina, sólo ocho empresas
prestan el servicio, rasgo característico del sector de telecomunicaciones
en general, ya que se concentra en pocos grupos empresarios de gran
tamaño. Además, podemos decir que la tasa de crecimiento promedio
desde 2003 hasta 2007 de los adheridos a la televisión por cable, fue de
9%, con un mejor desempeño en el 2006 (12%).
El mercado de las telecomunicaciones, ha implicado en el año 2008,
un movimiento de $ 29.600 millones, es decir, un incremento del 23%
respecto al 2007. El 90,4% de dicho monto corresponde a los servicios
de telecomunicaciones, y el resto a hardware de telecomunicaciones.
En concordancia con ello, el 51% de dicho porcentaje corresponde a la
telefonía móvil, mientras que le sigue en importancia la telefonía local,
con el 22,5%. Por otro lado, es dable mencionar la mayor participación
que van ocupando los servicios de Internet: pasan de ser el 5,8% de los
servicios de telecomunicaciones en el 2006 al 8,55% en el 2008.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
No obstante, ha ganado lugar el servicio de telefonía móvil. Tal es así
que entre el 2001 y el 2008 el incremento de las unidades de servicio de
dicha modalidad fue de casi de 590%, denotando su amplio grado de
participación en el sector.
1.3.12.3 Proceso inversor en la cadena
Al analizar las inversiones provenientes de capitales externos, se puede
vislumbrar una alta participación de capitales mexicanos y españoles.
No obstante, los capitales brasileños no pierden lugar y son emisores de
importantes desembolsos a nivel local. Una de las mayores inversiones
en telecomunicaciones, fue la efectuada por CTI Móvil y Telemex
Argentina al lanzar al mercado argentino telefonía celular de última
generación. La empresa española Telefónica, también fue responsable
de grandes inversiones en el rubro de la telefonía.
147
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Sin embargo, y como se dijo precedentemente, se destacan las inversiones
en la cadena por empresas que cuentan con alguna participación de
capitales brasileños en su paquete accionario.
El Grupo Totalcom, la única compañía multinacional de capital brasileño en el
sector de la comunicación, invirtió un total de U$S 2 millones tras la adquisición
del 60% de Smash BTL, agencia de publicidad no tradicional y marketing. El
holding opera en el país desde 2002 bajo el nombre de Fischer Argentina.
148
En la misma línea, en cuanto al segmento de productos de Internet, dos
han sido las empresas con participación accionaria de capitales brasileños
que han invertido en el período 2002-2008: UOL Sinectis S.A. y Bondfaro.
com. La primera empresa, desembolsó alrededor de U$S 180.000 en la
ampliación de su infraestructura para el acceso telefónico tradicional y
su servicio de banda ancha en varias localidades del interior del país. En
cuanto a Bondfaro.com, el sitio web de búsqueda y comparación de
precios más importante de Brasil realizó un desembolso de U$S 400.000
para expandir sus negocios en Argentina. A partir de la asociación
regional establecida con Yahoo! para el desarrollo de su shopping virtual,
Bondfaro.com alcanzó más de 50 tiendas entre las que se incluyen las
más importantes de comercio electrónico del país.
Referente a la telefonía móvil, la firma Pmovil, que tiene su casa central en
la ciudad de San Pablo y comercializa ringtons para teléfonos celulares,
anunció que invertiría U$S 600.000 durante el año 2005.
Desde los segmentos de soluciones informáticas, se observaron inversiones
de las empresas Microsiga Software, Datasul y Connec.
En principio, Microsiga Software, proveedor de software de gestión
empresarial para pequeñas empresas, aportó al segmento U$S 4,5
compañías que facturan entre tres y cien millones de dólares por año,
siendo el 50% de sus clientes empresas del sector industrial. En Brasil, su
país de origen, abastece más del 42% del mercado, además de operar en
Bolivia, Chile, Uruguay, Paraguay, Colombia y México.
En Argentina, las empresas que lideran el segmento de sistemas de
gestión en términos de facturación son Sap Argentina (de la multinacional
alemana SAP) y Oracle (norteamericana), con ventas anuales del orden
de los $ 280 millones y $ 190 millones respectivamente.
Por su parte, Datasul, multinacional brasileña de software y empleadora
de 2.400 personas, adquirió en el año 2006 el 50% de la empresa de
software Meya. Con dicha operación, se quedó con la marca del principal
producto de la firma, un software de gestión, como así también con los
derechos y contratos de la firma en Argentina y Brasil. La brasileña pagó
U$S 1,7 millón por la parte comprada, aunque continuó invirtiendo otros
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
millones. A nivel mundial, la firma provee sistemas informáticos a
U$S 1,2 millones en los años sucesivos.
En cuanto a Connec, empresa brasileña de hardware especialmente
diseñados para los sectores de industria, finanzas, salud, gobierno y
educación, invirtió en el país tras la apertura de una sede en el mercado
local, proyecto que se llevó a cabo de la mano de una de las empresas
más importantes del rubro: Microsoft, quien actuó en su momento como
su socio local.18
No son de menospreciar los flujos inversores de capitales brasileños
que han invertido en actividades conexas al sector informático, en este
caso, de consultoría orientado a dicho rubro. Las empresas Stefanini
Argentina S.R.L. (con 80% de capital accionario de Brasil) y Gelre
Servicios Empresarios S.A. (95% de capital holandés y 5% brasileño),
149
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
desembolsaron U$S 250.000 y U$S 65.000 respectivamente. Stefanini
emplea a 100 personas, mientras que Gelre unas 1.370.19
También se llevaron adelante inversiones orientadas hacia los últimos
eslabones de la cadena, la distribución. Así, Itecsa-Tallard Technologies
de Argentina S.A., empresa 100% de origen brasileño y empleadora
de 30 personas, desembolsó un total de U$S 150.000 repartidos entre
2005 y 2007, destinados a continuas ampliaciones en lo que respecta a
su actividad principal: distribución mayorista de productos informáticos.
1.3.13 Celulosa y papel
1.3.13.1 Estructura de la cadena
150
La industria celulósica-papelera forma parte de la cadena de valor que se
inicia con la forestación para fines industriales y de la cual se obtiene la
materia prima para la producción de pulpa y de papel.
La cadena parte de la explotación de la madera o del bagazo de caña de
azúcar de las cuales se extrae la celulosa que sirve como materia prima
para fabricar la pulpa química.
Luego, las fibras son refinadas y pasan al tanque de almacenamiento para
desembocar en la máquina de papel. El papel así resultante es enviado a
la fase de terminado y/o conversión, de acuerdo con las especificaciones
del posterior uso.
A continuación, se esboza de forma gráfica la cadena productiva.
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Insumos-Materias
Industria Papelera
Comercialización
Primas
Obtención de
Pasta
Obtención de
Distribución de
materias primas
celulósica
diferentes productos
productos
de papel
* Reciclaje de Papel
* Bosques y
actividades de
forestación
Insumo
para papel
y cartón
Diferentes papeles
de uso industrial,
doméstico y/o para
imprentas
* De material
desecho agrícola
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Figura 21. Cadena de celulosa y papel
1.3.13.2 Situación de la cadena en Argentina
La industria papelera estuvo sujeta, en los últimos años, a importantes
cambios como consecuencia de la entrada de capitales externos en un
sector caracterizado por una fuerte concentración de la producción.
El 50 % de la capacidad de producción de papeles y cartones y el 75 %
de las pastas celulósicas esta concentrado en pocas empresas.
Al igual que Brasil, Argentina cuenta con excelentes condiciones naturales
para competir mundialmente como productor de celulosa. Tal es así
que es el tercer país productor de pulpa y papel en Latinoamérica, con
una producción total de alrededor 1,8 millones de toneladas, lo que
representa el 7% del total de la región.
151
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cabe agregar al respecto que la producción de pastas celulósicas tuvo
un desarrollo relativamente tardío en Argentina, conllevando a que la
producción de papel se nutra inicialmente de materia prima importada
y papel reciclado.
La industria celulósica es capital intensiva, y agrupa inversiones que
rondan los mil y dos mil dólares por tonelada instalada. En este sentido,
las inversiones que se realizan involucran grandes erogaciones y un largo
período de tiempo para recuperarlas.
Así como posee la necesidad de importantes obras de infraestructura
iniciales para su puesta en funcionamiento (vial, puertos, energía),
es industria de escala y depende altamente de los mercados
internacionales.
152
La capacidad instalada para producir pastas es de aproximadamente 800
mil toneladas por año, mientras que los niveles actuales giran en torno a
las 450 mil toneladas de pasta, denotando la potencialidad del sector, y
abriendo las puertas a posibles nuevos entrantes.
Cabe mencionar que Brasil, junto a Chile y Francia han sido los principales
destinos de exportaciones en los últimos años. Tal es así que Brasil ha
concentrado poco más del 30% de las ventas al exterior.
La industria papelera presenta una menor concentración que la
de pastas, e incluye, al lado de un grupo de firmas líderes de porte
mediano-grande, un número importante de PyMEs que actúan en
segmentos específicos del mercado papelero. Las firmas líderes
generalmente tienen algún grado de integración hacia adelante,
participando en distintos mercados de conversiones (papeles de uso
doméstico, resmitas, pañales, cajas, etc).
configuración empresarial que da lugar a la entrada de grandes firmas
extranjeras, vía adquisiciones, asociaciones y/o instalación de nuevas
plantas, que ha desplazado paulatinamente a las PyMEs del sector.
A modo de conclusión, la cadena celulósica-papelera presenta dos
escenarios bien diferenciados: el segmento de celulosa resulta competitivo
en el orden internacional y las perspectivas del mercado son favorables;
en el caso del papel, si bien la devaluación convirtió a la producción
local con posibilidades de sustituir importaciones y hasta de exportar, la
industria continúa siendo poco competitiva frente a países como Brasil.
Muestra de ello es que los niveles de exportación de Brasil en productos
de papel son casi 11 veces más que los registrados por Argentina.
1.3.13.3 Proceso inversor en la cadena
En línea con el proceso inversor en la cadena, cabe decir que no se
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Actualmente se asiste a una reestructuración de los liderazgos con una
han registrado importantes flujos inversores provenientes de capitales
brasileños. Sin embargo, son relevantes las inversiones en la cadena
provenientes de capitales de origen local y chileno. Ambas concentran el
75% de las inversiones destinadas a la fabricación de papel y productos de
papel. En este sentido, es menester destacar las inversiones de Ledesma
S.A.A.I. y de Papel Misionero.
No obstante, dos empresas de capital brasileño han decidido llevar a
cabo diferentes desembolsos en el país.
Por un lado, la empresa Klabin invirtió en ampliaciones por un monto total
de U$S 3,8 millones en año 2007, sin registrarse otros desembolsos en
el resto de los años analizados. La inversión, se destinó a instalar la más
moderna maquinaria para la fabricación de papel y cartón, buscando así
153
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
aumentar en un 70% el uso de energías renovables. Se estimó que esto
reduciría el consumo de agua en un 20%, permitiendo dejar de emitir por
año unas 300 mil toneladas de gas carbónico. La empresa, 100% de capitales
de Brasil, cuenta con alrededor de 100 empleados y una facturación anual
de $ 173 millones, lejos de la empresa de mayor facturación del rubro en
Argentina: Alto Paraná con $ 1.225 millones anuales.
Adicionalmente, la firma Estrans S.A. (Grupo Estre) dedicada al reciclado,
la cual posee un 50% de capital brasileño, ha invertido un total de U$S
5,1 millones, destinados a ampliaciones.
Por otro lado, y en el último eslabón de la cadena, Stenfar S.A.I.C.,
distribuidora de productos de papel y artículos asociados, ha invertido
constantemente en los años del período 2002-2008, por un monto total
de U$S 415.000, destinados a la compra de maquinaria y el mejoramiento
154
de las instalaciones productivas.
1.3.14. Maquinaria agrícola
1.3.14.1 Estructura de la cadena
La cadena de valor de la maquinaria agrícola comienza en el sector
abastecedor de materias primas como el acero, aluminio y plástico, entre
los más relevantes, dado que la industria es una fuerte procesadora de
estos insumos. Dentro de la industria de maquinaria se pueden encontrar
tres eslabones, el de motores, el de agropartes y el que realiza el producto
final (ensamble).
Por último, participa el sector de comercialización y proveedor de servicios
al usuario final de la maquinaria. Constituye un eslabón importante ya que
actúa de lazo entre el productor agropecuario y el productor de maquinaria.
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Sector Primario
Industria de Maquinaria
Coomercio
Materias Primas
Motores
Acero, Aluminio,
Plásticos, Bronce, otros.
Agropartes
* Metalmecánica
Ensamble
* Diseño de
Para cosechadoras,
* Fundición
productos
tractores y
* Inyección (plásticos)
* Corte de chapa
pulverizadores
* Confluencia con el
* Soldadura
autopropulsados
sector automotriz:
* Pintura
neumáticos,
* Armado
amortiguadores, etc.
Comercialización
Venta, Puesta en
M archa, Servicios al
Cliente y Repuestos
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Figura 22. Cadena de la maquinaria agrícola
1.3.14.2 Situación de la cadena en Argentina
La cadena de valor de la maquinaria agrícola concentra 310 empresas
fabricantes de maquinaria y aproximadamente 345 de agropartes. Se verifica
un predominio de Pequeñas y Medianas Empresas (PyMEs) que representan
entre el 75% y el 80% de las firmas, sobre todo dentro del segmento de
implementos agrícolas. Por el contrario, en el segmento de maquinaria
agrícola autopropulsada (fundamentalmente en tractores y cosechadoras)
el predomino corresponde a firmas multinacionales, secundadas por
PyMEs locales de mayor tamaño. En ambos productos, las economías de
escala actúan como una barrera de gran importancia para el ingreso a la
producción, sumado a los requisitos de capital asociados a las mismas.
Se trata un mercado concentrado en torno a un conjunto de empresas
líderes, conformado por compañías locales y firmas extranjeras y/o
155
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
transnacionales, productoras o puramente importadoras de bienes
terminados (por ejemplo, en tractores y cosechadoras). La estructura
competitiva es entonces de carácter concentrado, de tipo oligopólica
en algunos segmentos, con unas pocas firmas que lideran los distintos
segmentos y concentran el grueso de la producción y el mercado.
Por su parte, las empresas multinacionales de maquinaria agrícola
autopropulsada dejaron de producir en el país durante la década del
noventa ya que, por una decisión empresaria basada en menores costos
de producción, trasladaron su producción a Brasil. Por ende, el segmento
está integrado principalmente por empresas importadoras que mantienen
altos niveles de participación en el mercado.
La producción local de equipos autopropulsados tiene una participación
que ronda el 26% del mercado interno total de estos equipos. La etapa
156
de recuperación que atraviesa el sector agrícola impulsó el avance de la
producción nacional de maquinaria agrícola autopropulsada de la mano
tanto de empresas locales como multinacionales.
El sector productor de tractores y el de cosechadoras presentan situaciones
productivas similares. Ambos sectores tienen baja escala productiva.
La producción nacional de tractores alcanzó en el año 2007 las 2.711
unidades superando en un 766% el piso del año 2002.
Por su parte, en el segmento de las cosechadoras, la producción del año
2007 alcanzó las 600 unidades, siendo inferior a la del año previo pero
superando en un 243% a la del año 2002. El segmento de pulverizadores
autopropulsados alcanzó durante el mismo año una producción de 1.577
unidades, casi duplicando los niveles de los años previos. Es un sector
con alto potencial productivo por tener baja competencia importada
dado que fue desarrollado específicamente para la demanda local.
Cámara Argentina de Fabricantes de Maquinaria Agrícola (CAFMA)
concentra empresas nacionales y la Asociación de Fabricas Argentinas de
Tractores y equipamientos agrícolas, viales y motores (AFAT) agrupa a las
principales empresas multinacionales importadoras con presencia en el
mercado interno, a excepción de los fabricantes nacionales de tractores
Pauny y Agco Argentina.
A diferencia de otras ramas de la industria argentina, que se localizan
principalmente en centros urbanos, las empresas de maquinaria
agrícola se encuentran distribuidas por varias localidades del interior
del país, ubicadas en torno a las principales regiones productoras de
cereales y oleaginosas. En la actualidad se distribuyen principalmente
en Santa Fe (47%), Córdoba (22%) y Buenos Aires (20%). El resto de
las firmas se encuentran distribuidas de manera uniforme a lo largo
de todo el país.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Las principales empresas del sector se agrupan en dos cámaras. La
Se estima que la cadena emplea aproximadamente a 60.000 personas de
manera directa e indirecta (incluyendo agropartistas) y que el valor de las
ventas de producción nacional ronda el 1,1% del PIB industrial.
En el segmento de Tractores, se destaca la reactivación de la producción
en la planta industrial de la empresa Zanello que pasó a ser Pauny, marca
que reúne el 37% de la producción nacional. En segundo lugar se ubica
la multinacional Agco con un 33%, que en julio de 2006 comenzó
la producción de tractores de alta potencia en la planta de Rosario,
convirtiéndose en la única empresa multinacional con producción
de maquinaria agrícola en Argentina. En tercer lugar se encuentra la
empresa nacional Agrinar con una participación del 26%. Metalfor por
su parte, tiene una producción reducida que alcanza a poco menos del
4% del total.
157
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
En el rubro Cosechadoras, la empresa líder en producción es Vassalli
Fabril que reactivó la producción en la planta de la localidad santafecina
de Firmat con un 71% de la producción, seguida por Agrinar (15%),
Bernardín (poco más del 10%) y Metalfor (4%).
Por último, la producción de Pulverizadores autopropulsados está
fuertemente concentrada en más de 63% en 2 empresas líderes, Metalfor
y Pla, con poco más de un 30% de la producción cada una. Luego se
encuentran Favot, Golondrin y Barbuy que conjuntamente producen
aproximadamente el 19% del total producido en el país.
En el segmento industrial, uno de los eslabones de mayor relevancia
es el de aprovisionamiento de motores. La principal marca de motores
utilizada por los fabricantes argentinos de maquinaria agrícola en el
año 2007 fue Deutz con un 48,5%. Las preferencias de los productores
158
ubicaron en segundo lugar a Cummins con casi un 31%, y a Pertrak en
tercer lugar con casi un 15%.
1.3.14.3 Proceso inversor en la cadena
Países cómo Alemania y Estados Unidos han tenido una alta participación
en el segmento Fabricación de maquinaria y equipo ­(CIIU 29). Capitales
provenientes de los mencionados países han invertido a través de las
firmas Claas -en fabricación de cosechadoras- y John Deere USA. Ésta
última desembolsó un monto de U$S 32 millones.
En cuanto a capitales de origen brasileño, las empresas que han invertido
en el sector durante el período de análisis fueron Rockink, especializada
en la producción de equipos de termometría y aireación, y la firma
Montana, fabricante de pulverizadoras. Los desembolsos fueron de U$S
508.000 y U$S 8 millones respectivamente.
La elección de invertir en el sector responde a las buenas perspectivas que
ofrece el mercado local en el negocio agrícola y que, según proyecciones,
la venta de pulverizadoras crecerá en los próximos años (incluyendo
equipos autopropulsados y de arrastre). Un factor relevante ha sido que
su demanda fue fuertemente favorecida por la difusión del método de
siembra directa entre los productores agrícolas argentinos. Así, cada vez
más productores han dejando de contratar los servicios de fumigación
de terceros para pasar a contar con sus propias máquinas pulverizadoras.
1.3.15 Biocombustibles
1.3.15.1 Estructura de la cadena
La importancia de los biocombustibles radica en las perspectivas de
agotamiento de combustibles sólidos sumado a la demanda creciente de
energía, y en el marco de la valoración de combustibles que tengan un
bajo impacto en las emisiones de carbono. Los más importantes son el
biodiesel y el bioetanol.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
Montana es una empresa relativamente nueva y en la actualidad es una
de las fabricantes de maquinaria agrícola líderes de su país.
En lo que respecta a Biodiesel, los principales eslabones comprenden:
el desarrollo de materias primas agrícolas (aceites vegetales y/o grasas
animales) y metanol (el cual también puede ser producido a partir
de residuos de la agricultura), y el eslabón de plantas aceiteras y de
procesamiento para la obtención del biocombustible. Éste se elabora
básicamente mediante la transesterificación de grasas y aceites con
alcohol metílico en ambiente básico.
Por otro lado, la estructura del Bioetanol está conformada en principio,
por el cultivo de las materias primas, a saber: caña de azúcar, remolacha
159
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
azucarera, maíz y tubérculos, las plantas de procesamiento y conversión
y las de proceso de fermentación y destilación. Por ello los principales
actores en la cadena son los ingenios.
En función de lo dicho anteriormente, la cadena para ambos casos queda
determinada de la siguiente forma.
Figura 23. Cadena de biocombustibles
1º Eslabón:
2º Eslabón:
3º Eslabón:
Materias Primas
Procesamiento
Distribución
BIOETANOL
Ingenios:
Vía Azúcar
Vía Almidón
* Caña de azúcar
Plantas de
* Remolacha
procesamiento y
Azucarera
conversión
* M aíz
Fermentación de Biomasa
160
Comercialización
BIODIESEL
de Productos
* Soja
* Girasol
* Grasas animales
Plantas aceiteras y
de procesamiento
1.3.15.2 Situación de la cadena en Argentina
El mercado de biocombustibles se encuentra regulado en precios de
referencia y en cuota de distribución.
Argentina posee ventajas comparativas para la creación de un mercado
de biodiesel, dada la existencia de un complejo oleaginoso eficiente y
altamente tecnificado, de grandes superficies aptas con potencial para ser
En principio, la producción de la soja presenta un crecimiento pronunciado
en Argentina, especialmente en la última década, ubicándose en la
campaña 2003/2004, como el tercer productor mundial de soja, y el
primer exportador mundial de su aceite. La cadena de la producción de
soja se caracteriza por su alta eficiencia, como así también se destaca la
eficiente estructura de costos logísticos e infraestructura portuaria.
El girasol es la segunda oleaginosa en orden de importancia en Argentina.
A nivel mundial según datos de producción del año 2004, Argentina es el
cuarto productor mundial. La principal característica del grano de girasol
es su elevado porcentaje de aceite, el cual llega a triplicar al de la soja.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
explotadas, de un mercado de nafta y gasoil con volúmenes significativos,
además de ser un país líder mundialmente en exportación de aceites
vegetales, principal insumo para la producción de biocombustibles. En
este sentido, existen en el país un conjunto de especies que podrían ser
utilizadas para la elaboración de biodiesel.
Por otro lado, el cártamo se considera en Argentina como un cultivo
secundario, el cual se localiza en la región NOA (Noroeste argentino) y NEA
(Noreste argentino) del país. El desarrollo de la tecnología del cultivo es
aún incipiente y entre las mayores dificultades para su difusión y adopción
a mayor escala, se citan: las características de la estructura y el desarrollo de
las plantas (lento crecimiento inicial y masa foliar con presencia de espinas
que dificulta su cosecha) y la baja productividad de los lotes de cultivo.
Por último en lo que se refiere a biodiesel, la Colza -o Canola- constituye
una excelente posibilidad para la diversificación productiva en la rotación
agrícola como alternativa al trigo. Argentina presenta una vasta superficie
con excelentes condiciones agroecológicas para su desarrollo y su inclusión
dentro de la matriz de materias primas aptas para la producción de biodiesel.
161
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
El bioetanol constituye el 90% del biocombustible producido a nivel
mundial, siendo la producción de biodiesel el 10% restante. La producción
mundial de bioetanol y biodiesel aumentó cerca de un 30% en 2007,
alcanzando 47,4 millones de toneladas de producción total.
Actualmente, la totalidad del alcohol que se produce en Argentina es de
tipo hidratado, alcanzando un total de 180 millones de toneladas, de las
cuales más del 60% se dirigen al mercado doméstico y, en particular, a
la industria. Cerca del 90% de la producción doméstica se destila en los
ingenios azucareros del noroeste argentino en las provincias de Salta, Jujuy y
Tucumán, destacándose el rol de la caña de azúcar en el programa alconafta
de los años `80 (programa que posteriormente fue desarticulado).
162
En cuánto a perspectivas, la Ley de Biocombustibles generará a partir de
2010, una demanda cautiva anual de 660.000 toneladas de biodiesel
y 200.000 toneladas de bioetanol para atender el corte obligatorio en
Argentina, otorgándose además facilidades para el desarrollo de PyMEs.
El negocio internacional estará muy expuesto a la evolución de los aranceles
y a la existencia de barreras paraarancelarias. La participación de la Región
Pampeana en el aprovisionamiento de materias primas será insoslayable.
La institucionalización de los Certificados de Reducción de Emisiones
-previstos en el Mecanismo de Desarrollo Limpio incluido en el Protocolo
de Kyoto, aportará un incentivo adicional para la puesta en marcha de
los proyectos calificables para producción de biodiesel y el bioetanol.
1.3.15.3 Proceso inversor en la cadena
La empresa de origen brasileña que ha invertido en el sector ha sido
Integrated Biodiesel Industries (IBI). En su país se dedica a la producción
La inversión de origen brasileño en el sector fue de U$S 3,5 millones
destinados a la instalación de una planta de biodiesel en el puerto de Rosario.
En el país han sido varias las empresas que se lanzaron a producir esa clase
de carburantes, que utilizan como materia prima cultivos. Entre ellas:
Molinos, Vicentín, Dreyfus, Bunge, AGD, Eduardo Eurnekian (se quedó
con una planta que pertenecía a la aceitera Buyatti) y Adeco Agro. En lo
que se refiere a Molinos, la inversión fue de U$S 3 millones en Greenfield,
destinadas a llevar adelante la producción de biocombustibles.
1.3.16. Otras actividades empresariales y de
esparcimiento
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
y distribución de combustibles de origen vegetal a operadores de
transporte de cargas, empresas ferroviarias y centrales eléctricas.
1.3.16.1 Caracterización de las inversiones en Argentina
Es importante destacar ciertas inversiones que no han sido esbozadas en
las cadenas descriptas precedentemente.
Así, quedan incluidas en el presente apartado, las actividades de
servicios de intermediación financiera, y otras actividades relacionadas a
organización de eventos y de esparcimiento y recreación.
En principio, y en concordancia con el sector financiero argentino, cabe
resaltar algunas particularidades. En el país, se encuentran instaladas 84
unidades entidades financieras, de las cuales 67 corresponden a Bancos,
y alrededor de 4.070 filiales en todo el país. Entre dichos bancos, el 82%
corresponde a entidades privadas, entre las cuales se encuentra el Banco
Itaú Argentina S.A., entidad con capital mayoritario de Brasil.
163
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Al respecto, la firma ha desarrollado importantes inversiones en los
sucesivos años analizados. Así, con un total de U$S 45,6 millones la
entidad sumó varios cajeros automáticos de última tecnología y renovó
su imagen apuntando así a la extensión de su red al interior del país.
Desde el punto de vista de la generación de empleo, Itaú cuenta con
aproximadamente 1.350 empleados. Hacia finales del año 2008, el
sector financiero argentino contaba con 99.150 personas trabajando, lo
que implica una participación de Itaú en el 1,4% del empleo generado.
Por otro lado, y como fuera enunciado al inicio del apartado, se registraron
significativos desembolsos de parte de dos empresas con alguna
participación accionaria de Brasil en diferentes actividades empresarias.
164
Alcántara Machado, empresa líder en la organización de ferias y congresos
en Brasil e instalada en el país desde hace casi veinte años, adquirió el
70% de Argenplás, una feria que reúne a los principales expositores de
la industria plástica. El importe de la inversión fue de U$S 450.000, en
concepto de dicha adquisición. El 30% de la marca continúa aún en
manos de la Cámara de la Industria del Plástico.
De la misma forma, pero en el rubro de actividades relacionadas al
esparcimiento y la recreación, Gavea Investimentos, un importante grupo
de fondos de inversión, ha destinado parte de los mismos a la compra
de una participación mayoritaria de los negocios de entretenimientos
que poseía el grupo mexicano CIE.20 La adquisición comprende el teatro
Opera y el control de diferentes organizaciones de recitales y festivales de
música, siendo el monto desembolsado de U$S 150 millones.
Por último, y dentro del segmento de hoteles, si bien no fue posible
conocer el monto de la inversión llevada a cabo, la cadena brasileña de
Notas
1
Las Inversiones Directas en Empresas Residentes a fines de 2007.
2
El informe se inició con el pedido de información a fines del año 2004 con declaraciones semestrales o anuales de acuerdo
al monto de la inversión.
3
Estimado mediante información relevada por empresas que han invertido en el período y que respondieron a la encuesta.
Se complementa con anuncios e información disponible sobre las mismas.
4
Las más utilizadas por esta rama son: Polietileno de Baja Densidad (PEBD), Polietileno de Alta Densidad (PEAD), Polipropileno
(PP), Policloruro de Vinilo (PVC), Poliestireno (PS) y Tereftalato de Polietileno (PET).
5
Estos datos corresponden al año 2007.
6
Se destacan como principales clientes: Danone, Plusbelle, Petrobrás, Eg3, Elf y Agip, y Beiersdorf (Nivea) y Revlon.
7
La empresa pertenece a IPLF integrante del Holding Neno Feffer de Brasil. Este grupo concentra una variada gama de
negocios focalizados principalmente en la industria de celulosa, papel y petroquímica. Es accionista controlante de “Cía.
Suzano de Papel y Celulosa” y de “Suzano Petroquimica”.
8
Año 2000.
9
Centro de Industriales Siderúrgicos Argentina.
10
Vale decir que Laminado Paulista S.R.L. tiene un 50% de composición accionaria de origen brasileño, mientras que Acerbrag
S.A. un 30%.
11
SAGPyA.
12
Procar-SAGPyA.
13
Adicionalmente hay que mencionar en relación a la cría en la Región Pampeana, la misma promedia los 70-80 kg/ha/año,
mientras que los productores más eficientes llegan a producir 150-200 kg/ha/año.
14
Datos del año 2001.
15
Según datos del Indec sobre el indicador Isac.
16
Teniendo en cuenta el Índice de Volumen Físico.
17
Secretaría de Minería de la Nación.
18
No ha sido explicitado el monto invertido por la firma.
19
Gelre Servicios Empresarios S.A. tiene una alta participación en lo que respecta a consultoría de Recursos Humanos.
20
CIE: Corporación Interamericana de Entretenimiento.
Visibilidad de las inversiones brasileñas en Argentina
hoteles Blue Tree inició su actividad en Argentina con la oficialización de
la apertura de 2 establecimientos construidos previamente en el país.
165
2. Detección de nichos para la
complementación productiva
No obstante, la intención de este estudio es avanzar un paso adicional, a
través de una mirada más amplia que otorgue elementos para fortalecer
el proceso de integración productiva a futuro.
Es por ello que en el presente acápite se avanza estratégicamente
en la clasificación de sectores y rubros de acuerdo a la potencialidad
detectada para el desarrollo y la complementariedad regional. Para tal
fin se tendrá en cuenta un detallado estudio de variables cualitativas y
cuantitativas consideradas relevantes a tal efecto, gracias a las cuales
podrá determinarse ordinalmente a los diferentes rubros de acuerdo a su
nivel de oportunidad percibida (alta, media o baja).
Detección de nichos para la complementación productiva
Del capítulo anterior se desprende un análisis de visibilidad de las
inversiones brasileñas en Argentina en los últimos años, así como una
caracterización y dimensionamiento de las mismas en las cadenas
de valor involucradas. Ello da un perfil del proceso inversor reciente,
pero también deja en claro los beneficios derivados del proceso de
integración regional para mejorar la interacción a nivel sectorial y a
nivel empresarial.
Si bien por la disponibilidad de información es más factible profundizar
el estudio en el caso de las actividades industriales, también se tuvo en
cuenta la situación de las actividades primarias, comercio y servicios
aunque con un set más acotado de variables.
2.1 Marco general y algunas
consideraciones metodológicas
El marco general en el que se circunscribe el análisis involucra tanto
cuestiones generales como cuestiones específicas a la realidad de cada
sector estudiado. No obstante, las mismas son contempladas dentro de
167
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
la situación particular de cada sector en ambos países (Brasil y Argentina)
en términos de las ventajas que dispone cada uno.
Sin dudas, el hecho de que hipotéticamente uno de los países esté mejor
posicionado en un sector, ya sea por experiencia o disponibilidad de
insumos o desarrollo sectorial, entre otras causas, termina influyendo en
la potencialidad de los sectores y en la eventual estrategia de interacción
bilateral.
A partir de ello, entre las principales alternativas que podrían observarse
en los diferentes sectores se encuentran las siguientes:
168
La explotación de las ventajas del país mayor (Brasil): debido a
capacidades de producción y gestión, economías de escala, liderazgo y
know how, entre otras. Esto otorgaría ventajas de propiedad de Brasil y
podría dar lugar a una estrategia de consolidación de liderazgo regional
e internacionalización.
Las ventajas “propias” del país menor: Según los tipos de ventajas en
ambos sentidos, la estrategia de integración puede ser diferente.
La disponibilidad de recursos, insumos, disponibilidad y costo de mano
de obra (Explotación de recursos).
Conocimiento, infraestructura, tamaño de mercado, grado de desarrollo
local (Búsqueda de eficiencia o fortalecimiento).
Las ventajas “creadas” a nivel regional:
• Políticas públicas de fomento
• Marco legal y estabilidad
• Proceso de integración
• Primero: Realización de una matriz sectorial a nivel de rubros con
información cualitativa y cuantitativa.
• Segundo: Análisis de la matriz sectorial, a partir de cruces
multivariables y de análisis específico por sector considerando
otras cuestiones relevantes. Este proceso permite el surgimiento
de resultados parciales.
• Tercero: Determinación de los principales sectores con
oportunidades. Clasificación de dichos sectores, de acuerdo al
grado de oportunidad percibida.
2.1.1 La constitución de la matriz sectorial
Para la conformación de la matriz sectorial se tuvo en cuenta información
cuantitativa y cualitativa tanto de Argentina como de Brasil, proveniente de
fuentes públicas o privadas. El análisis se desarrolló siguiendo la Clasificación
Internacional Industrial Uniforme CIIU rev. 3, con una apertura a 3 dígitos.
Detección de nichos para la complementación productiva
Una vez realizada esta contextualización del análisis, vale la pena ahondar
sobre la estrategia metodológica implementada para la determinación y
estudio de sectores con potencialidad. Los pasos considerados pueden
resumirse de la siguiente manera:
Los indicadores analizados procuraron dar indicios sobre la situación de
cada sector en cuanto al grado de importancia del mismo en Brasil, sobre
la marcha del proceso inversor de empresas brasileñas en Argentina,
sobre las disparidades productivas y comerciales entre ambos países y
sobre cuestiones comerciales complementarias en Argentina.
A continuación se exponen los indicadores considerados y una breve
explicación de cada uno de ellos.
Sector clave en Brasil: se tuvo en cuenta si cada sector/rubro está
ubicado entre los prioritarios en la estrategia del sector público brasileño.
169
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Para ello se consideró el documento “Innovar e investir para sustentar o
crescimento” dentro del cual se exponen los lineamientos de políticas
públicas de apoyo encaradas por diferentes organismos de gobierno. Según
dicho documento, se persiguen políticas en 3 niveles: acciones sistemáticas,
programas estructurales para sistemas productivos y cuestiones estratégicas.
Los principales objetivos de las políticas se vuelcan a programas
estructurales a partir de los cuales se busca mejorar el posicionamiento
internacional de los sectores brasileños, conquistar nuevos mercados de
exportación y ampliar el acceso a sus productos, entre otros temas.
Dentro de los programas son clasificados un set de sectores de acuerdo
a si son considerados estratégicos, si se promueve la consolidación y
expansión del liderazgo o si se procura fortalecer la competitividad.
170
Figura 24. Brasil. Programas estructurales en áreas estratégicas
Programas movilizadores en áreas estratégicas
TI y
Comunicaciones
Salud
Energía
Nuclear
Complejo de
Defensa
Nanotecnología
Biotecnología
Programas para consolidar y expandir el liderazgo
Complejo
Aeronáutico
Petróleo, gas
y
petroquímica
Bioetanol
Minería
Celulosa y
Papel
Siderurgia
Carnes
Programas para fortalecer la competitividad
Complejo
Automotriz
Bienes de
Capital
Industria
naval
Textil
Cuero y
Calzado
Madera y
Muebles
Agroindustria
Higiene,
perfumería y
Cosméticos
Biodiesel
Construcción
civil
Plásticos
Fuente: Elaboración propia en base a “Innovar e investir para sustentar o crescimento”
Complejo de
servicios
Otros
Para ello se partió del análisis del patrón de las principales 250 empresas
exportadoras de Brasil en el año 2005 según la Revista Analise, por sector
y estado. De dicho listado se obtuvo que 129 de ellas eran de origen de
capital brasileño y exportaban más de U$S 65 millones al año. Pero para
no obviar a aquellas empresas brasileñas grandes e internacionalizadas
pero que no disponen altos niveles de exportación, se cruzó a dicho
patrón con las resultantes del análisis de firmas translatinas según la
Cepal. Allí se detectaron 3 empresas brasileñas adicionales.
En síntesis, se encontraron 132 grandes empresas brasileñas que
demuestran tener un alto nivel de internacionalización. De dicho total,
se destaca la relevancia en sectores como Agroindustria y Alimentos,
Comercio Exterior, Siderurgia y Metalurgia, Minería, Papel y Químicos,
entre otros.
Detección de nichos para la complementación productiva
Grandes empresas de origen de capital brasileño: se buscó determinar
los rubros en los que la presencia de grandes empresas brasileñas
internacionalizadas era notorio.
Cuadro 4. Principales sectores con existencia de empresas de origen
de capital brasileñas internacionalizadas
Sector amplio
Cantidad
Agroindustria y Alimentos
41
Comercio Exterior
19
Siderurgia y Metalurgia
16
Minería
12
Papel y celulosa
7
Químicos
7
Cuero
4
Petróleo
3
sigue...
171
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Continuación
172
Textil
3
Madera
2
Máquinas y equipamientos
2
Mayorista y minorista
2
Servicios de Transporte
2
Automotriz
1
Calzados
1
Cerámica
1
Construcción naval
1
Construcción civil
1
Cueros
1
Diversificado
1
Electrónica
1
Industria Aeronáutica
1
Neumáticos
1
Siderurgia/Metalurgia
1
Transporte/Logística
1
Fuente: abeceb.com en base a Revista Analise y Cepal.
Inversiones de empresas de origen de capital brasileño en Argentina
(Encuesta + Anuncios): permitió delinear el grado de consolidación del
proceso inversor brasileño en Argentina en los últimos años.
Este es el indicador expuesto y analizado en profundidad en el capítulo 1.
Surgió de un relevamiento a partir de encuestas realizadas por abeceb a
principales empresas brasileñas con actividad en Argentina y se recolectó
información de inversiones en el período 2002-2008 a través de una
encuesta a empresas, a lo que se le adicionaron los anuncios de inversión en
medios de prensa de aquellas empresas que no respondieron a la encuesta.
de U$S 1.000 millones) se destacan Extracción de petróleo, Refinación
de petróleo y Bebidas (básicamente en cerveza). Con un nivel alto de
inversiones (entre U$S 100 millones y U$S 600 millones) se ubican rubros
industriales como Plásticos, Carnes, Productos químicos varios, Hierro y
acero, Autopartes, Calzados, Minerales no metálicos y rubros de servicios
como el de Construcción y Transporte y el de Distribución de gas.
Ya en un nivel medio de inversiones (entre U$S 10 millones y U$S 100
millones) se encuentran sectores manufactureros como Textil, Sustancias
y productos químicos e Indumentaria; un sector primario como
Extracción de minerales metalíferos no ferrosos y sectores de servicios
como la Distribución de energía eléctrica, Turismo, Bancos, Transporte
por ferrocarril y Transporte por tierra.
En un nivel bajo de inversiones (hasta U$S 10 millones) se encuentran
sectores industriales como Lácteos, Caucho, Vehículos, Motores eléctricos,
Maquinaria de uso especial (entre ella maquinaria agrícola), Carrocerías
Detección de nichos para la complementación productiva
Entre los rubros con un nivel muy alto de inversiones brasileñas (más
y Cueros. A ellos se les adicionan rubros de servicios de Informática,
Turismo, Telecomunicaciones, entre otros.
En un nivel bajo de inversiones (hasta U$S 10 millones) se encuentran
sectores industriales como Lácteos, Caucho, Vehículos, Motores eléctricos,
Maquinaria de uso especial (entre ella maquinaria agrícola), Carrocerías
y Cueros. A ellos se les adicionan rubros de servicios de Informática,
Turismo, Telecomunicaciones, entre otros.
Relevancia de anuncios de inversiones brasileñas en Argentina: variable
que sirve para complementar el indicador anterior, dado que expone el
peso de Brasil en el total de los anuncios de inversiones realizados en
Argentina entre 2002 y el primer trimestre de 2009.
173
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
En ese sentido, los anuncios de inversión brasileños representan más
del 50% de los anuncios totales de Argentina en rubros manufactureros
como Textil, Calzado y Fabricación de productos minerales no metálicos y
en rubros de servicios/comercio como estaciones de servicios y transporte
por vía terrestre, entre otros. A su vez, el rango fue medio-alto en
Extracción de petróleo y en fabricación de maquinaria de uso especial.
La combinación de los 2 últimos indicadores se expone en el siguiente cuadro.
Figura 25. Nivel de inversiones brasileñas (2002-2008) vs Grado de relevancia de anuncios
de inversión brasileños en relación al total de anuncios realizados en Argentina (2002-2009)
Bebidas
Refinación de
petróleo
174
Inversiones Brasileñas en Argentina
(anuncios + encuesta)
Muy Alta
Plásticos
Construcción
Alta
Media
Ext. Min no ferrosos
Sust y Prod químicos
Indumentaria
Energía Eléctrica
Turismo
Bancos
Baja
Lacteos
Alimentos
Caucho
Mot. Elect
Vehículos Turismo
Telecomunicac.
Servicios de
Informática
Bajo
Petróleo
Carnes
Prod químicos varios
Hierro y Acero
Autopartes
Distrib.Gas
Calzado
Min no metálicos
Textil
Comercio Mayorista
Transporte por tierra
Transporte por
ferrocarril
Cuero
Venta de vehículos
Publicidad
Medio Bajo
Carrocerías,
remolques y
semirremolques
Medio Alto
Maquinaria de uso
especial
Medio Alto
Estaciones de
servicio
Alto
Relevancia de Brasil en Anuncios Totales
Notas: Rangos de inversiones brasileñas en Argentina: Muy Alta (más de U$S 1.000 millones), Alta (entre U$S 100
millones y U$S 600 millones), Media (entre U$S 10 millones y U$S 100 millones), Baja (hasta U$S 10 millones).
Rangos de anuncios brasileños / anuncios totales: Alto (más del 50%), Media-Alto (entre 30% y 50%), Medio (entre
15% y 30%), Medio-Bajo (entre 5% y 15%) y Bajo (menos de 5%).
Fuente: abeceb.com
Contemplando información homogénea de ambos países a nivel de
actividad industrial comparada, se estimó la brecha productiva al 2007.
Esto sólo pudo analizarse a nivel de la industria manufacturera.
Se clasificaron los rubros de acuerdo a si la disparidad era Muy Alta
(por encima de la media) o (por debajo de la media pero se mantiene
la superioridad brasileña). Se confirmó la existencia de un mayor nivel
productivo en todos los rubros, salvo en el caso de Impresión.
Entre los sectores con mayor disparidad se encuentran Bebidas, varios
rubros de maquinaria y equipos, varios rubros de material de transporte
(principalmente aeronaves y buques).
Figura 26. Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina. Año 2007 (estimado)
Mayor relevancia
productiva en Brasil
Muy alta
• Bebidas
• Textil
• Cuero y art de cuero
• Calzado
• Madera y muebles
• Sustancias y productos químicos
• Minerales no metálicos
• Productos de metal
• Maquinaria
• Equipo de oficina
• Motores
• Equipos distribución y control de
electricidad
• Equipo de iluminación
• Equipos de TV, radio y telefonía
• Aparatos de precisión
• Óptica y fotografía
• Autopartes
• Barcos, trenes y aeronaves
Detección de nichos para la complementación productiva
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina: permitió delinear
la magnitud de las disparidades productivas existentes a nivel sectorial
entre ambos países, lo que constituye un indicador de fortaleza relativa.
Alta
• Alimentos procesados
• Lácteos
• Productos de molinería
• Tabaco
• Tejidos
• Teñido de pieles y productos de piel
• Papel y cartón
• Refinación de petróleo
• Fibras manufacturadas
• Plástico y vidrio
• Fabricación metales básicos
comunes
• Básicas de hierro y acero
• Acumuladores
• Vehículos automotores
• Carrocerías
Fuente: abeceb.com, estimaciones propias en base a IBGE e INDEC.
175
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Relevancia comercial de Brasil respecto a Argentina: permite
determinar las diferencias en magnitudes de inserción internacional
(exportaciones) entre Brasil y Argentina a nivel de rubros.
Para este análisis se determinó el ratio de exportaciones brasileñas totales
/ exportaciones argentinas, para cada rubro en el año 2008.
Además de considerar las diferencias productivas, dado que se
encuentran influenciadas por el tamaño de país y las necesidades de
abastecimiento interno, resulta oportuno evaluar las diferencias en
cuanto a la capacidad sectorial para abastecer al resto del mundo. Para
ello se realizó la agregación de las exportaciones FOB totales por sectores
para cada país a nivel de CIIU 3 dígitos para el año 2008 de las fuentes
INDEC y MDIC para obtener así la relevancia relativa de las exportaciones
entre los dos países.
176
De un total de 102 sectores con datos de comercio, en 90 de ellos las
exportaciones brasileñas superan a las del mismo sector en Argentina
y solo en 12 sectores la diferencia es a favor de Argentina. Dado que
en la mayoría de los sectores las diferencias son favorables a Brasil, se
diferenciaron 5 grupos dentro de ellos.
Con mayor relevancia comercial de Brasil:
• Alta: sectores cuyas exportaciones resultan más de 20 veces las del
mismo sector en Argentina.
• Media-alta: Las exportaciones brasileñas se encuentran en un
rango de 9,5 y 20 veces respecto a las de Argentina.
• Media: Entre 7,5 y 9,5 veces
• Media-baja: Entre 4 y 7,5 veces
• Baja: Entre 1 y 4 veces
Entre los de mayor relevancia exportadora se encuentran los
tradicionalmente competitivos en Brasil y débiles en Argentina como
calzado, motocicletas, bicicletas, equipos de carrocería, así como
los de componentes electrónicos principalmente teléfonos celulares
donde en Argentina existe una incipiente industria de ensamblaje en el
área aduanera especial. Por otra parte, el sector con mayor diferencia
exportadora por supremacía es el de extracción de minerales de hierro
donde las exportaciones de Brasil llegan a los casi U$S 900 millones
mientras que Argentina prácticamente no registra exportaciones.
Los sectores destacables en la relevancia exportadora del lado argentino
son Productos de la refinación de petróleo, donde se destacan las naftas
para petroquímica y otras naftas, Adobos y tejidos de pieles (pieles
curtidas), Productos de molinería (harina de trigo y arroz), relojes y
productos lácteos y actividades de edición (libros, folletos e impresos).
Detección de nichos para la complementación productiva
Mayor relevancia comercial de Argentina: Asimismo se determinaron
aquellos sectores donde las ventajas comerciales se encuentran del lado
argentino, en ese caso el ratio es menor a la unidad.
177
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Figura 27. Relevancia comercial de Brasil respecto a Argentina, medido por exportaciones totales.
Año 2008
Mayor relevancia
comercial de Brasil
Alta
178
• Extracción de
minerales de hierro
(14.196)
•Transmisores Radio,
televisión, telefonía
(62,1)
•Calzado (60)
•Fabricación de tubos
y válvulas
electrónicos (49,1)
•Otros equipos de
transporte
(motocicletas,
bicicletas y partes)
(41,2)
•Carrocerías (26,2)
•Locomotoras y
material ferroviario
(21,3)
• Extracción de
piedra, arena y
arcilla (20,4)
Media Alta
• Motores, generadores y
transformadores eléct.
(18,5)
• Construcc. Y
reparación de buques y
embarcaciones (17,7)
• Extracción y
aglomeración de lignito
(17,4)
• Acumuladores, pilas y
baterías (15,4)
• Maquinaria de uso
especial (11,1)
• Papel (10,5)
• Aeronaves (9,8)
• Maquinaria de oficina e
informática (9,6)
• Aserrado y
acepilladura-madera(9,6)
Mayor relevancia
comercial de Argentina
Medio
• Minerales no metálicos
(9,3)
• Productos de madera,
corcho y paja (8,6)
• Aparatos de uso
domésticos (8,4)
•Otros productos
alimenticios (8,3)
• Instrumentos de óptica y
fotográf (8,1)
• Vidrio (7,7)
• Muebles (7,6)
• Silvicultura y extracc de
madera (7,3)
• Extracc de petróleo
crudo y gas (6,8)
• Ind básicas de hierro y
acero (6,4)
• Otros prod de metal
(6,1)
• Productos de caucho
(5,9)
• Explot de minas y
canteras (5,7)
Baja
• Prod metálicos p uso
estructural, tanques (3,7)
• Autopartes (6,3)
• Lámparas y equipos de
iluminación (3,5)
• Apar e inst de medición
(3,5)
• Prod de tabaco (3,4)
• Fibras manufact (3,3)
• Tejidos de pto y
ganchillo (2,7)
• Bebidas (2,7)
• Receptores de radio,
televisión, sonido y video
(2,6)
• Sustancias químicas
básicas (2,5)
• Prendas de vestir (2,3)
• Hilatura, tejido y
acabados textiles (2,1)
• Marroquinería (2,1)
• Cría de animales (2,1)
• Pesca (1,9)
• Vehículos (1,8)
• Plástico (1,7)
• Prod de la refinación de
petróleo (0,9)
• Adobo y tejido de pieles
(0,8)
• Relojes (0,7)
• Prod de molinería (0,7)
• Edición (0,6)
• Lácteos (0,6)
• Extracc y aglomeración
de carbón de piedra (0,5)
• Energía eléctrica (0,4)
• Estracc y aglomeración
de turba (0,3)
• Arquitectura, ingeniería
y otras actividades
técnicas (0,2)
• Hornos de coque (0,2)
• Combustible nuclear
(0,1)
Fuente: abeceb.com en base a INDEC y MDIC.
Situación en comercio entre Argentina y Brasil: permite tener un panorama
del comportamiento del flujo comercial bilateral, lo que también da
cuenta de cierta fortaleza relativa entre ambos países.
Para ello se estudió el grado de superávit / déficit existente a nivel bilateral
en el año 2008 en relación al comercio bilateral total de cada rubro.
la posición de comercio bilateral para lo cual se utiliza el índice de
competitividad comercial entre los dos países. Esto es, saldo comercial
respecto al comercio total: ((X-M)/(X+M))*100.
Un valor cercano a cero indica la existencia de comercio equilibrado, un
valor de 100 indica que el total del comercio se explica por superávit
a favor de Argentina, mientras que un valor cercano a -100 indica
que la mayor proporción del comercio bilateral se explica por el déficit
argentino.
Asimismo se tuvo en cuenta para la consideración de este indicador la
existencia de un nivel de comercio relevante dado que dicho indicador
puede reflejar altos valores incluso en sectores donde existe poco
intercambio. Esto es, si las exportaciones argentinas son cero y existe
algún monto mínimo de importaciones el indicador resulta -100. En
consecuencia como valor de corte para las variables de comercio se tomo
100 millones de dólares.
Detección de nichos para la complementación productiva
Utilizando la misma agregación que en caso anterior, se determina
Entre los sectores en Argentina con comercio relevante con Brasil se
dividió en 5 grupos
• Muy deficitarios: cuyo ratio se encuentra entre -50 y -100.
• Deficitarios: entre -15 y -49,9.
• Con comercio equilibrado: entre -14,9 y 14,9
• Superavitarios: entre 15 y 49,9
• Muy superavitarios: entre 50 y 100
Un ratio de 50 indica que el 25% del comercio total está explicado por
las exportaciones, de allí que consideramos muy superavitarios aquellos
sectores por encima de ese valor. Este razonamiento se replica para los
sectores muy deficitarios.
179
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
A continuación se presentan los grupos de sectores según la clasificación
mencionada.
Figura 28. Estado del intercambio comercial bilateral entre Argentina y Brasil, en relación al total
del comercio de cada rubro. Año 2008
Saldo favorable a
Brasil
Muy deficitario
180
• Extracción de minerales de hierro
(-100)
• Transmisores de radio, televisión
y telefonía (-99,7)
• Aparatos de uso doméstico (-98,3)
• Calzado (-97,0)
• Muebles (-88,3)
• Maq. de uso especial (-78,1)
• Carrocerías (-77,3)
• Industrias básicas de hierro y
acero (-70,2)
• Receptores de radio y televisión,
aparatos de sonido y video (-65,0)
• Motores, generadores y
transformadores eléctricos (-64,6)
• Hilatura, teneduría y acabado de
productos textiles (-55,8)
• Metales preciosos y metales no
ferrosos (-53,0)
Intercambio
Equilibrado
Saldo favorable a
Argentina
Deficitario
• Otros productos
alimenticios (-43,9)
•Otros productos
textiles (-38,9)
•Papel (-38,0)
•Caucho (-31,7)
•Maquinaria de uso
general (-30,6)
•Autopartes (-22,9)
•Aparatos e
instrumentos
médicos y de
medición (-22,0)
•Sustancias químicas
básicas (-15,9)
• Otros productos
químicos (14,15)
• Productos de plástico
(-7,2)
• Vehículos
automotores (-10,7)
• Procesamiento y
conservación de carne,
pescado, frutas,
legumbres, hortalizas,
aceites y grasas
(43,17)
•Bebidas (96,46)
•Productos de
molinera, almidones y
productos derivados
del almidón, y de
alimentos preparados
para animales (86,24)
•Lácteos (85,04)
•Cultivos en general;
cultivo de productos
de mercado;
horticultura (84,51)
•Productos de la
refinación del petróleo
(82,23)
sigue...
Sin
intercambio
• Pesca
• Minería (carbón de piedra, lignito,
turba, minerales de uranio y torio)
• Adobo y tejido de pieles; fabricación de
artículos de piel
• Productos de hornos de coque
• Combustible nuclear
• Relojes
• Gas; distribución de combustibles
gaseosos por tuberías
• Arquitectura e ingeniería y otras
actividades técnicas
• Publicidad
• Cinematografía, radio y televisión y
otras actividades de entretenimiento
Bajo
intercambio
• Cría de animales
• Minerales metalíferos no ferrosos,
excepto los minerales de uranio y torio
• Extracción de piedra, arena y arcilla
• Productos de tabaco
• Madera (extracción y aserrado)
• Edición
• Impresión y actividades conexas
• Lámparas eléctricas y equipo de
iluminación
• Tubos y válvulas electrónicos
• Instrumentos de óptica y equipo
fotográfico
• Buques y otras embarcaciones
• Locomotoras y ferrocarriles
• Aeronaves y naves espaciales
• Energía eléctrica
Fuente: abeceb.com en base a INDEC.
Detección de nichos para la complementación productiva
Continuación
Otras medidas complementarias de comercio
Impacto de importaciones chinas: aporte al crecimiento de las
importaciones chinas en el período 2006-2008
La variable grado de inserción de China en los sectores en Argentina
nos referencia dos consideraciones adicionales a tener en cuenta. Uno
es el grado de vulnerabilidad frente a competidores externos y otro las
posibilidades de explotación de mercado interno en sectores donde están
siendo captados por productos de extra zona pudiendo Brasil expandir
o considerar su liderazgo. Asimismo sobre sectores con una demanda
a ser satisfecha lo cual resulta acorde a una estrategia de búsqueda de
mercados o internacionalización de productos.
181
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Considerando el fuerte incremento de las importaciones totales desde
China, 182% entre el período 2006 y 2008, es pertinente indagar acerca
de los sectores donde sufrieron la mayor penetración para lo cual se
determino la incidencia en el crecimiento absoluto de las importaciones
desde China del sector en la variación del total.
Figura 29. Aporte al crecimiento de las importaciones de origen china (2006-2008)
Aporte al crecimiento de las importaciones
de origen chinas (2006-2008)
Alta
182
• Sustancias químicas básicas
(22,9)
•Receptores de radio y televisión,
aparatos de grabación y
reproducción de sonido y video, y
productos conexos (9,50)
• Maquinaria de uso general (7,04)
• Maquinaria de uso especial
(6,38)
• Transmisores de radio y
televisión y de aparatos para
telefonía y telegrafía con hilos
(6,20)
• Maquinaria de oficina,
contabilidad e informática (5,35)
Fuente: abeceb.com en base a INDEC.
Media
• Otros tipos de equipo de
transporte (4,43)
•Industrias manufactureras (4,27)
•Prendas de vestir, excepto prendas
de piel (2,53)
•Otros productos elaborados de
metal; actividades de servicios de
trabajo de metales (2,16)
•Aparatos de uso domestico (2,11)
•Calzado (2,11)
•Tejidos y artículos de punto y
ganchillo (1,97)
•Hilatura, tejedura y acabado de
productos textiles (1,89)
•Productos de hornos de coque
(1,57)
Baja
• Motores, generadores y transformadores
eléctricos (1,43)
• Lámparas eléctricas y equipo de
iluminación (1,35)
• Otros productos químicos (1,12)
• Productos de plástico (1,05)
• Otros productos textiles (1,01)
• Curtido y terminación de cueros;
fabricación de maletas, bolsos de mano y
artículos de talabartería (0,97)
• Industrias básicas de hierro y acero (0,95)
• Fabricación de muebles (0,92)
• Autopartes (0,77)
• Productos de caucho (0,72)
• Aparatos e instr médicos y de medición;
óptica (0,69)
• Productos minerales no metálicos (0,68)
• Hilos y cables aislados (0,65)
• Metales preciosos y metales no ferrosos
(0,59)
• Fibras manufacturadas (0,47)
Medidas de defensa en Argentina: ratio de importaciones restringidas
(licencias a la importación y antidumping) / importaciones totales
De manera complementaria, la debilidad y falta de competitividad de
los sectores puede ser reflejada por la incidencia de las importaciones
afectadas con medidas de protección respecto a las totales del sector.
Una mayor participación de las importaciones afectadas indica una
mayor protección.
Se tiene en cuenta para el cálculo todas las medidas que restringen en
algún sentido al ingreso de las importaciones desde cualquier origen.
Entre ellas se consideran restrictivos los requisitos de licencias no
automáticas (que requieren la autorización formal y pueden demorar el
ingreso) y medidas antidumping.
Detección de nichos para la complementación productiva
Si bien sectores agrupados con baja penetración, no implica que hayan
tenido un crecimiento sustancial de las compras desde aquel origen.
Esta clasificación se realiza en términos relativos respecto a cuales
sectores son los que más contribuyen al crecimiento del total.
183
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Figura 30. Grado de incidencia de las medidas en las importaciones
Grado de incidencia
de las medidas en las
importaciones
Alta
184
Media
• Calzado (96,8)
• Muebles (91,6)
•Otros tipos de equipo de transporte
(motocicletas, bicicletas y partes)
(89,7)
•Tejidos y artículos de punto y
ganchillo (78,8)
• Marroquinería (71,1)
• Prendas de vestir, excepto prendas
de piel (65,4)
• Aparatos de uso domestico n.c.p.
(lavarropas)(63,1)
• Productos de caucho (54,2)
• Aparatos de distribución y control
de la energía eléctrica (37,3)
• Hilatura, tejeduría y acabado de
productos textiles (37,1)
• Fibras manufacturadas (27,4)
• Maquinaria de uso especial (21,6)
• Otros productos textiles (21,2)
• Hilos y cables aislados (17,8)
• Autopartes (16,8)
• Industrias básicas de hierro y acero
(15,4)
• Otros productos elaborados de
metal (12,6)
Baja
• Vidrio y productos de vidrio (9,62)
• Maquinaria de uso general (8,13)
• Motores, generadores y
transformadores eléctricos (3,45)
• Sustancias químicas básicas (2,54)
• Aparatos e instrum. médicos y de
medición; óptica (0,41)
2.1.2 Cruce de indicadores
En esta sección se realiza un análisis cruzado entre diferentes variables
recopiladas a nivel de rubro. La idea fue obtener una primera aproximación
a la realidad de las inversiones brasileñas en Argentina cotejada con
otros factores de interés como la disparidad productiva y comercial entre
ambos países.
Un primer cruce de información posible involucra a 3 de los indicadores
antes citados: sectores considerados prioritarios en Brasil, nivel de
inversiones brasileñas en Argentina y existencia de “grandes empresas
internacionalizadas” de origen de capital brasileño.
Por medio del mismo se desprende la importancia que cada sector tiene
en Brasil a nivel estratégico y de fortaleza empresarial versus el grado de
consolidación del proceso inversor brasileño en nuestro país.
Es así como se destacan rubros con un nivel muy alto de inversión en
Argentina (consolidado), que son considerados estratégicos en Brasil
y en los cuales existen grandes empresas brasileñas como los casos de
Extracción y Refinación de petróleo; y Bebidas (cerveza).
También existen rubros industriales con un nivel alto de inversiones,
estratégicos y con grandes empresas brasileñas como Carne, Calzado,
Detección de nichos para la complementación productiva
Análisis I
Siderurgia, Productos de plástico, Minerales no metálicos e Industrias
básicas de hierro y acero. A ellos se les suma el caso de la actividad de
servicios de Construcción de edificios y obras civiles, en la cual no se
puede detectar grandes empresas de acuerdo a los criterios del indicador
planteado en este documento a tal efecto.
En una situación opuesta, se encuentran sectores con nula inversión
en Argentina pero en los que existen grandes firmas brasileñas y son
considerados estratégicos para la política pública de aquel país. Por citar
ejemplos, a nivel industrial sobresalen los casos de Productos alimenticios
en particular, procesamiento de frutas/hortalizas/aceites y productos de
la molinería, fabricación de aeronaves y fabricación de muebles. A nivel
de servicios encuadra en este caso el Transporte por vía aérea.
185
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Algo parecido pero con niveles medios de inversión en los últimos años
están los casos de sector de elaboración de productos lácteos, cuero,
productos de papel, otras bebidas y varios referidos al sector automotriz
(vehículos automotores, autopartes y carrocerías).
Cuadro 5. Cruce de indicadores: Sectores prioritarios en Brasil, nivel de inversiones brasileñas en
Argentina y existencia de grandes empresas de origen de capital brasileño
Ritmo de
inversiones
brasileñas en
Argentina
Muy Alta
186
Alta
Sectores prioritarios
Sectores prioritarios
Extracción petróleo
Refinación de petróleo
Bebidas (cerveza)
Carne
Calzado
Siderurgia
Productos de Plástico
Minerales no metálicos
Industrias básicas de hierro y acero
Construcción edificios y obras civiles
Explotación minera
Textil
Indumentaria
Media
Otros productos químicos
Telecomunicaciones
Informática y actividades conexas
Servicio de transporte por vía férrea
Actividades de transporte
complementarias y auxiliares
(puerto, logística)
Intermediación monetaria
Otros sectores
Fabricación y distribución de gas
Actividades inmobiliarias
Actividades de esparcimiento, culturales y deportivas
Sustancias químicas básicas
Generación y distribución energía eléctrica
Venta al por mayor a cambio de retribución o por
contrata
Comercio al por menor no especializado en almacenes
sigue...
Ritmo de
inversiones
brasileñas en
Argentina
Baja
Nula
Sectores prioritarios
Sectores prioritarios
Otros sectores
Lácteo
Cuero
Papel y productos de
papel
Maquinaria agrícola
Bebidas (otras)
Vehículos automotores
Carrocerías para
vehículos
Partes, piezas y motores
para vehíc. Automotores
Hoteles y restaurantes
Transporte por vía terrestre
Transporte marítimo y de
cabotaje
Productos de madera
Bienes de capital
Tecnología, Información,
Comunicación
Maquinaria de uso general
Aparatos eléctricos
Procesamiento frutas/
hortalizas / aceites
Productos de caucho
Reciclamiento desperdicios y desechos no metálicos
Productos de molinería
Combustible nuclear
Construcción y reparación
de buques
Fabricación aeronaves
Muebles
Servicios sociales y de salud
Transporte por vía aérea
Venta de vehículos automotores
Venta al por menor de combustible para automotores
Publicidad
Actividades empresariales
Fibras manufacturadas
Productos elaboradas de metal
Detección de nichos para la complementación productiva
Continuación
Productos de tabaco
Actividades de edición e impresión
Vidrio y productos de vidrio
Productos metálicos excepto maquinaria y equipo
Fabricación locomotoras y material rodante para ferrocarriles y
tranvías
Venta al por mayor de materias primas agropecuarias, animales
vivos, alimentos, bebidas y tabaco
Venta al por mayor de productos intermedios, desperdicios y
desechos no agropecuarios
Investigación y desarrollo
Enseñanza
Alquiler de maquinaria y equipo
Notas: los sectores remarcados en negrita indican la existencia de grandes empresas brasileñas, los expuestos en cursiva se
refieren a sectores de comercio y servicios.
187
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Análisis II
Un segundo cruce de indicadores es entre nivel de inversiones brasileñas
en Argentina y disparidades productivas de ambos países. A partir del
mismo se puede detectar sectores en los que, habida cuenta de la
mayor disparidad productiva de Brasil este resultaría más competitivo
y aún no se han realizado inversiones en Argentina. En los mismos
podrían existir oportunidades de trabajo conjunto entre firmas de
ambos países.
Claro está que por cuestiones de escala y necesidades de abastecimiento
al mercado local, la superación de los volúmenes de producción
brasileños respecto a los argentinos resultan una generalidad a nivel
sectorial, no obstante en este caso se utiliza una escala de acuerdo a que
esta diferencia sea superior al promedio sectorial.
188
Tal como está representado en el siguiente gráfico, los casos A y B serían
aquellos en los que se cumple con una brecha productiva muy alta a
favor de Brasil y simultáneamente las inversiones brasileñas en Argentina
fueron bajas o nulas en los últimos años, respectivamente.
En el caso A se encuentran los casos de Madera, Metales, Maquinaria
y equipo, Otros rubros de equipos (iluminación, aparatos de tv/audio/
radio, instrumentos médicos, entre otros), Varios rubros de material de
transporte (Astilleros, Ferrocarriles y Aeronáutica).
En el caso B están los casos de Cuero, Caucho, Maquinaria de uso especial
y Motores eléctricos).
Adicionalmente, vale destacar también el caso C en el que la disparidad
productiva es mayor a la media pero las inversiones tuvieron un nivel
productos químicos, Minerales no metálicos y Autopartes.
Figura 31. Disparidad productiva vs Nivel de inversiones brasileñas en Argentina
Producción B/A
MUY ALTA
A
B
C
• Textiles
• Calzado
• Sust y prod químicos
• Minerales no metálicos
• Autopartes
• Cuero y art. de cuero
• Caucho
• Maquinaria de uso especial
• Motores
D
ALTA
• Madera
• Metales
• Maquinaria y
Equipo
• Aparatos y
cables eléctricos
• Equipo de
iluminación
• Aparatos de
radio, tv, audio y
video
• Instrumentos
médicos y de
medición
• Equipo
fotográfico y
óptico
• Relojería
• Astilleros
• Ferrocarriles
• Aeronáutica
E
BAJA
F
MEDIA
ALTA
Detección de nichos para la complementación productiva
medio/medio-alto, como los casos de Textil, Calzado, Sustancias y
Inversión brasileña en Argentina
Fuente: abeceb.com, estimaciones propias en base a IBGE, INDEC y base de inversiones abeceb.
Análisis III
Un tercer entrecruzamiento de indicadores puede ser el que coteja
los casos de la brecha comercial (exportadoras de ambos países) y la
situación del comercio bilateral, siempre a nivel de rubros.
Aquí surgen varias alternativas de interés, aunque existen 2 áreas
principales. Una es la que muestra una disparidad comercial que tiende
189
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
a ser muy alta entre Brasil y Argentina y se combina con un intercambio
muy deficitario para Argentina (caso A) o escaso intercambio bilateral
(caso B). En el primero de ellos se encuentran las actividades de Extracción
de hierro, Calzado, Carrocerías, Maquinarias de uso especial, Motores
eléctricos y Aparatos de radio/tv/telefonía. Por su parte, en el caso B se
ubican otras actividades extractivas, Madera, algunos rubros de equipos
(para oficina, acumuladores) y varios ítems de material de transporte
(astilleros, ferrocarriles y aeronáutica).
Por otro lado, existen casos en los que las ventajas relativas están del lado
argentina, dado que el nivel de exportaciones no es tan superior y que
el intercambio bilateral es superavitario para Argentina. Allí se ubican los
casos C y G. En el primero de ellos, están productos lácteos, productos de
molinería y refinación de petróleo; mientras que en el segundo grupo se
encuentran productos de agricultura bebidas y conservas de alimentos.
190
Figura 32. Disparidad comercial (medido por el ratio de exportaciones totales de ambos países) vs
Estado del intercambio comercial bilateral
Relevanc ia X Brasil / X Argentina(en vec es)
A
Alta
• Extracción de piedra,
arena y lignito
• Madera
• Equipo de oficina Media-Alta
• Acumuladores
• Componentes electrónicos
• Astilleros
Media
• Ferrocarriles
• Aeronáutica
• Lácteos
• Productos de molinería
• Refinación de petróleo
B
• Extracción de hierro
• Calzado
• Carrocerías, remolques y
semirremolques
• Maquinaria de uso especial
• Motores
• Aparatos de radio, tv y
telefonía.
Media-Baja
E
H
G
Alto
C
• Agricultura
Baja
• Bebidas
• Conservas de alimentos
Relevanc ia X Arg
Interc ambio / superávit Argentina
• Papel
• Autopartes
F
Alto
D
Interc ambio / défic it Argentina
Notas: X Brasil = Exportaciones totales de Brasil; X Argentina = exportaciones totales de Argentina.
De la combinación de los análisis II y III se pueden obtener los
sectores en los que existe una fuerte disparidad a favor de Brasil a
nivel productivo y comercial, y simultáneamente en los que el flujo
de inversiones de empresas brasileñas hacia Argentina ha sido nulo o
muy bajo. Esto referencia fuertes ventajas de propiedad y capacidad de
internacionalización de sus productos en relación a Argentina acorde a
una estrategia de consolidación de liderazgo regional pero cuyo nivel de
inversiones resulta todavía bajo o nulo.
Este primer grupo se compone por los sectores tradicionalmente fuertes
en Brasil y débiles en Argentina por lo cual existe un alto déficit en el
comercio bilateral. Teniendo en cuenta la clasificación realizada para los
análisis II y III, se refiere a los del caso A y B en el primero de dichos análisis
(Alta relevancia productiva de Brasil y bajo o nulo nivel de inversión) y el
caso A (Brasil posee alta relevancia exportadora relativa y Argentina es
altamente deficitario) en el análisis III.
Detección de nichos para la complementación productiva
Análisis IV
• Carrocerías
• Maquinas de uso especial
• Fabricación de motores y transformadores eléctricos
• Fabricación de transmisores de radio, televisión, telefonía y telefonía
celular.
Dentro de los sectores con alta relevancia productiva relativa y con bajo
nivel de inversiones (caso A análisis II) se combina además el criterio
de bajo intercambio comercial y con alta relevancia exportadora
relativa de Brasil (caso B análisis III) donde las potencialidades de
internacionalización mediante el incremento del flujo exportador tanto
de productos finales como intermedios en una estrategia de integración
o complementación productiva.
191
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Los sectores comprendidos en este grupo son:
•
•
•
•
Aserrado y acepilladura
Fabricación de maquinaria de oficina, contabilidad e informática
Fabricación de acumuladores y de pilas y baterías primarias
Fabricación de tubos y válvulas electrónicas y de otros componentes
electrónicos
• Construcción y reparación de buques y otras embarcaciones
• Fabricación de locomotoras y de material rodante para ferrocarriles
y tranvías
• Fabricación de aeronaves y naves espaciales
192
Adicionalmente se obtiene otro grupo donde las ventajas de propiedad se
dan del lado argentino demostrando una mayor relevancia exportadora
general y además se encuentran en una posición superavitaria en el
comercio con Brasil (caso C análisis III) Esto se combina con dos criterios
fundamentales a ser considerados del lado de Brasil. Que exista cierto
nivel de desarrollo en esos sectores y que sean considerados prioritarios
o de interés en su estrategia de expansión de liderazgo. Los análisis que
referencian esas características son los I y II. Estos sectores caen en el
grupo con mayor relevancia relativa que Argentina aunque la diferencia
se encuentra en un bajo rango (por cuestiones de necesidades internas
las diferencias terminan resultando favorables a Argentina lo que se ve
reflejado en la mayor relevancia exportadora) y lo que se combina con un
bajo o nulo nivel de inversiones brasileñas en Argentina (casos D y E del
análisis II respectivamente).
• Elaboración de productos lácteos
• Elaboración de productos de molinera, almidones y productos
derivados del almidón, y de alimentos preparados para animales
Adicionalmente se tiene en cuenta un sector donde las inversiones de Brasil
se encuentran en un rango medio alto, aunque existen altas potencialidades
en su estrategia de desarrollo de nuevas tecnologías de combustibles.
Estos análisis dan elementos para la determinación de sectores con
potencialidades de inversiones, que una vez seleccionados serán
complementados con características sectoriales específicas que influyen
en las decisiones de inversión.
2.2 Determinación de rubros con
potencialidad
La determinación de los rubros sectoriales con potencialidad surge a
partir de:
• Los indicios obtenidos a partir del análisis simple y del análisis
combinado de los indicadores definidos para cada sector;
• De la consideración de otros factores cualitativos y cuantitativos, que
se refieren a la propia dinámica sectorial a nivel regional y local.
Entre las cuestiones adicionales que se contemplaron se encuentran las
ventajas del país mayor (por economías de escala, liderazgo y know
how, entre otras) y las posibilidades de explotación de las ventajas de
localización del país menor (Argentina), ya sea por cuestiones propias
(ventajas de disponibilidad de insumos, mercado interno consolidado,
infraestructura y grado de desarrollo local etc.) como creadas (por Ej: por
la existencia de políticas de promoción sectorial, marco legal y estabilidad,
políticas públicas de fomento). En el caso de estas últimas, en algunos
casos pueden ser consideradas ventajas regionales.
Detección de nichos para la complementación productiva
• Fabricación de productos de la refinación del petróleo
Una vez definidos los principales rubros, se procedió a la definición del
grado de potencialidad para las acciones conjuntas entre Argentina y
Brasil a nivel productivo, comercial y de inversiones. Para ello se buscó
enmarcar cada nivel de potencialidad en base a condiciones básicas que
debían diferentes indicadores simultáneamente. No obstante, también
193
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
se contemplaron algunas excepciones que, por más de no cumplir con
los criterios predeterminados, disponían de elementos para formar parte
de un determinado nivel de potencialidad.
A continuación se exponen las clasificaciones de los rubros según grado
de potencialidad alta, media o baja, exponiendo los principales criterios
rectores en cada caso y los rubros involucrados.
2.2.1 Rubros con potencialidad alta
Entre los rubros con alta potencialidad para fomentar el desarrollo en
Argentina a través de una mayor integración productiva regional, se
detectaron 2 subgrupos diferenciados. Incluso en cada subgrupo se
puede pensar en 2 estrategias distintas dentro del mercado argentino.
194
2.2.1.1 Subgrupo 1: Alta potencialidad por primacía de Brasil
Teniendo en cuenta que el proceso de inversiones brasileñas en Argentina
desarrollada en varios sectores se realiza en el marco de expansión o
consolidación de su liderazgo, aprovechando lo que se conoce como sus
ventajas de propiedad de activos como la capacidad de producción, las
economías de escala, la disponibilidad de recursos, las ventajas de costos,
lo cual se refleja en su desempeño a nivel mundial en muchos sectores
industriales, se busca detectar las potencialidades de complementariedad
con Argentina en concordancia con su estrategia de internacionalización
a nivel regional y mundial en sectores aún no muy explotados por Brasil
en Argentina.
Los principales criterios rectores se basaron en:
• Una diferencia importante a nivel productivo y exportador entre los
sectores de Argentina y Brasil.
de desarrollo, en muchos casos ligado a la consolidación de su
liderazgo internacional o expansión.
• Constituyen sectores en los que suelen existir grandes empresas
brasileñas.
• El flujo de inversión brasileño en Argentina en los últimos 6 años
ha sido nulo o muy bajo.
• Un bajo nivel de intercambio comercial donde las potencialidades
incrementales son altas dadas las ventajas de Brasil, comúnmente
en procesos de integración o especialización.
Los sectores que quedaron en este subgrupo fueron:
• Aeronáutica
• Minería
• Bebidas (jugos)2
• Maquinaria Agrícola
• Madera/Muebles
• Celulosa / Papel
• Embarcaciones
Detección de nichos para la complementación productiva
• Brasil considera a dichos sectores como clave en su estrategia
Un sector que se convierte en una excepción a estas condiciones pero que
forma parte del grupo de Alta Potencialidad es el de Autopartes. Sobre
su inclusión hay que considerar algunas cuestiones. Por un lado, si bien
ha habido un nivel alto de inversiones brasileñas en los últimos años, la
relevancia de Brasil en el total de los anuncios de inversión en Argentina
fue clasificada como media-baja. Asimismo, la situación particular de
este sector en términos estructurales (consolidación relativa de Brasil con
más capacidad decisoria a nivel productivo y de diseño en la región, entre
otras) y coyuntural (sector con ajuste de producción y cierres de plantas
en Argentina) da perspectivas de oportunidad remanentes para una
mayor complementariedad productiva e incluso para que los capitales
brasileños continúen invirtiendo en Argentina.
195
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Subgrupo 2: Alta potencialidad por ventajas competitivas de Argentina
como atracción
El grupo de oportunidad alta no sólo se limita a aquellos donde Brasil
es el que posee ventajas competitivas a ser fortalecidas en Argentina en
función de una estrategia de expansión o consolidación de liderazgo sino
también en aquellos donde las ventajas son exhibidas del lado argentino.
En este caso las condiciones a cumplir son:
196
• Las diferencias productivas no son tan amplias a favor de Brasil.
• Conforman sectores considerado clave por parte de Brasil en su
estrategia de desarrollo, en general se persigue un fortalecimiento
competitivo.
• Argentina posee mayor relevancia exportadora relativa que Brasil y,
a su vez, es muy superavitaria en el intercambio bilateral del rubro.
• El nivel de inversiones brasileñas en Argentina en los últimos años
fue clasificado como bajo o nulo.
No sólo la condición es que las ventajas competitivas se exhiban del
lado argentino sino que este sea fomentado por Brasil brindando apoyo
estratégico.
En este caso, la estrategia de inversión es diferente y puede estar asociada
a la búsqueda de eficiencia o el mejoramiento de las condiciones
competitivas de la industria del país de origen de la inversión para lo cual
la internalización de las ventajas de localización se relacionan con:
•
•
•
•
La asimilación del conocimiento (know how)
El aprovechamiento de la estructura y el desarrollo local
La disponibilidad y calidad de recursos físicos y humanos
La búsqueda de eficiencia en la producción mediante la
especialización en algún eslabón de la cadena de producción.
• Lácteo
• Productos de la molinería
• Biodiesel
• Cuero
Asimismo, existen sectores con alta potencialidad de inversiones que no
son detectados mediante indicadores de producción o comercio exterior
como es la situación de los pertenecientes a servicios y comercio. En
este caso los criterios utilizados se orientan a rasgos más cualitativos
considerando la disponibilidad de los cuantitativos.
• La dinámica de la inversión brasileña y de extrazona de los últimos
años.
• Que cuente con apoyo estratégico de Brasil en cuanto a
fortalecimiento competitivo o expansión de liderazgo.
• La existencia de empresas importantes de capital brasileño en
aquel país.
• La disponibilidad y costo de los recursos humanos en Argentina.
Detección de nichos para la complementación productiva
Los sectores que quedaron clasificados en este subgrupo son:
• El nivel de desarrollo local para la asimilación de conocimientos.
• Condiciones de localización creadas como marco normativo, leyes
de fomento, profundización de procesos de integración, etc.
Los sectores seleccionados en base a estos criterios son:
• Software
• Transporte/logística
• Construcción
2.2.2 Rubros con potencialidad media
Aquí quedaron clasificados un conjunto de rubros en los que se verificaron
las siguientes condiciones:
197
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
• Brasil mantiene a favor una fuerte brecha productiva y comercial
respecto a Argentina.
• Son sectores con apoyo público en Brasil.
• En los últimos años, Brasil ha consolidado un flujo inversor hacia
Argentina en niveles medios o altos.
• Son sectores con una importante atomización en su eslabón final
en Argentina, o sea, una elevada presencia de empresas pequeñas
y medianas.
Los sectores seleccionados en base a estos criterios son:
198
•
•
•
•
•
•
•
•
Calzado
Textil / Indumentaria
Carne
Carrocerías
Bebidas (aunque podría ser oportunidad alta en Jugos)
Químico
Plástico / Caucho
Maquinaria y Equipo
Otros sectores con potencialidad media pero que no cumplen estrictamente
los criterios definidos para este grupo serían:
• Ferroviario
• Motos
En ambos casos, las diferencias productivas de Brasil respecto a Argentina
son amplias, pero todavía no se ha verificado un flujo inversor brasileño
hacia Argentina. No obstante, son rubros en los que se explicitaron
políticas proclives al desarrollo, lo cual puede alentar la llegada de
inversiones extranjeras y una mayor articulación productiva.
2.2.3 Rubros con potencialidad baja
Aquí quedaron clasificados un conjunto de rubros en los que:
Los sectores seleccionados en base a estos criterios son:
•
•
•
•
Petroquímica (refinación y distribución)
Siderurgia
Vehículos automotores
Fabricación de productos minerales no metálicos
2.3 Análisis de rubros seleccionados
Detección de nichos para la complementación productiva
• Brasil mantiene a favor una fuerte brecha productiva y comercial
respecto a Argentina.
• Son sectores con apoyo público en Brasil, incluso considerados
estratégicos para consolidar el liderazgo brasileño a nivel
internacional.
• En los últimos años, Brasil ha consolidado un flujo inversor hacia
Argentina en niveles medios o altos.
• Son sectores con una importante concentración en su eslabón
final en Argentina en grandes empresas, lo cual reduce el potencial
margen de acción a eventuales nuevas firmas entrantes.
En virtud de lo expuesto, se consignan a continuación, los rubros/
sectores productivos distinguiendo en grado de oportunidad para la
complementación entre Argentina y Brasil.
2.3.1 Rubros productivos con Oportunidades Altas
2.3.1.1 Aeronáutica
• Constituye un sector en el que Brasil busca consolidar su liderazgo
internacional, de la mano de su empresa Embraer (el tercer mayor
fabricante de aviones comerciales del mundo). Asimismo pretende
incrementar su participación de aeropartes en el mercado brasileño
y mundial, así como mejorar su participación en el mercado
sudamericano de helicópteros.
199
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
• De acuerdo al documento oficial brasileño “Innovar e investir
para sustentar o crescimento”, es baja la provisión de empresas
brasileñas en la provisión de la cadena productiva.
• En los últimos años no se han verificado inversiones brasileñas en
Argentina en este rubro, pero esto podría cambiar teniendo en cuenta
que el gobierno nacional intenta impulsar el sector aeronáutico
argentino. Tres hechos importantes al respecto: (1) a fines de 2008 se
anunció desde la Secretaría de Transporte de Argentina que podrían
comprarse 20 aviones Embraer para Aerolíneas Argentinas y Austral;
(2) a mediados de marzo de 2009, el Gobierno argentino anunció
la renacionalización de la ex-Área Material Córdoba (todavía bajo
la concesión de Lockheed-Martin); (3) los ministros de Defensa de
Brasil y de Argentina trabajan para que la ex Área Material Córdoba
se transforme en un polo complementario de la fabricación de
aeropartes de productos de Embraer.
200
• Por otra parte, hay que destacar que Argentina cuenta con una rica
tradición de fabricación en el sector aeronáutico. Constituyó el sexto
país del mundo en producir aviones a reacción con tecnología propia
y consolidó su sector aeronáutico entre las décadas del 50 y 60. En
todo ese período, la Provincia de Córdoba constituyó el epicentro
manufacturero en Argentina, con capacidad de fabricación de
aviones y aprovisionamiento de aeropartes. Posteriormente este
proceso perdió vigor.
• Desde la década del 90, la Fábrica Militar de Aviones (FMA),
localizada en Córdoba, fue privatizada y se encuentra en manos de
Lockheed Martin Aircraft Argentina SA (filial de Lockheed Martin
Corporation). Dicha firma se dedicó, principalmente, a realizar
mantenimiento de aviones de la Fuerza Aérea. No obstante, la planta
mantiene capacidad para fabricar piezas de grandes dimensiones y
se especula que podría ser proveedor de grandes ensambladoras.
Simultáneamente se mantiene latente un importante conjunto de
empresas proveedoras de aeropartes.
• Por otro lado, en lo que se refiere al servicio de transporte aéreo
tampoco se observaron inversiones brasileñas en Argentina en los
últimos años.
• En cuanto al comercio, si bien Argentina muestra algunas exportaciones
de aeronaves, el origen de estas responde a países tradicionalmente
productores como Estados Unidos y Francia que son importadas por
Argentina y luego reexportadas a algún país vecino sin transformación
o bien por la devolución de importaciones de carácter temporal.
• Por ese motivo, el saldo comercial con Brasil resultó positivo en
2008 en U$S 81,4 millones, agregando el hecho de que no se
realizan importaciones originarias desde aquel país.
• Asimismo, la relevancia exportadora de Brasil está en un rango
medio alto 9,8 veces mayor que Argentina aunque por las
razones anteriores expuestas, esta se encuentra de alguna forma
subestimada considerando que en el caso argentino se trata de
reexportaciones de productos originarios de extra zona.
Detección de nichos para la complementación productiva
• La idea más común para reposicionar a Argentina en el plano
internacional del sector es a través de la provisión de partes a las
grandes empresas. Además desde el sector se plantea la necesidad
de establecer un sistema de “offset” para que, a partir del cual cada
vez que el país compra algún material aeronáutico importado, el que
le vende tiene la obligación de cobrar un porcentaje en aeropartes
producidas en el país comprador.
• Las potencialidades no solo se orientan a la explotación de las ventajas
por parte de Brasil y la internacionalización de productos terminados
en Argentina, sino el interés por parte del Gobierno argentino de
reestablecer la industria local aprovechando la estructura existente y
el fomento de nuevas inversiones para la provisión de aeropartes.
• Esto da lugar a potenciar el comercio intrasectorial, tanto en el caso
de fomento de actividades de ensamble en una primera etapa en el
cual la provisión podrá venir desde el país de origen de la inversión
(en este caso Brasil por contar con una estructura), como en una
201
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
segunda etapa, mediante el desarrollo de la cadena productiva a
nivel local donde la estrategia puede orientarse a la especialización
de piezas y búsqueda de eficiencia en el proceso productivo.
Cuadro 6. Fabricación de aeronaves y naves espaciales
CIIU
353
Sector
Fabricación de aeronaves
y naves espaciales
Sector clave en Brasil
Si (expansión liderazgo)
Grandes emp. origem capital brasileiro
Si
Rubro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Cant. emp.
Ppales empresas
No se registran anuncios
Monto (U$S miles)
Rango
202
Relevancha productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
9,8
Brasil/ Argentina (en rango)
Médio - Alto
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
(X-M) / (X+M)* 100
99,9
Rango
Poco intercambio
Aporte % al crescimiento de importaciones
chinas 2006-2008
0,0000032
Rango
Insignificante
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Impo restringidas (linc+dump) / impo totales 0
Rango
Nulo
2.3.1.2 Minería
• Brasil tiene ventajas comparativas en esta actividad extractiva. A
su vez, para el gobierno brasileño es considerada estratégica para
expandir su liderazgo internacional y conquistar nuevos mercados.
Detección de nichos para la complementación productiva
• Constituye un sector que en los últimos años recibió un
significativo flujo de inversiones en Brasil, hecho que permitió el
incremento de la capacidad productiva en aquel país. También se
ve beneficiado en Brasil por un acceso privilegiado a las materias
primas. No obstante, se considera que la dimensión empresarial
y las inversiones tecnológicas de las empresas brasileñas fueron
inferiores a las líderes internacionales.
• Existe un conjunto importante de grandes empresas de origen de
capital brasileño, entre las que se destaca la Companhia Vale do
Rio Doce. La misma invirtió en Argentina aunque en un nivel medio
en los últimos años.
• Existe una relevancia exportadora de Brasil muy elevada respecto
a Argentina, en especial en mineral de hierro (dado que Argentina
no posee yacimientos de este mineral) y, en menor medida, en
extracción de piedra, arena y arcilla. Los ítems en los que la ventaja
exportadora está del lado argentino son extracción de carbón de
piedra y de turba.
• En general, existe escaso o nulo intercambio bilateral entre
Argentina y Brasil en los ítems de este sector. La excepción es
en mineral de hierro, donde Argentina tiene un saldo altamente
deficitario en el comercio el cual se explica exclusivamente por las
importaciones.
• En Argentina existe un elevado potencial para el desarrollo de
este rubro. Se mantiene vigente la Ley 24.196 y su modificatoria
25.429 que promueven la actividad minera, otorgando estabilidad
fiscal por 30 años, deducciones impositivas del impuesto a las
ganancias por inversiones y beneficios a las exportaciones, entre
otras cuestiones, que dan previsibilidad para la actividad en el
largo plazo.
• Según la Secretaría de Minería de la Nación, la actividad minera en
Argentina ocupaba a más de 40 mil personas de manera directa
y a 192 mil de manera indirecta en el año 2007. En dicho año se
203
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
•
•
•
•
204
•
•
•
contabilizaban 337 proyectos de minería, cifra que fue creciendo
en los últimos años (en 2003 eran sólo 40).
Si bien la estrategia de búsqueda de recursos naturales se asimila
más a la de países extrazona marcados por su baja disponibilidad y
las necesidades de garantizar el abastecimiento de materias primas,
esta estrategia junto con la de consolidación de su liderazgo
regional, puede ser vista también del lado de Brasil.
Las ventajas de localización en Argentina acorde a esa estrategia son
la disponibilidad de recursos, la promoción de la actividad minera,
la estabilidad fiscal, beneficios impositivos y a las exportaciones.
Un ejemplo es el anuncio de adquisición del yacimiento mendocino
Potasio Río Colorado por parte de Vale do Río Doce con la estrategia
de abastecer el 70% de la demanda del Mercosur.
Mientras la única inversión brasileña se realiza en concepto de
adquisición, las del resto de los países se realizan en su mayoría bajo
la modalidad greendfield. Asimismo el peso de la inversión brasileña
respecto al total de anuncios resulta en un rango bajo en el sector.
El sector minería se divide en dos grupos según su relevancia
exportadora relativa. Por un lado en los que Brasil posee ventajas
comparativas y del otro donde las ventajas aparecen del lado argentino.
En el primer grupo aparecen los segmentos de extracción de
minerales de hierro, los de lignito y piedra, arena y arcilla donde
además de poseer alta relevancia exportadora, existe poco o nulo
intercambio comercial con Argentina. Si bien la existencia de un
bajo nivel de intercambio entre países con ventajas competitivas
se da en la disponibilidad de recursos naturales, la estrategia se
orienta a la búsqueda de ampliación de recursos y aumentar el ratio
de exportaciones de la IED bajo el objetivo de internacionalización
de la producción y expansión de liderazgo regional.
En el segundo grupo donde se encuentran los segmentos con
mayor relevancia comercial de Argentina aparecen Extracción
y aglomeración de piedra y de turba. Al igual que en el grupo
Cuadro 7. Minería
CIIU
101
102
103
104
Sector
Piedra
Lignito
Turba
Uranio y torio
Sector clave en Brasil
Inversiones
en Argentina
(encuesta +
anuncios)
Si (expansión Si (expansión Si (expansión Si (expansión
liderazgo)
liderazgo)
liderazgo)
liderazgo)
Rubro
Cant. emp.
Ppales empresas
Monto (U$S miles)
No se registran
anuncios de
Brasil
No se registran
anuncios de
Brasil
No se registran
anuncios de
Brasil
No se registran
anuncios de
Brasil
Rango
Relevancha productiva de Brasil
respecto a Argentina
Relevancha
comercial
de Brasil
respecto a
Argentina
Brasil/ Argentina
(en veces)
0,47
17,44
0,32
Brasil/ Argentina
(en rango)
Arg
Médio - Alto
Arg
Situación en
comercio
bilateral ArgBrasil
(X-M) / (X+M)*
100
Rango
Aporte % al
crescimiento de
Impacto de
importaciones importaciones
chinas 2006-2008
chinas
Rango
Medidas de
defensa en
Argentina
Impo restringidas
(linc+dump) /
impo totales
Rango
75,34
Detección de nichos para la complementación productiva
anterior, el intercambio es bajo o nulo entre Argentina y Brasil.
La estrategia de explotación sigue en línea con la expansión del
liderazgo aunque por medio de la internalización de las ventajas
adquiridas de estos sectores en Argentina.
100,00
Sin intercambio
Sin intercambio
Sin intercambio
Sin intercambio
0,00
0
0
Insignificante
Insignificante
Insignificante
0
0
0
0
Insignificante
Insignificante
Insignificante
Insignificante
sigue...
205
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Continuación
CIIU
131
141
Sector
Minerales de
hierro
Minerales
metaliferos
Piedra, areia
no ferrosos
y arcilla
(exc. min. de
uranio y torio
Sector clave en Brasil
Si (expansión
liderazgo)
Si (expansión
liderazgo)
Inversiones
en Argentina
(encuesta +
anuncios)
Cant. emp.
Ppales empresas
Monto (U$S miles)
Relevancha
comercial
de Brasil
respecto a
Argentina
Situación en
comercio
bilateral ArgBrasil
No se registran
anuncios de
Brasil
Rango
Explotación
de minas
y canteras
N.C.P.
Si
(expansión
liderazgo)
Si (expansión
liderazgo)
1
No se registran
anuncios de
Brasil
No se registran
anuncios de
Brasil
Vale Rio Doce
13.839
Media
Baja
Baja
Brasil/ Argentina
(en veces)
14196070,04
1,44
20,37
5,68
Brasil/ Argentina
(en rango)
Alto
Bajo
Alto
Medioajo - B
-100,00
-88,75
49,50
17,98
Sin intercambio
Sin intercambio
Sin intercambio
Sin intercambio
0
0,11
0,01
0,05
Insignificante
Insignificante
Insignificante
0
0
0
0
Insignificante
Insignificante
Insignificante
Insignificante
(X-M) / (X+M)*
100
Rango
Aporte % al
crescimiento de
Impacto de
importaciones
importaciones
chinas
chinas
2006-2008
Rango
Medidas de
defensa en
Argentina
142
132
Rubro
Relevancha productiva de Brasil
respecto a Argentina
206
132
Impo restringidas
(linc+dump) /
impo totales
Rango
• En Brasil existen empresas grandes de origen de capital local, con
una elevada internacionalización de sus productos. Es destacable
la relevancia en producción de jugo de frutas.
• En los últimos años, se registraron inversiones de empresas
brasileñas en Argentina en bebidas alcohólicas. El caso del rubro
de cerveza es destacable por la magnitud de la compra de Quilmes
por parte de Am-Bev. También se registra inversión en el segmento
de vinos por el convenio entre Sabia y Weinert.
• En el caso de cervezas, la fabricación en Argentina está concentrada
en un acotado número de firmas, existiendo ya participación de
Am-Bev.
• En lo referido a vinos es notoria la competitividad internacional de
Argentina y la calidad de sus productos. Argentina constituye el
8vo productor mundial de uvas, el 5to en la elaboración de vinos
y el 10mo a nivel exportador de este producto. En Argentina existe
un Plan Estratégico Vitivinícola al año 2020.
• Brasil colocó este producto en la Comisión de Monitoreo Comercial
a nivel bilateral. Actualmente existe un acuerdo de precios mínimos
a las exportaciones argentinas a Brasil. Se está rediscutiendo en el
marco de las negociaciones sectoriales entre ambos países.
• Más allá de las diferencias en el caso de vinos entre ambos países,
podrían existir oportunidades para inversiones brasileñas, por
ejemplo orientada a negocios y/o a la posible diversificación
sectorial de alguna empresa brasileña de bebidas. Es decir,
empresas brasileñas que tengan poder de compra y/o acceso a
financiamiento podrían adquirir firmas argentinas competitivas y
con capacidad exportadora.
• Por su parte, no se registran inversiones brasileñas en el rubro de
bebidas sin alcohol, en el cual podrían aprovecharse las ventajas
de materias prima a nivel local y la fortaleza productiva de las
empresas brasileñas.
Detección de nichos para la complementación productiva
2.3.1.3 Bebidas (jugos)
207
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
• Según la Cámara Argentina de la Industria de Bebidas sin Alcohol
(CADIBSA), el sector productivo de las bebidas sin alcohol de
Argentina se compone por más de 2 mil empresas de diverso
tamaño y relevancia en cuanto a producción y facturación. De
ellas, las de mayor tamaño son solo diez, caracterizadas por
comercializar marcas internacionales (algunas tienen componentes
de capital extranjero y otras no).
• En síntesis, se considera que existe una potencialidad alta en el
caso de jugos, media en el caso de vinos y baja en cerveza.
Cuadro 8. Elaboración de bebidas
CIIU
155
Sector
Elaboración de bebidas
Sector clave en Brasil
Grandes emp. origem capital brasileiro
208
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Rubro
155
Cant. emp.
2
Ppales empresas
Am-Bev, Sadia
Monto (U$S miles)
1.961.760
Rango
Muy alta
Relevancia Brasil en Anuncios de inversión
Medio - Alto
Relevancia productiva de brasil respecto a Argentina
B mucho más
Relevancia comercial de
Brasil respecto a Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
2,66
Brasil/ Argentina (en rango)
Bajo
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
(X-M) / (X+M)* 100
96,47
Rango
Muy superavitario
Aporte % al crescimiento de importaciones
chinas 2006-2008
0,00
Rango
Insignificante
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Impo restringidas (linc+dump) / impo totales 0,00
Rango
Nulo
• Para el Gobierno brasileño, el sector de madera y muebles se ubica
listado entre los programas de fortalecimiento de competitividad,
según el documento oficial brasileño.
• Los principales estados exportadores de este sector son los del
Sur de Brasil, desde donde se constata la existencia de grandes
empresas de origen de capital brasileño, en particular en el Estado
de Paraná.
• En el año 2003 se instaló el Foro de Competitividad de la Cadena
de Madera y Muebles del Mercosur (FCCMMM), con el objetivo
de aprovechar las ventajas comparativas de los países miembros y
para mejorar la competitividad global.
• En los últimos años, no se contabilizaron inversiones brasileñas
en Argentina, ni en las actividades primarias ni en las etapas
industriales (productos de madera y muebles, entre otros).
• En Argentina está vigente la Ley 25.080 (Ley de inversiones
para bosques cultivados). Entre sus principales disposiciones se
determina estabilidad fiscal para los emprendimientos forestales
y apoyo económico no reintegrable a los bosques implantados,
entre varias cuestiones.
• Según la Secretaría de Agricultura, Ganadería, Pesca y Alimentos
de Argentina (SAGPyA), hasta la fecha la promoción forestal en
Argentina generó 300.000 puestos directos e indirectos de trabajo
rural e industrial.
• En diciembre de 2008, se sancionó la Ley 26.432, por medio
de la cual se prorrogaron por otros diez años los beneficios de
la promoción establecidos en la Ley 25.080. Desde la SAGPyA se
prevé que con ello se crearán 40 mil nuevos empleos para el año
2019 y que sumando el desarrollo forestal relacionado con estos
nuevos bosques generarán 100 mil empleos nuevos. El monto de
aportes no reintegrables previsto para el año 2009 año es de $
Detección de nichos para la complementación productiva
2.3.1.4 Sector maderero (madera/muebles)
209
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
•
•
•
210
•
•
•
90 millones y se aplicarán al pago de plantaciones, podas, raleos,
manejo de rebrotes y enriquecimiento de bosque nativo.
De acuerdo a la Federación Argentina de la Industria Maderera y
Afines (Faima), en Argentina existe actividad sectorial, principalmente
PyME, en las distintas etapas productivas que involucra a 7.644
empresas y ocupa más de 60,4 mil personas. El desglose en términos
de firmas sería: aserraderos (2.322), tableros (70), fabricantes de
muebles (2.752), carpinterías de obras y pisos (1.188), envases y
pallets (250) e industrias de celulosa y papel (70), industrias de
partículas (7) e industrias de fibras (3).
Se considera que es un sector en el cual todavía se dispone un gran
potencial de explotación en Argentina.
Tanto en el segmento aserrado y acepilladura como en el de
fabricación de productos de madera y corcho, Brasil se encuentra
en el grupo donde las diferencias productivas con Argentina
resultan muy altas respecto al promedio sectorial por lo cual las
potencialidades de explotación de sus ventajas de capacidad
productiva pueden ser aprovechadas.
Las diferencias de capacidades productivas también se reflejan en
la relevancia exportadora relativa. Brasil exporta 9,8 veces más que
Argentina en el segmento aserrado y acepilladura, mientras que en
productos de madera, la diferencia pasa a ser 19,5 veces.
En el comercio bilateral del año 2008 se observa un déficit
comercial en el primer segmento, el 58% del comercio se explica
por un déficit, mientras que en el segundo existe un superávit a
favor de Argentina donde este explica un 34% del comercio total.
Se destaca que entre los productos de madera, Brasil ha solicitado la
inclusión de 3 productos en la Comisión de Monitoreo de Comercio
con Argentina con la intención de limitar las exportaciones de
este origen hacia su país en el año 2005: tableros de madera
de fibra de media densidad (MDF), aglomerados y aglomerados
de baja presión.
Cuadro 9. Madera y muebles
Sector
Aserrado y
acepilladura
Fabricación de
productos de
madera corcho,
paja y materiales
trenzables
Sector clave en Brasil
Si (fortalec.
competitividad)
Si (fort compet)
si
si
Grandes emp. origen capita brasileño
Inversiones
en Argentina
(encuesta +
anuncios)
Si (fort compet)
Rubro
Cant. emp.
Ppales empresas
No se registran inversiones brasileiras en Argentina
Monto (U$S miles)
Rango
Relevancha productiva de Brasil
respecto a Argentina
Relevancha
comercial de
Brasil respecto a
Argentina
Fabricación de
muebles
Detección de nichos para la complementación productiva
• En dicho momento se había alcanzado un acuerdo entre los
sectores privados donde se establecieron cupos de exportación.
• Si bien el sector en su conjunto muestra signos de fortaleza relativa
a favor de Brasil, en estos segmentos de manufacturas y tableros
de madera, la necesidad de limitar las exportaciones de Argentina
muestra signos de debilidad.
• Las oportunidades se dan tanto del lado de la consolidación y
expansión por parte de Brasil para el primer segmento, como para
la internalización de las ventajas de propiedad del lado argentino
en los segmentos de tableros de madera, teniendo en cuenta que
es uno de los sectores clave para el fortalecimiento competitivo por
parte de Brasil y no se registran anuncios de inversión en Argentina.
B mucho más
B mucho más
B mucho más
Brasil/ Argentina
(en veces)
9,6
8,6
7,6
Brasil/ Argentina
(en rango)
Medio-Alto
Medio
Medio
sigue...
211
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Continuación
(X-M) / (X+M)* 100
Situación en
comercio bilateral
Rango
Arg-Brasil
Impacto de
importaciones
chinas
Aporte % al
crescimiento de
importaciones
chinas 2006-2008
Rango
Medidas de
defensa en
Argentina
Impo restringidas
(linc+dump) / impo
totales
-52,0
34,4
-88,3
Poco intercambio
Poco intercambio
Muy
deficitariointercambio
0,004
0,416
0,922
Insignificante
Bajo
Bajo
Nulo
Nulo
Rango
91,7
Alto
2.3.1.5 Celulosa y Papel
212
• Constituye un sector en el cual Brasil pugna por consolidar su
liderazgo internacional, siendo uno de los principales objetivos
el de mantenerse entre los 5 principales productores mundiales
en los próximos años. También se propicia la internacionalización
empresarial.
• Se trata de un sector que en los últimos años recibió un importante
flujo de inversiones en Brasil que permitió el incremento de la
capacidad productiva en aquel país. También se ve beneficiado en
Brasil por un acceso privilegiado a las materias primas. No obstante,
se considera que la dimensión empresarial y las inversiones
tecnológicas de las empresas brasileñas fueron inferiores a las
líderes internacionales.
• En el año 2005, en Brasil existían 2 grandes empresas de origen
de capital brasileño que individualmente exportaban productos de
papel y celulosa por más de U$S 450 millones anuales y otras 5
•
•
•
•
Detección de nichos para la complementación productiva
•
firmas que exportaban entre U$S 100 millones y U$S 250 millones
al año.
En Argentina el nivel de inversiones brasileñas fue bajo. Sólo se
constató que la firma Klabin realizó inversiones en Argentina en el
año 2007 por unos U$S 3,8 millones.
Las diferencias respecto a Argentina en cuanto a la
internacionalización de sus productos se evidencian en cuanto a
la relevancia de las exportaciones. Las ventas externas totales de
papel y productos de papel de Brasil son 10,5 veces superiores a
las de Argentina. Sólo en el caso de impresión (con mucho menos
comercio) se observa cierta ventaja argentina.
Asimismo en el comercio bilateral se observan desventajas del
lado argentino. El déficit comercial en papel y productos de papel
superó los U$S 200 millones en 2008 y representa un 34,8% del
comercio total con Brasil.
Si bien el grado de penetración de los productos brasileños en
Argentina es elevado por lo cual una inversión con estrategia
de internacionalización de productos parecería estar agotada, la
participación brasileña en este mercado ha disminuido en el último
año a favor de Finlandia, Chile y China. La participación de las
importaciones desde Brasil en los totales pasó de 49,2% a 44,6%
entre 2007 y 2008. La de Finlandia paso de 7,3% a 9%, la de Chile
9,2% a 10,2% y la de China de 2,1% a 3,1%.
Un factor explicativo de la disminución del peso de Brasil en
Argentina es la definición del acuerdo voluntario entre privados
que existe producto de las gestiones de la Comisión de Monitoreo
de Comercio entre Argentina y Brasil, en la cual se consideró la
incorporación de este producto a pedido de Argentina. A fines
de 2004 se estableció un cupo de la cuarta parte del consumo
aparente en Argentina. Recientemente, a principios de mayo de
este año el cupo establecido entre las partes de exportaciones
brasileñas a Argentina fue de 50.000 toneladas por año.
213
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
214
• Las diferencias en la relevancia exportadora total y el alto superávit
a favor de Brasil en el comercio bilateral, como también la
significativa penetración de sus productos limitada por la existencia
de cupos, hacen que la estrategia de internalización mediante el
incremento del flujo de exportaciones se encuentre limitada. Sin
embargo, cuando se observan que los niveles de inversión de Brasil
en Argentina es relativamente bajo en este sector, la estrategia de
inversión se orienta a la internacionalización transfronteriza de los
productos en el mercado destino de la IED.
• En este caso, en la estrategia el primer paso puede consistir en un
cambio de composición de exportaciones por flujo de inversión
donde la penetración sea in situ. En una segunda etapa las
potencialidades aumentan si las posibilidades de abastecimiento
de eslabones anteriores de la cadena son tanto en el país destino
como desde el origen de la IED.
• Esto es acorde con el objetivo de consolidación del liderazgo por
parte de Brasil, donde existen empresas de gran porte de capitales
brasileños capaces de disputar el liderazgo regional con inversiones
de otros orígenes.
• Si bien existen antecedentes de adquisición de empresas locales
por parte de empresas brasileñas, el peso de dicho país sobre las
inversiones extranjeras del sector es bajo. La unidad de negocios
Votocel, dedicado al segmento film de polipropileno pertenecientes
al Grupo argentino Arcor hasta agosto de 2005, fue adquirido por
el grupo brasileño Votorantim dedicado a varios negocios entre
ellos Cemento, Celulosa y Papel, Metales, Química, Agroindustria,
Internacional, Energía, Finanzas y Nuevos Negocios.
CIIU
210
Sector
Fabricación de papel y
de produtos de papel
Sector clave en Brasil
Si (expans liderazgo)
celulosa y papel
Grandes emp. origem capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Si (varias)
Rubro
210
Cant. emp.
1
Ppales empresas
Klabin
Monto (U$S miles)
3.800
Rango
Baja
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversón
Bajo
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B más
Relevancha comercial de Brasil respecto
a Argentina
Situación en comercio bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones chinas
Medidas de defensa en Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
10,54
Brasil/ Argentina (en rango)
Médio - Alto
(X-M) / (X+M)* 100
-38,9
Rango
Deficitario
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
0,38
Rango
Bajo
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
Nulo
Detección de nichos para la complementación productiva
Cuadro 10. Celulosa y papel
Rango
2.3.1.6 Naval-Embarcaciones
• En Brasil, el programa estratégico promueve el fortalecimiento de la
industria naval a partir de pedidos del segmento off-shore y de las
demandas de armado a nivel nacional, en especial para cabotaje.
215
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
216
• En Argentina existe actividad productiva y de reparación tanto
en grandes embarcaciones como en embarcaciones livianas. La
industria náutica argentina tiene una importante historia y tradición
de fabricación, ya que los primeros astilleros datan de inicios del
siglo XX.
• Sin dudas, un actor relevante en la historia náutica ha sido el
Astillero Río Santiago, creado en 1953 pero vigente actualmente.
El mismo llego a ser en su momento de apogeo uno de los de
mayor actividad e importancia en Latinoamérica y ocupaba a unas
8 mil personas. En el mismo se construyeron buques de guerra,
buques mercantes, construcciones livianas y la reconocida Fragata
Libertad, entre otros.
• Durante años sufrió una paulatina pérdida de relevancia hasta el
punto de estar al borde de ser privatizado en la década del ´90 y
terminó en la esfera del Gobierno de la Provincia de Buenos Aires
hasta la actualidad. En la última década se empezó a percibir
una revitalización de la actividad del Astillero Río Santiago, ya
que se botaron varios buques cargueros para Alemania y buques
banqueros para Venezuela.
• Algunos factores a considerar en la fabricación de grandes
embarcaciones están referidos a que es una actividad con acotada
cantidad de jugadores ligada a producción no seriada con demanda
a pedidos, que implica elevados costos hundidos en inversiones y
desarrollo.
• Por su parte, en lo que se refiere a embarcaciones livianas en
Argentina, un impulso que recibió esta industria fue en la década
del ´60, con la aparición de la construcción en plástico reforzado
de fibra de vidrio (PRFV) y la fabricación en serie. Actualmente
existen unas 120 empresas constructoras de veleros cruceros,
lanchas, inflables, equipamiento y todos los servicios necesarios
para la producción y el mantenimiento de una gran diversidad de
embarcaciones. Estas firmas ocupan unas 7 mil personas.
Detección de nichos para la complementación productiva
• Si bien Brasil presenta grandes ventajas en este sector con
una alta relevancia relativa de sus exportaciones totales frente
a Argentina, el intercambio entre sí es muy bajo. Este es
considerado clave para el fortalecimiento competitivo naval y de
cabotaje. No se encuentran anuncios de inversiones brasileñas
en Argentina.
• En el entramado de la oferta local existen recursos calificados
con experiencia en reparación de buques. El astillero marplatense
Servicios Portuarios Integrados ganó la licitación para la reparación
de un buque petrolero de la empresa Petrobrás en el año 2006
y es una empresa que opera desde 1975. Existiendo ventajas de
propiedad, en el sentido de know how e infraestructura desde
los dos países, la internalización de las ventajas de asociatividad
puede potenciar las sinergias contribuyendo al desarrollo logístico
regional y la ampliación de la capacidad de carga. A su vez, si
bien el puerto de Buenos Aires no cuenta con alta capacidad de
carga, los proyectos ejecutados de expansión de dicha capacidad
en puertos como Zarate-Campana (Las Palmas) que sirvieron para
alimentar puertos de Buenos Aires, Montevideo y el sur de Brasil,
las necesidades de ampliar la capacidad de carga de otros puertos
dado el creciente volumen de comercio de los últimos años (a
excepción de los momentos coyunturales de los últimos meses)
contribuyen a incrementar las potencialidades de expansión.
• En este sentido la estrategia de inversión va más allá de la
búsqueda de mercados o internacionalización de la producción
sino a la búsqueda de eficiencia con beneficios regionales que se
traducen en mejoras de capacidad logística. Sin embargo, estas
potencialidades se encuentran limitadas a fuertes inversiones por
parte de los Gobiernos para aumentar la capacidad portuaria.
217
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cuadro 11. Naval-Embarcaciones
CIIU
351
Sector
Construcción y reparación de
buques y otras embarcaciones
Sector clave en Brasil
Si (fort. compet.) naval y
cabotaje
Rubro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Cant. emp.
Ppales empresas
No se resgistran anuncios
Monto (U$S miles)
Rango
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
218
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
B mucho más
Brasil/ Argentina (en veces)
17,7
Brasil/ Argentina (en rango)
Médio - Alto
(X-M) / (X+M)* 100
-78,6
Rango
Poco intercambio
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
0,122
Rango
Insignificante
Impo restringidas (linc+dump) / impo
totales
0
Rango
Insignificante
2.3.1.7 Maquinaria de uso especial (Maquinaria Agrícola)
• Todos los grandes productores internacionales han instalado
plantas de alta tecnología en Brasil, con capacidades que superan
ampliamente las necesidades del mercado interno.
• Las diferencias productivas entre Argentina y Brasil son importantes.
En el caso de tractores la brecha es superior a las 40 veces, mientras
que en cosechadoras es mayor a 6 veces.
Detección de nichos para la complementación productiva
• A su vez, a nivel comercial Brasil tiene una mayor internacionalización
de sus productos: exporta el 50% de los tractores y el 75% de
las cosechadoras que produce a una gran diversidad de destinos
incluyendo países de Europa y Estados Unidos.
• El sector del lado brasileño es considerado clave en el sentido de la
búsqueda de su fortalecimiento competitivo. Por el momento el ritmo
de inversiones brasileñas en Argentina se encuentra en un bajo rango
(U$S 8,5 millones en 7 años) La estrategia de inversión se orienta a la
internalización de mercados desde lo regional en una primera etapa
que puede complementarse con procesos de integración.
• En Argentina, el 70,3% de las cosechadoras y el 66,8% de los
tractores que se comercializan en el mercado interno son de origen
brasileño. Las de origen chino vienen ganando lugar, aunque aún
no son una amenaza (en el 2007 representaban el 0,6% de las
importaciones).
• Estos fueron sectores muy afectados por las importaciones en la
década del ´90 en Argentina. Aún así se mantiene un importante
nivel tecnológico de los productos locales, aunque en bajas escalas
de producción.
• El segmento de Cosechadoras está dominado por multinacionales
con base productiva en Brasil y Estados Unidos, aunque también
hay 4 productores locales y nuevos proyectos en marcha. Vassalli y
Metalfor ya están produciendo cosechadoras axiales (último desarrollo
tecnológico) que tienen mayor rendimiento y menor desperdicio.
• En Tractores, entre 2 productores nacionales (Pauny y Agrinar) se
concentra alrededor del 80% de la producción local, a los que los
sigue la multinacional Agco.
• Entre 2003 y 2004, las cosechadoras de origen argentino perdieron
participación por la caída de la producción local y el aumento de
las importaciones desde Brasil. En consecuencia, por pedido del
sector en Argentina se incluyó en la Comisión de Monitoreo de
comercio entre Argentina y Brasil. Adicionalmente, 2 posiciones de
219
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
maquinaria agrícola poseen requisitos de licencias no automáticas:
Cosechadoras-trilladoras y tractores.
• La producción local es altamente dependiente del éxito de la
campaña agrícola principalmente de la cosecha gruesa. Este
año, debido a la caída de los precios y los menores rindes por
la sequía, la reducción de flujo de ganancias del sector agrícola
dejó con muy malas perspectivas la producción local. La venta de
maquinaria cayó a niveles muy bajos, y la preferencia por las marcas
internacionales con mayor tradición obligó a imponer restricciones
a las importaciones a fin de que las plantas de producción local
pudieran seguir funcionando.
Cuadro 12. Maquinaria agrícola
220
CIIU
292
Sector
Fabricación de maquinaria
de uso especial
Sector clave en Brasil
Si (fort. compet.) bienas de
capital y agroindustria
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Rubro
292
Cant. emp.
2
Ppales empresas
Montana - Rockink
Monto (U$S miles)
8.509
Rango
Baja
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
media
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Brasil/ Argentina (en veces)
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina Brasil/ Argentina (en rango)
11,1
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Médio - Alto
(X-M) / (X+M)* 100
-78,1
Rango
Muy deficitario
Aporte % al crescimiento de importaciones
chinas 2006-2008
6,4
Rango
Alto
Impo restringidas (linc+dump) / impo totales 21,6
Rango
Medio
• Brasil tiene como objetivo fortalecer la competitividad en el complejo
automotriz. Dentro de ello procura incrementar y modernizar su
capacidad productiva de autopartes. Esto está atado a su visión
estratégica de continuar mejorando su posicionamiento en la
producción de vehículos.
• Entre los años 2002 y 2008, Brasil logró expandir su actividad
autopartista tanto a nivel productivo como exportador. Dicha
consolidación también trajo aparejada una mayor relevancia a
nivel regional (Sudamérica) en términos de se amplió la diferencia
en la actividad
• En los últimos años, el flujo de inversiones brasileñas ha sido alto,
como consecuencia de inversiones de firmas como Armor, Plascar,
Internacional, Sabó y Sogefi. No obstante, en el total de los anuncios
de inversión existentes en los últimos 7 años en Argentina, Brasil
tiene una participación media-baja.
• En Argentina, el sector autopartista está conformado por unas
400 empresas productoras de partes, piezas y, en algunos casos,
Detección de nichos para la complementación productiva
2.3.1.8 Autopartes
componentes. Estas empresas están localizadas principalmente en
las provincias de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fe y Capital Federal.
que disponen una gran heterogeneidad.
• Se trata de un sector particular con una importante heterogeneidad
en cuanto a tamaño de empresas (conviven tanto firmas pequeñas
como medianas y grandes) y de productos (desde partes y piezas
hasta componentes, con distintos grados de elaboración y
complejidad, incluso involucrando distintos materiales).
• Se encuentran radicadas empresas de los diferentes niveles de
subcontratación. Del “primer anillo” (fabricantes de autopartes
que cuentan con procesos de ingeniería y de fabricación global,
con capacidad de producción modular y con capacidad de diseño),
son en su mayoría grandes empresas multinacionales. Del segundo
221
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
•
•
222
•
•
anillo (experiencia en componentes que suelen tener vinculación
con otras autopartistas), se encuentran empresas multinacionales y
locales. Finalmente, del tercer anillo (proveedores de componentes
estandarizados -no exclusivos del sector automotriz- o de materias
primas, generalmente vinculadas con el mercado de reposición)
predominan empresas PyMEs de capital nacional y reducidos
niveles de facturación.
La relevancia comercial (a nivel de exportaciones) de Brasil respecto
a Argentina es baja (3,6 veces en 2008). No obstante, hay que
remarcar que la relación bilateral es crecientemente deficitaria
para Argentina. Las importaciones argentinas desde China y desde
varios países del Sudeste Asiático se han incrementado en los
últimos años aunque todavía no son una preocupación para la
mayor parte de los productos locales.
En Argentina, existente consenso tanto dentro de la cadena de
valor automotriz como a nivel del gobierno nacional que el sector
autopartista es el eslabón que requiere más asistencia pública.
Es por ello que en el año 2008 se aprobó la Ley de Desarrollo
y Consolidación del Sector Autopartista Nacional (Ley Nº 26393)
que involucra al Régimen de Fortalecimiento del Autopartismo
Argentino y al Régimen de Consolidación de la Producción Nacional
de Motores y Cajas de Transmisión. Por medio de las mismas se
otorga un beneficio consistente en un reintegro en efectivo sobre
el valor de las compras de las autopartes locales, adquiridas por
las empresas fabricantes de automotores, ejes con diferencial,
motores y cajas de transmisión. Asimismo se prevé el reintegro por
la compra de matrices y moldes fabricados en el país.
Asimismo, la coyuntura internacional actual sumada a la retracción
en la actividad local encuentra a la cadena de valor automotriz
entre las más afectadas. Esto generó la necesidad que las mismas
adecuen sus niveles de producción a un ritmo inferior al del año
2008, lo cual generó en muchos casos reducción de plantillas o
Cuadro 13. Autopartes
CIIU
343
Sector
Fabricación de partes, piezas
y acessorios para vehiculos
automotores y sus motores
Sector clave en Brasil
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Si (fort. compet.)
Si
Rubro
343
Cant. emp.
5
Ppales empresas
Armor - Plascar - International - Sabó
- Sogeli
Monto (U$S miles)
110.831,6
Rango
Alta
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Medio bajo
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Brasil/ Argentina (en veces)
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina Brasil/ Argentina (en rango)
3,6
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Detección de nichos para la complementación productiva
cierre de plantas. El Gobierno Nacional está abocado a asistir para
suavizar el impacto en el sector autopartista, a través de búsqueda
de potenciales compradores a empresas en crisis, asistencia
financiera, subsidios para mantener empleo, entre otras medidas.
• Es en este marco que si bien ha habido un nivel alto de inversiones
brasileñas en los últimos años, existen condiciones que darían
cuenta para continuar con dicho proceso. Entre ellas, condiciones
del sector en términos estructurales (consolidación sectorial
relativa de Brasil, mayor capacidad decisoria a nivel productivo y
de diseño en la región, entre otras), coyunturales (sector con ajuste
de producción y cierres de plantas en Argentina) y caracterización
del sector en Argentina (gran cantidad de firmas y atomización).
Bajo
(X-M) / (X+M)* 100
-22,9
Rango
Deficitario
sigue...
223
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Continuación
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
0,77
Rango
Bajo
Impo restringidas (linc+dump) / impo
16,8
totales
Rango
Medio
2.3.1.9 Lácteo
224
• En Brasil existen empresas grandes de origen de capital local.
• Argentina mantiene competitividad internacional en el sector
lácteo, más allá de las problemáticas productivas crecientes de la
actividad ganadera en los últimos años en términos relativos a la
agricultura.
• La estructura productiva de Argentina involucra una marcada
atomización en el sector primario (tambos productores) y una
importante concentración en su sector industrial (9 empresas
concentran más de la mitad de la fabricación nacional de productos
lácteos). En este último eslabón coexisten tanto grandes empresas
de origen de capital local (con importante poder de mercado) como
multinacionales. Estas últimas utilizan la estructura productiva de
Argentina para crear una plataforma de sus productos a nivel
regional y local.
• Dado que el sector es más competitivo en Argentina que en Brasil,
las exportaciones son superiores y la relación de comercio bilateral
es muy superavitaria para Argentina (U$S 137 millones en 2008). El
superávit argentino explica el 86% del comercio total. No obstante,
el 50% de las importaciones de Argentina provienen desde Brasil.
• Por esta razón, Brasil solicitó la inclusión de productos lácteos en la
Comisión de Monitoreo del Comercio bilateral. Y recientemente se dio
•
•
•
Detección de nichos para la complementación productiva
•
a conocer la implementación de licencias para frenar la importación
de lácteos argentinos que había crecido considerablemente en el
primer bimestre del año.
Respecto a los lácteos, se negocia un monto mínimo de exportación
de leche de Argentina a Brasil. Luego de la decisión de Brasil de
aplicar licencias no automáticas a la importación de leche en polvo
argentina, industriales del sector y funcionarios de la Secretaría de
Agricultura y Cancillería se reunieron con sus pares brasileños para
destrabar el conflicto.
Brasil había impulsado esa medida después de que, según
argumentaron funcionarios de ese país, el ingreso de leche en
polvo argentina pasó de 5.000 a 10.000 toneladas en marzo y 2
empresas medianas del sector realizaron hace unos meses ventas a
U$S 200 por debajo del precio del mercado internacional.
Según una fuente del sector, en la reunión los industriales
argentinos ofrecieron autolimitarse en sus exportaciones a 3.000
toneladas por mes, casi 50% menos que los últimos meses, con
un valor no menor que US$ 2100 dólares, precios actuales del
mercado. Por su parte, los funcionarios brasileños quedaron en
contestar, pero adelantaron que en esas condiciones las licencias
serían otorgadas rápidamente.
Una estrategia tentativa a seguir podría relacionarse a la búsqueda
de complementación mediante la asimilación de las ventajas de
propiedad argentinas por parte Brasil en el marco de la búsqueda
de fortalecimiento competitivo.
225
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cuadro 14. Lácteos
CIIU
Sector
Sector clave en Brasil
226
Grandes emp. origen capital brasileiro
Rubro
Cant. emp.
Inversiones en Argentina
Ppales empresas
(encuesta + anuncios)
Monto (U$S miles)
Rango
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
Caracterización de entremado productivo en Argentina (eslabón final)
Brasil/ Argentina (en veces)
Relevancha comercial de Brasil
respecto a Argentina
Brasil/ Argentina (en rango)
(X-M) / (X+M)* 100
Situación en comercio bilateral
Arg-Brasil
Rango
Aporte % al crescimiento de importaciones
Impacto de importaciones chinas chinas 2006-2008
Rango
Impo restringidas (linc+dump) / impo totales
Medidas de defensa en Argentina
Rango
152
Elaboración de
productos lácteos
Si (expans liderazgo
Agroindustrias)
Si
152
1
Yakult
2.491
Baja
B más
Concentrado
0,6
Arg
85,0
Muy superavitario
-0,00018
Insignificante
No
No
2.3.1.10 Productos de la molinería
• En los últimos años, varios factores atentaron contra la cosecha
de trigo en Argentina. Entre las más importantes se encuentra la
sequía y las distorsiones en el mercado que disminuyen el precio
recibido por el productor.
• En paralelo, los molinos harineros en los últimos años han aumentado
los niveles de producción poniendo en funcionamiento gran parte
de la capacidad instalada ociosa con que contaba el sector.
Detección de nichos para la complementación productiva
• Las distorsiones de precios, les permitió a los molinos comprar
el trigo a precios por debajo del nivel internacional por lo que
permitió aumentar los niveles de exportación.
• Existe una tendencia en Brasil orientada al autoabastecimiento que
se ve acelerada por el efecto del paulatino cierre de las exportaciones
argentinas de trigo.
• Si bien Brasil posee mayor relevancia productiva que Argentina,
cuando se observan las exportaciones totales en términos relativos,
las de Argentina son 1,5 veces mayores que las de Brasil. Esto
revela las diferentes capacidades de abastecimiento que en este
caso favorece a Argentina.
• Respecto al intercambio bilateral, Argentina presenta un superávit
con Brasil de U$S 351 millones representando este el 86,2% del
comercio total.
• Como consecuencia de una posición de mayor relevancia exportadora
relativa de Argentina a nivel general, muy superavitario en términos
bilaterales y por el hecho de no registrarse anuncios de inversiones
brasileñas en el sector es considerado clave en aquel país bajo la
estrategia de expansión de liderazgo en el sector de agroindustrias.
• En las potencialidades de explotación del sector se encuentran
asociadas con la asimilación de las ventajas de propiedad del
país receptor de la IED tanto en lo referente a la disponibilidad
de los recursos como del conocimiento, como también al
aprovechamiento de la estructura y desarrollo a nivel local acorde
a la búsqueda de eficiencia en el marco de una estrategia de
fortalecimiento competitivo del sector por parte de Brasil.
• Sin embargo, la disponibilidad de recursos locales como ventaja
de propiedad parece estar en segundo plano, dada las caídas de
las cosechas trigo tanto por el efecto del avance de la soja por
encima de los cereales como por los efectos de la última sequía.
La producción total para 2009 se estima en menos de 9 millones
de toneladas con una caída de 46% respecto a 2008, reduciendo
227
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
de forma drástica el saldo exportable luego de las necesidades de
abastecimiento interno.
• No obstante, la elaboración de productos alimenticios derivados
de materias primas con mayor disponibilidad y creciente desarrollo
pero con escasa incorporación de valor agregado presentan altas
potencialidades. Ejemplo de estos son los derivados de soja.
Cuadro 15. Productos de la molinería
CIIU
Sector
Sector clave en Brasil
228
Grandes emp. origen capital brasileiro
Rubro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
153
Productos de molinería
almidones y productos derivados
del almidón, y de alimentos
preparados para animales
Si (expans liderazgo
Agroindustrias)
Si (varias)
Cant. emp.
Ppales empresas
Monto (U$S miles)
Rango
Relevancia Brasil en anuncios de Inversión
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B más
Brasil/ Argentina (en veces)
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina Brasil/ Argentina (en rango)
0,66
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
(X-M) / (X+M)* 100
Rango
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
Rango
Impo restringidas (linc+dump) / impo
totales
Rango
Arg
86,4
Muy superavitario
0,14
Insignificante
0,00
Insignificante
• A través de las políticas públicas Brasil promueve expandir su
liderazgo en Bioetanol. También busca fortalecer su competitividad
en el segmento de biodiesel.
• En Argentina todavía no se ha dado un desarrollo sustantivo
en la producción de etanol, aunque si se avanzó bastante en la
generación de biodiesel, principalmente a partir de la soja. La
competitividad de Argentina en este último rubro se sustenta en las
ventajas comparativas por disponibilidad de insumos, la existencia
de normativas y un negocio que todavía está en sus albores.
Los principales productores en Argentina son empresas grandes
cuya actividad principal es la fabricación de aceites derivados de
oleaginosas.
• Argentina se estableció en 2008 entre los 5 productores de biodiesel
más grandes del mundo y como uno de los 3 mayores exportadores.
La producción total llegó a 1,07 millones de toneladas en el 2008,
resultando en ventas por U$S 1.300 millones.
• La industria argentina de biodiesel se encuentra actualmente
Detección de nichos para la complementación productiva
2.3.1.11 Combustibles (Biodiesel)
trabajando a la mitad de su capacidad productiva.
• El país lucha ante la Unión Europea por una redefinición del grado
de reducción de gases de efecto invernadero (“GEI”) logrado a
través de la utilización como combustible de biodiesel producido
sobre la base de aceite de soja.
• La Comisión Europea ha implementado un sistema de tarifas
adicionales a una serie de empresas estadounidenses exportadoras
de biodiesel, lo cual abre una ventana de oportunidad para la
industria argentina.
• En los últimos se fue acelerando la normativa sobre biocombustibles
en Argentina. Desde la Resolución 1156/2004 (creó el Programa
Nacional de Biocombustibles), la Ley 26.093 (crea el marco
general y los lineamientos básicos para la producción, distribución
229
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
•
•
230
•
•
•
y consumo) y el Decreto 109/2007 (desarrolla las disposiciones
de la Ley 26.093), entre otras. Hay que considerar que existe
obligatoriedad a partir de 2010 para realizar corte de nafta con
5% de etanol y de gasoil con 5% de biodiesel.
Si bien Argentina presenta un saldo deficitario en el comercio
con Brasil de U$S 2,2 millones ha invertido fuertemente en el
incremento de la capacidad de producción. De 14 anuncios de
inversión en los años 2006 y 2007, 12 fueron greenfield, y estas
se dan tanto por empresas aceiteras argentinas como de capitales
estadounidenses, alemanes, entre otros; sin embargo el peso de
Brasil es bajo.
Los biocombustibles se encuentran en la posición arancelaria
3824.90.29 (Derivados de ácidos grasos industriales, preparaciones
que contengan alcoholes grasos o ácidos carboxílicos, ncop.)
dentro del CIIU 242-Fabricación de otros productos químicos.
Si bien este sector pertenece a la industria química en el cual se
compone de diversos productos relacionados a medicamentos,
los biocombustibles representan un 28,8% del total del valor de
exportaciones de este rubro.
Hasta el momento, la empresa brasileña que invirtió en Argentina
para la fabricación de biodiesel es Integrated Biodiesel Industries
(IBI) con plantas en la zona de influencia de Rosario.
El sector muestra una alta potencialidad desde la estrategia
de búsqueda de eficiencia mediante la complementariedad o
especialización mediante alianzas estratégicas dado que ambos
países cuentan con disponibilidad de recursos pero presentan
diferentes especializaciones, bioetanol por parte de Brasil y
biodiesel de Argentina.
Dichas alianzas pueden favorecer las condiciones de ingreso a
terceros mercados, principalmente a los países desarrollados
aumentando el poder de negociación como también ganando
eficiencia desde la especialización en la producción.
CIIU
242
Sector
Fabricación de productos químicos
Sector clave en Brasil
Si (fort. compet.)
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Si
Rubro
242
Cant. emp.
3
Ppales empresas
Artecola, Clariant, Alcalis
Monto (U$S miles)
334.931
Rango
Alta
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Medio-Bajo
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
1,13
Brasil/ Argentina (en rango)
Bajo
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
(X-M) / (X+M)* 100
14,16
Rango
Equilibrado
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
1,13
Rango
Bajo
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
0,00
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Detección de nichos para la complementación productiva
Cuadro 16. Productos químicos
Rango
Nota: el segmento de Biodiesel está incorporado dentro de la clasificación CIIU 242.
2.3.1.12 Cuero
• En este rubro, la estrategia brasileña es la de fortalecer la
competitividad. Simultáneamente busca conquistar nuevos
mercados y ampliar el acceso a sus productos a nivel local.
• El nivel de inversiones brasileñas en Argentina ha sido bajo. Solo se
cuenta con el caso de Curtume Mucus por U$S 6 millones. Esto lo
vuelve más insignificante si se tiene en cuenta que la participación
231
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
•
•
•
•
232
•
•
•
de Brasil en el total de los anuncios de inversión en Argentina ha
sido media-baja.
En las últimas décadas, Brasil consolidó su actividad en el sector
de cueros tanto en niveles productivos como en calidad. Esto le
permitió lograr cierta brecha productiva respecto a Argentina.
No obstante, a nivel comercial (exportaciones) la disparidad a favor
de Brasil es baja (2,1 veces en 2008).
En lo que respecta al comercio bilateral, se evidencia un escaso
intercambio, aunque se presenta un saldo favorable a Argentina
de U$S 28,9 millones para el año 2008 representando este casi el
84% del comercio total.
En Argentina el sector de cueros presenta un rasgo heterogéneo
en su cadena productiva siendo relativamente concentrado en
los primeros eslabones de donde provienen la materia prima y
atomizado en la etapa de manufacturas compuesto por empresas
de pequeño o mediano porte.
La provisión de recursos depende tanto de la industria curtidora
como la de frigoríficos, eslabones de la cadena donde existe una
alta concentración de la oferta provocando una relación desigual
con las empresas de manufacturas de cuero que dependen de
estos como proveedores.
En este sentido, en el caso de la industria curtidora (curtiembres)
solo tres empresas concentran el 50% de las exportaciones,
mientras que se estima que existen alrededor de 200 firmas.
Argentina posee ventajas de localización en cuanto a la calidad
y disponibilidad del cuero. No obstante, esta depende del
sacrificio de animales por parte de los frigoríficos y la evolución
del stock de ganado bovino. Como es sabido, el sector ganadero
se encuentra atravesando dificultades en cuanto a la pérdida de
stock, la caída de la zafra de terneros y la pérdida de vientres,
con consecuencias desfavorables en cuanto a la oferta de cueros
y el precio interno.
Detección de nichos para la complementación productiva
• Asimismo la orientación hacia la exportación favorecida por la
concentración en las etapas de proceso frigorífico y de industria de
transformación de cuero (curtidora), más atomizado en esta última,
eleva el costo interno de este insumo esencial para la industria de
manufactura a lo que se agrega la existencia de capacidad ociosa
de sacrificio. Durante 2008 se sacrificaron 14,5 millones de cabezas
mientras que la capacidad de la industria frigorífica se estima en
20 millones.
• De esto surge que de manera estratégica, la industria muestra
algunos nichos en sus dos etapas finales de la cadena como
curtiembre y manufacturas, con bajos costos de insumos de cuero,
buena tecnología de producción y elevados estándares de calidad
del producto final.
• Por otra parte, según la Cámara Industrial de las Manufacturas
del Cuero y Afines de la República Argentina (CIMA) el sector
de manufacturas se compone de alrededor de 500 empresas de
manera atomizada, la mayoría pequeñas empresas. Estas se dividen
en los segmentos, marroquinería, ropa de cuero, accesorios de
vestir (cinturones, guantes, etc.), accesorios de cuero (estuches,
agendas, etc.) y talabartería (monturas, polo, etc.)
• El sector de manufacturas en Argentina se destaca por la calidad
tanto de su materia prima como de sus terminaciones, que
en algunos sectores posee ciertas características artesanales.
No obstante, presenta rasgos de sensibilidad en cuanto a su
competitividad frente a productos provenientes de China, las
cuales abarcan más del 60% del total de importaciones.
• Ante esa situación y el crecimiento de las importaciones de origen
china (80% entre 2006 y 2008) se establecieron medidas de
protección como licencias no automáticas específicamente para
bolsos de mano. Estas poseen un alto peso en las importaciones
totales, el 71,2% de ellas se encuentran afectadas por estas
medidas.
233
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
• Por otra parte, otro rasgo de vulnerabilidad se muestra por la
dependencia de la industria automotriz en los segmentos dedicados
a tapizado. En este rubro, las curtiembres ligadas íntimamente a
las terminales automotrices externas han sido las más afectadas
por la caída de la demanda internacional. Muchas empresas se
encuentran en situación crítica.
• En las potencialidades de explotación del sector se encuentran
asociadas con la asimilación de las ventajas de propiedad del país
receptor (Argentina), en cuanto a la calidad de materias primas y
disponibilidad, más allá de los problemas actuales y considerando
que existe alta capacidad ociosa. También es factible aprovechar
la estructura y desarrollo a nivel local acorde a la búsqueda
de eficiencia en el marco de una estrategia de fortalecimiento
competitivo del sector por parte de Brasil.
• Las oportunidades son percibidas actualmente en una coyuntura
actual desfavorable en algunos segmentos que afecta temporalmente
la dinámica del sector pero que altera las condiciones estructurales
de capacidad de recursos y calidad.
234
Cuadro 17. Cuero
CIIU
191
Sector
Curtido y terminación de
cueros; Fabricación de maletas,
bolsos de mano y artículos de
talabartería
Sector clave en Brasil
Si (fort. compet.) cuero
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Si
Rubro
191
Cant. emp.
1
Ppales empresas
Curtume Mucun
Monto (U$S miles)
6.000
Rango
Baja
sigue...
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Medio-Bajo
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
2,10
Brasil/ Argentina (en rango)
Bajo
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
(X-M) / (X+M)* 100
83,94
Rango
Poco intercambio
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
0,98
Rango
Bajo
Impo restringidas (linc+dump) / impo
totales
71,16
Rango
Alto
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
2.3.2. Rubros productivos con oportunidades medias
2.3.2.1 Carrocerías
Detección de nichos para la complementación productiva
Continuación
• En Brasil es considerado como un sector clave bajo el objetivo de
fortalecimiento competitivo.
• En la estructura de la oferta de aquel país se encuentran empresas
de gran porte de capitales brasileños, algunas de las cuales han
realizado inversiones en Argentina aunque a una baja escala. Entre
ellas se destacan inversiones de Marcopolo, Randon y Agrale.
• Las diferencias en magnitudes productivas y comerciales son
amplias a favor de Brasil, respecto a Argentina. En el caso de las
exportaciones totales, Brasil es 26 veces superior.
• Más del 77% del comercio bilateral se encuentra explicado por
las importaciones por lo cual resulta muy deficitario con Brasil
donde existe un entramado local atomizado. El sector se encuentra
235
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
dentro de pautas de comercio administrado con Brasil aunque no
puntualmente a este sector sino que cae dentro de una gama
amplia de sectores.
• La penetración de China en este sector no resulta relevante
representando sólo el 6% de las importaciones totales. En el
período 2006-2008, el aporte al crecimiento de las compras de
ese origen resultó insignificante (0,2%)
• Como comentario adicional, la producción local del sector en
Argentina aparece como sensible entre los que serían afectados por
una eventual eliminación del doble cobro del AEC producto del alto
flujo de comercio intrazona y el elevado peso del Arancel Externo
Común (AEC) principalmente en las importaciones desde Uruguay.
Esto implicaría que podría producirse un eventual desplazamiento
de la producción y concentrarse en un país con ventajas competitivas
y distribuir el producto a nivel regional. En esos casos, el
aprovechamiento del comercio regional y los procesos de integración
productiva simple o compleja se presentan como alternativas.
236
Cuadro 18. Carrocerías
CIIU
342
Sector
Fabricación de carrocerías
para vehiculos automotores;
fabriccion de remolques y
semirremolques
Sector clave en Brasil
Si (fort. compet.) cuero
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Si
Rubro
342
Cant. emp.
3
Ppales empresas
Marcopolo - Agrale - Randon
Monto (U$S miles)
5.639,0
Rango
Baja
sigue...
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Medio-Alto
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
26,2
Brasil/ Argentina (en rango)
Alto
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
(X-M) / (X+M)* 100
-77,4
Rango
Muy deficitario
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
0,21
Rango
Insignificante
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
0
Rango
Insignificante
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
2.3.2.2 Carnes
• Brasil logró consolidarse como el principal exportador mundial de
proteína animal: 1º en carne bovina, 1º en pollo y 4º en cerdo.
Se propone continuar ampliando el acceso a mercados externos,
teniendo como principales desafíos una continua mejora de la
calidad de sus carnes y una garantía de abastecimiento de insumos
para la producción brasileña.
• En los últimos años se observó un proceso de inversiones brasileñas
en Argentina. Básicamente, dos empresas brasileñas compraron
algunos de los frigoríficos más importantes del país tanto por el
interés que genera la actividad interna como por las oportunidades
de exportación.
• Analizando la capacidad de producción ganadera a partir de la
evolución del stock ganadero se puede observar un crecimiento
desde 2002 aunque en el último año la misma cayó a 55,1 millones
de cabezas.
Detección de nichos para la complementación productiva
Continuación
237
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
238
• En los últimos años, se presenció un paulatino deterioro relativo de
la actividad ganadera en Argentina, en especial en carne bovina.
No obstante, se trata de una actividad competitiva en dicho país.
El mayor riesgo es que perdure en el tiempo la política ganadera
actual y que se continúe con el proceso de reducción del stock de
vientres.
• Si se modifican algunas de las regulaciones recientes y se dan
señales económicas y sectoriales positivas existe potencialidad para
desarrollar el mercado de exportación y profundizar el sistema de
engorde a corral en Argentina.
• Los Frigoríficos Exportadores o Frigoríficos de Clase A: Son aquellos
especialmente aprobadas por la Unión Europea y EE.UU. Tienen un
alto nivel higiénico-sanitario. Se puede estimar que el 30%/33%
del sacrificio se rige por estas pautas.
• Cuando se tiene en cuenta todo el sector 151 de la clasificación
CIIU (producción y procesamiento de carne, pescado, frutas,
legumbres, hortalizas, aceites y grasas) el saldo comercial bilateral
resulta superavitario. Debe hacerse la salvedad que en este sector
ingresan tanto carnes como aceites y harinas de soja, jugos, frutas
y hortalizas, pollos.
• Las exportaciones totales de carnes de Argentina representan el
8% del sector 151, mientras que los que más influyen son aceite y
harina de soja 64,1%.
• En segmento carnes el comercio bilateral es casi equilibrado con
un déficit de U$S 7 millones para Argentina que representa el 5%
del comercio total.
• El comercio bilateral tiene un elevado grado de complementariedad
de ambas economías, mientras Argentina tiende a exportar carne
bovina, por otro lado Brasil dispone un importante nivel de
exportaciones de carne porcina.
• Las potencialidades mediante la explotación de las ventajas
de especialización resultan elevadas teniendo en cuenta las
•
•
•
•
Detección de nichos para la complementación productiva
•
dificultades atravesadas por el sector en Argentina respecto a la
pérdida de vientres, la caída de la zafra de terneros a raíz de la
sequía, el desaliento de los productores luego de casi un año de
conflicto con el Gobierno. De lo anterior se deriva una pérdida de
los stocks en torno a un 5% lo que significa alrededor de 3 millones
de cabezas de ganado.
Esta situación limita las posibilidades de una explotación bajo
una estrategia de búsqueda de recursos donde esta se encuentra
comprometida. A diferencia, las potencialidades en el segmento
de carne porcina se consideran elevadas bajo la estrategia
de internacionalización de la producción donde Brasil resulta
competitivo.
Si bien en Argentina existe una fuerte tradición por la carne bovina
y un alto consumo per cápita (70 kg anuales), la caída del stock
ganadero incrementa la demanda insatisfecha de carne bovina. Allí
el segmento porcino, que no se encuentra fuertemente explotado,
gana lugar como sustituto cercano en precio y uso.
Al respecto, similarmente a Brasil, Argentina cuenta con ventajas
de localización para la producción como la disponibilidad y
extensión de tierras, la producción de granos para su alimentación,
cuenta con un incipiente mercado y unidades productivas. Además
Argentina cuenta con un alto status sanitario declarado de TGE,
PRRS y de Peste Porcina.
Para considerar es la reciente gripe porcina que si bien se informó
que no se transmite por consumo de carne de cerdo, genera cierta
desconfianza en la población por falta de conocimiento.
Otro sustituto de relevancia es el segmento aviar, rubro en el que
Brasil dispone de un importante posicionamiento internacional a
nivel de producto y empresas. En ese segmento, Argentina dispone
de una producción competitiva que cumple garantías de seguridad
alimentaria. Los productores argentinos están organizados bajo el
sistema de integración vertical, método que facilita la trazabilidad
239
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
del producto. En el año 2008 se sacrificaron 538,9 millones de
cabezas, destacándose los casos de las provincias de Entre Ríos y
Buenos Aires (88% entre ambas).
Cuadro 19. Carnes
CIIU
151
Sector
Producción, procesamiento y
conservación de carne, pescado,
frutas, legumbres, hortalizas,
aceites y grasas
Sector clave en Brasil
Si (expans liderazgo) Carnes
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
240
Si (varias)
Rubro
151
Cant. emp.
2
Ppales empresas
Friboi Marfrig
Monto (U$S miles)
293.938
Rango
Alta
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Medio-Bajo
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
1,29
Brasil/ Argentina (en rango)
Bajo
(X-M) / (X+M)* 100
43,18
Rango
Superavitario
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
0,16
Rango
Insignificante
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
0
Rango
• De acuerdo al documento “Innovar e investir para sustentar o
crescimento” en Brasil existe una gran heterogeneidad productiva
intraindustrial, con bajo nivel de eficiencia. Es por ello que se
busca fortalecer a las empresas de origen de capital brasileño,
a través de la consolidación empresarial y la promoción de
exportaciones. Se considera necesario fortificar la cadena de valor
en su conjunto.
• Pese a contar con dificultades internas en Brasil, cuenta con una
alta diferencia en términos productivos frente a Argentina. A su
vez, en términos comerciales Brasil exporta casi 5 veces más.
• En el marco de una búsqueda de fortalecimiento competitivo
la penetración de productos brasileños en Argentina constituye
una oportunidad. Un tema a tener en cuenta al respecto es que
este segmento explica una alta proporción del crecimiento de
las compras totales desde China mostrando la existencia de una
demanda abastecida por países de extrazona.
• Las compras desde Brasil representan un 14,2% de las
Detección de nichos para la complementación productiva
2.3.2.3 Maquinaria y equipos (bienes de capital)
importaciones totales y el comercio bilateral resulta deficitario
para Argentina en más de U$S 237 millones, cifra que representa
el 31% del comercio total.
• El sector en Argentina muestra un alto déficit comercial total
superior a los U$S 2.500 millones para el año 2008 donde
existen escasos niveles de producción internos para abastecer a
la industria local. China es un fuerte competidor frente a Brasil y
representa el 15% de total de importaciones.
• Asimismo se muestran signos de debilidad y necesidades de
protección de la industria local. Las medidas de protección para este
sector afectan el 8,1% del total de importaciones aunque no resulta
un alto porcentaje en relación con otros sectores tradicionalmente
protectores y se dan en algunos productos puntuales.
241
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cuadro 20. Maquinaria y equipos
CIIU
153
Sector
Fabricación de maquinaria
de uso geral
Sector clave en Brasil
Si (fort. compet.) Bienes de
capital y Agroindustria
Rubro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Cant. emp.
Ppales empresas
No se resgistram anuncios
Monto (U$S miles)
Rango
Relevancia Brasil en anuncios de Inversión
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
242
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
B mucho más
Brasil/ Argentina (en veces)
4,76
Brasil/ Argentina (en rango)
Medio-Bajo
(X-M) / (X+M)* 100
-30,60
Rango
Deficitario
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
7,05
Rango
Alto
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
8,14
Rango
Bajo
2.3.2.4 Químicos
• Se trata de sectores altamente integrado entre Argentina y Brasil.
Los sectores productivos de ambos lados de la frontera tienen
un elevado grado de desarrollo y en cierta medida un nivel de
competitividad similar.
• En dicho contexto se genera una situación de entendimientos entre
los sectores privados de ambos países, no existiendo negociaciones
•
•
•
•
•
•
Detección de nichos para la complementación productiva
•
para tratar de frenar las importaciones en algún sentido. Además,
la alta coordinación y entendimiento de los sectores de ambos
países permite un desarrollo equilibrado tanto en términos de
producción como de comercio.
Dentro del sector químico coexisten diversos rubros (abonos,
herbicidas, cosméticos, limpieza, medicamentos, pinturas, etc.)
por lo que se debería analizar puntualmente cada uno de ellos
para detectar posibles oportunidades de inversión.
Se han evidenciado inversiones brasileñas en Argentina en un
nivel medio, como los casos de Grafor y Praxair. No obstante, la
relevancia de los anuncios de inversión brasileña en el total de los
anuncios de este sector en Argentina se ubican en un rango bajo.
Si bien la producción en Brasil tiene mayor escala y diversidad en
términos de productos, las diferencias no son muy notables.
En el plano de la inserción internacional, la diferencia en cuanto a
las exportaciones no se encuentra en un alto rango (Brasil envía al
extranjero 2,5 veces más que Argentina, cuando para el total de
los bienes está brecha es de 8 veces).
La situación de comercio bilateral es deficitaria para Argentina con
un saldo de casi U$S 400 millones para el 2008 el cual representa
el 16% del comercio total bilateral.
La penetración de China ha resultado la más significativa para
este sector lo cual se explica por el crecimiento de las compras
de glifosato, ácido fosfonometiliminodiacetico y politereftalato de
etileno en formas primarias. El aporte al crecimiento del sector en
las importaciones totales de China entre 2006 y 2008 es de 23%
y el crecimiento en este sector de las importaciones desde aquel
origen es de 346% en ese mismo período.
Existirían posibilidades de acentuar la complementariedad
productiva entre ambos países a nivel sectorial.
243
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cuadro 21. Químicos
CIIU
241
Sector
Fabricación de substancias
químicas básicas
Sector clave en Brasil
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Rubro
241
Cant. emp.
2
Ppales empresas
Gafor - Praxair
Monto (U$S miles)
30.797,48
Rango
Media
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Bajo
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
244
Si (varias)
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
2,45
Brasil/ Argentina (en rango)
Bajo
(X-M) / (X+M)* 100
-15,97
Rango
Deficitario
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
22,99
Rango
Alto
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
2,54
Rango
Bajo
2.3.2.5 Plásticos
• Brasil se plantea fortalecer su competitividad en el sector plástico.
Para ello tiene como objetivos principales la consolidación de Brasil
como exportador de productos con tecnología y valor agregado,
así como el aumento de la competitividad de las industrias de
procesamiento de plástico.
Detección de nichos para la complementación productiva
• En los últimos años, se evidenció un alto nivel de inversiones
brasileñas en Argentina. Se consolidaron inversiones por casi
U$S 154 millones entre 2002 y 2008, producto de las empresas
Ilion, Oerlikon, Sinimplast y Tigre. No obstante, la participación
de Brasil en el total de los anuncios de inversiones plásticas de los
últimos 7 años es baja.
• La dimensión productiva de Brasil es superior a la de Argentina,
aunque las diferencias no son tan notorias. Asimismo, los niveles
de competitividad también son bastante equiparables.
• En ambos países, la oferta productiva se encuentra concentrada
en los eslabones de materias primas de características
oligopólicas, dado que la cadena se inicia con la utilización de
insumos derivados de la industria petroquímica producto del
procesamiento del petróleo y gas natural donde existe una alta
concentración de la oferta.
• Tanto Argentina como Brasil cuentan con una industria petroquímica
desarrollada, condición para el abastecimiento local de materias
primas de la industria plástica, el eslabón inicial de la cadena es el
que fija las condiciones comerciales en ambos países, dado que la
industria de transformación y manufacturas finales está compuesto
por un gran número de empresas pequeñas y medianas donde se
da una relación desigual.
• En Argentina, en el sector de manufacturas existen alrededor de
2.700 empresas y sólo el 2% cuentan con más de 100 empleados,
mientras que más del 70% posee entre 1 y 5 empleados. En Brasil, la
cantidad de empresas en este eslabón superan las 11.000, mientras
que en los eslabones previos de materias primas e intermedios no
llegan a 20.
• Las diferencias en cuanto a dimensiones no se observan tampoco
en la relevancia exportadora en comparación con el promedio
sectorial. Las exportaciones totales de Brasil resultan menos de
2 veces mayores a las de Argentina (mientras que la diferencia
245
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
246
sectorial promedio es de más de 9 veces). No obstante, en
Argentina se observa una mayor dependencia de las exportaciones
hacia países del Mercosur, algo más pronunciado en el eslabón de
productos finales.
• Existe un importante intercambio bilateral, en ambos sentidos, lo
que demuestra la similitud del sector a ambos lados de la frontera
y ciertos parámetros de integración regional. Si bien el sector en
Argentina presentó un signo negativo de U$S 40 millones en el
comercio con Brasil en 2008, dicho déficit representa menos del
10% del comercio bilateral por lo cual se observa cierto equilibrio
en la relación.
• Adicionalmente, existe un excelente niveles de entendimiento
entre los empresarios de los dos países, que facilitan el desempeño
parejo de las industrias. De esta manera, tampoco en este sector
ha surgido productos sensibles que se intentaran proteger por
medio de alguna medida.
• El comercio equilibrado como la semejanza de sus características
productivas hacen que las potencialidades de un proceso de
inversión bajo una estrategia de internacionalización de productos
mediante la búsqueda de expansión de liderazgo por parte de Brasil
se encuentre en cierta forma agotado. Asimismo las limitaciones
también se observan en caso de la búsqueda de asimilación de
ventajas de propiedad relativa del lado argentino donde estas no
se observan en lo concreto.
CIIU
252
Sector
Fabricación de productos
de plástico
Sector clave en Brasil
Si (fort. compet.)
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Rubro
252
Cant. emp.
4
Ppales empresas
Clion - Oerlikon - Sinimplast - Tigre
Monto (U$S miles)
153.926
Rango
Alta
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Bajo
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
1,75
Brasil/ Argentina (en rango)
Bajo
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
(X-M) / (X+M)* 100
-7,20
Rango
Equilibrado
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
1,05
Rango
Bajo
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Detección de nichos para la complementación productiva
Cuadro 22. Plasticos
Impo restringidas (linc+dump) / impo
0,00
totales
Rango
2.3.2.6 Calzado
• Constituye un rubro en el que Brasil busca fortalecer sus estándares
de competitividad. Para ello se presentan como grandes metas
la consolidación de su mercado interno y su posicionamiento
internacional, en los cuales se encuentra amenazado por los productos
del Sudeste Asiático. También es un desafío para Brasil la incorporación
247
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
de tecnologías estratégicas (TIC`s, nanotecnología y biotecnología) en
la cadena de valor de cuero, calzado y productos derivados.
• En el sector calzado las inversiones brasileñas en el período 20022008 suman U$S 154,5 millones en Argentina considerado un nivel
alto cifra dentro del promedio. El proceso de inversiones brasileñas
en este sector fue caracterizado por una búsqueda de expansión
de liderazgo aprovechando sus ventajas de propiedad mediante la
adquisición de plantas, ampliación de las existentes y recuperación
de costos hundidos.
• Existen grandes diferencias de escala entre los sectores de ambos
países, en términos de dimensiones, escalas de producción e
internacionalización. Esto queda plasmado en la superioridad
exportadora de Brasil (60 veces más que Argentina) y en el
comportamiento del comercio bilateral (elevado déficit sectorial
para Argentina). El 97% del comercio con Brasil se explica por las
248
importaciones abarcando estas el 60% de las importaciones totales.
• Las diferencias de escala a favor de Brasil y la atomización del
sector en Argentina frente a la asociatividad y fortaleza se reflejan
en la relevancia relativa de las exportaciones brasileñas respecto a
las argentinas.
• Este sector es considerado tradicionalmente como sensible
en Argentina el cual se encuentra dentro de la comisión de
monitoreo dado el fuerte avance de Brasil en el período 20032006 aunque posteriormente producto de acuerdos entre privados
de ambos países, la participación de Brasil comenzó a disminuir.
El país favorecido por esta merma de importaciones fue China
quien aumentó su participación del 26% al 30% en el último
año, presentando un aporte medio-alto al crecimiento de las
importaciones totales de China entre los años 2006 y 2008.
• Las importaciones del sector calzado en Argentina están
fuertemente afectadas por medidas de protección. Las licencias no
afectando negativamente el ingreso de mercancías y generando
dificultades operativas en algunas empresas a la hora de exponer
su oferta importada en el mercado local.
• En lo que se refiere a calzados deportivos, existe una significativa
importancia de bienes importados, en especial en los que se
requiere una capacidad de producción a gran escala y niveles de
inversión inicial altos cuya producción se encuentra integrada a
nivel mundial, mayormente en países asiáticos. La concentración
de la oferta en este segmento se da en empresas multinacionales
que mayormente distribuyen sus productos mediante subsidiarias
locales. El nivel de competencia es alto con fuertes inversiones
publicitarias a los fines de la búsqueda constante del liderazgo
de la marca.
• Los otros segmentos se componen por calzado informal o casual
donde empresas locales más atomizadas disputan el mercado
local mediante el establecimiento de la marca propia, donde
además pueden distribuir o producir marcas internacionales
Detección de nichos para la complementación productiva
automáticas abarcan más del 96% de las importaciones totales
mediante el uso de licencias. Por otro lado también existe un
segmento de calzados de vestir o de alta gama, compuesto
mayormente por PyMEs locales donde la calidad es alta pero
encuentran muy vulnerables ante los altos costos y falta de
crédito. Finalmente, en el segmento de calzado de seguridad, la
oferta se encuentra más atomizada con empresas PyMEs donde
la producción es en serie.
• El sector local parece encontrarse en una etapa de madurez
donde se estima un mercado total de 100 millones de pares
limitando las posibilidades de expansión. Asimismo la oferta
local posee fuertes interrogantes acerca de la resistencia de su
participación del mercado por parte ante eventuales aumentos
de las importaciones.
249
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cuadro 23. Calzados
CIIU
192
Sector
Fabricación de calzado
Sector clave en Brasil
Si (fort. compet.) Calzado
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Rubro
192
Cant. emp.
4
Ppales empresas
Dilly - Grendene - Paquetá - Coop.
Joanetense
Monto (U$S miles)
154.500
Rango
Alta
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Alto
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
250
Si
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
60,01
Brasil/ Argentina (en rango)
Alto
(X-M) / (X+M)* 100
-97,06
Rango
Muy deficitario
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
2,11
Rango
Medio
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
96,87
Rango
Alto
2.3.2.7 Ferroviario
• Rubro en el que son por demás notorias las diferencias en la escala
productiva de Brasil respecto a Argentina. No obstante, no parece
ser prioritario entre los sectores estratégicos en Brasil.
• A nivel productivo no se evidenciaron inversiones brasileñas en
Argentina en los últimos años, aunque si las hubo a nivel medio en
lo referido al servicio de transporte por vía férrea.
Detección de nichos para la complementación productiva
• Argentina tiene tradición de fabricación en el sector. Ha sido pionera en
el desarrollo ferroviario de Latinoamérica y, a pesar de las dificultades
recientes, mantiene latente know how sectorial y capacidad
productiva, que le permitirían encabezar un nuevo desarrollo.
• Son palpables las necesidades en materia de mejoras de servicio de
transporte de pasajeros y de carga, así como extensión de la red
férrea y los servicios complementarios.
• Existen acciones desde los sectores público y privado para revitalizar el
sector ferroviario argentino que involucran el fomento de actividades
productivas, el fortalecimiento de la cadena de valor ferroviaria en el
país y un proceso de capacitación de recursos humanos.
• El Gobierno argentino impulsa la reactivación del sector ferroviario.
A fines de febrero de 2008, se creó la Ley 26.352 que tiene
como fin el reordenamiento de actividad ferroviaria. La norma
crea 2 organismos bajo la órbita del Ministerio de Planificación
(la Administración de Infraestructuras Ferroviarias Sociedad del
Estado para administrar la infraestructura ferroviaria y los bienes
ferroviarios concesionados a privados cuando finalice la concesión;
y la Operadora Ferroviaria Sociedad del Estado para asumir la
prestación de los servicios ferroviarios de pasajeros o de carga).
• Alstom, empresa líder a nivel global en la actividad ferroviaria, dispone
plantas productivas tanto en Argentina como en Brasil y mantiene
planes para acrecentar su actividad en ambos países. En el caso de
Argentina, Alstom busca profundizar su actividad de reparación de
vagones y construcción de unidades para el subte en La Plata.
• El proyecto del Tren Bala Buenos Aires-Rosario-Córdoba quedó
en stand by, principalmente por dificultades de financiamiento.
No obstante, se le adjudicaría a la empresa Alstom la compra
de 15 tranvías por una suma que rondará los US$ 65 millones
para extender el recorrido de Puerto Madero a la Boca y Retiro.
Se fomentaría la integración nacional de partes. Las primeras
unidades saldrían a fines de 2010.
251
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cuadro 24. Ferroviario
CIIU
352
Sector
Fabricación de locomotoras
y de material rodante para
ferrocarriles y tranvias
Sector clave en Brasil
No
Grandes emp. origen capital brasileiro
No
Rubro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Cant. emp.
Ppales empresas
No se resgistram anuncios
Monto (U$S miles)
Rango
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
252
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
B mucho más
Brasil/ Argentina (en veces)
21,3
Brasil/ Argentina (en rango)
Alto
(X-M) / (X+M)* 100
-65,1
Rango
Poco intercambio
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
0,00010
Rango
Insignificante
Impo restringidas (linc+dump) / impo
totales
0
Rango
Insigniificante
2.3.2.8 Motovehiculos
• El mercado interno argentino está consolidado en niveles
históricamente altos, a pesar de la actual crisis. Pasó de ser 9
veces menor al brasileño en 2004 a sólo 3 veces en 2008.
• El Estado argentino impulsa el desarrollo y la integración nacional
en la producción de motovehiculos. Desde septiembre de 2006 se
• Además está en la fase final un plan oficial que pretende incrementar
el valor agregado local del 40 al 60% en cinco años. Se favorecería
el desarrollo del sector motopartista local mediante certificados de
importación con reducciones arancelarias, bonos fiscales para el
pago de tributos e insumos y líneas de financiamiento para favorecer
la adquisición de insumos y bienes a aquellas empresas que acrediten
inversiones superiores a US$ 1 millón para la integración de partes
locales en la producción y ensamble de motos en el país.
• Actualmente el sector productor y de ensamble no dispone de
un sector motopartista desarrollado. La producción local de
motopartes es insuficiente en términos de cantidad, costo y calidad
para abastecer al nuevo sector ensamblador.
• En los últimos años, las empresas tradicionales volvieron a producir
y a ensamblar algunos modelos de entre 50 cc y 150 cc de cilindrada
de forma competitiva. También se incorporaron nuevos jugadores
en la producción, los que están invirtiendo en el ensamble local de
algunos modelos de motocicletas de 100 cc a 125 cc de cilindrada
y cuatriciclos.
Detección de nichos para la complementación productiva
exige para las importaciones de motovehiculos de hasta 250 cc. de
cilindrada el Certificado de Importación de Motocicletas.
• La producción nacional se ha concentrado históricamente en los
modelos de menor cilindrada, no existiendo producción nacional
ni ensamble de motovehiculos de más de 150 cc.
• Zanella, la única empresa que produce motos en el país, es de
capitales locales. También existe un conjunto de empresas que
sólo importa unidades terminadas y/o ensambla CKD, y se incluyen
tanto firmas de capitales locales como filiales de empresas
multinacionales.
• A pesar del incremento de la producción nacional y del ensamble de
motovehiculos a partir de kits importados, la actividad productiva
local ha visto reducida sistemáticamente su participación en las
ventas luego de la crisis del 2002.
253
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
• En el ensamble de motocicletas del total de partes y piezas
utilizadas, en promedio, alrededor de un 10% corresponde a
partes fabricadas en el país, mientras que el 90% restante proviene
del exterior, principalmente de China.
• Existe una tendencia a la sustitución de motos chinas de baja calidad
por otros orígenes de mejor calidad y disponibilidad de repuestos.
• La participación de motovehiculos de origen brasileño sobre el total
importado por Argentina superó el 7,4% en 2008. Este share supera
al de 2007 de sólo 5,7%, pero está muy por debajo del 39% alcanzado
en 2003, antes de la fuerte penetración de motos de origen chino.
Cuadro 25. Motovehiculos
CIIU
359
Sector
Fabricación de otros tipos de
equipo de transporte N.C.P.
Rubro
254
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Cant. emp.
Ppales empresas
No se resgistram anuncios
Monto (U$S miles)
Rango
Relevancia de Brasil en anuncos de Inversión
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
B mucho más
Brasil/ Argentina (en veces)
41,24
Brasil/ Argentina (en rango)
Alto
(X-M) / (X+M)* 100
-94,75
Rango
Poco intercambio
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
4,44
Rango
Medio
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
89,72
Rango
Alto
2.3.3.1 Petroquímica
• Brasil continúa posicionándose a nivel internacional en el rubro
de extracción y refinación de petróleo. En ese sentido, los planes
brasileños tienden a garantizar la autosuficiencia en petróleo y a
revitalizar y ampliar la participación de la industria local con bases
competitivas y sustentables en petróleo y gas en el exterior. Sin
dudas, la relevancia de Petrobrás en esta estrategia es trascendental.
• El sector presenta potencialidades por la asimilación de las ventajas
de propiedad del lado argentino donde se observa un alto superávit
en el comercio bilateral, U$S 1.413 millones que representa el
82% del comercio total con Brasil y una mayor relevancia de las
exportaciones totales al resto del mundo en términos relativos
(exporta 1,11 veces más que Brasil)
• Esto se asimila a la estrategia de expansión de liderazgo adoptada
por Brasil en su proceso de desarrollo de la industria de derivados
de petróleo y gas natural mediante la búsqueda de eficiencia y
Detección de nichos para la complementación productiva
2.3.3 Rubros productivos con Oportunidades Bajas
ampliación de escalas productivas como así también bajo una
estrategia de resource seeking.
• En Argentina, existen grandes yacimientos petrolíferos y gasíferos
con altas potencialidades en cuanto a la generación de valor
agregado derivado de actividades conexas como proveedores de
insumos, servicios de ingeniería, equipos especiales, transporte,
entre otros, como el abastecimiento a otras industrias como la
química o del plástico.
• No obstante, el proceso de extracción de petróleo ha disminuido
de forma sostenida entre los años 2003 y 2007, donde se estima
una caída superior al 13%, producto de la caída de la actividad
exploratoria de los últimos años con consecuencias negativas en la
disponibilidad de reservas de petróleo.
255
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
256
• Si bien el sector muestra potencialidades de desarrollo conjunto
hacia una estrategia de ampliación de las reservas y generación de
valor agregado de actividades conexas, el proceso de inversión por
parte de Brasil ya se encuentra en un alto rango, como también
su incidencia en los anuncios totales (casi el 35% en el total de
anuncios).
• Entre 2002 y 2008 las inversiones de Petrobrás fueron de U$S
3.430 millones que abarcaron actividades de extracción y refinación
de petróleo y gas, así como también a otros rubros energéticos,
petroquímicos y servicios varios. Las inversiones del grupo Petrobrás
involucraron las actividades de las firmas Petrobrás Energía y Entre
Lomas. También se contabilizaron anuncios de la firma Saraceni
por otros U$S 20 millones.
• También es destacable el anuncio conjunto de 2008 entre Petrobrás,
YPF y la estatal argentina Enarsa. De ello se desprendió la intención
de realizar actividades de exploración en bloque de plataforma
marítima a 250 km de la costa de Mar del Plata.
• También es destacable la participación de Brasil en el proceso de
inversión de productos de la refinación de petróleo. El 15,2% del
total proviene de capitales brasileños, aunque la más importante
proviene desde España por parte de Repsol-YPF que representa el
54% del total.
• Las altas barreras de entrada y la existencia de grandes empresas
de explotación con fuerte presencia estatal refuerzan los
argumentos acerca del fortalecimiento del sector como estratégico
para el desarrollo de la región, y en esta cuestión, Argentina y
Brasil muestran un reciente trabajo conjunto. Si bien el sector se
clasifica como baja potencialidad, esto no implica considerar el
agotamiento de las posibilidades de expansión conjunta, sino el
inicio de una incipiente recuperación de la actividad petrolera en
Argentina donde Brasil ya posee fuerte presencia.
CIIU
232
Sector
Fabricación de productos de
la refinación del petróleo
Sector clave en Brasil
Si (expans liderazgo)
petróleo, gas y petroq.
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Si
Rubro
232
Cant. emp.
2
Ppales empresas
Petrobrás - Saraceni
Monto (U$S miles)
3.450.000*
Rango
Muy Alto
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Medio alto
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B más
Brasil/ Argentina (en veces)
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina Brasil/ Argentina (en rango)
0,90
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Arg
(X-M) / (X+M)* 100
82,24
Rango
Muy superavitario
Aporte % al crescimiento de importaciones
chinas 2006-2008
-0,02
Rango
Insignificante
Detección de nichos para la complementación productiva
Cuadro 26. Petroquímica
Impo restringidas (linc+dump) / impo totales 0,00
Rango
Nota: *Las inversiones de Petrobrás (U$S 3.430 millones) abarcaron actividades de extracción y refinación de petróleo y gas, así
como también a otros rubros energéticos, petroquímicos y servicios varios.
2.3.3.2 Siderurgia
• Sector que en los últimos años recibió un importante flujo de inversiones
en Brasil que permitió el incremento de la capacidad productiva
en aquel país. También se ve beneficiado en Brasil por un acceso
257
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
•
•
•
258
•
•
privilegiado a las materias primas. No obstante, según el documento
“Innovar e investir para sustentar o crescimento” se considera que la
dimensión empresarial y las inversiones tecnológicas de las empresas
brasileñas fueron inferiores a las líderes internacionales.
Uno de los principales objetivos de Brasil es mantenerse entre los
5 principales productores mundiales en los próximos años, en un
marco de promover la internacionalización empresarial.
En la actualidad, la siderurgia de Brasil es la principal de la región
en aceros planos y número 22 en el mundo. Respecto a Argentina,
tanto en el segmento de industrias básicas de hierro y acero como
productos primarios de metales preciosos y minerales no ferrosos
el valor agregado de Brasil la supera en más de 10 veces.
Respecto a la relevancia como exportador, las ventajas también se
observan del lado de Brasil superando en 6,4 veces las exportaciones
argentinas y en el comercio bilateral Argentina muestra un saldo
deficitario en los dos segmentos (U$S 985 millones y U$S 355
millones, respectivamente para los sectores de Industrias básicas
de hierro y acero _CIIU 271_ y Fabricación de productos metálicos
no ferrosos _CIIU 272_).
En cuanto a las inversiones, las provenientes de Brasil se encuentran
en un alto rango por parte de las empresas Acindar y Sipar Gerdau
donde predominaron las modalidades greenfield y ampliación
superando los U$S 500 millones. Sin embargo, el peso de Brasil es
bajo en el total de inversiones del sector (en torno al 10%) donde
se destaca la fuerte presencia de capitales locales por parte de
las empresas Aluar y Ternium Siderar, en ambos casos empresas
grandes con una importante trasnacionalización.
Es de destacar que Argentina dispone de varios factores que
dan competitividad internacional a esta actividad: disponibilidad
de materias primas e insumos en calidad y cantidad, know how
sectorial y capacidad productiva. No obstante, hay que resaltar que
es una actividad fuertemente concentrada en grandes empresas,
Cuadro 27. Siderurgia
CIIU
271
271
Sector
Industrias básicas de
hierro y acero
Fabricación de productos
primarios de metales
preciosos y metales no
ferrosos
Sector clave en Brasil
Si (expans liderazgo)
siderurg
Grandes emp. origen capital
brasileiro
Rubro
271
272
Cant. emp.
4
1
Sipar Gerdau - Acerbrag Acindar - Usiminas
Laminação Paulista
549109
303
Alta
Baja
Relevancia Brasil en Anuncios de
Inversión
Medio-Bajo
Medio-Bajo
Relevancia productiva de Brasil
respecto a Argentina
B más
B muchomás
Brasil/
Argentina (en
veces)
6,39
4,17
Brasil/
Argentina (en
rango)
Medio - Bajo
Medio - Bajo
(X-M) / (X+M)*
100
-70,23
-56,06
Rango
Muy deficitario
Muy deficitario
Inversiones en
Ppales
Argentina (Encuesta empresas
+ Anuncios)
Monto (U$S
miles)
Rango
Relevncia
comercial de
Brasil respecto a
Argentina
Situación en
comercio bilateral
Arg-Brasil
Detección de nichos para la complementación productiva
lo cual reduce las oportunidades de grandes inversiones brasileñas
por sobre las ya realizadas.
sigue...
259
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Continuación
Impacto de
importaciones
chinas
Medidas de
defensa en
Argentina
Aporte % al
crescimiento de
0,96
importaciones
chinas 20062008
0,59
Rango
Bajo
Bajo
Impo
restringidas
(linc+dump) /
impo totales
15,48
0,00
Rango
Medio
2.3.3.3 Vehículos automotores
260
• Brasil tiene como objetivo fortalecer su competitividad en el
complejo automotriz. Para ello se propone como objetivo
consolidar y ampliar la participación del país en la producción
mundial de vehículos.
• Gracias a un crecimiento sostenido en los últimos años, Brasil se
está consolidando como uno de los principales jugadores a nivel
global en la producción de vehículos. En 2008 alcanzó un nuevo
récord de producción en su historia, al superar los 3,2 millones de
unidades fabricadas. La meta oficial que se manejaba era superar
las 4,3 millones en 2010 y los 5 millones en 2013, aunque esto
puede estar afectado por el nuevo escenario global para el sector.
• Paralelamente a este proceso antes expuesto, se fue acrecentando
la injerencia brasileña en Sudamérica en diferentes aspectos:
por la relevancia productiva, en cuanto a la toma de decisiones
productivas y de sourcing, y respecto a la capacidad de diseño
e ingeniería.
Detección de nichos para la complementación productiva
• Casi la totalidad de los jugadores instalados en Brasil corresponden
a empresas multinacionales. La empresa brasileña Agrale se orienta
a la producción de vehículos semipesados.
• Se anunciaron inversiones brasileñas en Argentina para la
instalación de una planta productiva en Mercedes (Provincia de
Buenos Aires) por parte de la firma Agrale.
• En Argentina, el sector creció en producción, ventas y exportaciones
progresivamente desde el año 2002 y alcanzó récords históricos en
2008. Esto se dio en el marco de un nuevo modelo, que dispone
de una mayor orientación a la exportación y logró renovar su oferta
de vehículos (todas las terminales recibieron nuevas asignaciones
en los últimos 6 años). La fabricación es realizada por 9 terminales
automotrices.
• Existe una creciente tendencia a la complementariedad productiva
entre Argentina y Brasil. En los últimos años, aumentó la
especialización de cada país a nivel regional: Argentina tendió hacia
los vehículos medianos, pick ups y utilitarios; mientras que Brasil
lo hizo hacia vehículos pequeños y camiones. No obstante, este
último país tiene una oferta amplia y diversificada con producción
en todos los segmentos.
• Entre 2005 y 2008, el sector automotriz argentino fue puntal del
crecimiento manufacturero local, hecho que lo convirtió, para
el gobierno nacional, en un sector testigo del nuevo modelo
productivo post-devaluación. Es por ello que desde el sector público
se trabajó conjuntamente con la cadena de valor automotriz para
sostener varias políticas de fomento.
261
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cuadro 28. Vehículos automotores
CIIU
341
Sector
Fabricación de vehiculos
automotores
Sector clave en Brasil
Si (fort. compet.)
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Rubro
342/342
Cant. emp.
1
Ppales empresas
Agrale
Monto (U$S miles)
2.120,0
Rango
Baja
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Bajo
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
262
Si
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
1,8
Brasil/ Argentina (en rango)
Bajo
(X-M) / (X+M)* 100
-10,7
Rango
Equilbrado
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
0,40
Rango
Bajo
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
0
Rango
Insignificante
2.3.3.4 Fabricación de productos minerales no metálicos
(cemento)
• En Brasil se busca consolidar el liderazgo en el rubro de minerales
y fortalecer la competitividad en construcción civil, ambos
casos relacionados a la actividad manufacturera de productos
minerales no metálicos.
Detección de nichos para la complementación productiva
• En lo referente a insumos materiales para la construcción Brasil
posee fuerte presencia a nivel regional en cemento y cal con una
alta participación en las inversiones totales en Argentina. En este
sentido los capitales de origen brasileño representan más del 70%
las inversiones totales del sector.
• También se destaca un fuerte proceso de inversiones tanto del
resto de empresas locales como transnacionales dado el período
de fuerte crecimiento de la actividad de los últimos cinco años por
tratarse de una actividad fuertemente procíclica.
• En línea con la estrategia de expansión del liderazgo, mediante la
adquisición por parte del grupo Camargo Correa de la empresa
argentina Loma Negra, se convierte en uno de los principales
proveedores de Latinoamérica.
• Respecto a la relevancia de las exportaciones, las de Brasil superan a
las de Argentina en 9,3 veces para todo el sector encontrándose en
un rango medio en relación a los otros sectores. El intercambio entre
los dos países se encuentra en un nivel bajo (U$S 116 millones) con
un saldo deficitario para Argentina de 75 millones que representa el
64% del comercio. En lo referido a cemento, hay que considerar que
se trata de un segmento con bajo grado de transabilidad.
• El sector se caracteriza por una alta concentración en ambos
países por lo cual disparidades en cuanto a ventajas de propiedad
no se muestran muy evidentes. Ante esto, la estrategia de
internacionalización de productos a través de la adquisición para
abastecer el mercado y expandir el liderazgo regional se hace
factible considerando el bajo nivel de intercambio y la capacidad
productiva en ambos países. Esto se refleja con la adquisición de
Loma Negra.
• Sin embargo, la característica de concentración hace que esta
posibilidad se encuentre ciertamente agotada luego de realizada la
adquisición de la empresa líder como de sus empresas relacionadas
del sector (Hormigones Lomax y Cementos del Plata).
263
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cuadro 29. Minerales no metálicos
CIIU
269
Sector
Fabricación de de productos
minerales no metálicos N.C.P.
Sector clave en Brasil
Si (expans liderazgo) minerales
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
264
Si (varias)
Rubro
269
Cant. emp.
1
Ppales empresas
Loma Negra (Camargo Correa)
Monto (U$S miles)
101.025
Rango
Alta
Anuncios de Inversión (Brasil/Total) 2002-2009 (3m)
75,7%
Relevancia Brasil en Anuncios de Inversión
Bajo
Relevancia productiva de Brasil respecto a Argentina
B mucho más
Relevancha comercial de
Brasil respecto a Argentina
Situación en comercio
bilateral Arg-Brasil
Impacto de importaciones
chinas
Medidas de defensa en
Argentina
Brasil/ Argentina (en veces)
9,3
Brasil/ Argentina (en rango)
Medio
(X-M) / (X+M)* 100
-64,6
Rango
Poco intercambio
Aporte % al crescimiento de
importaciones chinas 2006-2008
0,9
Rango
Bajo
Impo restringidas (linc+dump) /
impo totales
0
Rango
2.3.4 Rubros de servicios con Oportunidad Alta
En lo que se refiere a servicios, desde Brasil se percibe una actitud
proactiva para fortalecer la competitividad en rubros como Transportes;
Viajes y Turismo; Ingeniería y Construcción; Seguro y Finanzas; y,
Comunicaciones, entre otras.
No obstante, para la determinación de oportunidades altas se
consideraron también otros indicadores como la dinámica de la inversión
brasileña y de extrazona de los últimos años, la existencia de empresas
importantes de capital nacional en Brasil, la disponibilidad y costo de
los recursos humanos en Argentina, el nivel de desarrollo local para la
asimilación de conocimientos y las condiciones de localización creadas
(marco normativo, leyes de fomento, profundización de procesos de
integración, etc.).
2.3.4.1 Informática
• De acuerdo al documento “Innovar e investir para sustentar o
crescimento”, el sector de las Tecnologías de la Información y
Comunicación (TIC`s) de Brasil está incluido dentro de los programas
movilizadores en áreas estratégicas. Al respecto, el objetivo central
es posicionar a Brasil como un productor y exportador relevante
de software y servicios de TI. Paralelamente, se procura ampliar la
producción local y el desarrollo tecnológico en segmentos como
los de microelectrónica, displays y otros TIC`s.
• Asimismo se percibe que, por el momento, es baja la participación
de empresas brasileñas de tecnología propia en el mercado interno
de aquel país. Además se considera que la oferta en Brasil está
fragmentada, con un gran número de PyMEs.
• En lo que se refiere al sector informático, Argentina se destaca en
el plano latinoamericano por su mano de obra calificada y a buen
costo tanto para las actividades de diseño de software como para
otras actividades vinculadas a la informática.
Detección de nichos para la complementación productiva
En todos los casos, la estrategia brasileña persigue la conquista
de mercados y la especialización. Para ello se intenta aumentar la
participación del país en el comercio mundial de servicios, ampliando la
base de sus empresas exportadoras.
265
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
• A su vez en Argentina se cuenta con un régimen de promoción
de software a nivel nacional (Ley 25.922) que busca mejorar la
competitividad de las empresas mediante el otorgamiento de
beneficios fiscales, estimulando el desarrollo y dinamizando la
industria del software en el país. Ya se contabilizan 221 empresas
inscritas al régimen.
• Los beneficiarios del presente régimen gozarán del beneficio de
la Estabilidad Fiscal hasta el 17/09/2014. Convertir en un bono de
crédito fiscal intransferible hasta el 70% (setenta por ciento) de las
contribuciones patronales que podrá ser usado para la cancelación
de tributos nacionales, entre otras cuestiones.
• Flujo de inversiones brasileñas que se acercó a los U$S 8 millones en el
período 2002-2008, lo cual si bien está calificado como bajo respecto
a la media, es relevante teniendo en cuenta la dimensión de este
segmento de servicios. Las inversiones que se constataron se orientaron
a servicios de consultoría en equipo y programas de informática,
provenientes de firmas como Itecsa, Stefanini, Datasul y Microsiga.
• Una cuestión complementaria a este rubro es que en Argentina existe
un desarrollo de la actividad de call centers en la última década.
• Existen posibilidades de continuar este flujo inversor brasileño, el
cual puede seguir aprovechando las ventajas que dispone Argentina
para el desarrollo de esta actividad.
266
Cuadro 30. Informática
CIIU
721
Consultores
en equipo de
informática
Sector
Sector clave en Brasil
Inversiones
en Argentina
(encuesta +
anuncios)
Rubro
Cant. emp.
722
Fabricación de productos
de madera corcho, paja y
materiales trenzables
Si (mobilizador en área estratégica) sofware y
servicios TIC’s
721
2
722
2
Ppales empresas
Itecsa -Stefanini
Datasul - Microsiga
Monto (U$S miles)
Rango
400
Baja
7.386,9
Baja
• Se destaca la competitividad de Brasil en los servicios de Ingeniería
y Construcción. Allí se constata la existencia de grandes empresas.
• En Argentina, el sector de la construcción presentó un fuerte
crecimiento en el período 2003 a 2007, superior a dos dígitos.
Ya en 2008, ante la creciente incertidumbre en el mercado local
sumado a la desaceleración del gasto público, la actividad presentó
un crecimiento menor (3,7%).
• En el primer trimestre de 2009, la construcción disminuyó un
1,2% respecto al mismo período de 2008, aunque con diferentes
perspectivas en cada bloque. Los edificios para vivienda y las obras
viales crecen un 3% y un 5% respectivamente, mientras que las
obras para otros destinos, obras de infraestructura y construcciones
petroleras caen 5%, 7% y 32% en cada caso.
• En los últimos años, se ha expandido la cantidad de grandes
empresas constructoras, con participación de capitales extranjeros,
que se dedican a importantes desarrollos inmobiliarios.
• Tras el antecedente de derrumbe del sistema financiero argentino en
Detección de nichos para la complementación productiva
2.3.4.2 Construcción
2001, la confiscación de las cuentas de capitalización individual en
2008 y la continuidad de las presiones inflacionarias y cambiarias,
la vivienda es percibida como una importante reserva de valor.
• Diferenciando por sectores de la demanda, se vislumbran más
oportunidades en lo que refiere a los productos destinados para
sectores de ingresos medios altos y altos, ya que ante el impacto de
la reciente crisis financiera internacional, todavía pueden mantener
posiciones líquidas. Los sectores de ingresos medios bajos y bajos
se enfrentan a la restricción de un elevado costo financiero de los
créditos hipotecarios y a una creciente inseguridad laboral.
• Si bien el blanqueo de capitales otorga beneficios para los fondos
destinados al sector de la construcción, por debilidades en la
redacción del régimen y la incertidumbre acerca de la política local,
267
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
se ha reducido la expectativa acerca del flujo de fondos que puede
atraer hacia el sector.
• En lo que refiere a la obra pública, por el menor crecimiento de
los ingresos sumado a las restricciones de acceso al mercado
internacional de crédito y los elevados vencimientos de deuda,
se espera una desaceleración de los gastos de capital luego de
las elecciones legislativas de junio, tanto a nivel nacional como
provincial.
• Los costos de la construcción presentan una tendencia alcista,
aunque a un ritmo que se viene desacelerando. En el primer
cuatrimestre de 2009, estos aumentaron un 13%. Dentro de los
diferentes componentes, crece más el costo de la mano de obra
y los gastos generales (16% y 17%, respectivamente) que de los
materiales (9%).
268
Cuadro 31. Construcción
CIIU
452
Sector
Construcción de edificios
completos y de partes
de edificios; obras de
ingeniería civil
Sector clave en Brasil
Si (fot. compet.) construcción
civil
Grandes emp. origen capital brasileiro
Inversiones en Argentina
(encuesta + anuncios)
Si (varias)
Rubro
452
Cant. emp.
2
Ppales empresas
IRSA Cyrela - PDG Realty
Monto (U$S miles)
127.000
Rango
Alta
Anuncios de Inversión (Brasil/Total) 2002-2009 (3m)
1,6%
Relevancia Brasil en anuncios de Inversión
Bajo
• Sector con un gran desarrollo en Brasil y disponibilidad de grandes
empresas.
• Entre 2002 y 2008 se constataron varias inversiones de empresas
brasileñas en Argentina que sumadas se aproximan a los U$S 80
millones. Las mismas se refirieron a varios segmentos de servicios
de transporte: por vía férrea, por vía terrestre y marítima. También
se verificaron inversiones en actividades complementarias de
transporte y logística
• Este sector puede ser afectado en el margen por la eventual
implementación del doble cobro del arancel en el Mercosur.
• Los efectos irían en la dirección de favorecer la concentración de los
sistemas de distribución en los países con la estructura de logística
más desarrollada, y desde allí se realizarían la distribución a todos
los países del Mercosur. Brasil, por ser el país con el mayor mercado
interno, podría ser el más favorecido por estos cambios.
• De esta manera, podría ocurrir que el sector en Argentina sea
afectado en el margen (dado que el efecto en todos los casos no
será muy significativo) a favor de su desarrollo en Brasil.
• El hecho que sectores manufactureros de material de transporte como
aeronáutica y embarcaciones sean percibidos como de oportunidad
alta por el presente análisis y que los gobiernos de ambos gobiernos
tengan intenciones manifiestas de desarrollar dichas actividades
productivas, puede ser funcional a un mayor dinamismo en servicios
vinculados como el caso de transporte y logística.
Detección de nichos para la complementación productiva
2.3.4.3 Transporte / Logística
269
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Cuadro 32. Transporte y logística
CIIU
601
Sector
Transporte
por vía
férrea
Actividades de transporte
Otros tipos
Trasporte
complementarias y
detrans
marítimo y
auxiliares; actividaes de
porte por
de cabotaje
agencias de viajes
vía terrestre
601
602
611
630
1
3
1
2
Ferrosur Roca DM - Pluna (Camargo)
Stenfar
Docenave
Cargo - Terminal Zarate
46.500
15.547
*
15.508
Media
Media
Baja
Media
s/d
Bajo
Rubro
Cant. emp.
Inversiones
Ppales
en Argentina
empresas
(encuesta +
Monto
anuncios)
(U$S miles)
Rango
Relevancia Brasil en
anuncios de Inversión
602
Medio - Bajo Alto
611
Nota: * Se refiere a un anuncio en el cual no se consignó monto de inversión.
270
Notas
2
Se considera potencialidad alta en jugos, media en vinos y baja en cerveza.
630
3. Lineamientos estratégicos
para el abordaje de
negocios conjuntos
El enfoque de este estudio, que parte desde las inversiones extranjeras en
Argentina con foco en el proceso inversor brasileño bajo una óptica de
cadenas de valor y sectores prioritarios, y considera luego la visión desde
indicadores cualitativos y cuantitativos, ha permitido detectar algunos
nichos de oportunidad para fortalecer la articulación productiva en el
contexto regional.
Estos nichos dan una pauta del posible mapa de relaciones para el
desarrollo de negocios conjuntos y consideran diversos factores que
propiciarían mayores sinergias entre ambos países. Entre ellos, además
de las especificidades de cada sector estudiado, se consideraron:
• La capacidad productiva y decisoria a nivel regional de empresas
brasileñas transnacionalizadas, lo cual en muchos casos es funcional
a la estrategia pública de Brasil de consolidación de liderazgo o
mejora de competitividad en diversos sectores.
• El poder financiero de dichas firmas, en muchos casos con un
impulso del sector público a través de varias agencias de gobierno.
Esto da lugar a la posibilidad de explorar diferentes formas de
integración e involucramiento en el mercado argentino.
• Las oportunidades que otorga el proceso de integración regional
(Mercosur), en particular para acrecentar el proceso de integración
productiva y de transferencia tecnológica a nivel regional.
• El aprovechamiento de las ventajas de algunos rubros en Argentina
por competitividad genuina, gracias a disponibilidad de recursos
y/o know how y/o infraestructura adecuada, entre otros.
Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos
A manera de conclusión del análisis realizado en los capítulos precedentes,
se desarrollan a continuación algunos lineamientos con el fin de contribuir
a la formulación de acciones de complementación productiva entre
Argentina y Brasil, que dinamicen la integración bilateral y el proceso
inversor.
273
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
• La eventual existencia de oportunidades de negocios en
determinados sectores por cuestiones coyunturales.
Pero más allá del grado de oportunidad detectado en cada rubro, es
necesario considerar también el espacio existente para la acción pública y
privada, la cual constituye una variable significativa a la hora de delinear
una estrategia productiva/comercial en la región. Es por ello que fue
contemplada entre los principales rubros industriales y de servicios en los
que se detectaron potencialidades altas o medias.
De dicho análisis se pudo reclasificar en 2 subgrupos a los rubros de
acuerdo al espacio que se intuye existe para la acción pública/privada
a nivel regional. Los que conforman el primer subgrupo son aquellos
en los que habría más oportunidades de obtener réditos concretos
de una exploración profunda y una búsqueda de consensos para la
complementación.
274
Subgrupo I: Rubros seleccionados con mayor espacio para la acción
pública/privada a nivel regional
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Aeronáutica
Minería
Industria Naval (incluye pequeñas embarcaciones)
Ferrocarril
Autopartes
Maquinaria de uso especial (maquinaria agrícola)
TIC´s + Desarrollo tecnológicos orientados al Agrobusiness
Biodiesel
Construcción
Por otro lado, en el segundo subgrupo se concentran rubros con
oportunidades altas pero en los que las limitaciones para la interacción
son mayores y el esfuerzo para obtener resultados destacables es mayor.
pública/privada a nivel regional
• Lácteos
• Productos de la molinería
• Bebidas (jugos)
• Cuero
• Celulosa / Papel
3.1 Breves comentarios sobre rubros con
mayor espacio para la acción pública/
privada a nivel regional
3.1.1 Aeronáutica
En el sector aeronáutico, existen una serie de elementos determinantes,
que analizados conjuntamente dan lugar a importantes oportunidades
para las inversiones brasileñas en Argentina.
La existencia de una elevada disparidad, tanto en términos productivos
como comerciales, entre Argentina y Brasil (a favor de este último), se
vislumbra a través del liderazgo a nivel internacional del sector aeronáutico
con embrear como pilar de desarrollo. Por su parte, Argentina intenta
recomponer una actividad, que si bien es histórica en el país, proviene de
un largo período de desmantelamiento.
Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos
Subgrupo II: Rubros seleccionados con menor espacio para la acción
Cabe mencionar además, en vistas a una complementación productiva entre
ambos países, la voluntad política en Argentina de fomentar la actividad
sectorial, con un fuerte apoyo público y con iniciativas a nivel regional
que involucran a Brasil como socio estratégico. Se suma a ello además, la
disponibilidad de know how latente en Argentina, expuesto en la disponibilidad
de un entramado de aeropartistas y de mano de obra calificada.
275
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
A partir de los aspectos antes citados, se vislumbran significativas
oportunidades para la consolidación brasileña en este rubro, que sea
funcional a la reactivación sectorial en Argentina y simultáneamente
fomenten la integración productiva a nivel regional. De esta forma, en
un primer paso se podría revitalizar la actividad aeropartista argentina
como proveedoras de Embraer, y en un segundo paso avanzar en
actividades de ensamble de más valor agregado.
3.1.2 Minería
276
La actividad minera en Brasil cuenta con una gran cantidad de empresas
de capital local con un alto nivel de internacionalización y de exportación.
Una de las mineras más importantes en la producción y exportación de
hierro a nivel mundial, Vale do Rio Doce, ha invertido en el país con el fin
de satisfacer el 70% de la demanda de potasio del Mercosur. En Argentina,
sin embargo, si bien en la producción metalífera participan jugadores
mundiales, en la producción no metalífera y de rocas de aplicación, son las
pequeñas y medianas empresas locales las que tienen una alta participación.
En este sentido, y en función de las necesidades de sustentar el
crecimiento de Brasil en materia agroindustrial, sumado al hecho de
que la actividad es considerada como uno de los sectores estratégicos a
desarrollar, la estrategia de inserción en Argentina vendría de la mano de
oportunidades de complementariedad en aquellos productos en los que
cada país dispone ventajas comparativas.
Dentro de ese marco de oportunidades, se presentan escenarios
que impulsan el crecimiento de la producción minera en Argentina,
fundamentalmente a partir de las significativas inversiones que se
registran - provenientes de diversos orígenes de capital - destinadas a
actividades de exploración y desarrollo de proyectos.
refuerza las potencialidades, dando así una importante estabilidad fiscal a
largo plazo en los proyectos de inversión, a través de deducciones impositivas,
como así también diversos beneficios a las exportaciones del rubro.
3.1.3 Industria Naval (incluye pequeñas embarcaciones)
El sector se caracteriza en ambos países por poseer amplias ventajas de
propiedad, y en consecuencia importantes potencialidades de desarrollo.
En Argentina, existe capacidad productiva, no sólo referente a las
grandes embarcaciones, sino también de embarcaciones livianas, con
una significativa tradición de fabricación durante las últimas décadas.
En cuanto a las grandes embarcaciones, y dado que se trata de una
actividad con acotada cantidad de jugadores, producción a pedidos,
elevados requerimientos de inversiones y desarrollo para el cumplimiento
de normas internacionales, es importante destacar la relevancia que
adquiere un mayor impulso desde el sector público.
En ese sentido, el direccionamiento de los gobiernos debería enfocarse a
Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos
El sector cuenta en Argentina con un marco normativo favorable, lo cual
fomentar actividades productivas, que amplíen aún más la infraestructura
existente y contribuya así al desarrollo logístico regional y la ampliación
de la capacidad portuaria de carga.
3.1.4 Ferrocarril
Más allá de las claras diferencias en cuanto a escala productiva a favor de Brasil
respecto a Argentina, coexisten factores políticos y productivos en ambos
países que podrían dilucidar potencialidades de explotación y vinculación a
nivel regional.
277
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
En el caso de Argentina se observan acciones concretas orientadas al
sector, tanto desde el ámbito público como privado. Las mismas están
dirigidas a la revitalización y fortalecimiento de un sector con tradición en
el país, y que actualmente enfrenta ciertos inconvenientes. Ello, sumado
a la todavía existente capacidad productiva y a un cierto know how
sectorial, dan pautas de un potencial desarrollo sectorial, sustentado
además en un favorable marco regulatorio.
Por el lado de Brasil, el país cuenta con significativos planes públicos de
largo plazo en los que el desarrollo de infraestructura ocupa un lugar
central, lo cual es funcional al desarrollo ferroviario.
278
Un tema destacable es la existencia de una firma multinacional líder a
nivel internacional que dispone actividad productiva en ambos países
simultáneamente: Alstom. Teniendo en cuenta la relevancia de dicha
empresa en el plan global y las intenciones explícitas de acrecentar su
actividad a nivel regional, la misma podría tomar un rol de dinamizador
del programa inversor en la región (en trenes de alta velocidad, trenes de
cercanía y tranvías, entre otros).
No obstante, dicho proceso debería ser acompañado por una mayor
coordinación de este tema en la agenda de gobiernos entre Argentina
y Brasil, que de alguna forma propicien medidas de acción, ya sea para
la fabricación de trenes, tranvías y/o partes de estos. Este paso parece
ser fundamental a la hora de pensar en el desarrollo de un proceso de
integración regional.
3.1.5 Autopartes
Mientras se ha observado un significativo flujo de inversiones brasileñas
en Argentina en los últimos años, aún se mantienen latentes altas
oportunidades para continuar ese proceso. Esto se sustenta en la
En línea con lo dicho anteriormente, en los últimos años, la actividad
autopartista brasileña se consolidó en el plano internacional (crecimiento
en facturación y oferta, siguiendo la expansión productiva en vehículos).
Este hecho le ha dado más injerencia en la toma de decisiones regionales
en cuestiones productivas, de diseño e ingeniería, así como en las
inversiones. Algo similar ocurre en el sector terminal, que incluso incluye
a las políticas de sourcing (aprovisionamiento de autopartes).
En cuanto a Argentina, la actividad autopartista se expandió
ininterrumpidamente, pero en el último bienio se profundizaron algunas
problemáticas estructurales del entramado local, en especial referente
a insuficientes inversiones para mejorar el contenido local de vehículos
fabricados localmente y creciente pérdida de competitividad. También han
surgido inconvenientes en cuenta a una oferta incompleta de productos,
como así también dificultades en la calidad y tecnología en algunos rubros.
Los factores mencionados precedentemente, permiten mantener
latentes las oportunidades para nuevas inversiones brasileñas, si se tiene
en cuenta el elevado grado de interacción comercial y los crecientes
requerimientos de complementariedad sectorial. Ello reforzado por
el hecho de que existe un activo rol del gobierno para sostener esta
actividad a través de políticas públicas específicas.
Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos
consolidación regional brasileña y en las problemáticas del entramado
estructurales y coyunturales en Argentina.
3.1.6 Maquinaria de uso especial (Maquinaria
Agrícola)
Comparativamente existen amplias diferencias de Brasil en magnitudes
productivas y comerciales, pero también divergencias en cuanto a fisonomías.
279
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
En el caso de Brasil, se evidencia una presencia más nutrida de empresas
multinacionales, mientras que para el caso argentino se observa una
mayor atomización en firmas locales medianas.
No obstante, el sector de maquinaria agrícola argentino ha demostrado
una importante capacidad de desarrollo tecnológico propio, siguiendo
así los estándares tecnológicos internacionales. Esto puede vislumbrarse
no solo en los segmentos de autopropulsados, sino también referente
a no autopropulsados. A ello se le suma la existencia de un significativo
polo de provisión de partes y piezas para el sector.
De esta forma, y en función de lo expuesto, es posible percibir favorables
perspectivas para el desarrollo de negocios conjuntos, en especial, al
estilo de joint ventures entre las grandes empresas brasileñas y las
firmas medianas argentinas.
280
3.1.7 TIC´s + Desarrollo tecnológicos orientados al
Agrobusiness
En función de las manifiestas intensiones de Brasil y Argentina de
dinamizar la actividad informática, en particular en software, como así
también teniendo en cuenta el proceso de interacción a nivel regional que
comienza a generarse, se vislumbran altas potencialidades de vinculación
entre ambos países.
Por un lado, el sector de Tecnologías de la Información y Comunicación
(TIC´S) de Brasil, se encuentra incluido dentro de los programas
movilizadores en áreas estratégicas. En particular, el objetivo es
consolidarse como productor y exportador relevante de software y
servicios de TI.
ser aprovechas. Así, la amplia disponibilidad de mano de obra en calidad,
cantidad y costo competitivo, como así también las políticas públicas que
alientan el desarrollo (Régimen de Promoción de Software), son claros
ejemplos de ello.
En estos términos, se consideran sustanciales oportunidades para
acrecentar el flujo de inversiones brasileñas en Argentina, aunque quizá
con otro perfil. En este sentido, en los últimos años, varias empresas
brasileñas han invertido en Argentina, principalmente orientadas a la
ampliación de sus actividades. El objetivo sería ahora involucrar nuevos
jugadores a la actividad.
Por otra parte, considerando las tecnologías en un sentido amplio,
es susceptible considerar como sector a desarrollar, el vinculado a
desarrollos tecnológicos (hard / soft) orientados a diversos fines, en
especial el caso del agrobusiness. La estrategia debería contemplar
la existencia de un entramado de empresas pequeñas y medianas
de Argentina que disponen una sustancial capacidad de innovación
y desarrollo tecnológico, pero carecen de capacidad financiera
adecuada para su internacionalización. En base a ello, una alternativa
Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos
Por otro lado, en Argentina, existen ventajas de propiedad que pueden
de vinculación entre ambos países sería la de propiciar negocios entre
estas firmas y empresas de Brasil, que no sólo poseen capacidad de
financiamiento sino que además tienen la posibilidad de acceder a un
mercado más extenso, el brasileño.
3.1.8 Biodiesel
Dada las amplias ventajas de Argentina en cuanto a la producción de soja,
tanto en disponibilidad de recursos como en términos de localización, y
en función de las condiciones desarrolladas en Brasil referente a la caña
281
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
de azúcar, ambos países poseen relevancia productiva diferenciada:
Argentina en biodiesel y Brasil en bioetanol.
El sector cuenta en Argentina con un marco regulatorio de promoción
de biocombustibles, denotando las altas potencialidades que evidencia
el sector a nivel local. En este sentido, está estipulado a partir del
2010, la obligatoriedad de incorporar a los combustibles derivados del
petróleo hasta un 5% de compuestos de origen vegetal para el año
próximo, creando importantes perspectivas para el sector. Sin embargo,
hasta el momento, y en el marco de un desarrollo incipiente del sector,
las inversiones brasileñas han adquirido poco peso en Argentina.
Los principales productores en el país son empresas cuya actividad
principal es la fabricación de aceites derivados de oleaginosas. En este
sentido, el país cuenta con un complejo oleaginoso eficiente y altamente
282
tecnificado, disponiendo además de grandes superficies con potencial
para ser explotadas.
Cabe remarcar que Argentina exporta el 90% de su producción de
biodiesel a Estados Unidos y Europa. En este sentido aparece una
incipiente oportunidad en el sector, producto de la implementación por
parte de la Comisión Europea de un sistema de tarifas adicionales a un
conjunto de empresas estadounidenses exportadoras de biodiesel.
La alta potencialidad del sector deviene de la posibilidad de realizar
alianzas estratégicas entre ambos países, en función de que cuentan
con una amplia disponibilidad de insumos pero poseen especialidades
diferentes. El desarrollo de negocios conjuntos entre ambos países,
permitiría no solo el ingreso a importantes mercados, como países
desarrollados, sino además aumentar el poder de negociación y la
eficiencia productiva.
Referente a los servicios de Ingeniería y Construcción, se destaca la
competitividad que posee Brasil y la presencia de grandes empresas en
el sector. A partir del 2002, se han percibido un importante flujo de
inversiones brasileñas en Argentina.
En Argentina, en los últimos años, la actividad de la construcción se ha expandido
fuertemente, tanto como consecuencia de la actividad privada, como por un
fuerte impulso a nivel sector público. En este proceso, se ha incrementado
considerablemente la cantidad de grandes empresas constructoras con
participación de capitales extranjeros. En este sentido, las mismas han enfocado
sus actividades hacia importantes desarrollos inmobiliarios.
Si bien actualmente el sector comenzó a sentir los efectos de la nueva
coyuntura internacional, y es probable que se resienta el ritmo de la obra
pública, todavía se perciben oportunidades para la inversión brasileña.
Hay que tener en cuenta que, por la propia historia argentina, la vivienda es
percibida como una importante reserva de valor. Asimismo, es probable que
se mantengan nichos en productos destinados a sectores de ingresos mediosaltos y altos, que serán los que dispondrán mayor liquidez en el plano privado.
Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos
3.1.9 Construcción
3.2 Breves comentarios sobre rubros con
menor espacio para la acción pública/
privada a nivel regional
3.2.1Lácteo
Si bien el sector lácteo no se encuentra en su mejor situación, debido
especialmente a las problemáticas del sector ganadero, es un sector
283
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
con altas potencialidades en el país. La cadena productiva en Argentina
muestra una sustancial atomización en sus primeros eslabones (tambos)
y una fuerte concentración en el sector industrial, tanto en grandes
compañías nacionales como en firmas multinacionales. Las grandes
empresas de capital local, poseen un importante poder de mercado y
de negociación.
Se exhiben por el lado argentino significativas ventajas, en especial,
referente a la disponibilidad de insumos, tecnología adecuada y
localización geográfica.
Por el lado brasileño, el gobierno fomenta el sector a través de un
apoyo estratégico, considerando que el mismo posee la necesidad de
continuar su proceso de desarrollo.
284
En este sentido, en el marco de la búsqueda de fortalecimiento
competitivo mediante la asimilación de las ventajas de propiedad
argentinas por parte de Brasil, la estrategia de penetración se encuentra
ligada a la búsqueda de complementación entre ambos países.
En línea con lo dicho anteriormente, y a pesar de la compleja situación
por la que atraviesa el sector lechero en Argentina, existen en el país
importantes oportunidades y potencialidades, reflejadas en un Plan
Estratégico del sector, programa orientado a desarrollar una lechería
sustentable que apunta a mejorar el abastecimiento del mercado
interno, como así también incrementar aún más las exportaciones.
3.2.2 Productos de Molinería
Al igual que en el caso de la producción láctea, independientemente de
las condiciones actuales que evidencia el sector, existe en Argentina una
las exportaciones como desde la capacidad del país de autoabastecerse.
Además, la actividad posee ventajas de propiedad del tipo de
disponibilidad de recursos naturales y de amplio conocimiento del sector.
En Brasil, el sector se enmarca en una estrategia de fortalecimiento
competitivo, sustentado en la búsqueda de eficiencia del mismo,
además de poseer también fuertes ventajas productivas, contando con
importantes jugadores a nivel local e internacional.
Las potencialidades de desarrollo e integración del sector a nivel regional
se encuentran asociadas fundamentalmente a la asimilación de las
ventajas remanentes en Argentina, en especial referente al know how
y en el aprovechamiento de la estructura y desarrollo local. Esto da
posibilidades para dinamizar el proceso inversor brasileño en Argentina.
3.2.3 Bebidas (jugos)
En el caso del sector de bebidas, se detectaron importantes oportunidades
en el segmento de jugos, principalmente en función de la amplia ventaja
productiva y comercial por parte de Brasil. En este sentido, existen en
Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos
destacada primacía a nivel productivo, tanto desde el punto de vista de
dicho país un conjunto de firmas productoras de gran escala, orientadas
tanto al mercado interno como a la exportación. Tal es así que las mismas
poseen importantes estándares de competitividad a nivel internacional.
Con respecto a Argentina, la actividad se caracteriza por una importante
disponibilidad de insumos básicos para su desarrollo, en el cual coexisten
empresas de mediano y gran tamaño.
Así, se percibe una importante potencialidad en el sector a través de
inversiones de empresas brasileñas en Argentina. De esta manera, la
285
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
asimilación de sus propias ventajas en materia de tecnología, competitividad,
producción en escala, como así también la capacidad de financiamiento,
permitirían aprovechar el posicionamiento de las empresas argentinas que
se encuentran ya consolidadas en el mercado local.
3.2.4 Cueros
El sector en Argentina posee ciertas ventajas de localización, tanto por la
calidad de sus productos como por la disponibilidad de materias primas.
A raíz de la crisis internacional y de la caída de las exportaciones, el
cuero abunda actualmente en curtiembres y frigoríficos, desembocando
así en un elevado nivel de capacidad ociosa y en importantes problemas
a nivel operativo. Asimismo, cabe mencionar que, ante estos problemas,
el sector busca de alguna manera ajustar sus niveles de producción, lo
que en la actualidad le es difícil.
286
La cadena productiva del cuero, presenta en el país ciertos grados de
heterogeneidad referentes a la estructura empresarial. Por un lado, se
encuentra relativamente concentrado en los primeros eslabones, mientras
que se evidencia una clara atomización en el sector manufacturero de la
mano de empresas de pequeño y mediano tamaño.
Si bien Argentina se caracteriza por poseer ventajes relativas respecto a
Brasil, en los últimos tiempos el sector ha mejorado sustancialmente en
dicho país, fundamentalmente a partir de un fuerte impulso por parte
del gobierno. De esta forma, el sector se desarrolló considerablemente
equiparado nuestros niveles de producción y calidad.
En Argentina el sector cuenta con ciertas debilidades en los productos de
marroquinería, en especial respecto a las importaciones chinas, ante lo
cual se han implementado licencias no automáticas. Por otro lado, existe
referente a los segmentos de tapizado.
En el marco de la estrategia brasileña de fortalecimiento competitivo
del rubro y búsqueda de nuevos mercados, y en función de las ventajas
existentes en Argentina, se abren oportunidades para un trabajo
conjunto a nivel empresarial. Las empresas brasileñas pueden aportar
capacidad de financiamiento y acceso a mercado brasileño, mientras
que pueden beneficiarse de las ventajas de Argentina en materia de
competitividad.
3.2.5 Celulosa/Papel
Tanto Argentina como Brasil cuentan con excelentes condiciones
naturales para competir a nivel mundial, denotando, sin embargo, una
relevancia exportadora a favor de Brasil.
Por el lado argentino, el país posee elevados niveles de capacidad
ociosa y tecnología con cierto grado de obsolescencia, abriendo las
puertas a posibles nuevos entrantes. La producción de pasta celulósica
se encuentra más concentrada que la de papel, la cual incluye, al lado
Lineamientos estratégicos para el abordaje de negocios conjuntos
una alta dependencia que el sector posee con la industria automotriz
de un grupo de firmas líderes de porte mediano-grande, un número
importante de PyMEs que actúan en segmentos específicos del
mercado papelero. Se destaca además, algún grado de integración
hacia delante de firmas líderes, que participan en distintos mercados
de conversiones.
Brasil ha sido receptor de importantes flujos inversores en los últimos
años, lo cual se manifiesta en los altos niveles de tecnológica aplicada
a los procesos de producción. No obstante, no ocurrió lo mismo con
empresas de capitales brasileños en Argentina.
287
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
De alguna forma, las diferencias respecto a Argentina en cuanto a la
internacionalización de sus productos se evidencian al analizar la
relevancia de sus exportaciones y el elevado grado de penetración de los
productos brasileños en Argentina.
En estos términos, y en la medida en que Brasil dispone de programas
para consolidar y expandir su liderazgo a nivel regional, como así también
de búsqueda de internacionalización de su entramado empresarial,
la estrategia de inserción en el mercado argentino se ubica en torno
a la adquisición de firmas ya existentes, que cuentan con ciertos
inconvenientes para incrementar sus niveles de producción en función
de la tecnología que disponen.
288
De esa forma, la estrategia desembocaría no solo en la asimilación de
las ventajas de propiedad de Brasil - como son el acceso privilegiado
a las materias primas y alto nivel de flujos inversores hacia su paísreforzado por las características propias de Argentina, sino que además
permitiría la transferencia de tecnología de punta hacia el proceso
productivo argentino.
Anexos
Anexos
Análisis II – Disparidad productiva vs Nivel de inversiones
brasileñas en Argentina
Caso A. Muy alta relevancia productiva de Brasil frente a Argentina y nulo o muy bajo nivel de
inversión
CIIU
Sector
201
Aserrado y acepilladura
202
Fabricación de productos de madera, corcho, paja y materiales trenzables
223
Reproducción de grabaciones
289
Fabricación de otros productos elaborados de metal; actividades de servicios de trabajo de
metales
291
Fabricación de maquinaria de uso general
300
Fabricación de maquinaria de oficina, contabilidad e informática
312
Fabricación de aparatos de distribución y control de la energía eléctrica
313
Fabricación de hilos y cables aislados
315
Fabricación de lámparas eléctricas y equipo de iluminación
319
Fabricación de otros tipos de equipo eléctrico N.C.P.
321
Fabricación de tubos y válvulas electrónicas y de otros componentes electrónicos
322
Fabricación de transmisores de radio y televisión y de aparatos para telefonía y telegrafía
con hilos
331
Fabricación de aparatos e instrumentos médicos y de aparatos para medir, verificar,
ensayar, navegar y otros fines, excepto instrumentos de óptica
332
Fabricación de instrumentos de óptica y equipo fotográfico
333
Fabricación de relojes
351
Construcción y reparación de buques y otras embarcaciones
352
Fabricación de locomotoras y de material rodante para ferrocarriles y tranvías
353
Fabricación de aeronaves y naves espaciales
359
Fabricación de otros tipos de equipo de transporte N.C.P.
361
Fabricación de muebles
369
Industrias manufactureras N.C.P.
291
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Caso B. Muy alta relevancia productiva de Brasil frente a Argentina y bajo nivel de inversión
CIIU
Sector
191
Curtido y terminación de cueros; fabricación de maletas, bolsos de mano y artículos de
talabartería
251
Fabricación de productos de caucho
272
Fabricación de productos primarios de metales preciosos y metales no ferrosos
292
Fabricación de maquinaria de uso especial
311
Fabricación de motores, generadores y transformadores eléctricos
Caso C. Muy alta relevancia productiva de Brasil frente a Argentina y nivel de inversión medio o alto
CIIU
292
Sector
171
Hilatura, tejeduría y acabado de productos textiles
172
Fabricación de otros productos textiles
181
Fabricación de prendas de vestir, excepto prendas de piel
192
Fabricación de calzado
241
Fabricación de sustancias químicas básicas
242
Fabricación de otros productos químicos
269
Fabricación de productos minerales no metálicos N.C.P.
343
Fabricación de partes, piezas y accesorios para vehículos automotores y sus motores
Caso D. Relevancia productiva alta de Brasil frente a Argentina y nulo o muy bajo nivel de inversión
CIIU
Sector
153
Elaboración de productos de molinería, almidones y productos derivados del almidón, y de
alimentos preparados para animales
160
Elaboración de productos de tabaco
173
Fabricación de tejidos y artículos de punto y ganchillo
182
Adobo y tejido de pieles; fabricación de artículos de piel
221
Actividades de edición
222
Actividades de impresión y actividades de servicios conexas
sigue...
222
Actividades de impresión y actividades de servicios conexas
231
Fabricación de productos de hornos de coque
233
Elaboración de combustible nuclear
243
Fabricación de fibras manufacturadas
261
Fabricación de vidrio y productos de vidrio
273
Fundición de metales
281
Fabricación de productos metálicos para uso estructural, tanques, depósitos y generadores de
vapor
293
Fabricación de aparatos de uso domestico N.C.P.
314
Fabricación de acumuladores y de pilas y baterías primarias
323
Fabricación de receptores de radio y televisión, aparatos de grabación y reproducción de
sonido y video, y productos conexos
Anexos
Continuación
Caso E. Relevancia productiva alta de Brasil frente a Argentina y bajo nivel de inversión
CIIU
Sector
152
Elaboración de productos lácteos
154
Elaboración de otros productos alimenticios
210
Fabricación de papel y de productos de papel
341
Fabricación de vehículos automotores
342
Fabricación de carrocerías para vehículos automotores; fabricación de remolques y
semirremolques
Caso F. Relevancia productiva alta de Brasil frente a Argentina y alto nivel de inversión
CIIU
Sector
151
Producción, procesamiento y conservación de carne, pescado, frutas, legumbres, hortalizas,
aceites y grasas
155
Elaboración de bebidas
232
Fabricación de productos de la refinación del petróleo
252
Fabricación de productos de plástico
271
Industrias básicas de hierro y acero
293
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Análisis III – Disparidad comercial (medido por el ratio de
exportaciones totales de Brasil respecto a Argentina) vs Estado
del intercambio comercial bilateral
Cuadro 33. Brasil posee alta relevancia exportadora relativa y Argentina es altamente deficitario
Caso A
131
Extracción de minerales de hierro
192
Fabricación de calzado
342
Fabricación de carrocerías para vehículos automotores; fabricación de remolques y
semirremolques
292
Fabricación de maquinaria de uso especial
311
Fabricación de motores, generadores y transformadores eléctricos
322
Fabricación de transmisores de radio y televisión y de aparatos para telefonía y telegrafía con
hilos
294
Cuadro 34. Brasil posee alta relevancia exportadora relativa y tiene poco intercambio con Argentina
Caso B
102
Extracción y aglomeración de lignito
141
Extracción de piedra, arena y arcilla
201
Aserrado y acepilladura
300
Fabricación de maquinaria de oficina, contabilidad e informática
314
Fabricación de acumuladores y de pilas y baterías primarias
321
Fabricación de tubos y válvulas electrónicas y de otros componentes electrónicos
351
Construcción y reparación de buques y otras embarcaciones
352
Fabricación de locomotoras y de material rodante para ferrocarriles y tranvías
353
Fabricación de aeronaves y naves espaciales
359
Fabricación de otros tipos de equipo de transporte N.C.P.
369
Industrias manufactureras N.C.P.
Anexos
Por otro lado, los casos C y G muestran un mejor posicionamiento relativo
de Argentina respecto a Brasil.
Cuadro 35. Argentina posee mayor relevancia exportadora relativa y es muy superavitario frente
a Brasil
Caso C
152
Elaboración de productos lácteos
153
Elaboración de productos de molinería, almidones y productos derivados del almidón, y de
alimentos preparados para animales
232
Fabricación de productos de la refinación del petróleo
Cuadro 36. Argentina muy superavitario y Brasil no posee alta relevancia comercial respecto a
Argentina
Caso G
11
Cultivos en general; cultivo de productos de mercado; horticultura
155
Elaboración de bebidas
151
Producción, procesamiento y conservación de carne, pescado, frutas, legumbres, hortalizas,
aceites y grasas
Caso D. Argentina posee mayor relevancia exportadora relativa y tiene poco intercambio con Brasil
Caso D
101
Extraccion y aglomeracion de carbon de piedra
103
Extraccion y aglomeracion de turba
182
Adobo y tejido de pieles; fabricación de artículos de piel
231
Fabricación de productos de hornos de coque
233
Elaboración de combustible nuclear
333
Fabricación de relojes
742
Actividades de arquitectura e ingeniería y otras actividades tecnicas
221
Actividades de edicion
401
Generacion, capitacion y distribucion de energía eléctrica
295
Complementariedad Productiva entre Argentina y Brasil
Caso E. Argentina es deficitaria o muy deficitaria pero Brasil posee relevancia comercial baja o
media baja
Caso E
296
171
Hilatura, tejeduria y acabado de productos textiles
172
Fabricación de otros productos textiles
17
Hilatura, tejeduria y acabado de productos textiles y otros productos textiles
241
Fabricación de sustancias quimicas básicas
251
Fabricación de productos de caucho
271
Industrias básicas de hierro y acero
272
Fabricación de productos primarios de metales preciosos y metales no ferrosos
289
Fabricación de otros productos elaborados de metal; actividades de servicios de trabajo de
metales
291
Fabricación de maquinaria de uso general
319
Fabricación de otros tipos de equipo electrico N.C.P
323
Fabricación de receptores de radio y television, aparatos de grabacion y reproduccion de
sonido y video, y productos conexos
331
Fabricación de aparatos e instrumentos medicos y de aparatos para medir, verificar, ensayar,
navegar y otros fines, excepto instrumentos de optica
343
Fabricación de partes, piezas y accesorios para vehiculos automotores y sus motores
210
Fabricación de papel y de productos de papel
Caso F. Comercio equilibrado y relevancia comercial si
Caso F
242
Fabricación de otros productos químicos
252
Fabricación de productos de plástico
341
Fabricación de vehiculos automotores
Caso H
12
Cria de animales
20
Silvicultura, extraccion de madera y actividades de servicios conexas
50
Pesca, explotación de criaderos de peces y granjas piscicolas; actividades de servicios
relacionadas con la pesca
111
Extraccion de petróleo crudo y gas natural
132
Extraccion de minerales metaliferos no ferrosos, excepto los minerales de uranio y torio
142
Explotación de minas y canteras N.C.P
160
Elaboración de productos de tabaco
173
Fabricación de tejidos y artículos de punto y ganchillo
181
Fabricación de prendas de vestir, excepto prendas de piel
191
Curtido y terminación de cueros; fabricación de maletas, bolsos de mano y artículos de
talabartería
202
Fabricación de productos de madera, corcho, paja y materiales trenzables
222
Actividades de impresion y actividades de servicios conexas
243
Fabricación de fibras manufacturadas
261
Fabricación de vidrio y productos de vidrio
269
Fabricación de productos minerales no metálicos N.C.P.
281
Fabricación de productos metálicos para uso estructural, tanques, depositos y generadores de
vapor
312
Bricacion de aparatos de distribucion y control de la energía eléctrica
313
Fabricación de hilos y cables aislados
315
Fabricación de lamparas electricas y equipo de iluminacion
332
Fabricación de instrumentos de optica y equipo fotografico
921
Actividades de cinematografia, radio y television y otras actividades de entretenimiento
Anexos
Caso H. Poco o nulo intercambio y Brasil no posee gran relevancia comercial relativa
297
Ministério do
Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior

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