- O Mundo da Usinagem

Transcripción

- O Mundo da Usinagem
88
Publicação da Sandvik Coromant do Brasil ISS nº 1518-6091 RGBN 217-147
Do B2B ao C2G, entenda o
novo vocabulário corporativo
Programe sua
Agenda no 2º semestre:
Aprimoramento contínuo marca
eventos do setor metalmecânico
MAUSA investe pesado:
1ª empresa na América do Sul fabricante
de mandriladoras de grande porte
NOVO ESTILO MAZAK:
Identidade e padronização
no design como foco na
ergonomia.
TECNOLOGIA AVANÇADA:
Liderança e alta tecnologia em
máquinas-ferramenta. Flexibilidade
para produzir extensa gama de
peças. automação a serviço da
produtividade.
MÁQUINAS INTELIGENTES:
Controles que auxiliam na
operação e manutenção das
máquinas, proporcionando
mais eficiência e segurança.
CONSIDERAÇÕES AMBIENTAIS:
Mínimo impacto ao meio ambiente da
fabricação ao uso das máquinas.
SUPORTE:
Suporte completo, desde a
escolha da melhor solução até
o pós-venda e treinamento de
utilização e manutenção.
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Índice
edição 88
08/2012
12 Produtividade
Invomilling
Crédito: AB Sandvik Coromant
Acompanhe a Revista O Mundo da Usinagem
digital em:www.omundodausinagem.com.br
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O Mundo da Usinagem:
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ligue para: 0800 777 7500
agosto.2012/88
4 Soluções de Usinagem
18 Negócios da Indústria I
24 Educação e Tecnologia I
32 Conhecendo um Pouco Mais
04 Soluções de Usinagem
Mausa: empreendedorismo à toda prova
12 Produtividade
Qualidade no chão de fábrica
18 Negócios da Indústria I
Business to ...
24 Educação e Tecnologia I
Mantenha-se atualizado
27 Negócios da Indústria II
Okuma investe em novas instalações
28 Educação e Tecnologia II
Usinagem na Academia
30 Negócios da Indústria III
Mazak lança pedra fundamental em Vinhedo
32 Conhecendo um Pouco Mais
Reciclagem de pneus
36 Nossa Parcela de Responsabilidade
Produção Mais Limpa (P + L)
38 Anunciantes / Distribuidores / Fale com Eles
EXPEDIENTE
O MUNDO DA USINAGEM é uma publicação da Sandvik Coromant do Brasil, com circulação de seis edições ao ano e distribuição
gratuita para 15.000 leitores qualificados. Av. das Nações Unidas, 21.732 - Sto. Amaro - CEP 04795-914 - São Paulo - SP
Editor-chefe: Fernando Oliveira Co-editora: Vera Natale Coordenação editorial, redação, produção gráfica e revisão: Ação e
Contexto (Fernando Sacco, Gustavo R. Sanchez, João M. S. B. Meneses, Renato Neves, Thais Kuperman, Vivian Camargo)
Jornalista responsável: Fernando Sacco - MTB 49007/SP Projeto gráfico: Renato Neves Impressão: Ipsis Gráfica e Editora
o mundo da usinagem
3
soluções de usinagem
Mausa:
empreendedorismo
à toda prova
Investimento em infraestrutura e parceria com a
Colgar possibilitam a produção de mandriladoras
de grande porte para a América do Sul
4
o mundo da usinagem
agosto.2012/88
E
m 2007, em plena crise finan-
usinagem mais ampla”, destaca Bru-
ceira mundial, a Mausa, fabri-
no Vinícius Araújo Pinto, coordena-
cante de bens de capital volta-
dor da área de programação CNC e
dos principalmente para a indústria
usinagem da Mausa, reforçando que
sucroalcooleira, contradisse a lógica
a empresa segue um plano forte de
do mercado e reforçou seus planos
investimento anual e pretende, com
de investimento.
os investimentos, aumentar a produ-
Quando a grande maioria das
empresas congelou novos aportes à
Além disso, foram investidos
espera de mudanças no mercado, a
mais R$ 30 milhões em equipamen-
empresa de Piracicaba deu início à
tos e a chegada de novas máquinas
construção de uma nova fábrica no
deve se estender até 2014. “Hoje o
distrito industrial Unileste, região
número de máquinas em nosso par-
que concentra grande número de
que fabril é menor, mas o potencial
empresas do ramo metalmecânico.
e a qualidade são muito maiores”,
Inaugurada oficialmente em no-
explica o coordenador da área de
programação CNC e usinagem.
lhões abriu espaço para a moderniza-
A renovação do parque fabril foi
ção de todo o ambiente de usinagem.
acompanhada de perto por técnicos
Foram adquiridos equipamentos
da Pérsico Ferramentas, distribui-
de última geração, entre eles centros
dor autorizado Sandvik Coromant.
de torneamento, máquinas tridi-
“Participamos de todas as fases de
mensionais, tornos verticais e retifi-
tryouts e incorporamos ferramentas
cadoras. “Nesse período adquirimos
de última geração com alto desem-
máquinas com alta capacidade de
penho, entre as ferramentas conhe-
corte e acabamento, garantindo uma
cidas e conceituadas já em uso no
Chão de fábrica: Investimentos de R$ 90 milhões na construção da unidade
e R$ 30 milhões em novos equipamentos
o mundo da usinagem
5
Vivian S. Camargo
Arquivo Mausa
vembro de 2010, a planta de R$ 90 mi-
agosto.2012/88
tividade em cerca de 30%.
soluções de usinagem
Abrindo portas
O objetivo da empresa era ampliar a gama de produtos e serviços
oferecidos e foi pensando nisso que,
em 2008, a Mausa iniciou as tratativas com a italiana Colgar, especializada na produção de mandriladoras-fresadoras CNC de grande porte.
O acordo envolveu a transferênVivian S. Camargo
cia de tecnologia e transformou a
Osório Arruda, preparador de máquina CNC da Mausa e Antonio Carlos, diretor
da Pérsico: participação em todas as fases de tryouts, incorporando ferramentas
de última geração
empresa brasileira na primeira fornecedora deste tipo de equipamento na América do Sul. “Se alguém
quisesse adquirir este produto seria
obrigado a buscar fora do Brasil,
sem os benefícios do FINAME (linha de financiamento específico do
mercado. Destacamos os cabeçotes
“Recebemos técnicos da Alema-
BNDES), assistência técnica local,
de fresamento CoroMill 210, de
nha, Itália, República Tcheca e en-
engenharia, treinamento, além de
alto avanço; CoroMill 360, remo-
viamos mecânicos de manutenção
arcar com todos os custos de impor-
vendo até 18 mm num único passe;
e operadores de máquina para trei-
tação”, observa Björn.
CoroMill 200, no processo de freso-
namento no exterior”, lembra Marco
A primeira mandriladora veio
-torneamento e barras Silent Tools,
Antônio Björn, gerente de produção
em 2010, uma FRAL 400, para trei-
possibilitando a usinagem de gran-
da Mausa, acrescentando que “o uso
namento e uso próprio. O equipa-
des comprimentos com alta pro-
adequado do ferramental também
mento conta com a configuração
dutividade. Tudo aliado às classes
foi foco de aprimoramento, condu-
Floor Type, que utiliza guias hi-
das pastilhas de alta performance da
zido pelos técnicos da da Pérsico
drostáticas para todos os eixos, in-
Coromant”, explica Antonio Carlos,
Ferramentas/Sandvik Coromant”.
clusive o eixo-árvore. Já a mesa, com
diretor da Pérsico.
“Foi um aprendizado para ambas
as partes”, acrescenta Luis Norberto,
do departamento de Vendas e Novos
Negócios da Sandvik Coromant.
Entretanto, a aquisição de máquinas modernas e bem ferramenVivian S. Camargo
tadas não traria resultados caso não
houvesse mão de obra qualificada
para explorar toda capacidade produtiva. Por conta disso, o chão de
fábrica se transformou em uma verdadeira Torre de Babel.
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o mundo da usinagem
Bruno Vinícius Araújo Pinto, coordenador da área de programação CNC da Mausa,
acompanha instalação de ferramentas de corte ao lado de Osmar Antônio Angelli,
preparador de máquinas CNC
agosto.2012/88
Mandriladora Floor Type: foco
nos segmentos de energia,
transporte, mineração e
indústria naval
A primeira máquina fabricada
em Piracicaba foi o modelo FV 101
T Type, com uma configuração na
qual o curso do eixo X (longitudinal de 3.500 mm) é executado
pela mesa.
Arquivo Mausa
Por não contar com o ram, a máquina tem o eixo Y (vertical de 3.000
mm) desempenhado pelo cabeçote e
o Z (axial de 2.500 mm), pela coluna.
A primeira máquina vendida –
uma FV 101 (T Type) – foi comprada
por uma empresa que produz equipamentos pesados para mineração,
doras tradicionais: o equipamento
capacidade de carga de até 45 tone-
possui curso X (transversal de 15.000
ladas. “Com isso, é possível atender
mm) e curso Y (vertical de 4.000mm)
a crescente demanda dos segmentos
desempenhados pela coluna. O ei-
de energia, transporte, mineração e
xo-árvore realiza os cursos axiais Z
indústria naval”, destaca o gerente
(RAM axial de 1.500mm) e W (eixo-
de produção da Mausa.
-árvore axial de 900mm), com diâme-
A capacidade técnica impressiona se comparada com as mandrila-
tro de 160 mm e potência de 60 kW,
utilizando cone ISO 50.
localizada no interior de São Paulo.
Com exceção do cabeçote automático e do eixo-árvore, todos os demais
componentes estão sendo produzidos na unidade de Piracicaba, que
serve também como showroom do
novo equipamento.
A segunda máquina vendida
– uma FV 301 (Floor Type) – foi
comprada por uma empresa multi-
Arquivo Mausa
dimensões de 2.500 x 2.500 mm, tem
Mandriladora
FV 101 T Type,
primeira
máquina
fabricada em
Piracicaba:
expectativa é
vender cinco
máquinas
em 2012
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o mundo da usinagem
7
A capacidade
técnica impressiona
se comparada com
as mandriladoras
tradicionais
máximos até “X” 5.000 mm, “Y”
3.000 mm, “Z” 3.500 mm e “W”
700 mm; magazine de ferramentas
com até 120 posições, dimensões
máximas da mesa até 2.000 mm x
Vivian S. Camargo
soluções de usinagem
3.000 mm, capacidade de carga de
até 45 toneladas e controle através
de CNC.
nacional alemã, que produz equi-
Já a Mandriladora Fresadora CNC
pamentos pesados para cimento e
Tipo Floor Type Mausa, FC Colgar
mineração, localizada no interior de
Minas Gerais.
O contrato com a Colgar prevê
abrangência para toda América do
Sul, o que amplia ainda mais o mercado consumidor das mandriladoras de grande porte.
Hoje, a Mausa comercializa as
Mandriladoras CNC nas seguintes configurações:
FV 301, possui diâmetro do mandril
de 150 ou 160 mm, cursos máximos
até “X” 30.000 mm, “Y” 5.000 mm,
“Z” 1.500 mm, “W” 900 mm e “V”
3.500 mm; magazine de ferramentas
com até 160 posições, dimensões da
mesa até 4.000 x 4.500 mm; capacidade de carga de até 60 toneladas, controlada por CNC.
Mandriladora Fresadora CNC
Em ambas as máquinas
T Type Mausa, Forma Construtiva
(Floor Type e T Type), a
Colgar FV 101 TiRT, diâmetro do
mesa executa o eixo B em
mandril de 130 ou 160 mm, cursos
rotação contínua.
Bruno Vinícius Araújo Pinto e Marco
Antônio Björn, da Mausa e Luiz
Norberto, da Sandvik Coromant,
examinam rotor de turbina hidráulica.
Acompanhados por Antonio Carlos,
da Pérsico, exibem hub para
parques eólicos
Expectativas de
mercado
Vivian S. Camargo
De acordo com os diretores da
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o mundo da usinagem
Mausa, Roberto Dedini e Eduardo
Dedini, a empresa espera vender
em 2012 até cinco máquinas e para
2013 as metas são mais audaciosas,
podendo chegar a dez máquinas,
agosto.2012/88
soluções de usinagem
número que deve ser facilmente alcançado quando se toma por
base os constantes investimentos
em infraestrutura.
expectativa é que a nova linha seja
responsável por até 20% do faturamento até 2014.
A parceria com a empresa italiana também possibilitou aumen-
Vivian S. Camargo
Em termos de rentabilidade, a
Luis Norberto e
Antonio Carlos realizam
teste de ferramenta em hub
tar a gama de serviços de usinagem. Atualmente a Mausa explora
novos negócios em energia, fornecendo rotores e mancais para a
indústria de energia e hubs para
Coromant, gerenciando o ferramen-
parques eólicos.
tal usado em toda a fábrica. Além
“Hoje, sem sombra de dúvida,
disso, passou a trabalhar com o sis-
a Mausa está entre as três melhores
tema modular Capto que, por sua
empresas em termos de tecnologia de
flexibilidade, possibilita o uso de
máquinas no Brasil, o que a coloca em
uma determinada ferramenta em
posição de destaque”, reforça Luis
todas as máquinas da produção.
Norberto, da Sandvik Coromant.
A Sandvik Coromant também co-
E não se trata apenas da qualida-
locou outros serviços à disposição da
de das máquinas, colaboradores e
Mausa, como, por exemplo, o uso do
ferramentas: a logística é outro pon-
departamento Machine Investments
to fundamental.
da Sandvik Coromant para for-
parte do processo de oferta e venda
das máquinas operatrizes (sistema
TurnKey).
E é com a combinação de tecnologia de ponta, mão de obra qualificada e confiança nas parcerias que
a Mausa pretende ganhar novos
mercados e, ao mesmo tempo, trazer avanço e competitividade para
a indústria.
Em 2010 a Mausa iniciou a utiliza-
mulação dos estudos e processos
Fernando Sacco
ção do software AutoTas da Sandvik
de usinagem que geralmente fazem
Jornalista
Mausa: Seis décadas investindo no Brasil
Fundada em 1948, a Mausa S/A Equipamentos
Industriais é hoje uma grande provedora de produtos
para a indústria pesada. A empresa sexagenária emprega cerca de 500 funcionários e fornece uma extensa lista de produtos, principalmente para o setor
sucroalcooleiro.
Entre os equipamentos, destaque para as centrífugas filtradoras e decantadoras, escamadores
resfriadores, filtros e secadores rotativos, bombas
10
o mundo da usinagem
de vácuo, pórticos e pontes rolantes e, atualmente,
mandriladoras-fresadoras.
A Mausa também iniciou a produção de peças de
grande porte para o setor de energia (usinas eólicas
e hidrelétricas) e tem planos de aumentar a linha de
máquinas-ferramentas produzidas na unidade. Com
isso, a empresa projeta crescimento de 30% no faturamento este ano, já com base nos resultados do
primeiro trimestre.
agosto.2012/88
produtividade
QUALIDADE NO
CHÃO DE FÁBRICA
Programas e ações que estão mudando o
entendimento sobre produtividade
A
ideia de que “trabalhar
ras de nível médio e um Picasso
demais” é sinônimo
jamais fariam um escore de 100 x 1.
de produtividade não
A produtividade não é um sim-
é correta. Ela não está ligada só à
ples conceito, é uma medida real
quantidade, que vem sendo aponta-
que relaciona a quantidade e qua-
da pelos especialistas em produção
lidade do que se produz ao inves-
industrial como um dos males que
timento necessário para produzir.
afetam a operosidade verdadeira.
Mas para entendê-la por comple-
A simples quantidade, de fato,
não basta. Uma centena de pintu12
o mundo da usinagem
to é importante analisá-la sob um
prisma histórico.
Dois séculos de
produtividade
A medida de produtividade surgiu para medir o custo do trabalho-hora, o pagamento do trabalhador
e a mão de obra inclusa no preço
final do produto. Tratava-se de um
complexo sistema, no final do século XIX e começo do século XX, nos
primeiros países industrializados,
como Alemanha, Inglaterra e França, para definir o valor dos salários
e o interesse de se contratar ou não
mais colaboradores.
Naquele momento, nos Estados
Unidos, imperava o modelo de administração sugerido pelo engenheiro Frederick Taylor (1856-1915),
autor da obra Princípios da Administração Científica (1911). Taylor recoagosto.2012/88
mendava o aumento da eficiência
operacional centrado no aperfeiçoamento das tarefas, assim “racionalizando o trabalho”. Entre seus
seguidores, Henry Ford (1863-1947)
foi quem transformou as teorias do
taylorismo em medidas práticas,
colocando-as em vigor em suas fábricas, iniciando a produção em
massa de automóveis.
A linha diretora do taylorismo-fordismo é a máxima da economia
de esforço para fazer uma tarefa,
economizando assim tempo e energia. A implantação dessa ideia significava a escolha correta do trabalhador, treinamento e boa remuneração,
indicadas por Taylor e plenamente
aceitas e efetivadas por Ford.
Mudanças de
pensamento
Para evitar as chamadas “doenças do trabalho” e o consequente
prejuízo para as empresas causado
pelo afastamento de funcionários,
a Organização Mundial da Saúde passa a recomendar legislações
específicas, como as férias anuais,
obrigatoriedade do descanso, etc.
Os EUA, embora não tenham aderido à Convenção Internacional da
Organização do Trabalho, de 1948,
estipularam salários mínimos e direitos ao pagamento de horas extras
pela aplicação do Fair Labour Standard Act, até hoje em vigor.
seu ápice nas décadas de 1960-1980,
buscaram garantir direitos e regalias aos trabalhadores. Já a partir
dos anos 1990 as atenções se voltaram para os próprios colaboradores
e para os males da competitividade
pessoal no ambiente de trabalho.
Grande parte dos ambientes empresariais, contudo, já se baseiam
nos resultados dos estudos da Psicologia do Trabalho, valorizando
opiniões e sentimentos pessoais na
formação de regras coletivas. A própria ergonomia deixou de ser apenas o conhecimento sobre ajustes
de cadeiras e altura de mesas para
se concentrar nos maquinários e na
sua disposição no chão de fábrica,
luz ambiente, sons e circulação.
Iniciavam-se as discussões do
Nessa área, o Brasil foi um dos
Tem-se hoje a consciência de que o
comportamento humano no am-
primeiros países a criar uma Justiça
bem-estar, do chão de fábrica aos ga-
biente de trabalho, que nas décadas
do Trabalho (1939) e, logo a seguir,
binetes de diretoria, são fundamen-
de 1920-1930 originariam os primei-
a Consolidação das Leis do Traba-
tais à tão almejada produtividade: o
ros estudos de Psicologia do Traba-
lho (1942). Os movimentos sindi-
trabalhador contente exerce melhor
lho ou Psicologia Empresarial.
calistas, que no Brasil atingiram o
as suas funções e a felicidade pas-
Linha de montagem do Ford A, o que “podia ser de todas as cores,
desde que preto”, em frase do próprio Ford
sou a ser levada em consideração. O
bom relacionamento com o chefe, por
exemplo, está no elenco dos fatores
diretamente ligados à produtividade.
Claro que ainda perseveram as
mazelas dos relacionamentos humanos, pois dificuldades de caráter
muitas vezes se sobrepõem às intenções de colaboração e cordialidade,
mas o assunto não é mais tabu e, de
maneira geral, os departamentos de
RH estão atentos. O setor é abastecido com muitos estudos em periódicos especializados em relações humanas, personalidade e mercado.
O livro de D. G. Myers, A Busca da
Felicidade (The Pursuit of Happiness),
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o mundo da usinagem
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produtividade
publicado em 1993 nos EUA e ain-
e diretores em 1997. O programa esta-
“Houve o caso de um funcioná-
da não traduzido para o português,
va baseado em quatro características
rio que apareceu com a camisa suja
comparou trabalhadores contentes e
principais — treinamento, educação,
15 minutos após o início do expe-
descontentes, demonstrando como o
comunicação e envolvimento — e seu
diente pois havia se abaixado na ca-
estado de espírito incide pesadamen-
objetivo principal era reestruturar a
te sobre o resultado final do trabalho.
forma de trabalhar, melhorando o am-
çamba para pegar uma peça. E qual
biente de trabalho dos funcionários e
Produtividade x
Capital Humano
A tão buscada produtividade
deixou de ser uma simples questão
numérica. Ambientes empresariais
que veem seu corpo de trabalhadores como o verdadeiro capital
elevando a produtividade.
Ao longo do tempo, o PMC²
se transformou em um programa
maior, denominado Arvin Meritor
Performance System, que foi o estopim para muitos outros, entre eles o
Camisa Branca, criado na fábrica de
rodas de Limeira, que à época fazia
parte do grupo.
social já não admitem que os nú-
tividade está diretamente ligada às
políticas conduzidas a partir da linha
de produção e de forma horizontal.
Bons exemplos desse tipo de
visão podem ser encontrados na
Meritor (antiga ArvinMeritor), empresa presente em 20 países de cin-
cavam sujas, sujando o funcionário
e o colocando em uma posição não
ergonômica. A partir dessa análise
foi instalado um gancho para evitar
o contato do funcionário com a peça
e por aí em diante”, explica Luiz
Antônio Pezutto, gerente de manufatura da Meritor, complementando: “Quando os outros funcionários
passaram a querer a mesma aten-
bem-estar humanos.
sas passam a perceber que a produ-
o motivo pelo qual as caçambas fi-
observaram essas melhorias eles
meros superem a dignidade e o
Além disso, cada vez mais empre-
foi a solução encontrada? Descobrir
A ideia do Programa Camisa
Branca é simples: cinco camisas
brancas são entregues para cada
funcionário do chão de fábrica.
Quando a camisa sujar, o funcionário deve voltar à administração
e explicar os motivos do incidente. Funcionários e liderança investigam o problema e definem
juntos as sugestões de melhorias
comportamentais e técnicas.
ção. Então isso é a materialização de
um programa de mudança cultural
e de melhoria contínua”, reforça Pezutto, que antes de se tornar gerente
teve a vivência operacional com cargo no chão de fábrica.
Outro case de sucesso exportado
para outras unidades foi o programa Líderes de Equipe, que comple-
co continentes, e que no Brasil conquistou grandes resultados a partir
de trabalhos na linha de produção.
As unidades de Osasco (SP) e Resende (RJ) foram pioneiras na adoção de políticas deste tipo. As duas
plantas contam com 1.354 colaboradores, dos quais 1.169 atuam no
chão de fábrica.
Tudo começou com o programa
PMC² (Planejamento de Melhoria
Contínua), programa voltado aos ajustes das condições de fábrica e à cultura
Lean, envolvendo um time de gerentes
14
o mundo da usinagem
agosto.2012/88
ta 12 anos de existência. A cada ano,
Com isso, o programa também
cerca de 50 funcionários da linha
diminui as faixas hierárquicas den-
de produção são treinados para se
tro da empresa. “Antes contávamos
tornarem líderes de um núcleo. O
com diretores, gerentes, superviso-
treinamento dura um mês e, além
res, encarregados, subencarrega-
das qualidades gerenciais, são de-
dos, entre outros. Atualmente te-
senvolvidos conhecimentos de qua-
mos apenas os diretores e gerentes
lidade, segurança e manutenção. O
e no chão de fábrica, apenas dois
novo líder deixa de exercer sua fun-
supervisores para os quatro tur-
ção antiga e passa a coordenar os
nos”, explica Pezutto. Cada líder
demais funcionários do seu núcleo
exerce a função por um ano, sen-
— um trabalho que só é possível
do substituído por novos colegas
porque cada unidade de trabalho
no ano seguinte. Assim, o conheci-
possui uma estrutura descentraliza-
mento de gestão, metas e qualida-
da de manutenção, qualidade, ma-
de é transferido novamente para a
nufatura e logística.
cadeia produtiva.
Boas ideias
“O líder de equipe não tem funções administrativas e disciplinares, ele só cuida de questões técnicas”, explica Anatólio
Martins, gerente de operações
da Meritor.
“Trabalhamos com metas bem
divulgadas fazendo com que as
pessoas tomem decisões sem
precisar que alguém as direcione”, complementa Pezzuto.
Essa “competição de ideias” pode ser
acompanhada em um quadro localizado na
entrada do chão de fábrica. “Nós não damos
recompensa, nós reconhecemos as iniciativas e
fugimos da uniformização do comportamento”,
resume Anatólio Martins.
A Meritor também desenvolveu um programa de geração de
ideias. Os funcionários têm à sua
disposição uma série de cartelas
para fazerem sugestões de melhoria. Todas são obrigatoriamente
analisadas pela empresa e, para
cada ação implementada a partir
dessas propostas, o funcionário
ganha uma pontuação.
Outros programas também são
conduzidos nas unidades, como o 20
Chaves, de melhoramento contínuo,
o 5S, o Programa de Adequação das
Instalações, a open house para os funcionários e seus familiares.
“Trabalhamos a equipe e não o
indivíduo. Não temos a competi-
agosto.2012/88
o mundo da usinagem
15
produtividade
Acompanhamento de metas
e resultados: conhecimento
ao alcance de todos
tividade por objetivo, mas sim o
comprometimento e cooperação.
O trabalho tem dado resultados”,
comemora Pezutto.
Política de
resultados
sas para se trabalhar, segundo le-
ceitos intrínsecos e não devem ser
vantamentos das revistas Você S/A
dissociados do capital humano.
e Exame, mais uma prova de que
produtividade e qualidade são con-
Equipe Ação e Contexto
Mas qual a relação dos programas de qualidade no chão de
fábrica com a produtividade? Em
primeiro lugar é preciso olhar os
efeitos das ações e como a participação dos funcionários foi decisiva. Por meio dessa colaboração se alcançou a redução do lead
time, as mudanças do layout das
plantas e máquinas, bem como as
mudanças nos processos, fazendo
com que tudo convergisse para a
Uma empresa centenária
Com sede em Troy, cidade americana no Estado de Michigan, a Meritor é
uma fornecedora global de amplo portfólio de sistemas integrados, módulos
e componentes para fabricantes de equipamentos originais e aftermarket no
segmento de transportes e industrial. A companhia atende a produtores de
caminhões, reboques, ônibus e veículos off-road, além da área de defesa. A
Meritor comemorou o centenário em 2009, celebrando uma longa história
de “pensar à frente”. As ações da companhia são negociadas na Bolsa de
Valores de Nova York, com a designação MTOR. Informações relevantes sobre a corporação estão em www. meritor.com.
produtividade.
“Saímos do vermelho e fomos
para o azul”, resume Pezutto.
Além disso, o número de incidentes no trabalho caiu mais de 50%,
o refugo das vendas diminuiu
mais de 70% e a produtividade
aumentou 15%.
Desde 2000, a Meritor vem sen-
Meritor na América do Sul
As operações da Meritor na América do Sul estão centralizadas no Brasil. A
companhia possui instalações em Osasco, onde produz eixos, cardans e componentes para veículos comerciais e fora-de-estrada, e participa do Consórcio
Modular da MAN, em Resende. A operação brasileira conta com centro de
engenharia, responsável pelo desenvolvimento de produtos, fornece componentes para o mercado de reposição e mantém no país joint ventures com a
Randon nas empresas Suspensys e Freios Master.
do eleita uma das melhores empre-
16
o mundo da usinagem
agosto.2012/88
negócios da indústria I
Business to ...
Do B2B ao C2G, a sopa
de letrinhas do mundo
corporativo
O termo Business to
Business, ou B2B,
nada mais é do que
uma nova definição
para uma velha prática:
fábricas vendendo
para distribuidores,
fornecedores
comprando da indústria
pesada, empresas
fazendo negócios entre
si mas, dessa vez,
usando a Internet.
18
o mundo da usinagem
Hoje em dia essa sigla compreende três plataformas de transação.
metalmecânica, são definidas como
e-marketplaces verticais.
As primeiras delas são os e-market-
Ou seja, as e-marketplaces horizon-
places, ou mercados virtuais, que
tais são genéricas, enquanto que as
reúnem em um mesmo ambiente
e-marketplaces verticais são específicas.
empresas e compradores interessados em fazer negócio.
Quando se trata de um ambiente
misto, que engloba uma gama diversificada de produtos e serviços,
essas plataformas são chamadas de
e-marketplaces horizontais. Já quando as transações são específicas de
Já os e-procurements podem ser
uma determinada atividade, como
compreendidos como os espaços
por exemplo um espaço de negó-
(extranets) nos quais empresas tran-
cios voltado somente à indústria
sacionam com as centrais de compra
agosto.2012/88
de seus fornecedores, desde a solicitação de determinado produto até o
pagamento. Trata-se de uma plataforma de gerenciamento de compras responsável pela otimização do tempo
das transações e redução dos custos.
Por fim, os e-distributions designam plataformas que reúnem empresas, distribuidores, representantes e filiais.
Ao longo do tempo, essas relações foram se aprimorando e o
vocabulário corporativo ficou ainda mais recheado de termos para
designar os tipos de transações realizadas dia a dia através da rede
mundial de computadores.
agosto.2012/88
Business to
Consumer...
formas mais contemporâneas de fazer negócios. A sigla designa a compra virtual que envolve empresas e
O B2C, por exemplo, ou Business
consumidores. Em termos práticos,
to Consumer, é hoje em dia uma das
nada mais é do que a aquisição de
o mundo da usinagem
19
negócios da indústria I
cionários. Não se trata necessariamente de compra e venda, mas
sim da gestão de recursos internos, benefícios, materiais e equipamentos. Sob esse prisma, é possível entender a corporação como
um mercado e, assim, otimizar a
utilização de seus recursos.
Outra abreviatura cada vez mais
recorrente nos jargões corporativos
é aquela que indica as transações
entre governos e empresas, ou Business to Government.
O chamado B2G indica, por
exemplo, as licitações. Nessa linha,
o termo B2A, Business to Administration, é outra sigla que vem sendo
muito utilizada pois envolve negócios com a administração pública
– governo federal, estados, municípios e empresas públicas. Ambas
as denominações indicam a mesma
forma de transação, que cresceu
muito nos últimos anos, principalum produto ou serviço via Internet,
nichos de mercado e transacionar
mente após a adoção do sistema de
seja ele uma passagem aérea ou um
com eles tem sido o grande objetivo
e-government, transferindo a buro-
aparelho de som.
das empresas hoje em dia. Não é à
crática negociação entre governo
Atualmente, um novo modelo
toa que B2C2 é o modelo comercial
e seus fornecedores para o âmbito
de negócios virtuais desponta na
que mais vem crescendo na Internet
virtual, com pregões e licitações
relação empresa/consumidor: o Bu-
nos últimos tempos.
feitos on line, em tempo real.
siness to Consumer 2.0, ou B2C2. O
Entretanto, a forma de designar
termo faz referência à web 2.0, en-
transações e meios utilizados na
tendida por muitos como a segun-
compra e venda de um produto ou
da geração da Internet, pois oferece
serviço se destacou do universo em-
um ambiente mais dinâmico, com
presarial e hoje o consumidor pode
maior oferta de serviços e integra-
ser o sujeito central dessa relação.
ção entre seus usuários.
Nesse caso, os negócios são voltados às comunidades específicas,
Business to
Employee...
pessoas com gostos e necessidades
Já o B2E, sigla para Business
particulares. Com o crescimento das
to Employee, diz respeito aos ne-
redes sociais não é difícil encontrar
gócios entre empresas e seus fun-
20
o mundo da usinagem
agosto.2012/88
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negócios da indústria I
governo também ganhou sua pró-
No caso da indústria, as ferra-
pria qualificação. Nada mais ló-
mentas apresentadas ilustram as
gico se pensarmos na quantidade
inúmeras possibilidades de otimiza-
de transações que envolvem dire-
ção de compra e venda, encurtando
tamente as duas partes. O Impos-
a distância entre os fornecedores e os
to de Renda e a Previdência são
consumidores finais. Agregar todos
dois bons exemplos. Nesses casos,
Consumer to...
Vejamos por exemplo a denominação C2B (Consumer to Business),
consagraram-se as denominações
C2A e C2G, Consumer to Administration e Consumer to Government,
respectivamente.
um modelo de negócios no qual o
consumidor oferece produtos ou
serviços que são adquiridos pelas
empresas. Esse sistema pode com-
O novo alfabeto de
negócios é mais
uma prova da força
cada vez maior
da Internet no
comércio mundial
preender, por exemplo, o envio de
um currículo pela web, o que nada
os envolvidos em um só ambiente,
mais é do que a oferta de um serviço mediante pagamento.
Os leilões virtuais são outro caso
em que os consumidores definem o
preço de um produto, invertendo a
lógica do comércio tradicional.
Já o termo C2C é outra referência importada, abreviação do ter-
além de agilizar as transações, cau-
Administration
to...
Por fim, mas muito importante,
ainda temos a administração pública
como ente central das negociações.
mo Consumer to Consumer. Nesse
O A2A, por exemplo, se refere
caso, as transações são realizadas
às transações que ocorrem entre
entre pessoas físicas, consumido-
empresas da administração públi-
res finais. Algumas plataformas
ca. Transferência de valores mone-
se consagraram em promover esse
tários ou informações são alguns
tipo de negócio, entre elas o Ebay
exemplos do chamado Administra-
e o Mercado Livre. Mas, ao contrá-
tion to Administration.
sam impacto direto na administração de estoques, redução de custos
de negociação, menor burocracia e
melhor mensuração de resultados.
A arte de fabricar produtos com
qualidade, pelo melhor preço e obedecendo aos prazos do mercado
ganha uma nova aliada: a Internet.
Saber como explorar os novos ambientes de negócios não significa
apenas conquistar novos mercados,
mais do que isso, trata-se de abrir espaço para o novo, com transparência,
rapidez e acima de tudo, integração.
rio de outras plataformas de negó-
O novo alfabeto de negócios é
cios, elas são somente intermediá-
mais uma prova da força cada vez
Fernando Sacco
rias e não se responsabilizam pela
maior da Internet no comércio mun-
Jornalista
qualidade ou procedência dos
dial. Uma análise mais aprofundada
produtos comercializados.
mostra como o comércio vem se de-
E da mesma forma que as empre-
senvolvendo, aumentando as pos-
sas negociam com a administração
sibilidades de negócios e colocando
pública através de canais específi-
o consumidor em um patamar mais
cos, a relação entre consumidor e
qualificado e valorizado.
22
o mundo da usinagem
agosto.2012/88
educação e tecnologia I
Mantenha-se
atualizado
Como as inovações no setor
metalmecânico são difundidas ao público
A
busca
por
soluções
coligadas a uma perspectiva de crescimento
contínuo tem levado a soluções cada
vez mais personalizadas no universo metalmecânico. Levando em conta esta realidade, fóruns, palestras,
convenções, eventos, simpósios,
congressos, encontros, workshops,
feiras e seminários vêm somando
forças e criando janelas para divulgar as inovações do setor. A importância da difusão de novas práticas
industriais no Brasil e a democratização de informação para o setor
metalmecânico estão presentes em
cada um desses eventos.
A maioria deles nasceu na última década e se repete anualmente
ou, em alguns casos, a cada dois
anos, trazendo o estado da arte do
setor e servindo como espaço de
encontros para os profissionais de
diversas regiões do país.
Para este segundo semestre de
2012, destacamos muitos even-
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tos importantes, mesmo os que já
aconteceram recentemente, com o
intuito de inteirar o leitor de tudo
sobre o meio metalmecânico.
24
o mundo da usinagem
agosto.2012/88
10º Encontro da Cadeia
de Ferramentas, Moldes
e Matrizes – Moldes ABM
A Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM)
realizou de 8 a 10 de agosto, o 10º
Encontro da Cadeia de Ferramentas,
Moldes e Matrizes – Moldes ABM.
Centrado em Gestão, Manufatura,
Mercado e Projeto, o encontro ofereceu palestras sobre a prática da
inovação, o Brasil frente à concorrência internacional, rede nacional
de ferramentarias, entre outras. Os
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A editora
Já deixamos anotado o primeiro grande evento
do próximo ano:
7º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação (COBEF)
A Universidade Federal Fluminense (UFF) junto à Associação Brasileira de Engenharia e Ciências Mecânicas (ABCM) realizará entre os dias 15
e 19 de abril de 2013, em Penedo e Itatiaia – RJ, o
7º Congresso Brasileiro de Engenharia de Fabricação (COBEF). Nesse evento serão abordados temas
como Conformação, Engenharia de Superfícies,
Fundição, Metalurgia do Pó, Metrologia, Novas
Tecnologias de Fabricação, Processos de Adição de
Materiais, Projeto Manufatura e Montagem: Planejamento, Gestão e Automação, Soldagem, Tribologia e Usinagem. Acesse http://www.cobef.com.br/.
A programação disponível é vasta e abrange praticamente todo o universo metalmecânico.
Programe-se e bom proveito!
João Manoel S. Bezerra de Meneses
Gestor Ambiental/Jornalista
26
o mundo da usinagem
agosto.2012/88
negócios da indústria II
Okuma investe em
novas instalações
Mesmo com o mercado de máquinas desacelerado, a empresa
acredita na recuperação do setor e investe em uma nova sede
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porém, mesmo com o mercado de
diversas famílias de máquinas da
dos fortes elos da cadeia
máquinas em baixa, Alcino Bastos,
Okuma possuem dispositivos de
econômica, o setor me-
gerente geral da Okuma no Brasil,
alto padrão tecnológico e eventual-
talmecânico é um importante ter-
comenta que a empresa acredita na
mente são associadas à automação
mômetro não apenas para se pros-
recuperação do setor e tem grandes
para carga e descarga de peças na
pectar o futuro, do ponto de vista
perspectivas para o mercado. “Por
área de usinagem. Sendo assim,
financeiro, como, também, para
acreditar no Brasil nós investimos
para podermos explicar e exempli-
entender como empresas agem em
em um novo escritório, que já está
ficar na prática todas essas possibi-
relação à sociedade.
instalado, e num showroom que será
lidades, o novo espaço é fundamen-
inaugurado em breve”.
tal”, declara Bastos.
A Okuma, tradicional fabricante
de máquinas operatrizes de última
O local terá um espaço de trei-
A inauguração do showroom está
geração acaba de investir R$ 1 mi-
namentos, que consistirá em um
prevista para a última semana de
lhão na implantação de uma nova
verdadeiro centro tecnológico (Tech
setembro. Não deixe de participar
sede, localizada na Vila Olímpia, em
Center), e os clientes poderão confe-
da iniciativa:
São Paulo, SP, um dos centros admi-
rir os mais novos modelos da linha
nistrativos da cidade. O local abri-
de máquinas operatrizes e as famí-
gará, além do escritório, o showroom
lias de máquinas já conhecidas no
da empresa, que permitirá demons-
mercado brasileiro. “Temos o obje-
trações sobre a utilização prática dos
tivo de servir os clientes domésticos
produtos por ela fabricados.
bem como de outros países, já que
Avenida dos Bandeirantes, 513
04553-010 - Vila Olímpia - São Paulo-SP
Tel: (11) 3049-5600
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para uma empresa desse porte,
tribuidores na América do Sul. As
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agosto.2012/88
o mundo da usinagem
27
educação e tecnologia II
Usinagem na Academia
Onde nascem algumas importantes tendências do setor
O
setor metalmecânico
sólida e inegável contribuição a esse
tem amplo conheci-
universo do conhecimento.
A produção limpa vem sendo
uma crescente exigência das legisla-
mento dos grandes
Nos últimos anos, a atenção
ções e tanto fabricantes de máquinas
centros de ensino e pesquisa em
dos pesquisadores tem se voltado
quanto de ferramentas e de fluidos
engenharia mecânica em nosso
não apenas para as questões de
se associam aos laboratórios acadê-
país que, há algumas décadas, aju-
produtividade e qualidade como,
micos em busca do objetivo comum.
dam a formar a mão de obra espe-
também, para a produção em re-
No âmbito das preocupações ecoló-
cializada para o mundo da produ-
lação a questões ambientais, que
gicas, a durabilidade e desempenho
ção. Em 2010 o Brasil tornou-se o
se convencionou chamar de “usi-
de ferramentas e máquinas, bem
sétimo país no mundo a dominar o
nagem ecológica” ou “usinagem
como a qualidade ambiental do flui-
processo de HSM, o High Speed Ma-
verde”. Desde 1996 o LMP - La-
do de corte são apontados nos estu-
chining, ou usinagem em alta velo-
boratório de Mecânica de Preci-
dos acadêmicos como sendo funda-
cidade, em grande parte graças aos
são - da Escola de Engenharia da
mentais em termos de economia de
trabalhos pioneiros de algumas de
Universidade Federal de Santa
materiais e, consequentemente, con-
nossas escolas de engenharia.
Catarina tem, como uma de suas
trole dos preços, aumento da produ-
Desde o clássico manual do então
seis linhas de pesquisa, a DUE-
tividade e competitividade.
professor da UNICAMP-SP, Dino
CO: Desenvolvimento de Usina-
Ser produtor limpo, portanto,
Ferraresi, Fundamentos da Usinagem
gem Ecológica. A linha de pesqui-
não deve ser visto apenas como
de Metais, de 1970, incessantemente
sa tem parceria com o Curso de
algo socialmente correto e positivo
publicado até nossos dias, ao muito
Engenharia Sanitária e Ambiental
em relação ao ambiente como, tam-
apreciado Teoria da Usinagem dos Ma-
da mesma faculdade, com insti-
bém, um dos importantes fatores
teriais, de Álisson Rocha Machado,
tuições de ensino alemãs e com
da produtividade.
Reginaldo Teixeira Coelho, Alexan-
empresas brasileiras.
Frequente os sites das escolas
dre Mendes Abrão e Márcio Bacci da
A adequação de processos de
de engenharia em nosso país e
Silva, de 2009, professores das escolas
usinagem à produção limpa implica
inteire-se do que vai pelo uni-
de engenharia de Uberlândia-MG,
em uma série de passos estruturais
verso da pesquisa de ponta no
USP São Carlos, Federal de Minas
que passam pelos fluidos de corte,
setor metalmecânico.
Gerais e Uberlância-MG, respectiva-
pelas ferramentas de corte e pelo
mente, a academia vem prestando
maquinário e seu potencial de uso.
28
o mundo da usinagem
Equipe Ação & Contexto
agosto.2012/88
negócios da indústria III
Mazak lança Pedra
Fundamental em Vinhedo
Mazak Sulamericana iniciou obras do Centro Tecnológico na América do Sul
A
Mazak
Sulamericana,
Sulamericana na escolha de Vinhedo,
vê a geração de 100 novos empregos
empresa multinacional
foi a localização estratégica, próxima
na cidade. Haverá à disposição uma
japonesa, escolheu Vi-
a importantes rodovias e aeroportos,
extensa gama de máquinas Mazak da
nhedo para instalar o seu Centro Tec-
além da proximidade dos clientes e
mais alta tecnologia, suporte pré e pós-
nológico no Brasil. O registro oficial
parceiros comerciais.
venda, centro nacional de distribuição
do início das obras deu-se na última
“É um momento histórico não só
de peças, assistência técnica e um sele-
terça-feira (31 de julho) com a cerimô-
para Vinhedo como para o estado e o
to grupo de engenharia provendo solu-
nia da Pedra Fundamental. A previ-
país. O grupo Yamazaki Mazak está
ções totais a clientes dos mais variados
são de termino das obras é fevereiro
presente em mais de 20 países e va-
segmentos de indústria.
de 2013. A empresa será instalada na
mos investir no Centro Tecnológico
rodovia Anhanguera, Km 76.
de Vinhedo nossos melhores recursos
A
solenidade
de
lançamento
para atender clientes com excelência,
aconteceu na própria área onde a
provendo as melhores soluções tec-
empresa funcionará e reuniu autori-
nológicas”, afirma o gerente-geral da
dades, clientes, convidados e execu-
Mazak Sulamericana, Martin Vay.
tivos da multinacional, entre eles o
Serão 4.800 metros quadrados de
diretor, Motoyasu Kakutani. Um dos
área construída. O investimento será
motivos que influenciaram a Mazak
em torno de US$ 15.000.000,00 e pre-
Grupo Yamazaki Mazak
A Yamazaki Mazak fundada em
1919, possui unidades fabris no Japão, na China, Singapura, Reino
Unido e nos Estados Unidos. São 70
centros de tecnologia espalhados por
mais de 20 países, de uma empresa
globalizada com 6.900 funcionários.
A Mazak iniciou suas atividades
no Brasil há mais de 20 anos, oferecendo a melhor solução em máquina ferramenta aos nossos clientes na América do Sul. A Mazak caracteriza-se por
uma cultura fortemente comprometida em fornecer soluções totais a clientes, desenvolver produtos inéditos e
Da esquerda à direta: José Luis Bernegossi, Secretário da Prefeitura Municipal de
Vinhedo; Moacyr Moura Ferreira, Diretor da MMF Assessoria em Engenharia; Milton
Pinhata, Secretário da Industria e Comércio de Vinhedo; Martin Vay, Gerente Geral
Mazak Sulamericana; Milton Alvaro Serafim e Jaime Cesar Cruz, Adriano Corazzari,
Prefeito, Vice-Prefeito e Presidente da Câmara de Vereadores de Vinhedo; Motoyasu
Kakutani, Diretor Mazak Sulamericana.
30
o mundo da usinagem
em prover suporte global e local.
Departamento de Marketing
Mazak Sulamericana.
agosto.2012/88
VP ATLAS. UM NOVO AÇO PARA
UMA NOVA FORMA DE VER O MUNDO.
Com boa usinabilidade, excelente polibilidade e elevada resistência mecânica, o aço para moldes plásticos
VP ATLAS é o novo integrante da família de aços verdes da Villares Metals. Isso significa inovação, respeito
pelo meio ambiente em sua fabricação e um futuro melhor para as próximas gerações.
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Unidades Centro de Distribuição:
• Sumaré/SP
• NOVO: Joinville/SC
Centro de Serviço de
Tratamento Térmico (CSTT):
Equipado para atender às necessidades
de cada cliente de maneira sustentável.
VP ATLAS: O gigante em tecnologia da
Villares Metals para Moldes Plásticos.
PENSOU AÇO, PENSOU
INFINITAMENTE
INFINITA
NFINITAM
NFIN
AMENTE
RECICLÁVEL
conhecendo um pouco mais
RECICLAGEM DE PNEUS
Como um dos objetos mais necessários na vida moderna — os
pneus de borracha — podem ser um enorme problema ambiental
ou um bom negócio
Como surgem
os pneus
Nos trópicos americanos, a borracha, fruto da “cahutchu” — a árvore que chora, em língua asteca —
era usada pelos nativos em bolas,
calçados e vasilhames. A espécie
é apresentada à Europa em 1736,
como Hevea brasiliensis. Charles
Goodyear, pequeno fabricante de
ferramentas agrícolas, termina, de
maneira acidental, por descobrir o
processo de vulcanização da borracha, em 1839. Muitas tentativas
32
o mundo da usinagem
foram feitas por Dunlop (1888), Michelin (1895) e Strauss (1911), até
a borracha vulcanizada poder ser
usada na produção de pneus, com e
sem câmaras de ar.
Hoje, a indústria de pneus movimenta 150 bilhões de dólares por
ano, emprega 600 mil pessoas diretamente e muitos milhões de outras
indiretamente. A produção, consumo e descarte de pneus têm chamado a atenção de governos, ambientalistas e empresários, visto que o
descarte é altamente poluidor de um
lado e muito rentável de outro, por
meio da reciclagem. Calcula-se que
em 2011 produziram-se 775 milhões
de unidades. Os ambientalistas estimam em 800 milhões o número de
unidades sucateadas por ano.
A vida útil dos
pneus
A vida útil dos pneus de automóveis pode ser de 100 mil km em uso
ideal: boas estradas, velocidade média, calibrados de acordo com o peso
do veículo. A média de quilometragem, contudo, é de 60 mil km. Ainda
é muito comum a “recauchutagem”
agosto.2012/88
— palavra derivada de “cahutchu”—
da banda de rodagem dos pneus. Segundo algumas entidades, a “recauchutagem” deve ser evitada, porque
alteraria a qualidade de fábrica do
pneu e, como tal, reduziria a segurança do veículo que os utiliza embora,
na realidade, um pneu de avião possa ser recauchutado até 30 vezes.
Segundo a Revista Pnews, da
ABR — Associação Brasileira do
Segmento de Reforma de Pneus
— 85% dos aviões comerciais em
circulação, hoje, têm pneus recauchutados. A recauchutagem de
pneus de aviões usa aparelhos especiais de detecção de imperfeições estruturais e vários testes de
qualidade que autorizam ou não
seu retorno ao uso. Cada pneu assim tratado recebe número e certificado de aeronavegabilidade
— SEGVÔO — que o identifica e
possibilita novos tratamentos.
o lixo urbano, entopem rios, comprometem nascentes e servem de
criadouros para mosquitos transmissores da malária e da dengue.
Temos ainda seu inchaço e consequente estouro quando absorvem
os gases de lixões e sua queima
no ambiente, que pode durar até
30 dias, causando poluição do ar e
contaminando a água do subsolo,
já que o processo libera mais de 10
litros de óleo por pneu.
A situação só não é pior porque a tradição da recauchutagem
é muito forte entre nós e estamos
em 2º lugar no ranking mundial,
logo depois dos Estados Unidos,
em unidades recauchutadas.
Isso retarda o problema do
descarte final das carcaças, dando uma sobrevida de 40% à vida
útil do pneu. No
Brasil, reforma-
-se e reaproveita-se cerca de 30%
dos 63 milhões de pneus novos
fabricados por ano, totalizando
quase 18 milhões de unidades
recuperadas, segundo a ABR e a
ANIP — Associação Nacional da
Indústria de Pneumáticos.
O Paraná é um dos principais
polos recicladores de pneus do Brasil. A paranaense Ecija Comercial
Exportadora e Importadora de Manufaturados investe no setor desde
1992, inclusive exportando o material reciclado para a Europa, que
o utiliza em artefatos de borracha,
asfalto e parte da composição de
novos pneus.
O quadro no
Brasil
Os dados apontam um descarte de 17 milhões de pneus por
ano em nosso país. Eles infestam
agosto.2012/88
o mundo da usinagem
33
conhecendo um pouco mais
O Conselho Nacional do Meio
uniforme ou grânulos de borracha.
Ambiente (Conama) definiu em 1999
Como nenhum processo conse-
que fabricantes e importadores são
gue desvulcanizar a borracha com-
responsáveis por coletar e dar des-
pletamente, o resultado final é de
tino ambientalmente adequado aos
menor resistência que o produto
pneus que não servem mais, confir-
original, mas é de grande utilidade
mado pela resolução Conama 416, de
para um grande número de produ-
2009. Desde 2007 as empresas Pirelli,
tos: câmaras de ar, saltos e solados
Firestone, Michelin, Goodyear e
de sapatos, tapetes e passadeiras,
Bridgestone fundaram a RECICLANIP,
estofados, rodos domésticos, colas e
ligada à Associação Nacional das In-
adesivos, buchas para eixos de ôni-
dústrias de Pneumáticos, que coleta
bus e caminhões, além de revesti-
e dá destinação final aos pneus sem
mentos para áreas de esporte e lazer.
condição de uso. Existem hoje qua-
Sua queima para aquecer caldei-
se 500 postos de coleta em todo o
ras, em fornos de cimento e usinas
país, normalmente em parceria com
termoelétricas é bastante proveitosa
Na UNICAMP, São Paulo, as
as prefeituras.
em termos energéticos, pois cada qui-
faculdades de Engenharia Civil e
De maneira geral, os pneus hoje
lograma de pneu libera até 30% a mais
Mecânica projetaram um reator de
usam apenas 10% de borracha na-
de energia do que um quilograma de
leito fluidizado para obter produtos
tural, 30% de derivados de petróleo
madeira ou carvão, mas o controle da
a partir de pneus usados por meio
(borracha sintética) e 60% de fios de
poluição do ar deveria ser mais rigoro-
de sua gaseificação.
aço e outras fibras, entremeadas na
so do que aquele hoje em vigor.
No Rio de Janeiro, a empresa Re-
estrutura do pneu. A famosa propa-
lastomer Tecnologia recupera bor-
ganda do “pneu de aço”, portanto,
racha vulcanizada pelo uso de bai-
está bem alinhada com a realidade.
Essa complexidade estrutural
dos pneus modernos dificulta seu
reaproveitamento, pois são muitos
os componentes que devem ser separados da borracha vulcanizada.
Os pneus são cortados, moídos e
desvulcanizados pelo uso de produtos químicos. O resultado é então refinado até se obter uma manta
Novas tecnologias
de reciclagem
xas temperaturas (até 80ºC) e uso
de catalisador heterogêneo, o que
resulta em um material regenerado
Universidades, empresas e prefeituras municipais vêm se unindo em
busca de novas maneiras de reciclar
tão grande volume de pneus descartados. Entre as soluções mais econômicas e de bom resultado, já temos seu
uso, inteiro, em cais, embarcadouros,
diques e contenções de encostas.
“Este é meu emprego.
Recolho os pneus para
evitar a poluição do
meio ambiente e também
garanto o sustento de
minha família”
34
o mundo da usinagem
O Departamento de Engenharia
Civil da Universidade Católica do
Rio de Janeiro liderou por muitos
anos as pesquisas para reutilização
de pneus velhos em obras de engenharia, em muros de arrimo e reforço do solo em aterros.
agosto.2012/88
que mantém 75% das características
Com material coletado em todo
físicas do produto original.
o estado, a Ecopneu já produz, na
Mas é Campo Grande, capital
fábrica de Campo Grande, 100 tone-
do Mato Grosso do Sul, que lide-
ladas/mês de recicláveis de pneus,
ra as iniciativas de reutilização de
mas já está projetada para atingir
pneus em nosso País, em termos
700 toneladas/mês.
de inventividade e maior aprovei-
Vem de Macapá, capital do
Amapá, o exemplo de que podemos
humanizar os pneus descartados, conferindo-lhes a beleza da natureza controlada, em vez de abandoná-los para
danificá-la. A tecnologia e a criatividade existem:
o próximo passo é conferir os exemplos positivos nesse terreno
tamento do resultado final, pela
combinação de tecnologia com
vontade política. A Ecopneus, que
primeiro retira as cintas de aço,
vendendo-as para a Gerdau, tem
um projeto em colaboração com a
Faculdade de Engenharia da a Universidade Federal de Mato Grosso
Joao Manoel S. Bezerra de Meneses
do Sul (UFMS) e criou o “concreto
Gestor Ambiental / Jornalista
ecológico”, que recebe adição de
30% de “chips” (lascas de pneus)
em sua massa, garantindo menor
custo e maior resistência ao produto final. A Prefeitura local passou
a exigir o aproveitamento da nova
tecnologia no município, no que já
foi seguida pela Prefeitura de Dourados, locais onde o produto é usaconjuntos habitacionais.
Ali, tanto borracheiros profissionais quanto catadores se beneficiam da iniciativa das Prefeituras.
Os cinco ou seis carretos diários
para o depósito da Prefeitura de
Campo
Grande
proporcionam
de dois a três mil reais por mês a
Roque Dias Moreira, que declara:
“Este é meu emprego. Recolho os
pneus para evitar a poluição do
meio ambiente e também garanto o
sustento de minha família”.
agosto.2012/88
Prefeitura Municipal de Macapá
do em calçadas e pavimentação de
Fontes:
http://www.web-resol.org
http://www.recicloteca.org.br
http://www.uniblog.com.br/ecopneu/
Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado, Cempre/IPT –1995
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/reciclagem/reciclagem_de_pneus.html
Boletim Informativo da Bolsa de Reciclagem Sistema FIEP Ano I - Nº 3 - JUL/AGO - 2001
http://www.tudosobrepneus.com.br/si/site/110070/p/Reciclanip
o mundo da usinagem
35
nossa parcela de responsabilidade
Produção Mais Limpa (P + L)
S
ob o foco da sustentabili-
biente, que transmitam uma imagem
dade e do meio ambiente,
disciplinada quanto à conservação
os sistemas “verdes” de
da natureza e, ao mesmo tempo, que
produção, também conhecidos como
atendam às expectativas de uma ex-
Produção Mais Limpa (P+L), são o
celente qualidade em produtos e ser-
desafio de nossa década. Os últimos
viços, com preço justo e competitivo.
60 anos viram a produção em larga
Diversos
estudiosos
propõem
escala definir preços competitivos,
que a P+L pode ser um sistema in-
sem se preocupar com as consequên-
dustrial que visa sustentabilidade
cias ambientais do consumismo; vi-
das fontes renováveis de matérias
mos qualidade e tempo de produ-
primas, pela redução do consumo de
ção superarem a simples questão do
água e energia, a prevenção de resí-
preço; vimos as exigências do consu-
duos tóxicos e perigosos na fonte de
midor levarem à redução dos custos
produção, a reutilização e o reapro-
como única maneira de aumentar ou
veitamento de materiais por recicla-
manter o lucro das empresas.
gem de maneira atóxica e maior efi-
Apenas nas últimas duas déca-
ciência em termos energéticos. Além
da surgem as preocupações com a
disso, a geração de produtos de lon-
responsabilidade social e ambiental,
ga vida útil, seguros e atóxicos ao
com os antigos fatores de competiti-
homem e ao meio ambiente natural,
vidade incorporados e, portanto, sem
cujos restos, inclusive embalagens,
sua anterior função diferenciadora.
sejam recicláveis, completam a base
Atualmente fica evidente que exis-
operacional da sustentabilidade.
te pressão sobre as empresas, por par-
É nesse contexto que a Sandvik
te dos governos, mercados e clientes,
Coromant se destaca como empre-
por produtos ecológicos, processos
sa que, conhecedora das necessida-
produtivos amigáveis ao meio am-
des e tendências mundiais, busca
diminuir os impactos ambientais
A produção
ecologicamente correta
engloba tecnologias,
busca a conservação
de matérias primas e
energia que reduzem
os impactos ambientais
36
o mundo da usinagem
gerados pelos seus processos de
produção e os de seus clientes, as
indústrias metalmecânicas, pesquisando e introduzindo novos conceitos de ferramentas e implementando novos processos de produção
ecologicamente corretos. A produção ecologicamente correta engloba
tecnologias, busca a conservação de
matérias primas e energia que reduzem os impactos ambientais dos
produtos e processos de produção,
diminuindo a geração de refugos,
economizando custos finais, reduzindo a emissão de gases, unindo o
que é tecnicamente possível com o
que é desejado para a manutenção e
preservação do meio ambiente.
Em nossas decisões, devemos
ter a responsabilidade de levar em
conta, além da qualidade do produto ofertado, da melhor solução técnica aliada à maior produtividade
com menos custos, também o envolvimento desse fornecedor com o
planeta em que vivemos e suas preocupações em criar soluções ecologicamente corretas às operações da
indústria metalmecânica.
José Gamarra
Gerente Técnico
Sandvik Coromant do Brasil
agosto.2012/88
Sandvik Coromant
Distribuidores
ARWI Tel: 54 3026-8888
Caxias do Sul - RS
MAXVALE Tel: 12 3941-2902
São José dos Campos - SP
ATALANTA TOOLS Tel: 11 3837-9106
São Paulo - SP
MSC Tel: 92 3237-4949
Manaus - AM
COFAST Tel: 11 4997-1255
Santo André - SP
NEOPAQ Tel: 51 3527-1111
Novo Hamburgo - RS
COFECORT Tel: 16 3333-7700
Araraquara - SP
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O Mundo da Usinagem 88
Agie-Charmilles23
PÉRSICO Tel: 19 3421-2182
Piracicaba - SP
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Sorocaba - SP
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PS Tel: 14 3312-3312
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Maringá - PR
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Belo Horizonte - MG
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Sandvik Coromant
THIJAN Tel: 47 3433-3939
Joinville - SC
Selltis
29
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Villares Metals
31
KAYMÃ Tel: 67 3321-3593
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GALE Tel: 41 3339-2831
Curitiba - PR
GC Tel: 49 3522-0955
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21
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11
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38
o mundo da usinagem
agosto.2012/88
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