Memórias Gaudêncio Torquato LIVRO
Transcripción
Memórias Gaudêncio Torquato LIVRO
• • • • • • • • • • • • • • Prefácio • • • • • • • • • 1 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação • • • • • • • • • • • • • • 2 • • • • • • • • • • • • • Prefácio • • Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant • • • 3 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Coleção Memória da INTERCOM Direção de Osvando J. de Morais e Maria Cristina Gobbi Série Personalidades Vol. 1 – José Marques de Melo: Construtor de Utopias – Antonio Hohlfeldt, org. (2010) Vol. 2 – Uma filósofa em campo na Comunicação: Indústria, geografias e crítica de mídia na produção de Anamaria Fadul – Sonia Virgínia Moreira, org. (2012) Vol. 3 – Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação – Adolpho Queiroz e Margarida M. Krohling Kunsch, orgs. (2012) DIRETORIA GERAL DA INTERCOM 2011 – 2014 Presidente - Antonio Carlos Hohlfeldt Vice - Presidente - Marialva Carlos Barbosa Diretor Editorial - Osvando J. de Morais Diretor Financeiro - Fernando Ferreira de Almeida Diretor Administrativo - José Carlos Marques Diretora de Relações Internacionais -Sonia Virginia Moreira Diretora Cultural - Rosa Maria Cardoso Dalla Costa Diretora de Documentação - Nélia Rodrigues Del Bianco Diretor de Projetos - Adolpho Carlos Françoso Queiroz Diretora Científica - Raquel Paiva de Araújo Soares Secretaria Maria do Carmo Silva Barbosa Genio Nascimento Mariana Beltramini Jovina Fonseca Direção Editorial: Osvando J. de Morais (Intercom) Presidência: Muniz Sodré ( UFRJ) Conselho Editorial - Intercom Alex Primo (UFRGS) Marcio Guerra (UFJF) Alexandre Barbalho (UFCE) Margarida M. Krohling Kunsch (USP) Ana Sílvia Davi Lopes Médola (UNESP) Maria Teresa Quiroz (Universidade Christa Berger (UNISINOS) de Lima/Felafacs) Cicília M. Krohling Peruzzo (UMESP) Marialva Barbosa (UFF) Erick Felinto (UERJ) Mohammed Elhajii (UFRJ) Giovandro Ferreira (UFBA) Nélia R. Del Bianco (UnB) Jeronimo C. S. Braga (PUC-RS) Olgária Chain Féres Matos (UNIFESP) Etienne Samain (UNICAMP) Muniz Sodré (UFRJ) José Manuel Rebelo (ISCTE, Portugal) Norval Baitelo (PUC-SP) José Marques de Melo (UMESP) Osvando J. de Morais (Intercom) Juremir Machado da Silva (PUCRS) Paulo B. C. Schettino Luciano Arcella (Universidade Pedro Russi Duarte (UnB) Luiz C. Martino (UnB) Sérgio Augusto Soares Mattos (UFRB) d’Aquila, Itália) Sandra Reimão (USP) 4 Prefácio Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Adolpho Queiroz Margarida M. Krohling Kunsch (orgs.) São Paulo Intercom 2012 5 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Coleção Memória da INTERCOM, série Personalidades, nº 3 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Copyright © 2012 dos autores dos textos, cedidos para esta edição à Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM Direção Osvando J. de Morais Projeto Gráfico Mariana Real Diagramação Mariana Real e Marina Real Capa Mariana Real Tradução Ana Resende Revisão Lucas Giavoni Ficha Catalográfica Gaudêncio Torquato : Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação / Organizadores, Adolpho Queiroz, Margarida M. Krohling Kunsch. – São Paulo : INTERCOM, 2012. 278p.; 23 cm - (Coleção memórias. série Personalidades; v. 3). Obra trilíngue. ISBN 978-85-8208-013-9 1. Torquato, Gaudêncio. 2. Comunicação – Brasil. 3. Comunicação – Aspectos políticos. 4. Comunicação e política. 5. Assessoria Política. 6. Consultoria Política. 7. Comunicação e Poder. 8. Comunicação Empresarial. 9. Comunicação Organizacional. 10. Marketing político. 11. Marketing governamental. I. Queiroz, Adolpho. II. Kunsch, Margarida M. Krohling. III. Título. Todos os direitos desta edição reservados à: Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação – INTERCOM Rua Joaquim Antunes, 705 – Pinheiros CEP: 05415 - 012 - São Paulo - SP - Brasil - Tel: (11) 2574 - 8477 / 3596 - 4747 / 3384 - 0303 / 3596 - 9494 http://www.intercom.org.br – E-mail: [email protected] 6 Prefácio Sumário – Índice – Contents Primeira Parte Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Prefácio...........................................................................13 José Marques de Melo 1. Gaudêncio Torquato e suas contribuições plurais no campo da comunicação brasileira......................................15 Suzi Garcia Hantke 2. Marcos de um percurso de sucessos..................................25 Manuel Carlos Chaparro 3. O pensamento comunicacional de Gaudêncio Torquato em comunicação organizacional...............................................35 Margarida M. Krohling Kunsch 4. Gaudêncio Torquato, Uma visão do pesquisador sobre Comunicação e Política.....................................................45 Adolpho Queiroz 7 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação 5. A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais..............................53 Rose Mara Vidal de Souza 6. As Veredas do Meu Caminho (Da lamparina à análise da política)...................................73 Gaudêncio Torquato 7. Depoimentos sobre Gaudêncio Torquato.........................87 Segunda Parte Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Prefacio..........................................................................103 José Marques de Melo 1. Gaudêncio Torquato y su plural contribución en el campo de la comunicación brasileña...............................105 Suzi García Hantke 2. Hitos de un camino de éxito...........................................115 Carlos Chaparro 3. El pensamiento comunicacional de Gaudêncio Torquato en comunicación organizacional.....................................125 Margaret M. Krohling Kunsch 4. Gaudêncio Torquato, Un investigador sobre la comunicación y la política...............................................135 Adolpho Queiroz 5. Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales........................................................143 Rosa Vidal Mara de Souza 8 Prefácio 6. Los senderos de mi camino (La lámpara del análisis de políticas)...............................163 Gaudêncio Torquato 7. Testimonios Sobre Gaudêncio Torquato.........................177 Part Third Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Foreword.........................................................................193 José Marques de Melo 1. Gaudêncio Torquato and his plural contributions in the field of Brazilian communications............................195 Suzi Garcia Hantke 2. Marks in a path of success..............................................205 Manuel Carlos Chaparro 3. Communicational thought of Gaudêncio Torquato in organizational communication........................................215 Margarida M. Krohling Kunsch 4. Gaudêncio Torquato, A researcher’s view on Communication and Politics...........................................225 Adolpho Queiroz 5. Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns..........................................................233 Rose de Souza Vidal Mara 6. The Paths of My Way (From the lamp to political analysis)................................251 Gaudêncio Torquato 7. Testimonials about Gaudêncio Torquato........................263 9 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação 10 APRESENTAÇÃO Prefácio • Primeira Parte • Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação 11 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação 12 Prefácio Prefácio José Marques de Melo Presidente de Honra da INTERCOM Jornalista que se tornou referência nacional, pela atuação como comentarista político; pesquisador ungido pelo reconhecimento profissional, como especialista em comunicação pública, Gaudêncio Torquato presidiu a INTERCOM num momento decisivo para a conquista da nossa identidade institucional. O Brasil transitava da Nova República idealizada por Tancredo Neves para a República Cidadã sonhada por Ulisses Guimarães. Nessa ocasião, as sociedades científicas do campo humanístico ultrapassavam a quase clandestinidade a que foram condenadas pelo regime militar, buscando legitimar-se pelo Estado democrático. Sua bem sucedida gestão como presidente da nossa associação culmina com a presença do Ministro da Cultura na abertura do congresso nacional de ciências da comunicação realizado no mosteiro de Itaici (SP), abrindo caminho para a inserção da INTERCOM nos campi de todo o país. Confesso que não me surpreendi com o seu desempenho institucional, pondo em prática a habilidade de negociador e o pragmatismo como gestor. Conheço Torquato de longa data, desde os tempos da “gloriosa” (jocosa referência ao golpe militar de 1964, que apeou Miguel Arraes do poder em Pernambuco). Compartilhamos angústias e experiências nas filas da Casa do Estudante de Pernambuco para pegar a xepa que saciava a fome de jovens nordestinos em busca de um lugar ao sol na metrópole regional. Ele procedente da nação potiguar, eu recém chegado do território caeté. Ambos procurando percorrer a espinhosa embora fascinante estrada que conduz ao jornalismo. Sua estréia na profissão foi marcada por audácia e senso de oportunidade. 13 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Fomos contemporâneos do aprendizado inovador instaurado por Luiz Beltrão na Universidade Católica de Pernambuco. Com o diploma debaixo do braço, mas nutridos no exercício da reportagem e legitimados pelo reconhecimento dos veteranos que nos incluíram na confraria dos agraciados com o prêmio Esso, tomamos o rumo de São Paulo. Aqui nos reencontramos e trilhamos rotas diferenciadas, voltando a compartilhar espaços contíguos na universidade. Optando pela carreira acadêmica, ascendemos conjuntamente, preservando a autonomia intelectual que nos permitiu chegar ao topo da vida universitária. Foram anos de luta e perseverança para ocupar um espaço questionado e até mesmo refugado pelos donos do poder no interior do campus. Quando fui arbitrariamente expulso da universidade pública, melhor dizendo da Universidade de São Paulo, sempre contei com sua irrestrita solidariedade, que se prolongou até o momento em que a anistia política de 1979 me garantiu o retorno à cátedra. Por isso mesmo, não me equivocava ao convidá-lo a participar da instigante aventura que tem sido a construção da INTERCOM, nos estertores do regime autoritário. Sócio fundador da nossa entidade, Torquato nunca se afastou do nosso convívio, tendo desempenhado papéis relevantes, inclusive nos debates anuais que realizávamos sobre temas polêmicos, como foi o caso específico do populismo. Foi natural que ele assumisse a presidência da associação num momento historicamente nebuloso, substituindo a professora Anamaria Fadul, minha sucessora imediata. Seus predicados intelectuais e suas virtudes como líder habilidoso estão aqui evidenciados pelos autores dos artigos que conformam esta antologia biobibliográfica, dando sequência à série idealizada por Antonio Hohlfeldt e competentemente publicada por Osvando Morais. A distinção que me conferem os organizadores da coletânea, prefaciando-a, representa uma oportunidade singular para agradecer publicamente a Gaudêncio Torquato sua dedicação e sua fidelidade institucional. Mas também é a chance que tenho para felicitar os organizadores deste livro, especialmente o professor Adolpho Queiroz e Margarida Kunsch. Os depoimentos aqui reunidos permitem aquilatar o prestígio granjeado pelo nosso homenageado, que não se restringe à academia, mas penetra no setor privado, expandindo-se pelo aparato governamental e pelas instâncias partidárias. São Paulo, 5 de maio de 2012 14 Gaudêncio Torquato e suas contribuições plurais no campo da comunicação brasileira 1. Gaudêncio Torquato e suas contribuições plurais no campo da comunicação brasileira Suzi Garcia Hantke1 Introdução As obras de Gaudêncio Torquato sobre comunicação empresarial figuram como referenciais para quem trabalha nessa área. Seja pelo ineditismo que carregavam quando foram lançadas, seja pela profundidade com que tratam o tema, seus livros representam uma complementação à formação acadêmica que, para algumas gerações, desprezou o campo do jornalismo de empresas e da comunicação organizacional. Essa importância fundamentou a escolha de suas obras como meu objeto de estudo acadêmico. Após quase dez anos de atuação em comunicação empresarial, formatei em 2002 um projeto de pesquisa de mestrado cujo tema era a análise dos livros de Gaudêncio Torquato sobre esta vasta área. Aprovado o projeto pela banca a que foi submetido na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, iniciei em 2003 a pesquisa, sob orientação do Prof. Dr. José Marques de Melo. Sua orientação ampliou o escopo de minha pesquisa, inserindo-a em um grande projeto de recuperação da memória do pensamento 1. Jornalista e Mestre em Ciências da Comunicação formada pela ECA-USP. Participa de equipe de assessoria de comunicação da Petrobrás na regional de Santos. Email: [email protected] 15 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação comunicacional brasileiro. A partir desse realinhamento, não foi apenas o escopo de minha pesquisa que se ampliou. Passei a ter contato com facetas desse autor que desconhecia e pude articulá-las com sua história de vida, o que me permitiu recuperar suas contribuições na academia e no mercado e também apreender sua sólida formação intelectual e suas indissociáveis influências familiares. Para articular sua produção intelectual com sua história de vida, utilizei como metodologia a história oral, adotando como referenciais teóricos as obras de Sônia Maria de Freitas e José Carlos Meihy. Certas peculiaridades na coleta das informações foram impostas pela técnica da história oral. A primeira questão enfrentada foi disciplinar a trajetória de toda uma vida em uma série de entrevistas. Fiz uma divisão básica, que acabou sendo o alicerce do texto final da dissertação. [...] Todas as entrevistas foram realizadas na Consultoria de Gaudêncio Torquato, a GT Marketing, localizada no bairro paulistano de Moema (HANTKE, 2006, p.16). Em cinco entrevistas procurei obter os dados que não conseguiria encontrar apenas com a leitura de seus livros, matérias jornalísticas e artigos acadêmicos. Meu interesse era esmiuçar o que estava por trás de sua produção intelectual, como raízes familiares, formação escolar, contexto político e social em que seu trabalho foi desenvolvido e especificidades que poderiam explicar sua diferenciada inserção no campo comunicacional brasileiro. Dividi, primeiramente, a sequência de entrevistas respeitando uma lógica cronológica. A primeira versou sobre sua infância e influências familiares; a segunda foi sobre sua carreira no jornalismo da grande imprensa; na terceira, foquei a atuação no jornalismo empresarial; na quarta, o assunto foi o desenvolvimento de suas teses de doutoramento e livre-docência; e a quinta, cujo roteiro seria sobre marketing político, acabou não sendo realizada por problemas de agenda do entrevistado. Essa divisão serviu de sustentação ao texto final da dissertação. Paralelamente às entrevistas, foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental. Recuperar a trajetória intelectual de Gaudêncio Torquato dessa forma, a partir da memória do próprio jornalista e realizando a intersecção das informações com seus livros e artigos, permitiu alcançar uma visão amplificada da complexidade desse personagem ímpar da comunicação brasileira e de suas contribuições à academia e ao mercado. Desse amplo espectro de informações, algumas particularmente foram marcantes durante o desenvolvimento de minha pesquisa, 16 Gaudêncio Torquato e suas contribuições plurais no campo da comunicação brasileira como o reflexo de suas raízes familiares em sua produção intelectual, sua rápida ascensão na grande imprensa e suas pesquisas acadêmicas pioneiras. Neste artigo, retomo esses três pilares que, em minha visão, resumem a essência de Gaudêncio Torquato. Um brasileiro de Luis Gomes O jornalista que hoje mantém espaço fixo em um dos maiores jornais do país (O Estado de S. Paulo), consolidando seu nome como referência na comunicação empresarial e abrindo o caminho da profissionalização no marketing político, nasceu em uma pequena cidade na região serrana do Rio Grande do Norte: Luis Gomes. Ao relembrar sua infância, as referências familiares preencheram quase por completo nossa primeira entrevista, com destaque especial ao pai – figura central em sua história. Além de herdar o nome – o pai chamava-se Gaudêncio Torquato do Rego –, ele herdou, principalmente, os frutos de uma infância cuja prioridade foi a educação. Nos seus dizeres, “A riqueza que meu pai construiu, de certa forma, ele distribuiu toda na educação dos filhos” (HANTKE, p.119). Seu pai era um comerciante, mas, na memória do filho, sua importância local ia bem além disso. Sua figura emblemática chamava atenção no sertão nordestino, com seu paletó de linho e sua gravata preta usados diariamente. Nos anos 1950, era o alfabetizado Gaudêncio pai quem lia os jornais em voz alta para grupos de pessoas, reunidos em sua loja de tecido e cereais, assumindo o papel de intérprete da realidade política e social para a comunidade. Essa relação do pai com os jornais foi lembrada de forma detalhada em nossa entrevista inicial: Meu pai lia os jornais diariamente. Ele recebia jornais de Recife atrasados uma semana. Quando chegavam, era aquela pilha de seis, sete e íamos buscar os jornais; tenho a sensação que minha vocação jornalística deve ter começado aí: de ir buscar os jornais para meu pai lá nos correios. (HANTKE, p. 119). A vocação que pode ter sido, de fato, despertada enquanto via o pai lendo os jornais da época foi depurada com educação erudita, garantida em passagens por seminários no Rio Grande do Norte e na Paraíba. A opção pelos estudos no seminário veio de sua mãe, dona Chiquita, 17 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação que, católica fervorosa, nutria a esperança de ver um dos filhos padre. Ao encontrar um dia o pequeno Gaudêncio Torquato brincando de missa, interpretou como um chamado e encaminhou o filho para o Seminário Santa Terezinha, em Mossoró (RN), dirigido por padres holandeses. Era o melhor ensino da região. Nesse seminário, o jornalista passou o período entre 1956 e 1959 praticamente todo no internato. A educação rigorosa contemplava a leitura de obras clássicas até o estudo de latim e grego – traço da formação de Gaudêncio Torquato que pode ser visto como herança em todo o desenvolvimento de sua carreira jornalística. Aos 15 anos, a esperança da mãe de ter um dos filhos padre é cortada com a decisão de Gaudêncio Torquato de não querer seguir a carreira religiosa. Com essa opção, ele é transferido, sob os cuidados da mãe, que ainda acreditava no milagre, para um seminário menos rígido, o de João Pessoa, também conhecido como Colégio Arquidiocesano Imaculada Conceição. Mas a vocação ali terminara. No ano seguinte, a mudança foi para o Recife, cidade na qual Gaudêncio Torquato concluiu o colegial científico, já fora de um seminário, no Colégio Americano Batista. Findo o colegial, é hora de escolher o curso universitário. Nesse momento, a influência do pai não foi endossada, como explicou Gaudêncio Torquato em uma de nossas entrevistas: [...] Meu pai queria que eu fizesse engenharia. [...] Eu quase me rebelei. Vou fazer o que eu quero. Apesar de meu pai ter me orientado a fazer engenharia, já que em casa tem três médicos, advogados etc., eu disse: vou fazer jornalismo e aí optei pelo vestibular na Universidade Católica de Pernambuco. (HANTKE, p. 129) O efervescente ambiente pedagógico da Universidade Católica de Pernambuco é o pano de fundo do início de Gaudêncio Torquato no jornalismo. “Com a estrela na testa” O estágio aos 17 anos no Diário de Pernambuco é o marco seminal de sua trajetória na imprensa. Com atuação restringida a traduzir telegramas e “copidescar” textos, o estágio não merece grandes lembranças de Gaudêncio Torquato. É em sua próxima experiência profissional que ele dá um passo definitivo para deslanchar a carreira. 18 Gaudêncio Torquato e suas contribuições plurais no campo da comunicação brasileira Um episódio muito interessante. Em 1964, por aí, eu cheguei na Sucursal do Jornal do Brasil para fazer estágio; iria conversar com o chefe da sucursal, que se chamava Paulo Rehder. Ele me recebeu e enquanto eu esperava explicações sobre o estágio, foi logo dizendo “pegue essas laudas e vá à Sudene perguntar para os governadores do Nordeste se eles são favoráveis ou contra a reforma agrária”. Fiquei apavorado. Nem sabia onde era a Sudene. Não sabia de nada. Descobri que ficava na Avenida Dantas Barreto. Praça. Cheguei lá em manga de camisa, encabulado, 18 anos, um montão de lauda na mão. [...] Mas eu vou ter acesso aos governadores do Nordeste? Era um troço meio maluco, uma experiência muito arrojada para mim, mas eu tinha que voltar para o jornal com a resposta, ou seja, eu tinha que conversar com os governadores. Eu vi naquele negócio a possibilidade de ter ou não ter sucesso. Eu fui com a cara e a coragem. (HANTKE, p. 38) A primeira etapa estava cumprida. Faltava a segunda provação. Cheguei no jornal muito satisfeito e ele (Paulo Rehder) pede: faça o lide (lead, do inglês, comando, cabeça, início) da matéria. Pergunto: o que é lide? Lide é o primeiro parágrafo com respostas para estas questões: quem, o quê, como, quando, onde e por quê. Eu fiz uma vez, não gostou, fiz a segunda, não gostou, a terceira vez... Rasgou umas cinco ou seis vezes a matéria e na sétima vez ele disse: pode passar o telegrama. [...] Isso foi num sábado. No dia seguinte, dez da manhã, estou na cidade. Ainda morava na Casa do Estudante no Recife. Aí fui procurar o jornal, quando eu vi a manchete de primeira página do JB: ‘Governadores do Nordeste apóiam Reforma Agrária’. Matéria assinada da ‘sucursal do Recife’. Minha primeira matéria em jornal! O Paulo Rehder me disse: você entrou com o pé direito, a primeira matéria sua virou manchete do jornal. Entrei no jornalismo com a estrela na testa. (HANTKE, p.38). A carreira foi acelerada na sequência. Logo em 1966, Gaudêncio Torquato ganha o Prêmio Esso com uma série de reportagens sobre esquistossomose escritas para o Jornal do Commercio. A seguir, marcou seu nome na Folha de S. Paulo, quando participou de um projeto de suplementos especiais em que pôde escrever grandes e aprofundadas reportagens. Veio para São Paulo, em maio de 1967, depois de ter trabalhado, ainda em Recife, no Correio da Manhã, além do JB. Em 1971, após sair da FSP, foi convidado por Manoel Chaparro, que veio também de Recife para os Suplementos Especiais da Folha, 19 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação para fundar a Proal – Programação e Assessoria Editorial, outro marco importante em sua carreira. Nessa fase, já explicitava uma preocupação que seria característica em sua trajetória: unir experiência prática e reflexão teórica. A Proal, em sua definição, “não era uma empresa de fazeção. Era uma empresa de pensamento” (HANTKE, 53). Encontrava-se aí a semente de sua vocação acadêmica, que daria como fruto a primeira pesquisa desenvolvida em uma universidade no país sobre jornalismo empresarial. Um acadêmico de mercado Sua tese de doutoramento é um capítulo à parte em sua trajetória intelectual. Defendida em 1973 na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, a tese foi uma forma de levar à academia suas preocupações sobre as fronteiras do campo do jornalismo empresarial. Foi a primeira vez no Brasil que o assunto tornou-se objeto de estudo em uma universidade. O pioneirismo enfrentou dificuldades, como a quase total ausência de referências nacionais sobre o assunto e a resistência de docentes sobre a escolha do tema, associado, nos ideológicos anos 1970, com a economia de mercado. “Tocar nesse assunto significava, nos meios acadêmicos, beneficiar o capitalismo empresarial. Por isso, as iniciativas foram pessoais e isoladas” (KUNSCH, p.33). Além de sistematizar uma delimitação teórica do jornalismo empresarial, baseado em teorias jornalísticas, Gaudêncio também desenvolveu na tese um modelo prático para ser utilizado pelas empresas, baseado em uma pesquisa envolvendo 24 publicações empresariais: Foram pesquisados os jornais Monograma (General Electric do Brasil, agosto/ setembro de 1972), Pãozinho (Supermercado Pão de Açúcar, setembro de 1972), Ligação (Superintendência de Água e Esgotos da Capital, setembro de 1972), O Registro (Duratex/Deca, setembro de 1972), Ondas e Estrelas (Organização Philips Brasileira, setembro de 1972), Sade-Sulando (Sade Sul Americana de Engenharia, setembro de 1972), Fibras Unidas (Grupo Suzano Feiffer, setembro de 1972), Sanbrino (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro, setembro de 1972), Vig Jornal (Sonnervig, outubro de 1972), Panorama (General Motors do Brasil, setembro de 1972), Informativo Souza Cruz (Companhia de Cigarros Souza Cruz, setembro de 1972) e O Chapa (Companhia Siderúrgica Paulista, se20 Gaudêncio Torquato e suas contribuições plurais no campo da comunicação brasileira tembro de 1972); as revistas Foto Notícias (Kodak Brasileira, setembro/outubro de 1972), O Telhadinho (Eternit do Brasil, setembro/ outubro de 1972), Notícias Pirelli (Pirelli S/A, setembro/outubro de 1972), NA-Novidades Abril (Abril S/A Industrial e Cultural, agosto de 1972), Revista Nacional (Grupo Nacional, outubro de 1972), Encontro (Companhias Gessy Lever e Mavibel, setembro de 1972), Alavanca (Secretariado Nacional dos Cursinhos de Cristandade, setembro de 1972) e GLP-Revista do Gás (Associação Brasileira dos Distribuidores de Gás, julho de 1972); e os boletins Sudameris em Revista (Grupo Sudameris, outubro de 1972), Informativo Aberje (Aberje, setembro/outubro de 1972), Governadoria (Lions, julho de 1972) e Boletim Informativo do FESB (Fomento Estadual de Saneamento Básico, setembro de 1972). Sobre o desenvolvimento da tese, Gaudêncio lembrou em uma de nossas entrevistas como conseguiu se dedicar ao projeto em meio a, já naquela época, atribulada agenda profissional: Eu quero dizer que foi bem menos tempo que uma tese normal, até porque nós éramos premidos pelo tempo. Eu estava muito por dentro do tema, um tema que eu sempre dominei, não era uma coisa nova, eu já praticava, exercia a atividade e, para mim como jornalista, era muito fácil escrever. Se tem uma coisa que eu sempre tive muita facilidade foi de escrever. Eu escrevo rápido, não tenho grandes problemas nessa área. De forma que maximizei minha condição do fazer jornalístico. A tese tem até um texto bem jornalístico, com uma fundamentação teórica. Abriga uma parte prática e uma parte de pesquisa. Eu procurei aliar esses eixos todos, costurá-los, elaborando uma moldura sistêmica, integrando as partes. Em relação ao tempo eu não me recordo. Eu sei que trabalhei nessa tese, eu me licenciei de tudo, não fui para a Proal. Aí tem uma curiosidade. Eu morava na Barata Ribeiro, na Bela Vista, num apartamento, 10º andar, tinha lá um escritoriozinho. Escrevia das 6 da manhã às 24 horas. Eu trabalhei diretamente 18 horas por dia. Eu me lembro que passei um mês e meio mais ou menos escrevendo 18 horas a ponto de um dia eu estar com uma dor terrível, foi preciso um médico me socorrer. [...] Eu tive de passar uns dois dias acamado até voltar. Atingiu todo o nervo ciático. Eu também sabia: vou fazer essa tese escrevendo todo tempo. Se parar, a coisa não vai. Aliás, é um conselho que eu sempre dou: querem fazer uma tese? Afastem-se do dia a dia, escondam-se no escritório, se não, a coisa não anda. (HANTKE, p.84). 21 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Considerações finais Por sua trajetória diferenciada, que une sistematizações teóricas pioneiras, contribuições à profissionalização do jornalismo empresarial e inovações trazidas ao marketing político, o jornalista Gaudêncio Torquato foi homenageado em 4 de setembro de 2011 no XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – INTERCOM, realizado em Recife (PE). Tive a honra de fazer parte da mesa em sua homenagem, da qual participaram os Profs. Drs. José Marques de Melo, Margarida Kroling Kunsch, Manuel Carlos Chaparro e Adolpho Queiroz. Para a mesa, expus algumas passagens que me marcaram durante o desenvolvimento de minha pesquisa de mestrado, retomando trechos das entrevistas que realizei com o jornalista. As lembranças e os causos contados por ele em nossas entrevistas, e que procurei recuperar em parte para este artigo, me permitiram conhecer um pouco do menino que, do interior do Rio Grande do Norte, viu nascer sua vocação. E um pouco também do jornalista, que tem deixado sua marca, seja em grandes redações ou em restritos jornais de empresa. E ainda sobre o acadêmico, cujo nome está gravado na pesquisa comunicacional brasileira. A dissertação A pioneira trajetória de Gaudêncio Torquato na pesquisa comunicacional brasileira está disponível no endereço eletrônico www.dominiopublico.gov.br. Referências FREITAS, Sônia Maria de. História oral: possibilidades e procedimentos. São Paulo: Humanitas/FFLCH-USP; Imprensa Oficial do Estado, 2002. HANTKE, Suzi Garcia. A pioneira trajetória de Gaudêncio Torquato na pesquisa comunicacional brasileira. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). São Paulo: ECA-USP, 2006. KUNSCH, Margarida K. Krohling. Alternativas para o fortalecimento acadêmico da comunicação organizacional. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. São Paulo: v.21, n.2, 1998. MARQUES DE MELO, José. Comunicação social, teoria e pesquisa. Petrópolis: Vozes, 1970. 22 Gaudêncio Torquato e suas contribuições plurais no campo da comunicação brasileira ______. História do pensamento comunicacional. São Paulo: Paulus, 2003. ______. Jornalismo brasileiro. Porto Alegre: Sulina, 2003a. MEIHY, José Carlos. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 2005. TORQUATO, Gaudêncio. Comunicação na empresa e o jornalismo empresarial: visão crítica e tentativa de elaboração de um modelo para as publicações internas. Tese. (Doutorado em Comunicação Social). São Paulo: ECA-USP. 1973. ______. Comunicação e organização: o uso de comunicação sinérgica para a obtenção de eficácia em organizações utilitárias. São Paulo: ECA-USP. 1983. Tese de Livre-docência. ______. Jornalismo empresarial, teoria e prática. São Paulo: Summus, 1984. ______. Comunicação empresarial, comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. 23 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação 24 Marcos de um percurso de sucessos 2. Marcos de um percurso de sucessos Manuel Carlos Chaparro1 Deveria haver, na ordenação das coisas, alguma lei superior que proibisse homenagear filhos notáveis sem a presença dos pais. Se assim fosse, que bom seria podermos ter aqui, ao nosso lado, o Torquato pai, para nele serem reconhecidas e a ele atribuídas as anterioridades que levaram o Torquato filho aos sucessos de um dos mais notáveis escritores do atual jornalismo brasileiro. Ah! Se o patriarca Gaudêncio Torquato do Rego, aos 116 anos que teria hoje, pudesse estar aqui partilhando este momento, eu lhe diria: “Parabéns, Sr. Torquato, pelas notoriedades do filho que agora e aqui homenageamos - notoriedades que, em boa parte, são frutos benditos da paternidade responsável e criativa com que educou o crescimento do seu irrequieto Gaudencinho”. Mas quem nos poderá garantir que o velho Gaudêncio Torquato não estará por aqui, escutando, de cabeça erguida, o que do seu Gaudencinho se diz, nos tempos de hoje? Arrisco até dizer que o pressinto, 1. Possui graduação em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1982), mestrado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1987), doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (1993) e pós-doutorado pela Universidade Nova de Lisboa (1996). Atualmente é Professor Colaborador da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Jornalismo e Editoração. Email: [email protected] 25 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação afagando, orgulhoso, o filho posto no mundo há quase sete décadas, na casa ampla e rústica de Luís Gomes, cidadezinha serrana do sertão norte-rio-grandense localizada bem na tromba do elefante.2 Pois pode orgulhar-se do seu filho, Sr. Torquato. O seu Gaudencinho tornou-se nome de referência no jornalismo brasileiro e no pensamento político da nossa cultura. Com a autoridade dos meus cabelos brancos, lhe asseguro, Sr. Torquato: 1) Como jornalista e articulista, o seu filho é hoje o mais lúcido analista da política brasileira. Domina como poucos a arte de argumentar, combinando, com admirável talento, as virtudes essenciais da argumentação: consistência e clareza de ideias, erudição, brilho literário e raciocínio lógico. 2) Como consultor, tornou-se um dos mais conceituados estrategista no uso das linguagens e ferramentas da comunicação, nas ações políticas, institucionais e empresariais. 3) Como pesquisador, anteviu em 1986 cenários do mundo globalizado do século XXI, ao produzir, na sua tese de livre-docência, a mais importante teoria da sua área de estudo. Com inquestionável consistência na metodologia e na argumentação teórica, Gaudêncio Torquato definiu a Comunicação como poder novo nas organizações complexas, o Poder Expressivo, gerador e controlador de sinergias indispensáveis ao sucesso de empresas e instituições. Na fusão dessas competências intelectuais, o professor Francisco Gaudêncio Torquato do Rego fez e faz a cabeça de muita gente neste país. Porque ele é, Sr. Torquato, na área em que atua, um dos autores brasileiros mais lidos, ouvidos, citados e transcritos. Mas a origem da bem sucedida caminhada está em Luís Gomes, na figura paterna, a do coronel Gaudêncio Torquato, sobre o qual o filho Gaudencinho dá o seguinte depoimento: - Ele me ensinou a ler jornal. Ou melhor: ele me ensinou a descobrir e a entender o mundo pela leitura de jornais. 2. Na linha dos seus limites, o mapa do Rio Grande do Norte tem a configuração de um elefante. 26 Marcos de um percurso de sucessos O Marco das anterioridades Na casa rústica da família Torquato, lá na cidadezinha de Luís Gomes, foi fincado o 1º GRANDE MARCO na história de Francisco Gaudêncio Torquato do Rego, o comunicólogo, jornalista e cientista político que aqui homenageamos. No depoimento que dele recolhi, Torquato lembra e descreve, emocionado, essa fase da sua vida: - Meu pai assinava o Jornal do Commercio, do Recife. A entrega pelo correio atrasava vários dias, e quando os jornais chegavam formavam uma pilha que começava a ser lida naquele mesmo dia. Ou melhor, naquela noite, porque o velho Torquato lia os jornais à noite, depois de fechar a loja. Chamava os filhos e sentava-os ao seu redor, para ouvirem a leitura feita por ele em voz alta. Assim, eu e meus irmãos descobrimos o mundo que ia muito além de Luís Gomes, mas do qual fazíamos parte. Como naquela época a energia elétrica era coisa precária no sertão nordestino, a luz se apagava às oito horas. Quando a luz era desligada, acendia-se o candeeiro a querosene. E a leitura prosseguia, o que nem sempre agradava à criançada. “Quanto maior a pilha de jornais, mais a gente tinha de ficar ali, de ouvintes forçados”, lembra Torquato. Que logo acrescenta: - Mas foram essas leituras noturnas do Jornal do Commercio que me ligaram ao jornalismo. E fizeram com que jornal se tornasse para mim uma sensação física. Ainda hoje, cheiro os jornais antes de começar a lê-los. O comerciante Gaudêncio Torquato sabia como educar os filhos. Teve 22, em dois casamentos, e 21 se formaram. Ele próprio decidia a carreira que cada um deveria seguir. E criou uma política familiar de financiamento da educação: quando um filho se formava, passava a pagar a formação do irmão que vinha atrás. Com o correr dos anos, a família Torquato, de Luís Gomes, formou três médicos, dois advogados, vários professores. E quase aconteceu de ter também um padre. O Marco do conhecimento Sim, faltou pouco, muito pouco, para o nosso hoje professor Torquato, o Gaudencinho de então, se ordenar padre. Não chegou lá, mas 27 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação a passagem pelo Seminário constituiu-se o 2º GRANDE MARCO no percurso de vida do futuro jornalista. Ter um filho padre era o sonho materno mais acalentado por dona Chiquita. “Quando chegou a vez de escolher carreira, o meu pai queria que eu fosse engenheiro”, revela Torquato. Dessa vez, porém, valeu a vontade da mãe. Dona Chiquita e o padre Raimundo Caramuru de Barros, que se embeveciam com o jeito piedoso do coroinha Gaudencinho, convenceram o velho Gaudêncio que o rumo a ser dado ao filho era o do Seminário. E assim foi. Primeiro, fez cinco anos no Seminário Santa Terezinha, em Mossoró; depois, mais um ano no seminário de João Pessoa. - Foram seis anos de dura rotina – lembra o ex-seminarista. Despertar às cinco da manhã; assistir missa às seis; tomar café às sete e meia; e depois, assistir aula das oito às onze e meia, almoço em silêncio rigoroso, ouvindo leituras, e salão de leitura na Biblioteca à tarde... Para desgosto de dona Chiquita, Deus aproveitou um período de férias para colocar à prova a duvidosa vocação sacerdotal daquele irrequieto seminarista. Com alguns amigos de Luís Gomes, Gaudencinho foi a uma festinha dançante, embarcando no barco das tentações. Do teste resultou que ele se apaixonou pela linda moça que o encantava com lábia e charme. E renunciou ao sacerdócio. A Igreja perdeu um padre de vocação duvidosa, mas a sociedade brasileira ganhou um craque em jornalismo. Ganhou, também, o criativo teórico em comunicação que hoje homenageamos. Valeram a pena, portanto (e como!), os seis anos de estudo no Seminário: - Foi a melhor coisa que me aconteceu - reconhece o próprio Torquato. Aprendi grego, latim, português, filosofia. Abri a mente para a leitura e aprendi a usar a disciplina para realizar sonhos. O Marco das novas veredas vocacionais A guinada para o mundo das letras e da notícia foi, para Gaudencinho, o 3º GRANDE MARCO na caminhada rumo às escolhas de adulto, que logo chegariam. O objetivo assumido de ser jornalista levou o jovem Gaudêncio Torquato ao Recife. Precisava completar o curso secundário, para depois estudar jornalismo. E assim aconteceu: por dois anos estudou no 28 Marcos de um percurso de sucessos Colégio Batista (onde fundou o centro acadêmico e criou um jornal de militância estudantil); com o diploma do ensino médio assegurado, fez vestibular, entrou na Universidade Católica. Lá encontrou o saber pedagógico do grande mestre Luiz Beltrão. Lá conheceu e se fez amigo de José Marques de Melo, que foi seu professor, como assistente de Beltrão. Na Católica, como em todas as escolas por onde passou, Gaudêncio Torquato foi aluno dedicado, participativo e irrequieto, protagonista esperto no jogo criativo da vida. Sempre na espreita de oportunidades para o crescimento intelectual. E sempre de olho no sucesso. E de olho no sucesso, em 1965, estudante ainda, foi à luta no mercado de trabalho. Nele entrou pela porta do Jornal do Brasil, em cuja sucursal recifense pleiteou um estágio. Apanhou um susto quando Paulo Rehder, diretor da sucursal, lhe ofereceu, como teste, o desafio de fazer uma reportagem em que teria de ouvir todos os governadores do Nordeste sobre a seguinte questão: “O senhor é contra ou a favor da reforma agrária?”. Essa era a pauta, pensada para disputar espaço e relevo na edição dominical da semana. Na manhã daquele dia, e naquele momento, os nove governadores do “Polígono da Seca” (do qual fazia parte também o norte de Minas Gerais e o território de Fernando de Noronha) estavam na Sudene, participando da reunião do Conselho Deliberativo da entidade. Torquato nem sabia onde ficava a Sudene, coisa de somenos, pois qualquer recifense lhe ensinaria como chegar lá. O que verdadeiramente assustava o candidato a repórter era a perspectiva de ter de entrar em mangas de camisa no ambiente protocolar de uma solenidade pública realizada na sede da mais importante instituição regional - e sem saber se teria ou não acesso aos governadores. Mas aquela era a oportunidade para se tornar jornalista de verdade, ainda que para conquistar o diploma lhe faltasse mais um ano de faculdade. E Gaudêncio Torquato, tão destemido quanto ansioso, estava disposto a encarar o desafio de frente. Na ampla sala do Conselho Deliberativo da Sudene, os governadores lá estavam, em lugares de honra, distribuídos pela enorme mesa em forma de “U”. Olhando-os, o pré-repórter avaliava duas questões tormentosas: Como chegar até eles? Como fazer a cada um a pergunta da pauta, sem perturbar o solene ambiente das discussões? Com ousadia de sertanejo, mirando o sucesso pelo qual lutava, o jovem Gaudêncio Torquato resolveu assumir a única “tática de ataque” que as circunstâncias da “batalha” lhe permitiam: armado de caneta e papel (um amontoado de laudas dobradas na mão esquerda), agachou-se o mais que 29 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação pôde e, arrastando-se ora entre cadeiras ora por debaixo da mesa, foi de um em um dos governadores, repetindo a pergunta e anotando as respostas em garranchos que só ele entenderia. Com sinceridade ou hipocrisia política, todos se declararam favoráveis à reforma agrária. Feitas as entrevistas, e já com o batismo de repórter, Gaudêncio Torquato, ex-Gaudencinho, voltou feliz à redação, para a emocionante tarefa de escrever a sua primeira grande reportagem. O JB tinha padrão exigente de qualidade. E Paulo Rehder rasgou as cinco ou seis primeiras tentativas de lide apresentadas pelo noviço na profissão – que, aliás, precisou que o chefe lhe explicasse o que era esse tal de “lide”. Foi um sufoco. Até que, lá pela sexta ou sétima versão, surgiu a aprovação ansiosamente esperada: “Agora está OK. Pode passar o telegrama”. A inesquecível reportagem ainda proporcionaria outro susto ao jovem Torquato, só que, desta vez, em forma de choque emocional de indescritível alegria. No dia seguinte, um domingo, logo pela manhã ele saiu da Casa do Estudante (onde vivia) e passou pela banca do José do Patrocínio, na Avenida Guararapes. E lá estava o JB anunciando ao mundo, no corpo 72 da sua principal manchete: “Governadores do Nordeste apoiam a reforma agrária”. E assim, aos 20 anos, o ainda estudante Francisco Gaudêncio Torquato do Rego entrou no Jornalismo, já como autor de uma reportagem de capa no melhor e mais importante jornal diário brasileiro. Com essa reportagem, Gaudêncio Torquato (nome profissional assumido em homenagem ao pai) conquistou o emprego de estagiário no JB. E de corpo e alma entregou-se às lutas da carreira, abrindo asas para voos mais altos, em dois saltos qualitativos: 1) O salto da sobrevivência independente Ainda estudante na Católica, e para dispensar de vez a ajuda financeira paterna, Gaudêncio Torquato substituiu o emprego de estagiário no JB pelo de principal repórter na sucursal Norte-Nordeste da Folha de S. Paulo – e na Folha pôde realizar o sonho de trabalhar com o grande jornalista Calazans Fernandes, diretor da sucursal. Calazans ocupava espaço e importância de mito no imaginário político e jornalístico do jovem Gaudêncio. E tinha um elo telúrico de afinidade com Torquato, pois era natural de Marcelino Vieira, cidadezinha também localizada na porção Norte-Oeste do Rio Grande do Norte, região conhecida por “Tromba do Elefante”. Vizinha, portanto, de Luís Gomes. A independência financeira consolidou-se pouco tempo depois de ter entrado na Folha, ao aceitar convite da sucursal do Correio da Manhã, para lá trabalhar à noite, como repórter. Tarefa prioritária 30 Marcos de um percurso de sucessos no novo emprego: acompanhar e organizar o noticiário político dos movimentos e conflitos sociossindicais do mundo rural. Os dois empregos, embora aparentemente conflitantes, estavam sustentados em tratos leais com cada uma das empresas. Mas o jovem repórter Torquato tinha energia, ambições e talentos para, sem atritos, dar conta de um terceiro emprego – e aceitou o convite para também trabalhar (sem horário fixo) como repórter especial no Jornal do Commercio, diário com história, prestígio e circulação regionais. Em resumo: graças aos três empregos, dos quais dava boa conta, Torquato tornou-se um dos jornalistas mais bem remunerados do Recife – e isso, no curto trajeto profissional de apenas um ano e meio. 2) O salto para a conquista de um lugar próprio, de prestígio e reconhecimento, no cenário jornalístico de Pernambuco. O ingresso no Jornal do Commercio significou, para Gaudêncio Torquato, a travessia da difícil fronteira que separa os territórios do sonho e do sucesso. No caso de Torquato, o sonho era o de ser jornalista conhecido, reconhecido e influente, não por apadrinhamentos, mas pela qualidade do seu trabalho. Mas, no jornalismo, sucesso não se ganha no grito nem por decreto. É preciso escrever e publicar textos que, por sua relevância e qualidade, provoquem discussão pública e alterações na realidade. E o JC pôde ser para ele essa fronteira, graças às condições altamente favoráveis das condições de trabalho acordadas: seria repórter especial com autonomia de horário e liberdade para sugerir e assumir pautas de grandes reportagens. Deu certo. Logo numa das primeiras grandes reportagens que fez e assinou, ganhou o Prêmio Esso, na categoria de “Informação Científica”. Foi uma notável reportagem desdobrada em série por algumas edições, sobre esquistossomose, doença popularmente conhecida por “barriga d’água”, a terrível moléstia endemicamente espalhada pelo Nordeste.3 A qualidade da reportagem começava pelo título: “Barriga d’Água, a doença que mata na cura”. 3. Esquistossomose era e é a mais grave parasitose disseminada pelo Nordeste de forma endêmica, debilitando e matando milhares de pessoas anualmente. Trata-se de uma moléstia crônica provocada por organismos multicelulares do gênero Schistosoma e transmitido por caramujos hospedeiros que vivem rios e reservatórios de água, e que transmitem a doença a seres humanos pelo contato com a pele.. Embora os índices de contaminação tenham baixado nas últimas décadas, continua a ser ameaça grave à saúde dos nordestinos. 31 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Com essa reportagem, e com o Prêmio Esso conquistado, o repórter Gaudêncio Torquato foi alçado ao patamar dos mais prestigiados jornalistas pernambucanos. E podemos imaginar o orgulho paterno que inchava as vaidades do velho coronel Gaudêncio Torquato quando, naquele ano de 1966, na casa rústica de Luís Gomes, lia os textos assinados pelo filho no Jornal do Commercio, do qual continuava assinante. Para esse prestígio contribuía também, e muito, a importância e a seriedade do jornalismo desenvolvido na sucursal da Folha de S. Paulo, sob o comando de Calazans Fernandes. Além da boa cobertura diária dos acontecimentos locais e regionais mais relevantes, a sucursal Norte-Nordeste da Folha, com a pequena equipe que tinha no Recife, assumiu um projeto audacioso de jornalismo de investigação e debate, combinando reportagens, entrevistas e artigos na abordagem das complexas questões do modelo brasileiro de desenvolvimento regional. O projeto materializou-se em forma de suplementos especiais de grande porte, que a direção da empresa encampou como produtos prioritários na política editorial do jornal. Os três suplementos produzidos (dois dedicados à Amazônia, um ao Nordeste) alcançaram enorme sucesso editorial e comercial. Sucesso tão expressivo que a direção da Folha, em abril de 1967, decidiu transferir para São Paulo toda a equipe da sucursal do Recife. Desse modo, o projeto ganhou dimensão nacional. E lá se foi Gaudêncio Torquato com Calazans Fernandes, para São Paulo. Ganharia salário inferior aos valores que os três empregos do Recife lhe garantiam. Mas o jovem Gaudêncio Torquato era movido pela energética perspectiva de novos sucessos. E não hesitou no “sim” entusiasmado, quando Calazans Fernandes lhe perguntou se queria ir trabalhar na Folha, em São Paulo. Viajou para São Paulo de asas bem abertas, para voos de imprevistas altitudes, que nem ele imaginava. O Marco das escolhas inovadoras Em São Paulo estaria o 4º GRANDE MARCO nos caminhos do jornalista Francisco Gaudêncio Torquato do Rego. O projeto dos suplementos especiais da Folha de S. Paulo durou cerca de um ano e meio, sempre em ritmo de sucesso crescente. Foi uma experiência jornalística sensacional, da qual o autor deste texto também fez parte como diretor de redação. Aconteceu que o sucesso daquele jornalismo de investigação e debate deu evidência e poder próprio ao Departamento criado para 32 Marcos de um percurso de sucessos cuidar do projeto. E isso acabou por gerar uma incontornável crise política interna. Então, por decisão de um dos donos do jornal, deu-se a extinção do departamento e o encerramento abrupto do projeto – história que ainda haverá de ser contada. Entretanto, em São Paulo, Gaudêncio Torquato já havia reencontrado José Marques de Melo. Os contatos tornaram-se frequentes. E em meados de 1968, Marques de Melo convenceu o amigo Torquato a “experimentar” a carreira de professor. Torquato experimentou e gostou. E logo começou a dar aulas na Cásper Líbero, dando início a uma vertente nova na sua vida: tornou-se professor e pesquisador de Comunicação e Jornalismo. E como também na nova carreira chegou rapidamente ao sucesso, em 1969 ele já pertencia ao corpo docente da Universidade de São Paulo, onde entrou, por concurso público, também a convite de José Marques de Melo, para ajudá-lo a estruturar o Departamento de Jornalismo e Editoração. Não demorou muito, o professor Gaudêncio Torquato dava andamento a estudos e pesquisas para a sua primeira tese, que seria a de doutorado (defendida em 1972), sobre Jornalismo Empresarial. E Jornalismo Empresarial, por quê? Porque em janeiro de 1969 surgiu, nos caminhos de Torquato, uma empresa chamada Proal, da qual ele foi um dos fundadores, em janeiro de 1969, ao lado do também jornalista Manuel Carlos Chaparro (autor da ideia) e do publicitário Luiz Carrion – e essa é outra história que algum dia terá de ser contada, em outro lugar e para outros fins. Mas é importante dizer-se aqui que a Proal (Programação e Assessorial Editorial Ltda.) foi criada para atender profissionalmente, e com alto padrão de qualidade, a uma demanda nova, a da comunicação empresarial, fortemente acelerada pelo aquecimento da economia brasileira, em tempos de “milagre econômico”. A Proal tornou-se rapidamente a principal referência brasileira na área em que prioritariamente atuava (a do jornalismo empresarial), planejando e produzindo jornais e revistas de empresa. Ao mesmo tempo em que se constituía um dos pilares da qualidade jornalística da Proal, Gaudêncio Torquato estudava e teorizava a experiência prática que a empresa lhe proporcionava. Por circunstâncias que não vêm ao caso, a Proal desintegrou-se em 1980. Mas foi a base a partir da qual surgiu e amadureceu o Torquato teórico consistente e criativo, que criou novos pensares para as questões comunicacionais em organizações complexas. A ele devemos o mais brilhante estudo realizado na área (“Comunicação Empresarial / Comunicação Institucional – conceitos, estratégias, 33 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação planejamento e técnicas”), apresentado como tese de Livre-Docência em 1986, e logo editado pela Summus Editorial. Nesse rumo, mesclando saberes acadêmicos e saberes profissionais, Gaudêncio Torquato entrou no século XXI como o principal teórico brasileiro em estratégias comunicacionais aplicadas ao marketing político. Passou a ser reconhecido como cientista político, lido e ouvido. Como cientista político, assina aos domingos um artigo na página 2 d’O Estado de S. Paulo, afirmando-se como lúcido (em minha opinião, o melhor) analista da cena política brasileira. E espalha o seu saber por aí, em conferências, seminários, cursos e treinamento sobre as temáticas em que é especialista, nos últimos anos com ênfase nas questões de Marketing Político e Comunicação Empresarial. **** Tenho um grande orgulho em ser amigo do Torquato. Uma enorme vaidade por ter sido orientado por ele, no mestrado e no doutorado. E nutro uma saudável inveja do talento e da persistência com que ele constrói os sucessos, na carreira e na vida. Merece todas as nossas homenagens! 34 O pensamento comunicacional de Gaudêncio Torquato em comunicação organizacional 3. O pensamento comunicacional de Gaudêncio Torquato em comunicação organizacional Margarida M. Krohling Kunsch1 A homenagem que a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM), desde 20092, presta a seus ex-presidentes constitui não só um preito honorífico, mas, sobretudo, uma forma peculiar de registrar traços e pensamentos de estudiosos das ciências da comunicação no Brasil. Estes, na diversidade de suas escolhas intelectuais e acadêmicas, bem como na liderança da maior associação científica em comunicação do país, contribuíram e ainda contribuem para o crescimento e a consolidação desse campo em uma 1. Professora titular e pesquisadora da Universidade de São Paulo. Chefe do Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP). Mestre e doutora em Ciências da Comunicação e livre-docente em Teoria da Comunicação Institucional: Políticas e Processos, pela ECA-USP. Autora, entre outras obras, de Planejamento de relações públicas na comunicação integrada e Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. Organizadora demais de trinta coletâneas de Comunicação Social. Foi presidente, em duas gestões, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), da Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Comunicación (Alaic) e da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Abrapcorp). É diretora de Relações Internacionais da Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom) e membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje). E-mail: [email protected]. 2. Esta iniciativa foi proposta pelo presidente da Intercom, Antonio Hohlfeldt, a fim de resgatar as contribuições dos ex-presidentes no campo das ciências da comunicação no Brasil, por meio da realização de um simpósio especial que é realizado na programação do congresso anual da entidade. Nas duas primeiras edições, foram homenageados José Marques de Melo (2009) a Anamaria Fadul (2010). 35 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação perspectiva não só nacional, mas internacional. Em 2012 é a vez do pioneiro dos estudos do jornalismo e da comunicação empresarial no Brasil, Francisco Gaudêncio Torquato do Rego. No presente texto, apresentarei uma síntese das percepções colhidas sobre suas obras específicas de jornalismo empresarial e de comunicação empresarial/ organizacional. Iniciativas pioneiras para formatar as técnicas de produção do jornalismo empresarial Uma das características marcantes de Gaudêncio Torquato é a sua excepcional capacidade intelectual de acompanhar os acontecimentos do mundo político, econômico e social e trazer para o debate temas contemporâneos da sociedade e aplicá-los em seus estudos e suas práticas profissionais nos campos da comunicação política e da comunicação nas organizações. Essa característica de um pensamento comunicacional evolutivo e dinâmico, sintonizado com os novos tempos, está muito presente na sua produção em comunicação organizacional. Inicialmente, no final da década de 1960, ele dá os primeiros passos, preconizando como se deve produzir o jornalismo empresarial, para chegar, nos anos 2000, a abordar a comunicação das organizações de forma muito mais complexa e abrangente. Tudo começou com os Cadernos de jornalismo empresarial, criados por ele para ajudar na profissionalização desse meio de comunicação nas empresas, que até então eram produzidos de forma bastante amadora. A publicação dos cadernos surge exatamente no contexto da criação da Aberje e da Proal. Na verdade, tratava-se de uma conjugação de esforços iniciados com a fundação, em 1967, sob a liderança de Nilo Luchetti, da Associação Brasileira de Editores de Revistas e Jornais de Empresa (Aberje), que em 1989, mantendo a siga já consagrada, mudou sua denominação para Associação Brasileira de Comunicação Empresarial. Ao mesmo tempo, surgia, em 1968, a Programação e Assessoria Editorial Ltda. (Proal), por iniciativa de um grupo de jornalistas, entre os quais Torquato. Na década de 1970, os Cadernos Proal, as apostilas de cursos da Aberje e o trabalho de Torquato foram experiências concretas da sistematização desse campo que, no Brasil, alguns anos depois, se ampliaria sob os nomes de comunicação empresarial ou comunicação organizacional. Essas duas entidades pioneiras buscaram lançar uma semente, preocupadas em desenvolver conceitos e profissionalizar a prática de 36 O pensamento comunicacional de Gaudêncio Torquato em comunicação organizacional jornalismo empresarial que ocorria dentro das empresas3. Elas contribuíram decisivamente para o aperfeiçoamento das publicações empresariais e o desenvolvimento da comunicação organizacional no Brasil. Torquato (1984, p.28) lembra que, [...] na época de sua criação, reinava completa improvisação. Funcionários de escalões inferiores reuniam-se para fazer o jornal ou boletim, escreviam eles próprios os textos, faziam os desenhos, ajeitavam de qualquer maneira a forma gráfica da publicação, datilografavam tudo e realizavam até o trabalho de impressão em mimeógrafos. Muitas publicações já morriam no nascedouro, condenadas pela indefinição de objetivos, pelo amadorismo e pelo completo desconhecimento técnico de seus planejadores. Sua vivência teórica no campo do jornalismo investigativo e no magistério superior, aliada à sua preocupação em dar ao jornalismo empresarial um caráter científico, incentivou Gaudêncio Torquato a elaborar uma pesquisa acadêmica mais apurada. Foi o que fez no início da década de 1970, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), daí resultando sua tese de doutorado, a primeira do Brasil nessa especialidade jornalística, como descrito a seguir. Jornalismo empresarial no Brasil Os esforços de Gaudêncio Torquato em sistematizar os conceitos, as técnicas de produção e as práticas do jornalismo empresarial se evidenciaram por meio de uma pesquisa acadêmica, que daria origem à tese Comunicação na empresa e o jornalismo empresarial, defendida na ECA-USP, em 1973. Na época, era quase uma temeridade alguém abordar, na universidade, um assunto dessa natureza, visto como algo que, vinculado ao capitalismo e à ideologia de mercado, não merecia ocupar espaço no meio acadêmico. Posteriormente, ele também precisou lutar para que o Curso de Jornalismo da ECA-USP oferecesse uma disciplina optativa de jornalismo empresarial, não lhe tendo sido fácil defrontar-se com oposições à sua incorporação à estrutura curricular. A propósito, em entrevista 3. Mais detalhes sobre o papel da Aberje e da Proal poderão ser encontrados em Kunsch (1997, p. 56-64). 37 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação à revista Comunicação Empresarial, Torquato (1995, p. 14) deu este depoimento: “Precisei lutar como um kamikaze para defender a necessidade dessa disciplina e enfrentei muitas pressões. Nas escolas da época, julgava-se que o jornalismo empresarial era uma área que não atendia os interesses da sociedade”. Ao prefaciar meu livro Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional (KUNSCH, 1997, p. 12), Torquato registrou estas considerações: O mercado de trabalho jornalístico começava a dar sinais de saturação. Ainda se vivia sob o clima do “jornalismo revolucionário”, que atraía jovens interessados em abrir frentes de batalhas contra os imperialistas, o poder econômico, as grandes estruturas. Para eles, o mundo dividia-se praticamente entre bons e maus, oprimidos e opressores, esquerdistas e direitistas. Nas camadas intelectuais e nas rodas de pensamento, os rótulos frequentemente resvalavam pela classificação comparativa entre apocalípticos e integrados, sendo os meios jornalísticos os mais energizados pelas novas linguagens. Por isso mesmo, o setor empresarial assemelhava-se a territórios da indecência, da aética, da corrupção, do poder de cooptação – um inferno, por assim dizer. Ser assessor de imprensa era algo como imprimir na testa o selo de “vendido ao capitalismo internacional”. Nesse contexto, tivemos a ousadia de enfrentar o “paredão da moralidade”, que, na verdade, nada mais era que um conjunto de preconceitos contra o capital. Há que dizer que, na década de setenta, ainda se pregava a luta de classes e as relações capital-trabalho apresentavam-se como um jogo de soma zero, em que a vitória de um deveria significar a morte de outro. Parceria, integração, trabalho comum eram verbetes sem direito a entrar nas páginas da negociação coletiva. Os manuais dos trabalhadores e dos empresários tinham alfabetos diferentes. Era, portanto, um desafio inimaginável, quase um suicídio, alguém da área acadêmica optar por um exercício reflexivo na área empresarial. Pior ainda quando esta reflexão comunicativa se dava no âmbito do maior centro de produção científica do País, polo de excelência do pensamento, a Universidade de São Paulo. Nota-se, pelos seus depoimentos, que não foi fácil, para ele, introduzir a comunicação empresarial como campo de estudos na universidade. A defesa de uma tese de doutorado possibilitou respaldar em nível de stricto sensu iniciativas e esforços encaminhados anteriormente por ele e outros profissionais e professores, na Aberje e na Proal, com os cursos para profissionalização e os cadernos de jornalismo empresarial e de comunicação. 38 O pensamento comunicacional de Gaudêncio Torquato em comunicação organizacional A referida tese de doutorado, traçando um quadro do jornalismo empresarial no Brasil, perpassava tudo o que envolvia as publicações empresariais, como os profissionais responsáveis, a formas de produção e as técnicas jornalísticas, entre outros temas. E já explorava também teoricamente, com base em Lee Thayer, conceitos de uma comunicação empresarial mais abrangente, como os fluxos informativos, os níveis de análises, as redes formais e informais etc. Uma década depois, em 1984, a tese, com as devidas adaptações, foi publicada pela Summus, com o título Jornalismo empresarial: teoria e prática. No livro, o autor fazia toda uma retrospectiva sobre esse segmento jornalístico e apresentava de forma didática as formas, as questões técnicas e políticas do jornalismo empresarial o planejamento da sua produção, entre muitos outros itens relacionados com a temática. Essa obra pioneira contribuiu muito para sistematizar e profissionalizar o jornalismo empresarial no Brasil e serve até hoje como livro-texto em disciplinas dos cursos de comunicação social do país. Comunicação empresarial no modelo sistêmico Em 1983, Torquato defendeu na ECA-USP sua tese de livre-docência, Comunicação e organização: o uso de comunicação sinérgica para obtenção de eficácia em organizações utilitárias. Também nessa tese ele inova ao trazer novos aportes teóricos para compreender a comunicação em uma nova perspectiva no contexto das tipologias das organizações. Para tanto se valeu de pesquisadores clássicos, como Amitai Etzioni, estudioso das teorias das organizações complexas, Max Weber, precursor da sociologia moderna, e Walter Bukley, criador da teoria dos sistemas, além dos autores especificamente do campo comunicacional. A tese trazia os alicerces fundamentais para o entendimento das tipologias organizacionais, a partir do pensamento de Amitai Etzioni, que as classificava em coercitivas, normativas e utilitárias, tendo como foco o poder e o consentimento. Torquato optou por aplicar os conceitos de comunicação nas denominadas organizações utilitárias. Mais uma vez deixava clara sua preocupação em dar uma base científica às práticas da comunicação empresarial. Em 1986 a Summus publicaria essa tese, o segundo livro de Torquato, com o título Comunicação empresarial/comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas. Vejo nessa obra a principal contribuição do autor para os estudos da comunicação 39 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação organizacional. Foi a primeira no Brasil a sistematizar os fundamentos da comunicação nas e das organizações complexas em uma perspectiva sistêmica. Nela Torquato aplicava às organizações os aportes conceituais da teoria dos sistemas e à comunicação organizacional as teorias da comunicação. Propunha e defendia um modelo sinérgico para o que denominou área de comunicação coletiva, compreendendo o jornalismo, as relações públicas, a publicidade, a editoração e a identidade visual. Um dos destaques apregoados pelo autor nessa obra foi o “poder expressivo” que a comunicação exerce nas organizações. “Se alguns poderes legitimam a empresa, a comunicação exerce igualmente um certo e grande poder” (TORQUATO, 1986, p.17). Para ilustrar sua ênfase na questão da importância do poder vale citar o que afirmou então: A comunicação, que, enquanto processo, transfere simbolicamente ideias entre interlocutores, é capaz de, pelo simples fato de existir, gerar influências. E mais: exerce, em sua plenitude, um poder que preferimos designar de poder expressivo, legitimando outros poderes existentes na organização, como o poder remunerativo, o poder normativo e o poder coercitivo. É oportuno lembrar que as normas, o processo de recompensas e os sistemas de coerção existentes nas organizações para se legitimarem, passam, antes, por processos de codificação e decodificação, recebem tratamento ao nível do código linguístico, assumindo, ao final, a forma de um discurso que pode gerar maior ou menor aceitação pelos empregados. A comunicação, como processo e técnica, fundamenta-se nos conteúdos de diversas disciplinas do conhecimento humano, intermedeia o discurso organizacional, ajusta interesses, controla os participantes internos e externos, promove, enfim, maior aceitabilidade da ideologia empresarial. Como poder expressivo, exerce uma função-meio perante outras funções-fim da organização. Nesse sentido, chega a contribuir para maior produtividade, corroborando e reforçando a economia organizacional (TORQUATO, 1986, p. 17). Dessas considerações pode-se deduzir que Gaudêncio Torquato deixa claro, no contexto do sistema capitalista, uma visão pragmática do poder da comunicação nas organizações para legitimarem seus discursos institucional e mercadológico, desmistificando assim percepções muitas vezes idealistas que não correspondem às realidades situacionais vigentes. 40 O pensamento comunicacional de Gaudêncio Torquato em comunicação organizacional Conexão entre os estudos e as práticas Sempre sintonizando teoria e prática e observador atento ao cotidiano da vida das organizações, Torquato é um escritor perspicaz e antenado com os acontecimentos ao seu redor. Sabe como ninguém ler os fatos e interpretá-los à luz dos seus objetivos e horizontes de atuação. Nesse sentido deixou também, ainda que indiretamente, registrados traços e percepções de suas experiências como consultor e diretor de comunicação do Grupo Bonfiglioli. Isso pode ser constatado no livro que publicou pela Pioneira, em 1991, intitulado Cultura, poder, comunicação e imagem: fundamentos da nova empresa. Trata-se de uma antologia de textos publicados na mídia, que retrata realidades organizacionais vivenciadas e observadas com olhar reflexivo sobre cultura organizacional, poder, comunicação e imagem. Nessa coletânea de artigos o autor chamava atenção paras as transformações mundiais no início dos anos 1990 e como essas afetariam as organizações. Como se pode perceber, sua capacidade visionária e reflexiva está sempre presente nos seus escritos: A nova ordem internacional exigirá um amplo processo de reestruturação das organizações. Processo que comporta análises mais acuradas da competição; exames mais detalhados da relação qualidade/preço tendo em vista o comportamento do novo consumidor; alterações no fluxo produtivo entre fornecedores de matérias primas e fabricantes; criação de joint-ventures; alianças entre grupos; capitalização de identidades da empresa; integração de unidades locais com operações setoriais e estratégias abrangentes; convivência com maiores pressões de natureza trabalhista; aperfeiçoamento de padrões de qualidade e excelência; agilização e fortalecimento de ferramentas de marketing, vendas e comunicações; desenvolvimento de políticas e programas sociais; ampla percepção e fortes programas relacionados à preocupação com a preservação do meio ambiente; desaquecimento de sistemas cartoriais e desatrelamento de elos governamentais; enfim, uma reordenação de estruturas, processos e rotinas, comunicações e desenvolvimento de pessoal (TORQUATO, 1991, p. xi). Muitos desses indicativos de mudanças destacados por ele aconteceram de lá para cá e ainda desafiam as organizações na atualidade. Denota-se assim como o autor busca trazer para o debate reflexões sobre a sociedade contemporânea da época e os desafios para as organizações atuarem em um mercado cada vez mais competitivo. 41 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Comunicação organizacional e comunicação política Em 2002, Torquato amplia ainda mais seu posicionamento autoral ao abordar conjuntamente a comunicação organizacional e a comunicação política, no livro Tratado de comunicação organizacional e política, que em 2011 passou por uma atualização. Muito mais do que um tratado, essa obra é um verdadeiro guia ou manual, discorrendo de forma livre, em dez capítulos, com 292 pontos, entre itens e subtemas, sobre os mais variados aspectos da comunicação nas organizações privadas e na administração pública/governamental. Trata-se, na verdade, de uma sistematização e democratização de suas experiências como consultor de comunicação e de marketing político, que foram traduzidas em roteiros e esboços de planejamentos de possíveis ações comunicativas aplicáveis na esfera governamental e na iniciativa privada. Mais uma vez seu espírito empreendedor e didático se fez presente ao disponibilizar uma obra abrangente e útil para toda uma nova geração de profissionais. Como ele mesmo afirmou, [...] este livro quer significar uma modesta contribuição às pessoas que buscam compreender, operar e administrar, de maneira eficaz, os espaços de conflito e disputa, nos campos da comunicação, do marketing institucional, político e eleitoral, enfrentando o desafio, recorrente em toda a existência humana, de ser bem-sucedido na vida profissional. Como pano de fundo, um espelho em que poderão contemplar cenas e extrair lições de pequenos relatos e grandes pensamentos, cujos atores e autores deixaram marca registrada na História (TORQUATO, 2002, p. xix). Com o que expus até aqui, procurei, de forma sintética, destacar as principais contribuições de Gaudêncio Torquato para os estudos e as práticas da comunicação organizacional no Brasil, que vão do surgimento do jornalismo empresarial, passam pelo conceito evolutivo e construtivo da comunicação empresarial e chegam à comunicação organizacional e política. Um espaço para a ousadia e o crescimento intelectual Para concluir, quero deixar pontuada minha percepção de que, nos anos 1970 e sob um regime ditatorial em seu auge, Gaudêncio Torquato, assim como Candido Teobaldo de Souza Andrade em relações públicas, só 42 O pensamento comunicacional de Gaudêncio Torquato em comunicação organizacional conseguiu cunhar uma linha de pesquisa no âmbito da comunicação empresarial porque a Escola de comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, diante de temas até então muitas vezes rechaçados no meio acadêmico e vistos apenas pelo seu lado de práticas profissionais, abriu as suas portas e acolheu a diversidade como um valor para sua pós-graduação em ciências da comunicação e artes. Como Torquato e Teobaldo, também eu encontrei na ECA-USP espaço e condições institucionais por excelência para a pesquisa científica, além de liberdade para criar e desenvolver atividades que sempre acreditei serem relevantes para o avanço dessas áreas de conhecimento. Certamente o mesmo acontece com a maioria de nossos colegas que ainda hoje militam nessa emblemática e singular escola, a qual se distingue não só na América Latina, mas se projeta igualmente no contexto internacional. Com isso rendo uma homenagem a esses dois grandes mestres que, no espaço da ECA-USP contribuíram para minha trajetória acadêmica. A meu orientador de mestrado, Candido Teobaldo de Souza Andrade, que, em 1979, me proporcionou o primeiro contato com a disciplina mais voltada para essa área, “Administração da comunicação”. E agora, com este texto, especialmente a meu professor Gaudêncio Torquato, que me transmitiu um apanhado completo da “Comunicação empresarial”, pondo a ênfase no “poder expressivo” da comunicação nas organizações. Ele me fez ver a comunicação como um setor maior das organizações, abrangendo, a um tempo, a comunicação institucional e a comunicação mercadológica, e a vislumbrar a missão das relações públicas nesse composto, lado a lado com o jornalismo, a publicidade, a propaganda e outras áreas afins. Não posso deixar de salientar que as ideias de Torquato, assim como as de Teobaldo, foram pilares importantes de minha proposta, explorada desde meu mestrado na década de 1980 e, a partir de então, progressivamente assumida pela academia, pelo mercado e pelas instituições públicas, de uma “comunicação organizacional integrada”, em cuja gestão se reserva às relações públicas um papel preponderante4. 4. Sobre essa temática versa minha dissertação de mestrado, Planejamento de relações públicas na comunicação integrada, publicada em 1986 exatamente no mesmo ano em que veio a lume a tese de livre-docência de Torquato, Comunicação empresarial/comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas. 43 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Referências ABERJE. Comunicação Empresarial, São Paulo, a. V, n. 15, 2° trim. 1995. KUNSCH, Margarida M. Krohling. Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo: Summus, 1997. ______. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. [1986]. 4. ed. – rev., atual. e ampl. São Paulo: Summus, 2003. TORQUATO, Gaudêncio. Jornalismo empresarial: lições de experiência. Cadernos Proal, São Paulo, [s/d]. ______. Comunicação na empresa e o jornalismo empresarial. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – ECA-USP, 1973. ______. Jornalismo empresarial: teoria e prática. São Paulo: Summus, 1984. ______. Comunicação e organização: o uso de comunicação sinérgica para obtenção de eficácia em organizações utilitárias. Tese (Livre-docência) – ECA-USP, 1985. ______. Comunicação empresarial/comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. ______. Cultura, poder, comunicação e imagem: fundamentos da nova empresa. São Paulo: Pioneira, 1991. ______. Tratado de comunicação organizacional e marketing político. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 44 Gaudêncio Torquato, Uma visão do pesquisador sobre Comunicação e Política 4. Gaudêncio Torquato, Uma visão do pesquisador sobre Comunicação e Política Adolpho Queiroz1 Quando poucos se arriscaram neste país a pensar de forma mais sistemática e rigorosa a importância da comunicação política e enveredar pelos caminhos ardilosos do planejamento estratégico em marketing político, o jornalista Gaudêncio Torquato despontou, com seu pioneirismo, para iluminar este campo. Das várias dissertações e teses que orientou, participei especialmente como convidado a uma delas, escrita pelo jornalista Ciro Pedrosa, também potiguar como ele, dissertando sobre a campanha de Aluisio Alves a prefeito de Natal, nos tempos pioneiros do que se chama hoje de marketing político. Da ocasião, Pedrosa lembrava-se de um episódio singular. Radialista e político dos bons, Alves pediu a população da época que fosse ao seu comício naquele dia vestindo uma roupa verde ou levando algum elemento verde – antes das bandeiras que viraram comuns nos comícios da era da televisão ou dos cantores que esquentavam o público para a chegada do candidato. O povo atendeu e, como num Domingo de Ramos da liturgia cristã, o 1. Pós-Doutor em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense, doutor em Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP, professor da Faculdade Anhanguera de Santa Bárbara d´Oeste e bolsista da Funadesp, Fundação Nacional de Desenvolvimento do Ensino Superior Particular, ex-presidente da INTERCOM, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação e da Politicom,Sociedade Brasileira dos Pesquisadores e Profissionais de Comunicação e Marketing Política. 45 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação comício foi ornamentado da pelas folhas de “palmeiras” que viraram galhos para a agitação política. De onde vieram? Dos jardins públicos que havia na praça do comício, nas avenidas que a cercavam ou do quintal dos próprios espectadores. “Foi uma demonstração incomum de apreço ao candidato”, relatou na ocasião Pedrosa. Muito antes, portanto, do Partido Verde e suas teses ecológicas ou dos grandes movimentos internacionais de preservação do meio ambiente, o discurso de Alves esteve à frente do seu tempo, sensibilizando a sociedade para a preservação que haveria de ser tema, dogma, modismo e compromisso no final do século XX e começo do XXI diante dos fenômenos decorrentes do aquecimento global. Mas Torquato tem em seu currículo inúmeras dissertações de mestrado e teses de doutorado orientadas na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, onde programou projetos pioneiros de pesquisa sobre o tema, além do relato que fiz acima. Livros Sobre os seus livros, há três destaques a fazer na área. O primeiro deles, intitulado “Marketing Político e governamental”, editado pela Summus Editorial, em 1985 ainda hoje – passados 27 anos -, é um livro atualíssimo. Infelizmente, porque se tivessem lido o livro quando publicado, políticos, governantes, dirigentes teriam avançado muito na compreensão sobre a necessidade da comunicação como instrumento de aproximação entre governos/partidos políticos e a sociedade. Em linhas gerais, o livro apresenta como objetivos globais criar as bases e gerar as condições que permitam ao Governo um sólido, profícuo e eficaz relacionamento com a sociedade; estabelecer climas e situações que permitam ao Governo o desenvolvimento normal de suas ações e projetos; propiciar a criação de fluxos de comunicação, do Governo para os segmentos sociais e desses para o Governo de forma a favorecer o sentido de participação da sociedade na obra governamental. Desde aquela época Torquato já sugeria que a área de comunicação deveria dar unicidade aos programas, evitando parcializar e fragmentar a obra governamental e, para tanto, criar sistemas ágeis, necessários e úteis para a transmissão rápida de mensagens de interesse social. Sugeriu também a criação de estruturas enxutas, funcionais, que primem pelo escopo do alto profissionalismo e baixos custos operacionais; clarificar as metas e objetivos dos setores de comunicação social do Governo, de modo a se evitar duplicidade de ações e projetos; aper46 Gaudêncio Torquato, Uma visão do pesquisador sobre Comunicação e Política feiçoar os recursos à disposição da área de comunicação governamental, dando uma visão empresarial à gestão. Noutro capitulo defendia a necessidade de harmonizar a comunicação governamental e prognosticava que projetos e ações de Governo, via de regra, se apresentam fragmentados perante a opinião pública. E indicava algumas razões: variedade, especialização, dispersão geográfica, ausência de critérios que normatizem a comunicação governamental, e a personalização. Afirmava também que contribuíam para esta fragmentação a maior presença de líderes governamentais na região, a necessidade de ações diretas de comunicação junto a líderes de opinião como os setores universitários, artístico, operário e estudantil, entre outros. E estamos falando de um livro escrito em 1985! Defendia também desde aquele período que era preciso dar ênfase aos fatos e não às pessoas, colocando a obra governamental acima das vaidades dos governantes e interesse das personalidades, a perenidade de um governo está na sua capacidade de deixar fatos para a história. E já afirmava que o “que se observa é um processo de absorção de conhecimentos da área de marketing pela política, que tem, como fundamentação, a competição acirrada entre candidatos, a urbanização das cidades, a influência dos meios de comunicação, a abertura política, a pressão dos grupos organizados, a industrialização e a diminuição do poder dos ‘coronéis’ da política interiorana”. (TORQUATO, 1985, p. 57) Uma segunda contribuição de Gaudêncio Torquato para os estudos de marketing político se encontra em seu livro “Tratado de Comunicação Organizacional e Política” (Thomson, 2002). Daquela obra é possível destacar especialmente o capítulo 5 – “Comunicação na Administração Pública Federal” – trata da imagem dos poderes executivo, legislativo e judiciário; o capítulo 6 – “Comunicação na Administração Pública” – discute, especificamente, as articulações de marketing político em governos estaduais e prefeituras. Neles, Torquato consegue sistematizar seu conhecimento a respeito do marketing político casando-o com exemplos práticos e esquemas que ajudam a compreender de que forma se dão os fluxos comunicacionais nos ambientes da política. Há ainda uma terceira obra no campo do marketing político em que o autor detecta outras articulações a respeito do mesmo assunto. Encontram-se no livro “A Velha Era do Novo: Visão Sociopolítica do Brasil” (Edição do autor, 2002). Trata-se da seleção de 128 artigos escritos por Torquato e publicados em mais de 60 jornais de todo Brasil, entre os anos de 1990 e 2002. 47 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Na primeira parte, intitulada Diagnóstico, são apresentados aspectos históricos da cultura política brasileira moderna. As críticas são levantadas a partir dos problemas de base existentes nas próprias estruturas governamentais do país, a violência generalizada aparece como resposta imediata a esses problemas, a reação e a movimentação do povo na forma de instituições organizadas são vistas com otimismo pelo autor por representarem o surgimento de forças sociais capazes de agirem politicamente. Em “A Velha Era do Novo”, Torquato já não se preocupa em dizer, para candidatos e profissionais de marketing político, como ganhar uma eleição. Agora, seus textos abordam o assunto de forma mais ampla. No livro mais recente, reeditado em 2011, Tratado de Comunicação Organizacional e Política, 2ª edição revista e ampliada, Torquato trata de aspectos históricos e organizacionais do marketing político desde as suas origens no nazifascismo de Adolf Hitler e Benito Mussolini e chega à interpretação de casos contemporâneos, a maior parte também vivida por ele ao longo de sua trajetória como consultor e profissional da área que passou por campanhas singulares em dois planos: o governamental e o institucional. No plano governamental Torquato atendeu as seguintes campanhas, entre outras: Campanha para o Governo do Estado do Ceará (1986); duas campanhas de Governo do Estado do Piauí (1986/1990); Campanha para o Governo do Estado do Rio Grande do Norte (1986); Campanha para a Prefeitura de Teresina/PI (1988), Campanha para a Presidência da República (1989); Campanha para a Prefeitura de Natal/RN (1992); Campanha para o Governo do Estado de São Paulo (1990); Consultoria de marketing político ao Presidente da Câmara dos Deputados (1998-2000); Assessoria de marketing político ao Prefeito de São Bernardo do Campo (1998-1999), entre outras. E muitas campanhas na esfera de candidatos proporcionais. No plano institucional, trabalhou nas seguintes Campanhas para Presidências de entidades de classe: Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (1992-1994-1996), ABIA – Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (1992-1994-1996-1998-2000-2002). E coordenou muitas campanhas para eleição de dirigentes de Federações, Associações e Sindicatos. 48 Gaudêncio Torquato, Uma visão do pesquisador sobre Comunicação e Política Abcop Do ponto de vista associativo, Torquato ainda acumula as funções de vice-presidente da Abcop. Fundada em 29 de novembro de 1991, na Rua General Jardim, 522, sala 4, São Paulo, a Associação Brasileira dos Consultores Políticos e Assessores Eleitorais é uma sociedade civil, de duração ilimitada, sem fins lucrativos, que será regida por Estatutos Sociais e pela legislação aplicável. A Associação poderá filiar-se ou associar-se a entidades de atividades semelhantes ou correlatas, no pai ou no exterior, a critério da Diretoria. A Associação tem por objetivo: assistir e representar os profissionais e empresas associados em todos os seus interesses comuns, a fim de lhes possibilitar maior e melhor desenvolvimento, proteção e valorização técnica dos seus serviços, além de promover maior convívio entre eles; estabelecer relações com Sindicatos e Federações, bem como entidades oficiais e particulares que possam vir a colaborar com a Associação para a consecução de seus fins; colaborar com os órgãos do governo na elaboração, implantação, execução e controle de programas relacionados com o desenvolvimento do país e nos quais os profissionais e empresas associados possam oferecer qualquer subsídio; atuar como órgão técnico e consultivo, junto a entidades oficiais e particulares quando necessário, no estudo e solução de problemas que se relacionem com os serviços representados. Possui hoje cerca de duzentos associados em todo o país, que representam o mercado de trabalho e pesquisadores acadêmicos. Dentre os profissionais estão especialistas em pesquisas eleitorais, sites, assessores de imprensa, consultores de imagem, analistas de discursos, publicitários, jornalistas, relações públicas, fotógrafos e estrategistas eleitorais. A entidade deu uma nova dimensão ao cenário do marketing político no país, prestando assistência aos associados através de cursos, seminários, congressos anuais, publicação de livros e um site permanentemente atualizado com questões legais e de atualidade para os profissionais do campo. Após vinte anos ininterruptos de atuação, a Abcop é hoje uma das instituições formuladoras do campo do marketing político não só para demandas eleitorais partidárias, mas também institucionais. Numa entrevista que concedeu ao prof. Moises Barel, no livro “Marketing político, do comício a internet”, (BAREL, 2007 p.209) o atual presidente da Abcop, Carlos Manhanelli fala um pouco sobre as origens da entidade: “A entidade nasceu numa época em que falar de marketing político era perigoso. Estávamos saindo do regime militar. 49 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Nestes anos, temos nos moldado aos formatos do mercado. Estamos voltados a ele. Nossa visão é extremamente mercadológica. A principal evolução foi nos tornarmos uma entidade reconhecida internacionalmente, capaz de expandir seus trabalhos”. Hoje a entidade é filiada a Alacop, Associação Latino-americana dos Consultores Políticos; IAPC, Associação Internacional dos Consultores Políticos e a ALICE, Associação Latino Americana de Pesquisadores de Campanhas Eleitorais, cujo congresso de fundação foi marcado para julho de 2012 na Espanha. Nos Jornais e na Internet Gaudêncio Torquato multiplica-se também em atividades de imprensa e internet. Seus artigos dominicais no jornal O Estado de S. Paulo, que ele republica em outros 70 jornais com artigos semanais e suas contribuições via internet, no seu blog pessoal intitulado Porandubas e reflexões, alimentam esta vocação e vão iluminando as reflexões sobre o campo. No jornal “O Estado de S. Paulo”, Torquato tece comentários diversos sobre a realidade política nacional, sempre alicerçado em autores clássicos, que vão dos filósofos que começam a discutir política nas suas origens, passando por autores contemporâneos consagrados. Ele repete esta fórmula nos artigos que envia para uma imensa rede de jornais de capitais e principais cidades brasileiras, em queigualmente expressa suas preocupações com o campo político, aponta suas deformidades, desvios e procura ajudar o leitor/eleitor a identificar mazelas e a superar as dificuldades éticas que se apresentam em formas de escândalos e denuncias. Já na internet, usando um estilo mais informal e bem humorado – que faz parte indelével do seu caráter, Torquato usa uma ironia fina para tratar as notas e informações que publica. Acresce-se a elas o anedotário interminável sobre eleições que ele tem colecionado ao longo dos anos. Considerações finais A experiência e a militância trouxeram a Gaudêncio Torquato um conhecimento imenso e hoje intransponível sobre a comunicação política. Sua solidez teórica, calcada nos autores clássicos de Aristóteles a 50 Gaudêncio Torquato, Uma visão do pesquisador sobre Comunicação e Política Platão da Grécia Antiga, passando pelos clássicos contemporâneos da literatura nacional e internacional, deram ao autor, homenageado neste livro pela INTERCOM, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, também por sua militância na construção do campo comunicacional no país, como ex-presidente da entidade, a densidade desejável para a reprodução e compartilhamento do conhecimento sobre o campo. Da sua passagem exitosa na pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo vieram outras contribuições, em formatos de dissertações de mestrado, teses de doutorado, conferências, palestras, seminários, com incontáveis para a ampliação do conhecimento sobre o campo da comunicação política. Da Abcop, Torquato nos trouxe a serenidade para guiar os novos protagonistas do campo profissional do marketing político. Ao lado de Carlos Manhanelli, tem sido o construtor e arquiteto de uma entidade que hoje, aos vinte anos, é uma das mais representativas do campo no nível nacional e, especialmente num fenômeno não muito recente: a exportação de consultores políticos brasileiros para ações na América Latina, Europa e mais recentemente na África, contribuindo para formar profissionais gabaritados para o padrão Brasil de exportação de consultores. Da imprensa diária e do blog que escreve sempre de forma atual e perspicaz, Torquato nos trouxe a experiência destes anos todos vivenciando cenários, influindo sobre eles, sendo determinante com a sua palavra exata durante os embates que ajudou a vencer pelo país afora com as campanhas que comandou. Dos seus livros sobre o campo – ao qual agora se incorpora mais este volume em sua homenagem editado pela INTERCOM e mais um livro de ensaios e artigos “Era Uma Vez Mil Vezes... O Brasil de Todos os Vícios”, a ser lançado breve pela Topbooks – o legado do Torquato militante para a construção de uma sociedade mais democrática faz-se notar. Sua ajuda, ao longo das últimas décadas para consolidar a INTERCOM como a mais importante associação científica do campo da comunicação no país e da Abcop, com sua extensa agenda de cursos, consultorias, seminários e publicação de livros sobre marketing política, são provas irrefutáveis do seu desprendimento ao formar novas gerações de comunicadores para o campo político. Enfim, gostaria de retomar a fala emocionada do prof. Manoel Chaparro naquela tarde de setembro de 2011 em Recife, quando prestamos em nome da INTERCOM nossa homenagem ao ex-presidente. Naquela ocasião, discorrendo sobre a vida e obra de Torquato, 51 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Chaparro fez uma cobrança que reitero aqui. Que Torquato, com sua pena e inteligência, com a ascensão e prestígio que tem sobre políticos e empresários, ajude o Brasil a eliminar o pior de todos os seus males, desde que Pedro Álvares Cabral por aqui aportou em 1500: a “corrupção’”. Que de suas mãos, da sua inteligência e, especialmente do seu caráter, Gaudêncio Torquato continue a nos guiar pelo campo da ética para sermos, enfim, num dia destes do futuro, um país verdadeiramente soberano e livre, finalmente, desta doença de caráter que nos destrói e nos envergonha perante as demais nações do mundo moderno. Referências QUEIROZ, Adolpho; MANHANELLI, Carlos; e BAREL, Moises. Do comício a internet. São Paulo: Cátedra Unesco/Metodista e Abcop, 2007. TORQUATO, Gaudêncio. Marketing Político e governamental. São Paulo: Summus, 1985. ______. Tratado de Comunicação Organizacional e Política. São Paulo: Thomson Editorial, 2011. ______. A velha era do novo, visão sociopolítica do Brasil. São Paulo, 2002. 52 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais 5. A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais Rose Mara Vidal de Souza1 Introdução Gaudêncio Torquato é considerado um dos mentores da comunicação organizacional no Brasil. Seus estudos abrangem além da Comunicação Organizacional, o Marketing Político e Eleitoral. Nesta última área, coordenou e desenvolveu campanhas políticas majoritárias (governos de Estado e prefeituras) e proporcionais em diversos Estados. Professor titular da Universidade de São Paulo, livre-docente e doutor em comunicação, Torquato, é também jornalista, que escreve periodicamente para cerca de 70 periódicos brasileiros, entre eles o jornal O Estado de S. Paulo e a coluna Porandubas, do site Migalhas. Atuando também como consultor empresarial, produz Programas e Planos Organizacionais nas esferas pública e privada. Recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo na categoria Informação Científica (1966) e também o Prêmio Personalidade de Comunicação (2003). Tem nove livros publicados: Jornalismo Empresarial - teoria e prática (1984, Summus); Marketing Político e Governamental (1985, Summus); 1. Mestre em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, com MBA em Marketing Político pela Universidade Católica de Brasília, graduada em jornalismo pela Universidade Federal do Tocantins. Professora substituta da UFU, Universidade Federal de Uberlândia. Email: [email protected] 53 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Comunicação Empresarial / Comunicação Institucional (1986, Summus); Periodismo Empresarial (Mendez – Lima, Peru); Cultura, Poder, Comunicação e Imagem - Fundamentos da Nova Empresa (1992, Pioneira) e Cultura, Poder, Comunicação, Crise e Imagem (2012, 2ª edição revista e ampliada, Cengage/Learning); Tratado de Comunicação Organizacional e Política (2002, Pioneira/Thomson Learning, com 2ª edição revista e ampliada, 2011); A Velha Era do Novo – Visão Sociopolítica do Brasil (2002, GT Marketing e Comunicação); Era Uma Vez Mil Vezes...O Brasil de Todos os Vícios (2012, Topbooks); Gaudêncio Torquato, Meu Pai (G Torquato, 2008). Em entrevista concedida para a produção deste artigo, Torquato fala sobre marketing político: “Não se restringe a programas eleitorais, como querem fazer crer alguns publicitários. Trata-se de um conjunto de ferramentas e técnicas, abrangendo a pesquisa; o discurso (propostas, programas); a comunicação e suas formas e canais; a articulação política e com a sociedade organizada e a mobilização de grupos e massas. Marketing político não ganha campanha. Quem ganha campanha é o candidato. Mas ajuda um candidato a ganhar. E colabora para a derrota de um candidato, quando é mal feito”, pontua. História de vida e trajetória acadêmica Francisco Gaudêncio Torquato do Rêgo nasceu em 8 de abril de 1945, em Luís Gomes, pequena cidade no sudoeste do Estado do Rio Grande do Norte, na divisa com a Paraíba. Filho do segundo casamento do seu pai (que se casou duas vezes e teve 22 filhos), Torquato herdou o envolvimento político do seu genitor, característica que ia ser refletida em toda sua trajetória profissional. Mais tarde, nos anos de 1980, passou a desenvolver campanhas eleitorais, a princípio no Nordeste – berço de sua formação política. Aos 11 anos de idade foi mandado pela família, especialmente a mãe (Dona Chiquinha) ao Seminário Santa Terezinha, em Mossoró (RN), dirigido por padres holandeses. A ida foi motivada quando aos 10 anos o pequeno Gaudêncio foi surpreendido pela mãe brincando de missa, o que foi interpretado como um sinal, um milagre. No seminário de Mossoró, o jornalista completou toda sua formação básica, do quinto ano primário até os quatro anos do curso ginasial (correspondentes ao atual ensino fundamental). Entre 1956 e 1960 permaneceu praticamente todo no internato. Por meio do rigoroso ensino, Torquato teve acesso a grandes obras clássicas e com estudos em latim 54 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais e grego. Essa formação erudita pode ser entendida com a base que lhe permitiu uma produção jornalística e acadêmica diferenciada. E ele sempre cita em suas produções algum filósofo ou escritor. Aos 15 anos, Gaudêncio decide trocar de seminário para um menos rígido, em João Pessoa (PB), já que não se via na carreira religiosa. O colégio Arquidiocesano Imaculada Conceição de São Francisco permite uma integração maior com o mundo. Aos 16, ele muda-se novamente para Recife (PE), onde vai cursar os dois últimos anos do científico no Colégio Americano Batista. Morava na Casa do Estudante, onde outros irmãos haviam morado. Em 1962, ainda adolescente (17 anos) Torquato iniciou sua vida de jornalista atuando como colaborador de jornais e revistas no Recife. Igualmente a milhares de brasileiros que lutam por uma vida melhor, paralelamente, ele iniciou o Curso de Jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco. Nos anos 1960, os cursos de jornalismo eram poucos no Brasil e o profissional se graduava mais frequentemente em outras áreas, como Direito, predominantemente, formando-se no dia a dia da redação. De acordo com o Ministério da Educação existem atualmente (2009) cerca de 470 escolas de Jornalismo distribuídas pelo país. Por elas são graduados quase 12.000 jornalistas anualmente. Mas em 1963, de acordo com o Ciespal, desde o México até a Argentina, a América Latina possuía apenas 43 escolas de jornalismo, das quais 12 estavam no Brasil. De acordo com o texto de Beltrão, a formação profissional universitária de jornalistas na América Latina começou na Argentina, em março de 1935, com a criação da Escuela Argentina de Periodismo, resultante de um convênio entre o Círculo de Jornalistas da Província de Buenos Aires e a Universidade Nacional (SOUZA, 2010, p.4). De 1962 a 1966, Gaudêncio Torquato exerceu a profissão em várias das principais publicações do Nordeste e Brasil. Na época, não era obrigatório cumprir um determinado horário como hoje, então o profissional conseguia trabalhar em dois, três ou mais empregos, até mesmo em jornais diários. Torquato conseguia fazer reportagens simultâneas para o Correio da Manhã e o Jornal do Brasil, ambos do Rio de Janeiro. Não demorou muito para ele escrever também para o jornal paulista Folha de S. Paulo, Sucursal do Nordeste, e o pernambucano Jornal do Commercio. Ainda em 1966, Gaudêncio Torquato ganha o Prêmio Esso de Jornalismo na categoria de Informação Científica, por uma série de sete reportagens sobre “Barriga d’Água, a Doença que Mata na Cura”, publicadas 55 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação no Jornal do Commercio. Ele ainda produziu uma série de reportagens especiais sobre o Nordeste para a Folha de S. Paulo. Esse currículo e o bom desenvolvimento pessoal lhe asseguraram a ida para São Paulo, onde o jornalista iniciou uma nova fase de sua carreira. Trabalhava com Calazans Fernandes, chefe da Sucursal da Folha, e Manuel Chaparro. O contexto da época contribuiu para sua ida a metrópole brasileira; no Nordeste, Torquato cobria a área social e o campo, marcado por conflitos agrários reprimidos duramente pela ditadura militar estabelecida em 1964. Esse ambiente pesado tornava mais conveniente a partida para São Paulo. O sucesso da produção dos cadernos especiais sobre o Nordeste contribui para participar da elaboração do projeto de suplementos especiais da Folha de São Paulo. Então em 1967, Torquato veio com Calazans e Manuel Chaparro para São Paulo. Um dado interessante. Gaudêncio Torquato, que recebeu grandes lições práticas de Chaparro, (“um dos maiores e melhores jornalistas com quem já convivi”, diz ele), viria a orientar, depois, na ECA teses de mestrado e doutorado do colega. A pequena equipe veio a se tornar uma grande e complexa estrutura, chegando a juntar mais de 100 profissionais (redação e setor comercial) engajados na produção de grandes reportagens sobre problemas sociais do País. Depois foram desenvolvidos outros projetos especiais, como a série de reportagens sobre a Grande São Paulo - O Desafio no ano 2000. Com a ampla experiência no jornalismo e em todas as etapas de sua produção, sempre voltado ao interesse pela pesquisa e pelo debate, Gaudêncio Torquato abriu as portas da universidade. Convidado a dar aulas na Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero, pelo professor José Marques de Melo, passa a integrar seu corpo docente em 1968, ministrando cursos sobre Jornalismo Interpretativo e Comparado. Um ano depois, ingressa como professor assistente na ECA-USP, ainda a convite do professor Marques, na época chefe do Departamento de Jornalismo. Nas atas do Departamento de Jornalismo da ECA, no período de 1969 a 1972, a primeira menção ao nome dele se dá no registro de uma atividade de intercâmbio cultural com a Faculdade de Jornalismo Cásper Líbero. Ele ministra a disciplina Técnica de Jornal e Periódico I, subdividida em Teoria e Metodologia do Jornalismo e Jornalismo Informativo e Interpretativo. O curso era voltado para a elaboração pelos alunos de um jornal piloto quinzenal. Ainda em 1969, Gaudêncio Torquato publica os textos Jornais Precisam Ter mais Notícias em Profundidade, pelos Cadernos de Jornalismo e Comunicação, da Editora Guanabara, e Imprensa Brasileira Contemporânea - Estudo Analítico, pela Editora Correio do Livro. Entra para o corpo docente da ECC. Em 1970, ano em que a 56 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais ECC passa a ser denominada Escola de Comunicações e Artes-ECA, Gaudêncio Torquato assume cursos regulares do Departamento de Jornalismo: as disciplinas Jornalismo Informativo e Interpretativo e Introdução ao Jornalismo. É também orientador da Agência Universitária de Notícias (a AU). (SOUZA, 2003, p.7) Ainda de acordo com Souza (2003), Torquato dá aulas de Técnica de Jornal, Teoria e Metodologia do Jornalismo, Jornalismo Informativo. Desenvolve estudos e experiências sobre técnicas jornalísticas e jornal laboratório, e mantém sua atividade de professor na Cásper Líbero. Nessa época, as pesquisas sobre jornalismo dão seus primeiros passos e Gaudêncio Torquato se engaja nesse movimento de estudos da atividade. Defendendo sua tese de doutorado em 1972 sobre jornalismo empresarial, Torquato foi orientado pelo o professor Rolando Morel Pinto, livre-docente da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. A exemplo de Luiz Beltrão, Torquato concluiu seu doutorado em uma fase que o curso era incipiente no Brasil, então os primeiros doutores brasileiros em comunicação foram formados por orientadores livre-docentes de outras áreas das humanas, como filosofia, sociologia etc. Teses orientadas (32 de mestrado e 4 de doutorado) Como presidente: • A contribuição do jornal de empresa à política de prevenção de acidentes - Dirceu Fernandes Lopes (1982) • O anúncio da notícia - contribuição para uma retórica do discurso jornalístico - Francisco Rocha Morel (1983) • Revistas especializadas no Brasil: desenvolvimento, taxionomia e dinâmica editorial - Kardec Pinto Vallada (1983) • A liberdade como pressuposto para a aprendizagem - a integração professor aluno no aprendizado de artes gráficas - José Coelho Sobrinho (1986) • O Governo Montoro, entre o verbo e a verba - Carlos Alberto Manente (1986) • A notícia (bem) tratada na fonte - Manuel Carlos da Conceição Chaparro (1987) • Uma aplicação da informática em pesquisa de comunicação Laszlo Peter Andras Urmenyi (1988) 57 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação • O processo editorial da Embrapa: da prática à necessidade de reformulação - Clea Lúcia Lira (1989) • O livro reportagem como extensão de jornalismo impresso: realidade e potencialidade - Edvaldo Pereira Lima (1990) • Comunicação e agricultura: condicionantes do conhecimento e do uso de técnicas agropecuárias pelos produtores de Montes Claros - Geraldo Magela Braga (1990) • Estudo dos sistemas de editoração das empresas públicas brasileiras - Hozana Álvares de Oliveira (1990) • Evento: líder de opinião, motivação e público - Ana Cristina Magalhães de Giacomo Minervino (1992) • Pragmática do jornalismo - buscas práticas para uma teoria de texto - Manuel Carlos da Conceição Chaparro (1993) • As transformações do jornalismo empresarial da década de 80 aos dias atuais - Mônica Martinez Luduvig (1994) • A comunicação no meio sindical: propostas de uma política para as entidades - Toni André Scharlau Vieira (1994) Como participante: • Perfil das Relações Públicas na América Latina - Nelly Amélia Becerra Pajuelo (1983) • Diagramação: recurso funcional e estético no jornal moderno Rafael Souza Silva (1983) • As expectativas da empresa aérea nacional face ao comportamento do usuário e os elementos condicionantes da propaganda - Beatriz Helena Gelas Lage (1983) • O Conar - Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária - como expressão de uma nova consciência ética na publicidade brasileira - Luiz Celso Piratininga Figueiredo (1984) • Similares das atividades de Relações Públicas em órgãos paraestatais e empresas privadas - Ronald Calhau Pinheiro (1985) • Jornalismo científico no Brasil: os comportamentos de uma prática dependente - Wilson da Costa Bueno (1985) 58 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais • Relações Públicas como instrumental da administração da controvérsia pública - estudos de casos - Francisco Assis Martins Fernandes (1985) • Atividades de Relações Públicas no poder executivo nos municípios do “ABC” - Walter Ferreira (1986) • As agências caseiras de propaganda no Brasil - Sérgio Storti (1987) • Estrutura da opinião pública na ideologia de poder - Tupã Gomes Correa (1987) • A comunicação social como instrumento do poder - as coordenadorias de comunicação social da “Nova República” – Sidineia Gomes Freitas (1988) • Marketing Político: contribuições de uma pesquisa junto a candidatos ao legislativo estadual - Sandra Souza Pinto (1989) • Revista: um produto objeto e instrumento de marketing - Kardec Pinto Vallada (1990) • Leitura jornalística e estética do suplemento cultural Contexto Annamaria da Rocha Jatobá (1990) • Para uma história da UCBC - memória de uma instituição cristã dedicada à comunicação dialógica e comprometida com a resistência ao autoritarismo brasileiro - 1970-1988 - Pedro Gilberto Gomes (1991) • O uso do videocassete na empresa: o treinamento de pessoal na Nestlé - Sônia Esperanza Segura Acosta (1991) • Ética: esta lei pega? (apontamentos sobre a moralidade que a imprensa prega e pratica) - Santa Maria Nogueira Silveira (1993) • Jornalismo Empresarial: estratégia de marketing e de interação social (uma visão editorial) -Maria Lucinete Tavares (1993) • Luiz Beltrão: um senhor do mundo - Fátima Aparecida Feliciano (1993) Comunicação empresarial Em 1970, desfaz-se o projeto de suplementos especiais regionais da Folha de S. Paulo e Gaudêncio Torquato deixa o jornal. A convite de Manuel Chaparro, idealizador do projeto, funda com ele e Luiz Carrion, publicitário, a Proal, uma assessoria para produção de jornais e revistas empresariais. É o momento em que a sua opção pela área empresarial começa a firmar-se. 59 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação A empresa lança os Cadernos Proal - especializados em debates sobre jornalismo empresarial e comunicação em geral. Gaudêncio Torquato se empenha também em levar a nova especialização para a universidade e enfrenta a resistência de alguns acadêmicos que não aceitam a incorporação dessa disciplina, por não considerarem genuinamente jornalismo a produção de jornais e revistas empresariais. Torquato ressalta que, na Proal, chegaram a atender 40 empresas (entre jornais mensais e quinzenais). É importante ressaltar o contexto político da época: ao mesmo tempo em que a ditadura militar estava no auge, se manifestando na repressão política e censura à imprensa, os meios universitários eram fortemente influenciados pelas correntes esquerdistas. Jornalismo empresarial seria algo como a capitulação ao imperialismo, na percepção de Gaudêncio Torquato. Ele continuou ministrando disciplinas de Jornalismo Interpretativo na Cásper Líbero e a levar para as salas de aulas o debate sobre a grande reportagem, mas sua grande contribuição para a ECA foi a defesa do ensino no meio acadêmico do jornalismo empresarial e da comunicação empresarial, que, depois, ganhou dele escopo mais amplo como comunicação organizacional. O que na época era tabu hoje é encarado pelas novas gerações como uma das alternativas de atuação profissional. Afinal, a expansão do mercado de trabalho nos anos 1990 foi mais forte no segmento de revistas especializadas e na comunicação empresarial. Foi um período de profissionalização dos departamentos de comunicação das organizações e fundação de dezenas de assessorias de imprensa. Atualmente, grande parte dos jornalistas formados atua em assessorias, departamentos de comunicação ou revistas empresariais. O interesse pelo jornalismo empresarial leva Gaudêncio Torquato a organizar departamentos de comunicação de grandes empresas e, depois, a enveredar pelo segmento institucional, com o convite de Fernando César Mesquita para prestar uma colaboração ao governo José Sarney (1985), sendo o Secretário Executivo do Conselho de Comunicação, órgão que reunia 25 grandes nomes da comunicação, destinado a discutir as políticas para o setor no país. Atividades: comunicação e marketing institucional Gaudêncio Torquato é responsável pela organização e elaboração de alguns Planos Diretores de Comunicação de órgãos públicos e entidades, dentre os quais: 60 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais • Ministério da Administração – 1987 • Ministério da Indústria e Comércio – 1987 • Secretaria Executiva do Conselho de Comunicação da Presidência da República – 1987 – Cargo de Secretário-Executivo do Conselho de Comunicação da Presidência da República • Banco Central do Brasil – 1990 • Banco do Brasil – 1991 • Plano Diretor de Comunicação da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação - 1992 • Plano Diretor de Comunicação – Governo do Estado de Roraima – 1995 • Plano Diretor de Comunicação da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo – triênios 1998 / 2001 / 2004 / 2007 / 2010 • Plano Diretor de Comunicação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – 2001 / 2002 / 2003 • Diretrizes de Ação Político-Institucional para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Campanha de Carlos Eduardo Moreira Ferreira Atividades de consultor: área empresarial Consultor de Marketing Institucional e Comunicação de diversos grupos, entidades e empresas, destacando-se, entre outros, Banco Itaú, Grupo Santista, Tintas Coral, Citibank, Eletropaulo, Refinações de Milho Brasil, Grupo Odebrecht e Instituto Aço Brasil. Marketing político Com a abertura política em meados dos anos 1980, Gaudêncio Torquato se volta para outro campo ainda embrionário no País: o marketing político. Não é uma guinada da água para o vinho porque sua família sempre esteve embrenhada na vida política no Nordeste e, por isso, mergulhar nas estratégias de uma campanha eleitoral era uma aventura por um mar conhecido. 61 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Começa com a bem-sucedida campanha do empresário Tasso Jereissati para o governo do Ceará em 1986. Neste mesmo ano, coordenou a campanha de Freitas Neto ao governo do Piauí. A partir daí, seguem-se dezenas de outras em Estados brasileiros. Ciente de que se embrenha por uma área que engatinhava no Brasil, Torquato aproveita sua experiência como professor para imprimir um viés didático em seus livros, nos quais se evidencia a meta de orientar os profissionais da comunicação e marketing. Uma de suas primeiras obras, Marketing Político e Governamental - um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação (São Paulo, Summus, 1985), é dividida em três partes: O ABC do Marketing Político, Marketing para o Interior do País e Marketing Governamental. Ao voltar-se para o marketing político e a comunicação empresarial, Gaudêncio Torquato afasta-se gradualmente do meio acadêmico, aposenta-se na USP e deixa de dar aulas em outras faculdades. Mas se dedica a dar conferências, seminários, cursos e treinamentos sobre os temas que nortearam sua carreira profissional, com ênfase para questões de marketing político e comunicação empresarial. Publica artigos em cerca de 70 jornais de todo o país e é fonte permanente da mídia nacional, interpretando e analisando a conjuntura política. Atividades Consultor de Marketing Político - planejamento, coordenação e operação de campanhas políticas. • Campanha para o Governo do Estado do Ceará, 1986 • Duas campanhas de Governo do Estado do Piauí, 1986/1990 • Campanha para o Governo do Estado do Rio Grande do Norte, 1986 • Campanha para a Prefeitura de Teresina/PI, 1988 • Campanha para a Presidência da República, 1989 • Campanha para a Prefeitura de Natal/RN, 1992 • Campanha para o Governo do Estado de São Paulo, 1990 • Campanha para a Prefeitura de São Paulo/SP, 1992 • Campanha para o Governo do Estado de Roraima, 1994 • Campanha para a Prefeitura de Boa Vista, 1996 62 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais • Campanha para o Governo do Estado de Roraima, 1998 • Campanha para mais de 20 Prefeituras de diversos Estados • Campanhas para Deputados Federais • Assessoria Parlamentar a Deputados Federais • Campanhas para Presidências de entidades de classe: • - FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, 1992-1994 • - CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, 19921994 • - ABIA – Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação, 1992-1994-1996-1998-2000-2002 • Consultoria de marketing político ao Presidente da Câmara dos Deputados, 1998-1999-2000 • Assessoria de marketing político ao Prefeito de São Bernardo do Campo, 1998-1999 • Assessoria de marketing político ao Deputado Michel Temer, hoje Vice-Presidente da República, desde o início dos anos 2000. Obras: • Jornalismo Empresarial - teoria e prática (1984, Summus); • Marketing Político e Governamental (1985, Summus); • Comunicação Empresarial/Comunicação Institucional (1986, Summus); • Periodismo Empresarial (Editorial Mendez – Lima, Peru); • Cultura, Poder, Comunicação e Imagem - Fundamentos da Nova Empresa (1992, Pioneira) – Cultura, Poder, Comunicação, Crise e Imagem – 2ª edição revista e ampliada (2012, Cengage/Learning) • Gaudêncio Torquato, Meu Pai – (2008, G Torquato) • Tratado de Comunicação Organizacional e Política (2002, Editora Pioneira/Thomson Learning; 2011, 2ª edição revista e ampliada) • A Velha Era do Novo – Visão Sociopolítica do Brasil (2002, G Torquato) 63 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação • Era Uma Vez Mil Vezes... O Brasil de Todos os Vícios (2012, Topbooks) Estudos Especiais • Grupo Santista - Estudo dos Canais de Comunicação Impressa: análises de conteúdo, linguagem e morfologia. • Refinações de Milho Brasil – Estudo Especial de Imagem de Marca de Produtos. • Eletropaulo Metropolitana - Estudo Técnico de Marca e Imagem - Casos de Mudança de Nome • Comunicação Gerencial e Administrativa – Estudos Especiais de Comunicação Gerencial e Administrativa para o Banco Itaú • Grupo Odebrecht – Manual de Comunicação Organizacional • Instituto Brasileiro de Siderurgia – Siderurgia Brasileira: Plano de Ajuste de Imagem Atividades de consultor/conferencista Participação em seminários, simpósios, congressos e workshops. Cerca de 800 palestras/participações – Expositor e debatedor O cerne e as influências do pensamento de Torquato Herança da alma política Torquato cresceu sob a influência marcante da família, sobretudo do pai, que era um Coronel2 da região do Polígono das Secas no Rio 2. O termo “coronel” como designação de mandatário local é herança dos tempos da Guarda Nacional, conforme destaca Barbosa Lima Sobrinho no prefácio do clássico Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil, de Victor Nunes Leal: “A Guarda Nacional, criada em 1831 para substituição das milícias e ordenanças do período colonial, estabelecera uma hierarquia, em prestígio econômico ou social de seu titular, que raramente deixaria de figurar entre os proprietários rurais”. Com o tempo, o termo “coronel”, que no início correspondia 64 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais Grande do Norte. O estereótipo de nordestino a caráter era marcante para o patriarca. Segundo Torquato (2008, p.91), era respeitoso vê-lo dentro da autoridade litúrgica de um terno em plena região tropical. Costumava trazê-lo sobre o antebraço. Comerciante, pecuarista e político, o velho Gaudêncio controlava tudo de seus dois armazéns de cereais. Priorizava a educação para seus filhos, dando condições (como, por exemplo, estudar em outras cidades), mas exigia retorno. A cada filho, cobrava o esforço compatível aos recursos que propiciava. Anotava num caderno as contas de cada rebento. A influência política da família Rego na região era antiga e foi expandida a cada geração. O pai chegou a ser prefeito de Luís Gomes e três irmãos do jornalista, simultaneamente, tornaram-se deputados, além de ter dois sobrinhos prefeitos. A infância e a adolescência de Gaudêncio Torquato foram marcadas pela vivência política, numa época de relações radicais. A família era ligada à União Democrática Nacional (UDN), partido que nasceu em 1945 da luta contra o Estado Novo de Getúlio Vargas e aglutinava elementos aparentemente díspares. O pai, líder local, vivenciava um ambiente tradicional da velha política de embates entre a UDN e o PSD. Essa concepção foi incorporada, anos mais tarde, em seu livro Marketing político e governamental: um roteiro para campanhas políticas (1985), focado nas campanhas em pequenas cidades do interior. O interesse do pai em acompanhar a cena política nacional, mesmo estando na Luís Gomes tão distante do centro dos acontecimentos, aplacava-se com a leitura dos jornais vindos de Recife – invariavelmente atrasados. Era o menino Gaudêncio Torquato quem ia até o correio da região buscar a pilha de exemplares do Jornal do Commercio acumulados. O entendimento completo do papel do pai na trajetória veio com a maturidade. Gaudêncio Torquato lamenta que apenas pouco antes da morte dele é que pode começar a descobri-lo na plenitude. Em 22 de fevereiro de 1981, Gaudêncio Torquato Rego faleceu de infarto aos 86 anos. Influências do pensamento comunicacional europeu Gaudêncio Torquato, em uma atitude de vanguarda, ainda na década de 1970, começou a estudar duas vertentes da comunicação: O jornalismo empresarial e o marketing político. Se concentrarmos à patente militar, passou a nomear quem se dispusesse a pagar o preço estipulado pelo poder público (LEAL, p.13). 65 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação nosso olhar no Marketing Político, o avanço foi mais profundo do que se pode imaginar. Torquato com muita maturidade e versatilidade começou no seu primeiro livro “Marketing Político e Governamental (Summus, 1985)” pontuar metodologias eleitorais. A inovação veio num momento histórico para o Brasil, já que vivíamos de um período pós-ditadura e a população estava reaprendendo as lições da democracia, esta que atravessa uma crise em todos os rincões do planeta. Torquato diz que a crise da democracia representativa relaciona-se com as dificuldades geradas por sua operação no campo político. Ideia esta compartilhada por um dos seus mestres intelectuais, Noberto Bobbio (Turim, 18/10/1909; Turim, 09/01/2004). Na concepção do filósofo italiano, a democracia promete muitas coisas e não cumpre: a educação e a justiça para todos, vitória da moral e da ética sobre a corrupção, a distribuição igualitária de rendam, a segurança dos cidadãos. A resposta da sociedade para os compromissos não realizados pela democracia ocorre por meio de maior organicidade – criação e expansão das entidades intermediárias – e consequente formação de novas formas de representação. Nascem, assim, as organizações não governamentais, as associações etc. Esse universo organizativo procura suprir as deficiências da democracia representativa. Ora, a representatividade está cada vez mais fragmentada e para eleger esse fiduciário necessita-se de planejamento, pois as ferramentas de marketing político que servem para um candidato podem não servir para outro. Partindo deste pressuposto, Torquato discorre em suas obras sobre o assunto e sugere que as campanhas políticas, tanto as que utilizam o marketing político como o eleitoral precisam antes de tudo ter planejamento. Um dos pontos cruciais do planejamento é entender o papel do eleitor. Gaudêncio explica que há vários fatores que influenciam a decisão do eleitor na hora do voto. Como, por exemplo, o contexto do pleito, o comportamento do candidato e dos eleitores, e outros estímulos externos. O certo é que não existe um único fator determinante para o voto, e sim a somatória dos fatores de influência que levam o eleitor a se decidir por esse ou aquele candidato. Do outro lado da cadeia está o candidato, que precisa usar todo seu potencial e, se preciso for, fabricar o mesmo para vencer e convencer seu eleitorado. Casos de sucesso são citados nas obras de Gaudêncio, como o do presidente Juscelino Kubistchek, Jânio Quadros, Aluízio Alves, Martin Luther King, John Kennedy, entre outros. No entanto, um sistema em especial desperta a curiosidade de todos: o discurso nazista. Não são poucos os políticos que ao longo de sua vida espelha66 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais ram-se e ainda se espelham nas técnicas adotadas por Adolf Hitler, ditador que, de forma sistemática, usou a propaganda política para dominar as massas. Gaudêncio Torquato, em seu livro “Tratado de Comunicação Organizacional e Política”, chega a incluir como apêndice um texto sobre o marketing político de Hitler. Usou, como referência, o best seller “A mistificação das massas pela propaganda política”, do russo Serge Tchakhotine (Constantinopla, 13/09/1883; Moscou, 24/12/1973). O microbiologista é citado diversas vezes por Torquato, que, em entrevista, lembrou que a publicação é uma espécie de manual, em que aprende os princípios básicos da propaganda política. O livro é um acervo acerca dos efeitos da propaganda sobre a opinião pública, a partir da vivência do autor nos regimes totalitários europeus. De acordo com o texto, as técnicas de propaganda política e ideológica levam a massa ao embrutecimento mental e psicológico. Hitler fazia a multidão mergulhar em estados quase hipnóticos. Dominava as massas pela violência psíquica, um estupro. Ou seja, a propaganda nazista nada mais era do que a exploração da doutrina de Pavlov, sobre os reflexos condicionados. Não que Hitler tenha estudado a ciência pavloviana, usou-a empiricamente, intuitivamente. O führer3 conseguia juntar três conceitos, três crenças que se completavam de maneira selvagem: tecnologia militar, o ethos guerreiro e a filosofia clausewitziana de integração dos fins militares aos políticos (a guerra é a continuação política por outros meios). A imagem de Hitler era trabalhada a cada discurso, a cada apresentação em público. Torquato chama a atenção para a questão “imagem”. Assim como o führer explorou os veículos de massa da época (o rádio e o cinema), Hoje, os candidatos devem se preocupar mais com a fluência e aparência na mídia eletrônica. Nem sempre a imagem que se passa corresponde à identidade. O ideal seria aproximar a imagem da identidade, ou seja, o que um candidato é daquilo que projeta ser. A imagem deve estar intimamente ligada à identidade. Caso isso não ocorra, a imagem fica teatralizada, passando falsidade em suas afirmações e convicções. Gaudêncio em sua obra tece com maestria um cronograma para se montar uma estratégia de comunicação em campanhas eleitorais. É 3. Führer em alemão, o “condutor”, “guia”, “líder” ou “chefe”. Deriva do verbo führen “para conduzir”. Embora a palavra permaneça comum no alemão, está tradicionalmente associado a Adolf Hitler, que a usou para se designar líder da Alemanha Nazista. 67 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação interessante a chamada de atenção que ele faz no sentindo de alertar que o amadurecimento da campanha não pode ser alcançado muito tempo antes, correndo-se o perigo de chegar à data da eleição sem o clímax da intenção de voto ao seu favor. Sobre o marqueteiro ele diz: “o profissional de marketing político precisa, sobretudo, ser um estrategista, um profissional com visão sistêmica de todos os eixos e o marketing. Que não entenda uma campanha apenas como um apelo publicitário, uma proposta de marketing televisivo. Que seja capaz de visualizar os novos nichos de interesse de uma sociedade aos mandos e desmandos dos governantes”. Essa multivisão do profissional de marketing político tem que estar alinhada ao momento em que o Brasil está vivendo e o comportamento dos políticos contemporâneos. Gaudêncio Torquato, em seu livro “A Velha Era do Novo”, faz um recorte no terceiro capítulo sobre o papel da imprensa na democracia e a questão do brasileiro fazer parte de um território e não de uma nação. Nos dois textos, o jornalista utiliza a importância dos valores nacionais que estamos esquecendo. No caso da imprensa como mola propulsora para a popularização de nossas realizações: como a ciência, criações, descobertas e fatos de natureza técnico-científica, divulgando em linguagem acessível não só para os nativos, mas para outros países. Se a imprensa fechar os olhos para os fatos relevantes cria-se o cerceamento da democracia, que é o direito a informação. Torquato se ancora no pensador político, historiador e escritor francês Alexis Tocqueville (Alexis Henri Charles Clérel, visconde de Tocqueville - 29/07/1805; 16/04/1859) que diz ser a imprensa um elo forte na construção da cidadania de um povo: “amo a imprensa pela consideração dos males que impede, mas ainda do que pelos bens que produz”. E arrematava, dizendo que soberania de um povo e a liberdade de imprensa são duas coisas inteiramente correlatas. Pensamento que Gaudêncio completa dizendo que a imprensa na sua missão de informar, interpretar, orientar, opinar, persuadir, argumentar, criticar, contextualizar, os meios de comunicação propiciam o equilíbrio social. A imprensa é um dos mecanismos mais efetivos para o processo de desenvolvimento dos países. No outro eixo que diz respeito à questão do brasileiro habitar um território e não de uma Nação (Tratado de Comunicação Organizacional e Política), Torquato põe o leitor a refletir sobre sua condição ao mostrar que, às vezes, reclamamos da política nacional, mas não cobramos atitudes dos nossos representantes. Vale-se de A democracia na América (Alexis Tocqueville) para mostrar que, mesmo escrito em 68 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais 1835, o filósofo francês descreveu as bases da nação americana, que apontava a doutrina do interesse comum bem-compreendido como a fonte capaz de formar uma multidão de cidadãos corretos e senhores de si mesmos. Entre nós, o interesse comum é uma abstração. Poucos aceitam sacrificar sua parte para salvar os outros. O país ainda registra comportamentos e costumes de barbárie. Muitos políticos não se afligem com os problemas do país. Por isso, não encontram o lugar da Nação. Assim como o jornalista ressalta que atualmente nossos políticos são muito mais Demócritos do que Heráclitos4. Considerações finais Passando pelo território das grandes reportagens, pela comunicação empresarial, pelo marketing governamental e político e pela docência, Gaudêncio Torquato consegue juntar como ninguém a práxis e a teoria. Com sua formação acadêmica e exercício nas redações, o professor e jornalista transita de uma área para outra, numa clara demonstração de que a Escola de jornalismo e a prática profissional não formam apenas jornalistas. Formam profissionais múltiplos, plurais. No caso de Torquato, a opção inicial foi pelo jornalismo interpretativo, as grandes reportagens - área de sua contribuição nos primeiros anos da ECA -, passando para a comunicação empresarial/organizacional/ institucional - domínio em que ele se torna um pioneiro na Academia e referência obrigatória para os estudiosos desse ramo da comunicação. O olhar visionário abriu as portas para o marketing governamental e político. Ao contrário da maioria dos autores de Marketing Político, o jornalista primeiro escreveu e reuniu seu conhecimento científico para, depois, aplicá-lo na prática. Depois, aprofundou e refletiu sobre o que realizou. Usando, agora, a prática para fundamentar a teoria. Gaudêncio Torquato reúne o escopo intelectual e a vivência em campanhas eleitorais, fornecendo ao universo de profissionais as pistas para a conquista de bons resultados. E, assim, compartilha seu esforço e sua criatividade com gerações de pesquisadores, jornalistas e publicitários. 4. Demócrito: Filósofo grego que ridicularizava a vida e o homem e só aparecia em público com ar arrogante e zombeteiro. Heráclito: Filósofo grego que tinha compaixão pelo ser humano e demonstrava solidariedade. 69 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Referências BOBBIO, Noberto. O Futuro da democracia. São Paulo: Paz e Terra, 2000. HANTKE, Suzi Garcia. A pioneira trajetória de Gaudêncio Torquato na pesquisa comunicacional brasileira. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). São Paulo: ECA-USP, 2006. LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. São Paulo: Alfa-Omega, 1975. TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de comunicação organizacional e política. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2010. ______. Marketing político e governamental: um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação. São Paulo: Summus, 1985. ______. Comunicação empresarial e comunicação institucional – conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. ______. Jornalismo empresarial – teoria e prática. São Paulo: Summus, 1987. ______. A Democracia no Brasil: Pensamento Social, Cenários e Perfis Políticos. São Paulo: CIEE, 2001 ______. Cultura, Poder, Comunicação, Crise e Imagem - Fundamentos das Organizações do Século XXI. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2012. ______. A Velha Era do Novo: Visão sociopolítica do Brasil. GT Marketing e Comunicação, São Paulo. 2002. ______. Gaudêncio, Meu Pai: Memórias de um tempo. São Paulo, 2008. TCHAKHOTINE, Serge. A Mistificação Das Massas Pela Propaganda Política Tradução: Miguel Arraes. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1967. SOUZA, Maria Tereza. A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato. Monografia ECA-USP, São Paulo. 2003. 70 A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato: Do marketing político à metodologia nas campanhas eleitorais Disponível em <http://www.eca.usp.br/pjbr/arquivos/monografia2_f. htm>. Acesso em 21/03/2010. SOUZA, Rose Mara Vidal de Souza. Metodologia para o ensino do jornalismo: O pioneirismo de Luiz Beltrão no CIESPAL aplicado na atualidade. Trabalho apresentado. 71 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação 72 As Veredas do Meu Caminho (Da lamparina à análise da política) 6. As Veredas do Meu Caminho (Da lamparina à análise da política) Gaudêncio Torquato1 “Mil caminhos existem, que ainda não foram palmilhados, mil saúdes e ocultas ilhas a vida. Ainda não esgotados nem descobertos continuam o homem e a terra dos homens”. Zaratustra, o intérprete que Nietzsche criou para dar ao ser humano pistas para sua plena realização, tem sido um facho de luz em minha vida. Valho-me do protagonista todos os momentos em que alguma curva aparece no meu caminho, seja em forma de descrença, desesperança ou mesmo dúvida sobre a direção a seguir. Minha vida tem sido assim: plena de interrogações, buscas e achados. Desde os tempos de criança, em Luis Gomes (RN), quando estabeleci o meu primeiro contato com o mundo do jornalismo, segurando uma lamparina para que meu pai, Gaudêncio, pudesse ler o Jornal do Commercio, de Pernambuco, cujas edições chegavam atrasadas e em lombo de burro, vindas de Pau dos Ferros, que funcionava como 1. Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco, é pioneiro do marketing político e da comunicação organizacional no país e um dos maiores especialistas brasileiros nestas duas áreas. Professor titular da Universidade de São Paulo, livre-docente e doutor em comunicação, coordenou e operou campanhas políticas majoritárias (governos de Estado e prefeituras) e proporcionais em diversos estados. Semanalmente, aos domingos, seus artigos são publicados no jornal O Estado de S. Paulo. Site: www.gtmarketing.com.br 73 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação correio central da região. Desde os tempos em que, em Recife, iniciei a minha trajetória profissional, trabalhando nas Sucursais do Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Folha de S. Paulo e no Jornal do Commercio, quando, em 1966, conquistei o Prêmio Esso Nacional na categoria de Jornalismo Científico. Nos idos de 1967, quando aportei em São Paulo, para trabalhar nos Suplementos Especiais da Folha de S. Paulo, os horizontes descortinavam-se. São Paulo, o grande encontro São Paulo, a locomotiva do Brasil, era o porto de destino. Aí plantei as sementes de minha vida pessoal e garimpei as possibilidades que se apresentavam na seara profissional. Na maior metrópole brasileira, conquistar espaço era uma questão de vontade, coragem de enfrentar obstáculos e, também, trabalho em equipe. Começo por este valor. Na Folha de S. Paulo, o sucesso se deve ao “comandante” Calazans Fernandes, alma de repórter, texto magistral, um dos mais reluzentes potiguares que conheci. Calazans fez nome nos jornais cariocas, nos idos brilhantes do Diário Carioca, da Tribuna da Imprensa e do velho Jornal do Brasil. Por suas mãos, chegamos, Manuel Chaparro e eu, à Barão de Limeira, para dar continuidade a um projeto bem sucedido: Suplementos sobre a Realidade Brasileira, a mais densa e abrangente experiência de jornalismo interpretativo do final da década de 60. O Suplemento “Grande São Paulo, o Desafio do Ano 2000”, com mais de 500 páginas, repartido em cinco edições dominicais, quando a Folha de S. Paulo inaugurava sua impressão a cores, foi, seguramente, o mais alentado projeto jornalístico sobre uma metrópole brasileira. Ali se desenvolveu uma rica experiência de jornalismo, ao lado de outros feitos magistrais na imprensa da época, dentre os quais a Revista Realidade, do Grupo Abril, e o Jornal da Tarde, do grupo O Estado de S. Paulo, projetos focados para a análise de fatos e contextualização das temáticas. Formou-se uma equipe exemplar, sob o comando geral de Calazans e a direção de redação de Chaparro, jornalista de primeira categoria, quatro prêmios Esso de Reportagem, zeloso e um mestre do estilo conciso e preciso. Chaparro foi e continua a ser um artesão da palavra na esteira de um esforço extraordinário em busca da verdade. Se alguém me perguntasse qual a maior qualidade de um jornalista, não teria dúvida em apontar a férrea determinação em apurar a verdade. E se me pedissem um exemplo, apontaria: Manuel Carlos da Conceição Chaparro. 74 As Veredas do Meu Caminho (Da lamparina à análise da política) Com a bagagem interpretativa que começava a reunir, aceitei, de pronto, o convite de José Marques de Melo, ícone da pesquisa e dos estudos da comunicação no Brasil, para lecionar na Faculdade Cásper Líbero, na Avenida Paulista, 900. Início de 1968. Tinha apenas 22 anos. Marques comandava a área de jornalismo da escola que Cásper Líbero fundou em 1945. Visionário como era e é, decidiu implantar ali uma estrutura avançada de pesquisa em comunicação. De braço direito de Luiz Beltrão, o nosso mestre dos mestres, em Recife, Marques viria a se transformar no pólo de formação e irradiação do pensamento comunicacional brasileiro. Foi ali que, sob sua inspiração e vontade, criamos a Intercom, a Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares de Comunicação. Na Cásper, o berço de minha atividade no magistério, passei mais de 25 anos, lecionando algumas disciplinas, dentre as quais, jornalismo interpretativo. Em 1969, também incentivado por ele, fiz concurso para professor assistente na USP e iniciei minha carreira universitária na Escola de Comunicações e Artes, integrando o primeiro núcleo de jornalismo e desenvolvendo projetos pioneiros. Mas o nosso piloto não se conformava em navegar em um só rio. Puxou-nos – a mim e a outros colegas – para as águas do Instituto Metodista, onde, por alguns anos, lecionei na Pós-Graduação. O mesmo ocorrera com as Faculdades Integradas Alcântara Machado, onde ele, Marques, sempre liderando projetos, implantou a área de comunicação. Devoto do “santo de Alagoas”, lá também prestei a minha colaboração. Foram inúmeros os seminários, congressos, reuniões técnicas, eventos de todos os calibres – na esfera multidisciplinar da comunicação - dos quais participei, dando uma palavrinha aqui, oferecendo um argumento acolá, colaborando para a efervescência do debate. Sempre sob empuxo do líder Marques de Melo, passei a escalar os degraus da academia, fazendo as teses de Doutoramento (1973) e Livre Docência (1983) até, chegar, nos idos de 90, ao patamar dos concursos para Professor-Adjunto e Professor-Titular. Os desafios, a incessante necessidade de buscar e trilhar novas rotas, as obrigações impostas pela carreira universitária se juntaram na argamassa que me permitiu construir o edifício de minhas ideias no campo da comunicação. Decidi enveredar pelas pistas da especialização jornalística. Mais precisamente, pelo campo da comunicação organizacional. Para tanto, é oportuno conceituar e descrever as rotas caminhadas. 75 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação A comunicação organizacional a) O Jornalismo Empresarial Explico que, na minha vida profissional, usei os dois pés para caminhar em linhas paralelas. Um pé no batente do mercado, outro pé na vertente acadêmica. Nunca deixei de atuar nos dois compartimentos. Saindo da Folha de S. Paulo, sob a idealização de Chaparro, agasalhei-me na Proal, assessoria especializada em jornais de empresa. Este foi o berço da comunicação organizacional. Aí, passei a construir o primeiro arcabouço teórico do jornalismo empresarial brasileiro. Fizemos os Cadernos Proal, experiência pioneira no campo do jornalismo empresarial, transformados, em uma segunda fase, em Cadernos de Comunicação da Proal. Por ocasião da II Convenção Nacional da Aberje (naquela época a entidade restringia-se ao eixo do jornalismo empresarial), em 1968, fiz a primeira incursão teórica no País a respeito da modalidade jornalística, por meio de um trabalho intitulado “Jornalismo empresarial: objetivos, métodos e técnica”, o qual originou o primeiro Caderno Proal. Procurei sistematizar o conceito, a partir de definições e escopos para jornais, boletins e revistas empresariais. Dava-se nome a uma modalidade que viria abrigar os quadros que saíam da academia. De fato, o jornalismo empresarial foi a área que mais se expandiu nas décadas de 1970 e 1980. A USP foi pioneira na criação da disciplina “Jornalismo empresarial”, sob minha responsabilidade. Estava lançada a semente de uma floresta que iria germinar árvores frondosas, frutos diversificados e muita discórdia. Uma grande polêmica instalou-se no mercado e na academia. Jornalistas eram acusados por profissionais de relações públicas de “invadirem” territórios que consideravam seus, no caso, a produção de publicações de empresa. Até a área de assessoria de imprensa era motivo de disputa entre profissionais dos dois campos. Nos domínios do sindicato dos jornalistas e dos conselhos de profissionais de relações públicas, desenvolvia-se feroz discussão em torno do jornalismo empresarial. Confesso que, desde os primórdios, sempre tive a resposta na ponta da língua para essa questão: “quem tem competência se estabelece, seja profissional de relações públicas, seja jornalista”. Considerava adjetiva tal questão. Substantiva, mesmo, devia ser a tarefa de ampliar os limites da comunicação empresarial. Em 1973, apresentei a primeira tese de doutorado na América Latina no campo do jornalismo e da comunicação empresarial, que desenvolvia o escopo apresentado no primeiro ensaio sobre o tema. 76 As Veredas do Meu Caminho (Da lamparina à análise da política) Vale lembrar que o mercado brasileiro começava a oferecer boas perspectivas. De um lado, sentia-se a necessidade de as empresas desenvolverem publicamente a identidade, na tentativa de criar imagens compatíveis e adequadas ao surto de modernização. De outro, impunha-se a meta de integração interna, tradicionalmente perseguida pelos programas do setor de recursos humanos, mas não necessariamente com a eficiência que o mercado e a sobrevivência da empresa requeriam. A partir dessa dupla escala de necessidades, desdobravam-se os esforços e, em consequência, as visões diferenciadas em torno das estruturas capazes de assumir com maior competência as missões corporativas de planejamento e execução das ações de comunicação. O Brasil deixava um período autoritário. O medo ainda reinava nos ambientes internos, e as estruturas de recursos humanos controlavam os profissionais contratados. Vivia-se, portanto, sob o signo da comunicação vigiada. Nos meados dos anos 1970, o mercado de trabalho jornalístico dava sinais de saturação. O grosso dos profissionais da imprensa respirava um clima de “jornalismo revolucionário”, que atraía idealistas para as frentes de batalha contra “imperialistas” – no caso, o poder econômico e as estruturas empresariais. Nos espaços de formação de opinião, a discussão acirrava a dicotomia de um mundo de bons e maus, oprimidos e opressores, esquerda e direita. Nas camadas intelectuais, o discurso separava os “antiquados” e os “modernos”, os “apocalípticos” e os “integrados”, na perspectiva descrita por Umberto Eco para definir contingentes inseridos na moderna comunicação de massa e seus opostos. Ser assessor da imprensa, na época, equivalia a ter estampado na testa o selo “vendido aos capitalistas”. Diante dessa moldura, tive a ousadia de enfrentar o “paredão da moralidade”, na verdade o conjunto de preconceitos contra o capital. Naquele momento, a clivagem ideológica ainda se regia por padrões antigos: pregava-se a luta de classes, e as relações capital-trabalho se apresentavam como um jogo de soma zero; a vitória de um deveria empatar com a morte do outro. Parceria e integração eram verbetes abolidos das páginas da negociação coletiva. Os manuais de trabalhadores e empresários tinham alfabetos opostos. Era, portanto, um desafio inimaginável alguém da área acadêmica optar por um exercício reflexivo na área empresarial, sobretudo quando a reflexão abarcava o terreno da comunicação, e, pior, quando esta ocorria na esfera do maior centro de produção científica do País, um polo da excelência do pensamento, a Universidade de São Paulo. Na Escola de Comunicações e Artes, ousei realizar meus trabalhos acadêmicos de doutorado e livre-docência (TORQUATO, 1973, 77 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação 1983), orientados inicialmente para a sistematização do jornalismo e da comunicação empresarial e, em momento posterior, para a construção de modelos integrados de comunicação como definidores da eficiência e eficácia organizacionais. A partir daí, seguiu-se um longo percurso na área da formação de alunos (graduação) e de professores (pós-graduação) nas áreas afins da comunicação empresarial e da assessoria de imprensa. Disciplinas específicas passaram a ser criadas em outras universidades. Essa incursão acabou gerando dissertações e teses acadêmicas. O mercado de trabalho passou a receber corpos funcionais mais preparados e alguns de seus integrantes galgaram postos elevados nas estruturas profissionais corporativas. A comunicação empresarial ganhava status. b) Comunicação Empresarial Um a um, os velhos preconceitos foram caindo e as disputas entre relações públicas e jornalistas refluíram, principalmente porque o corporativismo dos respectivos setores cedeu lugar ao fator competência. As empresas começaram a contratar profissionais pelo critério da qualidade profissional, não mais exigindo qualificações exclusivas das áreas da comunicação. Nas empresas, os modelos comunicacionais tornaram-se mais complexos com a emergência de subáreas no sistema de comunicação. Os setores de marketing, historicamente arredios, aproximaram-se da comunicação empresarial em função da necessidade de conceber e executar programas e projetos em parceria. Por fim, até os mais renitentes e resistentes “pensadores” contrários à atividade da comunicação empresarial foram obrigados a rever suas posições. Alguns deles chegaram a ingressar em órgãos públicos para desenvolverem programas de comunicação empresarial que abominavam. No final da década de 1970, no âmbito das organizações, percebia-se forte ênfase aos valores do associativismo e da solidariedade, modo de “esquentar” o clima interno. A função da comunicação como alavanca de mobilização aparecia como eixo da estratégia de mobilização dos trabalhadores em torno da meta de dar o melhor de si à organização. Do ponto de vista externo, a propaganda continuava a lapidar a imagem institucional. Notava-se, ainda, sorrateira disputa entre as diversas áreas - recursos humanos, relações públicas, marketing, vendas e jornalismo – para comandar o sistema de comunicação. Os primeiros modelos corporativos começavam, então, a aparecer. Em 1983, defendi minha tese de livre-docência, que esboçava um modelo sistêmico para abrigar as áreas da comunicação empresarial. Já não me conformava em tratar exclusivamente de jornalismo empresa78 As Veredas do Meu Caminho (Da lamparina à análise da política) rial, um único dedo entre os dez abarcados pela comunicação. Vislumbrei essa hipótese e passei a desenvolvê-la na academia e no mercado. Na Corporação Bonfiglioli, que possuía quarenta empresas, estabeleci um modelo sistêmico de comunicação, incorporando os nichos clássicos da comunicação social – jornalismo empresarial, assessoria de imprensa, relações públicas (eventos, endomarketing), propaganda (institucional e mercadológica), editoração (livros e folheteria), sistema de pesquisas etc. Desenhava-se, assim, um dos primeiros modelos corporativos da comunicação em organizações complexas. c) O Poder Expressivo A base conceitual do trabalho desenvolvido para a Bonfiglioli se amparava na defesa do conceito de poder expressivo, que adicionei à tipologia de poderes adotada por Amitai Etzioni (1974) em suas análises sobre o poder nas organizações complexas. Em outras palavras, ao lado dos poderes remunerativo, normativo e coercitivo, procurei demonstrar que o poder da comunicação era fundamental para as metas do engajamento e participação e obtenção de eficácia. Abro um parêntesis para explicar as bases dessa proposição. Se o poder é a capacidade de uma pessoa em influenciar uma outra para que esta aceite as razões da primeira, isso ocorre, inicialmente, por força da argumentação. A relação de poder se estabelece em decorrência do ato comunicativo. O poder da comunicação se apresenta ainda no carisma, esse brilho extraordinário que os líderes exprimem e que se faz presente na eficiência do discurso, na maneira de falar, na gesticulação, na apresentação pessoal. O carismático possui imensa capacidade para integrar e harmonizar os discursos semântico e estético. E, ainda, detém a condição de animar os ambientes, atrair a atenção e a simpatia de ouvintes e interlocutores. Nas organizações, a comunicação é usada de diversas formas. Desenvolve-se, de um lado, um conjunto de comunicações técnicas, instrumentais, burocráticas e normativas. Em paralelo, ocorrem situações de comunicação expressiva, centrada nas capacidades e habilidades, nos comportamentos e nas posturas das fontes. A comunicação expressiva humaniza, suaviza, coopta, agrada, diverte, converte, impacta, sensibiliza. Quando o teor das comunicações instrumentais é muito denso, as organizações se transformam em ambientes ásperos e áridos. De outra forma, quando as comunicações expressivas se expandem nos fluxos da informalidade, as organizações dão vazão a climas alegres, cordiais, solidários, humanizados. A comunidade torna-se mais descontraída e solidária. 79 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Essa comunicação expressiva é a alavanca de mobilização interna, voltada que está para as operações e atividades rotineiras, bem como para a animação dos ambientes internos. A comunicação se transforma em vitamina homeostática, promovendo o equilíbrio interno. O engajamento, a concordância, os níveis de motivação dependem desse sistema. O fluxo de comunicação descendente e ascendente funciona como veias abertas que fazem o sangue correr para os lados, para cima e para baixo. Se uma veia estiver entupida, o organismo morre. A comunicação é o sistema de desentupimento de veias. A imagem é útil para se entenderem os gargalos do sistema organizacional. Há uma tendência, nas organizações, de se reter informação nos níveis intermediários, ou seja, os chefes, no âmbito da gerência, não gostam de passar informações para os subordinados, pois estariam compartilhando poder com eles. Prendem “a bola no meio do campo”. E, assim, estrangulam processos. Um sistema de comunicação aberto funcionará como aríete para romper as dobraduras, os estrangulamentos. Não se pode esquecer, ainda, que o poder também é exercido pelo boato, pelos rumores. Os boatos aparecem como forma de atemorização e ameaça. Correndo pela rede informal, podem desestabilizar climas internos e extrapolar para os limites externos, sensibilizando a opinião pública. É preciso identificar de que ponto partem e quem são seus beneficiários. Eis a razão pela qual é importante identificar o poder dos feudos. Na maioria das grandes companhias, desenvolve-se uma tendência para a criação de compartimentos fechados. Pessoas se enclausuram em pequenos grupos, defendendo privilégios. Os feudos são como tumores que precisam ser lancetados, sob pena de deixarem o tecido contaminado, doente, amortecido. Destaca-se, ainda, a força do poder do líder informal, a pessoa que não detém cargos formais, não carrega o poder da estrutura, da hierarquia. Com ela muitos vão se aconselhar. Essa pessoa precisa ser valorizada, porque seu poder tem condições de melhorar os climas e equilibrar os ambientes, tornando-os mais saudáveis e agradáveis. O engajamento profissional tem muito a dever à capacidade de convencimento e persuasão dos líderes informais. Esses foram alguns dos vetores de força analisados. Procurei implantar no mercado o modelo apresentado na universidade, ao mesmo tempo em que, na academia, ajustei as questões e abordagens usadas à experiência profissional. Ganhava curso, assim, a expressão comunicação empresarial, fruto da tese de livre-docência sobre organização e comunicação. 80 As Veredas do Meu Caminho (Da lamparina à análise da política) d) A Comunicação Estratégica Se na década de 1970 a comunicação chegava a um alto patamar nas organizações, na de 1980 investiu-se do conceito estratégico. A era da estratégia prima pela necessidade de a organização ser a primeira no mercado ou, no máximo, a segunda. O foco é o posicionamento. As grandes corporações e os modelos eram plasmados a partir da ideia de centralização das chamadas funções-meio (planejamento, recursos humanos, comunicação) e descentralização das chamadas funções-fim (fabricação, vendas e distribuição). A profissionalização se consolidava e os quadros do jornalismo das redações dos grandes jornais e das grandes revistas assumiam funções importantes nas corporações. O ingresso dos jornalistas nas empresas conferiu novo ritmo à comunicação empresarial e as universidades foram obrigadas a reforçar o conceito, dando vazão a cursos específicos. O posicionamento mais elevado do profissional caracterizou a década de 1990. Na verdade, ele tem sido um eficaz intérprete dos efeitos da globalização, principalmente no que se refere ao foco do discurso e à estratégia para conferir nitidez à identidade e à imagem organizacionais. O comunicador passou a ser um leitor agudo da necessidade de a empresa interagir estrategicamente com o meio ambiente e competir em um mercado aberto a novos conceitos e novas demandas. A globalização propiciou, ainda, a abertura do universo da locução. Os discursos empresariais se tornaram intensos, passando a provocar mais ecos. A mídia especializada, por sua vez, começou a exigir novos comportamentos e novas atitudes por parte das empresas. Não se aceitava a postura do encolhimento. A comunicação com os poderes ganhou intensidade, porque as grandes decisões nacionais entraram na agenda das instituições políticas. Os lobbies, mesmo aguardando a tramitação de projeto de lei que prevê sua legalização, deram lugar a um novo nicho: articulação e assessoria política. O mercado da comunicação ensejava novas oportunidades para os consultores políticos. Nesse contexto, emergiu o perfil do diretor de relações institucionais, cuja atenção se volta para o Congresso Nacional, o Poder Executivo e o Poder Judiciário. Ainda nos anos 1990, certos fenômenos se fizeram sentir de maneira intensa. Com a sociedade mais organizada, as entidades intermediárias tornaram-se fortes. O universo associativo ganhou força em função, ainda, do descrédito do setor político e da administração pública. Organizações não-governamentais, disseminadas por todo o País, elegiam bancadas parlamentares como a dos religiosos, a dos advogados, a dos policiais, a dos ruralistas. As ONGs, abrindo espaços, 81 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação fortaleceram-se no meio social ditando pautas para a mídia e expandindo influência ao lado dos poderes organizados. As empresas também se modificaram, quebrando redomas. Os empresários deixaram as salas refrigeradas e pisavam no chão de fábrica, enquanto novas relações com o consumidor ganhavam densidade. Estavam em jogo a competitividade acirrada, a busca de qualidade, as novas relações com o consumidor e as estratégias de aproximação dos poderes. Na comunicação interna, as empresas dirigiam o foco para o clima organizacional. A pesquisa interna se fortaleceu. Antes de definir e adotar políticas de comunicação externa, a empresa decidiu examinar o grau da temperatura interna. A pesquisa passou, assim, a mapear expectativas, anseios, angústias, alegrias da comunidade e distúrbios gerados pela questão salarial, pelo ambiente físico da empresa, pelo tipo de cultura e pelo tipo de gestão. A década de 1990 também foi fértil no campo da gestão. As multinacionais se refizeram, fabricando produtos por meio de uma reengenharia operacional, cujo princípio definidor consistia na junção de partes ou de componentes, fabricados em lugares distintos, reunidos e montados em um espaço centralizado, para formar um todo. Certos componentes, dependendo do setor fabril, eram e ainda são importados do exterior. Outro desafio do final da década esteve relacionado aos efeitos da globalização. Respeitar ou não as especificidades regionais, preservar ou não as culturas locais, conservar ou não a identidade global da organização e, ainda, como compatibilizar tais conceitos? Esses eram alguns dos temas em ebulição. Os trabalhos acadêmicos, nas décadas de 1980 e 1990, foram praticamente inspirados e guiados pela tônica jornalística, abrangendo questões de forma e linguagem, tipologia da comunicação organizacional, abrangência temática etc. Infelizmente, grandes ausências ainda se fazem sentir. Muita coisa deixou de ser feita. Assim, lacunas se abriam, com as relativas a pesquisas sobre a necessidade de programas de reengenharia organizacional, bem como no que diz respeito à importância da comunicação para o equilíbrio dos ambientes internos. Seria conveniente investigar mais e melhor a ligação entre a cultura, o clima e a comunicação. Pouco se avaliam os níveis de recepção da comunicação. Sente-se necessidade de pesquisa sobre culturas internas, o que representam, como se desenvolvem e qual é a influência da comunicação no clima organizacional. Tais visões ainda não receberam a devida atenção dos pesquisadores brasileiros. O campo ainda está aberto. 82 As Veredas do Meu Caminho (Da lamparina à análise da política) Do ponto de vista da comunicação externa, a exigência se deu em torno dos conceitos de transparência e visibilidade. A competitividade tornou-se aguda e a disputa para se fazer uma comunicação mercadológica por meio da publicidade ganhou intensidade. Na sequência, assistimos ao desenvolvimento da comunicação política nas empresas. A sociedade organizada deve procurar fazer valer, por todos os meios e todas as maneiras, seus interesses e pontos de vista perante o Parlamento Nacional – o que é legítimo. Explico a seguir. e) A Comunicação Política Esse tipo de comunicação significa aduzir que as organizações descobriram a política. O termo “política”, nesse caso, tem o sentido de inserção da organização na comunidade política. Com a expansão do universo da locução, da palavra e das ideias, organizações administrações, governos e políticos foram compelidos a aperfeiçoarem linguagens e abordagens, com o fito de melhorar a imagem e a visibilidade. As organizações brasileiras de todos os tamanhos e segmentos, na esteira do crescimento do conceito de participação, desenvolveram um papel político mais significativo na sociedade, fazendo-se mais presentes no panteão da cidadania. Os empresários saíram das redomas, abrindo o pensamento à mídia, defendendo posições fortes em prol da modernização política e institucional, bem como discutindo a eficiência das políticas públicas. Iniciaram, desse modo, uma função de caráter político. Representantes dos setores produtivos, enfim, decidiram encarnar um papel político. A comunicação organizacional, portanto, banha-se de uma visão política. Entenda-se que a empresa faz marketing político quando transporta seu pensamento para a sociedade com o intuito de fixar identidade, defender-se ou tomar uma posição. Ocorre que no Brasil o tempo “política” foi muito contaminado e é quase sempre identificado com a velha política partidária. Será preciso, por isso, resgatar esse “novo-velho” sentido do político, conferindo-lhe o significado adequado. f ) A Comunicação Governamental Os caminhos foram sendo ampliados. No final da década de 1980, a comunicação empresarial avançou na seara da comunicação governamental e do marketing político. Esse avanço se deu na esteira do fortalecimento de um novo espírito de cidadania, nascido de uma sociedade civil mais organizada e cada vez mais cônscia de seus direitos e deveres. 83 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Em 1986, acompanhando o clima ambiental e a abertura do universo da locução (grandes reportagens de denúncias de surgiram nessa época), fiz questão de atuar em mais um campo da comunicação especializada, na onda de novas motivações e de integração ao espírito do tempo. Escolhi o universo da comunicação governamental, até então desprovido de mapas conceituais e carente de formulações. Passei a elaborar planos diretores de comunicação para ministérios. Foi um período de novas descobertas. Durante a primeira fase do Governo Sarney, Fernando César Mesquita, chefe da Assessoria de Comunicação do Planalto, decidiu criar uma Comissão de Comunicação Estratégica, composta por 25 nomes de expressão, para estabelecerem as diretrizes da comunicação governamental. As ideias brotavam, mas a execução de projetos deixava a desejar. O governo se perdia no cipoal de planos para recuperar o poder da moeda. Como secretário executivo da comissão, acabei sugerindo, depois de algum tempo, sua própria dissolução por constatar que não havia clima para se praticarem as sugestões oferecidas pelo colegiado. Primeiro, a administração deveria descobrir “o que” comunicar. Esgotando essa experiência, com a proposição de estratégias para alguns ministérios e a formulação de um modelo centralizado de comunicação governamental para o Poder Executivo, chegou a vez do marketing político. g) O Marketing Político Nessa oportunidade, tratava-se de ampliar o leque da comunicação, buscando agregar a ela novos eixos – pesquisas de opinião, formação do discurso (identidade), articulação e mobilização das massas. Amparado na vivência de campanhas políticas para governo de alguns estados, a partir do Ceará, onde produzi a primeira peça de planejamento da campanha de Tasso Jereissatti ao governo, passei a reunir conhecimentos nos dois campos especializados e lancei um terceiro livro, Marketing político e governamental: um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação (TORQUATO, 1985). Percebi que se descortinava, no País, um imenso território: o marketing político eleitoral e o marketing político permanente, com foco no suporte a candidatos eleitos, tanto do Executivo quanto do Legislativo, nas três esferas da Federação. O clima era convidativo. Os poderes executivos – prefeitos e governadores – abriam espaços para a instalação de estruturas de comunicação governamental, na perspectiva de ampliação de espaços 84 As Veredas do Meu Caminho (Da lamparina à análise da política) de visibilidade, aperfeiçoamento da identidade e prestação de contas à comunidade política. A sensibilidade e o interesse eram movidos pela emergência do Estado-espetáculo, que passou a exercer grande influência sobre os membros da comunidade política, representantes e representados. Nos últimos anos, deixando a vanguarda e coordenação de campanhas, passei a atuar como Consultor Político, colaborando para o planejamento e orientação do discurso de candidatos, interpretando pesquisas, fazendo briefings para criação publicitária, promovendo ajustes nas ferramentas usadas nos pleitos eleitorais de cunho proporcional e majoritário. A análise e a interpretação da política Concluo esta narrativa com a minha inserção no vasto território da análise política. O Estado de S. Paulo, o mais respeitado jornal brasileiro, me abriu a oportunidade para fazer, aos domingos, um artigo sobre política. Há cerca de duas décadas, cumpro essa missão. Com alegria e orgulho. Alegria em ousar, toda semana, perseguir uma temática nacional, por abordagens múltiplas, seja trabalhando a vertente partidária ou os largos espaços de costumes, tradições, usos e práticas dos atores políticos – físicos e jurídicos. Orgulho ao verificar que uma parcela importante do pensamento nacional acompanha atentamente as reflexões. O desafio é o de encontrar nichos ainda não trilhados, temáticas ainda não desenvolvidas. Ou mesmo achar aspectos diferentes para assuntos já avaliados. O Brasil, porém, é e continuará a ser um imenso laboratório de vivências. Como salientei no início deste texto, instiga-me a curiosidade. Move-me a vontade de buscar respostas para as grandes interrogações. Zaratustra, com sua luz, sopra aos meus ouvidos: “novos caminhos sigo, uma nova fala me empolga: como todos os criadores, cansei-me das velhas línguas. Não quer mais o meu espírito caminhar com solas gastas”. 85 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação 86 Depoimentos sobre Gaudêncio Torquato 7. Depoimentos sobre Gaudêncio Torquato Adolpho Queiroz Professor do curso de pós-graduação do Mackenzie Um dos grandes méritos que o professor Gaudêncio Torquato traz para a academia é a inovação de começar a pesquisar e se relacionar com o marketing político. O seu pioneirismo é destacado na Universidade de São Paulo, na Intercom, refletido também na Associação Brasileira dos Consultores Políticos (Abcop). Importantíssima, sua obra baliza o nosso caminho, o caminho das novas gerações de pesquisadores que o seguiram. O seu livro Marketing Político e Governamental, escrito em 1985, lido com os olhos de hoje mostra o quanto nós ainda temos que fazer para que o campo se expanda no Brasil. Eu o tenho acompanhado não só por sua obra do ponto de vista intelectual, mas também no dia a dia por meio de suas mensagens na internet e comentários no jornal O Estado de S. Paulo. Ele continua a ser um grande balizador do nosso campo. O marketing político deve muito a Gaudêncio Torquato, por sua inserção tanto do ponto de vista acadêmico como profissional. 87 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Ailton Barcelos Fernandes Consultor, ex-vice-presidente da Corporação Bonfiglioli, Secretário Executivo do Ministério da Indústria e Comércio, tendo exercido o cargo de Ministro da Pasta Há 30 anos, estávamos o Torquato e eu em um dos dez maiores conglomerados empresariais brasileiros. Pioneiramente, ele ocupava a diretoria corporativa de estratégias de comunicação institucional, quando desenvolvemos um modelo sistêmico absolutamente inovador. O conteúdo que temos hoje sobre as relações complexas nos ambientes corporativos, resolvemos e implantamos há 30 anos. Foi o primeiro modelo operacional sistêmico no Brasil, o que nos honra muito. Um modelo pioneiro e inovador até hoje. Torquato foi brilhante, pois foi teórico com sua sofisticação característica e absolutamente prático ao gerar o primeiro modelo corporativo de comunicação institucional. Américo Tângari Júnior Médico cardiologista Sou amigo, leitor e médico do Gaudêncio há 20 anos. Considero-o uma das pessoas mais inteligentes que conheci nesse período. Para mim, é um privilégio conviver com o professor devido ao grande enriquecimento cultural proporcionado por ele e por seu caráter humanista e ético presente em sua obra no jornalismo e na sua vida. Cândido Vaccarezza Deputado Federal (PT-SP) Conheci Gaudêncio Torquato primeiro por meio dos seus textos, publicados por diversos jornais brasileiros, e ao ler sua coluna Porandubas no site Migalhas. Depois, a vida nos levou a um contato pessoal e nos tornamos amigos. O Gaudêncio que conheci das leituras, um homem arguto, profundo, com análises precisas e escrevendo bem, era, até então, uma figura distante. Aqui valorizo o amigo, uma pessoa que se preocupa com a vida. Desde a vida do cidadão comum e desconhecido, sempre nos levando a refletir sobre temas variados ou sobre a política brasileira, ou a vida nacional e internacional. 88 Depoimentos sobre Gaudêncio Torquato Carlos Ayres Britto Presidente do Supremo Tribunal Federal Sou leitor assíduo e de longa data de Gaudêncio Torquato. Ele é cientista político, professor, acadêmico, um homem dotado de muita sensibilidade. Como se diz hoje em dia, dotado de muita sensitividade. De sorte que se tornou um observador privilegiado das cenas jurídica e política no Brasil e no mundo. E não é por acaso que desfruta do maior acatamento científico. A avaliação que se faz sobre ele é de uma pessoa eminentemente republicana, sempre desfraldando bandeiras que significam valores positivos e qualificam o indivíduo e a vida. Carlos Eduardo Lins da Silva Jornalista e professor universitário Eu conheci o Torquato há quarenta anos. Quando me tornei calouro da Faculdade Cásper Líbero ele foi um dos meus professores. Neste período, tive ao lado dele uma série de experiências profissionais e pessoais excelentes. Trabalhei na Proal, uma empresa fundada por ele, Manuel Carlos Chaparro e Luiz Carrion, que foi e ainda é uma referência para o jornalismo e para a comunicação empresarial e organizacional. Depois, fui seu colega como professor na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Trabalhamos juntos em uma série de debates sobre o marketing político. Gaudêncio Torquato é uma das grandes referências da comunicação no Brasil, uma das pessoas mais influentes em todas as áreas nas quais atuou. É mais do que merecedor desta homenagem que está sendo feita para ele. Chiquita Torquato Mãe Eu tive 11 filhos, dez enteados e criei mais cinco adotivos. Gaudêncio sempre foi um menino muito querido, sem desavença com ninguém. Foi estudar no seminário em Mossoró, dirigido por padres holandeses que queriam levá-lo para a Holanda. Eu não deixei. Por mais seis anos 89 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação ele ficou no seminário. Queria que Gaudêncio fosse padre, mas ele queria abraçar a carreira de jornalista como de fato está exercendo. Quem sabe hoje poderia ser um bispo! Garibaldi Alves Filho Ministro da Previdência Social Nós, os norte-rio-grandenses, temos o maior orgulho da carreira empreendida por Gaudêncio Torquato, que milita hoje na imprensa brasileira. Ainda menino saiu da cidade de Luís Gomes para conquistar a admiração dos brasileiros. Por todas as regiões do Estado, quem é que não lê seus textos aos domingos, em que sempre são abordados os problemas brasileiros com a maior clarividência e lucidez? Gaudêncio Torquato é uma referência para todos nós. Genival Beserra Leite Presidente do Sindeepres O professor Torquato e sua equipe auxiliam o sindicato na parte política e de marketing. Trata-se de pessoa fantástica, realmente um grande comunicador, um jornalista que sabe transmitir sua matéria para que todos entendam. É respeitado por todos os níveis de categoria. Gilberto Kassab Prefeito da cidade de São Paulo Gaudêncio Torquato, além de ser um grande brasileiro, é um dos grandes especialistas em comunicação e análises políticas e econômicas. Pessoalmente, tenho o privilégio de conviver com ele há quase 20 anos. Em todos os momentos da minha carreira e vida pública o tive como um grande conselheiro. Mais recentemente, agora como prefeito da cidade de São Paulo, Torquato rotineiramente faz análises muito criteriosas em relação ao desenvolvimento da cidade e sua consistência de crescimento, acrescentando uma visão política. E isto tem sido de vital importância para a definição dos rumos da nossa administração. 90 Depoimentos sobre Gaudêncio Torquato João Dória Junior Empresário, jornalista e publicitário São quase 30 anos de amizade e de profunda admiração. Torquato é uma das pessoas mais inteligentes, mais perspicazes, com capacidade de análise e de síntese que já conheci. Meu conselheiro, tenho o privilégio de ouvi-lo muitas vezes para compreender melhor a dimensão política do País e dimensão de mercado. Com análises sempre precisas, antecipa fatos graças à sua sensibilidade e capacidade de colher informações. Seus artigos publicados no jornal O Estado de S. Paulo têm leitura garantida para quem quer estar bem informado e sintonizado com a realidade do País. Jorge Gerdau Presidente do Conselho de Grupo Gerdau Conselheiro do Governo Federal na área de gestão Poder ser amigo do Gaudêncio Torquato é um privilégio, porque ele é absolutamente diferenciado. Reúne a perspicácia e inteligência do raciocínio de jornalista, mas ao mesmo tempo, ao ter essa formação acadêmica de professor, tem capacidade para analisar as coisas de uma forma fantástica. Utilizo suas análises para formar a minha opinião sobre vários temas. Como jornalista e consultor, faz sua macroanálise do cenário político, algo extremamente complexo no Brasil. Gaudêncio Torquato me proporciona muita alegria toda vez que o encontro. José Chapina Alcazar Presidente do SESCON-SP É uma honra tê-lo como articulista, assessor político e consultor de comunicação. Na condição de presidente, tive a honra de conhecê-lo e a felicidade de tê-lo ao nosso lado nos assessorando. Como sempre digo, meu grande guru, obrigado por tudo que tem feito pela nossa entidade, pois a partir do momento em que nos conhecemos passamos a ter visibilidade muito maior. 91 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação José Coelho Sobrinho Chefe do Departamento de Jornalismo e Editoração da ECA-USP Eu o conheci em 1970, quando Gaudêncio ingressou no Departamento de Jornalismo e Editoração para dar aula. Fui seu monitor na disciplina Agências de Notícias e depois ele foi meu orientador no mestrado que fiz na Escola de Comunicação e Artes da USP. Uma das coisas que eu mais me recordo é de sua solidariedade comigo quando fui chamado pelo DOPS para prestar depoimento a respeito de um jornal laboratório do qual eu era responsável. O Torquato me acompanhou e foi a única pessoa que me deu solidariedade. José Marques de Melo Jornalista e professor universitário, fundador e ex-presidente da Intercom, pioneiro dos estudos de comunicação no Brasil Gaudêncio Torquato chegou ao Recife como jornalista promissor, um tipo intrépido que encabeçou uma matéria de primeira página assim que entrou no Jornal do Brasil. Decidido a estudar, matriculou-se no curso de jornalismo na Universidade Católica de Pernambuco, considerado na época o melhor curso do País. Em 1966, o conheci como meu aluno. Vim para São Paulo em julho de 1966. Logo em seguida, Torquato também veio, num grupo liderado por Calazans Fernandes para trabalhar nos projetos especiais da Folha de S. Paulo. Periodicamente o jornal divulgava suplementos que tratavam de temas metropolitanos, principalmente ligados à cidade de São Paulo. Gaudêncio Torquato, Calazans Fernandes e Manuel Chaparro formavam o trio de ouro do jornalismo denominado Jornalismo Supletivo em São Paulo. Fundei na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo, o primeiro centro de pesquisa de Comunicação Social e convidei o Gaudêncio Torquato para assumir a cadeira de Jornalismo Interpretativo. Gaudêncio se apresentou como professor talentoso. No ano seguinte, em 1977, quando a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo começa a funcionar, já estou lá em tempo integral como chefe do Departamento de Jornalismo. Com o início do processo de contratação de novos professores, o convidei para lecionar na USP. 92 Depoimentos sobre Gaudêncio Torquato Terminamos o doutorado mais ou menos ao mesmo tempo. Em 1972, depositamos as teses, e no ano seguinte as defendemos. Somos três doutores da USP desta época: eu, Torquato e Thomaz Farkas. Gaudêncio defendeu um estudo pioneiro sobre jornalismo empresarial, fazendo o primeiro levantamento sobre os jornais de empresa do estado de São Paulo. Em 1977, eu ainda não havia retornado para a USP, era professor na Cásper Líbero. Ocorreu um Congresso em São Paulo e ali surgiu um sentimento coletivo para a fundação de uma entidade para reunião dos pesquisadores de comunicação. Convoquei pessoas interessadas e, em dezembro de 1977, nos reunimos numa sala da Cásper Líbero. Gaudêncio Torquato foi um dos fundadores da Intercom, sendo mais adiante eleito o terceiro presidente da entidade. Primeiro, fui eu e depois Ana Maria Fadul. A presidência dele foi marcada pelo momento da abertura política no País, exatamente no período do governo Sarney. Pela primeira vez, realizamos um Congresso com bom diálogo com o Estado, no qual esteve presente o ministro da Cultura, Aluisio Pimenta, um professor mineiro, para a conferência de abertura. Nos últimos 15 anos, Torquato tem se dedicado ao jornalismo político com muito êxito. Sua coluna começou a ter sucesso em São Paulo e foi reproduzida por jornais de outras partes do País até ele ganhar um espaço permanente na página 2 do jornal O Estado de S. Paulo aos domingos, ao lado de grandes personalidades da política nacional. Profissional de comunicação política, Torquato comenta semanalmente os fatos mais importantes, os interpreta e orienta a formação da opinião pública. É um grande formador de opinião. José Nêumanne Pinto Escritor, poeta, jornalista, articulista de O Estado de S. Paulo e editorialista de O Jornal da Tarde O seminário foi uma lição importante para o Gaudêncio, pois lhe deu uma cultura humanística indispensável para a formação de um comunicador. Lá, aprendeu latim e, por isso, escreve em excelente português, uma raridade mesmo entre escritores e mesmo entre jornalistas. Quando começou a escrever artigos para o Estadão, logo conquistou espaço. Professor de marketing muito reputado da Universidade de 93 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação São Paulo, escreve sobre assuntos do dia com uma visão de dentro do Brasil real peculiar, fundamental em sua obra jornalística. José Yunes Advogado e empresário Falar do Gaudêncio Torquato é uma das coisas mais fáceis. É uma grande figura, um humanista, cientista político de primeira linha. Além da amizade e admiração que tenho pelo professor, sou leitor assíduo de suas colunas. Figura humana extraordinária, sempre voltado ao bem comum e aos princípios éticos. É um privilégio tê-lo como amigo. Juca de Oliveira Ator e escritor Sou um leitor compulsivo de Gaudêncio Torquato, uma referência ética nesse País. Para saber o que efetivamente está errado ou certo, basta ler seus textos. Gosto imensamente dele. Nos tornamos amigos justamente pela posição ética que admiro muito. O admiro também pelo escritor maravilhoso que é. Li alguns de seus livros, sobretudo Gaudêncio, meu pai, na minha opinião uma grande obra prima da literatura brasileira. Parabéns Gaudêncio, a homenagem que você recebe é merecida. Luiz Flávio Borges D’Urso Presidente da OAB-SP Desde 1998, é consultor de comunicação da OAB-SP. Muito do que a Ordem fez e faz devemos ao Gaudêncio por sua visão macro, por sua experiência e sua forma didática de ensinar aqueles que têm obrigações de ocupar espaços públicos ou cargos de responsabilidade para que tenham uma sintonia com o que acontece na atualidade. E para isso ninguém melhor. Não só um profissional espetacular, mas acima de tudo uma criatura humana que aprendemos a admirar e respeitar. Por isso receba o abraço do seu amigo D’Urso e o abraço da advocacia de São Paulo. 94 Depoimentos sobre Gaudêncio Torquato Manuel Carlos Chaparro Jornalista e professor universitário É uma grande alegria falar de Gaudêncio Torquato e revelar passagens que talvez não sejam muito conhecidas. A palavra sucesso aqui é uma palavra-chave. Seu estilo de trabalhar e o estilo das suas lutas na vida são tocados pela perspectiva do sucesso. Ao pedir um emprego no Jornal do Brasil, o diretor de redação da sucursal no Rio de Janeiro disse que Torquato só o teria se conseguisse uma opinião dos nove governadores do Nordeste sobre Reforma Agrária, importante assunto discutido na época. Na reunião do conselho da Sudene, onde todos os governadores do Nordeste estavam presentes, Torquato conseguiu ouvir o depoimento de cada um. Persistência e perspectiva do sucesso tocam suas lutas. Resultado: escreveu uma bela reportagem, publicada como manchete de primeira página do Jornal do Brasil no domingo seguinte. Nosso encontro Na sucursal da Folha de S. Paulo, em Recife, nos encontramos para trabalhar num projeto pioneiro: os Suplementos Especiais, grande sucesso editorial e comercial. Fizemos dois suplementos da Amazônia e um do Nordeste, nos quais desvendamos e discutimos grandes realidades regionais. Em 1966, nós dois ganhamos o Prêmio Esso de Jornalismo. Torquato, pelo Jornal do Commercio, na categoria Jornalismo Científico, e eu, pelo Diário de Pernambuco, na categoria Jornalismo Econômico. A curiosidade do Torquato e vontade de compreender as coisas, não só de observar, estavam impressas já no título da brilhante reportagem com a qual foi vencedor do Prêmio Esso. A reportagem sobre esquistossomose, uma doença grave e complicada e ainda hoje endêmica no Nordeste, teve como título: A doença que mata na cura. A frase sintetiza todo o drama da doença. Quem a conhece e sabe da realidade nordestina entende que este é o âmago da questão quando se fala em esquistossomose. Uma reportagem brilhante, que deu ao seu autor, merecidamente, o Prêmio Esso, empurrando-o para um tipo de jornalismo que depois viemos a realizar em São Paulo nos suplementos especiais. 95 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Os primeiros desafios O primeiro grande suplemento que fizemos em São Paulo teve cerca de 500 páginas, publicado em nove cadernos semanais, que tratavam da questão metropolitana de São Paulo, um assunto emergente na época. Havia saído a lei federal que regulamentava a questão das metrópoles e nós trouxemos para a discussão pública informações e um entendimento inteiramente novo, influenciando fortemente a administração do Prefeito Faria Lima. O pai Em todos estes anos acompanhando o percurso do Torquato lamento apenas não ter conhecido o pai dele, certamente uma grande figura a julgar pelos efeitos da inteligência deste senhor comerciante do sertão nordestino na própria vida do Gaudêncio Torquato. Seu pai, na minha opinião, poderia ter sido um grande ministro da educação se fosse possível ampliar para o Brasil o que fez na sua própria família. Quase todos os seus 22 filhos tiveram formação universitária. O segredo foi o seguinte. O pai formou o mais velho, o mais velho ajudou a formar os outros e assim sucessivamente. Cada um que se formava, ao entrar no mercado de trabalho, assumia o compromisso de custear os estudos do irmão seguinte. Nesta escala, Gaudêncio Torquato contribuiu com a formação profissional de duas de suas irmãs mais novas. Gaudêncio Torquato nasceu e cresceu numa casa onde os jornais eram lidos diariamente. Esta necessidade de entender o mundo pela janela do jornalismo foi transmitida de pai para filho. Marcos Wilson Spyer Rezende Diretor de Relações Institucionais do Grupo Odebrecht Quando penso no Torquato, penso no mestre. Ele foi meu professor nos anos 70 na Cásper Líbero, nas matérias Jornalismo Investigativo e Jornalismo Comparado. Foi também meu professor na pós-graduação, quando fiz tese sobre jornalismo no Peru. Nos últimos tempos, depois de passar 20 anos no Estadão, dez anos no SBT e cinco anos na CBS Americana, estou há dez anos como vice-presidente da Odebrecht. A primeira coisa que fiz ao chegar aqui foi procurar o Torquato, pois a empresa tinha uma política de comunicação interna referencial na 96 Depoimentos sobre Gaudêncio Torquato tecnologia empresarial dela. Foi ele quem detalhou essa política de comunicação e fez o melhor estudo, orientando meu trabalho e rendendo frutos significativos. A Odebrecht tem quase um livro de autoria do Torquato sobre toda sua tecnologia empresarial. Margarida Maria Krohling Kunsch Chefe do departamento de Relações Públicas e Propaganda da ECA-USP Para mim, Gaudêncio Torquato é um ícone da história da comunicação empresarial no Brasil. No final dos anos 60 e início dos anos 70, quando praticamente era proibido trazer temas como jornalismo empresarial e mundo corporativo para o debate na área acadêmica, Torquato teve a coragem de defender a sua primeira tese de doutorado em 1973 justamente sobre jornalismo empresarial. Cursando a pós-graduação na USP, fiz uma disciplina com ele sobre comunicação empresarial, onde naquela época defendia muito a comunicação nas empresas e nas organizações como poder expressivo e também como uma macroárea. Isso me marcou. Na época que eu estava preparando a minha pesquisa de mestrado eu defendi que a área de Relações Públicas tinha que atuar numa perspectiva muito mais ampla, ou seja, da comunicação integrada. O prof. Torquato contribuiu muito para ampliar esta visão que na época buscávamos defender. Michel Temer Vice-Presidente da República Conheço o Gaudêncio Torquato há mais de 25 anos, quando iniciei minha vida pública. E desde então, quase que semanalmente, conto com suas sugestões e aconselhamentos de natureza política. Professor aposentado de jornalismo e comunicação política da USP, capaz de dar assessoria política e empresarial extraordinárias, ganhou notoriedade no universo empresarial e no mundo político. Por esta razão, semanalmente, o jornal O Estado de S. Paulo lhe concede espaço nobre para que temas fundamentais do nosso país sejam tratados por ele com muita leveza, tranquilidade e segurança. Quando a Intercom resolve homenagear Gaudêncio Torquato o faz pelos seus méritos. É um grande comunicador e um grande consultor político e empresarial. 97 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação Moreira Franco Ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos do Governo Federal Gaudêncio Torquato é um intelectual completo. Escritor, professor, pensador, consultor... Conhece a história do Brasil, suas relações sociais e entende a sociedade brasileira. Pessoa extremamente inquieta, sabe ser útil na reflexão sobre os problemas do dia a dia e do cotidiano da política brasileira. Além disso, Gaudêncio é um amigo solidário e presente. O primeiro a comparecer quando há alguma dificuldade em torno daqueles que o cercam. Por isso, fico profundamente feliz em saber que não sou o único a homenageá-lo. Muitos gostariam de dizer “obrigado, Gaudêncio Torquato”. Rubens Figueiredo Cientista político Na área do marketing político, na qual eu tive um relacionamento mais estreito com o Gaudêncio, ele é o mix de um profissional que atua na atividade prática, fazendo campanha e dando consultoria para muitos políticos importantes, e também um intelectual que tentou levar um pouco de ciência ao marketing político, coisa que é muito rara. Por sua respeitabilidade profissional e por sua capacidade de produzir, assessora políticos de diferentes áreas, diferentes correntes e diferentes partidos. Eu diria que ele é quase uma unanimidade no campo do marketing político. Sérgio Gomes Jornalista e diretor da Oboré Fui colega do Torquato de 1986 até 1992, período em que dei aula no curso de jornalismo da USP. Ele era responsável pela disciplina Jornalismo Empresarial e eu pela disciplina Jornalismo Sindical. Nós misturamos as duas turmas e os alunos passaram a ter não duas, mas quatro horas de aula. E ao invés de um professor, passaram a ter dois 98 Depoimentos sobre Gaudêncio Torquato ao mesmo tempo em sala. E o trabalho dele que é o roteiro de diagnóstico, como é que se examinam os fluxos de comunicação de uma organização complexa (empresa, sindicato, partido político) era um trabalho que merecia ser aplicado para os sindicatos também. Reunimos as duas turmas e os alunos foram a campo aplicando a metodologia do Torquato e não apenas faziam seminário em classe como também apresentavam um projeto de como deveria ser a comunicação das empresas e dos sindicatos visitados. Até hoje, suas ideias são fundamentais para o meu trabalho e planejamento de comunicação por aí. Vander Morares Presidente do Sindeprestem Conheço Gaudêncio Torquato há 20 anos. Por meio da GT e sua equipe, Gaudêncio presta serviços de assessoria de comunicação e de imprensa para o nosso sindicato. Em 2011, tivemos perto de quatro mil inserções na mídia nacional sobre o tema Terceirização e Trabalho Temporário graças à competência e sabedoria dele. Verydiana Pedrosa Jornalista, esposa de Gaudêncio Torquato Eu convivo com Gaudêncio há quase 20 anos, e neste período todo quando há um reencontro com ex-alunos, seja da USP ou da Cásper, e surge a inevitável pergunta: “Professor, lembra de mim? Era da turma tal, estudava com fulano de tal...” vem sempre acompanhada de observações do tipo: “Ah, professor, eu sinto muita saudade daquela época. Com o senhor eu aprendi”. E isso dá muito orgulho para nós, que somos da família. Uma marca registrada do Gaudêncio é que ele estuda todos os dias. Mesmo hoje, se você o encontrar no escritório ou em casa ele estará rodeado de livros. E estes livros têm páginas dobradas, trechos assinalados. Ele não para de estudar. 99 Gaudêncio Torquato: Acadêmico, Jornalista, Consultor Político e de Comunicação 100 APRESENTAÇÃO Prefácio • Segunda Parte • Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación 101 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación 102 Prefácio Prefacio José Marques de Melo Presidente de Honor de INTERCOM Periodista que se convirtió en una referencia nacional, al actuar como comentarista político, investigador ungido por el reconocimiento profesional como experto en comunicación pública, Gaudêncio Torquato presidió INTERCOM en un momento determinante para el logro de nuestra identidad institucional. Brasil ha pasado a través de la Nueva República prevista por Tancredo Neves a la República de los ciudadanos prevista por Ulysses Guimarães. En ese momento, las sociedades científicas del campo humanístico casi superarón el metro que fueron condenadas por el régimen militar, buscando legitimarse en el Estado democrático. Su paso exitoso como presidente de nuestra asociación culmina con la presencia del Ministro de Cultura en la inauguración del congreso nacional de ciencias de la comunicación que se celebró en el monasterio de Itaici (SP), allanando el camino para la inclusión de INTERCOM en universidades de todo el país. Confieso que no me sorprendió con su desempeño institucional, poniendo en práctica la habilidad como negociador y el pragmatismo como manager. Sé que desde hace mucho tiempo Torquato desde los tiempos de la “gloriosa” (broma refiriéndose al golpe militar de 1964, que desmontó Miguel Arraes poder en Pernambuco). Compartimos experiencias y ansiedades en las filas de la Casa del Estudiante de Pernambuco tomar la “xepa” que sacia el hambre de los nordestinos jóvenes que buscan un lugar bajo el sol en la metrópoli regional. Ambos van en busca de que el espinoso camino que conduce al periodismo fascinante. Su debut profesional se ha caracterizado por la audacia y el calendario. 103 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Estábamos contemporáneos de aprendizaje innovador iniciado por Luiz Beltrão en la Universidad Católica de Pernambuco. Con el diploma bajo el brazo, pero la práctica de informar nutrido y legitimado por el reconocimiento de los veteranos incluidos en la cofradía del premio Esso, tomamos la dirección de Sao Paulo. Aquí nos encontramos de nuevo y recorrer diferentes rutas, que vuelven a compartir espacios contiguos en la universidad. Optar por una carrera académica, suben juntos, preservando la autonomía intelectual que nos ha permitido llegar a la cima de la vida universitaria. Fueron años de lucha y perseverancia para ocupar un espacio y aún interrogado por agentes del poder refugado dentro del campus. Cuando arbitrariamente expulsado de la universidad pública, en lugar de la Universidad de São Paulo, siempre le decía con su solidaridad incondicional, que duró hasta el momento en que la amnistía política de 1979 me aseguró regresar a la silla. Por lo tanto, yo estaba equivocado al no invitarlo a participar en la emocionante aventura que ha sido la construcción de INTERCOM, en la agonía del régimen autoritario. Miembro fundador de nuestra organización, nunca Torquato partió de entre nosotros, después de haber desempeñado papeles importantes, incluyendo los debates anuales sobre temas controvertidos que llevamos a cabo, como fue el caso del populismo. Era natural para él asumir la presidencia de la asociación en un momento históricamente confuso, reemplazando la profesora Anamaria Fadul, mi sucesora inmediata. Su predica intelectual y sus virtudes como líder experto se muestran aquí por los autores de los artículos que componen esta antología biobibliográfica, continuando con la serie concebida por Antonio Hohlfeldt y publicada por Osvando Morais. La distinción que le doy a los organizadores de la reunión, anteponiendo representa una oportunidad única para agradecer públicamente a Gaudêncio Torquato su dedicación y lealtad institucional. Pero también es una oportunidad que tengo que felicitar a los organizadores de este libro, especialmente el profesor Adolpho Queiroz y Margarida Kunsch. Los testimonios aquí reunidos nos permiten ensayar el prestigio ganado por nuestro homenajeado, que no se limita al ámbito académico, sino que penetra en el sector privado, la expansión del aparato de gobierno y los foros de las partes. Sao Paulo, 05 de mayo 2012 104 Gaudêncio Torquato y su pluralcontribución en el campo de la comunicación brasileña 1. Gaudêncio Torquato y su plural contribución en el campo de la comunicación brasileña Suzi García Hantke1 Introducción Las obras sobre las comunicaciones empresariales de Gaudêncio Torquato lista como referencia para cualquier persona que trabaje en esta área. Sé que la novedad que llevaban cuando fueron liberadas, la profundidad está tratando con el tema, los libros representan un complemento a la formación académica, para algunas generaciones, despreciaba el campo de los negocios periodismo y comunicación organizacional. Esta importancia justifica la elección de sus obras, como mi objeto de estudio académico. Después de casi diez años de experiencia en comunicación corporativa, con el formato en el año 2002 un proyecto de investigación de maestría cuyo tema fue la revisión de los libros de Gaudêncio Torquato sobre esta vasta zona. Aprobado por la Junta para el proyecto que se presentó en la Escuela de Comunicaciones y Artes de la Universidad de São Paulo, que comenzó en 2003 para estudiar bajo la dirección del Prof. Dr. José Marques de Melo. Su orientación ha ampliado el alcance de mi investigación, insertándolo 1. Periodista y Máster en Ciencias de la Comunicación formada por ECA-USP. Participa en portavoz para el equipo regional de Petrobras en los Santos. Email: [email protected] 105 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación en una recuperación de la memoria de un gran diseño pensamiento comunicacional brasileño. A partir de esta reestructuración, no sólo el alcance de mi investigación se ha ampliado. Empecé a tener contacto con las facetas de este autor que desconocía y podría articular con su historia de vida, lo que me permitió recuperar sus contribuciones en el mundo académico como en el mercado y también aprovechar su sólida formación intelectual y sus influencias familiares inseparables. Para articular su producción intelectual con su historia de vida, que se utiliza como metodología de la historia oral, la adopción de los trabajos teóricos de Sônia Maria de Freitas y José Carlos Meihy. Ciertas peculiaridades en la recogida de datos fueron impuestas por la técnica de la historia oral. La primera pregunta que se enfrentó trayectoria disciplinaria de toda una vida en una serie de entrevistas. Hice una división básica, que terminó siendo el fundamento del texto final de la disertación. [...] Todas las entrevistas se llevaron a cabo en Consultoría Gaudêncio Torquato, Marketing GT, ubicada en São Paulo barrio de Moema (Hantke, 2006, p.16). En cinco entrevistas trataron de obtener datos que no pudieron encontrar la sola lectura de sus libros, artículos periodísticos y trabajos académicos. Mi interés era examinar qué había detrás de su producción intelectual, ya que las raíces de la familia, el contexto educativo, político y social en que se desarrolla su trabajo y las particularidades que podrían explicar su inserción diferente de Brasil en materia de comunicación. Divida la primera secuencia de entrevistas respetando una lógica cronológica. El primero fue sobre su infancia y las influencias familiares, la segunda de su carrera en el periodismo en medios de comunicación y en la tercera, el trabajo se centró en periodismo de negocios, el miércoles, fue el desarrollo de sus tesis doctorales y de la enseñanza gratuita; y no quinta, cuyo guión fue sobre marketing político, sólo en poder de los problemas de programación entrevistado. Esta división sirve para apoyar el texto final de la disertación. Además de las entrevistas, una búsqueda de la literatura se realizó y documental. La recuperación de la trayectoria intelectual de Gaudêncio Torquato esta manera, desde la propia memoria del periodista y realizar el cruce de información con sus libros y artículos, ha permitido alcanzar una visión amplificada de la complejidad de esta comunicación carácter único brasileño y sus contribuciones a la academia y mercado. Este amplio espectro de información, algunos eran particularmente notable durante el desarrollo de mi investigación, como un reflejo de 106 Gaudêncio Torquato y su pluralcontribución en el campo de la comunicación brasileña sus raíces familiares en su producción intelectual, su rápido ascenso en la prensa dominante y su investigación académica pionera. En este artículo, vuelvo a estos tres pilares, a mi juicio, resumen la esencia de Gaudêncio Torquato. Un brasileño de Luis Gomes El periodista que ahora mantiene el espacio fijo en uno de los diarios de mayor circulación en el país (O Estado de São Paulo), consolidando su nombre como referencia en la comunicación empresarial y la pavimentación de la profesionalización en marketing político, nació en un pequeño pueblo en la región montañosa de Rio Grande do Norte: Luis Gomes. Recordando su infancia, las referencias de la familia casi completamente llena nuestra primera entrevista, con especial atención a su padre – una figura central en su historia. Además de heredar el nombre – su padre fue llamado Gaudêncio Torquato do Rego – que heredó la mayoría de los frutos de un niño cuya prioridad es la educación. En sus palabras: “La riqueza que mi padre construyó, en cierto modo, se distribuye a lo largo de la educación de los niños” (Hantke, p.119). Su padre era un comerciante, pero, en memoria de su hijo, su importancia local fue mucho más allá de eso. Su figura icónica llamó la atención en el sertón del nordeste, su chaqueta de lino y corbata negro que se utilizava todos los días. En la década de 1950, fue el letrado Gaudêncio padre que leen los periódicos en voz alta a grupos de personas, reunidas en su tienda de telas y cereales, asumiendo el papel de intérprete de la realidad política y social de la comunidad. Esta relación entre el padre y los periódicos se recordaba con detalle en nuestra entrevista inicial: Mi padre leía el periódico todos los días. Recibió periódicos de Recife retrasados una semana. Cuando llegaron, fue que la pila de seis, siete y que se pueden conseguir los papeles, la sensación de que mi vocación periodística debe haber comenzado allí: ir a buscar los papeles de mi padre allí en la oficina de correos. (Hantke, p. 119). La llamada puede haber sido, de hecho, despertó al ver a su padre leyendo los periódicos del día se purgó con la educación clásica, entradas garantizadas para seminarios en Rio Grande do Norte y Paraíba. 107 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación La opción de estudios en el seminario provenían de su madre, Doña Chiquita, que devota católica, albergaba la esperanza de ver a un sacerdote de los hijos. Cuando llegase el momento en el juego Gaudêncio Torquato interpretado como un llamado y envió a su hijo al seminario Santa Terezinha en Mossoró (RN), dirigido por sacerdotes holandeses. Fue la mejor educación en la región. En este seminario, el periodista pasó el período entre 1956 y 1959 casi todo el embarque. La educación rigurosa contempla la lectura de obras clásicas para el estudio del latín y el griego – rastrear la formación de Gaudêncio Torquato que puede ser visto como un legado a través del desarrollo de su carrera periodística. A los 15 años, la esperanza de la madre de tener un hijo es un sacerdote con la decisión de reducir Gaudêncio Torquato no quieren seguir una carrera religiosa. Con esta opción, se transfiere, bajo el cuidado de su madre, que todavía creía en el milagro, para un disco seminario menor, João Pessoa, también conocida como Colégio Arquidiocesano Imaculada Conceição. Pero la llamada terminó allí. Al año siguiente, el cambio fue a Recife, una ciudad en la que Gaudêncio Torquato ciencia completado la escuela secundaria, en las afueras de un seminario en el Colegio Americano Bautista. Después de la escuela secundaria, es el momento de elegir una carrera universitaria. En este momento, la influencia del padre no fue ratificado como Gaudêncio Torquato explicó en una de nuestras entrevistas: [...] Mi padre quería que yo hiciera la ingeniería. [...] Casi me rebelé. Voy a hacer lo que quiero. Aunque mi padre me llevó a hacer la ingeniería, ya que el hogar cuenta con tres médicos, abogados, etc., Me dije voy a hacer periodismo y luego optó por el examen de ingreso en la Universidad Católica de Pernambuco. (Hantke, p. 129a) El ambiente efervescente pedagógico de la Universidad Católica de Pernambuco es el telón de fondo de los primeros periodismos Gaudêncio Torquato. “Con la estrella en la frente” La etapa a los 17 años en el Diário de Pernambuco es el sello distintivo de su carrera seminal en los medios. Actuando restringidas telegramas traducir y textos “copidescar”, el escenario no se merece un gran recuerdo de Gaudêncio Torquato. Está en su próxima experiencia 108 Gaudêncio Torquato y su pluralcontribución en el campo de la comunicación brasileña profesional da un paso definitivo para desatar su carrera. Un episodio muy interesante. En 1964, allí, llegué a la rama oficial de Brasil para el escenario; hablaría con el jefe de la oficina, que se llamaba Paulo Rehder. Me saludó mientras esperaba y las explicaciones de la etapa fue pronto decir “tomar estas páginas e ir a SUDENE pedir a los gobernadores del Nordeste si están a favor o en contra de la reforma agraria”. Yo estaba aterrorizado. Tampoco sabía dónde estaba el Sudene. No sabía nada. Me enteré de que estaba en la Avenida Dantas Barreto. Llegué allí a camisa de manga larga, con timidez, de 18 años, una gran cantidad de lauda en la mano. [...] Pero voy a tener acceso a los gobernadores del Nordeste? Era una pequeña cosa loca, una experiencia demasiado atrevido para mí, pero tuve que volver al periódico con la respuesta, es decir, que tenía que hablar con los gobernadores. Vi que las empresas la posibilidad de tener o no tener éxito. Fui con el chico y el coraje. (Hantke, p 38). El primer paso se llevó a cabo. Falta el segundo juicio. Llegué al periódico muy contento y le pide a él (Paulo Rehder): hacer el lead (plomo, Inglés, comando, cabeza, parte superior) de la materia. Yo pregunto: ¿cuál es problema? Lead es el primer párrafo con las respuestas a las siguientes preguntas: quién, qué, cómo, cuándo, dónde y por qué. Lo hice una vez, no le gustaba, la segunda no me gustó, la tercera vez ... cinco o seis veces en la séptima entrada asunto y dijo que puede pasar el telegrama. [...] Eso fue un sábado. Al día siguiente, las diez de la mañana, estoy en la ciudad. Todavía vive en la Casa del Estudiante en Recife. Luego me fui al periódico, cuando vi el titular en la primera página de JB: “Gobernadores del Noreste apoyar la Reforma Agraria. Cuestiones firmó la rama de Recife. Mi primera historia en el periódico! Paulo Rehder me dijo que fue con el pie derecho, el primer asunto a sus titulares del periódico. Entré en el periodismo con la estrella en la frente. (Hantke, p.38). La carrera se aceleró después. Luego en 1966, Gaudêncio Torquato gana la Esso con una serie de informes sobre la esquistosomiasis escrito para la revista Jornal do Commercio. Luego anotó su nombre en el periódico Folha de S. Paulo, cuando participó en un proyecto de suplementos especiales que podían escribir informes grandes y detallados. Llegó a Sao Paulo en mayo de 1967, después de haber trabaja109 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación do también en Recife, en el Correio da Manhã, además de JB. En 1971, después de salir de la FSP fue invitado por Manuel Chaparro, quien también vino de Recife Suplementos especiales para la hoja, para fundar PROAL – Editorial Programación y Consultivo, otro hito en su carrera. En esa etapa, ya la preocupación explícita que ofrecería en su carrera: la experiencia uniendo práctica y la reflexión teórica. El PROAL, en su definición, “era una empresa de pensamiento “(Hantke, 53). Él estaba allí la semilla de su vocación académica, lo que se traduciría como la primera investigación realizada en una universidad en el país el periodismo de negocios. Un mercado académico Su tesis doctoral es un capítulo aparte en su trayectoria intelectual. Defendido en 1973 en la Escuela de Comunicaciones y Artes de la Universidad de São Paulo, la tesis era una manera de traer sus preocupaciones al gimnasio a los límites del campo del periodismo de negocios. Fue la primera vez en Brasil que se convirtió en un objeto de estudio en una universidad. Las dificultades que enfrentó pioneras, como la ausencia casi total de referencias nacionales en la materia y la resistencia de los profesores sobre la elección del tema, asociados ideológico en 1970, con la economía de mercado. “Al tocar este asunto significaba, en el mundo académico, el capitalismo beneficio empresarial. Por lo tanto, las iniciativas eran personales y aisladas “(Kunsch, p.33). Además de sistematizar una definición teórica del periodismo económico, basado en las teorías periodísticas, Gaudêncio también desarrollado en la tesis de un modelo práctico para su uso por las empresas, basado en una encuesta que involucró a 24 publicaciones de negocios: Se realizaron búsquedas en los periódicos Monograma (General Eléctrica de Brasil, agosto / septiembre de 1972), Pãozinho (Supermercado Pão de Açúcar, septiembre de 1972), Ligação (Superintendente de Aguas y Alcantarillado de Capital, septiembre de 1972), O Registro (Duratex / Deca, septiembre de 1972), Ondas e Estrelas (Organización Philips Brasil, septiembre de 1972), Sade-Sulando (Sade sudamericano Ingeniería, septiembre de 1972), Fibras Unidas (Feiffer Grupo Suzano, septiembre de 1972), Sanbrino (Sociedad Algodón en el noreste de Brasil, septiembre de 1972), Vig Jornal (Sonnervig, octubre de 1972), Panorama (General Motors de Brasil, septiembre de 1972), Informativo Souza Cruz (Empresa cigarrillos 110 Gaudêncio Torquato y su pluralcontribución en el campo de la comunicación brasileña Souza Cruz, septiembre de 1972) y O Chapa ( Siderúrgica Paulista, septiembre de 1972); revistas Foto Notícia (Kodak Brasileira, septiembre / octubre de 1972), O Telhadinho (Eternit Brasil, septiembre / octubre de 1972), Notícias Pirelli (Pirelli S / A, septiembre / octubre 1972), NA-Novidades Abril (abril / S Industrial y Cultural, agosto de 1972), Revista Nacional (Grupo Nacional, octubre de 1972), Encontro (Empresas Gessy Lever y Mavibel, septiembre de 1972), Alavanca (Secretaría Nacional de cursinhos del cristianismo, septiembre de 1972) y el GLP-Revista do Gás (Asociación Brasileña de Distribuidores de Gas, julio de 1972), y los boletines Sudameris em Revista (Grupo Sudameris, octubre de 1972), Informativo Aberje (Aberje, septiembre / octubre 1972), Governadoria (Lions, julio de 1972) y el Boletim Informativo do FESB (Fomento Saneamiento Básico del Estado de septiembre de 1972). Sobre el desarrollo de la tesis, Gaudêncio se recuerda en una de nuestras entrevistas como podría dedicar al proyecto en el medio, incluso entonces, la agenda profesional atribulada: Quiero decir que era mucho menos tiempo que una tesis típica, porque estábamos presionados por el tiempo. Yo estaba muy dentro del tema, un tema que he aprendido no era algo nuevo, lo he practicado, actividad que se practica, y para mí como periodista, era muy fácil de escribir. Si hay una cosa que siempre he sido muy fáciles de escribir. Escribo rápido, tengo grandes problemas en esta área. Así que mi condición periodística. La tesis tiene incluso un texto periodístico bien, con un fundamento teórico. Contiene un poco de práctica y un poco de investigación. Traté de combinar todos estos ejes, coserlas, produciendo un marco sistémico, integrando las partes. En cuanto al tiempo que no recuerdo. Sé que he trabajado en esta tesis, me gradué de todo, no fue a Proal. Hay una curiosidad. Yo vivía en Barata Ribeiro, en Bela Vista, un apartamento, piso 10. Él escribió desde las 6 am hasta las 24 horas. He trabajado directamente 18 horas al día. Recuerdo que estuve un mes y medio más o menos escrito alrededor de 18 horas al día, yo estaba en un terrible dolor, llevó a un médico para que me ayude. [...] Tuve que pasar un par de días para volver a la cama. Alcanzado alrededor del nervio ciático. También sé: voy a hacer esta vez la tesis de escritura completa. Si se detiene, la cosa no. De hecho, ese es el consejo que siempre doy: quiero hacer una tesis? Escápese de la vida cotidiana, se esconden en la oficina, si no, la cosa no se mueve. (Hantke, p.84). 111 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Consideraciones finales Por su distinguida carrera, uniéndose a los aportes teóricos de sistematización pioneras a la profesionalización de las innovaciones periodísticas y empresariales llevados a la mercadotecnia política, periodista Gaudêncio Torquato fue honrado el 4 de septiembre de 2011 en el XXXIV Congreso Brasileño de Ciencias de la Comunicación – INTERCOM, celebrada en Recife (PE). Tuve el honor de ser parte de la mesa en su honor, al que asistieron los Profs. Drs. José Marques de Melo, Margarida Kroling Kunsch, Carlos Chaparro y Adolpho Queiroz. Para la mesa, le expliqué algunos pasajes que me han influenciado en el desarrollo de la investigación de mi amo, volviendo a extractos de entrevistas que realicé con el periodista. Los recuerdos y las historias contadas por él en las entrevistas, y traté de recuperar, en parte, para este artículo, me permitió conocer a un niño que, en el interior de Rio Grande do Norte, vio el nacimiento de su vocación. Y también un poco de la periodista, que ha dejado su huella, ya sea en grandes o salas de redacción en los periódicos de la compañía restringidas. Y en lo académico, cuyo nombre está grabado en investigación de la comunicación brasileña. La disertación A pioneira trajetória de Gaudêncio Torquato na pesquisa comunicacional brasileira está disponible en la dirección electrónica www.dominiopublico.gov.br. Referencias FREITAS, Sônia Maria de. História oral: possibilidades e procedimentos. São Paulo: Humanitas/FFLCH-USP; Imprensa Oficial do Estado, 2002. HANTKE, Suzi Garcia. A pioneira trajetória de Gaudêncio Torquato na pesquisa comunicacional brasileira. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). São Paulo: ECA-USP, 2006. KUNSCH, Margarida K. Krohling. Alternativas para o fortalecimento acadêmico da comunicação organizacional. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. São Paulo: v.21, n.2, 1998. MARQUES DE MELO, José. Comunicação social, teoria e pesquisa. Petrópolis: Vozes, 1970. ______. História do pensamento comunicacional. São Paulo: Paulus, 2003. 112 Gaudêncio Torquato y su pluralcontribución en el campo de la comunicación brasileña ______. Jornalismo brasileiro. Porto Alegre: Sulina, 2003a. MEIHY, José Carlos. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 2005. TORQUATO, Gaudêncio. Comunicação na empresa e o jornalismo empresarial: visão crítica e tentativa de elaboração de um modelo para as publicações internas. Tese. (Doutorado em Comunicação Social). São Paulo: ECA-USP. 1973. ______. Comunicação e organização: o uso de comunicação sinérgica para a obtenção de eficácia em organizações utilitárias. São Paulo: ECA-USP. 1983. Tese de Livre-docência. ______. Jornalismo empresarial, teoria e prática. São Paulo: Summus, 1984. ______. Comunicação empresarial, comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. 113 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación 114 Hitos de un camino de éxito 2. Hitos de un camino de éxito Carlos Chaparro1 No debe ser, en el orden de las cosas, una ley superior que prohíbe honrar a los niños notables sin presencia de los padres. Si es así, sería bueno que lo tenemos aquí, junto a nosotros, Torquato el padre, con el fin de ser reconocidos y atribuyó el hijo anterioridades Torquato que llevó a los éxitos de uno de los escritores más notables del periodismo brasileño actual. ¡Ah! Si el patriarca Gaudêncio Torquato do Rego, los 116 años que tenemos hoy en día podría estar aquí compartiendo este momento, yo diría: “Felicidades, Sr. Torquato, por el honor hijo notoriedades aquí y ahora – notoriedades que en gran medida bendito es el fruto de la paternidad responsable y creativa con que educó al crecimiento de su Gaudencinho inquieto”. Pero, ¿quién nos asegura que no es el viejo Gaudêncio Torquato estar aquí, escuchar, cara a cara, ¿cuál es tu Gaudencinho se dice, en los tiempos de hoy? Me atrevo a decir que ha ocurrido, acariciando, 1. Licenciado en Periodismo por la Universidad de São Paulo (1982), Master en Ciencias de la Comunicación por la Universidad de São Paulo (1987), Doctor en Ciencias de la Comunicación por la Universidad de São Paulo (1993) y postdoctoral Universidade Nova de Lisboa (1996). En la actualidad colabora el profesor de la Universidad de São Paulo. Tiene experiencia en Comunicación con énfasis en Periodismo y Publicación. Email: [email protected] 115 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación orgulloso, su hijo puesto en el mundo durante casi siete décadas, la casa grande y Luís Gomes rústicas, las montañas del interior norte de la ciudad de Río Grande ubicado en la trompa del elefante2. Para ello puede estar orgulloso de su hijo, el Sr. Torquato. Su Gaudencinho convirtió nombre muy conocido en el periodismo brasileño y el pensamiento político en nuestra cultura. Con la autoridad de mi pelo blanco, se lo aseguro, Sr. Torquato: 1) Como periodista y escritor, su hijo es ahora el más lúcido analista de la política brasileña. Domina el arte de cómo algunos argumentan, que combina con talento, virtudes admirables argumentos esenciales: la consistencia y la claridad de ideas, el aprendizaje, el razonamiento y la brillantez literaria lógica. 2) Como consultor, se convirtió en uno de los más respetados estrategos en el uso de lenguajes y herramientas de comunicación en las acciones políticas, institucionales y empresariales. 3) Como investigador, en 1986 se prevé escenarios del mundo globalizado del siglo XXI, para producir, en su tesis de libre docencia, la teoría más importante en su área de estudio. Con coherencia incuestionable en la metodología y la argumentación teórica, Gaudêncio Torquato define la comunicación como un nuevo poder en las organizaciones complejas, el poder expresivo, generador de sinergias y controladores esenciales para el éxito de las empresas e instituciones. La fusión de estas habilidades intelectuales, el profesor Francisco Gaudêncio Torquato Rego hizo y hace la cabeza de muchas personas en este país. Porque él es el señor Torcuato, que trabaja en la zona, uno de los autores más leídos en Brasil, las orejas y las transcripciones citadas. Pero el origen de la caminata tiene éxito en Luis Gomes, la figura del padre, el Coronel Gaudêncio Torquato, en la que su hijo Gaudencinho da el siguiente testimonio: - Él me enseñó a leer el periódico. O mejor dicho, él me enseñó a descubrir y comprender el mundo mediante la lectura de periódicos. 2. En consonancia con sus limitaciones, el mapa de Rio Grande do Norte tiene la configuración de un elefante. 116 Hitos de un camino de éxito La marca de anterioridades En la casa de campo familiar Torquato, allá en la ciudad de Luis Gomes, fue clavado en una GRAN MARCO en la historia Gaudêncio Torquato Francisco do Rego, el comunicólogo, periodista y politólogo que honra aquí. En su declaración, que reunió, Torquato recuerda y describe, emocionado, esta fase de su vida: - Mi padre firmó el Jornal do Commercio, en Recife. El retraso en la entrega por correo de varios días, y cuando los periódicos llegaron formó una pila que comenzó a leer ese día. O, mejor dicho, esa noche, porque el viejo Torquato leer los periódicos por la noche, después de cerrar la tienda. Llamó a los niños y se sentó a su alrededor, para escuchar la lectura hecha por él en voz alta. Así que mis hermanos y yo descubrimos que el mundo iba mucho más allá de Luís Gomes, pero de la que formamos parte. Dado que en ese momento el poder era algo precaria en sertón del nordeste, la luz se apagó a las ocho en punto. Cuando la luz se apaga, la luz iluminó el queroseno. Y continuó la lectura, lo que no es siempre agradable a la pila. “Cuanto más grande el montón de periódicos, además de que tenía que estar allí, los oyentes forzadas”, recuerda Torquato. Que luego agrega: - Pero fueron estas lecturas nocturnas de Jornal do Commercio que me llamó al periodismo. Y lo hicieron con el periódico llegó a ser para mí una sensación física. Incluso hoy en día, los periódicos olor antes de empezar a leerlos. El comerciante Gaudêncio Torquato sabía cómo educar a sus hijos. Tenía 22 en dos matrimonios, y se graduó 21. Se decidió la carrera que todos deben seguir. Y creó una política de financiamiento de la educación familiar: cuando un niño se forma, fue a pagar la formación de su hermano regrese. A través de los años, la familia Torquato, Luís Gomes, formado tres médicos, dos abogados, varios profesores. Y casi le pasó a tener también un sacerdote. Los conocimientos Sí, se perdió poco, muy poco, porque nuestro maestro hoy Torquato, el Gaudencinho entonces, ser ordenado sacerdote. Ahí no, pero por 117 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación el Seminario de pasaje constituye el segundo MARCO en la vida del futuro periodista. Tener un hijo sacerdote era el sueño acariciado por la mayoría de mama posee Chiquita. “Cuando llegó el momento de elegir carrera, mi padre quería que yo fuera un ingeniero”, dice Torquato. Esta vez, sin embargo, gracias a la voluntad de la madre. Doña Chiquita y Padre Caramuru Raimundo de Barros, que embeveciam con la forma en que el piadoso acólito Gaudencinho, convenció al viejo Gaudêncio la dirección que debe darse a los niños fue el Seminario. Y así fue. En primer lugar, hacía cinco años en el Seminario Santa Terezinha en Mossoró, a continuación, otro año en el seminario de João Pessoa. - Tuvieron que pasar seis años de rutina duro – recuerda el ex seminarista. Nos levantamos a las cinco de la mañana, ir a misa a las seis, desayuno a las siete y media, y luego asistir a clase ocho-once y media, almuerzo en estricto silencio, escuchando conferencias y sala de lectura en la biblioteca de la tarde ... Para disgusto de Doña Chiquita, Dios tomó unas vacaciones para poner a prueba dudoso que seminarista inquieto vocación sacerdotal. Con unos amigos de Luis Gomes, Gaudencinho era una fiesta, a bordo del barco de tentaciones. Resultado de la prueba de que él se enamoró de la hermosa chica que encantado con astucia y encanto. Y renunció al sacerdocio. La Iglesia perdió un sacerdote vocación dudosa, pero la sociedad brasileña ganó una estrella en el periodismo. Ganó también el teórico creativo de la comunicación que hoy honor. Valían menos (¡y cómo!), El estudio de seis años en el Seminario: - Fue lo mejor que me pasó a mí - él mismo reconoce Torquato. He aprendido griego, latín, portugués, filosofía. Abrí mi mente a la lectura y aprendió a usar la disciplina para cumplir los sueños. Los nuevos caminos profesionales Una vuelta de tuerca al mundo de las letras y la noticia fue Gaudencinho, el tercero en GRAN MARCO caminar hacia las decisiones de los adultos que no tardaría en llegar. El objetivo asumido de ser un periodista joven llevó Gaudêncio Torquato a Recife. Se necesita para terminar la escuela secundaria, y 118 Hitos de un camino de éxito luego estudió periodismo. Y así fue durante dos años estudió en el Colégio Batista (donde fundó el centro académico y creó un periódico estudiantil militante), con diploma de escuela secundaria asegurada, se ingresó a la Universidad Católica. Allí se encontró con el conocimiento pedagógico del maestro Luiz Beltrão. Allí conoció y se hizo amigo de José Marques de Melo, quien fue su maestro, como asistente de Beltrão. En católica, al igual que en todas las escuelas que ha visitado, Gaudêncio Torquato fue dedicado estudiante, participativo e inquieto, inteligente protagonista en la vida creativa del juego. Siempre en la búsqueda de oportunidades para el crecimiento intelectual. Y siempre con la mirada puesta en el éxito. Y con la mirada puesta en el éxito en 1965, todavía era estudiante, fue a luchar en el mercado de trabajo. En él entró por la puerta del Jornal do Brasil, en cuya rama recifense se declaró una pasantía. Atrapó un susto cuando Paulo Rehder, director de la sucursal, se ofreció como prueba, el reto de hacer una historia que tenía que escuchar a todos los gobernadores del Nordeste en la siguiente pregunta: “¿Estás en contra o a favor de la reforma agraria? “. Ese fue el orden del día, diseñado para el espacio rival y alivio en la edición del domingo de la semana. En la mañana de ese día, y en ese momento, los nueve gobernadores “Polígono de las Sequías” (que también fue parte del norte de Minas Gerais y el territorio de Fernando de Noronha) fueron Sudene, asistir a la reunión de la Junta Directiva de la entidad. Torquato ni sabía dónde estaba la cosa Sudene, menor, debido a que cualquier recifense enseñarle cómo llegar allí. Lo que realmente asusta reportero aprendiz era la perspectiva de tener que entrar en el ambiente de mangas de camisa en la presentación de una ceremonia pública celebrada en la sede de la institución regional más importante - y sin saber si sería o no tienen acceso a los gobernadores. Pero esa era la oportunidad de convertirse en un verdadero periodista, ni siquiera para ganar el título que le faltaba un año más de la universidad. Y Gaudêncio Torquato, tan audaz como ansiedad, estaba dispuesto a afrontar el reto en la cabeza. En la gran sala de la Junta de Sudene, los gobernadores estaban allí, en los lugares de honor, distribuido por la enorme mesa en forma de “U”. En cuanto a ellos, los pre-evaluados reportero tormentosos dos preguntas: ¿Cómo llegar a ellos? ¿Cómo hacer cada pregunta en el orden del día, sin perturbar la atmósfera solemne de los debates? 119 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Con audacia, apuntando éxito que él luchó, el joven Gaudêncio Torquato decidió tomar el único “ataque táctico” que las circunstancias de la “batalla” le permite: armado con pluma y papel (una pila de páginas dobladas en la mano izquierda) , se agachó como pudo, y arrastrando hacia arriba a veces entre las sillas ahora debajo de la mesa, fue uno de uno de los gobernadores, repitiendo la pregunta y escribe las respuestas en garabatos que sólo él entendería. Con sinceridad o la hipocresía política, todos se declararon a favor de la reforma agraria. Después de esas entrevistas, y ahora con el bautismo del periodista, Gaudêncio Torquato, ex Gaudencinho, felizmente devuelto a la escritura, a la apasionante tarea de escribir la historia de su primer gran éxito. El JB había exigentes estándares de calidad. Y Paulo Rehder arrancó los primeros cinco o seis intentos de tratar presentadas por novatos en la profesión - que, por cierto, que la cabeza le tenía que explicar qué era lo que ese “acuerdo”. Fue un momento difícil. Hasta que para la versión sexto o séptimo vino la aprobación esperada: “Ahora está bien. Puede pasar el telegrama”. La inolvidable historia todavía son otro asustar a la joven Torquato, sólo que esta vez en forma de una descarga emocional de alegría indescriptible. Al día siguiente, un domingo, por la mañana salió de la casa del estudiante (donde vivía) y aprobado por la Junta de Patronato José, en la Avenida Guararapes. Y allí estaba JB anunciar al mundo, el cuerpo 72 de su titular principal: “Gobernadores del Noreste apoyar la reforma agraria”. Y así, a los 20 años, siendo un estudiante de Francisco Gaudêncio Torquato Rego fue al periodismo porque, como el autor de un artículo de portada en la mejor y más importante periódico brasileño. Con este informe, Gaudêncio Torquato (nombre tomado en honor profesional del padre) ganó el puesto en prácticas en JB. Y se entregó en cuerpo y alma a la lucha de su carrera, abriendo las alas a una mayor altura en dos pasos: 1) El salto de supervivencia independiente Sigue siendo un estudiante de la Católica, y de vez en dispensar ayuda financiera paternal Gaudêncio Torquato sustituido el trabajo en prácticas en reportero JB en la rama principal de la Norte-Noreste de Folha de S. Paulo - y la hoja podría hacer realidad el sueño de trabajar con el gran periodista Calazans Fernandes, director de la sucursal. Calazans ocupado el espacio y la importancia del mito en la imaginación política y periodística de Gaudêncio joven. Y tenía un vínculo telúrico afinidad Torquato, era natural Vieira Marcelino, localidad también ubicada en el noroeste de la porción de Rio Grande do Norte, la región conocida como la “trompa de elefante”. Vecino tanto, Luís Gomes. 120 Hitos de un camino de éxito La independencia financiera consolidada poco después de entrar en la hoja al aceptar la invitación del Correio da Manhã rama, para trabajar allí en la noche, como un reportero. Tarea prioritaria en el nuevo puesto de trabajo: seguimiento y organizar los movimientos de noticias políticas y conflictos sociossindicales rurales. Los dos puestos de trabajo, aunque aparentemente contradictorios, se mantuvieron en tratamiento leal a cada empresa. Pero el joven reportero Torquato tenía energía, ambición y talento para, sin fricción, para dar cuenta de un tercer trabajo – y también aceptó una invitación para trabajar (sin horario fijo) como reportero especial en el diario Jornal do Commercio con la historia, el prestigio y la circulación regional. En resumen: gracias a tres puestos de trabajo, lo que dio buena cuenta, Torquato se ha convertido en uno de los más bien pagados periodistas de Recife – y que, en el corto camino a profesional sólo un año y medio. 2) El salto a la consecución de un lugar adecuado de prestigio y reconocimiento en el panorama periodístico de Pernambuco. Entrando en el Jornal do Commercio destinado a Gaudêncio Torquato, difícil cruzar la frontera que separa el territorio de los sueños y el éxito. En el caso de Torquato, el sueño era ser un periodista conocido, reconocido e influyente, no por el clientelismo, pero la calidad de su obra. Pero en el periodismo, el éxito no se gana en el clamor ni por decreto. Tienes que escribir y publicar textos, por su relevancia y la discusión pública de calidad y provocar cambios en la realidad. Y JC podría ser esa frontera para él, gracias a condiciones muy favorables de las condiciones de trabajo estuvo de acuerdo: sería reportero especial con tiempo independiente y la libertad de sugerir y tomar varas gran reportaje. Funcionó. Pronto una de las primeras historias que hicieron grandes y firmado, ganó el Premio Esso en la categoría de “información científica”. Era una historia notable se desarrolló en serie en algunas ediciones de la esquistosomiasis, una enfermedad comúnmente conocida como “panza de agua”, la terrible enfermedad endémica extendido por todo el Nordeste3. La calidad de la historia del título comenzó: “Panza de 3. La esquistosomiasis ha sido y es la más seria enfermedad parasitaria transmitida por Northeast es endémica, debilitando y matando a miles de personas al año. Es una enfermedad crónica causada por organismos multicelulares del género Schistosoma y transmitida por caracoles vivos ríos hospedadores y reservorios de agua, y que transmiten la enfermedad a los humanos a través del contacto con la piel. Aunque los niveles de contaminación han caído en los últimos decenios, sigue 121 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación agua, una enfermedad que mata a la curación.” Con este informe, y el Premio Esso ganar, reportero Gaudêncio Torquato fue elevado a la categoría de los periodistas más prestigiosos de Pernambuco. Y podemos imaginar el orgullo paternal que engrosaron las vanidades del viejo coronel Torquato Gaudêncio cuando, en ese año de 1966, la casa de Luís Gomes, leer los textos firmados por el niño en el Jornal do Commercio, que continuó abonado. Para este prestigio contribuyó también, y la importancia y la seriedad del periodismo desarrollado sucursal en la Folha de S. Paulo, bajo el mando de Calazans Fernandes. Además de una buena cobertura diaria de los eventos locales y regionales más relevantes para el Norte y el Oriente rama de la hoja, con el pequeño equipo que se encontraba en Recife, dio un audaz proyecto de periodismo de investigación y debate, que combina reportajes, entrevistas y artículos en el enfoque asuntos modelo brasileña complejos del desarrollo regional. El proyecto se materializó en forma de suplementos especiales grandes, que se hizo cargo de la gestión de la empresa como los productos prioritarios en la política editorial del periódico. Los tres suplementos producidos (dos dedicados a la Amazonía, uno noreste) lograron gran éxito editorial y comercial. El éxito tan expresiva que la dirección de la hoja en abril de 1967, decidió mudarse a Sao Paulo personal total de la rama de Recife. Por lo tanto, el proyecto adquirió dimensión nacional. Y había Gaudêncio Torquato con Calazans Fernandes, en São Paulo. Ganan menos del salario que los tres puestos de trabajo de Recife había garantizado. Pero el joven Gaudêncio Torquato fue trasladado por la perspectiva de los éxitos de nueva energía. Y no dudes en “sí” con entusiasmo Calazans Fernandes cuando se le preguntó si quería ir a trabajar en la hoja, en São Paulo. Viajamos a Sao Paulo alas bien abiertas para los vuelos a alturas imprevistas que ni siquiera él imaginaba. Las opciones del innovador En São Paulo sería el cuarto GRANDE MARCO en los caminos del periodista Francisco Gaudêncio Torquato do Rego. El diseño de los suplementos especiales de Folha de S. Paulo duró siendo una amenaza grave para la salud del Noreste. 122 Hitos de un camino de éxito alrededor de un año y medio, cada vez mayor ritmo de éxito. Fue una experiencia periodística sensacionalista, que el autor de este texto también formó parte como jefe de redacción. Sucedió que el éxito de ese debate y el poder propio periodismo investigativo y prestó declaración ante el Departamento creado para manejar el proyecto. Y terminó por generar una inevitable crisis política interna. Luego, por decisión de los dueños de la prensa, dio la extinción del departamento y el abrupto final del proyecto – que la historia todavía por contar. Sin embargo, en Sao Paulo, Gaudêncio Torquato había recuperado José Marques de Melo. Los contactos se hicieron frecuentes. Y a mediados de 1968, Marques de Melo convenció a su amigo a “experimentar” una carrera docente. Torquato probado y me gustó. Y pronto comenzó a enseñar en Casper Libero, comenzando una nueva dimensión en su vida: fue profesor e investigador de la Comunicación y Periodismo. Y también al igual que la nueva carrera llegó rápidamente al éxito, en 1969, pertenecía a la facultad de la Universidad de São Paulo, donde entró, mediante licitación pública, también invitado por José Marques de Melo, para ayudar a estructurar el Departamento de Periodismo y Publicación. En poco tiempo, el profesor dio Gaudêncio Torquato estudios en curso y de investigación para su tesis en primer lugar, que sería el doctorado (defendida en 1972) sobre Periodismo de Negocios. Y Periodismo Emprendedor, ¿por qué? Debido a que surgió en enero de 1969, en los caminos de Torquato, una compañía llamada Proal, de la que fue uno de los fundadores, en enero de 1969, junto con otro periodista, Carlos Chaparro (idea del autor) y el anunciante Luiz Beltrão – y esa es otra historia que algún día se dirá, en otros lugares y para otros fines. Pero es importante decir aquí que el PROAL (Programación y Editorial Ltda. Assessorial.) Fue creado para satisfacer profesionalmente y con altos estándares de calidad, una nueva demanda, la comunicación corporativa, fuertemente acelerado por el calentamiento de la economía brasileña tiempos de “milagro económico”. El PROAL rápidamente se convirtió en el principal referente en el área brasileña que actúa principalmente (el negocio del periodismo), la planificación y la producción de periódicos y revistas de la compañía. Mientras que fue un pilar de la calidad periodística de Proal, Gaudêncio Torquato estudiado y teorizado la experiencia práctica que la empresa le dio. En circunstancias que no vienen al caso, el PROAL se desintegró en 1980. Pero fue la base desde la cual surgió y maduró consistente 123 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Torquato teórico y creativo, que creó nuevos problemas para pensar acerca de la comunicación en las organizaciones complejas. A él le debemos el más brillante en el área de estudio (“Comunicaciones Corporativas – conceptos, estrategias y técnicas de planificación”), presentado como tesis-libre enseñanza en 1986, y pronto publicado por Editorial Summus. En este sentido, mezclando el conocimiento académico y el conocimiento profesional, Gaudêncio Torquato entrado en el siglo XXI como las principales estrategias de comunicación brasileños teóricos aplicados al marketing político. Llegó a ser reconocido como un experto en ciencias políticas, leído y escuchado. Como científico político, firmó el domingo un artículo en la página 2 de O Estado de S. Paulo, afirmándose como lúcido (en mi opinión, el mejor) analista político escena brasileña. Y difundir su conocimiento en torno a las conferencias, seminarios y cursos de capacitación sobre temas que se especializa en los últimos años, con énfasis en temas de Marketing Político y Comunicación Corporativa. **** Tengo mucho orgullo de ser un amigo de Torquato. Un enorme vanidad de haber sido guiados por él en el Masters y PhD. Y fomentar una sana envidia el talento y la persistencia con la que construye éxitos, la carrera y la vida. Se merece todas nuestras felicitaciones! 124 El pensamiento comunicacional de Gaudêncio Torquato en comunicación organizacional 3. El pensamiento comunicacional de Gaudêncio Torquato en comunicación organizacional Margaret M. Krohling Kunsch1 Un homenaje a la Sociedad Brasileña de Estudios Interdisciplinarios de la Comunicación (INTERCOM), desde 20092, ofrece a sus ex presidentes no sólo es un homenaje honorífico, pero sobre todo, una forma peculiar de rasgos de registro y los pensamientos de los estudiosos en ciencias de la comunicación Brasil. Estos, a su diversidad de opciones intelectuales y académicas, así como el liderazgo de la mayor asociación científica en comunicación del país contribuyeron y siguen contribuyendo al crecimiento y consolidación del campo en una perspectiva no sólo nacional, sino 1. Profesora e investigadora de la Universidad de São Paulo. Jefe de Relaciones Públicas, Publicidad y Turismo Escuela de Comunicaciones y Artes de la Universidad de São Paulo (ECA-USP). Maestría y Doctorado en Ciencias de la Comunicación y profesor de Teoría de la Comunicación Institucional: Políticas y Procedimientos, el ECA-USP. Autor, entre otras obras, la planificación de las relaciones públicas y relaciones públicas de comunicaciones integradas y modernidad: nuevos paradigmas en la comunicación organizacional. Organizador restantes treinta colecciones de medios de comunicación. Fue presidente en dos períodos, la Sociedad Brasileña de Estudios Interdisciplinarios de la Comunicación (Intercom), la Asociación Latinoamericana de Investigadores de Comunicación LA (ALAIC) y la Asociación Brasileña de Investigadores en Comunicación Organizacional y Relaciones Públicas (Abrapcorp). Es director de Relaciones Internacionales de la Federación Brasileña de Comunicación Científica y Académica (Socicom) y miembro del Consejo Asesor de la Asociación Brasileña de Comunicación Empresarial (Aberje). E-mail: [email protected]. 2. Esta iniciativa fue propuesta por el presidente de Intercom, Antonio Hohlfeldt con el fin de redimir a los aportes de los ex presidentes en el campo de las ciencias de la comunicación en Brasil, mediante la realización de un simposio especial que se celebrará en el congreso anual de la entidad de programación. En las dos primeras ediciones fueron galardonados José Marques de Melo (2009) a Anamaria Fadul (2010). 125 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación internacional. En 2012 es el turno de los estudios pioneros de negocio del periodismo y la comunicación en Brasil, Francisco Gaudêncio Torquato do Rego. En este trabajo, se presenta una síntesis de las percepciones acerca de sus obras completas de periodismo económico específico y comunicación institucional / organizacional. Iniciativas pioneras para dar formato a las técnicas de producción de periodismo de negocios Uno de los rasgos más llamativos de Gaudêncio Torquato es su excepcional capacidad intelectual para supervisar la evolución del debate político, económico y social, y llevar a los problemas actuales de la sociedad y las aplican en sus estudios y sus prácticas profesionales en los campos de la comunicación política y comunicación en las organizaciones. Esta característica de un pensamiento comunicacional evolutivo y dinámico, en sintonía con los tiempos, está muy presente en su producción en la comunicación organizacional. En un principio, a finales de 1960, él da los primeros pasos, recomendando la forma de producir periodismo de negocios, para llegar, en 2000, para hacer frente a la comunicación de las organizaciones en un archivo. Mucho más compleja y completa. Comenzó con los Cuadernos de periodismo de negocios, creados por él para ayudar en la profesionalización de los medios de comunicación en las empresas, que antes se producían muy poco profesional. La publicación de libros surge precisamente en el contexto de la creación de Aberje y PROAL. En realidad, fue una combinación de los esfuerzos iniciados con la fundación, en 1967, bajo la dirección del Nilo Luchetti, la Asociación Brasileña de Periódicos y Editores de la Revista de la compañía (Aberje), que en 1989, el mantenimiento de seguir ya establecida cambió su nombre por el de la Asociación Brasileña de Comunicación Empresarial. Al mismo tiempo, apareció en 1968, el Programa de Asesoramiento y Editorial Ltda. (PROAL), por iniciativa de un grupo de periodistas, entre ellos Torquato. En la década de 1970, el cuadernos PROAL, los folletos de cursos y trabajos Aberje Torquato fueron experiencias concretas de sistematización del campo que en Brasil unos años más tarde, se incrementaría con los nombres de la comunicación empresarial y la comunicación organizacional. Estas dos entidades quiso lanzar una semilla pionero, preocupado por el desarrollo de conceptos y profesionalizar la práctica del perio- 126 El pensamiento comunicacional de Gaudêncio Torquato en comunicación organizacional dismo de negocios que ocurrió dentro de las empresas3. Ellos contribuyeron decisivamente a la mejora de las publicaciones de negocios y el desarrollo de la comunicación organizacional en Brasil. Torquato (1984, p.28) señala que, [...] En el momento de su creación, reinó la improvisación total. Los empleados de niveles inferiores se reunieron para hacer el periódico o boletín de noticias, escribieron los propios textos, hizo los dibujos, de todos modos la forma gráfica de la publicación, y se mantiene hasta los mimeógrafos de trabajos de impresión. Muchas publicaciones han muerto al nacer, condenado por la vaguedad de los objetivos en el amateurismo y la completa ignorancia de sus planificadores técnicos. Su experiencia en el campo del periodismo de investigación teórica y en la docencia universitaria, junto con su deseo de ofrecer un periodismo científico, empresarial Gaudêncio Torquato anima a desarrollar una investigación académica más completa. Fue lo que hizo en la década de 1970, la Escuela de Comunicaciones y Artes de la Universidad de São Paulo (ECA-USP), lo que resulta en su tesis doctoral, el primero de los principales periódicos de Brasil, como se describe a continuación. Periodismo de negocios en Brasil Gaudêncio Torquato esfuerzos para sistematizar los conceptos, técnicas de producción y prácticas de periodismo de negocios se demuestra a través de la investigación académica, lo que daría lugar a la tesis en comunicación empresarial y periodismo económico, celebrado en ECA-USP, en 1973. En ese momento, era casi imprudente alguien en la universidad, un tema de esta naturaleza, vista como algo que vinculaba al capitalismo y la ideología del mercado, no merecen ocupar espacio en la academia. Más tarde, también tuvo que luchar por el Curso de Periodismo de la ECA-USP ofrece un curso electivo en el periodismo de negocios, sin que él se había enfrentado fácil con la oposición a su incorporación en el plan de estudios. Por cierto, en una entrevista con la Comunicación Empresarial, Torquato (. 1995, p 14) dio este testimonio: “He 3. Más detalles sobre el papel de Aberje Proal y se puede encontrar en Kunsch (1997, p. 56-64). 127 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación tenido que luchar como un kamikaze defendiendo la necesidad de esta disciplina y se enfrentó a muchas presiones. En las escuelas de la época, se pensaba que el periodismo de negocios era un área que no cumplía con los intereses de la sociedad”. En prologar mis libros y Relaciones Públicas de la modernidad: nuevos paradigmas en la comunicación organizacional (Kunsch, 1997, p 12), Torquato registró estas consideraciones: El mercado de trabajo periodístico comenzó a mostrar signos de saturación. Aún viviendo bajo el clima de “periodismo revolucionario”, que atrajo a los jóvenes interesados en las batallas frentes abiertos contra el poder imperialista económica, grandes estructuras. Para ellos, el mundo se divide en buenos y malos prácticamente, opresores y oprimidos, izquierdistas y derechistas. Capas y las ruedas del pensamiento intelectual, las etiquetas con frecuencia se deslizó por la clasificación comparativa apocalípticos e integrados, y los medios de comunicación el más excitado por los nuevos lenguajes. Por lo tanto, el sector empresarial se parecía a los territorios de la indecencia, la corrupción ética, el poder de cooptación - el infierno, por así decirlo. Siendo secretario de prensa era algo así como el sello de impresión frente “vendida al capitalismo internacional”. En este contexto, hemos tenido la osadía de enfrentarse al “muro de la moralidad”, que en realidad no era más que un conjunto de prejuicios contra el capital. Hay que decir que, en los años setenta, sigue predicando la lucha de clases y de las relaciones capital-trabajo se presenta como un juego de suma cero, en el que una victoria significaría la muerte de otro. Asociación, la integración, entradas de trabajo comunes no tenían derecho a entrar en las páginas de la negociación colectiva. Los obreros y los empresarios tenían diferentes alfabetos. Por lo tanto, un desafío inimaginable, casi un suicidio, alguien en el mundo académico opta por un ejercicio de reflexión en el negocio. Peor aún cuando se le dio la reflexión comunicativa en el mayor centro de producción científica en el país, la excelencia polo de pensamiento, de la Universidad de São Paulo. Tenga en cuenta, por su testimonio, que no era fácil para él para entrar en la comunicación empresarial como un campo de estudio en la universidad. La defensa de una tesis doctoral permitió respaldar las iniciativas de nivel y los esfuerzos estrictamente presentadas anteriormente por él y por otros docentes y profesionales en Aberje y Proal, con cursos para profesionales y las condiciones de periodismo de negocios y la comunicación. 128 El pensamiento comunicacional de Gaudêncio Torquato en comunicación organizacional Esa tesis doctoral, esbozando un marco de periodismo de negocios en Brasil, impregnado todo lo relacionado con publicaciones de negocios, como profesionales responsables, las formas de producción y técnicas periodísticas, entre otros temas. Y ahora también exploraron teóricamente, sobre la base de Lee Thayer, negocios comunicación concepto más amplio, como los flujos de información, los niveles de análisis, las redes formales e informales, etc. Una década más tarde, en 1984, la tesis, mutatis mutandis, fue publicado por Summus, titulada Periodismo de actividad: la teoría y la práctica. En el libro, el autor hizo un segmento completo en esta retrospectiva periodística y presentado en una forma didáctica, temas técnicos y de planificación de negocio del periodismo político de su producción, entre muchos otros artículos relacionados con el tema. Este trabajo pionero ha contribuido mucho a sistematizar y profesionalizar el periodismo de negocios en Brasil y hoy sirve como libro de texto en las disciplinas de los cursos de los medios de comunicación en el país. En comunicación de empresas en el modelo de sistema En 1983, Torquato en ECA-USP defendió su tesis para una enseñanza, comunicación y organización: el uso de la comunicación para lograr una eficacia sinérgica en las organizaciones utilitarias. También esta tesis se innova para traer nuevas aportaciones teóricas a entender la comunicación en una nueva perspectiva en el contexto de los tipos de organizaciones. Para ambos investigadores se basaron en clásicos, como Amitai Etzioni, que estudia las teorías de las organizaciones complejas, Max Weber, el precursor de la sociología moderna, y Bukley Walter, creador de la teoría de sistemas, y los autores específicamente el campo de la comunicación. La tesis llevó a los bloques de construcción fundamentales para la comprensión de las tipologías organizativas, desde el pensamiento de Amitai Etzioni, que los clasifica en normativa coercitiva, y utilitario, centrándose en el poder y consentimiento. Torquato optó por aplicar los conceptos de la comunicación en las organizaciones llamadas utilitario. Una vez más dejó en claro su preocupación de dar una base científica a las prácticas de la comunicación empresarial. En 1986 Summus publicar esta tesis, el segundo libro de Torquato, titulado Comunicación Corporativa / comunicación institucional: conceptos, estrategias, sistemas, estructuras y técnicas de planificación. Veo este trabajo la principal contribución del autor al estudio de la 129 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación comunicación organizacional. Fue la primera vez en Brasil para sistematizar los fundamentos de la comunicación en las organizaciones complejas y en una perspectiva sistémica. Torquato se aplica a las organizaciones de los aportes conceptuales de la teoría de sistemas y teorías organizacionales de comunicación de comunicación. Propuesta y abogó por un modelo de lo que él denomina zona sinérgica de comunicación colectiva, incluyendo el periodismo, relaciones públicas, publicidad, publicidad y branding. Uno de los aspectos más destacados promocionado por el autor en este trabajo fue la “fuerza expresiva” que desempeña la comunicación en las organizaciones. “Si algunos poderes legitimar la empresa, ejercicios de comunicación y también un poco de gran poder” (Torquato, 1986, p.17). Para ilustrar su énfasis en la importancia de la cuestión del poder es la pena citar lo que dijo a continuación: La comunicación, que, como proceso, simbólicamente transferencia de ideas entre los altavoces, es capaz, por el mero hecho de existir, generan influencias. Además, el ejercicio, en su plenitud, preferimos designar un poder de fuerza expresiva, la legitimación de otras potencias en la organización, como el poder remunerativo, el poder legislativo y el poder coercitivo. Se debe recordar que las normas, las recompensas de proceso y los sistemas de coerción existentes en las organizaciones de legitimarse, son más bien por procesos de codificación y decodificación, recibiendo tratamiento en el nivel del código lingüístico, suponiendo el final, la forma de un discurso que puede generar mayor o menor aceptación por los empleados. La comunicación como un proceso y técnica, se basa en los contenidos de las diversas disciplinas del conocimiento humano, media en el discurso organizacional, intereses ajusta, controla los participantes internos y externos, promueve, por último, una mayor aceptabilidad de ideología corporativa. ¿Cómo poder expresivo, ejerce una función de media-orden antes de otras funciones de la organización. En este sentido, lo suficiente para contribuir a aumentar la productividad, apoyar y mejorar la economía de la organización (Torquato, 1986, p. 17). A partir de estas consideraciones se deduce que Gaudêncio Torquato deja en claro, en el contexto del sistema capitalista, una visión pragmática del poder de la comunicación en las organizaciones para legitimar sus discursos institucionales y de marketing, así desmitificar la percepción a menudo idealistas que no cumplan con las realidades situacionales. 130 El pensamiento comunicacional de Gaudêncio Torquato en comunicación organizacional Conexión entre estudios y prácticas Cuando se ajusta la teoría y la práctica y el observador atento de la vida cotidiana de las organizaciones, Torquato es escritor y melodía interesantes con los acontecimientos que le rodean. Nadie sabe cómo leer los hechos e interpretarlos a la luz de sus objetivos y horizontes de acción. En este sentido dejó rasgos también, aunque sea indirectamente, grabados y percepciones de sus experiencias como consultor y director de comunicaciones del Grupo Bonfiglioli. Esto se puede encontrar en el libro publicado por Pioneer en 1991, titulado Cultura, poder, comunicación e imagen: fundamentos de la nueva compañía. Se trata de una antología de textos publicados en los medios de comunicación que retrata realidades organizacionales experimentados y observó con mirada reflexiva sobre la cultura organizacional, el poder, la comunicación y la imagen. En esta colección de artículos que el autor llamó la atención sobre los párrafos transformaciones globales en la década de 1990 y cómo estas organizaciones afectan. Como se puede ver, visionario y capacidad reflexiva está siempre presente en sus escritos: Un nuevo orden internacional requerirá una amplia reestructuración de las organizaciones. Proceso que implica un análisis más preciso de la competencia, los exámenes más detallados de la relación calidad / precio teniendo en cuenta el comportamiento del consumidor nuevo, los cambios en el flujo de producción de los proveedores de materias primas y fabricantes, la creación de empresas conjuntas, las alianzas entre los grupos; capitalización identidad de la empresa, la integración de las unidades locales con operaciones y estrategias sectoriales integrales, viviendo con mayores presiones de trabajo, la mejora de los estándares de calidad y excelencia, la racionalización y el fortalecimiento de las herramientas de marketing, ventas y comunicaciones, desarrollo de políticas y programas sociales; amplios programas de percepción relacionados y fuerte preocupación por la preservación del medio ambiente, sistemas de refrigeración y notario desatrelamento de bonos del gobierno, y (. xi Torquato, 1991, p), por último, un reordenamiento de las estructuras, los procesos y las rutinas, las comunicaciones y el desarrollo personal. Muchos de estos cambios destacados indicando que ha ocurrido desde entonces y todavía desafían las organizaciones de hoy en día. Está indicado como el autor busca traer a debate las reflexiones 131 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación sobre la sociedad contemporánea y los retos de la época de las organizaciones para actuar en un mercado cada vez más competitivo. La comunicación organizacional y comunicación En 2002, Torquato amplía aún más su posición de derechos de autor para abordar conjuntamente la comunicación organizacional y la comunicación política, el Tratado libro de comunicación organizacional y política, que en 2011 aprobó una actualización. Mucho más que un tratado, este libro es una verdadera guía o manual, hablar libremente, en diez capítulos, con 292 puntos, entre los temas y subtemas, sobre diversos aspectos de la comunicación en privado y en la administración pública / gobierno. Esto es en realidad una forma sistemática y democratización de sus experiencias como consultor en comunicación y marketing político, que han sido traducidos a guiones y bocetos de posibles acciones de planificación comunicativas vigentes en el gobierno y el sector privado. Una vez más su espíritu emprendedor y la enseñanza estaba presente para proporcionar un trabajo exhaustivo y útil para toda una nueva generación de profesionales. Como él dijo, [...] Este libro pretende contribuir modestamente a las personas que buscan comprender, operar y administrar, de manera efectiva, los espacios de conflicto y disputa en los campos de la comunicación, el marketing, institucional, político y electoral de cara al desafío, recurrentes a lo largo de la existencia humana, para tener éxito en la vida. Como telón de fondo, un espejo en el que se pueden contemplar escenas y aprender las lecciones de pequeñas historias y pensamientos grandes, actores y autores cuya marca a la izquierda en la Historia (Torquato, 2002, p. XIX). Con lo que he explicado hasta ahora, he intentado, de forma resumida, destacan las importantes contribuciones de Gaudêncio Torquato para el estudio y práctica de la comunicación organizacional en Brasil, que van desde el surgimiento del periodismo corporativo, y pasar por el concepto evolutivo de la comunicación empresarial y constructiva llegan a la comunicación organizacional y la política. 132 El pensamiento comunicacional de Gaudêncio Torquato en comunicación organizacional Un espacio para la audacia y el crecimiento intelectual Para concluir, quiero salpicado mi percepción de que, en la década de 1970 y bajo un régimen dictatorial en su apogeo, Gaudêncio Torquato, como Candido Teobaldo de Souza Andrade en relaciones públicas, sólo logró acuñar una línea de investigación en el contexto de la comunicación empresarial, ya Escuela de Comunicaciones y Artes de la Universidad de São Paulo, antes de que los sujetos hasta ahora a menudo rechazado en el mundo académico y visto sólo por sus prácticas lado profesional, abrió sus puertas y dio la bienvenida a la diversidad como un valor para el graduado ciencias de la comunicación y las artes. Cómo Torquato y Teobaldo, también encontré en ECA-USP espacio y las condiciones para la excelencia institucional para la investigación científica y la libertad para crear y desarrollar actividades que siempre han creído ser relevante para el avance del conocimiento en estas áreas. Sin duda, lo mismo se aplica a la mayoría de nuestros colegas aún militan en esta escuela emblemática y única, que se distingue no sólo en América Latina sino también sobresale en el contexto internacional. Con este homenaje, la entrega a estos dos grandes maestros que, en el espacio de la ECA-USP contribuido a mi carrera académica. La guía mis Maestros, Cándido Teobaldo de Souza Andrade, quien en 1979 me dio el primer contacto con la disciplina más orientada a esa área, “Gestión de la comunicación”. Y ahora, con este texto, especialmente a mi maestro Gaudêncio Torquato, que me dio una visión general de la “Comunicación Empresarial” completo, poniendo el énfasis en la “fuerza expresiva” de la comunicación en las organizaciones. Me hizo ver la comunicación como las principales organizaciones del sector, que abarca un tiempo, la comunicación corporativa y la comunicación de marketing, y vislumbrar la misión de relaciones públicas en este compuesto, junto con el periodismo, la publicidad, propaganda y otras áreas relacionadas. Debo subrayar que las ideas de Torquato, así como los de Teobaldo, eran pilares importantes de mi propuesta, ya que mi maestro explorado en la década de 1980 y, desde entonces, poco a poco asumido por la academia, el mercado y las instituciones públicas , una “comunicación integrada de la organización”, en el que la gestión de las relaciones públicas conserva un papel importante4. 4. Sobre este tema versa mi tesis, Planificación de relaciones públicas en las comunicaciones integradas, publicado en 1986, exactamente en el mismo año en que salió a la luz la tesis se convirtió en profesor de Torquato, Comunicação empresarial/comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento 133 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Referencias ABERJE. Comunicação Empresarial, São Paulo, a. V, n. 15, 2° trim. 1995. KUNSCH, Margarida M. Krohling. Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo: Summus, 1997. ______. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. [1986]. 4. ed. – rev., atual. e ampl. São Paulo: Summus, 2003. TORQUATO, Gaudêncio. Jornalismo empresarial: lições de experiência. Cadernos Proal, São Paulo, [s/d]. ______. Comunicação na empresa e o jornalismo empresarial. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – ECA-USP, 1973. ______. Jornalismo empresarial: teoria e prática. São Paulo: Summus, 1984. ______. Comunicação e organização: o uso de comunicação sinérgica para obtenção de eficácia em organizações utilitárias. Tese (Livredocência) – ECA-USP, 1985. ______. Comunicação empresarial/comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. ______. Cultura, poder, comunicação e imagem: fundamentos da nova empresa. São Paulo: Pioneira, 1991. ______. Tratado de comunicação organizacional e marketing político. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. e técnicas. 134 Gaudêncio Torquato, Un investigador sobre la comunicación y la política 4. Gaudêncio Torquato, Un investigador sobre la comunicación y la política Adolpho Queiroz1 Aunque pocos se han aventurado en este país a pensar de manera más sistemática y rigurosamente la importancia de la comunicación política e involucrar a los escurridizos caminos del marketing político en la planificación estratégica, el periodista Gaudêncio Torquato emergió, con su pionero, para iluminar este campo. De las diversas disertaciones y tesis que orientó, especialmente participó como invitado a uno de ellos, escrito por el periodista Ciro Pedrosa también potiguar como él, exponiendo la campaña a la alcaldía Aluisio Alves en los días pioneros de lo que se conoce hoy en día el marketing político . Ocasión, Pedrosa recordó un episodio singular. Transmisor y político de los buenos, Alves pidió a la gente de la época que fuera a su manifestación ese día llevaba un verde o tomar algún elemento verde - antes de las banderas que se han vuelto comunes en las reuniones de la era de la televisión o cantantes que calientan la audiencia para llegada del candidato. La gente respondió y como un Domingo de Ramos de la liturgia cristiana, la manifestación fue 1. Post-Doctorado en Comunicación por la Universidad Federal Fluminense, Doctor en Comunicación por la Universidad Metodista de São Paulo profesor de la Universidad Mackenzie / SP, profesor de Anhanguera Santa Bárbara d’Oeste y miembro Funadesp, la Fundación Nacional para el Desarrollo de la Educación Superior presidente en particular, el ex de INTERCOM, Sociedad Brasileña Interdisciplinar de Estudios de la Comunicación y Politicom, Sociedad brasileña de Investigadores y Profesionales en Comunicación y Mercadotecnia Política. 135 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación adornado con las hojas de las “palmas” que convirtieron las ramitas a la inestabilidad política. De dónde vinieron? Jardines públicos en la plaza que fue la manifestación en las calles que rodean su propio patio trasero o espectadores. “Fue una demostración inusual de reconocimiento al candidato”, se informó en la Pedrosa tiempo. Mucho antes, por lo que el Partido Verde y su tesis ecológico o grandes movimientos internacionales de conservación del medio ambiente, el discurso de Ahmed se adelantó a su tiempo, la sensibilización de la sociedad para la preservación de los cuales estarían sujetos, el dogma y moda nombramiento a finales de siglo XX y principios del siglo XXI en los fenómenos resultantes del calentamiento global. Pero Torquato tiene en su haber numerosas disertaciones y tesis doctorales dirigió la Escuela de Comunicación y Artes de la Universidad de São Paulo, donde los pioneros proyectos programados de investigación sobre el tema, además de la presentación de informes que hizo anteriormente. Libros Sobre sus libros, hay tres aspectos más destacados que se puede hacer en la zona. La primera, titulada “Marketing Político y de Gobierno”, publicado por Editorial en 1985 Summus hoy - después de 27 años - se trata de un libro muy actual. Por desgracia, porque si había leído el libro cuando se publique, los políticos, los funcionarios públicos, los dirigentes han avanzado mucho en la comprensión de la necesidad de la comunicación como un instrumento de acercamiento entre los gobiernos / partidos políticos y la sociedad. En general, el libro muestra cómo las metas globales para sentar las bases y crear las condiciones que permitan al gobierno una relación sólida, fructífera y eficaz con la sociedad, establecer climas y situaciones que permitan al Gobierno el normal desarrollo de sus actividades y proyectos, fomentar la la creación de flujos de comunicación, el Gobierno de estos grupos sociales y al Gobierno con el fin de fomentar un sentido de participación de la comunidad en la labor del gobierno. Desde entonces Torquato sugerido ya que el área de la comunicación debe dar la singularidad de los programas, evitando parcializar y fragmentar el trabajo del gobierno y, por lo tanto, crear sistemas ágiles, necesaria y útil para la transmisión rápida de mensajes de preocupación social. También sugirió la creación de estructuras ligeras, alcance funcional que sobresalen en alta profesionalidad y bajos costos de operación; 136 Gaudêncio Torquato, Un investigador sobre la comunicación y la política clarificar las metas y objetivos de los sectores de medios de gobierno, a fin de evitar la duplicación de actividades y proyectos, los recursos para mejorar disposición del área de comunicación del gobierno, dando una visión de la gestión empresarial. En otro capítulo, defendió la necesidad de armonizar la comunicación y predijo que los proyectos del gobierno y las acciones del Gobierno, por lo general, aparecen fragmentadas al público. Y algunas de las razones indicadas: variedad, especialización, la dispersión geográfica, la ausencia de criterios de gobierno comunicación y personalización. Asimismo, precisó que contribuyó a esta fragmentación la mayor presencia de los líderes del gobierno en la región, la necesidad de la acción directa para la comunicación con los líderes de opinión y los sectores universitarios, artísticos, estudiantiles y de trabajadores, entre otros. Y estamos hablando de un libro escrito en 1985! También abogó desde ese período era necesario hacer hincapié en los hechos y no las personas, poniendo el trabajo del gobierno por encima de la vanidad de los gobernantes y personalidades de interés, la supervivencia de un gobierno es su capacidad para permitir que los hechos de la historia. Y ahora afirma que “lo que se observa es un proceso de absorción de conocimiento en el área de marketing de la política, que tiene, como razones, la competencia entre los candidatos, la urbanización de las ciudades, la influencia de los medios de comunicación, la apertura política la presión de grupos organizados, la industrialización y la disminución del poder de la política de “coroneles” provincial “. (TORQUATO, 1985, p. 57) Una segunda contribución de Gaudêncio Torquato para estudios de marketing político es, en su libro “Tratado de la Comunicación Organizacional y Política” (Thomson, 2002). Puede resaltar que el trabajo especialmente el capítulo 5 - “La comunicación en la Administración Pública Federal” - la imagen de los poderes ejecutivo, legislativo y judicial; Capítulo 6 - “La comunicación en la Administración Pública” - analiza específicamente las articulaciones en el marketing político gobiernos estatales y municipales. En ellos, Torquato puede sistematizar sus conocimientos sobre marketing político que casarse con ejemplos prácticos y diagramas que ayudan a comprender cómo se producen los flujos de comunicación en entornos de la política. Hay todavía un tercer trabajo en el campo del marketing político en el que el autor detecta otras articulaciones sobre el mismo tema. Se encuentran en el libro “La Nueva Era antiguo: Visión sociopolítica de Brasil” (Edición del autor, 2002). Es la selección de 128 artículos 137 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación escritos por Torquato y publicado en más de 60 periódicos en todo Brasil entre 1990 y 2002. En la primera parte, titulada Diagnóstico, presenta aspectos históricos de la moderna cultura política brasileña. Las críticas que se plantean a partir de los problemas existentes en las estructuras básicas del gobierno de su propio país, la violencia generalizada se presenta como una respuesta inmediata a estos problemas, la reacción y el movimiento de las personas en la forma de instituciones organizadas son vistas con optimismo por el autor para representar el aumento de las fuerzas sociales capaces de actuar políticamente. En “La Tercera Edad Nueva”, Torquato ya no se molesta en decir, y los candidatos políticos para los vendedores, cómo ganar una elección. Ahora, sus textos abordar el tema de manera más amplia. En el último libro, reeditado en 2011, el Tratado de Comunicación Organizacional y Política, 2ª edición revisada y ampliada, Torquato trata de aspectos históricos y marketing político organizativo desde sus orígenes en el fascismo nazi de Adolf Hitler y Benito Mussolini y la hora de la interpretación de los casos contemporáneos, la mayoría también vivió con él durante toda su carrera profesional como consultor y área profesional que ha sido objeto de campañas naturales en dos niveles: el institucional y gubernamental. En el plan de gobierno Torquato respondido a las campañas siguientes, entre otros: Campaña para el Gobierno del Estado de Ceará (1986), dos campañas de Gobierno de Piauí (1986/1990); Campaña por el Gobierno del Estado de Rio Grande do Norte ( 1986), la Campaña para la ciudad de Teresina / PI (1988), la Campaña a la Presidencia de la República (1989), la Campaña para la ciudad de Natal / RN (1992), la Campaña por el Gobierno del Estado de São Paulo (1990); marketing político consulta al Presidente de la Cámara de Representantes (1998-2000), consejos de marketing político del alcalde de São Bernardo do Campo (1998-1999), entre otros. Y muchas campañas en la esfera de los candidatos proporcionales. En el plano institucional, trabajó en las campañas siguientes presidencias de las asociaciones profesionales: Fiesp - Federación de Industrias del Estado de São Paulo, Ciesp - Centro de Industrias del Estado de São Paulo (1992-1994-1996), ABIA - Asociación Brasileña de las Industrias Alimentos (1992-1994-1996-1998-2000-2002). Y muchos de ellos coordinados campañas para la elección de autoridades de las Federaciones, Asociaciones y Sindicatos. 138 Gaudêncio Torquato, Un investigador sobre la comunicación y la política Abcop Desde el punto de vista asociativo, Torquato todavía acumula las funciones de vicepresidente de Abcop. Fundado el 29 de noviembre de 1991, en la Rua General Jardim, 522, Sao Paulo, la Asociación Brasileña de Consultores Políticos y Asesores elección es una sociedad civil de composición, sin fines de lucro, que se regirá por los estatutos y por la ley aplicable. La asociación puede afiliarse o asociarse con entidades de actividades similares o conexas, el padre o en el extranjero, según el criterio de la Junta. La Asociación tiene como objetivos: asistir y representar a las empresas y profesionales asociados en todos sus intereses comunes con el fin de permitir el desarrollo más grande y mejor, la protección y la mejora de sus servicios técnicos, y promover una mayor interacción entre ellos, establecer relaciones con Los sindicatos y federaciones, así como de entidades oficiales y privadas que puedan colaborar con la Asociación para lograr sus propósitos, colaborar con los organismos gubernamentales en el desarrollo, implementación, ejecución y control de los programas relacionados con el desarrollo del país y donde profesionales y empresas asociadas pueden ofrecer cualquiera de las subvenciones; actuar como órgano técnico y consultivo, con las entidades oficiales y particulares del estudio cuando sea necesario, y resolver los problemas que se relacionan con los servicios representados. Ahora tiene cerca de 200 miembros en todo el país, lo que representa el mercado de trabajo y los investigadores académicos. Entre los profesionales son expertos en encuestas, sitios web oficiales de prensa, asesores de imagen, analistas, discursos, publicidad, periodistas, relaciones públicas, fotógrafos y estrategas electorales. La organización ha dado una nueva dimensión al escenario del marketing político en el país, ayudando a los miembros a través de cursos, seminarios, conferencias anuales, publicación de libros y un sitio web constantemente actualizada con los actuales problemas jurídicos y de los profesionales del campo. Después de veinte años de funcionamiento continuo, el Abcop es hoy una de las instituciones formular el campo del marketing político exige no sólo para la fiesta electoral, sino también institucional. En una entrevista concedida al prof. Moises Barel, en el libro “mitin político de Marketing de Internet” (Barel, 2007 p.209), el actual presidente de Abcop, Carlos Manhanelli habla un poco sobre los orígenes de la organización: “La organización nació en un momento en que hablar de marketing político era peligroso. Estábamos saliendo 139 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación del régimen militar. En estos años, nos han dado forma a los formatos del mercado. Estamos orientados a la misma. Nuestra visión es extremadamente comercialización. El resultado primario fue para convertirse en entidad reconocida internacionalmente, capaz de ampliar su trabajo”. En la actualidad la organización está afiliada a ALACOP, Asociación Latinoamericana de Consultores Políticos; IAPC, la Asociación Internacional de Consultores Políticos y ALICE, Asociación Latinoamericana de Investigadores de la Campaña Electoral, cuyo congreso fundacional estaba prevista para julio de 2012 en España. En los periódicos y en Internet Gaudêncio Torquato también se multiplica en las actividades de prensa e internet. Sus artículos en el domingo el diario O Estado de S. Paulo, reimpresiones en 70 otros periódicos con artículos semanales y contribuciones a través de Internet en su blog personal titulado Porandubas y reflexiones alimentarán a esta vocación y reflexiones iluminadoras sobre el terreno. En el periódico “O Estado de S. de Paulo, “Torquato teje varios comentarios sobre la realidad política nacional, siempre basados en autores clásicos, que van desde los filósofos que empiezan a hablar de política en sus orígenes, a través establecidas autores contemporáneos. Él repite esta fórmula artículos que envía una enorme red de periódicos en las principales ciudades de Brasil y capitales en queigualmente expresaron sus preocupaciones con el campo político, apuntando con sus deformaciones, desviaciones y busca ayudar al lector / las votantes para identificar enfermedades y superar las dificultades problemas éticos que se presentan en forma de escándalos y denuncias. En el Internet, utilizando una más informal y divertido - que parte indeleble de su carácter, Torquato utiliza una fina ironía para tratar las notas y la información que publica. Además de ellos en la elección anécdotas sin fin que ha recogido en los últimos años. Consideraciones finales La experiencia y la militancia llevado Gaudêncio Torquato conocimiento inmenso e infranqueable hoy en la comunicación política. Su solidez teórica, basada en autores clásicos de Aristóteles a Platón 140 Gaudêncio Torquato, Un investigador sobre la comunicación y la política de la antigua Grecia, a través de los clásicos contemporáneos de la literatura nacional e internacional, teniendo en cuenta el autor, este libro honrado por INTERCOM, Sociedad Brasileña de Estudios Interdisciplinarios de la Comunicación, también por su activismo en la construcción el campo de la comunicación en el país, como ex presidente de la organización, la densidad deseable para la reproducción y difusión de conocimientos sobre la materia. De su paso exitoso en la Escuela de Comunicación y Artes de la Universidad de São Paulo llegaron otras contribuciones en disertaciones, tesis de doctorado formatos, congresos, conferencias, seminarios, incontables a la ampliación de conocimientos sobre el campo de la comunicación política . De Abcop, Torquato nos trajo la serenidad para guiar a los nuevos jugadores en el campo profesional del marketing político. Al lado de Carlos Manhanelli ha sido el arquitecto y constructor de una entidad que hoy, veinte años, es uno de los más representativos del campo a nivel nacional y sobre todo no en un fenómeno muy reciente: la exportación de consultores para las acciones políticas en brasileño América Latina, Europa y más recientemente en África, ayudando a la formación de profesionales cualificados para la norma de Brasil consultores de exportación. Prensa diaria y un blog que escribe siempre tan actual y perspicaz, Torquato experiencia nos trajo todos estos años experimentando escenarios, que influyen en ellos es decisivo con su palabra exacta durante los enfrentamientos que le ayudaron a ganar en todo el país con campañas que mandaba. De sus libros en el campo - que ahora incorpora más de este volumen editado en su honor por el intercomunicador y más un libro de ensayos y artículos de “Era una vez mil veces ... El Brasil de todas las adicciones “, que será lanzado pronto por Topbooks - el legado de Torquato militante para construir una sociedad más democrática se indique lo contrario. Su ayuda en las últimas décadas para consolidar INTERCOMUNICADOR como la asociación científica más importante en el campo de la comunicación en el país y Abcop, con su amplio programa de cursos, asesorías, seminarios y la publicación de libros sobre marketing político, son una prueba irrefutable de su desapego a formar nuevas generaciones de comunicadores en el campo político. Por último, me gustaría reanudar las conversaciones tocaron prof. Manuel Chaparro de la tarde, en septiembre de 2011 en Recife, cuando pagamos en nombre de INTERCOM nuestro homenaje al ex presidente. En ese momento, discutiendo la vida y obra de Torquato, Chaparro tuvo reiterar aquí que una carga. ¿Qué Torquato con la pluma y 141 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación la inteligencia, con el auge y prestigio que tiene sobre los políticos y hombres de negocios, ayudar a Brasil a eliminar el peor de todos sus males, ya que Pedro Álvares Cabral desembarcó aquí en 1500: “la corrupción” . ¿Cuál de sus manos, su inteligencia y sobre todo su carácter, Gaudêncio Torquato siga guiándonos a través del campo de la ética de ser, finalmente, en algún momento en el futuro, un país verdaderamente libre y soberano, por último, que la enfermedad de carácter nos destruye y nos avergüenza ante las demás naciones del mundo moderno. Referencias QUEIROZ, Adolpho; MANHANELLI, Carlos; e BAREL, Moises. Do comício a internet. São Paulo: Cátedra Unesco/Metodista e Abcop, 2007. TORQUATO, Gaudêncio. Marketing Político e governamental. São Paulo: Summus, 1985. ______. Tratado de Comunicação Organizacional e Política. São Paulo: Thomson Editorial, 2011. ______. A velha era do novo, visão sociopolítica do Brasil. São Paulo, 2002. 142 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales 5. Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales Rosa Vidal Mara de Souza1 Introducción Gaudêncio Torquato es considerado uno de los mentores de la comunicación organizacional en Brasil. Sus estudios incluyen la adición de la Comunicación Organizacional, Marketing Electoral y Políticos. En este último ámbito, coordinado y desarrollado campañas políticas mayoritarias (gobiernos estatales y municipales) y proporcionales en varios estados. Profesor de la Universidad de São Paulo, profesor y doctor en comunicación, Torquato, es también un periodista que escribe regularmente para unas 70 revistas brasileñas, entre ellos el diario O Estado de S. Paulo y la columna Porandubas, sitio Migalhas. También actúa como consultor de negocios, produce Planes y Programas de la Organización en las esferas pública y privada. Recibió el Premio Esso de Periodismo en la categoría de Información Científica (1966) y también el Premio Personalidad Comunicación (2003). Ha publicado nueve libros: Periodismo Empresarial - teoría y práctica (1984, Summus), Marketing Gubernamental y Políticos 1. Máster en Comunicación Social de la Universidad Metodista de São Paulo, un MBA en Marketing Político Universidad Católica de Brasilia, se graduó en periodismo en la Universidad Federal de Tocantins. Sustituto de profesor de la UFU, Universidad Federal de Uberlândia. Email: [email protected]. 143 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación (1985, Summus) Comunicación Corporativa / Comunicación Corporativa (1986, Summus) Periodismo Empresarial (Mendez - Lima, Perú); Cultura Poder, Comunicación e Imagen - Fundamentos de la Nueva Empresa (1992, Pioneer) y de Cultura, Energía, Comunicaciones, Crisis e Imagen (2012, 2ª edición revisada y ampliada, Cengage / Aprendizaje), del Tratado de la Comunicación Organizacional y Política (2002, Pioneer / Thomson Learning, 2ª edición revisada y ampliada, 2011), La Edad Antigua Nueva - Visión sociopolítica de Brasil (2002, GT Marketing y Comunicación), Once Upon a Time ... The Times Brasil mil señalados de todas las Adicciones (2012, Topbooks ), Gaudêncio Torquato, mi padre (Torquato G, 2008). En una entrevista para la producción de este artículo, habla Torquato sobre marketing político: “No se limita programas electorales, ya que algunos anunciantes quieren hacer creer. Este es un conjunto de herramientas y técnicas, incluida la investigación, el habla (propuestas, programas), la comunicación y sus formas y canales, y la política de articulación con la sociedad organizada y la movilización de grupos y masas. El marketing no es ganar una campaña política. ¿Quién gana la campaña es el candidato. Pero ayuda a ganar candidato. Y contribuye a la derrota de un candidato, cuando el mal está hecho “, señala. Historia de la vida y la carrera académica Francisco Gaudêncio Torquato do Rego nació el 8 de abril de 1945, en Luís Gomes, un pequeño pueblo en el sudoccidental estado de Rio Grande do Norte, en la frontera con Paraíba. Hijo del segundo matrimonio de su padre (quien se casó dos veces y tuvo 22 hijos), Torquato heredado la participación política de su padre, una característica que se refleja en toda su carrera. Más tarde, en 1980, pasó a desarrollar campañas, la primera en el noreste - el lugar de nacimiento de su formación política. A los 11 años fue enviado por su familia, especialmente a su madre (Doña Chiquinha) Seminario de Santa Terezinha en Mossoró (RN), dirigida por sacerdotes holandeses. El viaje fue motivado a los 10 años cuando el pequeño Gaudêncio se sorprendió por su juego, lo que fue interpretado como una señal, un milagro. En el seminario Mossoró, periodista completado todo el entrenamiento básico, el quinto grado hasta los cuatro años de la escuela secundaria (que corresponde a la escuela actual). Entre 1956 y 1960 se mantuvo prácticamente toda la pasantía. A través de una educación rigurosa, Torquato tenido acceso a 144 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales grandes obras clásicas y estudios en latín y griego. Esta formación clásica se puede entender con la base que permitió una producción diferenciada académico y periodístico. Y cita en sus producciones siempre algún filósofo o escritor. A los 15 años, Gaudêncio decide cambiar a un seminario de menos rígido en João Pessoa (PB), ya que no se había visto en la carrera religiosa. El Colégio Arquidiocesano Imaculada Conceição de San Francisco permite una mayor integración con el mundo. A los 16 años, se trasladó de nuevo a Recife (PE), donde participará en los dos últimos años de ciencia en Colégio Batista. Vivió en la Casa del Estudiante, donde otros hermanos habían vivido. En 1962, siendo un adolescente (17 años) Torquato comenzó su vida laboral como periodista y colaborador de periódicos y revistas en Recife. También los miles de brasileños que luchan por una vida mejor, en paralelo, comenzó el Curso de Periodismo de la Universidad Católica de Pernambuco. En la década de 1960, hubo algunos cursos de periodismo en Brasil y profesional de graduarse con más frecuencia en otras áreas tales como el derecho, en su mayor parte, y se graduó en el día de la escritura. Según el Ministerio de Educación hay actualmente (2009) cerca de 470 escuelas de periodismo distribuidos por todo el país. ¿Por qué son casi 12.000 graduados anualmente periodistas. Sin embargo, en 1963, de acuerdo con CIESPAL, desde México hasta Argentina, América Latina tenía solamente 43 escuelas de periodismo, de los cuales 12 se encontraban en Brasil. Según el texto de Beltrán, la formación universitaria de los periodistas en América Latina se inició en Argentina en marzo de 1935, con la creación de la Escuela Argentina de Periodismo fruto de un acuerdo entre el Círculo de Periodistas de la Provincia de Buenos Aires y Universidad Nacional (SOUZA, 2010, p.4). De 1962 a 1966, Gaudêncio Torquato se practica en varias publicaciones importantes y el nordeste de Brasil. En ese momento, no era obligatorio para cumplir un determinado tiempo como hoy, el operador podría trabajar en un empleo de dos, tres o más, incluso en los periódicos. Torquato podría hacer informes simultáneos para el Correio da Manhã y el Jornal do Brasil, ambos de Río de Janeiro. No pasó mucho tiempo para que él también escribir para el periódico Folha de S. Paulo del Nordeste, Pernambuco y Jornal do Commercio. También en 1966, Gaudêncio Torquato gana el Premio de Periodismo 145 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación de Esso en la categoría de Información Científica, por una serie de siete artículos sobre la “Belly agua, una enfermedad que mata a la curación”, publicado en el Journal of Commerce. También produjo una serie de informes especiales sobre el Noreste de la Folha de S. Paulo. Este desarrollo curricular y buen personal le aseguró el viaje a Sao Paulo, donde el periodista inició una nueva fase de su carrera. Trabajó con Calazans Fernandes, jefe de rama de la hoja, y Manuel Chaparro. El contexto de la época contribuyeron a su ida a la metrópoli brasileña, en el noreste, Torquato cubrió el área y en el campo social, marcada por conflictos agrarios duramente reprimidos por la dictadura militar establecida en 1964. Esta atmósfera pesada hecha de salida más conveniente para Sao Paulo. El éxito de la producción de secciones especiales en el Noreste contribuye a participar en el proyecto de desarrollo de suplementos especiales de Folha de São Paulo. Luego, en 1967, llegó con Calazans Torquato y Manuel Chaparro a Sao Paulo. Un hallazgo interesante. Gaudêncio Torquato, que recibió gran lecciones prácticas Chaparro, (“uno de los periodistas más grandes y mejores con los que he interactuado”, dice), guiaría luego tesis de maestría ACE y colega de doctorado. Un pequeño grupo se convirtió en una estructura grande y compleja, que viene a unirse a más de 100 profesionales (sector editorial y comercial) dedicadas a la producción de grandes historias acerca de los problemas sociales del país se desarrollaron luego otros proyectos especiales, tales como la serie de informes en el Gran São Paulo - El desafío en 2000. Con una amplia experiencia en el periodismo y en todas las etapas de su producción, siempre orientado al interés por la investigación y el debate, Gaudêncio Torquato abrió las puertas de la universidad. Invitado a dar clases en la Escuela de Periodismo Casper Libero, por el Profesor José Marques de Melo, se ha unido a la facultad en 1968, impartiendo cursos en Periodismo e Interpretación comparada. Un año más tarde, se incorporó como profesor asistente en la ECA-USP, sin embargo, por invitación del profesor Marques, a la cabeza época del Departamento de Periodismo. En el acta del Departamento de Periodismo de la ECA, en el período comprendido entre 1969 a 1972, la primera mención de su nombre aparece en el registro de una actividad de intercambio cultural con la Escuela de Periodismo Libero Casper. Él enseña disciplina y Técnico I Diario Oficial, subdividida en Teoría y Metodología de la Información y Periodismo Perio- 146 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales dismo e interpretativos. El curso tuvo como objetivo preparar a los estudiantes para un periódico quincenal piloto. También en 1969, Gaudêncio Torquato Prensa publica textos tienen más necesidad de Noticias en profundidad por los libros de Periodismo y Comunicación, Editorial de Guanabara, medios de comunicación brasileños y Contemporánea - Estudio analítico, por el libro de correspondencia de Publisher. Se une a la facultad de ECC. En 1970, año en que la ECC que hoy se conoce como la Escuela de Comunicaciones y Artes de la CEPA, Gaudêncio Torquato toma cursos regulares en el Departamento de Periodismo: Periodismo disciplinas e Interpretación e Introducción al Periodismo Informativo. También es la Agencia de Noticias (AU). (SOUZA, 2003, p.7) También de acuerdo con Souza (2003), Torquato enseña Diario Técnica, Teoría y Metodología del Boletín Periodismo Periodismo. Desarrolla estudios y experiencias sobre técnicas periodísticas y periódicos de laboratorio, y mantiene su actividad docente en Casper Libero. En ese momento, la investigación sobre periodismo y dar sus primeros pasos Gaudêncio Torquato se dedica a los estudios del movimiento de la actividad. Defendiendo su tesis doctoral en 1972 en periodismo de negocios, Torquato fue dirigido por el Profesor Rolando Pinto Morel, profesor de la Facultad de Filosofía, Letras y Ciencias Humanas de la USP. Al igual que Luiz Beltrão, Torquato terminó su doctorado en una etapa que el curso era incipiente en Brasil, por lo que los médicos brasileños primero fueron capacitados en comunicación, orientando los maestros libres de otras áreas de las humanidades, como la filosofía, la sociología, etc. Tesis orientada (32 de maestría y doctorado 4) Como presidente: • A contribuição do jornal de empresa à política de prevenção de acidentes - Dirceu Fernandes Lopes (1982) • O anúncio da notícia - contribuição para uma retórica do discurso jornalístico - Francisco Rocha Morel (1983) • Revistas especializadas no Brasil: desenvolvimento, taxionomia e dinâmica editorial - Kardec Pinto Vallada (1983) • A liberdade como pressuposto para a aprendizagem - a inte147 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación gração professor aluno no aprendizado de artes gráficas - José Coelho Sobrinho (1986) • O Governo Montoro, entre o verbo e a verba - Carlos Alberto Manente (1986) • A notícia (bem) tratada na fonte - Manuel Carlos da Conceição Chaparro (1987) • Uma aplicação da informática em pesquisa de comunicação Laszlo Peter Andras Urmenyi (1988) • O processo editorial da Embrapa: da prática à necessidade de reformulação - Clea Lúcia Lira (1989) • O livro reportagem como extensão de jornalismo impresso: realidade e potencialidade - Edvaldo Pereira Lima (1990) • Comunicação e agricultura: condicionantes do conhecimento e do uso de técnicas agropecuárias pelos produtores de Montes Claros - Geraldo Magela Braga (1990) • Estudo dos sistemas de editoração das empresas públicas brasileiras - Hozana Álvares de Oliveira (1990) • Evento: líder de opinião, motivação e público - Ana Cristina Magalhães de Giacomo Minervino (1992) • Pragmática do jornalismo - buscas práticas para uma teoria de texto - Manuel Carlos da Conceição Chaparro (1993) • As transformações do jornalismo empresarial da década de 80 aos dias atuais - Mônica Martinez Luduvig (1994) • A comunicação no meio sindical: propostas de uma política para as entidades - Toni André Scharlau Vieira (1994) Como participante: • Perfil das Relações Públicas na América Latina - Nelly Amélia Becerra Pajuelo (1983) • Diagramação: recurso funcional e estético no jornal moderno Rafael Souza Silva (1983) • As expectativas da empresa aérea nacional face ao comportamento do usuário e os elementos condicionantes da propaganda 148 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales - Beatriz Helena Gelas Lage (1983) • O Conar - Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária - como expressão de uma nova consciência ética na publicidade brasileira - Luiz Celso Piratininga Figueiredo (1984) • Similares das atividades de Relações Públicas em órgãos paraestatais e empresas privadas - Ronald Calhau Pinheiro (1985) • Jornalismo científico no Brasil: os comportamentos de uma prática dependente - Wilson da Costa Bueno (1985) • Relações Públicas como instrumental da administração da controvérsia pública - estudos de casos - Francisco Assis Martins Fernandes (1985) • Atividades de Relações Públicas no poder executivo nos municípios do “ABC” - Walter Ferreira (1986) • As agências caseiras de propaganda no Brasil - Sérgio Storti (1987) • Estrutura da opinião pública na ideologia de poder - Tupã Gomes Correa (1987) • A comunicação social como instrumento do poder - as coordenadorias de comunicação social da “Nova República” – Sidineia Gomes Freitas (1988) • Marketing Político: contribuições de uma pesquisa junto a candidatos ao legislativo estadual - Sandra Souza Pinto (1989) • Revista: um produto objeto e instrumento de marketing - Kardec Pinto Vallada (1990) • Leitura jornalística e estética do suplemento cultural Contexto Annamaria da Rocha Jatobá (1990) • Para uma história da UCBC - memória de uma instituição cristã dedicada à comunicação dialógica e comprometida com a resistência ao autoritarismo brasileiro - 1970-1988 - Pedro Gilberto Gomes (1991) • O uso do videocassete na empresa: o treinamento de pessoal na Nestlé - Sônia Esperanza Segura Acosta (1991) • Ética: esta lei pega? (apontamentos sobre a moralidade que a imprensa prega e pratica) - Santa Maria Nogueira Silveira (1993) 149 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación • Jornalismo Empresarial: estratégia de marketing e de interação social (uma visão editorial) -Maria Lucinete Tavares (1993) • Luiz Beltrão: um senhor do mundo - Fátima Aparecida Feliciano (1993) Comunicación Empresarial En 1970, se desglosan los proyectos de suplementos especiales Regional Folha de S. Paulo Gaudêncio Torquato deja el periódico. Por invitación de Manuel Chaparro, quien concibió el proyecto, y fundó junto a Luiz Beltrão, la publicidad, la PROAL, una consultora para la producción de periódicos y revistas de negocios. Es el momento en que su opción para el negocio empieza a concretar. La compañía lanza Libros Proal - especializada en los debates sobre periodismo de negocios y la comunicación en general. Gaudêncio Torquato también se esfuerza por traer nuevos conocimientos a la universidad y se enfrenta a la resistencia de algunos académicos que no aceptan la incorporación de esta disciplina, creyendo sinceramente producción periodística de los diarios y revistas de negocios. Torquato destacó que en PROAL, llegó a cumplir 40 empresas (entre los periódicos mensuales o quincenales). Es importante destacar que el contexto político de la época: mientras que la dictadura militar estaba en su apogeo, que se manifiesta en la represión política y la censura de los medios de comunicación, la academia, fueron fuertemente influenciados por las corrientes de izquierda. Periodismo de negocios sería algo así como una capitulación ante el imperialismo, la percepción de Gaudêncio Torquato. Continuó enseñando cursos en Casper Libero Periodismo Interpretativo y aportar al debate en clase sobre la gran historia, pero su gran contribución a la defensa de la ECA estaba enseñando en la empresa de estudios de periodismo y comunicación empresarial, el cual, después de , le ganó amplio alcance como la comunicación organizacional. Lo que entonces era un tabú hoy en día es visto por las nuevas generaciones como una alternativa al desempeño profesional. Después de todo, la expansión del mercado de trabajo en la década de 1990 fue más fuerte en el segmento de revistas especializadas y comunicaciones corporativas. Fue un período de profesionalización de los departamentos de comunicación de las organizaciones y fundaciones de decenas de prensa. En la actualidad, los periodistas más 150 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales activos capacitados en consejería, departamentos de comunicación o revistas de negocios. El interés por el periodismo comercial lleva Gaudêncio Torquato organizan los departamentos de comunicación de las grandes empresas, y luego ir por el segmento institucional, con la invitación de Fernando Mesquita César para proporcionar una colaboración en el gobierno de José Sarney (1985), y el Secretario Ejecutivo Consejo de Comunicaciones, organismo que reúne 25 nombres más importantes de la comunicación, para discutir políticas para el sector en el país. Actividades: marketing y comunicación institucional Gaudêncio Torquato es responsable de la organización y preparación de los Planes Maestros de algún tipo de comunicación de las agencias gubernamentales y entidades, entre las cuales: • Ministerio de Administración - 1987 • Ministerio de Industria y Comercio - 1987 • Secretaría Ejecutiva del Consejo de Comunicación de la Presidencia - 1987 - Oficina del Secretario Ejecutivo del Consejo de Comunicación de la Presidencia • El Banco Central de Brasil - 1990 • Banco de Brasil - 1991 • Plan Director de Comunicaciones de la Asociación Brasileña de Industrias de la Alimentación - 1992 • Plan de Comunicación - Gobierno de Roraima - 1995 • Plan Director de Comunicaciones de la Asociación de Abogados de Brasil, Sección São Paulo - trienio 1998/2001/2004/2007/2010 • Plan Director de Comunicaciones del Consejo Federal de la Asociación de Abogados de Brasil - 2001/2002/2003 • Directrices de Acción Político-Institucional de la Federación de Industrias del Estado de São Paulo - Campaña de Carlos Eduardo Moreira Ferreira 151 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Actividades consultor: área de negocio Consultor de Marketing y Comunicación Institucional de diversos grupos, organizaciones y empresas, destacando, entre otros, Banco Itaú, Grupo Santos, Pinturas Coral, Citibank, Eletropaulo Refinações Corn Brasil, Odebrecht y Brasil Steel Institute. Marketing Político Con la apertura política en la década de 1980, Gaudêncio Torquato se convierte en otro campo aún incipiente en el país: el marketing político. Hay un cambio de agua en vino porque su familia siempre ha estado envuelto en la política y en el noreste, así que sumérgete en las estrategias de la campaña electoral fue una aventura en un mar conocido. Se parte de la exitosa campaña del empresario Tasso Jereissati para el gobierno de Ceará, en 1986. Ese mismo año, bajo la coordinación de la campaña de Freitas Neto gobierno de Piauí. A partir de ahí, el seguimiento de docenas de otros estados brasileños. Consciente de que penetra a través de un área que se arrastraba en Brasil, Torquato aprovecha su experiencia como profesor de imprimir un sesgo en la enseñanza de sus libros, en lo que evidencia el objetivo de orientar a los profesionales del marketing y la comunicación. Uno de sus primeros trabajos, Marketing Gubernamental y Políticos - una hoja de ruta para las campañas políticas y estrategias de comunicación (São Paulo, Summus, 1985), se divide en tres partes: El ABC del Marketing Político, Marketing para el País y Marketing Gobierno. Volviendo al marketing político y la comunicación corporativa, Gaudêncio Torquato lejos gradualmente desde la academia, se jubila y deja la USP de la enseñanza en otras facultades. Sin embargo, se dedica a dar conferencias, seminarios, cursos y capacitaciones sobre temas que han guiado su carrera, con énfasis en temas de marketing político y la comunicación empresarial. Publica artículos en cerca de 70 periódicos de todo el país y es una fuente permanente de medios de comunicación nacionales, la interpretación y el análisis de la situación política. Actividades Consultor de Marketing Político - La planificación, la coordinación y el funcionamiento de las campañas políticas. 152 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales • Campaña por el Gobierno del Estado de Ceará, 1986 • Dos campañas del Estado de Piauí, 1986/1990 • Campaña para el Gobierno del Estado de Rio Grande do Norte, 1986 • Campaña para la ciudad de Teresina / PI, 1988 • Campaña a la Presidencia de la República, 1989 • Campaña para la ciudad de Natal / RN, 1992 • Campaña por el Gobierno del Estado de São Paulo, 1990 • Campaña para la ciudad de São Paulo / SP, 1992 • Campaña por el Gobierno del Estado de Roraima, 1994 • Campaña para la ciudad de Boa Vista, 1996 • Campaña por el Gobierno del Estado de Roraima, 1998 • Campaña por más de 20 prefecturas de varios Estados miembros • Campañas de Diputados • Asesorar a los diputados • Campañas de Presidencia de las asociaciones profesionales: • - FIESP - Federación de Industrias del Estado de São Paulo, 1992-1994 • - CIESP - Centro de Industrias del Estado de São Paulo, 19921994 • - ABIA - Asociación Brasileña de las Industrias Alimentaria, 1992-1994-1996-1998-2000-2002 • Consultoría marketing político al Presidente de la Cámara de Diputados, 1998-1999-2000 • Asesorar marketing político del alcalde de São Bernardo do Campo, 1998-1999 • Asesorar marketing político al Sr. Michel Temer, ahora el vicepresidente de la República, desde la década de 2000. 153 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Obras: • Jornalismo Empresarial - teoria e prática (1984, Summus); • Marketing Político e Governamental (1985, Summus); • Comunicação Empresarial/Comunicação Institucional (1986, Summus); • Periodismo Empresarial (Editorial Mendez – Lima, Peru); • Cultura, Poder, Comunicação e Imagem - Fundamentos da Nova Empresa (1992, Pioneira) – Cultura, Poder, Comunicação, Crise e Imagem – 2ª edição revista e ampliada (2012, Cengage/Learning) • Gaudêncio Torquato, Meu Pai – (2008, G Torquato) • Tratado de Comunicação Organizacional e Política (2002, Editora Pioneira/Thomson Learning; 2011, 2ª edição revista e ampliada) • A Velha Era do Novo – Visão Sociopolítica do Brasil (2002, G Torquato) • Era Uma Vez Mil Vezes... O Brasil de Todos os Vícios (2012, Topbooks) Estudios Especiales • Grupo Santista - Estudio de los canales de comunicación impresos: análisis de contenido, el lenguaje y la morfología. • Maíz Refinações Brasil - Estudio Especial de Productos de Imagen de Marca. • Eletropaulo Metropolitana - Estudio y técnica de la imagen Marca - Caso de cambio de nombre • Comunicación Empresarial y Administrativa - Estudios Especiales en Administración y Gestión de comunicaciones para Banco Itaú 154 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales • Organización Odebrecht - Manual de Comunicación Organizacional • Instituto Brasileño del Acero - Acero de Brasil: Plan de Ajuste de la imagen Actividades asesor / profesor Participación en seminarios, simposios, conferencias y talleres. Cerca de 800 conferencias / participación - Expositor y comentarista El corazón e influye en el pensamiento de Torquato La herencia de alma política Torquato creció bajo la fuerte influencia de la familia, especialmente el padre, que era un coronel2 en la región del Polígono de las Sequías en Rio Grande do Norte. El estereotipo del carácter del noreste fue notable por el patriarca. Según Torquato (2008, p.91), fue respetuoso visualizarla dentro de la autoridad litúrgica de un traje completo en la región tropical. Yo solía llevar en el antebrazo. Comerciante, agricultor y político, el viejo Gaudêncio todo controlado desde sus dos almacenes de grano. Prioridad a la educación de sus hijos, las condiciones que dan (por ejemplo, estudiando en otras ciudades), pero de retorno requerida. Todos los niños, con cargo a los recursos compatibles con esfuerzo lo prestados. Anotaba en un cuaderno las cuentas de cada árbol. La influencia política de la familia Rego en la región era viejo y se amplió con cada generación. El padre se convirtió en alcalde Luís Gomes y tres hermanos del periodista al mismo tiempo convertirse 2. El término “Coronel” designación como Patrimonio de la Humanidad es representativa de las edades de la Guardia Nacional, como se destaca en el prefacio Barbosa Lima Sobrinho Classic coronelismo, la azada y voto: el Consejo y el gobierno representativo en Brasil, Victor Nunes Leal: “La Guardia Nacional , creado en 1831 para sustituir a las milicias y ordenanzas de la época colonial, estableció una jerarquía de prestigio social o económica de su propietario, que rara vez dejan de estar entre los terratenientes. “Con el tiempo, el término “Coronel”, que corresponde al rango militar temprano, llegó a nombrar a quien estuviera dispuesto a pagar el precio fijado por el gobierno (LEAL, p.13). 155 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación en miembros, y los alcaldes tienen dos sobrinos. La infancia y adolescencia de Gaudêncio Torquato estuvieron marcados por la experiencia política, una época de relaciones radicales. La familia estaba vinculada a la Unión Democrática Nacional (UDN), el partido que nació en 1945 en la lucha contra el Estado Novo de Getúlio Vargas y aglutinados elementos aparentemente dispares. El padre, un líder local, experimentando unos enfrentamientos antiguos y tradicionales de política entre la UDN y el PSD. Este concepto se ha incorporado en los últimos años, en su comercialización del libro Política y gobierno: una hoja de ruta para las campañas políticas (1985), se centró en las campañas en los pequeños pueblos rurales. El interés del padre en el seguimiento de la escena política nacional, aun siendo Luís Gomes tan distantes en el centro de los acontecimientos, se tranquilizó con la lectura de los periódicos procedentes de Recife - invariablemente tarde. Gaudêncio Torquato era el niño que iba a la oficina de correos en la región buscan pila de ejemplares del Jornal do Commercio acumulado. La comprensión completa de la función del padre en la trayectoria viene con la madurez. Gaudêncio Torquato lamenta que hasta poco antes de su muerte es que se puede empezar a descubrir al máximo. El 22 de febrero de 1981, Gaudêncio Torquato Rego murió de un ataque al corazón a los 86 años. Influencias del pensamiento europeo comunicacional Gaudêncio Torquato, en una actitud de vanguardia, incluso en la década de 1970, comenzó a estudiar dos aspectos de la comunicación: el periodismo de negocios y marketing político. Si concentramos nuestra atención en Marketing Político, el avance fue más profunda de lo que puedes imaginar. Torquato con gran madurez y versatilidad que comenzó en su primer libro “Marketing Político y Gubernamental (Summus, 1985)” La elección de las metodologías de puntuación. El avance se produjo en un momento histórico para Brasil, ya que vivimos en un post-dictadura y la población estaba volviendo a aprender las lecciones de la democracia, que está en crisis en todos los rincones del planeta. Torquato dice que la crisis de la democracia representativa se refiere a las dificultades generadas por su actuación en el campo político. Esta idea compartida por uno de sus maestros intelectuales, Norberto Bobbio (Turín, 18/10/1909, Turín, 01/09/2004). En el diseño del filósofo italiano, la democracia promete muchas cosas 156 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales y falla: la educación y la justicia para todos, la victoria de la moral y de la ética sobre la corrupción, la distribución equitativa de la entrega, la seguridad de los ciudadanos. La respuesta de la sociedad a los compromisos adquiridos no se produce por la democracia orgánica aumentó - la creación y expansión de entidades intermedias - y la consiguiente formación de nuevas formas de representación. Nació, así, las organizaciones no gubernamentales, asociaciones, etc Esta organización universo busca llenar las carencias de la democracia representativa. Sin embargo, la representatividad es cada vez más fragmentado y esta confianza tiene que elegir a la planificación ya que las herramientas de marketing que sirven a un candidato político no puede servir a otro. Bajo este supuesto, Torquato discute en sus escritos sobre el tema, y sugiere que las campañas políticas, tanto los que utilizan el marketing político como la elección debe ante todo tener la planificación. Uno de los puntos cruciales de la planificación consiste en comprender el papel del votante. Gaudêncio explica que hay varios factores que influyen en la decisión del votante en el momento de la votación. ¿Cómo, por ejemplo, el contexto de las elecciones, el comportamiento del candidato y elector, y otros elementos externos. La verdad es que no hay un solo factor determinante para la votación, pero la suma de los factores de influencia que los votantes de plomo para decidir tal o cual candidato. En el otro lado de la cadena es el candidato que tiene que usar todo su potencial y, si es necesario, hacer lo mismo para ganar y convencer a su electorado. Las historias de éxito son mencionados en las obras de Gaudêncio, como el presidente Juscelino Kubitschek, Quadros, Alves Aluízio, Martin Luther King, John Kennedy, entre otros. Sin embargo, un sistema en particular, despierta la curiosidad de todos: el discurso nazi. Hay pocos políticos que durante toda su vida y todavía reflejaban reflejar las técnicas adoptadas por Adolf Hitler, el dictador que constantemente utiliza la propaganda para dominar a las masas. Gaudêncio Torquato, en su libro “Tratado de la Comunicación Organizacional y Política”, viene a incluir como apéndice un texto sobre marketing político de Hitler. Se utiliza como referencia, el best seller “La mistificación de las masas por la propaganda política”, el ruso Serge Tchakhotine (Constantinopla, 13/09/1883, Moscú, 24.12.1973). El microbiólogo se menciona varias veces por Torquato, quien, en una entrevista, señaló que la publicación es una especie de manual en el aprendizaje de los conceptos básicos de la propaganda política. El libro es una colección sobre los efectos de la publicidad en la opinión pública, a partir de la experiencia del autor de los regímenes totalitarios en Europa. 157 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Según el texto, las técnicas de propaganda ideológica y plomo en masa a embrutecimiento mental y psicológico. Hitler hizo sumergirse en los estados muchedumbre casi hipnóticos. Dominada las masas por la violencia psicológica, la violación. Es decir, la propaganda nazi no era más que la explotación de la doctrina de Pavlov sobre los reflejos condicionados. No es que Hitler ha estudiado la ciencia de Pavlov utilizó empíricamente, intuitivamente. El Führer3 podría unirse a tres conceptos, tres creencias que han terminado violentamente: la tecnología militar, el ethos guerrero y la filosofía de la integración de Clausewitz políticos militares (guerra es la continuación de la política por otros medios). La imagen de Hitler fue hecho a mano cada discurso, cada presentación en público. Torquato llama la atención sobre la cuestión de “imagen”. A medida que el Führer explorado los medios de comunicación de la época (radio y cine), Hoy, los candidatos deben estar más preocupados por el aspecto y la fluidez en los medios electrónicos. No siempre la imagen que corresponde a la identidad va. Lo ideal es que la imagen de la identidad, es decir, lo que un candidato es lo que se proyecta. La imagen debe estar estrechamente vinculada a la identidad. Si no es así, la imagen se dramatiza, pasando falso en sus pretensiones y convicciones. Gaudêncio en su obra magistralmente teje una línea de tiempo para construir una estrategia de comunicación en las campañas electorales. Es interesante llamar la atención sobre lo que advierte que el sentimiento de la maduración de la campaña no se puede llegar mucho antes, lo que se corre el riesgo de llegar a la fecha de la elección sin el punto culminante de la intención de voto a su favor. Acerca de marketing, dice, “las necesidades comercializador políticos, sobre todo para ser un estratega, un profesional con una visión sistémica de todos los ejes y de marketing. Eso simplemente no entiende una campaña en su publicidad llamada, un televisor propuesta de comercialización. ¿Quién es capaz de ver el interés de la sociedad nicho nuevo para los alumnos y los excesos de los gobernantes.” Esta multivisión marketing político profesional tiene que estar alineado con el momento en el que Brasil está viviendo y el comportamiento de los políticos contemporáneos. Gaudêncio Torquato, en su libro “The Age Old New”, hace una muesca en el tercer capítulo sobre el papel de los medios en la democracia y la cuestión de la parte 3. Führer en alemán, el “driver”, “guía”, “líder” o “jefe”. Fuhren deriva del verbo “llevar”. Aunque la palabra sigue siendo común en alemán, se asocia tradicionalmente con Adolf Hitler, que se utiliza para designar al líder de la Alemania nazi. 158 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales brasileña de un territorio y no una nación. En ambos textos, el periodista utiliza la importancia de los valores nacionales que estamos olvidando. En el caso de la prensa como trampolín para la divulgación de nuestros logros: la ciencia, creaciones, descubrimientos y hechos técnico-científica, la difusión no sólo en un lenguaje accesible a los nativos, sino a otros países. Si los medios de comunicación hacen de la vista gorda ante los hechos crea la restricción de la democracia, que es el derecho a la información. Torquato está anclado en pensador político e historiador francés Alexis de Tocqueville escritor (Alexis Henri Charles Clérel, vizconde de Tocqueville – 29/07/1805, 16/04/1859) dice que la prensa sea un eslabón fuerte de la construcción de la ciudadanía de un pueblo “El amor de prensa para la consideración de los males que impide, sino incluso de los bienes que produce.” Y arrematava, diciendo que la soberanía de un pueblo y de la libertad de prensa son dos totalmente correlacionados. Pensamiento Gaudêncio completa diciendo que la prensa en su misión de informar, interpretar, orientar, opinar, persuadir, argumentar, criticar, contextualizar, los medios proporcionan el equilibrio social. La prensa es uno de los mecanismos más eficaces para el proceso de desarrollo nacional. En el otro eje con respecto a la cuestión de los brasileños viven en un territorio y no una nación (Tratado de Comunicación Organizacional y Política), Torquato pone al lector a reflexionar sobre su condición de demostrar que a veces se quejan de la política nacional, pero no cargo de nuestros representantes actitudes. Vale es la democracia en América (Alexis de Tocqueville) para mostrar que, aunque escrito en 1835, el filósofo francés describe los fundamentos de la nación norteamericana, señaló que la doctrina del interés común, así entendida como la fuente capaz de formar una multitud de ciudadanos correctos y honorables mismos. Entre nosotros, el interés común es una abstracción. Pocos aceptan renunciar a su parte para salvar a otros. El país todavía registra el comportamiento y las costumbres de la barbarie. Muchos políticos no se afligen con los problemas del país. Por lo tanto, no encuentra el lugar de la nación. A medida que el periodista señala que nuestros políticos son en la actualidad más de Demócritos que Heráclitos4. 4. Demócrito: filósofo griego que se burlaron de la vida y del hombre, y sólo apareció en público con arrogante y burlona. Heráclito: filósofo griego que tenía compasión por la humanidad y se solidarizó. 159 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Consideraciones finales Al pasar por el territorio de las grandes historias, las comunicaciones corporativas, marketing y la política gubernamental y la enseñanza, Gaudencio Torquato cualquiera puede unirse como praxis y la teoría. Con su formación académica y el ejercicio en las salas de prensa, movimientos de periodistas y profesores de un área a otra, en una clara demostración de que la Escuela de Periodismo de forma práctica y profesional no sólo a periodistas. Los profesionales forman plural múltiple. En el caso de Torquato, la elección inicial fue el periodismo interpretativo, informes importantes - su contribución en el ámbito de la ACE temprano - pasando por la comunicación empresarial / organizacional / institucional - un área donde se convierte en pionera en la Academia y de referencia obligatorio para los estudiantes de esta rama de la comunicación. El ojo visionario abrió las puertas para la comercialización y la política gubernamental. A diferencia de la mayoría de los autores de Marketing Político, el periodista escribió y conoció a su conocimiento científico para luego aplicarlo en la práctica. Luego profundizó y reflexionó sobre lo logrado. Usando ahora la práctica para justificar la teoría. Gaudencio Torquato se encuentra con el ámbito intelectual y experiencia en campañas electorales, siempre que el mundo profesional de las claves para lograr buenos resultados. Y así, comparta su esfuerzo y su creatividad con las generaciones de investigadores, periodistas y publicistas. Referencias BOBBIO, Noberto. O Futuro da democracia. São Paulo: Paz e Terra, 2000. HANTKE, Suzi Garcia. A pioneira trajetória de Gaudêncio Torquato na pesquisa comunicacional brasileira. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). São Paulo: ECA-USP, 2006. LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. São Paulo: Alfa-Omega, 1975. TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de comunicação organizacional e política. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 160 Una carrera académica y Gaudêncio Torquato: La metodología del marketing político en las campañas electorales ______. Marketing político e governamental: um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação. São Paulo: Summus, 1985. ______. Comunicação empresarial e comunicação institucional – conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. ______. Jornalismo empresarial – teoria e prática. São Paulo: Summus, 1987. ______. A Democracia no Brasil: Pensamento Social, Cenários e Perfis Políticos. São Paulo: CIEE, 2001 ______. Cultura, Poder, Comunicação, Crise e Imagem - Fundamentos das Organizações do Século XXI. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2012. ______. A Velha Era do Novo: Visão sociopolítica do Brasil. GT Marketing e Comunicação, São Paulo. 2002. ______. Gaudêncio, Meu Pai: Memórias de um tempo. São Paulo, 2008. TCHAKHOTINE, Serge. A Mistificação Das Massas Pela Propaganda Política Tradução: Miguel Arraes. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1967. SOUZA, Maria Tereza. A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato. Monografia ECA-USP, São Paulo. 2003. Disponível em <http://www.eca.usp.br/pjbr/arquivos/monografia2_f.htm>. Acesso em 21/03/2010. SOUZA, Rose Mara Vidal de Souza. Metodologia para o ensino do jornalismo: O pioneirismo de Luiz Beltrão no CIESPAL aplicado na atualidade. Trabalho apresentado. 161 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación 162 Los senderos de mi camino (La lámpara del análisis de políticas) 6. Los senderos de mi camino (La lámpara del análisis de políticas) Gaudêncio Torquato1 “Mil caminos existen, aún no palmilhados mil islas ocultas de la vida. Aunque todavía no se agota ni descubrió que el hombre y la tierra de los hombres. “ Zaratustra, Nietzsche creó el intérprete para dar las señales humanas para su plena realización, ha sido un faro en mi vida. Valgo cada momento de la protagonista de alguna curva que venga en mi camino, ya sea en forma de incredulidad, desesperación o duda sobre la dirección a seguir. Mi vida ha sido así: llena de interrogaciones, búsquedas y hallazgos. Desde el tiempo de un niño en Luis Gomes (RN), cuando se establece el primer contacto con el mundo del periodismo, que sostiene una lámpara a mi padre, Gaudêncio, podía leer el Jornal do Commercio, Pernambuco, cuyas ediciones llegó tarde y a lomo de mula, procedente de Pau de Ferro, quien se desempeñaba como región central de una empresa de transportes. Desde los tiempos en que, en Recife, comencé 1. Periodista graduado de la Universidad Católica de Pernambuco, es un pionero del marketing político y la comunicación organizacional en el país y uno de los mayores especialistas brasileños en estas dos áreas. Profesor de la Universidad de São Paulo, profesor y doctor en comunicación, coordinada y operada mayoría campañas políticas (gobiernos estatales y municipales) y proporcional en varios estados. Semanal de los domingos, sus artículos son publicados en el diario O Estado de S. Paul. Sitio: www.gtmarketing.com.br 163 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación mi carrera profesional trabajando en las oficinas del periódico en Brasil, Correio da Manhã, Folha de S. Paulo y el Jornal do Commercio, cuando, en 1966, ganó el Premio Esso Nacional en la categoría de Periodismo Científico. Ya en 1967, cuando aportei en Sao Paulo, para trabajar en los Suplementos Especiales Folha de S. Paulo, los horizontes descortinavam arriba. Sao Paulo, el gran encuentro São Paulo, la locomotora de Brasil, era el puerto de destino. Luego plantó las semillas de mi vida personal y oportunidades garimpei que se presentaban en la cosecha profesional. En la mayor metrópoli brasileña, conquistar el espacio era una cuestión de voluntad, el coraje de enfrentar obstáculos, y también el trabajo en equipo. A partir de este valor. En la Folha de S. Paul, el éxito se debe al “comandante” Calazans Fernandes, reportero alma, texto magistral, una de las más brillantes potiguares he conocido. Calazans se hizo un nombre en el Río papeles, de nuevo en el luminoso Diário Carioca, Tribuna da Imprensa y la revista antigua de Brasil. En sus manos, llegó, Manuel Chaparro y yo, el Barão de Limeira, para continuar el éxito del proyecto: Suplementos en la realidad brasileña, la experiencia más densa y completa de periodismo interpretativo de finales de los años 60. El Suplemento “Gran São Paulo, el Desafío del Año 2000”, más de 500 páginas, dividido en cinco ediciones del domingo, cuando la Folha de S. Paulo inauguró su impresión en color, fue sin duda el proyecto periodístico más animado en una metrópoli brasileña. Ali ha desarrollado una amplia experiencia en el periodismo, junto a otro magistral realizada en la prensa de la época, entre ellos el Grupo de Realidad, y el Jornal da Tarde, grupo O Estado de S. Paulo, proyectos centrados en el análisis de los hechos y el contexto de los temas. Se formó un equipo ejemplar, bajo el mando general de Calazans y la dirección de la escritura Chaparro, periodista de primera categoría, cuatro premios Esso informe, celoso y un maestro del estilo conciso y preciso. Chaparro fue y sigue siendo un artesano de la palabra en la estela de un extraordinario esfuerzo en la búsqueda de la verdad. Si alguien me preguntara cuál es la mayor cualidad de un periodista, sin duda apuntaría en la determinación feroz para encontrar la verdad. Y si se me pidiera un ejemplo, apuntaría: Carlos Manuel da Conceição Chaparro. 164 Los senderos de mi camino (La lámpara del análisis de políticas) En principio interpretativo para recoger equipaje, aceptado, listo, la invitación de José Marques de Melo, el icono y la investigación de los estudios de comunicación en Brasil para enseñar en la Escuela de Casper Libero, Avenida Paulista, 900. A principios de 1968. Tenía sólo 22 años. Marques ordenó al campo de la escuela de periodismo que Casper Libero fundada en el año 1945. Visionario como era y es, hay decidió desplegar un marco avanzado de la investigación en comunicación. Desde el brazo derecho Luiz Beltrão, nuestro maestro de maestros, en Recife, Marques se convertiría en el centro de formación e irradiación comunicación brasileño del pensamiento. Fue allí, bajo su inspiración y se creó el Intercom, la Sociedad Brasileña de Estudios Interdisciplinarios de la Comunicación. En Casper, el lugar de nacimiento de mi actividad en la profesión docente, pasó más de 25 años, la enseñanza de algunos temas, entre los cuales, el periodismo interpretativo. En 1969, también alentado por él, pido un profesor asistente en la USP y comencé mi carrera universitaria en la Escuela de Comunicaciones y Artes, integrando el primer núcleo del periodismo y el desarrollo de proyectos pioneros. Pero nuestro piloto no se ajustaba a navegar en un río. Él nos sacó - yo y otros colegas - a las aguas del Instituto Metodista, donde desde hace varios años, enseñó en el Posgrado. Lo mismo ocurrió con la Alcantara Machado, donde él, Marques, siempre liderando proyectos, implementó el área de comunicación. Devoto del “santo de Alagoas”, también vi a mi colaboración. Había numerosos seminarios, conferencias, reuniones técnicas y eventos de todos los tamaños - en el ámbito de la comunicación multidisciplinar - en la que he participado, dando una palabra aquí, ofreciendo un argumento ahí, contribuyendo a la vitalidad del debate. Siempre el líder en queroseno Marques de Melo, comencé a subir las escaleras del gimnasio, hacer la tesis doctoral (1973) y Profesor Titular (1983) hasta, conseguir, de vuelta en el 90, el nivel de competencia por el Profesor Asociado y Profesor. Los retos, la necesidad incesante de buscar nuevas rutas y la banda de rodadura, las obligaciones impuestas por la carrera universitaria se unió al mortero que me permitió construir el edificio de mis ideas en el campo de la comunicación. Decidí ir por las laderas de experiencia periodística. Más precisamente, el campo de la comunicación organizacional. Por lo tanto, es apropiado para conceptualizar y describir las rutas de senderismo. 165 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación La comunicación organizacional a) El Periodismo Empresarial Le explico que en mi vida profesional, solía caminar dos pies en líneas paralelas. Un pie en la puerta del mercado, otra situación académica en el cobertizo. I consistentemente actuar en ambos compartimentos. Saliendo de la Folha de S. Paulo, bajo la idealización de Chaparro, en PROAL, asesoramiento de expertos en los periódicos de negocios. Este fue el lugar de nacimiento de la comunicación organizacional. Entonces, empecé a construir la primera empresa brasileña teórico del periodismo. En los Cadernos Proal, pionero en el campo del periodismo de negocios, procesados, en una segunda fase, en Cuadernos de Comunicación PROAL. En la II Convención Nacional de Aberje (en ese momento la entidad se limitó al eje del periodismo de negocios) en 1968, hizo la primera incursión País teórica sobre el modo periodístico, a través de un trabajo titulado “Periodismo de actividad: objetivos , los métodos y la técnica “, que dieron origen a la PROAL primer portátil. He intentado sistematizar el concepto, de las definiciones y alcances de periódicos, boletines y revistas de negocios. Le dio el nombre de un tipo que albergaría las pinturas que salieron de la academia. De hecho, el periodismo de negocios fue el área que más se expandió en los años 1970 y 1980. La USP fue pionera en la creación de la disciplina “periodismo emprendedor” bajo mi responsabilidad. Fue liberado de la semilla que brotaría un bosque de árboles verdes, frutas y mucha discordia diversificada. Una gran controversia se instaló en el mercado y la academia. Los periodistas fueron acusados por los profesionales de relaciones públicas para “invadir” su territorio que consideraban el caso, la producción de publicaciones de la compañía. Incluso el área de prensa fue motivo de disputa entre los dos campos profesionales. En las zonas de unión de los periodistas y el asesoramiento de profesionales de las relaciones públicas, el desarrollo de la discusión feroz sobre periodismo económico. Confieso que, desde el principio, yo siempre tenía la respuesta en la punta de la lengua a la pregunta: “¿Quién jurisdicción está establecida, ya sea relaciones públicas profesionales, es un periodista”. Adjetival examinó esta cuestión. Sustantivo siquiera debería ser la tarea de ampliar las fronteras de la comunicación empresarial. En 1973, presenté la primera tesis doctoral en América Latina en el campo de periodismo y comunicación corporativa, que desarrolló el alcance presentados en el primer ensayo sobre el tema. 166 Los senderos de mi camino (La lámpara del análisis de políticas) Recuerde que el mercado comenzó a ofrecer buenas perspectivas. Por un lado, sintió la necesidad de las empresas para desarrollar la identidad públicamente, en un intento de crear imágenes compatibles y adecuadas para el inicio de la modernización. Por otro lado, tenía que ser el objetivo de la integración de los programas internos tradicionalmente llevadas a cabo por el sector de recursos humanos, pero no necesariamente con la eficiencia que el mercado y la supervivencia de la empresa requería. De esto tiene doble escala, desplegó esfuerzos y, en consecuencia, los diferentes puntos de vista alrededor de estructuras capaces de asumir una mayor responsabilidad en la planificación de la misión corporativa y la ejecución de acciones de comunicación. Brasil ha dejado un período autoritario. El miedo todavía reinaba en ambientes interiores, y las estructuras de recursos humanos controlan a los contratistas profesionales. Vivió, pues, bajo el signo de la comunicación observaba. En la década de 1970, el mercado laboral mostró signos de saturación periodismo. La mayor parte de los profesionales de los medios respiraba una atmósfera de “periodismo revolucionario”, que atrajo idealista a los frentes de batalla contra el “imperialismo” - en este caso, el poder económico y las estructuras empresariales. En los espacios de formación de opinión, debate acirrava la dicotomía entre un mundo de buenos y malos, oprimidos y opresores, a la izquierda ya la derecha. Capas discurso intelectual separaba la “antigua” y “moderna”, el “apocalíptico” e “integrado” en la perspectiva descrita por Umberto Eco para establecer cuotas insertadas en la comunicación de masas moderna y sus opuestos. Siendo ayudante de prensa de la época, era equivalente a tener el sello estampado en la frente “que se venden a los capitalistas.” Dado este marco, tuve la osadía de enfrentarse al “muro de la moral”, en realidad el conjunto de prejuicios contra el capital. En ese momento, la división ideológica se siguen rigiendo por los viejos patrones: la predicación de la lucha de clases y de las relaciones capital-trabajo se presenta como un juego de suma cero, una victoria sería el punto de equilibrio con la muerte de otro. Entradas de asociación e integración se han eliminado de las páginas de la negociación colectiva. Los obreros y los empleadores se habían opuesto alfabetos. Por lo tanto, un desafío inimaginable que alguien en el mundo académico optan por un ejercicio de reflexión en el negocio, especialmente cuando la reflexión se extendió el campo de la comunicación, y peor aún, cuando esto ocurrió en la esfera de centro científico más grande de fabricación en el país, un polo excelencia del pensamiento, de la Universidad de São Paulo. Escuela de Comunicaciones y Artes, se atrevió a llevar a cabo mi trabajo académico y de libre doctoral enseñanza (Torquato, 1973, 167 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación 1983), dirigida inicialmente a la sistematización del periodismo y de la comunicación corporativa, y, posteriormente, para la construcción de modelos integrados comunicación como la definición de la eficiencia y efectividad organizacional. A partir de entonces, siguió un largo camino en la formación de los estudiantes (pregrado) y profesores (postgrado) en áreas relacionadas con la comunicación empresarial y relaciones con la prensa. Temas específicos comenzó a crearse en otras universidades. Esta incursión ha generado disertaciones y tesis académicas. El mercado de trabajo comenzó a recibir órganos más funcionales preparados y algunos de sus miembros han alcanzado altas posiciones en las estructuras profesionales corporativos. La comunicación empresarial ganó estado. b) Comunicación Empresarial Uno por uno, los viejos prejuicios fueron cayendo y las disputas entre los periodistas y las relaciones públicas a reflujo, principalmente a causa de las industrias respectivas corporativismo dio paso al factor de competencia. Las empresas comenzaron a contratar a criterios profesionales de calidad para las cualificaciones profesionales que no requieren zonas más exclusivas de la comunicación. En los negocios, los modelos de comunicación se han hecho más compleja con la aparición del subsistema de comunicación. Los sectores de marketing, históricamente distante, se acercó a la comunicación en los negocios debido a la necesidad de diseñar e implementar programas y proyectos de cooperación. Finalmente, incluso los más rebeldes y resistentes “pensadores” en contra de la actividad de la comunicación empresarial se vieron obligados a revisar sus posiciones. Algunos de ellos incluso unirse a las entidades públicas para desarrollar programas de comunicación que detestaba negocio. A finales de 1970, dentro de las organizaciones, realizó un fuerte énfasis en los valores y las asociaciones de solidaridad, la forma de “calentar” el clima interno. El papel de la comunicación como eje de la palanca apareció como estrategia de movilización de movilizar a los trabajadores en torno al objetivo de dar lo mejor de sí para la organización. Desde el punto de vista externo, la propaganda siguió puliendo la imagen corporativa. Se observó, sin embargo, disputa disimulado entre las diferentes áreas - recursos humanos, relaciones públicas, marketing, periodismo y ventas - para operar el sistema de comunicación. Los modelos empresariales de primera comenzó entonces a aparecer. 168 Los senderos de mi camino (La lámpara del análisis de políticas) En 1983, defendí mi tesis se convirtió en profesor, delineando un modelo sistemático para dar cabida a las áreas de la comunicación empresarial. Ya no se ajustaba a tratar exclusivamente con el periodismo de negocios, un dedo entre los diez blanco de la comunicación. Vislumbré esta hipótesis y comenzó a desarrollar en el gimnasio y en el mercado. En Bonfiglioli Corporation, propietaria de cuarenta empresas, estableció un modelo sistémico de la comunicación, la incorporación de los medios de comunicación clásicos nichos de negocio - periodismo, medios de comunicación, las relaciones públicas (eventos, marketing interno), publicidad (institucional y de mercado), publicaciones (libros y folletos), etc sistema de búsqueda. Drew, por lo que uno de los primeros modelos de la comunicación corporativa en las organizaciones complejas. c) El poder expresivo La base conceptual de la obra de Bonfiglioli amparava en defensa del concepto de poder expresivo, lo que sumado a la tipología de las competencias asumidas por Amitai Etzioni (1974) en su análisis del poder en las organizaciones complejas. En otras palabras, además de las facultades normativas remunerativo y coercitiva, trató de demostrar que el poder de la comunicación es fundamental para los objetivos del compromiso y la participación y el logro de la eficacia. Abro un paréntesis para explicar la base de esta propuesta. Si el poder es la capacidad de una persona para influir en otra que aceptar que las razones de la primera, se produce inicialmente por la fuerza de la argumentación. La relación de poder se establece como una consecuencia del acto comunicativo. El poder de la comunicación todavía está presente en el carisma, la brillantez este extraordinario expreso líderes y que se encuentre en la eficacia de la intervención, en la palabra, en el gesto, en la presentación personal. El carismático tiene una inmensa capacidad de integrar y armonizar los discursos semántico y estético. Y, sin embargo, la condición se cumple ambientes animados, atraer la atención y la simpatía de los oyentes e interlocutores. En las organizaciones, la comunicación se utilizan de diversas maneras. Se desarrolla por un lado, un conjunto de las comunicaciones técnicas, instrumental, burocráticos y normativos. Al mismo tiempo, hay situaciones de comunicación expresiva, centrándose en las habilidades y capacidades, comportamientos y posturas de las fuentes. La comunicación expresiva humaniza, suaviza, co-opta, place, divierte, conversos, 169 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación impactos, sensibiliza. Cuando el contenido de las comunicaciones es instrumental muy densas, las organizaciones se convierten ambientes hostiles y áridas. De lo contrario, cuando las comunicaciones expresivas ampliar los flujos de informalidad, los climas organizaciones dan paso a alegre, amable, solidaria, humanizada. La comunidad se vuelve más relajado y de apoyo. Esta comunicación es importante palanca de movilización interna, que está orientado a las operaciones y actividades de rutina, así como la animación de ambientes interiores. La comunicación se convierte en la homeostasis de la vitamina, promoviendo el equilibrio interno. El acuerdo de compromiso, los niveles de motivación dependen de este sistema. Las aguas abajo del flujo de comunicación y las funciones de aguas arriba como venas abiertas que causan el flujo de sangre hacia el lado, hacia arriba y hacia abajo. Si una vena se bloquea, el cuerpo muere. El sistema de comunicación es desbloquear las venas. La imagen es útil para entender los cuellos de botella del sistema de organización. Hay una tendencia en las organizaciones para retener la información en los niveles intermedios, es decir, los jefes bajo su administración, no le gusta para pasar información a sus subordinados, porque sería compartir el poder con ellos. Holding “el balón en el centro del campo”. Y así estrangular procesos. Un sistema de la función de comunicación abierta como un ariete para romper a través de los pliegues, cuellos de botella. No se puede olvidar, sin embargo, que el poder se ejerce también por el rumor de rumor. Los rumores aparecen como una forma de amenaza. Rompiendo red informal, puede desestabilizar el clima interior y extrapolar a los límites exteriores, la sensibilización del público. Es necesario identificar ese punto van y quiénes son sus beneficiarios. Por eso es importante identificar el poder de feudos. En la mayoría de las grandes empresas, se desarrolla una tendencia a crear espacios cerrados. Enclausuran personas en grupos pequeños, los privilegios que defienden. Las peleas son como los tumores que deben ser lancetados, de lo contrario dejar el tejido contaminado, enfermo y acolchonada. Es de notar, sin embargo, la fuerza del poder del líder informal, la persona que no ocupan cargos formales, no lleva a la estructura de poder, jerarquía. Con ella muchos consejos. Esta persona debe ser valorada, porque su poder es capaz de mejorar los climas y ambientes de equilibrio, lo que hace más saludables y más agradable. El compromiso profesional tiene mucho debido a la capacidad de convencimiento y la persuasión de los líderes informales. Estos fueron algunos de los vectores de fuerza analizados. 170 Los senderos de mi camino (La lámpara del análisis de políticas) Traté de implementar el modelo en el mercado a la universidad, al mismo tiempo, en el gimnasio, ajusté los temas y enfoques utilizados para experimentar. Ganado curso, por lo que la comunicación comercial a largo plazo, fruto de la tesis se convirtió en profesor de organización y comunicación. d) La Comunicación Estratégica Si en la década de 1970 la Comunicación alcanzado un alto nivel en las organizaciones, en 1980 invirtió el concepto estratégico. La estrategia consistía en presionar la necesidad de la organización para ser el primero en el mercado o más en el segundo. El objetivo es el posicionamiento. Las grandes corporaciones y los modelos fueron moldeados a partir de la idea de la centralización de las funciones de llamadas y medio (planificación, recursos humanos, comunicación) y la descentralización de las funciones de llamadas de orden (fabricación, ventas y distribución). La profesionalización se consolidó y los marcos de periodismo las redacciones de los principales periódicos y revistas importantes asumido importantes funciones en las empresas. La entrada de los periodistas en las empresas dio nuevo ritmo a la comunicación empresarial y las universidades tuvieron que reforzar el concepto, dando rienda suelta a cursos específicos. El posicionamiento de la más alta profesional caracteriza la década de 1990. De hecho, él ha sido un intérprete eficaz de los efectos de la globalización, especialmente en relación con el enfoque del discurso y la estrategia para dar claridad a la identidad y la imagen de la organización. El comunicador se ha convertido en un lector agudo de la necesidad de la empresa estratégicamente interactuar con el entorno y competir en un mercado abierto a nuevos conceptos y nuevas demandas. La globalización ha proporcionado, sin embargo, la frase inicial del universo. Los discursos se convirtió en negocio intensa, va a causar más ecos. Los medios de comunicación especializados, a su vez, comenzaron a exigir nuevas actitudes y nuevos comportamientos de las empresas. No acepte la postura de la contracción. La comunicación con los poderes cobrado fuerza debido a que las decisiones importantes en la agenda nacional de las instituciones políticas. Los grupos de presión, incluso la elaboración de proyecto de ley pendiente que ofrece la legalización, dio lugar a un nuevo nicho: la creación de redes y asesoramiento político. Las comunicaciones de mercado ensejava nuevas oportunidades a los consultores políticos. En este contexto, surgió el 171 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación director perfil de las relaciones institucionales, cuya atención se vuelve hacia el Congreso Nacional, el Ejecutivo y el Judicial. Incluso en la década de 1990, ciertos fenómenos se hicieron sentir con intensidad. Con la sociedad más organizada, las entidades intermedias se hizo fuerte. El universo asociativo ganó fuerza debido también desacreditar a la clase política y la administración pública. Las organizaciones no gubernamentales, que se distribuyen en todo el país, elegidos parlamentaria como los religiosos, los abogados, la policía de la de ruralistas. Organizaciones no gubernamentales, espacios abiertos, reforzada en las directrices que dictan medias para los medios sociales y su influencia en expansión junto a los poderes organizados. Las empresas también han cambiado, rompiendo cúpulas. Los empresarios han dejado las cámaras de refrigeración y sellado en la fábrica, mientras que nuevas relaciones con clientes ganados densidad. Estaban en juego la competitividad feroz, la búsqueda de la calidad, relaciones con nuevos clientes y estrategias para abordar los poderes. En la comunicación interna, las empresas corrían el foco en el clima organizacional. La encuesta interna se fortaleció. Antes de definir y aprobar la política de comunicación externa, la empresa decidió examinar el grado de temperatura interna. La investigación por lo tanto la cartografía expectativas, deseos, angustias, alegrías y los disturbios generados por la comunidad el tema salarial, el entorno físico de la empresa, el tipo de cultura y estilo de gestión. La década de 1990 también fue fértil en el campo de la gestión. Multinacionales se rehace, la fabricación de productos a través de una reingeniería operativa, cuyo principio fue definir en la unión de piezas o componentes fabricados en lugares diferentes, ensamblados y montados en un espacio centralizado para formar un todo. Ciertos componentes, en función del sector industrial, fueron y son importados del extranjero. Otro de los retos a finales de la década se relacionan con los efectos de la globalización. El respeto o no de las culturas locales específicas regionales, o no conservar, conservar o no la identidad global de la organización y también cómo conciliar estos conceptos? Estos fueron algunos de los temas de ebullición. La beca, en los años 1980 y 1990, fueron inspirados y guiados por casi tono periodístico, que abarcan cuestiones de forma y lenguaje, tipología de la comunicación organizacional, etc abanico temático. Por desgracia, las ausencias de gran tamaño siguen haciendo sentir. Mucho queda por hacer. Así, lagunas abierto, con las relativas a la necesidad de una investigación sobre los programas de reingeniería organizacional, así como con respecto a la importancia de la comunicación para el 172 Los senderos de mi camino (La lámpara del análisis de políticas) equilibrio de interiores. Sería más conveniente y mejor investigar la relación entre la cultura, el clima y la comunicación. Poco se evaluar los niveles de recepción de la comunicación. Siéntese necesidad de la investigación sobre las culturas internas, lo que representan, cómo se desarrollan y cuál es la influencia de la comunicación en el clima organizacional. Tales puntos de vista aún no ha recibido la debida atención de los investigadores brasileños. El campo está abierto. Desde el punto de vista de la comunicación externa, el requisito girado en torno a los conceptos de transparencia y visibilidad. La competitividad se ha agudizado y la competencia para realizar una comunicación de marketing con la publicidad ganado intensidad. Como resultado, vemos el desarrollo de la comunicación política en las empresas. Organizado sociedad deben tratar de cumplir, por todos los medios y formas de todos, sus intereses y puntos de vista ante el Parlamento Nacional - que es legítimo. Le explico a continuación. e) La Comunicación Política Este tipo de comunicación significa que las organizaciones aducir política descubiertos. El término “política” en este caso es la dirección de inserción de la organización en la comunidad política. Con la expansión del universo de la frase, la palabra y las ideas, las organizaciones gubernamentales, los gobiernos y los políticos se vieron obligados a mejorar los enfoques y lenguajes, con el objetivo de mejorar la imagen y la visibilidad. Organizaciones brasileñas de todos los tamaños y sectores a raíz del crecimiento del concepto de participación, desarrolló un papel político más importante en la sociedad, cada vez más presente en el panteón de la ciudadanía. Los empresarios dejaron las cúpulas, la apertura al pensamiento medios de comunicación, la defensa de posiciones fuertes en favor de la modernización política e institucional, así como discutir la eficiencia de las políticas públicas. Iniciado por tanto una función de carácter político. Los representantes de los sectores productivos, finalmente decidió encarnar un papel político. La comunicación en las organizaciones, por lo que la manteca es una visión política. Se entiende que la empresa hace que el marketing político en el transporte de su forma de pensar a la sociedad con el fin de establecer la identidad, defender o tomar una posición. Sucede que en Brasil el tiempo “política” estaba muy contaminado y se identifica a menudo con la política partidista de edad. Será necesario, por tanto, rescatar este “nuevo-viejo” sentido de la política, dándole el significado apropiado. 173 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación f ) La Comunicación de Gobierno Los caminos se están ampliando. A finales de 1980, la comunicación empresarial avanzada en los gustos de la comunicación gubernamental y marketing político. Este avance se hizo a raíz de la consolidación de un nuevo espíritu de ciudadanía, la sociedad civil nacida de una manera más organizada y cada vez más conscientes de sus derechos y deberes. En 1986, después de que el clima del medio ambiente y la frase inicial del universo (grandes historias de acusaciones surgieron en ese momento), me hizo un punto de trabajar en otro campo de la comunicación especializada en la nueva ola de la motivación y el espíritu del tiempo de integración. Elegí el mundo de la comunicación del gobierno, que hasta ahora carecen de mapas y carece de formulaciones conceptuales. Comencé a preparar planes maestros para los ministerios de comunicación. Fue un período de nuevos descubrimientos. Durante la primera fase del Gobierno Sarney, Fernando César Mesquita, director del Departamento de Comunicación de la Meseta, decidió crear un Comité de Comunicación Estratégica, compuesto por 25 nombres de expresión, establecer pautas para la comunicación gubernamental. Las ideas fluyen, pero la ejecución de los proyectos dejan que desear. El gobierno se había perdido en la selva de planes para restaurar el poder de la moneda. Como secretario ejecutivo de la comisión, me sugirió, después de algún tiempo, su propia disolución señalando que no había ambiente para practicar las sugerencias ofrecidas por el consejo. En primer lugar, el gobierno debe averiguar “qué” para comunicarse. Esta experiencia agotadora, con la proposición de algunos ministerios y estrategias para formular un modelo centralizado de la comunicación gubernamental en el Poder Ejecutivo, se trataba de marketing político. g) El Marketing Político En ese momento, era ampliar el alcance de la comunicación, tratando de agregar a sus nuevos ejes - encuestas de opinión, la formación del discurso (de identidad), la articulación y la movilización de las masas. Alentado experiencia en campañas políticas para el gobierno algunos estados de Ceará, donde se produjo la primera pieza de la campaña de planificación Tasso Jereissatti del gobierno, reunir conocimientos especializados en ambos campos y puso en marcha un tercer libro, Marketing político y gubernamental : programa de trabajo para las campañas políticas y estrategias de comunicación (Torquato, 174 Los senderos de mi camino (La lámpara del análisis de políticas) 1985). Me di cuenta de que se desarrolló en el país, un vasto territorio: la comercialización de marketing político y electoral político permanente, centrada en el apoyo a los candidatos electos, tanto del Ejecutivo y el Legislativo, los tres niveles de la Federación. El ambiente era acogedor. Los ejecutivos de poderes - los alcaldes y gobernadores - abrió espacios para la instalación de las estructuras de comunicación del gobierno con vistas a espacios cada vez mayores de visibilidad, identidad y rendición de cuentas a la comunidad política. La sensibilidad y el interés fueron impulsados por el surgimiento de la feria estatal, que comenzó a ejercer una gran influencia sobre los miembros de la comunidad política, representantes y lo representado. En los últimos años, dejando el liderazgo y la coordinación de campañas, comencé a actuar como consultor político, contribuir a la planificación y orientación del discurso de los candidatos, la realización de la investigación, haciendo sesiones de información para la creación de la publicidad, la promoción de los ajustes a los instrumentos utilizados en las elecciones del sello electoral proporcional y de mayoría. El análisis y la interpretación de la política Termino este relato con mi inserción en el vasto territorio de análisis político. O Estado de S. Paulo, el periódico brasileño más respetado, abrió la oportunidad para que haga los domingos, un artículo sobre la política. Durante casi dos décadas, cumplir esa misión. Con alegría y orgullo. El desafío consiste en encontrar nichos aún no alcanzados, temáticas todavía no desarrolladas. O encontrar aspectos diferentes para temas ya evaluados. Sin embargo, Brasil es y seguirá siendo un laboratorio de vivencias. Como subrayé al inicio de esto texto, despierta mi curiosidad. Mueve en mí el deseo de buscar respuestas a grandes preguntas. Zaratustra, con su luz, sopla a mis oídos: “Sigo nuevos caminos, un nuevo discurso me anima: como todos los creadores, me cansé de las viejas lenguas. No quiere más mi espíritu caminar con suelas desgastadas”. 175 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación 176 Testimonios Sobre Gaudêncio Torquato 7. Testimonios Sobre Gaudêncio Torquato Adolpho Queiroz Profesor de posgrado Mackenzie Uno de los grandes méritos que el profesor Gaudêncio Torquato aporta al gimnasio es comenzar a investigar la innovación y se relacionan con el marketing político. Su espíritu pionero se pone de relieve en la Universidad de São Paulo, en Intercom también se refleja en la Asociación Brasileña de Consultores Políticos (Abcop). Importante, su meta de trabajo nuestro camino, el camino de las nuevas generaciones de investigadores que siguieron. Su libro de Marketing Político y de Gobierno, escrita en 1985, leer con los ojos de hoy demuestra lo mucho que queda por hacer para ampliar el campo en Brasil. He estado siguiendo su trabajo no sólo para el punto de vista intelectual, sino también en la vida cotidiana a través de sus correos electrónicos y comentarios en el periódico O Estado de S. Paulo. Él sigue siendo un punto de referencia importante de nuestro campo. El marketing político debe mucho a Gaudêncio Torquato, para su inclusión tanto del punto de vista académico como profesional. 177 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Ailton Barcelos Fernandes Consultor, ex vicepresidente de la Corporación de Bonfiglioli, Secretario Ejecutivo del Ministerio de Industria y Comercio, después de haber ocupado el cargo de Ministro Durante 30 años, el Torquato y yo estábamos en una de las diez mayores conglomerados empresariales brasileños. Pioneer, que ocupó el consejo de administración de las estrategias de comunicación corporativa, desarrollamos un modelo sistémico absolutamente innovador. El contenido que tenemos hoy sobre las relaciones complejas en entornos empresariales, decidido e implementado hace 30 años. Fue el primer modelo sistémico en funcionamiento en Brasil, que nos honra también. Un modelo hoy pionero e innovador. Torquato fue brillante porque era con su sofisticación teórica y práctica característica absolutamente para generar el primer modelo corporativo de la comunicación corporativa. Americo Tângari Júnior Cardiólogo Soy un amigo, lector y médico de Gaudêncio hace 20 años. Lo considero una de las personas más inteligentes que he conocido durante este período. Para mí, es un privilegio vivir con el maestro, debido a la gran enriquecimiento cultural prevista por él y su presente humanista y ética en su trabajo en el periodismo y en la vida. Cândido Vaccarezza Congresista (PT-SP) Gaudêncio Torquato reunió por primera vez a través de sus textos publicados por varios diarios brasileños, y leer su columna Crumbs sitio Porandubas. Luego la vida nos llevó a un contacto personal y se hacen amigos. El Gaudêncio conocí a las lecturas, un hombre sagaz, profundo, con un análisis preciso y escribir bien, hasta entonces, una figura distante. Aquí apreciamos el amigo, alguien que se preocupa 178 Testimonios Sobre Gaudêncio Torquato por la vida. Puesto que la vida del ciudadano común y desconocido, siempre nos lleva a reflexionar sobre diversos temas o sobre la política brasileña, o la vida nacional e internacional. Carlos Ayres Britto Presidente de la Corte Suprema Soy un lector ávido y viejo Torquato Gaudêncio. Él es un científico político, profesor, erudito, un hombre de gran sensibilidad. Como se suele decir hoy en día, dotado de una gran sensibilidad. Así que se convirtió en un observador privilegiado de los escenarios jurídicos y políticos en Brasil y en todo el mundo. Y no es por casualidad que goza del mayor respeto científico. La evaluación se hace sobre una persona que es eminentemente republicana, siempre enarbolando banderas que indican los valores positivos y califican a la persona y la vida. Carlos Eduardo Lins da Silva Periodista y profesor universitario Torquato conocí hace cuarenta años. Cuando me convertí en un estudiante de primer año en la Escuela de Casper Libero fue uno de mis maestros. Durante este período, tenía a su lado una serie de excelentes experiencias personales y profesionales. He trabajado en PROAL, una compañía que él fundó, y Luiz Carlos Chaparro Carrión, que era y sigue siendo una referencia para el periodismo y la comunicación empresarial y organizacional. Entonces yo era su colega como profesor en la Escuela de Comunicación y Artes de la Universidad de São Paulo. Hemos trabajado juntos en una serie de debates sobre marketing político. Gaudêncio Torquato es una las principales referencias de la comunicación en Brasil, una de las personas más influyentes en todos los ámbitos en los que trabajaba. Es más que merecedor de este honor está haciendo para él. 179 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Chiquita Torquato Madre Yo tenía 11 hijos, hijastros y diez de crianza creado cinco más. Gaudêncio siempre fue un chico muy dulce, no pelearse con nadie. Él estudiaba en el seminario en Mossoró, dirigida por sacerdotes holandeses que querían llevarlo a Holanda. No me fui. Durante seis años estuvo en el seminario. Gaudêncio quería ser sacerdote, pero él quería abrazar una carrera en el periodismo como de hecho se hace ejercicio. ¿Quién sabe hoy en día podría ser un obispo! Garibaldi Alves Filho Ministro de Seguridad Social Nosotros, al norte del Río Grande, que se siente más orgulloso carrera emprendida por Gaudêncio Torquato, que sostiene hoy en la prensa brasileña. Cuando era un niño salió de la ciudad de Luís Gomes para ganar la admiración de los brasileños. Para todas las regiones del estado, que no leen los textos de los domingos, que siempre están cubiertos en los problemas brasileños con mayor claridad y lucidez? Gaudêncio Torquato es una referencia para todos nosotros. Genival Beserra Leite Presidente de Sindeepres Profesor Torcuato y su equipo de asistencia a la Unión en la política y el marketing. Es persona fantástica, un comunicador muy grande, un periodista que conoce el tema a seguir para que todos entiendan. Es respetado por todos los niveles de la categoría. 180 Testimonios Sobre Gaudêncio Torquato Gilberto Kassab Alcalde de São Paulo Gaudêncio Torquato, además de ser un gran brasileño, es uno de los principales expertos en comunicaciones y análisis político y económico. Personalmente, tengo el privilegio de vivir con él durante casi 20 años. En cada momento de mi carrera y la vida pública que tuvo como gran consejero. Más recientemente, ya como alcalde de São Paulo, Torquato rutinariamente hace muy perspicaz análisis sobre el desarrollo de la ciudad y su consistencia de crecimiento, añadiendo una visión política. Y esto ha sido de vital importancia para definir la dirección de nuestra gestión. João Doria Júnior Empresario, periodista y publicista Han pasado casi 30 años de amistad y profunda admiración. Torquato es uno de los más inteligentes, más exigentes, con capacidad de análisis y síntesis que he conocido. Mi asesor, tengo el privilegio de escucharlo muchas veces para comprender mejor la dimensión política del país y el tamaño del mercado. Con un análisis preciso siempre se anticipa a los hechos gracias a su sensibilidad y su capacidad de reunir información. Sus artículos publicados en el periódico O Estado de S. Paul ha garantizado la lectura para cualquiera que quiera estar bien informado y en sintonía con la realidad del país. Jorge Gerdau Presidente del Grupo Gerdau Asesor del Gobierno Federal en el área de gestión Podría ser un amigo de Gaudêncio Torquato es un privilegio, porque es absolutamente diferente. Se reúne el ingenio y la inteligencia del periodista razonamiento, pero al mismo tiempo, tener ese profesor universitario, es capaz de analizar las cosas de una manera fantástica. Puedo utilizar su análisis para formar mi opinión sobre diversos temas. Como periodista y consultor, hace su análisis macro de la escena polí181 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación tica, algo muy complejo en Brasil. Gaudêncio Torquato me da mucha alegría cada vez que el encuentro. Jose Chapina Alcazar Presidente de SESCON-SP Es un honor contar con él como escritor, asesor político y consultor de comunicaciones. Siempre presidente, tuve el honor de conocerlo y de la felicidad de tenerlo a nuestro lado en el asesoramiento. Como siempre digo, mi gran gurú, gracias por todo lo que has hecho por nuestra organización, porque desde el momento en que nos encontramos ahora tenemos una visibilidad mucho mayor. José Coelho Sobrinho Jefe del Departamento de Periodismo y Publicación en ECA-USP Lo conocí en 1970, cuando se incorporó al Departamento de Periodismo y Gaudêncio publicación de enseñar. Puedo monitorear sus Agencias de Noticias de disciplina y luego se fue mi supervisor que hice maestría en la Escuela de Comunicación y Artes de la USP. Una de las cosas que más recuerdo es su solidaridad conmigo cuando fui llamado a declarar por DOPS sobre un diario de laboratorio para la que yo era el responsable. El Torquato me acompañó y fue la única persona que me dio simpatía. José Marques de Melo El periodista y profesor universitario, fundador y ex presidente de Intercom, un pionero de los estudios de comunicación en Brasil Gaudêncio Torquato llegó a Recife prometedor como un periodista, un tipo intrépido quien encabezó un artículo de primera página cuando entró en el Jornal do Brasil. Decidido a estudiar, se matriculó en un curso de periodismo en la Universidad Católica de Pernambuco, en el 182 Testimonios Sobre Gaudêncio Torquato momento considerado el mejor curso en el país en 1966, lo conocían como mi estudiante. Llegué a São Paulo en julio de 1966. Poco después, Torquato también llegó en un grupo liderado por Calazans Fernandes para trabajar en proyectos especiales Folha de S. Paulo. Periódicamente los suplementos de los periódicos a conocer que se ocupa de temas metros, principalmente vinculados a la ciudad de São Paulo. Gaudêncio Torquato, Calazans Fernandes y Manuel Chaparro formó el trío de oro del periodismo periodismo suplementario llamada en Sao Paulo. Fundé la Escuela Casper Libero de Sao Paulo, Medios de Comunicación primer centro de investigación e invitó a la Gaudêncio Torquato tomar el Periodismo Interpretativo silla. Gaudêncio se presentó como maestro dotado. Al año siguiente, en 1977, cuando la Escuela de Comunicación y Artes de la Universidad de Sao Paulo comienza a trabajar, estoy allí a tiempo completo como jefe del Departamento de Periodismo. Con el inicio del proceso de contratación de nuevos docentes, lo invitó a dar una conferencia en la USP. Terminó su doctorado en la misma época. En 1972, hemos depositado la tesis, y al año siguiente el soporte. Somos tres médicos de USP esta vez: Yo, Torquato y Thomaz Farkas. Gaudêncio defendió un estudio pionero en periodismo de negocios, por lo que la primera encuesta de los periódicos de la compañía en el estado de São Paulo. En 1977, yo aún no había regresado a la USP, fue profesor en Casper Libero. Hubo un Congreso en São Paulo y se levantó un sentimiento colectivo para la fundación de una entidad para la comunicación de los investigadores de reuniones. Llamé a las personas interesadas y, en diciembre de 1977, nos reunimos en una habitación en Casper Libero. Gaudêncio Torquato fue fundador de Intercom, después de ser elegido en el tercer presidente de la organización. En primer lugar, que era yo y entonces Ana María Fadul. La presidencia estuvo marcada por su momento de apertura política en el país, exactamente el período del gobierno de Sarney. Por primera vez, se celebró un Congreso con un buen diálogo con el Estado, que contó con la presencia del Ministro de Cultura, Aluisio PImenta, un minero profesor, para la conferencia de apertura. En los últimos 15 años, Torquato se ha dedicado al periodismo político con mucho éxito. Su columna empezó a tener éxito en São Paulo y fue reproducida por los periódicos en otras partes del país hasta que gane un espacio permanente en la página 2 del diario O Estado de S. Paulo el domingo, junto a grandes personalidades de la política na183 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación cional. Política de comunicación profesional, semanal Torquato dijo que los hechos más importantes, interpreta y dirige la formación de la opinión pública. Es un gran factor de influencia. José Pinto Nêumanne Escritor, poeta, periodista, columnista de O Estado de S. Paulo y editorialista de O Jornal da Tarde El seminario fue una lección importante para Gaudêncio por lo tanto le dio una cultura humanística indispensable para la formación de un comunicador. Allí aprendió latín, por lo que escribe en portugués excelente, una rareza incluso entre los escritores e incluso entre los periodistas. Cuando él comenzó a escribir artículos para Estadão, pronto conquistó el espacio. Muy reputado profesor de marketing en la Universidad de São Paulo, escribe sobre temas de actualidad con una vista interior de la peculiar Brasil real, fundamental en su trabajo periodístico. José Yunes Abogado y empresario Hablar Gaudêncio Torquato es una de las cosas más fáciles. Es una gran figura, un humanista, un politólogo de la primera línea. Además de la amistad y la admiración que tengo por el maestro, yo soy asiduo lector de sus columnas. Figura humana extraordinaria, siempre se dirige a los principios del bien común y ética. Es un privilegio tenerte como amigo. Juca de Oliveira Actor y escritor Soy un lector compulsivo de Gaudêncio Torquato, una referencia a la ética en este país sabe lo que realmente está mal o bien, acabo de leer sus textos. Me gusta muchísimo. Nos hicimos amigos sólo por la posición ética que admiro. El también admirar el maravilloso escritor 184 Testimonios Sobre Gaudêncio Torquato que es. He leído algunos de sus libros, especialmente Gaudêncio, mi padre, en mi opinión, una gran obra maestra de la literatura brasileña. Gaudêncio Felicitaciones, usted recibirá el honor que se merece. Luiz Flávio Borges D’Urso El presidente de la OAB-SP Desde 1998, la comunicación de un consultor OAB-SP. Gran parte de lo que la Orden se hace y se debe Gaudêncio por su amplia visión, por su experiencia y forma didáctica de enseñar a aquellos que tienen la obligación de ocupar los espacios públicos o puestos de responsabilidad para tener una sintonía con lo que sucede hoy en día. Y para una mejor este. No sólo una. Profesional espectacular, pero sobre todo un ser humano que aprendió a admirar y respetar Por lo tanto, recibir el abrazo de su amigo D’Urso y abrazar la defensa de São Paulo. Manuel Carlos Chaparro Periodista y profesor universitario Es una gran alegría para hablar y revelar Gaudêncio Torquato pasajes que pueden no ser bien conocido. El éxito de la palabra aquí es una palabra clave. Su estilo de trabajo y el estilo de sus luchas en la vida se ven afectados por la perspectiva de éxito. Al solicitar un trabajo en el Jornal do Brasil, el editor gerente de la sucursal en Río de Janeiro, dijo Torquato sólo si pudiera tener una opinión de los nueve gobernadores del Nordeste sobre Reforma Agraria tema importante discutido en su momento. En la reunión del consejo Sudene donde todos los gobernadores del noreste estaban presentes, Torquato podía escuchar el testimonio de cada uno. La persistencia y la posibilidad de éxito juegan sus luchas. Resultado: escribió una bella historia, publicada como titular de primera página del Jornal do Brasil el próximo domingo. Nuestra reunión En la rama de la Folha de S. Paulo, Recife, nos reunimos para trabajar en un proyecto pionero: los suplementos especiales, de gran éxito edi185 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación torial y comercial. Hicimos dos suplementos Amazonas y el Nordeste, donde dar a conocer y debatir las principales realidades regionales. En 1966, ambos ganaron el Premio de Periodismo Esso. Torquato, el Jornal do Commercio, Periodismo Científico en la categoría, y yo, el Diário de Pernambuco, en la categoría de Periodismo Económico. La curiosidad de Torquato y la voluntad de entender las cosas, no sólo para observar, se publicaron ya en el título del cuento fantástico, con la que ganó el Premio Esso. Un informe sobre la esquistosomiasis, una grave y complicada y todavía endémica en el noreste, fue titulado: Una enfermedad que mata en la curación. La frase resume todo el drama de la enfermedad. Quién sabe y conoce la realidad del noreste entiende que este es el meollo de la cuestión cuando se trata de la esquistosomiasis. Una historia brillante que le dio a su autor, merecidamente, el Premio Esso, empujándolo a un tipo de periodismo que más tarde se celebró en Sao Paulo en los suplementos especiales. Los primeros retos El primer suplemento importante lo que hicimos en Sao Paulo tenía cerca de 500 páginas, publicado semanalmente en nueve libros, que trata el tema del área metropolitana de São Paulo, un tema emergente en ese momento. Había dejado la ley federal que regula el tema de las ciudades y nos trajo información a la discusión pública y la comprensión completamente nueva, influenciando fuertemente la administración del alcalde Faria Lima. El padre En todos estos años viendo el Torquato único camino que no se arrepiente de haber conocido a su padre, sin duda una gran figura para juzgar los efectos de este vendedor Sr. inteligencia en sertón del nordeste propia vida Gaudêncio Torquato. Su padre, en mi opinión, podría haber sido un gran ministro de educación, si fuera posible extender a Brasil lo que hizo en su propia familia. Casi la totalidad de sus 22 hijos tenían educación universitaria. El secreto era esto. El padre formó la más antigua, la más antigua de tren ayudado a otros y así sucesivamente. Cada uno que se formó al entrar en el mercado de trabajo, asumió el compromiso de financiar los estudios de su siguiente hermano. En esta escala, Gaudêncio Torquato contribuido a la formación de dos de sus hermanas menores. 186 Testimonios Sobre Gaudêncio Torquato Gaudêncio Torquato nació y se crió en una casa donde se leyeron los periódicos todos los días. Esta necesidad de entender el mundo a través de la ventana del periodismo se transmitía de padre a hijo. Marcos Wilson Spyer Rezende Director de Relaciones Institucionales del Grupo Odebrecht Cuando pienso en el Torquato, pensar en el maestro. Él fue mi maestro en los años 70 en Casper Libero, en materia de periodismo de investigación y periodismo Comparada. También fue mi profesor en la universidad, cuando hice una tesis sobre el periodismo en el Perú. Últimamente, después de pasar 20 años en Estadao diez años en SBT y cinco años en la CBS estadounidense, tengo diez años como vicepresidente de Odebrecht. Lo primero que hice fue buscar Torquato llegar aquí, porque la empresa tiene una política de comunicación interna de referencia en tecnología de la empresa misma. Fue él quien detalló la política de comunicación e hizo el mejor estudio, guiando mi trabajo y el pago de importantes. Odebrecht tiene casi un libro escrito por Torquato sobre todo su tecnología de negocios. Margarida Maria Krohling Kunsch Jefe de Relaciones Públicas y Propaganda de la ECA-USP Para mí, Gaudêncio Torquato es un icono en la historia de la comunicación empresarial en Brasil. En los años 60 y principios de los 70, cuando estaba prohibido prácticamente a traer temas como periodismo de negocios y el mundo empresarial para debatir en el ámbito académico, Torquato tuvo el coraje de defender su tesis doctoral en 1973 apenas sobre periodismo económico. Asistir a la escuela de posgrado de la USP, hizo un curso con él en la comunicación empresarial, donde en ese momento defendió mucha comunicación en las empresas y organizaciones como el poder expresivo y también como macroárea. Eso me llamó la atención. En ese momento yo estaba preparando mi tesis de maestría he argumentado que el área de relaciones públicas tenía que actuar en una perspectiva mucho más amplia, es decir, la comunicación integrada. El prof. Torquato contribuido mucho a expandir esta idea a la vez que trataban de defender. 187 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Michel Temer Vice-Presidente de la República Conozco Gaudêncio Torquato por más de 25 años, cuando comencé mi vida pública. Y desde entonces, casi cada semana, cuento con sus sugerencias y recomendaciones de carácter político. Profesor jubilado de la comunicación y el periodismo político en la USP, capaz de dar asesoramiento sobre políticas y de negocios extraordinarios, ganó notoriedad en el mundo empresarial y el mundo político. Por esta razón, cada semana, el periódico O Estado de S. Paul Noble le da espacio a las cuestiones fundamentales de nuestro país son tratados por él con ligereza mucho la paz y la seguridad. Cuando el Intercom resuelve el honor Gaudêncio Torquato hace sus méritos. Es un gran comunicador y un gran consultor político y empresarial. Moreira Franco El ministro de Asuntos Estratégicos de la Secretaría del Gobierno Federal Gaudêncio Torquato es un intelectual completo. Escritor, profesor, pensador, consultor ... Conozca la historia de Brasil, sus relaciones sociales y comprender la sociedad brasileña. Persona muy inquieto, sabe que es útil pensar en los problemas de la vida diaria y cotidiana de la política brasileña. Por otra parte, Gaudêncio es un amigo de apoyo y el presente. El primero en aparecer cuando hay alguna dificultad en los que te rodean. Por lo tanto, estoy muy contento de saber que no soy el único en su honor. A muchos les gusta decir “gracias, Gaudêncio Torquato.” Rubens Figueiredo Politólogo En el ámbito de la mercadotecnia política, en la que tuve una relación más estrecha con Gaudêncio, es la combinación de un profesional dedicado a la actividad práctica, hacer campaña y dar consejos a muchos políticos, y también un intelectual que intentó tomar un 188 Testimonios Sobre Gaudêncio Torquato poco la ciencia política a la comercialización, algo que es muy raro. Por su respetabilidad profesional y por su capacidad de producir, aconseja a los políticos de las diferentes áreas, de diferentes orígenes y partidos diferentes. Yo diría que es un consenso en el ámbito del marketing político. Sergio Gomes Periodista y director de Oboré Torquato fue becario de 1986 a 1992, tiempo durante el cual me enseñó el curso de periodismo en la USP. Fue el responsable de la disciplina de Empresas Periodismo Periodismo por la disciplina y Asociación. Mezclamos las dos clases y los estudiantes ahora tienen no dos, sino cuatro horas de clase. Y en vez de un maestro, ahora tienen ambos al mismo tiempo en el aula. Y su trabajo es que la secuencia de comandos para el diagnóstico, el examen de cómo los flujos de comunicación en una organización compleja (empresa, sindicato, partido político) era una obra que merecía ser aplicado a los sindicatos también. Hemos recopilado las dos clases y los estudiantes estaban aplicando la metodología del campo y no sólo Torquato seminario en clase, así como la presentación de un proyecto deben ser las empresas de comunicación y los sindicatos visitado. Hasta hoy, sus ideas son fundamentales para mi trabajo y comunicación en torno a la planificación. Vander Moraes Presidente de Sindeprestem Conozco Gaudêncio Torquato hace 20 años. Por GT y su equipo, Gaudêncio ofrece servicios de asesoramiento y los medios de comunicación para nuestra unión. En 2011, tuvimos casi cuatro mil inserciones en los medios nacionales en materia de trabajo gracias externalización y temporales a su habilidad y sabiduría. 189 Gaudêncio Torquato: Académico, Periodista, Consultor Político y de Comunicación Verydiana Pedrosa Periodista, esposa de Gaudêncio Torquato Vivo con Gaudêncio desde hace casi 20 años, y durante este período cuando hay una reunión con antiguos alumnos, o es la USP de Casper, y existe la inevitable pregunta: “Maestro, ¿me recuerdas? Fue una clase, estudiando con esto y lo otro ... “siempre va acompañada de comentarios como,” Oh, profesor, estoy realmente echo de menos esos días. Aprendí de ti. “ Y nos da mucho orgullo, somos una familia. Una marca es Gaudêncio estudia todos los días. Incluso hoy en día, si lo encuentras en la oficina o en casa, estará rodeado de libros. Y estos libros han doblado las páginas, secciones marcadas. El no estudiar. 190 APRESENTAÇÃO Foreword • Part Third • Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant 191 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant 192 Foreword Foreword José Marques de Melo Honorary President of INTERCOM Journalist who became a national reference, by acting as a political commentator, researcher anointed by professional recognition as an expert in public communication, Gaudêncio Torquato chaired INTERCOM at a decisive moment for the achievement of our institutional identity. Brazil passed through the New Republic envisioned by Tancredo Neves to the Citizens Republic envisioned by Ulysses Guimarães. At that time, scientific societies of the humanistic field left almost the underground to which were convicted by the military regime, seeking to legitimize themselves by the democratic state. His successful tenure as president of our association culminates with the presence of the Minister of Culture at the opening of national congress of communication sciences held in the monastery of Itaici (SP), paving the way for the inclusion of INTERCOM on campuses across the country. I confess that I was not surprised with his institutional performance, putting into practice the skill as a negotiator and the pragmatism as manager. I know Torquato longtime since the days of the “glorious” (joking reference to the 1964 military coup, which took Miguel Arraes out of the power in Pernambuco). We share experiences and anxieties in the ranks of the Student House of Pernambuco to take leftovers that sated the hunger of young Northeasterners seeking a place in the sun in the regional metropolis. He came from Potiguar nation, I just arrived from the Caeté territory. 193 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Both seeking to cross the thorny and fascinanting road that leads to journalism. His professional debut was marked by audacity and timing. We were contemporaries of innovative learning initiated by Luiz Beltrão at the Catholic University of Pernambuco. With the diploma under his arm, as well as nurtured by the practice of reporting and legitimized by the recognition of veterans included in the confraternity of the awarded with Esso prize, we took the direction of Sao Paulo. Here we met again and tread different routes, sharing again contiguous spaces in the university. Opting for an academic career, we ascended together, preserving the intellectual autonomy that allowed us to get to the top of college life. These were years of struggle and perseverance to occupy a space questioned by power brokers inside the campus. When I arbitrarily expelled from public university, i.e. the University of São Paulo, always had his unconditional solidarity, which lasted until the moment the political amnesty of 1979 assured me return to the chair. Therefore, I was not mistaken to invite him to participate in the exciting adventure that has been the construction of INTERCOM, in the throes of the authoritarian regime. Founding member of our organization, Torquato never departed from our midst, having played important roles, including the annual debates on controversial issues that we performed, as was the case of populism. It was natural for him to assume the presidency of the association at a time historically hazy, replacing Professor Anamaria Fadul, my immediate successor. His intellectual predicates and virtues as a leader skilled are shown here by authors of articles that make up this bio-bibliographic anthology, continuing the series conceived by Antonio Hohlfeldt and competently published by Osvando Morais. The distinction that I give the organizers of the collection, prefacing it, represents a unique opportunity to publicly thank Gaudêncio Torquato his dedication and institutional loyalty. But it is also a chance that I have to congratulate the organizers of this book, especially Professor Adolpho Queiroz and Margarida Kunsch. The testimonies gathered here allow us to assay the prestige garnered by our honoree, which is not restricted to academia, but penetrates into the private sector, expanding through the government apparatus and party fora. São Paulo, May 5, 2012 194 Gaudêncio Torquato and his plural contributions in the field of Brazilian communications 1. Gaudêncio Torquato and his plural contributions in the field of Brazilian communications Suzi Garcia Hantke1 Introduction The works of Gaudêncio Torquato about business communications are listed as reference for anyone working in this area. Be the novelty they carried when they were published, the depth in dealing with the subject, his books represent a complement to academic training that, for some generations, despised the field of business journalism and organizational communication. This importance justified the choice of his works as my object of academic study. After almost ten years of experience in corporate communications, I wrote in 2002 a master’s research project whose subject was the review of the books of Gaudêncio Torquato about this vast area. Once approved by the Board to which the project was submitted in the School of Communications and Arts at the University of São Paulo, in 2003 I started to study under the direction of Prof. Dr. José Marques de Melo. His direction has expanded the scope of my research, including it into a great project of recovery of the memory of communicational thought in Brazil. From this realignment, not only the scope of my re- 1. Journalist and Master of Communication Sciences by ECA-USP. Public Relations team of Petrobras, Santos branch na regional de Santos. Email: [email protected] 195 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant search has expanded, but I began to have contact with unknown facets of this author and could articulate them with his life story, which enabled me to recover his contributions in academia and in the marketplace, and also seize his solid intellectual formation and inseparable family influences. To articulate his intellectual production with his life story, I used the oral history methodology, adopting the theoretical works of Sônia Maria de Freitas and José Carlos Meihy. Certain peculiarities in the data collection were imposed by the technique of oral history. The first question faced was to discipline the trajectory of an entire life in a series of interviews. I made a basic division, which ended up being the foundation of the final text of the dissertation. [...] All interviews were conducted in Gaudêncio Torquato Consulting, GT Marketing, located in São Paulo neighborhood of Moema (HANTKE, 2006, p.16). In five interviews I sought to obtain data that I could not find just by reading his books, newspaper articles and academic papers. My interest was to scrutinize what was behind his intellectual production, such as family roots, educational, political and social context in which his work was developed and specificities that could explain his different insertion in communication field in Brazil. I divided first the sequence of interviews respecting a chronological logic. The first was about his childhood and family influences, the second was about his career in journalism in mainstream media and in the third, the work focused on business journalism, on the fourth interview, the subject was the development of his doctoral theses and full professorship; and fifth, about political marketing, ended up not being held by the interviewee scheduling problems. This division served to support the final text of the dissertation. Alongside the interviews, a literature search was performed and documented. Recovering the intellectual trajectory of Gaudêncio Torquato this way, from the journalist’s own memory and performing the intersection of information with his books and articles, allowed to achieve an amplified vision of the the complexity of this unique character of social communications in Brazil and his contributions to academia and the marketplace. From this broad spectrum of information, some were particularly striking during the development of my research, as the reflection of his family roots in his intellectual production, his rapid rise in the 196 Gaudêncio Torquato and his plural contributions in the field of Brazilian communications mainstream press and pioneering academic research. In this article, I return to these three pillars, which in my view, summarize the essence of Gaudêncio Torquato. A Brazilian from Luis Gomes The journalist who now maintains fixed space in one of the largest newspapers in the country (O Estado de S. Paulo), consolidating his name as a reference on business communication and paving the way for the professionalization in political marketing, was born in a small town in the mountainous region of Rio Grande do Norte: Luis Gomes. Recalling his childhood, family references almost completely filled our first interview, with particular attention to his father –a central figure in his history. In addition to inheriting the name – his father was called Gaudêncio Torquato do Rego –, he inherited mostly the fruits of a childhood whose priority was education. In his words, “The wealth built by my father, in a way, he distributed throughout the education of his children” (HANTKE, p.119). His father had a small business, but, in the memory of his son, his local importance went well beyond that. His iconic figure drew attention in northeastern backlands, with a linen jacket and a black tie used daily. In the 1950s, it was the literate Gaudêncio father who read the newspapers aloud to groups of people, gathered in its fabric store and cereals, assuming the role of interpreter of the political and social reality for the community. This relationship between the father and the newspapers was remembered in detail in our initial interview: My father read the newspapers daily. He received newspapers from Recife with a week delay. When they arrived, it was that stack of six, seven and we would get the papers; I have the feeling that my journalistic vocation must have started there: getting the papers for my father there at the post office. (HANTKE, p. 119th). The vocation may have been, in fact, aroused while watching his father reading the newspapers of the day was purged with classical education, carried out in seminars in Rio Grande do Norte and Paraiba. The option for seminary studies came from his mother, Mrs. Chiquita, which, devout Catholic, harbored the hope of seeing one of the sons a 197 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant priest. When she found one day the little Gaudêncio Torquato playing mass, she interpreted it as a call and sent the son to Seminário Santa Terezinha in Mossoró (RN), directed by Dutch priests. It was the best education in the region. In this seminar, the journalist spent the period between 1956 and 1959. The rigorous education contemplated from reading classic works to the study of Latin and Greek – trace of the formation of Gaudêncio Torquato which can be seen as a legacy throughout the development of his journalistic career. At 15, the mother’s hope of having a son priest ended with the decision of Gaudêncio Torquato not to pursue religious career. With this option, he is transferred, under the care of his mother, who still believed in the miracle, for a seminar less traditional, at João Pessoa, also known as Immaculate Conception Archdiocesan School. But the vocation ended there. The following year, the change was to Recife, a city in which Gaudêncio Torquato completed high school, outside of a seminar at the Colégio Americano Batista. After the high school, it’s time to choose a university course. At that moment, the influence of the father was not endorsed, as Gaudêncio Torquato explained in one of our interviews: [...] My father wanted me to study engineering. [...] I almost rebelled. I’ll do what I want. Although my father led me to study engineering, since home has three doctors, lawyers etc., I said: I will study journalism and then opted for the entrance exam at the Catholic University of Pernambuco. (HANTKE, p. 129) The effervescent pedagogical environment of the Catholic University of Pernambuco is the background of the first experiments of Gaudêncio Torquato in journalism. “With the star on the forehead” The trainee at age 17 in the Diário de Pernambuco is the hallmark of his career in the press. Acting as translator of telegrams and revisor of texts, the trainee does not deserve great memories of Gaudêncio Torquato. It’s in his next professional experience that he gives ae definitive step to unleash his career. A very interesting episode. In 1964 or so, I arrived at the Branch of Jornal do Brazil to trainee; I would talk to the bu- 198 Gaudêncio Torquato and his plural contributions in the field of Brazilian communications reau chief, whose name was Paulo Rehder. He greeted me and as I waited explanations on trainee, he just said “take these pages, and go to Sudene ask the governors of the Northeast if they are in favor or against agrarian reform.” I was terrified. Neither I knew where the Sudene was. I knew nothing. I found out that it was on Avenida Dantas Barreto. Square. I got there wearing a shirt, sheepishly, 18 years, a lot of pages in hand. [...] But will I have access to the governors of the Northeast? It was a little crazy thing, an experience too bold for me, but I had to go back to the newspaper with the response, i.e. I had to talk to the governors. I saw that opportunity as the possibility of having or not having success (HANTKE, p 38). The first step was accomplished. The second trial was still missing. I arrived at the newspaper very pleased and he (Paulo Rehder) asks: do the lead of the text. I ask: what is a lead? Lead is the first paragraph with answers to these questions: who, what, how, when, where and why. I did once, he did not like, did the second, he did not like, the third time ... He tore five or six times, in the seventh inning he says: you can deliver the telegram. [...] It was Saturday. The next day, ten in the morning, I’m in town. Still living in the Student House in Recife. Then I went to the newspaper, and I saw the headline on the front page of JB: ‘Northeastern Governors support Agrarian Reform’. Article signed the “branch of Recife.” My first story in the newspaper! Paulo Rehder told me I was lucky enough to have my first article in the headlines of a newspaper. I started in journalism with the star on my forehead. (HANTKE, p.38). The career was accelerated following. Soon in 1966, Gaudencio Torquato wins the Esso with a series of reports on schistosomiasis written for the Jornal do Comércio. Then scored his name in Folha de S. Paulo, when he participated in a project of special supplements to write large and detailed reports. He came to São in May 1967, after having worked also in Recife, in the Correio da Manhã, in addition to JB. In 1971, after leaving FSP, he was invited by Manuel Chaparro, who also came from Recife to the Special Supplements of Folha, to found PROAL – Programming and Editorial Advisory, another milestone in his career. At that stage, it was already explicit his concern that would define his career: uniting practical experience and theoretical reflection. PROAL, in his definition, “was not a company for 199 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant doing things. It was an enterprise of thought” (HANTKE, 53). Here was there the seed of his academic vocation, which would result in the first research conducted at a university in the country on business journalism. An academic market His doctoral thesis is a separate chapter in his intellectual trajectory. Defended in 1973 at the School of Communications and Arts at the University of São Paulo, the thesis was a way to bring to the academia his concerns on the boundaries of the field of business journalism. It was the first time in Brazil that the subject became an object of study in a university. Pioneering faced difficulties, as the almost total absence of national references on the subject and the resistance of the faculty on the choice of the theme, associated, in the ideological 1970s, with the market economy. “Dealing with this subject meant, in academia, to benefit capitalism. Therefore, initiatives were personal and isolated” (Kunsch, p.33). In addition to systematize a theoretical definition of business journalism, based on journalistic theories, Gaudêncio also developed in the thesis a practical model for use by companies, based on a survey involving 24 business publications: newspapers Monograma (General Electric do Brasil, Aug/Sept 1972), Pãozinho (Supermercado Pão de Açúcar, September 1972), Ligação (Superintendência de Água e Esgotos da Capital, September 1972), O Registro (Duratex/Deca, September 1972), Ondas e Estrelas (Organização Philips Brasileira, September 1972), Sade-Sulando (Sade Sul Americana de Engenharia, September 1972), Fibras Unidas (Grupo Suzano Feiffer, september1972), Sanbrino (Sociedade Algodoeira do Nordeste Brasileiro, September 1972), Vig Jornal (Sonnervig, october 1972), Panorama (General Motors do Brasil, September 1972), Informativo Souza Cruz (Companhia de Cigarros Souza Cruz, September 1972) and O Chapa (Companhia Siderúrgica Paulista, september 1972); magazines Foto Notícias (Kodak Brasileira, Sept/Oct 1972), O Telhadinho (Eternit do Brasil, sept/oct 1972), Notícias Pirelli (Pirelli S/A, Sept/Oct 1972), NA-Novidades Abril (Abril S/A Industrial e Cultural, August 1972), Revista Nacional (Grupo Nacional, October 1972), Encontro (Companhias Gessy Lever e Mavibel, September 1972), Alavanca (Secretariado Nacional dos Cursinhos de Cristan200 Gaudêncio Torquato and his plural contributions in the field of Brazilian communications dade, September 1972) e GLP-Revista do Gás (Associação Brasileira dos Distribuidores de Gás, July 1972); and the bulletins Sudameris em Revista (Grupo Sudameris, October 1972), Informativo Aberje (Aberje, Sept/Oct 1972), Governadoria (Lions, July 1972) and Boletim Informativo do FESB (Fomento Estadual de Saneamento Básico, September 1972). On the development of the thesis, Gaudêncio recalled in one of our interviews how he could devote to the project in the middle, even then, of a troubled professional agenda: I mean that it was far less time than a normal thesis, because we were pressed for time. I was very inside the theme, a theme I ever mastered, and that was not a new thing, I’ve practiced, and for me as a journalist, it was very easy to write. If there’s one thing I’ve always been very easy was to write. I write fast, I have no big problems in this area. The thesis even has a journalism text, with a theoretical foundation. It includes some practice and some research. I tried to combine all these axes, sew them, producing a systemic frame, integrating the parts. Regarding the time I do not remember. I know that I worked on this thesis, I did not go to PROAL. I lived on Barata Ribeiro in Bela Vista, an apartment, 10th floor, with a small office. I wrote from 6 am to 0 am the following day. I worked directly 18 hours a day. I remember I spent a month and a half or so writing about 18 hours a day until I was in terrible pain. [...] I had to spend a couple of days in bed to get back. I also knew: I’ll make this entire thesis writing. If I stop, the thing will not work. In fact, that is an advice I always give: do you want to write a thesis? Get away from everyday life, hide in the office, if not, the thing will not work. (HANTKE, p.84). Final Thoughts For his distinguished career, joining pioneering theoretical contributions to the professionalization of journalism and business innovations brought to political marketing, journalist Gaudêncio Torquato was honored on September 4, 2011 at the XXXIV Brazilian Congress of Communication Sciences - INTERCOM, held in Recife (PE). I was honored to be part of the table in his honor, attended by Profs. Drs José Marques de Melo, Margaret Kroling Kunsch, Carlos Chaparro and Adolpho Queiroz. For the table, I explained some passages that influenced me during the development of my master’s research, 201 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant resuming excerpts from interviews I conducted with the journalist. The memories and stories told by him in our interviews, and that I tried to recover in part for this article, allowed me to know a little boy who, in the interior of Rio Grande do Norte, saw the birth of his vocation. And also a bit of the journalist, who has made his mark, whether in big newsrooms or in restricted company newspapers. And on the academic, whose name is engraved in Brazilian research communication. The dissertation A pioneira trajetória de Gaudêncio Torquato na pesquisa comunicacional brasileira is available at the electronic address www.dominiopublico.gov.br. References FREITAS, Sônia Maria de. História oral: possibilidades e procedimentos. São Paulo: Humanitas/FFLCH-USP; Imprensa Oficial do Estado, 2002. HANTKE, Suzi Garcia. A pioneira trajetória de Gaudêncio Torquato na pesquisa comunicacional brasileira. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). São Paulo: ECA-USP, 2006. KUNSCH, Margarida K. Krohling. Alternativas para o fortalecimento acadêmico da comunicação organizacional. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação. São Paulo: v.21, n.2, 1998. MARQUES DE MELO, José. Comunicação social, teoria e pesquisa. Petrópolis: Vozes, 1970. ______. História do pensamento comunicacional. São Paulo: Paulus, 2003. ______. Jornalismo brasileiro. Porto Alegre: Sulina, 2003a. MEIHY, José Carlos. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 2005. TORQUATO, Gaudêncio. Comunicação na empresa e o jornalismo empresarial: visão crítica e tentativa de elaboração de um modelo para as publicações internas. Tese. (Doutorado em Comunicação Social). São Paulo: ECA-USP. 1973. 202 Gaudêncio Torquato and his plural contributions in the field of Brazilian communications ______. Comunicação e organização: o uso de comunicação sinérgica para a obtenção de eficácia em organizações utilitárias. São Paulo: ECA-USP. 1983. Tese de Livre-docência. ______. Jornalismo empresarial, teoria e prática. São Paulo: Summus, 1984. ______. Comunicação empresarial, comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. 203 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant 204 Marks in a path of success 2. Marks in a path of success Manuel Carlos Chaparro1 There should be, in the ordering of things, some higher law prohibiting honoring remarkable children without parental presence. If so, it would be good we have it here, beside us, Torquato the father, in order to be recognized and attributed the characteristics that led Torquato son to the successes of one of the most notable writers of current Brazilian journalism. Ah! If the patriarch Gaudêncio Torquato do Rego, at 116 years if he was alive, could be here sharing this moment, I would say, “Congratulations, Mr. Torquato, by the successes of your son, who we now honor – successes that, for the most part, are the fruit of responsible and creative parenthood with which he educated the growth of your restless Gaudencinho. But who can assure us that the old Gaudêncio Torquato is not here, listening, head up, what people say about his Gaudencinho? I venture to say that I envision him, stroking, proud, his son placed in 1. Degree in Journalism from the University of São Paulo (1982), Master of Arts in Communication Sciences at the University of São Paulo (1987), PhD in Communication Sciences at the University of São Paulo and post-PhD at the Universidade Nova de Lisboa (1996). Assistant Professor at the University of São Paulo. Main fields of research Communications, with emphasis on Editing and Journalism. Email: [email protected] 205 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant the world for almost seven decades, in the large and rustic house of Luís Gomes, the mountainous hinterland town north of Rio Grande, located right in the elephant’s trunk2. For you can be proud of your son, Mr. Torquato. Your Gaudencinho became household name in Brazilian journalism and political thought in our culture. With the authority of my white hair, I assure you, Mr. Torquato: 1) As a journalist and writer, your son is now the most lucid analyst of Brazilian politics. Master the art of arguing like no other, combining with admirable talent, the virtues essential arguments: consistency and clarity of ideas, learning, and logical reasoning, as well as literary brilliance. 2) As a consultant, he became one of the most highly regarded strategist in the use of languages and tools of communication in political, institutional and business actions. 3) As a researcher, who in 1986 envisioned scenarios of the globalized world of the XXI century, to produce, in his thesis of full professorship, the most important theory in his area of study. With unquestionable consistency in methodology and theoretical argument, Gaudêncio Torquato defined Communication as a new power in complex organizations, the Expressive Power, generator and controller of synergies essential to the success of companies and institutions. With the combination of these intellectual skills, Professor Francisco Gaudêncio Torquato Rego did and does influence many people in this country. Because he is, Mr. Torquato, the man who works in the area, one of the most widely read authors in Brazil, as well as heard, quoted and transcripted. But the origin of the walk is successful in Luís Gomes, the father figure, the Colonel Gaudêncio Torquato, about which the son, Gaudencinho, gives the following testimony: - He taught me to read the newspaper. Or rather, he taught me to discover and understand the world by reading newspapers. 2. The map of Rio Grande do Norte reminds us of an elephant. 206 Marks in a path of success The mark of pioneering In the family cottage Torquato, there in the town of Luís Gomes, was nailed the 1st BIG MARK in the history of Gaudêncio Torquato Francisco do Rego, the communicologist, journalist and political scientist who we honor here. Torquato remembers and describes, thrilled, this phase of his life: - My father signed the Jornal do Commercio in Recife. There was a severalday delayed delivery by mail, and when the newspapers arrived formed a pile that began to be read that same day. Or rather, that night, because the old Torquato read newspapers at night, after closing the store. He called the children and sat them around, to hear the reading done aloud. So my brothers and I discovered that the world went far beyond Luís Gomes, of which we were part. Since at that time the power was a precarious thing in northeastern backlands, the light went out at eight o’clock. When the light was switched off, the lamp lit up with kerosene. And the reading continued, which is not always pleasing to the children. “The bigger the pile of newspapers, more we had to stay there, forced listeners,” recalls Torquato. And soon adds: - But these nightly readings of Jornal do Commercio called me to journalism. And they made the newspapers become a physical sensation for me. Even today, I smell newspapers before starting to read them. The small business man, Gaudêncio Torquato, knew how to educate his children. He had 22, from two marriages, and 21 graduated. He himself decided the career that everyone should follow. And created a family policy education funding: when a child graduated, they should pay the education of the next child. Over the years, the family Torquato, from Luís Gomes, graduated three doctors, two lawyers, several teachers. And almost happened to have also a priest. The mark of knowledge Yes, professor Torquato, the Gaudencinho, almost became a priest, and the time spent in the seminary constituted the 2nd BIG MARK in the life path of the future journalist. 207 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Having a child priest was the dream cherished by Mrs. Chiquita. “When it came the time to choose career, my father wanted me to be an engineer,” says Torquato. This time, however, thanks to the will of the mother. Mrs. Chiquita and Father Caramuru Raimundo de Barros, who were amazed by with the pious way of the acolyte Gaudencinho, convinced the old Gaudêncio that the direction to be given to the child was the seminary. And so it was. First, he spent five years in Seminary Santa Terezinha in Mossoró, then another year at the seminary in João Pessoa. - It took six years of hard routine – remember former seminarian. Wakind up at five in the morning, attending Mass at six, breakfasting at seventhirty, and then attending class from eight to eleven thirty, lunch in strict silence, listening to lectures and reading room in the library in the afternoon ... To the chagrin of Mrs. Chiquita, God took a vacation to put to the test doubtful that restless priestly vocation seminarian. With some friends of Luis Gomes, Gaudencinho went to a dance party, boarding the boat of temptations. The test resulted in falling in love with the beautiful girl who charmed with cunning and charm. And he renounced the priesthood. The Church lost a priest of doubtful vocation, but Brazilian society gained a star in journalism. And also won the creative theoretician in communication that we honor today. The six-year study at the seminary were worth: - It was the best thing that happened to me – recognizes Torquato himself. – I learned Greek, Latin, Portuguese, philosophy. I opened my mind to reading and learned to use discipline to accomplish dreams. The mark of new vocational paths The twist to the world of letters and news was to Gaudencinho, the 3rd BIG MARK towards adult choices, which would soon arrive. The assumed objective of being a journalist led young Gaudêncio Torquato to Recife. Needing to complete high school, then studying journalism. And so it happened: for two years he studied at the Baptist College (where he has founded the academic center and created a militant student newspaper), with high school diploma assured, entered the Catholic University. There he found the pedagogical knowledge of the 208 Marks in a path of success great master Luiz Beltrão. There he met and became friends with José Marques de Melo, who become his teacher, as assistant of Beltrão. In the Catholic University, as in all the schools he has attended, Gaudêncio Torquato was a dedicated student, participatory and restless, the smart protagonist in creative game of life. Always on the lookout for opportunities for intellectual growth. And always with an eye on success. And with an eye on success in 1965, still a student, he went to fight in the labor market. In it entered the door of the Jornal do Brasil, in whose branch in Recife he pleaded an internship. He caught a scare when Paulo Rehder, director of the branch, offered as a test, the challenge of doing a story where he had to listen to all the governors of the Northeast on the following question: “Are you against or in favor of agrarian reform?”. That was the agenda, designed to rival space and draw attention in the Sunday edition. On the morning of that day, and at that moment, the nine governors of the “Drought Polygon” (which also was part of the north of Minas Gerais and the territory of Fernando de Noronha) were at Sudene, attending the meeting of the Board of the entity. Torquato neither knew where the Sudene, minor thing, because any recifense would teach him how to get there. What truly frightened the trainee reporter was the prospect of having to enter in shirtsleeves environment in filing a public ceremony held at the headquarters of the most important regional institution – and not knowing whether or not it would have access to the governors. But that was the opportunity to become real journalist, even to gain the diploma he lacked one more year of college. And Gaudêncio Torquato, as bold as anxious, was willing to face the challenge head on. In the large room of the Board of Sudene, the governors were there, in places of honor, distributed by the huge table shaped like a “U”. Looking at them, the pre-evaluated reporter stormy two questions: How to reach them? How do each question on the agenda, without disturbing the solemn atmosphere of the discussions? With boldness of backcountry, targeting success for which he fought, the young Gaudêncio Torquato decided to take the only “tactical attack” that the circumstances of the “battle” allowed him: armed with pen and paper (a pile of folded pages in the left hand), crouched as he could, and dragging up sometimes between now chairs under the table, was one in one of the governors, repeating the question and 209 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant wrote the answers in scribbles that only he would understand. With sincerity or political hypocrisy, all declared themselves in favor of agrarian reform. After those interviews, and now with the baptism of reporter, Gaudêncio Torquato, former Gaudencinho, happily returned to writing, to the exciting task of writing his first big story. The JB had exacting standard of quality. And Paulo Rehder ripped the first five or six attempts to deal presented by novice in the profession – which, incidentally, that the head needed him to explain what it was that such a “lead. It was a hard time. Until there for the sixth or seventh version came the eagerly awaited approval: “Now it’s OK. You can deliver the telegram.” The unforgettable story still provide another scare the young Torquato, only this time in the form of emotional shock of indescribable joy. The next day, a Sunday, the morning he left the house of the student (where he lived) and passed by the Board of Patronage José, on Avenida Guararapes. And there was JB announcing to the world, the body 72 of its main headline: “Northeastern Governors support the agrarian reform.” And so, at age 20, still a student of Francisco Gaudêncio Torquato Rego went into journalism because as the author of a cover story in the best and most important Brazilian daily newspaper. With this report, Gaudêncio Torquato (professional name taken in honor of the father) won the job of trainee in JB. And body and soul surrendered to the struggles of his career, opening wings to greater heights in two leaps: 1) The jump of independent survival Still a student at Catholic, and from time to dispense financial aid paternal Gaudêncio Torquato replaced the job trainee at JB reporter in the main branch of the North-Northeast of Folha de S. Paulo – and in Folha could carry out the dream of working with the great journalist Calazans Fernandes, director of the branch. Calazans occupied space and importance of myth in political and journalistic imagination of young Gaudêncio. And had a link telluric affinity Torquato, it was natural Marcelino Vieira, town also located in North-West portion of Rio Grande do Norte, the region known as the “Elephant Trunk”. Neighbor therefore to Luís Gomes. The consolidated financial independence shortly after entering the leaf by accepting the invitation of the branch Morning Post, to work there at night, as a reporter. Priority task in the new job: track and organize news political movements and rural conflicts. 210 Marks in a path of success The two jobs, though seemingly conflicting, were sustained in treatment loyal to each company. But the young reporter Torquato had energy, ambition and talent for, without friction, to account for a third job – and also accepted an invitation to work (no fixed schedule) as a special reporter in the Jornal do Commercio newspaper with history, prestige and circulation regional. In short: thanks to three jobs, which gave a good account, Torquato has become one of the most well-paid journalists of Recife - and that, in the short path to professional only a year and a half. 2) The jump to the achievement of a proper place of prestige and recognition in the journalistic scene of Pernambuco. Entering the Jornal do Commercio meant to Gaudencio Torquato, difficult border crossing that separates the territories of the dream and success. In the case of Torquato, the dream was to be a journalist known, recognized and influential, not by patronage, but the quality of his work. But in journalism, success is not won in the cry nor by decree. You need to write and publish texts, for its relevance and quality public discussion and provoke changes in reality. And JC could be that frontier for him, thanks to highly favorable terms of working conditions agreed: it would be special reporter with independent time and freedom to suggest and take staves great reporting. It worked. Soon one of the first big stories that made and signed, won the Esso Award in the category of “Scientific Information.” It was a remarkable story unfolded in series for some editions on schistosomiasis, a disease commonly known as “water belly”, the terrible disease endemically spread throughout the Northeast3. The quality of the title story began: “Water Belly, a disease that kills in healing.” With this report, and the Esso Award winning, reporter Gaudêncio Torquato was raised to the level of the most prestigious journalists Pernambuco. And we can imagine the paternal pride that swelled the 3. Schistosomiasis was, and still is, the most serious parasitic endemic and weakening disease spread by Northeast, and killing thousands of people annually. It is a chronic disease caused by multicellular organisms of the genus Schistosoma and transmitted by snails living in hosts rivers and water reservoirs, which transmit the disease to humans through contact with the skin. Although the contamination levels have fallen in recent decades, it remains a serious threat to the health of Northeastern people. 211 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant vanities of the old Colonel Gaudêncio Torquato when, in that year of 1966, the cottage of Luís Gomes, read the texts signed by the child in the Jornal do Commercio, which continued subscriber. For this prestige helped too, and the importance and seriousness of journalism developed branch in the Folha de S. Paul, under the command of Calazans Fernandes. Besides good daily coverage of local and regional events more relevant to North-East branch of the Leaf, with the small team that was in Recife, took a bold project of investigative journalism and debate, combining reports, interviews and articles in the approach Brazilian model complex issues of regional development. The project materialized in the form of special supplements large, who took over the company’s management as priority products in the editorial policy of the newspaper. The three supplements produced (two dedicated to the Amazon, one Northeast) achieved huge success editorial and commercial. Success so expressive that the direction of the Leaf in April 1967, decided to move to São Paulo entire staff of the branch of Recife. Thus, the project gained national dimension. And there was Gaudêncio Torquato with Calazans Fernandes, to São Paulo. Earn less than the salary that the three jobs of Recife had guaranteed. But the young Gaudêncio Torquato was moved by the prospect of new energy successes. And do not hesitate to “yes” enthusiastically Calazans Fernandes when asked if he wanted to go to work in the Leaf, in São Paulo. Traveled to Sao Paulo with wings wide open for flights to unforeseen heights that even he imagined. The mark of innovative choices In São Paulo, there would be the 4th BIG MARK in the way of journalist Francisco Gaudêncio Torquato do Rego. The project of special supplements of Folha de S. Paulo lasted about a year and a half, ever increasing pace of success. It was a sensational journalistic experience, which the author of this text was also part as managing editor. It happened that the success of that debate and investigative journalism own power and gave evidence to the Department created to handle the project. And it ended up generating an unavoidable internal political crisis. Then, by a decision of the owners of the newspaper, they decided to extinct the department, with abrupt end of the project – that story will still be told. 212 Marks in a path of success However, in São Paulo, Gaudencio Torquato had met José Marques de Melo once again. The contacts became frequent. And in mid-1968, Marques de Melo persuaded the friend to “experience” a teaching career. Torquato tried and liked. And soon began teaching at Cásper Libero, beginning a new dimension in his life: he became a professor and researcher of Communication and Journalism. And also like the new career quickly came to success, in 1969 he belonged to the faculty of the University of São Paulo, where he entered, by competitive tender, also invited by José Marques de Melo, to help you structure the Department of Journalism and Publishing. Before long, the teacher gave Gaudencio Torquato ongoing studies and research for his first thesis, that would be the PhD (defended in 1972) on Business Journalism. And Entrepreneurial Journalism, why? Because emerged in January 1969, in the ways of Torquato, a company called PROAL, of which he was a founder, in January 1969, along with another journalist, Carlos Chaparro (author’s idea) and the advertiser Luis Carrion - and that’s another story that will someday be told, elsewhere and for other purposes. But it is important to say here that the PROAL (Programming and Editorial Advisory Ltda.) was created to meet professionally and with high quality standards, a new demand, the corporate communication, strongly accelerated by heating the Brazilian economy times of “economic miracle.” The PROAL quickly became the main reference in the Brazilian area that primarily acted (the business of journalism), planning and producing newspapers and magazines company. While that was a pillar of journalistic quality of PROAL, Gaudêncio Torquato studied and theorized the practical experience that the company gave him. In circumstances that are beside the point, the PROAL disintegrated in 1980. But it was the base from which emerged and matured Torquato consistent theoretical and creative, which created new issues to think about communication in complex organizations. To him we owe the brightest in the study area (“Corporate Communications/Corporate Communications – concepts, strategies, and planning techniques”), presented as thesis for ful professorship in 1986, and soon published by Editorial Summus. In this direction, mixing academic knowledge and professional knowledge, Gaudêncio Torquato entered the twenty-first century as the main theoretical Brazilian communication strategies applied to 213 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant political marketing. Came to be recognized as a political scientist, read and heard. As a political scientist, signed on Sunday an article on page 2 of O Estado de S. Paulo, asserting itself as lucid (in my opinion, the best) analyst Brazilian political scene. And spread his knowledge around, conferences, seminars, and training courses on subjects that specializes in recent years with emphasis on issues of Political Marketing and Corporate Communications. **** I have great pride in being a friend of Torquato. A huge vanity having been guided by him at the Masters and PhD. And I nurture a healthy envy the talent and persistence with which he builds successes, career and life. He deserves all our congratulations! 214 Communicational thought of Gaudêncio Torquato in organizational communication 3. Communicational thought of Gaudêncio Torquato in organizational communication Margarida M. Krohling Kunsch1 The tribute that the Brazilian Society of Interdisciplinary Studies of Communication (INTERCOM), since 20092, offers to its former presidents is not only an honorific homage, but above all, a peculiar form of record traits and thoughts of scholars in communication sciences in Brazil. These, in their diversity of intellectual and academic choices, as well as the leadership of the largest scientific association in the country’s communication contributed and still contribute to the growth and consolidation of the field in a perspective not only 1. Professor and researcher at the University of São Paulo. Head of Public Relations, Advertising and Tourism School of Communications and Arts at the University of São Paulo (ECA-USP). Master and PhD in Communication Sciences and full professor in Institutional Communication Theory: Policies and Procedures, at the ECA-USP. Author, among other works, of Planejamento de relações públicas na comunicação integrada e Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. Organizer of more than thirty collections of Social Communications. President of Brazilian Society of Interdisciplinary Studies of Communication (Intercom) (in two terms), of Asociación Latinoamericana de Comunicación de la Investigators (ALAIC) and of Brazilian Association of Researchers in Organizational Communication and Public Relations (Abrapcorp). Director of International Relations of the Brazilian Federation of Scientific and Scholarly Communication (Socicom) and member of the Advisory Board of Brazilian Association of Corporate Communication (Aberje). E-mail: [email protected]. 2. This initiative was proposed by the president of Intercom, Antonio Hohlfeldt in order to redeem the contributions of former presidents in the field of communication sciences in Brazil, through the holding of a special symposium which is held at the annual congress of the entity. In the first two editions were honored José Marques de Melo (2009) to Anamaria Fadul (2010). 215 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant national, but international. In 2012 it is the turn of the pioneering studies of journalism and communication business in Brazil, Francisco Gaudêncio Torquato do Rego. In this paper, I present a synthesis of perceptions about their collected works of specific business journalism and corporate/organizational communication. Pioneering initiatives to format the production techniques of business journalism One of the striking features of Gaudêncio Torquato is his exceptional intellectual capacity to monitor developments in the political, economic and social debate and bring them to contemporary issues of society, applying them in his studies and professional practices in the fields of political communication and communication in organizations. This characteristic of a evolutionary and dynamic communicational thought, in tune with the times, is very present in his production in organizational communication. Initially, in the late 1960s, he takes the first steps, recommending how to produce business journalism, to arrive, in 2000, to address the communication of organizations in a much more complex and comprehensive. It started with the Cadernos de jornalismo empresarial, created by him to assist in the professionalization of this communication media in businesses, which were previously produced quite amateurish. The publication of books arises precisely in the context of the creation of Aberje and PROAL. Actually, it was a combination of efforts started with the founding, in 1967, under the leadership of Nilo Luchetti, of the Brazilian Association of Newspapers and Magazine Publishers Company (Aberje), which in 1989, maintaining the acronym already established changed its name to Brazilian Association of Corporate Communication. At the same time, appeared in 1968 the Program Advisory and Editorial Ltda. (PROAL), on the initiative of a group of journalists, including Torquato. In the 1970s, the Cadernos PROAL, the textbooks of Aberje courses and the work of Torquato were concrete experiences of systematization of the field that in Brazil a few years later, would increase under the names of business communication and organizational communication. These two entities sought to launch a pioneering seed, concerned with developing concepts and professionalizing the practice of business journalism that occurred within companies. They contributed 216 Communicational thought of Gaudêncio Torquato in organizational communication decisively to the improvement of business publications and the development of organizational communication in Brazil. Torquato (1984, p.28) notes that, [...] At the time of its creation, reigned a complete improvisation. Employees at lower levels gathered to make the newspaper or newsletter, wrote the texts themselves, did the drawings, planned the graphic form of publication, typewrote everything and carried out even the print job. Many publications have died at birth, condemned by the vagueness of goals, by the amateurism and the complete ignorance of their planners. His experience in the field of investigative journalism and in university teaching, coupled with his concern to give a scientific character to business journalism, encouraged Gaudêncio Torquato to develop a more thorough academic research. It was what he did in the early 1970s, at the School of Communications and Arts at the University of São Paulo (ECA-USP), resulting in his doctoral thesis, the first of the field, as described below. Business journalism in Brazil The efforts of Gaudêncio Torquato to systematize the concepts, production techniques and practices of business journalism is demonstrated through an academic research, which would lead to the thesis in business communication and business journalism, held at ECAUSP, in 1973. At the time, it was almost a reckless tackle for someone in the university to write about a subject of this nature, seen as something that linked to capitalism and the market ideology, did not deserving to take up space in academia. Later, he also had to fight for the Course of Journalism at ECAUSP to offer an elective course in business journalism, without his having had easily faced with opposition to its incorporation into the curriculum. Incidentally, in an interview in the magazine Comunicação Empresarial, Torquato (1995, p.14) gave this testimony: “I had to fight like a kamikaze defending the need for this discipline and faced much opposition. In the schools of the time, business journalism was considered an area that did not meet the interests of the society.” In prefacing my book Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional (KUNSCH, 1997, p.12), Torquato recorded these considerations: 217 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant The market of journalistic work began to show signs of saturation. Still living under the climate of “revolutionary journalism,” which attracted young people interested in open battle fronts against the imperialists, the economic power, and large structures. For them, the world was divided into good and bad, oppressors and oppressed, leftists and rightists. Among intellectuals and discussion groups, the labels often slipped by comparative classification between apocalyptic and integrated, and the news media were the most energized by new languages. Therefore, the business sector resembled a territory of indecency, unethical actions, corruption, and the power of co-option – hell, so to speak. Being a public relations was something like print on the forehead seal “sold to international capitalism.” In this context, we had the boldness to confront the “wall of morality,” which actually was nothing more than a set of prejudices against capital. It must be said that, in the seventies, still preaching the class struggle and the capital-labor relations was presented as a zero sum game, in which a victory would mean the death of another. Partnership, integration, common work entries were not entitled to enter the pages of collective bargaining. The manual workers and entrepreneurs had different alphabets. It was therefore a challenge unimaginable, almost a suicide, someone in academia opt for a reflective exercise in the business. Even worse when it was given communicative reflection in the biggest center of scientific production in the country, the University of São Paulo We note, by his testimonies, that it was not easy for him to introduce business communication as a field of study at university. The defense of a doctoral thesis enabled endorse other academic initiatives and efforts previously submitted by him and other professor and professionals in Aberje and PROAL, with courses for professional and terms of business journalism and communication. The doctoral thesis, outlining a framework of business journalism in Brazil, pervaded everything involving business publications, such as responsible professionals, the forms of production and journalistic techniques, among other topics. And also explored theoretically, based on Lee Thayer, most comprehensive business communication concepts, information flows, levels of analysis, formal and informal networks etc. A decade later, in 1984, the thesis mutatis mutandis was published by Summus, with the title Jornalismo empresarial: teoria e prática. In the book, the author did an entire retrospecive about this journalistic 218 Communicational thought of Gaudêncio Torquato in organizational communication segment, and presented in a didactic way the forms, technical issues and politicies of business journalism business, as well as the planning of its production, among many other items related to the theme. This pioneering work has contributed much to systematize and professionalize business journalism in Brazil and serves today as a textbook in courses disciplines of media in the country. Business communication in systemic model In 1983, in ECA-USP Torquato defended his thesis for a full professorship, Comunicação e organização: o uso de comunicação sinérgica para obtenção de eficácia em organizações utilitárias. Also in the thesis he innovates bringing new theoretical contributions to understanding communication in a new perspective in the context of the types of organizations. He drew drew upon classical reserchears, such as as Amitai Etzioni, who studies theories of complex organizations, Max Weber, the precursor of modern sociology, and Walter Bukley, creator of systems theory, besides authors specifically in the communication field. The thesis brought the basics for understanding the organizational typologies, using the thought of Amitai Etzioni, who classified them into coercive, normative and utilitarian, focusing on the power and consent. Torquato chose to apply the concepts of communication in organizations called utilitarian. Again he made clear his concern to give a scientific basis to the practices of business communication. In 1986 Summus publish this thesis, the second book by Torquato, Comunicação empresarial/comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas. I see in this work the author’s main contribution to the study of organizational communication. It was the first in Brazil to systematize the foundations of communication in complex organizations and in a systemic perspective. Torquato applied to organizations the conceptual contributions of systems theory and organizational communication theories of communication, proposed and advocated a model for what he termed synergistic area of collective communication, including journalism, public relations, advertising, publishing and branding. One of the highlights by the author in this work was the “expressive power” that communication plays in organizations. “If some powers legitimize the company, communication exercises and also some great power” (TORQUATO, 1986, p.17). To illustrate his emphasis on the importance of the issue of power is worth quoting what he said then: 219 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant The communication, which, as a process, transfers symbolically ideas among speakers, is able, by the mere fact of existing, of generating influences. Besides, it exercises, in its fullness, a power, i.e. an expressive power, legitimizing other powers in the organization, as remunerative power, legislative power and coercive power. It should be remembered that the regulations, rewarding processes and existing coercion systems in organizations in order to legitimize themselves pass through processes of encoding and decoding, receiving treatment at the level of the linguistic code, assuming at the end, the form of a discourse that can generate greater or lesser acceptance by employees. Communication as a process and technique, is based on the contents of various disciplines of human knowledge, mediates the organizational discourse, adjusts interests, controls the internal and external participants, promotes, finally, greater acceptability of corporate ideology. As the expressive power exerts a function-mean before other functions of the organization. In this sense, it contributes to higher productivity, supporting and enhancing organizational economics (TORQUATO, 1986, p.17). From these considerations it can be deduced that Gaudêncio Torquato makes clear, in the context of the capitalist system, a pragmatic view of the power of communication in organizations to legitimize institutional and marketing speeches, thereby demystifying perceptions often idealists who do not meet current situational realities. Connection between studies and practices When tuning theory and practice and the attentive observer to the everyday life of organizations, Torquato is an insightful writer tuned with the events around him. Nobody knows how to read the facts and interpret them in light of his goals and horizons of action. In this sense he left too, even indirectly, recorded traits and perceptions of their experiences as a consultant and communications director of the Bonfiglioli Group. This can be found in the book published by Pioneira in 1991, entitled Cultura, poder, comunicação e imagem: fundamentos da nova empresa. This is an anthology of texts published in the media that portrays organizational realities experienced and observed with reflective look on organizational culture, power, communication and image. 220 Communicational thought of Gaudêncio Torquato in organizational communication In this collection of articles the author drew attention to the global transformations in the early 1990s and how they affect organizations. As you can see, visionary and reflective capacity is always present in his writings: The new international order will require a broad restructuring of organizations, a process that involves more accurate analysis of the competition, more detailed examinations of the quality/price ratio in view of the new consumer behavior, changes in the production flow from raw material suppliers and manufacturers; creation of joint ventures, alliances between groups; capitalization identities of the company; integration of local units with sector operations and comprehensive strategies; living with greater pressures for labor, improving quality standards and excellence, streamlining and strengthening of marketing tools, sales and communications, development of social policies and programs; widespread perception related programs and strong concern for the preservation of the environment, and finally, a reordering of structures, processes and routines, communications and staff development (TORQUATO, 1991, p.xi). Many of these changes highlighted by the author happened since then and still challenge the organizations nowadays. Therefore, the author seeks to bring to the debate reflections on contemporary society and the challenges of the time for organizations to act in an increasingly competitive market. Organizational communication and political communication In 2002, Torquato further extends its position to jointly address organizational communication and political communication, in the book Tratado de comunicação organizacional e política, which in 2011 was update. Much more than a study, this book is a true guide or manual, talking freely, in ten chapters, with 292 points, between items and subthemes, on various aspects of communication in private and in public/government administration. This is actually a systematization and democratization of his experiences as a communication and political marketing consultant, which have been translated into scripts and sketches of possible planning communicative actions applicable at the government and the private 221 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant sector. Again his entrepreneurial spirit and teaching was present to provide a comprehensive and useful work for a whole new generation of professionals. As he said, [...] This book is meant a modest contribution to the people who seek to understand, operate and manage, effectively, the spaces of conflict and dispute in the fields of communication, marketing, institutional, political and electoral facing the challenge, recurring throughout human existence, to be successful in life. As background, a mirror in which they can contemplate scenes and learn lessons from small stories and big thoughts, actors and authors whose mark was left in History (TORQUATO, 2002, p.xix). With what I have explained so far, I tried, in summary form, highlight the major contributions of Gaudêncio Torquato for the study and practice of organizational communication in Brazil, ranging from the rise of corporate journalism, going through the evolutionary concept of business communication and arrive in organizational and political communication. A space for the boldness and intellectual growth To conclude, I want to punctuate my perception that, in the 1970s and under a dictatorial regime in its heyday, Gaudêncio Torquato, as well as Candido Teobaldo de Souza Andrade in public relations, only managed to coin a line of research in the context of business communication because School of Communications and Arts, at the University of São Paulo, before subjects hitherto often rejected in academia and seen only as professional practices, opened its doors and welcomed diversity as a value for its graduate communication sciences and arts. As Torquato and Theobald, I also found in ECA-USP space and conditions for scientific research, besides freedom to create and develop activities that have always believed to be relevant to the advancement of knowledge in these areas. Surely the same applies to most of our colleagues who still militate in this iconic and unique school, which distinguishes itself not only in Latin America but also in the international context. With this I pay homage to these two great masters who, in the space of ECA-USP contributed to my academic career. To my director for the Master dissertation, Candido Teobaldo de Souza Andrade, 222 Communicational thought of Gaudêncio Torquato in organizational communication who in 1979 gave me the first contact with the discipline more oriented to that area, “Management of communication.” And now, with this text, especially to professor Gaudêncio Torquato, who gave me an overview of the complete “Business Communication”, putting the emphasis on “expressive power” of communication in organizations. He made me see communication as a major sector of organizations, at the same time, corporate communication and marketing communication, and glimpse the public relations mission in this compound, alongside the journalism, advertising, propaganda and other related areas. I must stress that the ideas of Torquato, as well as those of Teobaldo, were important pillars of my proposal, since my master in the 1980s and, since then, gradually assumed by academia, the market and public institutions, an “integrated organizational communication”, in which management retains public relations a major role3. References ABERJE. Comunicação Empresarial, São Paulo, a. V, n. 15, 2° trim. 1995. KUNSCH, Margarida M. Krohling. Relações públicas e modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo: Summus, 1997. ______. Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. [1986]. 4. ed. – rev., atual. e ampl. São Paulo: Summus, 2003. TORQUATO, Gaudêncio. Jornalismo empresarial: lições de experiência. Cadernos Proal, São Paulo, [s/d]. ______. Comunicação na empresa e o jornalismo empresarial. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) – ECA-USP, 1973. ______. Jornalismo empresarial: teoria e prática. São Paulo: Summus, 1984. 3. This is the theme of my dissertation, Planejamento de relações públicas na comunicação integrada, published in 1986 in exactly the same year that came to light the full professorship thesis of Torquato, Comunicação empresarial/comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas. 223 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant ______. Comunicação e organização: o uso de comunicação sinérgica para obtenção de eficácia em organizações utilitárias. Tese (Livredocência) – ECA-USP, 1985. ______. Comunicação empresarial/comunicação institucional: conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. ______. Cultura, poder, comunicação e imagem: fundamentos da nova empresa. São Paulo: Pioneira, 1991. ______. Tratado de comunicação organizacional e marketing político. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 224 Gaudêncio Torquato, A researcher’s view on Communication and Politics 4. Gaudêncio Torquato, A researcher’s view on Communication and Politics Adolpho Queiroz1 While few have ventured in this country to think more systematically and rigorously the importance of political communication, and engage the elusive paths of strategic planning in political marketing, journalist Gaudencio Torquato emerged, with its pioneering, to illuminate this field. Of the various dissertations and theses that he directed, I specially participated as a guest to one of them, written by journalist Ciro Pedrosa, also potiguar like him, expounding on the campaign of Aluisio Alves for mayor of Natal, in the pioneering days of what is called today the political marketing. In the occasion, Pedrosa remembered an episode singular. Broadcaster and politician, Alves asked the people of the time to come to his rally that day wearing a green or taking some green element - before the flags that have become common at meetings of the television era or singers who warmed the audience for arrival of the candidate. The people responded and as a Palm Sunday 1. Post-Doctorate in Communication at the Universidade Federal Fluminense, Ph.D. in Communication at the Methodist University of São Paulo, professor at Presbiterian Mackenzie/SP, professor at the Anhanguera Faculty of Santa Barbara d’Oeste and Funadesp (National Foundation for Development of Private Higher Education) fellow, former president of INTERCOM, Brazilian Society of Interdisciplinary Studies Communication and Politicom, Brazilian Society of Researchers and Professionals in Communication and Political Marketing. 225 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant of the Christian liturgy, the rally was ornamented by the leaves of the “palms” that turned twigs to political unrest. Where they came from? Public gardens in the square where the rally took place, the streets surrounding the square of one’s own backyard. “It was an unusual demonstration of appreciation to the candidate,” reported at the time Pedrosa. Long before, of the Green Party and its ecological thesis or major international movements of preserving the environment, Alves’s speech was ahead of his time, sensitizing the society for the preservation of which would be subject, dogma, and fad appointment in the late twentieth and early twenty-first century on phenomena resulting from global warming. But Torquato has to his credit numerous master dissertations and doctoral theses directed in the School of Communication and Arts, University of São Paulo, where he programmed pioneering projects of research on the subject, in addition to the reporting above. Books About his books, there are three highlights to do in the area. The first, entitled “Marketing Político e governamental”, published by Editorial Summus in 1985 today – after 27 years - is a book very current. Unfortunately, because if they had read the book when published, politicians, government officials, leaders would have advanced greatly in the understanding of the necessity of communication as an instrument of rapprochement between governments/political parties and society. In general, the book presents as global goals to lay the foundations and create conditions that allow the government a solid, fruitful and effective relationship with society; to establish climates and situations that allow the Government the normal development of the activities and projects, foster the creation of communication flows, from the Government to the social segments and from these segments to the Government in order to foster a sense of community participation in government work. Since that time Torquato already suggested that the area of com munication should give a unique character to the programs, avoiding fragmentation in the government work and, therefore, creating agile systems, necessary and useful for the rapid transmission of messages of social concern. 226 Gaudêncio Torquato, A researcher’s view on Communication and Politics He also suggested the creation of lean and functional structures that excel at high professionalism and low operating costs; to clarify goals and objectives of the media sectors of government, so as to avoid duplication of activities and projects; improve resources to provision of governmental communication area, giving an insight to business management. In another chapter he defended the need to harmonize communication and predicted that government projects and actions of the Government, as a rule, appear fragmented to the public. And indicated some reasons: variety, specialization, geographic dispersion, absence of criteria that normalize government communication, and personalization. Also stated that contributed to this fragmentation the greater presence of government leaders in the region, the need for direct action of communication with opinion leaders and university sectors, artistic, and student workers, among others. And we’re talking about a book written in 1985! He also advocated since that period that it was necessary to emphasize the facts and not the people, putting the government work above vanity of rulers and interest of personalities, and that the survival of a government is its ability to let facts for history. And asserted that “what is observed is a process of absorbing knowledge from the marketing area by politics, which has, as reasons, competition between candidates, urbanization of cities, the influence of the media, the political opening the pressure of organized groups, industrialization and the decline of the power of ‘colonels’ provincial policy.” (TORQUATO, 1985, p.57) A second contribution of Gaudêncio Torquato for the studies of political marketing is in his book “Tratado de Comunicação Organizacional e Política” (Thomson, 2002). You can highlight from that work especially chapter 5 - “Comunicação na Administração Pública Federal” – dealing with the image of the executive, legislative and judiciary powers; Chapter 6 - “Comunicação na Administração Pública” - discussing specifically political marketing articulations in state and municipal governments. In both chapters, Torquato can systematize his knowledge about political marketing, combining it with practical examples and diagrams that help to understand how the communication flows occur in environments of politics. There is still a third work in the field of political marketing where the author detects other articulations about the same subject. They are in the book “A Velha Era do Novo: Visão Sociopolítica do Brasil” (Edição do autor, 2002). It is the selection of 128 articles written by 227 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Torquato, and published in over 60 newspapers throughout Brazil between 1990 and 2002. In the first part, entitled “Diagnosis”, the book presents historical aspects of modern Brazilian political culture. The criticisms are raised from the existing basic problems in their own country’s government structures, widespread violence appears as an immediate response to these problems, reaction and movement of people in the form of organized institutions are viewed with optimism by the author to represent the rise of social forces capable of acting politically. In “A Velha Era do Novo,” Torquato no longer bothers to say to candidates and marketers, how to win an election. Now, their texts address the issue more broadly. In the latest book, reissued in 2011, the Tratado de Comunicação Organizacional e Política, second revised and expanded edition, Torquato deals with historical aspects and organizational political marketing from its origins in Nazi fascism of Adolf Hitler and Benito Mussolini and comes to the interpretation of contemporary cases, most also lived with him throughout his career as a consultant and professional area that has undergone natural campaigns on two levels: the governmental and institutional. In the government plan Torquato worked in the following campaigns, among others: Campaign for the Government of the State of Ceará (1986), two campaigns for the Government of the State of Piauí (1986/1990); Campaign for the Government of the State of Rio Grande do Norte (1986); Campaign for Mayor of Teresina/PI (1988), Campaign for the Presidency of the Republic (1989); Campaign for Mayor of Natal/RN (1992), Campaign for the Government of the State of São Paulo (1990); political marketing consulting for the President of the House of Representatives (1998-2000); political marketing advice to the Mayor of São Bernardo do Campo (19981999), among others. And many campaigns in the sphere of proportional candidates. At the institutional level, he worked in the following campaigns for presidencies of professional associations: Fiesp - Federation of Industries of the State of São Paulo, Ciesp - Center of Industries of the State of São Paulo (1992-1994-1996), ABIA - Brazilian Association of Industries Food (1992-1994-1996-1998-2000-2002). And many coordinated campaigns for election of officers of Federations, Associations and Unions. 228 Gaudêncio Torquato, A researcher’s view on Communication and Politics Abcop From the associative viewpoint, Torquato still accumulates the functions of vice president of Abcop. Founded on November 29, 1991, at Rua General Jardim, 522, room 4, Sao Paulo, the Brazilian Association of Political Consultants and Election Advisors is a civil society, non-profit, which will be governed by bylaws and by applicable law. The Association may join or associate with entities of similar or related activities, in the country or abroad, at the discretion of the Board. The Association aims to: assist and represent businesses and professionals associated in all their common interests in order to enable them to bigger and better development, protection and enhancement of its technical services, and promote greater interaction between them; establish relationships with Unions and Federations, as well as official and private entities that may collaborate with the Association to achieve its purposes; collaborate with government agencies in the development, deployment, execution and control of programs related to the development of the country and where professionals and associated companies may offer any subsidy; act as technical and advisory body, with the official entities and individuals when necessary, study and solve problems that relate to the services represented. Now has about two hundred members throughout the country, representing the labor market and academic researchers. Among the professionals are experts in polls, websites, press officers, image consultants, analysts, speeches, advertising, journalists, public relations, photographers and electoral strategists. The organization has given a new dimension to the scenario of political marketing in the country, assisting members through courses, seminars, annual conferences, publishing books and a website constantly updated with current legal issues and for the professionals of the field. After twenty years of continuous operation, the Abcop is today one of the institutions formulating the field of political marketing demands not only for electoral party, but also institutional. In an interview he granted to prof. Moises Barel, in the book “Marketing político, do comício à internet,” (Barel, 2007 p.209) the current president of Abcop, Carlos Manhanelli, talks a little about the origins of the organization: “The organization was born at a time when talk of political marketing was dangerous. We were coming out of the military regime. In these years, we have shaped the market formats. We are geared to it. Our vision is extremely marketing. The primary outcome was to become internationally recognized entity, able to expand their work.” 229 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Today the organization is affiliated with Alacop, Latin American Association of Political Consultants; IAPC, International Association of Political Consultants and ALICE, Latin American Association of Researchers of Electoral Campaign, whose founding congress was scheduled for July 2012 in Spain. In newspapers and on the Internet Gaudêncio Torquato also multiplies in the press and internet activities. His articles in the Sunday newspaper O Estado de S. Paulo, he reprints in 70 other newspapers with weekly articles and contributions via the internet on his personal blog titled Porandubas and reflections will feed this vocation and illuminating reflections on the field. In the newspaper “O Estado de S. Paulo,” Torquato weaves several comments about the national political reality, always grounded in classical authors, ranging from philosophers who begin to discuss politics in their origins, through established contemporary authors. He repeats this formula in articles that he sends to a huge network of newspapers in major Brazilian cities and capitals expressing his concerns with the political field, pointing the deformities, detours and seeking to help the reader/voter to identify ailments and overcome difficulties ethical issues that present themselves in forms of scandals and complaints. In the internet, using a more informal and humorous - that indelible part of his character, Torquato uses a fine irony to treat the notes and information it publishes. In addition to them on the endless anecdotes election it has collected over the years. Final Thoughts Experience and militancy brought Gaudêncio Torquato immense and impassable knowledge today on political communication. His theoretical soundness, based on classical authors from Aristotle to Plato in the ancient Greece, through the contemporary classics of national and international literature, has given the author, honored in this book by INTERCOM, Brazilian Society of Interdisciplinary Studies of Communication, also for his activism in building the field of communication in the country, as a former president of the organization, density desirable for reproduction and sharing of knowledge about the field. 230 Gaudêncio Torquato, A researcher’s view on Communication and Politics Of its successful passage in the School of Communication and Arts, at the University of São Paulo came other contributions as dissertations, PhD theses, conferences, lectures, seminaries, countless examples to the expansion of knowledge about the field of political communication. From Abcop, Torquato brought us the serenity to guide new players in the professional field of political marketing. Together with Carlos Manhanelli, he has been the architect and builder of an entity that today, at the age of twenty, is one of the most representative of the field at the national level and especially not in a very recent phenomenon: the export of consultants to political actions in Brazilian Latin America, Europe and more recently in Africa, helping to train skilled professionals for the standard of Brazil export consultants. Of daily press and the blog he writes always so current and insightful, Torquato experience brought us all these years experiencing scenarios, influencing them being decisive with his exact word during the clashes that helped him win across the country with campaigns who commanded. Of his books on the field - which now incorporates this volume in his honor edited by INTERCOM and one more book of essays and articles “Era Uma Vez Mil Vezes... O Brasil de Todos os Vícios,” to be released soon by Topbooks – the legacy of militant Torquato to build a more democratic society is noted. His help over the last few decades to consolidate INTERCOM as the most important scientific association in the field of communication in the country and Abcop, with its extensive schedule of courses, consultancy, seminaries and publication of books on political marketing, are irrefutable evidence of his detachment to form new generations of communicators to the political field. Finally, I would like to resume the talk of prof. Manuel Chaparro that afternoon in September 2011 in Recife, when we pay on behalf of INTERCOM our tribute to the former president. At that time, discussing the life and work of Torquato, Chaparro did reiterate here that demand. That Torquato with his pen and intelligence, with the rise and prestige he has on politicians and businessmen, help Brazil eliminate the worst of all his evils, since Pedro Álvares Cabral landed here in 1500: “corruption”. That through his hands, intelligence and especially character, Gaudêncio Torquato continues to guide us through the field of ethics to be, finally, sometime in the future, a country truly sovereign and free, finally, that the disease of character which destroys us and shames us before the other nations of the modern world. 231 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant References QUEIROZ, Adolpho; MANHANELLI, Carlos; e BAREL, Moises. Do comício a internet. São Paulo: Cátedra Unesco/Metodista e Abcop, 2007. TORQUATO, Gaudêncio. Marketing Político e governamental. São Paulo: Summus, 1985. ______. Tratado de Comunicação Organizacional e Política. São Paulo: Thomson Editorial, 2011. ______. A velha era do novo, visão sociopolítica do Brasil. São Paulo, 2002. 232 Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns 5. Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns Rose de Souza Vidal Mara1 Introduction Gaudêncio Torquato is considered one of the mentors of organizational communication in Brazil. His studies include besides the Organizational Communication, the Electoral and Political Marketing. In the latter area, he coordinated and developed majoritarian political campaigns (state and municipal governments) and proportional in several states. Full Professor at the University of São Paulo, full projessorship and PhD in communication, Torquato, is also a journalist who writes regularly for about 70 Brazilian journals, among them the newspaper O Estado de S. Paulo and the column Porandubas of site Migalhas. Also acting as a business consultant, he produces Organizational Plans and Programs in public and private spheres. He received the Esso Journalism Award in the category Scientific Information (1966) and also the Communication Personality Award (2003). Has published nine books: Jornalismo Empresarial - teoria e prática (1984, 1. Master in Social Communications at the Methodist University of São Paulo, MBA in Political Marketing at the Catholic University of Brasilia, graduated in journalism at Universidade Federal do Tocantins. Associate professor of the UFU, Federal University of Uberlândia. Email: [email protected] 233 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Summus); Marketing Político e Governamental (1985, Summus); Comunicação Empresarial/Comunicação Institucional (1986, Summus); Periodismo Empresarial (Mendez – Lima, Peru); Cultura, Poder, Comunicação e Imagem - Fundamentos da Nova Empresa (1992, Pioneira) e Cultura, Poder, Comunicação, Crise e Imagem (2012, 2nd revised and expanded edition, Cengage/Learning); Tratado de Comunicação Organizacional e Política (2002, Pioneira/Thomson Learning, 2nd revised and expanded edition, 2011); A Velha Era do Novo – Visão Sociopolítica do Brasil (2002, GT Marketing e Comunicação); Era Uma Vez Mil Vezes...O Brasil de Todos os Vícios (2012, Topbooks); Gaudêncio Torquato, Meu Pai (G Torquato, 2008). In an interview for the production of this article, Torquato talks about political marketing: “It is not limited electoral programs, as some advertisers would have you believe. This is a set of tools and techniques, covering research; speech (proposals, programs); communication and its forms and channels, and the joint policy with organized society and mobilizing groups and masses. Marketing does not gain political campaign. Who wins campaign is the candidate. But it helps a candidate win. And contributes to the defeat of a candidate, when not made adequately,” he points out. History of life and academic career Francisco Gaudêncio Torquato do Rego was born on April 8, 1945, in Luís Gomes, a small town in the southwestern state of Rio Grande do Norte, on the border with Paraíba. Son of the second marriage of his father (who married twice and had 22 children), Torquato inherited the political involvement of its parent, a characteristic that would be reflected throughout his career. Later, in 1980, went on to develop campaigns, the first in the Northeast – the birthplace of his political formation. At 11 years old he was sent by his family, especially his mother (Mrs. Chiquinha) Seminary Santa Terezinha in Mossoró (RN), directed by Dutch priests. The trip was motivated at age 10 when the small Gaudencio was surprised by her mother playing Mass, which was interpreted as a sign, a miracle. In the seminary of Mossoró, the journalist completed all his basic education, from the fifth grade until four years of high school. Between 1956 and 1960 he remained virtually in an internship. Through rigorous education, Torquato had access to great classical works and studies in Latin and Greek. This classical 234 Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns education can be understood with the base that allowed a differentiated academic and journalistic production. And he cites in his productions always some philosopher or writer. At the age of 15, Gaudêncio decides to switch to a less rigid seminary in João Pessoa (PB), since he did not see himself in a religious career. The Immaculate Conception Archdiocesan College of San Francisco allows greater integration with the world. At 16, he moved again to Recife (PE), where he will attend the last two years of science in American Baptist College. Lived in the Student House, where other brothers had lived. In 1962, still a teenager (17 years old) Torquato began his working life as a journalist and contributor to newspapers and magazines in Recife. As thousands of Brazilians who struggle for a better life, in parallel, he started the Course of Journalism at the Catholic University of Pernambuco. In the 1960s, there were few journalism courses in Brazil and professional graduating more often in other areas such as law, predominantly, getting the practice in everyday work. According to the Ministry of Education there are currently (2009) about 470 journalism schools distributed throughout the country. Almost 12,000 journalists annually graduate. But in 1963, according to CIESPAL, from Mexico to Argentina, Latin America had only 43 journalism schools, of which 12 were in Brazil. According to the text of Beltrão, the university training of journalists in Latin America began in Argentina in March 1935, with the creation of the Escuela Argentina de Periodismo resulting from an agreement between the Circle of Journalists of the Province of Buenos Aires and National University (SOUZA, 2010, p.4). From 1962 to 1966, Gaudêncio Torquato worked in several major publications in the Northeast and in Brazil. At the time, it was not compulsory to fulfill a certain time like today, then the journalist could work in two, three or more jobs, even in newspapers. Torquato could make simultaneous reports for the Correio da Manhã and the Jornal do Brasil, both of Rio de Janeiro. It did not take long for him to also write for the newspaper Folha de S. Paulo, Northeastern Branch and Jornal do Commercio. Also in 1966, Gaudencio Torquato wins the Esso Journalism Award in the category Scientific Information, by a series of seven articles on “Water Belly, a disease that kills in the Cure”, published in the Jornal do Commercio. He also produced a series of special reports on the Northeast 235 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant for the Folha de S. Paulo. This curriculum and the good personal development assured him the trip to São Paulo, where the journalist began a new phase of his career. He worked with Calazans Fernandes, head of Branch of Folha, and Manuel Chaparro. The context of the time contributed to his going to the Brazilian metropolis; in the Northeast, Torquato covered social area and the field, marked by agrarian conflicts harshly repressed by the military dictatorship established in 1964. This heavy atmosphere made more convenient the departure to São Paulo. The successful production of special sections on the Northeast contributes to participate in the development project of special supplements of Folha de São Paulo. Then in 1967, Torquato came with Calazans and Manuel Chaparro to São Paulo. An interesting finding. Gaudêncio Torquato, who received great practical lessons from Chaparro, (“one of the greatest and best journalists with whom I interacted,” he says), would direct then in ECA the master and doctoral theses of the colleague. The small team became a larger and more complex structure, coming to join more than 100 professionals (editorial and commercial sector) engaged in the production of great stories about social problems of the country were then developed other special projects, such as the series of reports on the Metropolis of São Paulo – The Challenge in 2000. With extensive experience in journalism and in all stages of its production, always geared to the interest by research and debate, Gaudêncio Torquato opened the doors of the university. Invited to teach at the School of Journalism Cásper Líbero, by Professor José Marques de Melo, he joins its faculty in 1968, teaching courses in Interpretive and Comparative Journalism. A year later, he joined as an assistant professor in ECA-USP, yet at the invitation of Professor Marques, at the time head of the Department of Journalism. In the minutes of the Journalism Department of ECA, in the period from 1969 to 1972, the first mention of his name occurs in the record of a cultural exchange activity with the School of Journalism Cásper Líbero. He teaches the discipline Techniques of Newspaper and Periodical I, subdivided into Theory and Methodology of Journalism and Informative and Interpretive Journalism. The course was aimed to prepare students for a pilot biweekly newspaper. Also in 1969, Gaudêncio Torquato publishes the texts Jornais Precisam Ter mais Notícias em Profundidade, in Cadernos de Jornalismo e Comunicação, Guanabara Publisher, and Imprensa Brasileira Contemporânea – Estudo Analítico, Correio do Livro Publisher. He joins the faculty at ECC. In 1970, the year that the ECC is known as the School of Communications and 236 Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns Arts-ECA, Gaudêncio Torquato takes regular courses in the Department of Journalism: disciplines Interpretive and Informative Journalism and Introduction to Journalism. He also directs University News Agency (AU). (SOUZA, 2003, p.7) Also according to Souza (2003), Torquato teaches Techniques of Newspaper, Theory and Methodology of Journalism, Informative Journalism, and develops studies and experiences on journalistic techniques and laboratory newspaper, as well as keeps his activity as professor at Cásper Líbero. At that time, the researches on journalism take their first steps, and Gaudêncio Torquato engages in this movement. Defending his doctoral thesis in 1972 on business journalism, Torquato was directed by Professor Rolando Morel Pinto, full professor at the Faculty of Philosophy, Letters and Human Sciences at USP. Like Luiz Beltrão, Torquato finished his PhD in one moment the course was incipient in Brazil, so the first Brazilian doctors were trained in communication by full professor directors from other areas of the humanities, such as philosophy, sociology etc.. Thesis (32 of MA courses e 4 of PhD courses) As director: • A contribuição do jornal de empresa à política de prevenção de acidentes - Dirceu Fernandes Lopes (1982) • O anúncio da notícia - contribuição para uma retórica do discurso jornalístico - Francisco Rocha Morel (1983) • Revistas especializadas no Brasil: desenvolvimento, taxionomia e dinâmica editorial - Kardec Pinto Vallada (1983) • A liberdade como pressuposto para a aprendizagem - a integração professor aluno no aprendizado de artes gráficas - José Coelho Sobrinho (1986) • O Governo Montoro, entre o verbo e a verba - Carlos Alberto Manente (1986) • A notícia (bem) tratada na fonte - Manuel Carlos da Conceição Chaparro (1987) • Uma aplicação da informática em pesquisa de comunicação Laszlo Peter Andras Urmenyi (1988) 237 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant • O processo editorial da Embrapa: da prática à necessidade de reformulação - Clea Lúcia Lira (1989) • O livro reportagem como extensão de jornalismo impresso: realidade e potencialidade - Edvaldo Pereira Lima (1990) • Comunicação e agricultura: condicionantes do conhecimento e do uso de técnicas agropecuárias pelos produtores de Montes Claros - Geraldo Magela Braga (1990) • Estudo dos sistemas de editoração das empresas públicas brasileiras - Hozana Álvares de Oliveira (1990) • Evento: líder de opinião, motivação e público - Ana Cristina Magalhães de Giacomo Minervino (1992) • Pragmática do jornalismo - buscas práticas para uma teoria de texto - Manuel Carlos da Conceição Chaparro (1993) • As transformações do jornalismo empresarial da década de 80 aos dias atuais - Mônica Martinez Luduvig (1994) • A comunicação no meio sindical: propostas de uma política para as entidades - Toni André Scharlau Vieira (1994) As part of the board: • Perfil das Relações Públicas na América Latina - Nelly Amélia Becerra Pajuelo (1983) • Diagramação: recurso funcional e estético no jornal moderno Rafael Souza Silva (1983) • As expectativas da empresa aérea nacional face ao comportamento do usuário e os elementos condicionantes da propaganda - Beatriz Helena Gelas Lage (1983) • O Conar - Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária - como expressão de uma nova consciência ética na publicidade brasileira - Luiz Celso Piratininga Figueiredo (1984) • Similares das atividades de Relações Públicas em órgãos paraestatais e empresas privadas - Ronald Calhau Pinheiro (1985) • Jornalismo científico no Brasil: os comportamentos de uma prática dependente - Wilson da Costa Bueno (1985) 238 Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns • Relações Públicas como instrumental da administração da controvérsia pública - estudos de casos - Francisco Assis Martins Fernandes (1985) • Atividades de Relações Públicas no poder executivo nos municípios do “ABC” - Walter Ferreira (1986) • As agências caseiras de propaganda no Brasil - Sérgio Storti (1987) • Estrutura da opinião pública na ideologia de poder - Tupã Gomes Correa (1987) • A comunicação social como instrumento do poder - as coordenadorias de comunicação social da “Nova República” – Sidineia Gomes Freitas (1988) • Marketing Político: contribuições de uma pesquisa junto a candidatos ao legislativo estadual - Sandra Souza Pinto (1989) • Revista: um produto objeto e instrumento de marketing - Kardec Pinto Vallada (1990) • Leitura jornalística e estética do suplemento cultural Contexto Annamaria da Rocha Jatobá (1990) • Para uma história da UCBC - memória de uma instituição cristã dedicada à comunicação dialógica e comprometida com a resistência ao autoritarismo brasileiro - 1970-1988 - Pedro Gilberto Gomes (1991) • O uso do videocassete na empresa: o treinamento de pessoal na Nestlé - Sônia Esperanza Segura Acosta (1991) • Ética: esta lei pega? (apontamentos sobre a moralidade que a imprensa prega e pratica) - Santa Maria Nogueira Silveira (1993) • Jornalismo Empresarial: estratégia de marketing e de interação social (uma visão editorial) -Maria Lucinete Tavares (1993) • Luiz Beltrão: um senhor do mundo - Fátima Aparecida Feliciano (1993) Business communication In 1970, the special regional supplements of Folha de S. Paulo ends, and Gaudêncio Torquato leaves the newspaper. At the invitation of Manuel Chaparro, who conceived the project, he founds with Luiz Carrion, advertiser, the PROAL, a consultancy for production of 239 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant newspapers and business magazines. It is the moment when his option for the business begins to firm up. The company launches Cadernos Proal - specializing in debates about business journalism and communication in general. Gaudêncio Torquato also strives to bring new expertise to the university and faces resistance from some academics who do not accept the incorporation of this discipline. Torquato emphasizes that in Proal, supported 40 companies (among monthly and biweekly newspapers). Importantly, the political context of the time: while the military dictatorship was at its height, manifesting in political repression and censorship of the media, academia, was strongly influenced by leftist currents. Business journalism would be something like a capitulation to imperialism, according to the perception of Gaudêncio Torquato. He continued teaching courses in Interpretive Journalism Cásper Líbero, and brought to the classroom the debate about big stories, but his great contribution to the defense of the ECA was teaching in the academic enterprise of journalism and communications business, which, after, won him wider scope as organizational communication. What was then a taboo today is seen by new generations as an alternative to professional performance. After all, the expansion of the labor market in the 1990s was strongest in the segment of specialized magazines and corporate communications. It was a period of professionalization of communication departments of organizations and foundation of dozens of press. Currently, most active journalists trained in counseling, communication departments or business magazines. The interest in business journalism takes Gaudêncio Torquato to organize communication departments of large companies, and then to go down the institutional segment, with the invitation of Fernando César Mesquita to provide a collaborative work with the government of José Sarney (1985), and the Executive Secretary of Communications Council, a body that brought together 25 leading names in communication, to discuss policies for the sector in the country. Activities: institutional marketing and communication Gaudencio Torquato is responsible for the organization and preparation of Master Plans of Communication for government agencies and entities, among which: 240 Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns • Ministry of Administration – 1987 • Ministry of Industry and Commerce – 1987 • Executive Secretary of the Council of Communication of the Presidency - 1987 - Office of the Executive Secretary of the Council of Communication of the Presidency • Central Bank of Brazil – 1990 • Bank of Brazil – 1991 • Plan Communications Director of the Brazilian Association of Food Industries - 1992 • Communication Plan - Government of Roraima – 1995 • Plan Communications Director of the Bar Association of Brazil, São Paulo Section - triennium 1998/2001/2004/2007/2010 • Plan Communications Director of the Federal Council of the Bar Association of Brazil - 2001/2002/2003 • Guidelines for Action Political-Institutional for the Federation of Industries of the State of São Paulo - Campaign Carlos Eduardo Moreira Ferreira Consulting activities: business area Institutional Marketing and Communication Consultant of various groups, organizations and companies, among others, Bank Itaú, Grupo Santista, Tintas Coral, Citibank, Eletropaulo, Refinações de Milho Brasil, Grupo Odebrecht e Instituto Aço Brasil. Political Marketing With the political opening in the mid-1980s, Gaudêncio Torquato turns to another field still embryonic in the country: political marketing. There is a shift from water to wine because his family has always been caught up in politics and in the Northeast, so dive into the strategies of an election campaign was an adventure in a sea already known. It begins with the successful campaign of businessman Tasso Jereissati for the government of Ceará in 1986. That same year, coordinated the campaign of Freitas Neto for the government of Piauí. From there, dozens of other Brazilian states. 241 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Aware that he is penetrating through an area virtually unknown in Brazil, Torquato leverages his experience as a teacher to print a teaching bias in his books, where he evidences the goal of guiding the marketing and communication professionals. One of his first works, Marketing Político e Governamental – um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação (São Paulo, Summus, 1985), is divided into three parts: O ABC do Marketing Político, Marketing para o Interior do País and Marketing Governamental. Returning to the political marketing and corporate communications, Gaudêncio Torquato withdraws gradually from academia, retires from USP and leaves other faculties. But he dedicates himself to giving lectures, seminars, courses and trainings on topics that have guided his career, with emphasis on issues of political marketing and business communication. Publishes articles in about 70 newspapers across the country and is a permanent source of national media, interpreting and analyzing the political situation. Activities Political Marketing Consulting – planning, coordination and political campaigning. • Two campaigns of the State of Piauí, 1986/1990 • Campaign for the Government of the State of Rio Grande do Norte, 1986 • Campaign for Mayor of Teresina/PI, 1988 • Campaign for the Presidency of the Republic, 1989 • Campaign for Mayor of Natal/RN, 1992 • Campaign for the Government of the State of São Paulo, 1990 • Campaign for Mayor of São Paulo/SP, 1992 • Campaign for the Government of the State of Roraima, 1994 • Campaign for Mayor of Boa Vista, 1996 • Campaign for the Government of the State of Roraima, 1998 • Campaign for over 20 prefectures of several States • Campaigns for Deputies 242 Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns • Advising the Parliamentary Deputies • Campaigns for Presidency of professional associations: • - FIESP – Federation of Industries of the State of São Paulo, 1992-1994 • - CIESP – Center of Industries of the State of São Paulo, 19921994 • - ABIA – Brazilian Association of Food Industries, 1992-19941996-1998-2000-2002 • Political Marketing Consulting to the President of the Chamber of Deputies, 1998-1999-2000 • Advising political marketing to the Mayor of São Bernardo do Campo, 1998-1999 • Advising political marketing to Mr. Michel Temer, now Vice President of the Republic, since the early 2000s. Works • Jornalismo Empresarial - teoria e prática (1984, Summus); • Marketing Político e Governamental (1985, Summus); • Comunicação Empresarial/Comunicação Institucional (1986, Summus); • Periodismo Empresarial (Editorial Mendez – Lima, Peru); • Cultura, Poder, Comunicação e Imagem - Fundamentos da Nova Empresa (1992, Pioneira) – Cultura, Poder, Comunicação, Crise e Imagem – 2ª edição revista e ampliada (2012, Cengage/Learning) • Gaudêncio Torquato, Meu Pai – (2008, G Torquato) • Tratado de Comunicação Organizacional e Política (2002, Editora Pioneira/Thomson Learning; 2011, 2nd edition revised and expanded) • A Velha Era do Novo – Visão Sociopolítica do Brasil (2002, G Torquato) • Era Uma Vez Mil Vezes... O Brasil de Todos os Vícios (2012, Topbooks) 243 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Special Studies • Grupo Santista - Study of Printed Communication Channels: content, language and morphology analysis. • Refinações de Milho Brasil – Special Study of Brand Image Products. • Eletropaulo Metropolitana - Technical Study and Brand Image Case of Name Change • Managerial and Administrative Communication - Special Studies in Administration and Management Communication for Bank Itaú • Grupo Odebrecht – Organizational Manual of Communication • Instituto Brasileiro de Siderurgia – Brazilian Steel: Image Adjustment Plan Lecturer/Consulting activities Participation in seminars, symposia, conferences and workshops. About 800 lectures/participation - Lecturer and discussant The heart and influences of Torquato’s thinking Inheritance of political soul Torquato grew up under the strong influence of the family, especially his father, who was a “Coronel2” in the region of the Drought Polygon in Rio Grande do Norte. The stereotype of the northeastern character was remarkable for the patriarch. According to Torquato (2008, p.91), was respectful view it within the liturgical authority of 2. The term “Coronel” is representative of the times of the National Guard, as highlighted in the preface of Barbosa Lima Sobrinho for the classic Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil, by Victor Nunes Leal: “The National Guard , created in 1831 to replace the militias and ordinances of the colonial period, established a hierarchy in social or economic prestige of its owner, who rarely fail to be among the landowners.” Over time, the term “Coronel”, which corresponded to early military rank, came to appoint whoever was willing to pay the price set by the government (LEAL, p.13). 244 Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns a full suit in the tropical region. I used to bring him on the forearm. Merchant, farmer and politician, the old Gaudencio controlled everything from his two grain warehouses. Prioritized education for their children, giving conditions (e.g., studying in other cities), but required return. Every child, charged the effort compliant resources it rendered. Jotted down in a notebook the accounts of each sapling. The Rego family’s political influence in the region was old and expanded with each generation. The father became mayor of Luís Gomes and three brothers of the journalist simultaneously become politicians, besides two mayors. The childhood and adolescence of Gaudêncio Torquato were marked by political experience, a time of radical relationships. The family was linked to the National Democratic Union (UDN), a party born in 1945 in the fight against the Estado Novo of Getúlio Vargas and agglutinated seemingly disparate elements. The father, a local leader, experiencing a traditional old policy clashes between the UDN and the PSD. This concept has been incorporated in later years, in his book Political marketing and government: a roadmap for political campaigns (1985), focused on campaigns in small rural towns. The father’s interest in monitoring the national political scene, even being so distant Luís Gomes in the center of events, soothed themselves with reading the newspapers coming from Recife - invariably late. Gaudêncio Torquato was the boy who was going to the post office in the region seek stack of copies of the Jornal do Commercio accumulated. The complete understanding of the role of the father in the trajectory came with maturity. Gaudêncio Torquato regrets that only shortly before his death is that it can begin to discover it to the fullest. On February 22, 1981, Gaudêncio Torquato Rego died of a heart attack at age 86. Influences of European communicational thought Gaudêncio Torquato, in an attitude of cutting edge, even in the 1970s, began studying two aspects of communication: The business journalism and political marketing. If we concentrate our attention on Political Marketing, the advance was deeper than you can imagine. Torquato with great maturity and versatility begun in his first book “Political Marketing and Governmental (Summus, 1985)” scoring election methodologies. The breakthrough came at a historical moment for Brazil, since we lived in a post-dictatorship and the population was relearning the 245 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant lessons of democracy, that this is in crisis in every corner of the planet. Torquato says the crisis of representative democracy relates to the difficulties generated by its operation in the political field. This idea shared by one of its masters intellectuals, Norberto Bobbio (Turin, 18.10.1909, Turin, 09.01.2004). In designing the Italian philosopher, democracy promises many things and fails: education and justice for all, victory of morals and ethics on corruption, the equal distribution of surrender, the security of citizens. The societal response to the commitments made no democracy occurs through increased organic – creation and expansion of intermediate entities – and the consequent formation of new forms of representation. Non-governmental organizations, associations are born this way etc. This universe organization seeks to fill the shortcomings of representative democracy. However, representativeness is increasingly fragmented and this trust needs to elect up planning because the marketing tools that serve a political candidate cannot serve another. Under this assumption, Torquato discusses in his writings on the subject and suggests that political campaigns, both those who use political marketing as the election must first of all take planning. One of the crucial points of the planning is to understand the role of the voter. Gaudêncio explains that there are several factors that influence the decision of the voter at the time of voting. How, for example, the context of the election, the behavior of the candidate and voter, and other external stimuli. The truth is that there is no single determining factor for the vote, but the sum of influence factors that lead voters to decide this or that candidate. On the other side of the chain is the candidate who needs to use their full potential and, if necessary, make the same to win and convince their electorate. Success stories are mentioned in the works of Gaudêncio, as President Juscelino Kubitschek, Quadros, Aluízio Alves, Martin Luther King, John Kennedy, among others. However, a system in particular arouses the curiosity of all: the Nazi discourse. There are few politicians who throughout his life mirrored up and still mirror the techniques adopted by Adolf Hitler, dictator who consistently used the propaganda to dominate the masses. Gaudêncio Torquato, in his book “Tratado de Comunicação Organizacional e Política,” comes to include as an appendix to a text on political marketing of Hitler. Used as a reference, the best seller “A mistificação das massas pela propaganda política”, by Russion Serge Tchakhotine, (Constantinople, 13.09.1883; Moscow, 24.12.1973). The microbiologist is mentioned several times by Torquato, who, in an 246 Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns interview, noted that the publication is a sort of manual on learning the basics of political propaganda. The book is a collection about the effects of advertising on public opinion, from the author’s experience of totalitarian regimes in Europe. According to the text, the techniques of propaganda and ideological mass lead to mental and psychological brutalization. Hitler did dive into the crowd almost hypnotic states. Dominated the masses by psychological violence, rape. Ie, Nazi propaganda was nothing more than the exploitation of the doctrine of Pavlov on conditioned reflexes. Not that Hitler has studied the science Pavlovian used it empirically, intuitively. The Führer3 could join three concepts, three beliefs that have completed wildly: military technology, the warrior ethos and philosophy of integrating Clausewitzian military politicians (war is the continuation of politics by other means). The image of Hitler was crafted every speech, every presentation in public. Torquato draws attention to the question “image”. As the Führer explored the mass media of the time (radio and cinema), Today, candidates should be more concerned with the appearance and fluency in electronic media. Not always the image that corresponds to the identity goes. Ideally bring the image of the identity, ie what a candidate is what is projected. The image must be closely linked to identity. If not, the image is dramatized, passing false in its claims and convictions. Gaudêncio in his work masterfully weaves a timeline to build a communication strategy in election campaigns. It is interesting to call attention to what he does warn that feeling of maturation of the campaign cannot be reached much earlier, thus running the risk of reaching the date of the election without the climax of the intention to vote in his favor. About marketer he says, “the political marketer needs above all to be a strategist, a professional with a systemic view of all axes and marketing. That just does not understand a campaign as a call advertising, a marketing proposal television. Who is able to view the new niche interest of society to trainees and excesses of the rulers.” This multivision professional political marketing has to be aligned to the moment when Brazil is experiencing and behavior of contemporary politicians. Gaudêncio Torquato, in his book “A Velha Era do 3. Führer in German means the “driver”, “guide”, “leader” or “boss”. Führer derives from the verb führen, “to lead”. Although the word remains common in German, it is traditionally associated with Adolf Hitler, who used to designate the leader of Nazi Germany. 247 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Novo,” makes an indentation in the third chapter on the role of media in democracy and the question of the Brazilian part of a territory and not a nation. In both texts, the journalist uses the importance of national values that we are forgetting. In the case of the press as springboard for the popularization of our accomplishments: how science, creations, discoveries and facts technical-scientific, spreading not only in language accessible to the natives, but to other countries. If the media turn a blind eye to the facts creates the curtailment of democracy, which is the right to information. Torquato is anchored in political thinker and historian Alexis de Tocqueville French writer (Alexis Charles Henri Clérel, Vicomte de Tocqueville – 7.29.1805, 4.16.1859) says that the press be a strong link in the construction of citizenship of a people “Love press for consideration of the evils that prevents, but even than the goods it produces.” And ended up, saying that the sovereignty of a people and media freedom are two entirely correlated. Thought Full Gaudêncio saying that the press in its mission to inform, interpret, guide, opine, persuade, argue, criticize, contextualize, the media provide social balance. The press is one of the most effective mechanisms for the process of national development. On the other axis with respect to the issue of Brazilian inhabit a territory and not a Nation (Tratado de Comunicação Organizacional e Política), Torquato invites the reader to reflect upon his condition to show that sometimes complain of national policy, but not charge of our attitudes representatives. Based in The Democracy in America (Alexis de Tocqueville), he shows that, even written in 1835, the French philosopher described the foundations of the American nation, which pointed the doctrine of common interest as well-understood as the source able to form a multitude of correct and honorable citizens themselves. Between us, the common interest is an abstraction. Few accept sacrificing your part to save others. The country still records the behavior and customs of barbarism. Many politicians do not grieve with the country’s problems. Therefore, do not find the place of the nation. As the reporter points out that our politicians are currently more Democritus than Heraclitus4. 4. Democritus: Greek philosopher who mocked life and man and only appeared in public with arrogant and mocking. Heraclitus: Greek philosopher who had compassion for mankind and showed solidarity. 248 Career and academic trajectory of Gaudêncio Torquato: From political marketing to methodology in election campaigns Final Thoughts Passing through the territory of the great stories, corporate communications, government and political marketing and teaching, Gaudêncio Torquato can join like no other as praxis and theory. With his academic training and exercise in newsrooms, the journalist and professor moves from one area to another, in a clear demonstration that the School of Journalism and professional practice form not only journalists, but multiple, plural professionals. In the case of Torquato, the initial choice was the interpretive journalism, major stories – his area of contribution in the first years of ECA – passing for business/organizational/institutional communication – an area where he becomes a pioneer in the academy and compulsory reference compulsory for students. The visionary eye opened doors for government and political marketing. Unlike most authors of Political Marketing, the journalist first wrote and met his scientific knowledge to then apply it in practice. Then deepened and reflected on what it achieved. Using now the practice to justify the theory. Gaudêncio Torquato meets the intellectual scope and experience in electoral campaigns, providing the professional world of the clues for achieving good results. And so, share his effort and creativity with generations of researchers, journalists and publicists. References BOBBIO, Noberto. O Futuro da democracia. São Paulo: Paz e Terra, 2000. HANTKE, Suzi Garcia. A pioneira trajetória de Gaudêncio Torquato na pesquisa comunicacional brasileira. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação). São Paulo: ECA-USP, 2006. LEAL, Victor Nunes. Coronelismo, enxada e voto: o município e o regime representativo no Brasil. São Paulo: Alfa-Omega, 1975. TORQUATO, Gaudêncio. Tratado de comunicação organizacional e política. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2010. ______. Marketing político e governamental: um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação. São Paulo: Summus, 1985. 249 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant ______. Comunicação empresarial e comunicação institucional – conceitos, estratégias, sistemas, estrutura, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. ______. Jornalismo empresarial – teoria e prática. São Paulo: Summus, 1987. ______. A Democracia no Brasil: Pensamento Social, Cenários e Perfis Políticos. São Paulo: CIEE, 2001 ______. Cultura, Poder, Comunicação, Crise e Imagem - Fundamentos das Organizações do Século XXI. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Cengage Learning, 2012. ______. A Velha Era do Novo: Visão sociopolítica do Brasil. GT Marketing e Comunicação, São Paulo. 2002. ______. Gaudêncio, Meu Pai: Memórias de um tempo. São Paulo, 2008. TCHAKHOTINE, Serge. A Mistificação Das Massas Pela Propaganda Política Tradução: Miguel Arraes. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1967. SOUZA, Maria Tereza. A trajetória profissional e acadêmica de Gaudêncio Torquato. Monografia ECA-USP, São Paulo. 2003. Disponível em <http://www.eca.usp.br/pjbr/arquivos/monografia2_f. htm>. Acesso em 21/03/2010. SOUZA, Rose Mara Vidal de Souza. Metodologia para o ensino do jornalismo: O pioneirismo de Luiz Beltrão no CIESPAL aplicado na atualidade. Trabalho apresentado. 250 The Paths of My Way (From the lamp to political analysis) 6. The Paths of My Way (From the lamp to political analysis) Gaudêncio Torquato1 “A thousand paths exist, not yet walked, a thousand healths and hidden islands of life. Although still not exhausted nor discovered give continuity to man and the land of of men.” Zarathustra, the interpreter Nietzsche created to give the human cues to its full realization, has been a beacon in my life. I enjoy every moment of the protagonist in some curve that comes my way, whether in the form of disbelief, despair or doubt about the direction to follow. My life has been like that: full of interrogations, searches and findings. Since my childhood in Luis Gomes (NB), when set my first contact with the world of journalism, holding a lamp to help my father, Gaudêncio, to read the Jornal do Commercio, of Pernambuco, whose editions arrived late and by mule, coming from Pau dos Ferros, who worked as the courier’s central region. Since the times when, in Recife, I began my professional career working in the newspaper offices of Jornal do Brasil, Correio da Manhã, Folha de S. Paulo and Jornal do Commercio, where, in 1966, I won the National Esso Award in the 1. Journalist with a degree from Catholic University of Pernambuco. A pioneer of political marketing and organizational communication in the country and one of the most important Brazilian specialists in these two areas. Professor at University of São Paulo, full-professor and PhD in communication, he has coordinated political campaigns (state and municipal governments). Weekly on Sundays, his articles are published in the newspaper O Estado de S. Paulo. Site: www.gtmarketing.com.br 251 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant category of Science Journalism. Back in 1967, when I arrived in São Paulo, to work in the Special Supplements of Folha de S. Paulo, the horizons opened up. São Paulo, the great meeting São Paulo, the locomotive of Brazil, was the port of destination. There I planted the seeds of my personal life and searched opportunities that presented themselves in the professional harvest. In the largest Brazilian metropolis, conquer space was a matter of will, courage to face obstacles and also teamwork. I’ll begin with this value. In the Folha de S. Paulo, the success is due to the “commander” Calazans Fernandes, reporter soul, masterful text, one of the most glittering potiguares I ever met. Calazans made his name in the newspapers of Rio de Janeiro, back in the Diário Carioca, Tribuna da Imprensa and the old Jornal do Brasil. By his hands, Manuel Chaparro and I arrived to Barão de Limeira, to continue a successful project: Supplements on the Brazilian Reality, the more dense and comprehensive experience of interpretive journalism of the late 60’s. The Supplement “Greater São Paulo, the Challenge of the Year 2000”, over 500 pages, divided into five Sunday editions, when Folha de S. Paulo inaugurated its color printing, was certainly the most encouraged journalistic project on a Brazilian metropolis. There a wealth experience in journalism has developed, alongside other magisterial events in the press of the time, among them the Revista Realidade, of Grupo Abril, and the Jornal da Tarde, of group O Estado de S. Paulo, projects focused in the analysis of facts and context of the themes. An exemplary team was formed, under the overall command of Calazans and writing direction of Chaparro, first category journalist, winner of four Esso Awards, jealous and a master of concise and precise style. Chaparro was and still is a craftsman of the word in the wake of an extraordinary effort in search of the truth. If someone asked me what is the greatest quality of a journalist, no doubt I would point in the fierce determination to find the truth. And if I were asked one example: Manuel Carlos da Conceição Chaparro. With interpretive experience I was beginning to gather, I accepted, promptly, the invitation of José Marques de Melo, icon of communication studies and research in Brazil to teach at Cásper Lìbero School, at Avenida Paulista, 900. Early 1968. I was only 22 years old. Marques commanded the field of journalism school that Cásper Líbero found252 The Paths of My Way (From the lamp to political analysis) ed in 1945. Visionary as he was and still is, he decided to deploy an advanced framework for communication research. From confidence man of Luiz Beltrão, our master of masters, in Recife, Marques would become the hub of education and irradiation of Brazilian thought about communication. It was there, under his inspiration and will, that we created Intercom, the Brazilian Society for Interdisciplinary Studies in Communication. In Cásper, the birthplace of my activity in the teaching profession, I spent more than 25 years, teaching some subjects, among which, interpretive journalism. In 1969, also encouraged by him, I became assistant professor at USP and started my college career at the School of Communications and Arts, integrating the first core journalism and developing pioneering projects. But our pilot did not conform to sail on one river. He pulled us – me and other colleagues – to the waters of the Methodist Institute, where for several years, I taught at the Graduate courses. The same happened with the Alcantara Machado Integrated College, where he, Marques, always leading projects, implemented the communication area. Faithful of the “saint of Alagoas”, I also gave my collaboration there. There were numerous seminars, conferences, technical meetings and events of all sizes – in the sphere of multidisciplinary communication - in which I participated, giving a word here, offering an argument there, contributing to the vibrancy of the debate. Always under the influence of our leader, Marques de Melo, I started to climb the steps of the academia, doing the PhD thesis (1973) and Full Professorship thesis (1983) to get, back in 90’s, the level of competition for Associate Professor and Full Professor. The challenges, the incessant need to seek and follow new routes, the obligations imposed by the university career joined the mortar that allowed me to build the edifice of my ideas in the field of communication. I decided to go down the slopes of journalistic expertise. More precisely, the field of organizational communication. Therefore, it is appropriate to conceptualize and describe the routes I took. The organizational communication a) Entrepreneurial Journalism I explain that in my professional life, I used two feet to walk in parallel lines. One foot in the doorway of the market, other in the academic one. I consistently act in both compartments. Leaving Folha de 253 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant S. Paulo, under the idealization of Chaparro, I worked in Proal, expert advice in business newspapers. This was the birthplace of the organizational communication. Then, I started to build the first theoretical Brazilian framework of Brazilian business journalism. At Cadernos Proal, pioneering experience in the field of business journalism, then, in a second phase, in Cadernos de Comunicação of Proal. At the Second National Convention of Aberje (at that time the entity was restricted to the axis of business journalism) in 1968, I made the first theoretical foray in the country about this journalistic mode, through a work entitled “Jornalismo empresarial: objetivos, métodos e técnica,” which originated the first Caderno Proal. I tried to systematize the concept, from definitions and scopes for newspapers, newsletters and business magazines . We gave the name of a type that would house the personal staff that came out of academia. In fact, business journalism was the area that most expanded in the 1970s and 1980s. USP pioneered the creation of the discipline “business journalism” under my responsibility. The seed that would sprout a forest of green trees, diversified fruits and much discord was thrown. A major controversy settled in the market and the academy. Journalists were accused by public relations professionals of “invading” the territory they considered their own: the production of business publications. In the journalists’ union and professional boads of public relations, developed up a fierce discussion on business journalism. I confess that, from the beginning, I always had the answer on the tip of the tongue to the question: “Who has skills is established, either public relations professional or journalist.” It was basic to expand the boundaries of business communication. In 1973, I presented the first doctoral thesis in Latin America in the field of journalism and corporate communications, which developed the scope presented in the first essay on the issue. At that time, the market began to offer good prospects. On one hand, the professionals felt the need for the companies to develop their identity publicly, in an attempt to create images compatible and appropriate to the outbreak of modernization. On the other, there was this goal of integrating internal programs traditionally pursued by human resources sector, but not necessarily with the efficiency that the market and the company’s survival required. From this dual scale needs, we unfolded efforts and, consequently, different views around structures capable of assuming greater responsibility with the corporate mission planning and execution of communication actions. 254 The Paths of My Way (From the lamp to political analysis) Brazil was leaving an authoritarian period. The fear still reigned in indoor environments, and human resource structures controlled the professional contractors. We lived, therefore, under the sign of watched communications. In the mid-1970s, the labor market showed signs of saturation. The bulk of media professionals breathed an atmosphere of “revolutionary journalism”, which attracted idealistic to the battlefronts against “imperialist” – in this case, economic power and business structures. In the spaces of opinion formation, discussion rise up the dichotomy of a world of good and evil, oppressed and oppressors, left and right. Intellectual’s discourse separated the “old fashioned” and “modern”, the “apocalyptic” and “integrated” in the perspective described by Umberto Eco to set quotas inserted in modern mass communication and their opposites. By the time, to live as public relations was equivalent to having the seal stamped on their foreheads “sold to capitalists.” Given this frame, I had the temerity to confront the “wall of morality”, the set of prejudices against capital. At that moment, the ideological cleavage was still governed by old patterns: preaching the class struggle, and the capital-labor relations was presented as a zero-sum game, the victory would break only with the death of another. Partnership and integration entries were eliminated from the pages of collective bargaining. Workers and employers’ manuals had opposed alphabets. It was therefore an unimaginable challenge someone in academia opt for a reflective exercise in business, especially when the reflection spanned the field of communication, and worse, when this happened in the sphere of the largest scientific production center in the country, the University of São Paulo. In the School of Communications and Arts, I dared accomplish my academic work and full-professorship (TORQUATO, 1973, 1983), directed initially to the systematization of journalism and corporate communications, and thereafter, to the construction of integrated models of communication defining the organizational efficiency and effectiveness. Thereafter, I followed a long way in training students (undergraduate) and professors (graduate) in related areas of business communication and press relations. Specific subjects began to be created at other universities. This incursion has generated academic dissertations and theses. The labor market began to receive more functional bodies prepared and some of its members have risen to high positions in professional corporate structures. The business communication gained status. 255 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant b) Business Communication One by one, the old prejudices were falling and the disputes between journalists and public relations refluxed, mainly because of corporatism respective industries gave way to competence factor. Companies began to hire according to professional criteria, and not according professional qualifications requiring exclusive to areas of communication. In business, communication models have become more complex with the emergence of the sub-system of communication. The sectors of marketing, historically aloof, approached the business communication due to the need to design and implement programs and projects in partnership. Finally, even the most stubborn and resistant “thinkers” contrary to the activity of business communication were forced to revise their positions. Some of them even join public agencies to develop business communication programs. In the late 1970s, within the organizations, a strong emphasis on values and solidarity associations was rising, as a way to “warm up” the internal climate. The role of communication as a lever shaft to a mobilization strategy was considered the best way to mobilize workers around the goal of giving their best to the organization. From the external point of view, the propaganda continued to polish corporate image. It was noted, though, a sneaky dispute between different areas – human resources, public relations, marketing, journalism and sales – to operate the communication system. The first corporate models began then to appear. In 1983, I defended my full-professorship thesis, outlining a systematic model to accommodate the areas of business communication. I no longer conformed to deal exclusively with business journalism, one finger between the ten targeted by communication. I glimpsed this hypothesis and began to develop it in the academia and on the market. In Bonfiglioli Corporation, which owned forty companies, I established a systemic model of communication, incorporating the classic niche media – business journalism, public relations (events, internal marketing), advertising (institutional and endomarket), publishing (books and brochures), search systems etc.. One of the first models of corporate communication in complex organizations. c) The Expressive Power The conceptual basis of the work for Bonfiglioli was a defense of the concept of expressive power, which added to the typology of 256 The Paths of My Way (From the lamp to political analysis) powers adopted by Amitai Etzioni (1974) in the analysis of power in complex organizations. In other words, beside the remunerative, normative and coercive power, I sought to demonstrate that the power of communication was central to the goals of engagement and participation and achievement of effectiveness. I open a parenthesis here to explain the basis of this proposition. If power is the ability of one person to influence another to accept the reasons for the former, it occurs initially by force of argument. The power relationship is established as a result of the communicative act. The power of communication is still present in charisma, this brilliance of the extraordinary leaders to express and which is present in the efficiency of the speech, in speech, in gesture, in personal presentation. The charismatic person has immense capacity to integrate and harmonize semantic and aesthetic discourses. And to animate environments, attract attention and sympathy of listeners and interlocutors. In organizations, communication is used in various ways. It develops on one side, a set of technical communications, instrumental, bureaucratic and normative. In parallel, there are situations of expressive communication, focusing on skills and abilities, behaviors and postures of sources. The expressive communication humanizes, softens, co-opts, pleases, amuses, converts, impacts, sensitizes. When the content of the instrumental communication is very dense, the organizations become harsh and arid environments. Otherwise, when expressive communications expand flows of informality, organizations give way to joyous, friendly, supportive, humanized environments. The community becomes more relaxed and supportive. This expressive communication is a significant lever of internal mobilization, which is geared for operations and routine activities as well as the animation of indoor environments. The communication turns into homeostasis vitamin by promoting internal balance. The engagement, agreement, motivation levels depend on this system. The communication flow downstream and upstream functions as open veins that cause the blood flow to the side, up and down. If a vein is blocked, the body dies. The communication is the unblocking veins system. The image is useful for understanding the organizational system bottlenecks. There is a tendency in organizations to retain information in the intermediate levels, i.e. the heads under management, do not like to pass information to their subordinates, because they would be sharing power with them. Holding “the ball at midfield.” And thus they strangle processes. A system of open communication will function as a battering ram to break through the folds, the bottlenecks. 257 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant One cannot forget, though, that power is also exercised by rumors. Rumors appear as a form of threat. Breaking informal network can destabilize indoor climates and extrapolate to the outer limits, raising public awareness. You need to identify that point where they originate and who are its beneficiaries. That is why it is important to identify the power of feuds. In most major companies, a tendency to create enclosed spaces develops. The feuds are tumors that need to be extracted, otherwise they make tissue contaminated, sick, numb. It is noteworthy, though, the strength of the power of the informal leader, the person who does not hold formal positions, does not carry the power structure, hierarchy. With her many will advise. This person needs to be valued, because their power is able to improve the climates and environments balance, making them healthier and more enjoyable. The professional engagement has much due to the ability of convincing and persuasion of informal leaders. These were some of the force vectors analyzed. I tried to deploy the model on the market at the university at the same time that, in the academia, I adjusted the issues and approaches used to professional experience. I earned course, thus a term business communication, fruit of the full-professorship about organization and communication. d) The Strategic Communication If in the 1970s communication reached a high level in organizations, in 1980 it invested up in the strategic concept. The strategy was to press the need for the organization to be the first on the market or at most the second. The focus is positioning. Large corporations and the models were molded from the idea of centralization of functions-means (planning, human resources, communication) and decentralization of functions-end (manufacturing, sales and distribution). Professionalization was consolidated and the frames of journalism of the newsrooms of major newspapers and major magazines assumed important functions in corporations. The entry of journalists in companies gave new rhythm to business communication and universities were required to reinforce the concept, giving vent to specific courses. The highest positioning of the professional characterized the 1990s. In fact, he has been an effective interpreter of the effects of globalization, particularly with regard to the focus of the discourse and strategy to give clarity to the identity and organizational image. The communicator has become an acute reader of the need for the company strategically interact with the environment and compete in 258 The Paths of My Way (From the lamp to political analysis) a market open to new concepts and new demands. Globalization has provided the opening of the universe. Business speeches became intense, going to cause more echoes. The specialized media, in turn, began to require new attitudes and new behaviors by companies. They did not accept the stance of shrinkage. Communication with the powers gained strength because the big decisions entered into the national agenda of political institutions. The lobbies, even the processing of pending bills that provide legalization, gave rise to a new niche: networking and policy advice. The communications market was creating new opportunities for political consultants. In this context, emerged the profile of director of institutional relations, whose attention turns to the National Congress, the Executive and the Judiciary. Even in the 1990s, certain phenomena were felt intensely. With society more organized, the intermediate entities became strong. The associational universe gained strength due also to the discredit of the political sector and public administration. Nongovernmental organizations, spread throughout the country, elected parliamentary as the religious, the lawyers, the police of the of ruralistas. NGOs, open spaces, strengthened in the middle dictating guidelines for social media and expanding influence alongside the organized powers. Companies also have changed, breaking domes. Entrepreneurs have left the refrigerated rooms and stamped on the factory floor, while new customer relationships earned density. At stake were the fierce competitiveness, the search for quality, new customer relationships and strategies to approach the powers. In internal communication, companies ran the focus to the organizational climate. The internal survey was strengthened. Before defining and adopting external communication policy, the company decided to examine the degree internal temperature. The research has thus mapping expectations, desires, anxieties, joys and community disturbances generated by the salary issue, the physical environment of the company, the type of culture and management style. The 1990s was also fertile in the field of management. Multinationals are remade, manufacturing products through an operational reengineering, whose defining principle was at the junction of parts or components manufactured in different places, assembled and mounted in a centralized space to form a whole. Certain components, depending on the manufacturing sector, were and still are imported from abroad. Another challenge at the end of the decade was related to the effects of globalization. Respect or not the specific regional, preserve or 259 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant not local cultures, retain or not the overall identity of the organization and also how to reconcile these concepts? These were some of the issues boiling by the time. The scholarship, in the 1980s and 1990s, was almost inspired and guided by journalistic tone, covering issues of form and language, typology of organizational communication, thematic range etc. Unfortunately, large absences are still being felt. Much left to be done. Thus, gaps opened up, with those relating to the need for research on organizational reengineering programs, as well as with regard to the importance of communication to the balance of indoors. It would be more convenient and better to investigate the connection between culture, climate and communication. Little is assessed in the levels of receipt of the communication. There is a strong need for research on internal cultures, what they represent, how they develop and what is the influence of communication on organizational climate. Such views have not yet received due attention of Brazilian researchers. The field is still open. From the point of view of external communication, the requirement revolved around the concepts of transparency and visibility. Competitiveness has become acute and the competition to make a marketing communication through advertising gained intensity. As a result, we see the development of political communication in companies. Organized society should seek to enforce, by all means and all ways, their interests and points of view before the National Parliament - which is legitimate. I explain below. e) The Political Communication This type of communication means that organizations adduce discovered politics. The term “policy” in this case is the insertion direction of the organization in the political community. With the expansion of the universe of the phrase, the word and ideas, government organizations, governments and politicians were compelled to improve approaches and languages, with the aim to improve the image and visibility. Brazilian organizations of all sizes and sectors in the wake of the growth of the concept of participation, developed a more significant political role in society, becoming more present in the pantheon of citizenship. The businessmen left the domes, opening to media thinking, defending strong positions in favor of political modernization and institutional, as well as discussing the efficiency of public policies. Started thus a function of a political nature. Representatives of the productive sectors, finally decided to embody a political role. The organizational communication, so lard is a political vision. 260 The Paths of My Way (From the lamp to political analysis) It is understood that the company makes political marketing when transporting your thinking to society in order to establish identity, defend or take a stand. It happens that in Brazil the time “policy” was very contaminated and is often identified with the old partisan politics. It will be necessary therefore to rescue this “new-old” sense of politics, giving it the proper meaning. f ) The Government Communication The paths were being expanded. In the late 1980s, the advanced business communication on the likes of governmental communication and political marketing. This advance was made in the wake of the strengthening of a new spirit of citizenship, civil society born of a more organized and increasingly aware of their rights and duties. In 1986, following the environmental climate and the opening of the universe (big stories of allegations emerged at that time), I made a point of working in another field of communication specializing in new wave of motivation and the spirit of integration time. I chose the world of government communication, hitherto lacking maps and lacking in conceptual formulations. I began to prepare master plans for communication ministries. It was a period of new discoveries. During the first phase of the Government Sarney, Fernando César Mesquita, head of the Communication Department of the Presidency, decided to create a Strategic Communication Committee, composed of 25 names of expression, establishing guidelines for government communication. The ideas flowed, but the execution of projects left to be desired. The government was lost in the jungle of plans to restore the power of the currency. As executive secretary of the committee, I suggested, after some time, its own dissolution by noting that there was no atmosphere to practice the suggestions offered by the council. First, the administration should find out “what” to communicate. This exhausting experience, with the proposition of some ministries and strategies to formulate a centralized model of government communication to the Executive Branch, it came to political marketing. g) The Political Marketing At that time, we should expand the range of communication, seeking to add to her new axes – opinion polls, formation of discourse (identity), articulation and mobilization of the masses. Bolstered experience in political campaigns for government in some States, from Ceará, where I produced the first piece of campaign planning for Tasso 261 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Jereissatti, I gather specialized knowledge in both fields and launched a third book, Marketing político e governamental: um roteiro para campanhas políticas e estratégias de comunicação (TORQUATO, 1985). I realized that a new country was unfolding, a vast territory: electoral and permanent political marketing, focusing on support to candidates elected from both the Executive and the Legislature, the three levels of the Federation. The atmosphere was inviting. The executive powers – mayors and governors – opened spaces for the installation of government communication structures in view of increasing spaces of visibility, improved identity and accountability to the political community. The sensitivity and interest were driven by the emergence of the State show, which began to exert great influence on the members of the political community, representatives and the represented. In recent years, leaving the lead and coordination of campaigns, I started to act as a Political Consultant, contributing to the planning and guidance of the speech of candidates, performing research, doing briefings for advertising creation, promoting adjustments to the tools used in the elections of stamp proportional electoral and majority. The analysis and interpretation of policy I conclude this narrative with my insertion in the vast territory of political analysis. O Estado de S. Paulo, the most respected Brazilian newspaper, opened the opportunity for me to do on Sundays an article about politics. For nearly two decades, I fulfill that mission. With joy and pride. Joy in daring, every week, chase a national theme, by multiple approaches, is working to shed party or the wide spaces of customs, traditions, customs and practices of political actors – both physical and legal. Proud to see that a significant portion of national thought closely follows the reflections. The challenge is to find niches not yet trodden, thematic undeveloped. Or even find different aspects to matters already assessed. Brazil, however, is and will remain an immense laboratory experiences. As I pointed out earlier in this text, this excites my curiosity. The desire to to seek answers to the big questions is what moves me. Zarathustra, with its light, blows in my ears: “I follow new paths, a new speech excites me: like all creators, I am tired of the old languages. No longer want my spirit to walk with worn soles”. 262 Testimonials about Gaudêncio Torquato 7. Testimonials about Gaudêncio Torquato Adolpho Queiroz Professor of graduate courses at Mackenzie One of the great merits that the professor Gaudêncio Torquato brings to the academia is to start researching innovation and relationship to political marketing. Its pioneering spirit is highlighted in the University of São Paulo, in Intercom also reflected in the Brazilian Association of Political Consultants (Abcop). Important, his work lightens our way, the way of new generations of researchers who followed him. His book Marketing Político e Governamental, written in 1985, read with the eyes of today shows how much we still have to do to expand the field in Brazil. I’ve been following his work not only from the intellectual point of view, but also in everyday life through his emails and comments in the newspaper O Estado de S. Paulo. He continues to be a major name of our field. The political marketing owes much to Gaudêncio Torquato, for its inclusion of both the academic point of view as the professional. 263 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Ailton Barcelos Fernandes Consultant, former vice president of the Corporation Bonfiglioli, Executive Secretary of the Ministry of Industry and Trade, having held the post of Minister Thirty years ago, Torquato and I were in one of the ten largest Brazilian business conglomerates. Pioneeringly, he held the corporate board of corporate communication strategies, when we develop a systemic model absolutely innovative. The content we have today about the complex relationships in enterprise environments was decided and implemented 30 years ago. It was the first systemic operational model in Brazil, which honors us. A pioneering and innovative model today. Torquato was brilliant because it was with his theoretical sophistication and feature absolutely practical to generate the first corporate model of corporate communication. Américo Tângari Júnior Cardiologist I’ve been friend, reader and physicist of Gaudêncio for 20 years. I consider him one of the smartest people I met during this period. For me, it is a privilege to live with the professor due to the large cultural enrichment provided by him and his humanist and ethical present in his work in journalism and in life. Cândido Vaccarezza Congressman (PT-SP) I first met Gaudêncio Torquato through the texts published by various Brazilian newspapers, and read his column Porandubas on the site Migalhas. Then life took us to a personal contact and we became friends. The Gaudêncio I met the from my readings, a shrewd man, deep, with accurate analysis and writing well, was until then, a distant figure. Here I cherish the friend, someone who cares about life. Since the life of the ordinary citizen and stranger, always leading us to reflect on various topics or about Brazilian politics, or national and international life. 264 Testimonials about Gaudêncio Torquato Carlos Ayres Britto President of the Supreme Court I am an avid and longtime reader of Gaudencio Torquato. He is a political scientist, professor, scholar, a man of great sensitivity. As they say nowadays, endowed with great sensitivity. So that he became a privileged observer of the legal and political scenes in Brazil and worldwide. And it is not by chance that he enjoys the greatest scientific compliance. He is eminently republican, always unfurling flags that signify positive values and qualify the individual and life. Carlos Eduardo Lins da Silva Journalist and university professor I met Torquato forty years ago. When I became a freshman at Cásper Líbero, he was one of my teachers. During this period, I had beside him a series of excellent personal and professional experiences. I worked in Proal, a company he founded with Manuel Carlos Chaparro and Luiz Carrion, who was and still is a reference to journalism and business and organizational communication. Then I was his colleague as professor in the School of Communication and Arts, at the University of São Paulo. We worked together in a series of debates on political marketing. Gaudêncio Torquato is a major reference of communication in Brazil, one of the most influential people in all areas in which he worked. He deserves this honor being done to him. Chiquita Torquato Mother I had 11 children, ten stepchildren and created five more forter children. Gaudêncio was always a very sweet boy, not quarrelling with anyone. He studied in a seminary in Mossoró, directed by Dutch priests who wanted to take him to Holland. I did not allow. For six years he was in seminary. I wanted Gaudêncio to become a priest, but he wanted to embrace a career in journalism. Who knows today he might be a bishop! 265 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Garibaldi Alves Filho Minister of Social Security We, from Rio Grande do Norte, are proud of the career undertaken by Gaudêncio Torquato, who works today in the Brazilian press. As a boy, he left the city of Luís Gomes to win the admiration of the Brazilian people. For all regions of the state, who do not read their texts on Sundays, which are always covering Brazilian problems with greater clarity and lucidity? Gaudêncio Torquato is a reference for us all. Genival Beserra Leite President of Sindeepres Professor Torquato and his team assist the union in the politics and marketing. He’s fantastic person, a really great communicator, a journalist who knows his subject for everyone to understand. He is respected by all levels of the category. Gilberto Kassab Mayor of São Paulo Gaudêncio Torquato, besides being a great Brazilian, is one of the leading experts in communications and political and economic analysis. Personally, I have the privilege to live with him for almost 20 years. In every moment of my career and public life I had him as a great counselor. More recently, now as mayor of São Paulo, Torquato routinely makes very insightful analysis regarding the development of the city and its consistency of growth, adding a political vision. And this has been of vital importance for defining the direction of our government. João Dória Junior Businessman, journalist and publicist It’s nearly 30 years of friendship and deep admiration. Torquato is one of the most intelligent, discerning men, with capacity for analysis 266 Testimonials about Gaudêncio Torquato and synthesis that I have ever met. My advisor, I have the privilege of hearing him often to better understand the political dimension of the country and market size. With accurate analysis always anticipates facts thanks to its sensitivity and ability to gather information. His articles published in the newspaper O Estado de S. Paulo has guaranteed reading for anyone who wants to be well informed and in tune with the reality of the country. Jorge Gerdau Chairman of the Gerdau Group Adviser to the Federal Government in the management area To be a friend of Gaudêncio Torquato is a privilege, because he is absolutely different. He gathers the wit and intelligence of reasoning journalist, but at the same time, as an scholar, is able to analyze things in a fantastic way. I use his analysis to form my opinion on various topics. As a journalist and consultant, makes his macro analysis of the political scene, something very complex in Brazil. Gaudêncio Torquato gives me great joy every time the meeting. José Chapina Alcazar President of SESCON-SP It is an honor to have him as a writer, political adviser and communications consultant. As a president, I had the honor of knowing him and happiness to have him on our side in advising. As I always say, my great guru, thanks for everything you’ve done for our organization, because from the moment we met we now have much greater visibility. José Coelho Sobrinho Head of Department of Journalism and Publishing at ECA-USP I met him in 1970 when Gaudêncio joined Department of Journalism and Publishing to teach. I was a monitor in his discipline News Agencies and then he was my supervisor when I did Masters in the School 267 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant of Communication and Arts at USP. One of the things I remember most is their solidarity with me when I was called to testify by DOPS about a laboratory newspaper for which I was responsible. Torquato accompanied me and was the only person who gave me sympathy. José Marques de Melo Journalist and university professor, founder and former president of Intercom, a pioneer of communication studies in Brazil Gaudêncio Torquato arrived in Recife as a promising journalist, an intrepid type who headed a front-page story as he entered the Jornal do Brasil. Determined to study, enrolled in a journalism course at the Catholic University of Pernambuco, at the time considered the best course in the country in 1966, I knew him as my student. I came to São Paulo in July 1966. Soon after, Torquato also came in a group led by Calazans Fernandes to work on special projects of Folha de S. Paulo. Periodically the newspaper supplements publicized that dealt with themes metros, mainly linked to the city of São Paulo. Gaudêncio Torquato, Calazans Fernandes and Manuel Chaparro formed the golden trio of journalism called Supplementary Journalism in São Paulo. I founded the Schoolof Journalism at Cásper Líbero in Sao Paulo, the first research media center and invited Gaudêncio Torquato to take the chair of Interpretive Journalism. Gaudêncio introduced himself as gifted professor. The following year, in 1977, when the School of Communication and Arts, University of Sao Paulo started working, I was there ful- time as head of the Department of Journalism. With the beginning of the hiring process for new professors, I invited him to lecture at USP. He finished his doctorate at roughly the same time. In 1972, we presented the thesis, and the following year the stand. There were three doctors of USP this time: I, Torquato and Thomaz Farkas. Gaudêncio defended a pioneering study on business journalism, making the first survey of the company’s newspapers in the state of São Paulo. In 1977, I had not yet returned to USP, and was a professor at Cásper Líbero. There was a Congress in São Paulo and there arose a collec268 Testimonials about Gaudêncio Torquato tive sense for the founding of an entity for meeting researchers’ communication. I called people interested and, in December 1977, we met in a room at Cásper Líbero. Gaudêncio Torquato was a founder of Intercom, later being elected the third president of the organization. First, it was me and then Ana Maria Fadul. The presidency was marked by his moment of political openness in the country, exactly the period of the Sarney government. For the first time, we held a Congress with good dialogue with the state, which was attended by the Minister of Culture, Aluisio Pimenta for the opening conference. Over the past 15 years, Torquato has been dedicated to political journalism with much success. His column began to succeed in São Paulo and was reproduced by newspapers in other parts of the country until he wins a permanent space on page 2 of the newspaper O Estado de S. Paulo on Sundays, alongside big national political personalities. Professional of political communication, weekly Torquato said the most important facts, interprets and directs the formation of public opinion. It is a great influencer. José Nêumanne Pinto Writer, poet, journalist, columnist for O Estado de S. Paulo and editorialist of O Jornal da Tarde The seminary was an important lesson for Gaudêncio therefore gave him a humanistic culture indispensable for the formation of a communicator. There, he learned Latin and therefore writes in excellent Portuguese, a rarity even among writers and even among journalists. When he began writing articles for Estadão, soon conquered space. Very reputed professor of marketing at the University of São Paulo, writes about issues of the day with an inside view of the peculiar Brazil real, fundamental in his journalistic work. José Yunes Lawyer and businessman Speaking of Gaudêncio Torquato is one of the easiest things. He’s a great figure, a humanist, a political scientist from the first line. Besides the friendship and admiration I have for the teacher, I am a regular 269 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant reader of his columns. Figure extraordinarily human, always directed to the common good and ethical principles. It is a privilege to have you as a friend. Juca de Oliveira Actor and writer I am a compulsive reader of Gaudêncio Torquato, a reference to ethics in this country. To know what is actually wrong or right, just read his texts. I like him immensely. We became friends just by the ethical position that I admire. I also admire the wonderful writer he is. I read some of his books, especially Gaudêncio, meu pai, and, in my opinion this book a great masterpiece of Brazilian literature. Gaudêncio Congratulations, you receive the honor you deserved. Luiz Flávio Borges D’Urso President of the OAB-SP Since 1998, a consultant’s communication for OAB-SP. Much of what the Order did and does we owe to Gaudêncio’s his broad vision, for its experience and didactic way of teaching those who have obligations to occupy public spaces or positions of responsibility for having a tune with what happens today. Not only a professional spectacular, but above all a human creature who I learned to admire and respect. Therefore, receive the embrace of his friend D’Urso and of advocacy of São Paulo. Manuel Carlos Chaparro Journalist and university professor It is a great joy to speak and reveal some passages in Gaudêncio Torquato’s life that may not be well known. The word success here is a keyword. His style of working and style of their struggles in life are touched by the prospect of success. When asking for a job in the Jornal do Brasil, the of the branch in Rio de Janeiro said that Torquato only would get the job if he could have 270 Testimonials about Gaudêncio Torquato an opinion of the nine governors of the Northeast on Agrarian Reform, an important issue discussed at the time. At the council meeting at Sudene where all governors in the Northeast were present, Torquato could hear the testimony of each governor. Persistence and prospect of success play his struggles. Result: he wrote a beautiful story, published as front-page headline of the Jornal do Brasil next Sunday. Our meeting In the branch of the Folha de S. Paulo, at Recife, we met to work on a pioneering project: the Special Supplements, highly successful editorial and commercial enterprise. We made two supplements Amazon and the Northeast, unveiling and discussing major regional realities. In 1966, we both won the Esso Journalism Award. Torquato, of the Jornal do Commercio, in the category of Science Journalism, and I, of the Diário de Pernambuco, in the category of Economic Journalism. The curiosity of Torquato and willingness to understand things, not only to observe, were already printed on the title of brilliant story with which he won the Esso Award. A report on schistosomiasis, a severe and complicated and still endemic in the Northeast, was titled: A disease that kills in healing. The phrase sums up the whole drama of the disease. Who knows the reality of the Northeastern people understands that this is the heart of the matter when it comes to schistosomiasis. A brilliant story that gave its author, deservedly, the Esso Prize, pushing him to a type of journalism that later came to be held in Sao Paulo in special supplements. The first challenges The first major supplement we did in São Paulo had about 500 pages, published weekly in nine weeks, dealing with the issue of metropolitan São Paulo, an issue emerging at the time. A federal law was already regulating the issue of cities and we brought information to the public discussion and understanding entirely new, heavily influencing the administration of Mayor Faria Lima. 271 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant The father In all these years watching the path of Torquato I only regret not having known his father, certainly a great figure to judge the effects of this intelligence of this small businessman in northeastern backlands in the life of Gaudêncio Torquato. His father, in my opinion, could have been a great minister of education if it were possible to expand to Brazil what he did to his own family. Almost all of his 22 children had university education. The secret was this: the father formed the oldest, the oldest helped train the others and so on. Every one that got a degree when entering the labor market, assumed the commitment to fund the studies of his brother following. On this scale, Gaudêncio Torquato contributed to the training of two of her younger sisters. Gaudêncio Torquato was born and raised in a house where newspapers were read daily. This need to understand the world through the window of journalism was transmitted from father to son. Marcos Wilson Spyer Rezende Director of Institutional Relations of the Odebrecht Group When I think of Torquato, I think of my master. He was my teacher in the 70s in Cásper Líbero, in Investigative Journalism and Comparative Journalism disciplines. He was also my teacher in graduate school, when I wrote a thesis about journalism in Peru. Lately, after spending 20 years in Estadão, 10 years in SBT, and 5 years on CBS Americana, for the past 10 years I’ve been vice president Odebrecht. The first thing I did was to get here and seek Torquato, because the company had a policy of internal referential communication in enterprise technology. It was he who detailed the communication policy and made the best study, guiding my work and paying off significantly. Odebrecht has almost a book authored by Torquato on all your business technology. Margarida Maria Krohling Kunsch Head of Public Relations and Propaganda of the ECA-USP For me, Gaudêncio Torquato is an icon in the history of business communication in Brazil. In the late ‘60s and early ‘70s, when it was practi272 Testimonials about Gaudêncio Torquato cally forbidden to bring topics such as business journalism and corporate world to debate in academic, Torquato had the courage to defend his first doctoral thesis in 1973 just about business journalism. Attending graduate school at USP, I had a course with him on business communication, where at that time he defended communication in businesses and organizations as expressive power and also as a macroarea. That struck me. At the time I was preparing my Master thesis where I argued that the area of Public Relations had to act in a much broader perspective, i.e., the integrated communication. Prof. Torquato contributed much to expand this view at the time that we were seeking to defend. Michel Temer Vice-President of the Republic I know Gaudencio Torquato for over 25 years when I started my public life. And since then, almost every week, I count on his suggestions and advice of a political nature. Retired professor of journalism and political communication at USP, he’s able to give policy advice and extraordinary business, gaining notoriety in the business world and the political world. For this reason, each week, the newspaper O Estado de S. Paulo gives him a noble space to fundamental issues of the country which are treated by him with much lightness, peace and security. When the Intercom solves honor Gaudencio Torquato makes its merits. It is a great communicator and a great political and business consultant. Moreira Franco Minister of Strategic Affairs Secretariat of the Federal Government Gaudêncio Torquato is a complete intellectual. Writer, teacher, thinker, consultant ... Knows the history of Brazil, the social relations and understands Brazilian society. A man extremely restless, known to be useful in thinking about the problems of everyday life and everyday of Brazilian politics. Moreover, Gaudêncio is a supportive friend and present. The first to appear when there is some difficulty about those around you. Therefore, I am deeply happy to know I’m not the only one to honor him. Many would like to say “thank you, Gaudêncio Torquato.” 273 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant Rubens Figueiredo Political scientist In the area of political marketing, where I had a closer relationship with Gaudêncio, he is the mix of a professional engaged in practical activity, campaigning and giving advice to many politicians, and also an intellectual who tried to take a little political science to marketing, something that is very rare. For his professional respectability and for its ability to produce, advises politicians from different areas, different backgrounds and different parties. I would say he is a consensus in the field of political marketing. Sérgio Gomes Journalist and director of Oboré Torquato was fellow from 1986 to 1992, during which time I taught the course of journalism at USP. He was responsible for Business Journalism discipline, and I for Union Journalism. We mixed the two classes and students now had not two, but four hours of class. And instead of a professor, they had both at the same time in the classroom. And his work is that the script for diagnosis, examining how communication flows in a complex organization (company, trade union, political party) was a work that deserved to be applied to unions as well. We have compiled the two classes and the students were applying the methodology of the field and not only did Torquato seminar in class as well as presenting a project should be the communication businesses and unions visited. Until today, his ideas are fundamental to my work and communication planning. Vander Morares President of Sindeprestem I met Gaudêncio Torquato 20 years ago. By means of GT and his team, Gaudêncio provides advisory services and communication media for our union. In 2011, we had nearly four thousand insertions in the national media on the subject of outsourcing and temporary work thanks to his skill and wisdom. 274 Testimonials about Gaudêncio Torquato Verydiana Pedrosa Journalist, wife of Gaudêncio Torquato I live with Gaudêncio for almost 20 years, and throughout this period when there is a reunion with former students from USP or Cásper, there is the inevitable question: “Professor, do you remember me? It was such class, studying with so and so ... “ is always accompanied by comments like,” Oh, Professor, I really miss those days. I learned with you. “ And it gives us great pride, we are family. A trademark of Gaudêncio is that he studies every day. Even today, if you find him in the office or at home, he will be surrounded by books. And these books have folded pages, sections marked. He does not stop studying. 275 Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant • • • • • 276 • • • • • • • • • • • • • • • Testimonials about Gaudêncio Torquato • • • • • • • • • 277 • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • Gaudêncio Torquato: Scholar, Journalist, Communications and Political Consultant • • • • • • • • • • • • • • 278 • • • • • • • • • • • •