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O TABERNÁCULO
C E LE S T I A L
A iniciativa de habitar entre os homens foi divina. Deus sempre desejou estar
entre o seu povo e ter comunhão com ele. No entanto, o Lugar onde Deus deve
habitar tem de obedecer a determinados requisitos:
E me farão um santuário, para que eu habite no meio deles. Conforme a tudo o que eu te
mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus móveis, assim
mesmo o fareis. (Ex 25:8,9)
Ora, do que estamos dizendo, o ponto principal é este: Temos um sumo-sacerdote tal, que
se assentou nos céus à direita do trono da Majestade, ministro do santuário, e do
verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem. Porque todo sumosacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; pelo que era necessário que esse
sumo-sacerdote também tivesse alguma coisa que oferecer. Ora, se ele estivesse na terra,
nem seria sacerdote, havendo já os que oferecem dons segundo a lei, os quais servem
àquilo que é figura e sombra das coisas celestiais, como Moisés foi divinamente avisado,
quando estava para construir o tabernáculo; porque lhe foi dito: Olha, faz conforme o
modelo que no monte se te mostrou. Mas agora alcançou ele ministério tanto mais
excelente, quanto é mediador de um melhor pacto, o qual está firmado sobre melhores
promessas... (Hb 8)
Moisés copia o desenho do Tabernáculo (heb. Mishkan) de um modelo que o
YHWH lhe mostrou. O modelo é o próprio lugar celestial onde Deus habita. Há um
lugar real onde Deus, o Pai, está reinando sobre todas as coisas. Embora a
Teologia dê uma imagem de Deus muito etérea, a Bíblia apresenta-o num lugar de
certa forma “material” e visível, embora não corruptível.
O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos
contemplam, as suas pálpebras provam os filhos dos homens. (Sl 11:4)
Pois olhou do alto do seu santuário; dos céus olhou o Senhor para a terra, (Sl 102:19)
Por algum motivo, Deus não só se oculta na Terra como também o faz no
Céu. Na realidade não há só pecado na terra, mas também nos céus, como é
referido nas seguintes versículos retirados de Job:
Eis que Deus não confia nos seus servos, e até a seus anjos atribui loucura. (Job 4:18)
Eis que Deus não confia nos seus santos, e nem o céu é puro aos seus olhos. (Job 15:15)
Além de satanás, outros anjos pecaram (II Pd 2:4; Jd 1:6-7), no entanto a
Redenção não se destinou aos anjos, mas ao seu povo eleito, como está escrito:
“Pois, na verdade, não presta auxílio aos anjos, mas sim à descendência de
Abraão.”(Hb 2:16). Assim, nos céus, Deus também oculta a sua face. Há alguns,
no entanto, que vêem a sua face (Mt 18:10; Jo 1:18) e existe a promessa de que
os salvos o verão (I Co 13:12).
O Tabernáculo de Moisés foi purificado com sangue, antes que o Espírito de
Deus descesse ao Tabernáculo. Quando o homem entrasse no Tabernáculo, o
sangue dos animais derramado em seu lugar, cobriria o seu pecado. Também no
céu, o Filho de Deus, purificou o Tabernáculo Celestial, como está escrito:
Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que estão no céu fossem purificadas
com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.
(Hb 9:23)
O Messias abriu caminho para o homem poder entrar (Hb 6:20) no Lugar
Santíssimo Celestial. A purificação do Tabernáculo Celestial não se destinou a
anular o pecado dos anjos, mas o pecado dos homens perante Deus. Os anjos
pecadores não verão mais a face do Pai, mas os redimidos vê-lo-ão. Em Ap 11:1512:5 é relatado grande acontecimento que será a abertura do Lugar Santíssimo
celestial para a entrada dos vencedores, filho varão, ou noiva do Messias.
Visto que os céus também foram contaminados com pecado pelos anjos e
este pecado ficou sem perdão e sem purificação, além de uma nova terra há
também necessidade de novos céus (Is 65:17; 66:22).
O primeiro pacto está ligado ao primeiro tabernáculo, figura e sombra do
Verdadeiro Tabernáculo. Este Tabernáculo celestial está ligado com o novo pacto.
O capítulo nove de Hebreus descreve sublimemente a ligação entre o Tabernáculo
terrestre e o celeste, por isso este capítulo é inserido na totalidade neste estudo:
Ora, também o primeiro pacto tinha ordenanças de serviço sagrado, e um santuário
terrestre. Pois foi preparada uma tenda, a primeira, na qual estavam o candeeiro, e a
mesa, e os pães da proposição; a essa se chama o santo lugar; mas depois do segundo
véu estava a tenda que se chama o santo dos santos, que tinha o incensário de ouro, e a
arca do pacto, toda coberta de ouro em redor; na qual estava um vaso de ouro, que
continha o maná, e a vara de Arão, que tinha brotado, e as tábuas do pacto; e sobre a arca
os querubins da glória, que cobriam o propiciatório; das quais coisas não falaremos
agora particularmente. Ora, estando estas coisas assim preparadas, entram continuamente
na primeira tenda os sacerdotes, celebrando os serviços sagrados; mas na segunda só o
sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos
erros do povo; dando o Espírito Santo a entender com isso, que o caminho do santuário não
está descoberto, enquanto subsiste a primeira tenda, que é uma parábola para o tempo
presente, conforme a qual se oferecem tanto dons como sacrifícios que, quanto à
consciência, não podem aperfeiçoar aquele que presta o culto; sendo somente, no tocante a
comidas, e bebidas, e várias abluções, umas ordenanças da carne, impostas até um tempo
de reforma. Mas Cristo, tendo vindo como sumo-sacerdote dos bens já realizados, por meio
do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação), e
não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por
todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção. Porque, se a aspersão do
sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os contaminados, quanto
à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu
a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para
servirdes ao Deus vivo? E por isso é mediador de um novo pacto, para que, intervindo a
morte para remissão das transgressões cometidas debaixo do primeiro pacto, os chamados
recebam a promessa da herança eterna. Pois onde há testamento, necessário é que
intervenha a morte do testador. Porque um testamento não tem força senão pela morte, visto
que nunca tem valor enquanto o testador vive. Pelo que nem o primeiro pacto foi consagrado
sem sangue; porque, havendo Moisés anunciado a todo o povo todos os mandamentos
segundo a lei, tomou o sangue dos novilhos e dos bodes, com água, lã purpúrea e hissopo e
aspergiu tanto o próprio livro como todo o povo, dizendo: este é o sangue do pacto que
Deus ordenou para vós. Semelhantemente aspergiu com sangue também o tabernáculo
e todos os vasos do serviço sagrado. E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam
com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão. Era necessário,
portanto, que as figuras das coisas que estão no céu fossem purificadas com tais
sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais com sacrifícios melhores do que estes.
Pois Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas no próprio
céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; nem também para se
oferecer muitas vezes, como o sumo-sacerdote de ano em ano entra no santo lugar com
sangue alheio; doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do
mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para
aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. E, como aos homens está ordenado
morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma só
vez para levar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o
esperam para salvação. (Hb 9)
O tabernáculo de Moisés era constituído por um pátio e duas tendas. No
pátio, ou Átrio, estavam o Altar do Holocausto e a Bacia de Bronze. A primeira
tenda era chamada de Lugar Santo e ali estavam o Candelabro, a Mesa e o Altar
do Incenso. A segunda tenda era chamada de Lugar Santíssimo ou Santo dos
Santos. Era neste lugar muito privado onde se encontrava a Arca da Aliança. A
Arca tinha uma tampa muito especial, chamada Propiciatório, com dois querubins
na extremidade de faces voltadas para o meio (Ex 25:19-22). Era entre os
querubins que o Senhor descia e falava a Moisés. Os sacerdotes ministravam o
seu serviço continuamente no Lugar Santo, mas no Lugar Santíssimo apenas uma
vez por ano, no Dia da Expiação, entrava o Sumo-sacerdote. A seguinte imagem
mostra de forma simples o tabernáculo de Moisés (para mais imagens ver o anexo
final):
Para a visualização do Tabernáculo, veja este pequeno vídeo com legendas em português:
http://www.youtube.com/watch?v=OFb9EKsx8YQ
Visto que este tabernáculo terrestre foi feito à imagem do celeste, as mesmas
coisas encontram-se no céu, ainda que as terrestres sejam apenas sombras e não
totalmente idênticas às celestiais. O livro de Apocalipse é muito rico em referências
ao Santuário celestial, cujo Sumo-sacerdote é o Messias. Vejamos as referências:
Referências aos componentes do Tabernáculo Celestial:
Ap 11:19
“Santuário de Deus que está no céu”
Lugar Santíssimo
Lugar Santo
Átrio
Ap 8:3,5; 9:13; 11:1
Altar de ouro diante do Trono
Ap 8:3,5
Incensário de ouro
Ap 11:19
Arca da Aliança
Ap 7: 5
Menorah (7 lâmpadas= 7 espíritos)
Este estudo poderia ser muito mais aprofundado, mas pretende apenas resumidamente
mostrar a existência do Tabernáculo Celestial provada na Bíblia e que esse é o Lugar a
partir do qual Deus reina todas as coisas. No final da Bíblia Deus mudará o Lugar da sua
habitação:
Ap 21.1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira
terra, e o mar já não existe.
Ap 21.3 E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus
está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo
estará com eles.
Ap 21.22 Nela não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e
o Cordeiro.
Ap 21.23 A cidade não necessita nem do sol, nem da lua, para que nela resplandeçam,
porém a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.
Ap 22.1 E mostrou-me o rio da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de
Deus e do Cordeiro.
Ap 22.2 No meio da sua praça, e de ambos os lados do rio, estava a árvore da vida, que
produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a cura
das nações.
Ap 22.3 Ali não haverá jamais maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os
seus servos o servirão,
Ap 22.4 e verão a sua face; e nas suas frontes estará o seu nome.
Ap 22.5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de luz de lâmpada nem de luz do
sol, porque o Senhor Deus os alumiará; e reinarão pelos séculos dos séculos.
Deus promete viver a eternidade reinando no meio dos homens. Tudo será feito novo e
nessa nova criação, Ele não mais se ocultará do homem, vê-lo-emos plenamente e
conhecê-lo-emos como somo conhecidos (I Co 13:12).
Lucinda Alves
2001
ANEXO
Imagens do tabernáculo
Átrio:
Lugar Santo:
Lugar Santíssimo:

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