Nesta edição - Folha do Fazendeiro

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Nesta edição - Folha do Fazendeiro
EXPORTAÇÃO
Nesta edição lista das fazendas de MS aptas a exportar para Europa. Págs. 10 a 12
Dourados-MS
67 3416-5200
Campo Grande-MS
67 3345-6200
FEVEREIRO DE 2012 • ANO XIV – Nº 337 | NAS BANCAS R$ 3,50
Nesta edição
ENTREVISTA | ROGÉRIO COAN
“Maioria ainda
ignora real custo
de produção de
uma arroba”
Pesquisa realizada com 1.400 pecuaristas revela número
alarmante no campo: 99,89% não sabiam dizer qual o custo
por arroba produzida, por arroba engordada, por arroba
estocada e custo por hectare. PÁGINAS 24 e 25
Showtec mostra que o
mercado paga melhor
por soja convencional
Produtor catarinense
inventa anel que evita
infecção em animais
Produção de soja não geneticamente
modificado confere ao Brasil condições
para atender um mercado consumidor
altamente exigente. PÁGINA 12
Anel é colocado no brinco de identificação dos animais. Desenvolvimento
contou com apoio do SENAR de Santa
Catarina. PÁGINA 14
Acrissul vê riscos
para realização da
Expogrande 2012
Falta de condições para atender
acordo judicial mantém probição
a shows no Parque. “Sem shows
não haverá Expogrande”, afirma
o presidente Chico Maia.
BOLETIM ACRISSUL EM AÇÃO
2
FEVEREIRO 2012
P RIMEIRA IMPRESSÃO
Cadeia produtiva da carne bovina teve um ano muito positivo
A crise econômica internacional também era um
foco de grande preocupação, pois seus eventuais efeitos
sobre o consumo (interno e externo) poderiam provoConsiderando os acontecimentos
car fortes quedas nos preços e afetar negativamente a
externos à cadeia produtiva da
rentabilidade da atividade.
carne bovina, 2011 pode ser consiMesmo com o agravamento da crise, notadamente
derado um ano positivo para os prona Europa no segundo semestre, o consumo dos países
dutores, ainda que talvez não tão
emergentes e o contexto de baixa oferta no mercado
bom para a indústria frigorífica.
mundial garantiram preços altos, inclusive no mercado
A rentabilidade dos produtores
externo.
primários, a principal variável que determina o cresA competitividade brasileira não foi tão prejudicada
cimento da atividade no médio e longo prazos, foi em
pela apreciação cambial e neste final de ano pode-se
2011 muito boa, notadamente para os produtores de
até contar com certo alívio nesse aspecto.
ciclo completo e para os criaPara a indústria frigodores que não arcaram com os
rífica, o alto preço da sua
altos custos da reposição de
matéria-prima básica foi um
animais de engorda e recria.
sério problema que afetou
De fato, em 2011 os pecuanegativamente os resultados
ristas receberam pelos animais
Mesmo com o agravamento
econômicos.
de reposição e de abate preOs dois maiores procesda crise, notadamente
ços muito acima das médias
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na Europa no segundo
históricas e mesmo da média
tiveram prejuízos expresside 2010, que já havia sido rasemestre, o consumo dos
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alavancagem derivada do
países
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É fato que, não fossem alagressivo processo de excontexto de baixa oferta
guns percalços da economia e
pansão e internacionalização
outros fatores, como embargos
no mercado mundial
que empreenderam em anos
de exportação, poderíamos ter
passados.
garantiram preços altos,
tido um ano ainda melhor. Mas,
O saldo final em 2011,
inclusive no mercado
em comparação a outros setoentretanto, parece ser pores, não há do que se queixar.
sitivo. Com os resultados
externo.
Uma das grandes preofavoráveis para a produção
cupações do setor no início
primária, é certo que os indo ano era a tramitação do Código Florestal no Convestimentos em produtividade terão continuidade em
gresso. Havia o temor de que prevalecessem posições
2012, o que acaba fatalmente redundando em ganhos
radicais de ambientalistas, que trariam sérios prejuízos
também para os outros elos da cadeia produtiva e para
à atividade.
os consumidores.
Felizmente, a versão aprovada, que ainda voltará
para nova discussão na Câmara, parece mais equiliJOSÉ VICENTE FERRAZ É ENGENHEIRO AGRÔNOMO E
DIRETOR TÉCNICO DA INFORMA ECONOMICS FNP.
brada e menos prejudicial à pecuária.
JOSÉ VICENTE FERRAZ
ESPECIAL PARA A FOLHA
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EDIÇÃO:
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TEXTOS:
Fabiano Reis e José Roberto dos Santos,
com Agência Folha
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3
FEVEREIRO 2012
Análise Pecuária
Janeiro: mês complicado para a pecuária
FABIANO REIS
DA REDAÇÃO
FOLHA DO FAZENDEIRO
Janeiro de 2012,
de certa maneira,
é melhor o pecuarista esquecer. O
mês começou bastante complicado
para a pecuária
de corte brasileira, com mais um
foco de aftosa no Paraguai – confirmando os boatos que já circulavam
na imprensa do país vizinho uma
semana antes. Além disso, a queda
forte do valor do bezerro segundo o
índice ESALQ/BM&FBovespa, que
chegou a recuar perto da casa dos
7% e o futuro do boi para outubro e
novembro, pouco animador, trouxe
preocupação. Moderada, mas trouxe.
O bezerro. Poucas vezes houve
uma queda tão considerável no valor deste produto. Claro que para
quem faz a recria, o momento era
o ideal para a compra, afinal, não
há tantos recursos para o criador
de bezerro segurar muito e esperar
a melhora de preços. Ainda assim,
quem conseguiu, viu o recuo de
6,65% atingido no dia 27, se recuperar e perder 2,28%.
Falando em preços, a surpresa
ruim do bezerro que fechou o mês
de dezembro de 2011 estimado em
R$ 736,66 pelo indicador Esalq/
BM&FBovespa para Mato Grosso
do Sul, chegou a R$ 687,68 (-6,65%)
pelo mesmo parâmetro (o valor
chegou a ficar entre R$ 630,00 e
R$ 650,00 em algumas regiões do
Estado, segundo o relato de alguns
produtores) trouxe preocupação
por conta da comparação com o
preço do boi e, posteriormente, arroba. Entretanto, no dia 31/01/2012
o bezerro Esalq/BM&FBovespa fechou em R$ 720,18, variação negativa de 2,24%, devolvendo parte
das perdas acumuladas durante o
mês de janeiro.
Falando em Bolsa, algumas pontuações são relevantes em relação
ao valor no mercado futuro e, o ano
de 2012, se apresenta de maneira
pouco clara. O contrato para boi
gordo para o mês de outubro fechou
em R$ 100,33 no dia 31/01/2012,
para novembro também na casa de
R$ 100,80, enquanto no passado
outubro teve o teto de valores de
R$ 99,00 e novembro R$ 107,00.
O valor atual para o contrato de fevereiro está em R$ 97,95, diferença
muito pequena entre os valores de
safra e entressafra, com queda em
relação ao último ano e muito distante do valor praticado em 2010,
fator que deve deixar o pecuarista
mais atento.
Janeiro também mostrou que
o Paraguai pode continuar a oferecer sustos na produção pecuária do Brasil principalmente em
Mato Grosso do Sul e Paraná. No
primeiro dia útil do ano veio a confirmação das autoridades do país
vizinho, após muita especulação na
imprensa pelo menos sete ou dez
dias antes. O jornal ABC Color chegou a publicar que o Senacsa havia
sido condizente com a propriedade
do primeiro foco em setembro de
2011, livrando alguns milhares de
bovinos do rifle sanitário.
Por outro lado, as autoridades
brasileiras se manifestaram, tranqüilizaram o produtor e a população, lembrou que o Brasil estava
pronto para o desafio, que as articulações e estruturas já estavam
montadas, ressaltou a parceria com
o Ministério da Defesa, o ministro
da Agricultura Mendes Ribeiro Filho veio ao Estado, mas a situação
continua sendo de alerta. (ver tabela na página 4).
FABIANO REIS É JORNALISTA,
MESTRE EM PRODUÇÃO E GESTÃO
AGROINDUSTRIAL. APRESENTADOR DO
BOM DIA PRODUTOR/CANAL DO BOI E
REDATOR DA FOLHA DO FAZENDEIRO
4
FEVEREIRO 2012
VIA LIVRE
Dinapec aborda tecnologias
sustentáveis de 14 a 16 de
março na Embrapa-CNPGC
Evento pode trazer ministro Mendes Ribeiro (Mapa)
E
ntre os dias 14 e 16 de março acontece em Campo Grande a VII edição da Dinapec, na sede do Centro
Nacional de Pesquisa em Gado de Corte
da Embrapa. O evento vai trazer, através
das pesquisas, dinâmicas e minicursos,
tecnologias geradas por várias unidades
da instituição e entidades parceiras. A
novidade este ano fica por conta ênfase
para tecnologias que compõem o Programa ABC.
Segundo Pedro Paulo Pires, chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da
Embrapa, o visitante vai interagir com
as tecnologias que integram o Programa
ABC. “Nossa intenção é trazer o ministro
Mendes Ribeiro para fazer o lançamento
oficial do programa. Por outro lado, é im-
portante ressaltar que toda a tecnologia
desenvolvida pelas unidades da Embrapa
sempre observou os conceitos da Agricultura com Baixa Emissão de Carbono,
independente do programa, temos a
técnica, produtos e processos”, afirmou
Pedro Paulo.
Uma das características da Dinapec
é apresentar aos produtores rurais e demais visitantes as tecnologias através de
dinâmicas. “Trata-se dos giros técnicos
quando apresentamos os melhores resultados em pesquisa agropecuária. Além
disso, há a visitação voluntária, a conversa direta com os pesquisadores que vão
estar de plantão para atender o público,
assim como os bolsistas e monitores da
feira”, explicou Pedro Paulo.
Indicador Bezerro ESALQ/BM&FBovespa
Mato Grosso do Sul
Data
31/01/2012
30/01/2012
27/01/2012
26/01/2012
25/01/2012
24/01/2012
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10/1/2012
9/1/2012
6/1/2012
5/1/2012
4/1/2012
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2/1/2012
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687,97
693,74
696,97
699,26
713,48
728,33
734,62
734,62
740,38
726,57
725,29
726,86
726,86
726,86
730,27
733,31
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- 1,33%
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-0,46%
- 0,25%
Pedro Paulo: 11 unidades da Embrapa no evento
Tendo como público-alvo o produtor
rural, a Dinapec atrai visitantes de todo o
País. “Trata-se da transferência de tecnologia, uma ação importante para passar o
conhecimento, transferir. Para isso, temos
duas ferramentas. A prospecção – saber
o que o público quer ver e a divulgação,
comunicação e transferência”, explicou.
“Teremos também os minicursos com
abordagem à conservação de solo, manejo de pastagem, Integração Lavoura, Pecuária e Floresta, entre outros assuntos
que serão tratados. Teremos 11 unidades
da Embrapa participando”, disse Pedro
Paulo.
Na edição de 2011 a Dinapec destacou a ILP e a ILPF, atraindo profissionais
e produtores de todo país. Como Adelmo
Oliveira Gomes, engenheiro agrônomo e
gerente da fazenda Santa Luzia, de São
Raimundo das Mangabeiras, Maranhão,
uma propriedade que trabalha com a
ILP desde 2004, em uma parceria com
Embrapa que traz excelentes resultados.
“A integração entrou na propriedade via
Embrapa. Sua principal vantagem é a
sustentabilidade do negócio, além da
produção de grãos na safra de verão. Na
entresafra há engorda de boi, com um
sistema de plantio que no verão coloca
milho e soja, e 20% de milho e brachiaria.
A engorda de boi é constante e a palhada
serve como plantio direto”, disse, explicando que a propriedade trabalha com a
cria e recria.
A programação prévia da Dinapec
2012 traz a ênfase para tecnologias que
compõem o Programa ABC; recuperação
de pastagens degradadas; integração lavoura-pecuária-floresta e de Sistemas
Agroflorestais; Sistema Plantio Direto;
Fixação Biológica do Nitrogênio; Florestas plantadas; tratamento de dejetos
animais; melhoramento genético animal;
nutrição animal; integração lavoura-pecuária; produção de leite a pasto; higiene na
ordenha; consórcios pastagem com Leguminosas e manejo de ovinos e bovinos.
A expectativa da Embrapa Gado de
Corte é receber cerca de 2.000 visitantes, entre produtores rurais, acadêmicos
e pesquisadores. “A chefia da Unidade
espera uma participação interessada
para usufruir do conhecimento. A Embrapa investe para o produtor seja bem
recebido”, informou Pedro Paulo.
ILPF é tema de dia de campo em Sinop
A Embrapa Agrossilvipastoril promove, no próximo dia 17 de fevereiro, o 2º
Dia de Campo sobre Integração LavouraPecuária-Floresta. Realizado na vitrine de
tecnologias do Centro de Pesquisa, em Sinop (MT), o evento irá apresentar diferentes opções de culturas para os sistemas
integrados de produção agropecuária.
Serão sete estações nas quais pesquisadores da Embrapa e de instituições
parceiras irão abordar temas como as
plantas forrageiras recomendadas para
sistemas integrados, consórcio milho-braquiária em sucessão ao cultivo de soja,
espécies florestais e frutíferas, plantas de
cobertura e adubação verde, cultivares de
soja convencional e tecnologias de produção de milho e sorgo e de arroz e feijão.
Além de acompanhar as palestras, o
público presente ao evento terá a oportunidade de visualizar no campo as tecnologias abordadas pelos pesquisadores.
As inscrições para o 2º Dia de Campo
sobre Integração Lavoura-Pecuária-Floresta são gratuitas e poderão ser feitas
no local do evento. Mais informações no
site da Embrapa Agrossilvipastoril: www.
embrapa.br/cpamt.
Este dia de campo é uma realização
da Embrapa Agrossilvipastoril com apoio
da Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Milho e Sorgo, Embrapa Soja e Embrapa
Agropecuária Oeste.
Local: Centro de Pesquisa da
Embrapa Agrossilvipastoril –
Rodovia MT-222,
Km 2,5 – Sinop (MT)
Inscrições gratuitas e feitas no local
Informações: www.embrapa.br/cpamt
5
FEVEREIRO 2012
Brasil importa de coco a óleo de dendê
Até feijão passa a ser importado da China; compras de alumínio e de álcool também crescem em 2011
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
A perda de competitividade do Brasil chegou a produtos nacionais típicos.
Em 2011, as importações de óleo de
dendê avançaram 414%, as compras de
coco seco subiram 172% e as de álcool,
1.058%, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Sem falar nas cargas de feijão
chinês e na evolução das importações de
alumínio do país que possui a terceira
maior jazida mundial de bauxita (minério
de alumínio). O câmbio, que em parte do
ano passado esteve entre R$ 1,50 e R$
1,60, o aumento do custo da mão de obra
e a alta carga tributária explicam a maior
concorrência em produtos que têm a cara
do Brasil, segundo especialistas.
“O país está muito caro, especialmente na produção. Por isso, perde competitividade até em setores em que tem vocação natural”, afirma José Augusto de
Castro, presidente em exercício da AEB
(Associação de Comércio Exterior do Brasil). A força do mercado interno também
justifica as maiores importações. “Todo
mundo quer vir para cá. Fatalmente, as
importações sobem”, diz Mauro Moreno,
vice-presidente da Abal (Associação Brasileira do Alumínio).
No caso do alumínio, fatores conjunturais, como o alto preço da energia, desestimulam a produção local, o que também
contribui para o aumento das compras.
Vantagens
Alguns países se aproveitam de acordos comerciais para atingir o hoje cobiçado mercado brasileiro. É o caso da Colômbia, no óleo de dendê. Terceiro maior
produtor mundial, o país, que paga tarifas mais baixas do que os rivais asiáticos,
abastece parte da indústria alimentícia. A
produção nacional não é suficiente para
responder ao consumo.
No caso do coco, o Brasil precisou, há
cerca de dez anos, impor salvaguardas
para proteger a produção local. Mas,
em 2011, as importações superaram em
30% o permitido, que é 6.000 toneladas.
“Não tem como competir com os produtores asiáticos”, diz Francisco de Paula
Domingues Porto, presidente do Sindcoco (Sindicato Nacional dos Produtores de
Coco).
Mas não é só de países emergentes
que o Brasil compra. A Suíça respondeu
por 83% das importações de café industrializado em 2011. As importações
do produto cresceram 90%, reflexo do
aumento da renda e da sofisticação do
consumo.
Já a compra de feijão chinês foi um
negócio de ocasião, graças à baixa do
dólar. “Não houve necessidade de grandes importações, mas oportunidades de
trazer feijão a um preço competitivo”, diz
Vlamir Brandalizze, sócio da Brandalizze
consultoria. A importação de álcool foi
necessária para cobrir a primeira queda
da produção nacional em dez anos, em
um cenário de forte demanda.
6
FEVEREIRO 2012
Agronegócio S.A.
Carne processada terá nova líder global
Com troca de ativos com Brasil Foods, Marfrig amplia capacidade de produção de industrializados a partir de 2012
FOTO PAULO WHITAKER|FOLHAPRESS
MAURO ZAFALON
COLUNISTA DA FOLHA
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO - AGÊNCIA FOLHA
A
Marfrig deve se tornar a maior
processadora de carnes do mundo após receber os ativos da
Brasil Foods. Segundo a Folha apurou,
com base em dados anualizados das
vendas de industrializados de carnes
das empresas no terceiro trimestre, a
Marfrig deve ultrapassar a sua rival em
volume de vendas de industrializados
após a transferência das fábricas, o
que deve ocorrer até o fim do primeiro
semestre de 2012.
Marfrig e BRF anunciaram no início
deste mês acordo para a transferência
de ativos que representam um mercado de 300 mil toneladas de alimentos
processados por ano, segundo a Marfrig, considerando a ociosidade de 50%
dessas unidades hoje.
O Cade (Conselho Administrativo de
Defesa Econômica) fez a BRF vender
parte de sua produção para concluir a
fusão entre Sadia e Perdigão. As vendas
anuais de industrializados da Marfrig,
hoje estimadas em 1,8 milhão de toneladas por ano, devem subir para cerca
de 2,1 milhões.
As vendas de carne processada da
BRF, estimadas em cerca de 1,8 milhão
de toneladas por ano, cairiam para 1,6
milhão de toneladas.
O cálculo considera a perda das 300
mil toneladas que vão para a Marfrig
e o ganho de 100 mil toneladas que a
companhia terá ao receber, em troca,
os ativos da concorrente na Argentina,
conforme o acordo entre ambas.
Em busca da meta
Apesar do rápido avanço, a Marfrig perseguirá a meta de ter metade
do faturamento em industrializados.
Unidade do frigorífico Marfrig, em Promissão (SP); acordo Marfrig e BRF representa um mercado de 300 mil toneladas de alimentos processados por ano
Hoje, 37% de sua receita líquida vem
de produtos com maior valor agregado.
Após a incorporação dos ativos da BRF,
esse percentual irá para 45%, segundo
o presidente da Marfrig, Marcos Molina.
Portanto, em 2012 será “mandatório” - nas palavras de Mayr Bonassi,
diretor-geral da Seara- aumentar a participação de industrializados na receita
total, o que contribuiria para a melhora
dos resultados da empresa. A Marfrig
acumula prejuízo de R$ 605 milhões até
setembro deste ano e, para aumentar a
sua margem de lucro, vem investindo
na divulgação da marca Seara e na expansão da capacidade.
“O crescimento que planejávamos
para cinco anos vai chegar em 60 dias
com os ativos da BRF”, disse Bonassi.
A Marfrig também terá como aliadas
as dez marcas de processados de carne
BRF que serão repassadas à empresa,
como a Rezende.
Consideradas pelo mercado como
“marcas de combate”, elas vendem 264
mil toneladas de alimentos por ano e
têm participação de mercado de 12%.
“Vamos tentar pegar o máximo da
capacidade dessas marcas e convencer
o consumidor e o varejista de que nós
somos a opção certa para ficar no lugar
da Perdigão”, afirma Bonassi.
Por determinação do Cade, a Perdigão ficará fora de alguns mercados
pelo prazo de três a cinco anos, período
que coincide com a Copa do Mundo de
2014, que tem a Seara como patrocinadora oficial.
Ao final de um ano turbulento para
a empresa, Molina diz que o pior já
passou. “O mais difícil foi construir a
marca Seara e aumentar a nossa base
de produtos industrializados. Agora, é
colher os frutos”, diz.
7
FEVEREIRO 2012
A GRONEGÓCIO S.A.
Com crise do euro,
Europa reduz até o
consumo de carne
DE SÃO PAULO
Os altos preços e a restrição no orçamento das famílias estão reduzindo
a demanda europeia pela carne bovina
brasileira, segundo James Cruden, diretor da divisão de bovinos da Marfrig.
Segundo ele, os preços de exportação para a Europa são os mais altos
da história. “Estamos vendendo filé
mignon para a Europa a US$ 22 por
quilo, o que é quase R$ 38, um absurdo”, afirmou.
Quando uma subida muito forte de
preços encontra uma restrição financeira, a demanda cai, disse. “Só que desta
vez está sendo muito menor do que em
2008, quando houve uma parada total
devido aos altos estoques.”
Para compensar a fraqueza da Europa, que responde por 44% das ex-
Ano da empresa foi marcado por polêmicas
O ano foi turbulento para a Marfrig. No
primeiro semestre, o câmbio e o preço dos
insumos impactaram o seu resultado. Em
agosto, suas ações despencaram influenciadas pela desmontagem de operações arriscadas da gestora GWI, que tinha ao menos 5%
da companhia. A saída do fundo desencadeou
questionamentos sobre o tamanho da dívida
da Marfrig, considerada alta por analistas,
prejudicando a recuperação dos papéis.
O presidente, Marcos Molina, aumentou,
então, a sua participação na Marfrig com a
compra de ações na Bolsa, o que também
gerou polêmica.
portações da empresa -especialmente pelos
cortes nobres-, a Marfrig vem direcionando a
sua produção para o mercado interno e para
o Chile, que voltou a abrir as suas portas para
a carne brasileira.
O aumento de preço dos cortes bovinos
nacionais é explicado pela restrição na oferta
de boi e pela queda do dólar, que aumentou a
participação dos EUA no mercado mundial.
Mas, para Cruden, o aumento previsto
para a oferta de boi, a recente alta do dólar
e os ganhos de eficiência da indústria farão o
Brasil retomar a competitividade no mercado
externo.
DE SÃO PAULO
8
FEVEREIRO 2012
FEVEREIRO 2011
Três Lagoas Florestal acontece de 10 a 13 de abril
Evento já vem sendo considerado a maior do setor florestal já realizada no Centro-Oeste brasileiro, com 164 estandes
A 1ª Feira da Cadeia Produtiva da
Indústria de Base
Florestal Sustentável da Região de
Três Lagoas, ou
simplesmente Três
Lagoas Florestal,
que vai acontecer
entre os dias 10 e 13 de abril, já está
movimentando diversos segmentos da
economia em Três Lagoas. Promovida
pela Prefeitura de Três Lagoas, a feira
será um marco na consolidação dessa
cadeia produtiva.
O evento está programado para
ser a maior feira do setor florestal já
realizada no Centro-Oeste brasileiro,
com foco nos temas de florestas sustentáveis, energia, celulose e papel.
Já confirmaram presença empresas de
todos os segmentos da cadeia produtiva: floresta, madeira, celulose, papel,
energia e logística.
“Precisamos lembrar que não se
trata apenas dos grandes produtores
e consumidores da madeira plantada,
como as fábricas de papel e celulose,
mas de todo um universo que engloba
também as empresas locais, como fornecedores de insumos, equipamentos e
serviços. Isso gera empregos, promove
o aquecimento e o crescimento real da
economia, e contribui para melhorar a
vida do nosso cidadão”, avalia a prefeita Márcia Moura.
Para os diretores da Painel Florestal,
que é responsável pela organização da
feira, a perspectiva de sucesso da feira
pode ser projetada pela aceitação em
todos os segmentos. “Não só os empresários das grandes companhias, como
também o pequeno fornecedor local, todos estão bastante entusiasmados com
a feira. E para a comunidade vai ser
uma grande oportunidade de conhecer
melhor o setor, compreender a dinâmica, os mecanismos e os processos de
produção desse ramo, que já é uma realidade na vida cotidiana do três-lagoense”, comenta Robson Trevisan, diretor
de eventos da Painel Florestal.
Programação
10 de abril de 2012 - terça
• 14:00 às 18:00 - Reunião Ordinária da Câmara Setorial de Florestas
• 18:00 às 19:00 - Abertura Oficial do Três Lagoas Florestal
• 19:00 às 22:00 - Jantar “Capital Mundial da Celulose” com palestra
do presidente da ABRAF, Sérgio Alípio. Presenças do Governador
André Puccinelli e Prefeita Márcia Moura.
Participação
As inscrições para participar do
evento estão abertas e são totalmente
gratuitas, incluindo as palestras, visitação aos stands e demais áreas da feira,
além das visitas técnicas às fábricas e
áreas das empresas de celulose.
Para se inscrever basta acessar o
site do evento (www.treslagoasflorestal.com.br) e preencher o formulário.
Os participantes previamente inscritos
pela internet vão precisar apenas retirar seu crachá na entrada da feira,
evitando filas e agilizando o acesso ao
recinto.
No site também estão disponíveis
todas as informações sobre o Três
Lagoas Florestal, notícias a respeito
da feira e dos expositores, contatos e
atendimento.
11 de abril de 2012 - quarta
• 14:00 às 22:00 - Visitação da Feira
• 15:00 às 17:00 - Visitas Técnicas Monitoradas
• 15:00 às 20:00 - Ciclo de Palestras – Auditório “Casa do Criador”
12 de abril de 2012 - quinta
• 14:00 às 22:00 - Visitação da Feira
• 14:30 às 17:30 - Visitas Técnicas Monitoradas
• 14:30 às 20:00 - Ciclo de Palestras – Auditório “Casa do Criador”
13 de abril de 2012 - sexta
•
•
•
•
14:00 às 22:00 - Visitação da Feira
14:30 às 17:30 - Visitas Técnicas Monitoradas
14:30 às 18:00 - Ciclo de Palestras – Auditório “Casa do Criador”
19:00 às 21:00 - Palestra de Encerramento com XICO GRAZIANO –
Auditório “Casa do Criador”
Fonte: Painel Florestal
Estrutura do evento
O recinto do Três Lagoas Florestal está sendo montado no Parque
de Exposições Joaquim Marques de
Souza, ocupando uma área de 22
mil metros quadrados, onde estarão
montados 164 stands, divididos em
setores: Indústria, Entidades, Silvicultura, Serviços, Bens de Consumo,
Máquinas e Implementos. Entre essas categorias, estarão representadas
as áreas de energia, logística, tratamento de madeira, comércio de madeira, marcenaria, construção civil,
serviços, celulose, papel, serraria e
carvão vegetal.
Parte do parque está reservada
para demonstrações e equipamentos
onde os expositores poderão mostrar
a aplicação ou funcionamento de seus
produtos. Já estão instaladas no parque pequenas áreas de plantio de eucalipto e seringueira, também para
demonstração.
O cenário de progresso da região
será um dos temas da programação
de palestras gratuitas do Três Lagoas
Florestal, que vão esclarecer o público sobre o plantio de florestas e suas
possibilidades comerciais. Já está
confirmada a palestra de abertura
com o presidente da Abraf (Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas) e diretor presidente
da Veracel Celulose, Antônio Sérgio
Alípio, e também a palestra de encerramento da feira, com o agrônomo e
ex-secretário do Meio Ambiente do
Estado de São Paulo, Xico Graziano.
Estão previstas ainda visitas técnicas nas empresas da região, com foco
em produção de mudas de eucalipto,
plantio e colheita florestal. Também
está programada para Três Lagoas a
próxima reunião da Câmara Setorial
de Floresta Plantada do Ministério da
Agricultura, prevista para a tarde do
dia 09 de abril, véspera da abertura
da feira.
A previsão é que circulem 10 mil
pessoas pelo parque de exposições
nos quatro dias de feira, entre profissionais e empresários ligados ao
setor, produtores rurais e comunidade local.
9
FEVEREIRO 2012
FEVEREIRO 2011
Abiec lança o projeto “Pecuária do Brasil”
Análise Pecuária
Desafio é produzir cortes bovinos
com certificação de qualidade
PAULO DE CASTRO MARQUES
ESPECIAL PARA A FOLHA
A pecuária brasileira está aprendendo com outros
países que conseguiram se posicionar
de maneira diferenciada no mercado
global. Cada um à
sua maneira, Estados Unidos, Austrália, Argentina e Uruguai, por exemplo, criaram e cultivam verdadeiras
grifes que os identificam, conquistam
clientes, agregam valor -traduzido no
melhor pagamento pelo produto- e
sensibilizam os consumidores.
Tendo como base as raças bovinas
de origem europeia (bos taurus), esses países estão hoje entre os maiores
exportadores de carne vermelha do
mundo.
EUA e Austrália dividem com o
Brasil a liderança em termos de quantidade. O Uruguai é um exportador
nato, tendo até abertura de venda
para os EUA -desejo antigo da pecuária brasileira.
Já a Argentina, que sempre foi
um “player” importante, hoje está
mais voltada para o atendimento da
demanda interna, muito por conta
de definições do seu governo. A conquista do mercado global não é um
processo imediatista. Requer tempo,
disposição, investimento em marketing e em qualidade.
A carne brasileira é, entre a dos
países citados, a de pior remuneração
internacional. Assim, o país é líder
em quantidade, porém oscila quando
o indicador é a receita obtida na exportação.
Um dos motivos mais evidentes
dessa dificuldade de a carne brasileira alcançar melhores preços no
exterior é a falta de padrão. É histórica a reclamação dos traders de
que nosso produto varia em termos
de maciez e de teor de gordura. Recentemente, até a questão ambiental
tornou-se relevante. Os compradores
querem saber onde foi criado o gado,
em que condições, qual sua alimentação, detalhes do manejo etc. Mesmo
tendo como característica principal a
criação a pasto, temos de provar ao
mundo que a carne não provém de
animais do bioma amazônico.
Nesse cenário, ganha importância
a certificação de origem e de qualidade. Trata-se de um processo que ainda engatinha no Brasil. Mas há bons
exemplos de programas de entidades
de classe, de raças e até de indústrias
frigoríficas. É pouco se considerarmos
o tamanho da pecuária brasileira.
Os números oscilam de acordo com a fonte, mas se estima que
o abate anual no Brasil fique entre
42 milhões e 45 milhões de cabeças
de gado. Talvez nem 5% desse total
provenha de iniciativas devidamente certificadas. Mas é um começo, e
quem investe em certificação de origem e de qualidade reconhece que
esse é o caminho para a valorização
da carne, para o ganho do pecuarista e para a confiança do consumidor.
O consumidor sai ganhando, pois a
carne é produzida segundo critérios
bem definidos. O pecuarista também
tem benefícios, já que recebe até 12%
a mais do que o preço-base da arroba do boi gordo. Além disso, as raças
ganham mais visibilidade. Todos os
envolvidos ganham.
Está aí mais um desafio para a pecuária brasileira enfrentar e vencer.
Os programas de certificação existentes mostram o caminho, mas é preciso
avançar ainda mais.
O objetivo é nobre: remunerar
melhor a cadeia produtiva e oferecer
alimento de melhor qualidade ao consumidor, ganhando mais condições
de valorização no mercado internacional.
PAULO DE CASTRO MARQUES,
EMPRESÁRIO E PECUARISTA, É
PROPRIETÁRIO DA CASA BRANCA
AGROPASTORIL, ESPECIALIZADA NA
CRIAÇÃO DE GADO ANGUS, BRAHMAN E SIMENTAL SUL-AFRICANO, E
PRESIDENTE DA ABA.
Objetivo é mostrar a importância do setor para o desenvolvimento do País
Desde o descobrimento, a pecuária
sempre teve um papel fundamental para
o desenvolvimento do Brasil. No passado,
as fazendas de gado ajudaram a demarcar nossas fronteiras. Hoje, as receitas
geradas com a exportação de carne, que
beiram os 5 bilhões de dólares, movimentam a economia de milhares de cidades
em todo o país. Porém, essas histórias de
sucesso protagonizadas pelos pecuaristas
brasileiros nunca foram devidamente contadas. Buscando resgatar parte dessa memória e apresentar de forma transparente
as melhores práticas do setor, a Associação
Brasileira das Indústrias Exportadoras de
Carnes (Abiec) lança o projeto “Pecuária
do Brasil” – um plano de comunicação que
mostrará, através de histórias reais, um setor cada vez mais moderno e sustentável.
Com o lema “O Brasil evolui com a pecuária. A pecuária evolui com o Brasil”,
o “Pecuária do Brasil” tem como principal objetivo mostrar algumas das muitas
contribuições do setor para o desenvolvimento do país, assim como a evolução
dos criadores e dos processos industriais
ao longo dos anos. Sempre apoiado em
histórias reais de sucesso. Histórias que
mostram que produtividade e sustentabilidade podem sim andar juntas. Trazendo
ARQUIVO
Projeto vai mostrar a cara da pecuária brasileira
com essas histórias informações importantes para que outros pecuaristas sigam no
mesmo caminho.
Ações através de redes sociais, como
o Facebook e Twitter, além de publicidade focada em formadores de opinião também estão dentro da estratégia e serão
fundamentais para levar a informação a
um número ainda maior de pessoas. No
início do próximo ano, está previsto um
evento nacional, onde serão apresentados
os destaques do setor no país. O projeto
“Pecuária do Brasil” é isso: mostrar as
histórias de sucesso, reavivar o orgulho
dos pecuaristas e motivá-los na direção da
sustentabilidade.
10
16
FEVEREIRO 2012
FEVEREIRO 2011
Ministério divulga fazendas aptas a exportar para a UE
Mapa assume a responsabilidade de gerir a lista de fazendas habilitadas a exportar, além de divulgar a relação
O
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
voltou a publicar a lista de fazendas autorizadas a fornecer bovinos
para abate e venda da carne in natura
para a União Europeia (UE). Com a decisão, o Brasil retoma o gerenciamento
da relação – conhecida como “lista trace” –, que desde 2007 era feito exclusivamente pelas autoridades europeias.
Segundo o diretor de Programas
do Mapa, Ênio Marques, a medida demonstra o reconhecimento dos avanços
no sistema brasileiro de rastreabilidade
e a retomada da confiança da UE em
relação ao cumprimento das exigências
de saúde animal por parte do Brasil. A
intenção do Brasil é reduzir a burocracia no processo.
A solicitação de retirada da exigên-
ARQUIVO
Atualmente 1.948 propriedades brasileiras fazem parte da chamada Lista Trace
cia de que a lista de fazendas habilitadas fosse publicada no diário oficial
europeu (Diretiva 61) era uma reivindicação permanente do Brasil nos
últimos anos. O impasse foi tema de
inúmeras reuniões com a Direção-Geral
de Saúde e Consumidores da Comissão
Europeia (DGSanco, sigla em inglês),
em Bruxelas.
Além da gestão da lista de fazendas
habilitadas a exportar, as autoridades
brasileiras ficarão responsáveis pela
publicação da relação – que será atualizada a cada 15 dias – no site do Ministério da Agricultura. Os relatórios de
auditoria não precisarão mais ser transmitidos para a Comissão Europeia.
Atualmente, 1.948 fazendas estão
credenciadas a vender carne para o
bloco. Somente as propriedades que
cumprem as exigências da Instrução
Normativa nº 17, que regulamenta o
sistema brasileiro de rastreamento (Sisbov), podem ingressar no cadastro.
Lista de fazendas aptas a exportar de Mato Grosso do Sul
UF
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
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MS
Município
Água Clara
Água Clara
Água Clara
Água Clara
Água Clara
Água Clara
Água Clara
Água Clara
Água Clara
Alcinópolis
Amambaí
Amambaí
Amambaí
Amambaí
Anastácio
Anastácio
Anastácio
Anastácio
Anastácio
Anastácio
Anastácio
Anastácio
Anaurilândia
Anaurilândia
Anaurilândia
Anaurilândia
Anaurilândia
Anaurilândia
Angélica
Angélica
Angélica
Angélica
Nome do Estabelecimento
Fazenda Japuanga
MARIA CLAUDIA
Fazenda Colorado
FAZENDA RIO BRILHANTE
FAZENDA MATEIRA
OLHO D’ AGUA
Fazenda Jatiuca
FAZ.AGUA SANTA I
Fazenda Jandaia
FAZENDA RANCHO PLANALTO
SERRITO
FAZENDA VERA CRUZ
AGUA VIVA
Fazenda Santa Magdalena
FAZENDA PLANALTO
FAZENDA CEDRON
Fazenda Rio das Emas
Fazenda U 6 parte l V
FAZENDA PEDRA SANTA
SITIO SAO JERONIMO II
Fazenda Estancia Betania
Fazenda U6-V
FAZENDA JANDAIA
Fazenda Barro Preto
MUTUM
Fazenda Sao Luiz do Quiteroi
Fazenda Sorriso
FAZENDA SANTA RITA PARTE I
Fazenda Santa Inês
FAZENDA PIRAVEVE
Fazenda Sao Fernando
Fazenda Cerejo
UF
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
Município
Angélica
Aparecida Do Taboado
Aparecida Do Taboado
Aquidauana
Aquidauana
Aquidauana
Aquidauana
Aquidauana
Aquidauana
Aquidauana
Aral Moreira
Bandeirantes
Bandeirantes
Bandeirantes
Bandeirantes
Bandeirante
Bandeirantes
Bataguassu
Bataguassu
Bataguassu
Bataguassu
Bataguassu
Bataguassu
Batayporã
Batayporã
Batayporã
Bela Vista
Bela Vista
Bodoquena
Bodoquena
Bodoquena
Bodoquena
Fonte: MAPA
Nome do Estabelecimento
FAZENDA AURORA
FAZENDA PASSAGEM BOA
FAZENDA TRES MENINAS
FAZENDA LAÇO DE OURO
GRALHA AZUL
Fazenda Sao Jose
FAZENDA SANTO ANTONIO
SANTO ANTONIO DA CAROLINA
PRIMAVERA
FAZENDA BURITIZAL
Fazenda Santa Maria - Area C
Fazenda Brilhasol
NATAL
Fazenda Pontinha
IPACARAI
CACHOEIRAO
BOM RETIRO
Fazenda Santa Terezinha
Fazenda Monte Alto
FAZENDA NOVA SANTA MARIA
FAZENDA JUMA
Fazenda Santa Rosa
Estancia Osvile
Fazenda Santa Ilidia
FAZENDA REMANSO
FAZENDA CONQUISTA
FAZ CAMPO BELO
SAO MATEUS
Fazenda Nova
Fazenda Vô Tile
FAZENDINHA
FAZ. BELVEDERE
UF
MS
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MS
MS
MS
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MS
MS
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MS
MS
MS
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MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
Município
Bonito
Brasilândia
Brasilândia
Brasilândia
Brasilândia
Caarapó
Camapuã
Camapuã
Camapuã
Camapuã
Camapuã
Camapuã
Camapuã
Camapuã
Camapuã
Campo Grande
Campo Grande
Campo Grande
Campo Grande
Campo Grande
Campo Grande
Campo Grande
Campo Grande
Caracol
Caracol
Caracol
Cassilândia
Cassilândia
Chapadão Do Sul
Chapadão Do Sul
Corguinho
Corguinho
Nome do Estabelecimento
FAZENDA SAO JOSE
Fazenda Barra Mansa
Fazenda Ype
Fazenda Santa Tereza
FAZENDA AQUARIUS
FAZENDA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
PARAISO
FAZENDA ALIANÇA
FAZENDA ÁGUA BRANCA
FAZENDA MARLI
Fazenda Ranchinho (parte)
FAZENDA VIVEL I
FAZENDA NOSSA SENHORA APARECIDA
MIRANTE
FAZENDA BREYJON
Fazenda Sao Judas Tadeu
CASCATA
FAZENDA CASA DE CAMPO SAO JOSE
JATOBAZINHO
FAZENDA SAO JOAO
SAO JOSE DAS TRES BARRAS
Fazenda Primavera
FAZENDA RANCHO DO SOL
Fazenda Ouro e Prata
FAZENDA MORRITO
FAZENDA ARARA AZUL
Fazenda Boa Esperanca III
FORTALEZA
FAZENDA SANTO ANTONIO
Fazenda Vale dos Sonhos
ESTANCIA UNIAO
FAZENDA REGINA
11
17
FEVEREIRO 2012
FEVEREIRO 2011
Lista de fazendas aptas a exportar de Mato Grosso do Sul
UF
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
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MS
MS
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MS
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MS
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MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
Município
Corguinho
Corguinho
Corumbá
Corumbá
Corumbá
Costa Rica
Dois Irmãos Do Buriti
Dourados
Eldorado
Figueirao
Iguatemi
Iguatemi
Iguatemi
Iguatemi
Inocência
Inocência
Inocência
Itaquiraí
Itaquiraí
Itaquiraí
Itaquiraí
Itaquiraí
Itaquiraí
Itaquiraí
Itaquiraí
Itaquiraí
Itaquiraí
Itaquiraí
Ivinhema
Ivinhema
Ivinhema
Ivinhema
Jaraguari
Jaraguari
Jaraguari
Jaraguari
Jaraguari
Jaraguari
Jaraguari
Jaraguari
Nome do Estabelecimento
SANTO ANTONIO
Estancia Santa Tereza
FAZENDA FANTASIA
FAZENDA CAMPO NOVO
FAZENDA ANGICO
Fazenda Cachoeira
DONA IDAIR
INHERENDU
FAZENDA SAO PEDRO
Fazenda Bom Jardim
FAZENDA MATO ALTO
FAZENDA GUAVIRA
FAZENDA ALTO ALEGRE
Fazenda São Sebastião
FAZENDA SÃO FRANCISCO
Fazenda Seriema
FAZENDA ESTRELA
FAZENDA SANTA TEREZINHA
FAZENDA ITAKIRAY
PARANAIARA
PORTO OCULTO
FAZENDA BOA ESPERANÇA
FAZENDA IPORA
FAZENDA SANTA ADELAIDE
Fazenda Sao Sebastiao
FAZENDA SANTA PAULA
FAZ MARAGOGIPE
Fazenda Itaquirai
FAZENDA MATUBA
SHALON
AGUA SANTA
FAZENDA DA BARRA
BELA VISTA I
Fazenda Santo Antonio da Barra do Cervo
FAZENDA NOVA CAMPINA
RANCHO ALEGRE
Fazenda Boa Vista
PARAISO
RETIRO DO CERVO I
ALEGRIA
UF
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
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Município
Jardim
Jateí
Jateí
Jateí
Jateí
Jateí
Jateí
Juti
Laguna Carapã
Maracaju
Maracaju
Miranda
Miranda
Miranda
Miranda
Naviraí
Naviraí
Naviraí
Naviraí
Naviraí
Naviraí
Nioaque
Nioaque
Nioaque
Nioaque
Nioaque
Nioaque
Nioaque
Nova Alvorada do Sul
Nova Alvorada Do Sul
Nova Alvorada Do Sul
Nova Alvorada Do Sul
Nova Andradina
Nova Andradina
Nova Andradina
Nova Andradina
Nova Andradina
Nova Andradina
Nova Andradina
Nova Andradina
Nome do Estabelecimento
Fazenda Cabeceira do Prata
Fazenda Uniao
FAZENDA SÃO
FAZENDA SANTA
Fazenda Sao Joao do Guirai
Fazenda São José do Pica Fumo
FAZENDA COMENDADOR GENTIL GERALDI
Fazenda Sao Pedro
Fazenda Campanario
FORMOSA PARTE
FAZ TURVO
Fazenda Mariana
Fazenda Charqueada do Agachy
FAZENDA NOVO HORIZONTE
FAZ. NOSSA SENHORA APARECIDA -PARTE I
Fazenda Sao Nicolau
Fazenda Dom Arlindo
FAZ. TRES IRMAOS
FAZENDA SANTA ELIZA
FAZ. SANTA UMBELINA
Fazenda Santiago do Tinguara
CLARAO DA LUA
BOA ESPERANCA
MESTICO
SENHORA ABADIA
FAZENDA IPÊ
Fazenda Caacupe
FAZENDA CERRO AZUL
VO TAUFIC
Fazenda São Pedro
DUAS IRMAS
FAZENDA RETALHO
FAZENDA SERTÃOZINHO
SANTA EDWIGES
FAZENDA JUNQUEIRA
Faz. Guarani
FAZENDA PIRANGI
FAZENDA 4 CORACOES
Fazenda Portofino
FAZENDA FLOR DA MATA
UF
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MS
MS
MS
MS
Município
Paranaíba
Paranaíba
Ponta Porã
Ponta Porã
Ponta Porã
Porto Murtinho
Porto Murtinho
Porto Murtinho
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Ribas Do Rio Pardo
Rio Brilhante
Rio Negro
Rio Negro
Rio Negro
Rio Verde De Mato Grosso
Rio Verde De Mato Grosso
Rochedo
Rochedo
Rochedo
Rochedo
Rochedo
Rochedo
Rochedo
Rochedo
Santa Rita Do Pardo
Santa Rita Do Pardo
Santa Rita Do Pardo
Santa Rita Do Pardo
Nome do Estabelecimento
FAZENDA ALVEMI
Fazenda Ilusao
Fazenda Paqueta
FAZENDA AGROMATOGROSSO
FAZENDA CACHOEIRINHA
MONTANA
YNDIANA
FAZENDA SÃO ROQUE
CAMPO ALEGRE
ALVORADA
FAZENDA MARANDU
FAZENDA MARIA IZABEL
FAZENDA RECREIO
MONICA CRISTINA
LAGOA
Fazenda Indiana II
Fazenda Sao Sebastiao
FAZENDA SÃO JOÃO DA PAPAIZ
Fazenda Sete Voltas
Fazenda Sao Donato
BARROCA
SAO SEBASTIAO
FAZENDA CAÇADINHA
ESTÂNCIA CAROLINA
FAZENDA CARANDA
FAZENDA ALTO DA SERRA
Fazenda Independencia
PAREDAO SANTA EDWIGES
TRIANA II
Fazenda Monte Castelo
ESPERANCA
Fazenda Arara Azul
FAZENDA JATOBA DA MATA
SANTA IRENE
FAZENDA LAGO AZUL
FAZENDA ESPERANÇA
Fazenda Bela Vista
FAZENDA MATER
Fazenda Jaragua
FAZENDA TAROBA
12
FEVEREIRO 2012
Lista de fazendas aptas a exportar de Mato Grosso do Sul
UF
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MS
MS
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MS
MS
MS
MS
MS
MS
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MS
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Município
Santa Rita Do Pardo
Santa Rita Do Pardo
Santa Rita Do Pardo
Santa Rita Do Pardo
São Gabriel Do Oeste
São Gabriel Do Oeste
Selvíria
Selvíria
Selvíria
Selvíria
Selvíria
Selvíria
Sidrolândia
Sidrolândia
Sidrolândia
Sidrolândia
Sonora
Sonora
Nome do Estabelecimento
Fazenda Santo Expedito
FAZENDA RECANTO
FAZENDA MATEIRA CAMPOS ELISEOS
FAZENDA TABOCA
REFUGIO
FAZENDA PERDIGAO II
Fazenda Colina
Fazenda Sao Jorge
Fazenda Santa Ofelia
Fazenda Furnas
FAZENDA CANAAN
FAZENDA VITÓRIA
Fazenda Sao Jorge da Vanguarda
FAZENDA NOVO HORIZONTE
FAZENDA UNIÃO
FAZENDA SANTA LUIZA
PRIMEIRO DE MAIO
Fazenda Lagoa da Serra
UF
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
MS
Município
Tacuru
Tacuru
Tacuru
Tacuru
Tacuru
Tacuru
Taquarussu
Taquarussu
Terenos
Terenos
Terenos
Terenos
Terenos
Terenos
Terenos
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Nome do Estabelecimento
Fazenda Escondido
FAZENDA CERRO VERDE
BOA SORTE
FAZENDA GUASSU
FAZENDA ESPERANCA
FAZENDA NOSSA SENHORA APARECIDA
Fazenda XV de Agosto
Fazenda Campo Verde
PRIMAVERA
FAZENDA BREJO DOS ANAPURUS
FAZENDA TOCA DO LEÃO
ESTANCIA ALEGRE
Fazenda Sao Sebastiao do Varadouro
ASA BRANCA
Fazenda Sao Joao do Varadouro Quinhao
PASSAPORT
Fazenda Paranoa
Fazenda União
Fazenda Casa Branca
UF
MS
MS
MS
MS
MS
MS
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MS
MS
MS
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MS
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MS
MS
MS
MS
MS
Município
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Três Lagoas
Nome do Estabelecimento
Fazenda Katayama I Campo Triste
Fazenda Brioso
Fazenda Querencia
Fazenda Brilhante
Fazenda Indiana III
Fazenda Indiana IV
Fazenda Reluz
Fazenda Santa Alice Gleba C
Fazenda Aliança
Fazenda Sao Jose do Paraiso
Fazenda Santa Maria do Rio da Prata
Fazenda Barra Bonita I
Fazenda Aragoas
FAZENDA SAO JOSE
FAZENDA SANTO ANTONIO
FAZENDA RIO BRANCO PARTE
Fazenda Santo Antonio do Buriti
Fazenda Oasis
FAZENDA NOVA MONTE ALTO
T ECNOLOGIAS
Soja não transgênica garante maior lucro para o produtor
Produção de soja não geneticamente modificada dá ao Brasil oportunidade de atender mercado consumidor altamente exigente
FOTOS VIA LIVRE
FABIANO REIS, DE MARACAJU-MS
Uma das necessidades abordadas e
que ficaram evidentes durante a Showtec
2012 foi o destaque para variedades de
soja e milho não geneticamente modificadas. O destaque para este trabalho ficou
por conta do Programa Soja Livre, apresentado por pesquisadores da Embrapa
Soja, Fundação Meridional e Abrange
– Associação Brasileira de Produtores de
Grãos Não Geneticamente Modificados.
Segundo Ivan Domingos Paghi, diretor técnico da Abrange, a produção de
soja não geneticamente modificada confere ao Brasil condições de atender um
mercado exigente, dando maior lucratividade ao produtor rural. “No principio a
soja geneticamente modificada dava ao
produtor algumas vantagens, por serem
mais resistentes às pragas e também por
manter a lavoura mais limpa. Entretanto,
a diferença veio diminuindo com o tempo
e hoje temos a produção da soja livre de
transgenia com a mesma capacidade de
produção, maior resistência e ainda com
um valor de venda superior”, garantiu.
“Os outros grandes players do mercado mundial de soja não produzem soja
livre de transgenia, uma necessidade
da União Européia, Japão e Coréia do
Sul, entre outros países que pagam bem
Soja livre de transgenia tem mesma capacidade de produção da variedade transgênica
Ivan D. Paghi é diretor da Abrange
pelo nosso produto”, explicou Paghi.
Pensando neste mercado e também
nas questões de sustentabilidade ambiental, as instituições que compõem e
divulgam o Programa Soja Livre desenvolvem cultivares de soja com indicação
por região edafoclimática, com consideração a diversidade de ecossistemas e tipos
de solo e clima. Também são trabalhadas
questões como a época de semeadura,
população das plantas e densidade de
semeadura, entre outros fatores.
Paghi explica que os materiais não
problemas na produção. Uma delas é o
cuidado no Flushing, trata-se da operação realizada no inicio da colheita com o
objetivo de limpar as partes internas da
colheitadeira através da passagem de um
fluxo de grãos para descontaminação do
equipamento. A prática do Roguing que
a eliminação de plantas diferentes do que
foi plantado. “Os níveis para uma produção ser considerada livre de transgenia
é entre 99% e 99,9%, determinado por
testes, previstos na ABNT – NBR 15.974”,
afirma Paghi.
geneticamente modificados são os que
não passaram por qualquer processo ou
mudança em sua genética e, por conta
disso, são mais valorizados de acordo com
o nível de pureza. “Hoje há mecanismos
capazes de avaliar se uma produção está
contaminada por produto geneticamente modificado. A lei que regulamenta a
questão foi publicada em 22 de agosto de
2011, como ABNT – NBR 15.974”, disse.
Segundo o material informativo da
Abrange o produtor precisa estar atento
há algumas definições e dicas que evitam
13
17
FEVEREIRO 2012
FEVEREIRO 2011
T ECNOLOGIAS
Soja Livre é apresentada na Showtec 2012
Área de cultivo de soja hoje é ocupada por 30% com produção do grão convencional, diz Embrapa
FOTOS VIA LIVRE
Uma das principais atrações da Showtec 2012 foram as variedades lançadas
durante a exposição tecnológica, foram
80 variedades colocadas durante o período de evento. Com uma área plantada de
cerca de 24 milhões de hectares, o Brasil
é consolidado como um dos maiores produtores da oleaginosa do mundo.
Neste contexto, durante a Showtec,
o programa Soja Livre apresentou variedades de soja Não Geneticamente Modificada (convencional). “Podemos afirmar
que hoje temos cerca de 30% de toda
a produção de soja do país convencional, estando esta modalidade de cultivo
concentrada na região Centro-Oeste.
Enquanto que a soja transgênica se
concentra na região Sul, com destaque
para o Rio Grande do Sul, com 98% da
área resultado de transgenia”, afirmou
o pesquisador da Embrapa Soja, Luiz
Carlos Miranda.
Para o pesquisador o Programa Soja
Livre apresenta para o produtor rural a
Luiz Carlos Miranda é pesquisador da Embrapa Soja: Instituição é contra a monocultura por transgenia
possibilidade de escolher o que é melhor
para a sua área de produção e mercado
que vai atender. “Hoje as variedades de
soja não geneticamente modificada e as
geneticamente modificadas não possuem
qualquer diferença na produção. Os
custos de controle químico são equiva-
lentes, a GM não possui uma área mais
limpa, o manejo de campo é equilibrado.
Portanto, hoje o produtor é livre para
escolher, por isso, Programa Soja Livre”,
afirmou Miranda, ressaltando que mercados exigentes como a União Européia,
Japão e Coréia do Sul exigem que a soja
seja livre de transgenia e pagam valores
Premium por esse produto.
“Acreditamos que opção integral por
uma única variedade de soja seja ela
transgênica ou não, traz prejuízos e desgastes para a produção rural. O chamado 100% em uma única das produções é
o que pode causar problemas, neste aspecto a palavra de ordem é equilíbrio”,
contou o pesquisador da Embrapa Soja,
lembrando que a instituição levou para a
Showtec variedades não-GM resistentes
às pragas que atingem a lavoura, ao estresse hídrico trazendo o melhoramento
genético da planta.
“Para a Embrapa a questão do
100% transgênico, causa uma espécie
de monocultura genética, traz a erosão,
infestação de ervas daninhas e os controladores químicos até então utilizados, perdem a sua eficiência. Por isso
difundimos a utilização do equilíbrio e da
sustentabilidade que resultam na maior
rentabilidade para o produtor”, contou
Miranda que resumiu as ações do programa Soja Livre “a mudança na cultura
passa pela mudança de manejo. E evita
perpetuar a monocultura, que traz problemas para o produtor”.
Agricultura de precisão mostra caminho para aumento da produtividade
Assunto foi tema de giro técnico no Showtec; técnica deve ser entendida como maneira de atuar sem desgastar os recursos naturais
A agricultura de precisão como é
chamada, aborda o uso de tecnologias
atuais para o manejo do solo, insumos
e culturas, de maneira adequada às variações espaciais e temporais em fatores
que afetam a produtividade. Em resumo, aumenta a eficiência, com base em
manejo diferenciado e estes conceitos
foram abordados durante a Showtec
2012.
Tema de giro técnico durante a
exposição tecnológica, o manejo sustentável possível pela agricultura de
precisão deve ser compreendido como
uma maneira de atuar sem desgastar
os recursos naturais. “Utiliza-se diversos recursos que vão de equipamentos
como uma colheitadeira, totalmente
guiada pelo sistema de posicionamento global e que em breve vai poder até
fazer a curva no campo sozinha, mas
passa por elementos mais básicos, como
o trabalho de correção, seleção de se-
mentes com taxas variadas, entre outros
fatores”, explicou o produtor rural Luiz
Carlos Ross, durante a sua palestra,
lembrando que há diversos níveis de
aplicação da agricultura de precisão
entre os produtores.
Ele lembrou sua experiência com a
agricultura de precisão, os principais objetivos e observou alguns temas relevantes para a técnica. Entre as informações,
a definição de um manejo adequado da
variabilidade espaço e tempo de produção de grãos em sistema de plantio direto, precisa ser observado, assim como
o uso de sensores para intervenção no
sistema de produção no ciclo da soja e
a transferência tecnológica. “Temos que
observar todos os itens, como a aquisição
de maquinário, sistema e software. Neste caso, é até possível que os sistemas
interajam, mas o software não. Por isso,
é sempre melhor utilizar apenas um,
pois isto evita conflito e também falta
mapeamento de fertilidade
de solo”, disse ao explicar
a experiência em sua propriedade, lembrando que
os mapeamentos precisam
observar a necessidade de
cada grid trabalhado. “Os
grids podem ser diferentes
e o produtor precisa ficar
atento com sua assessoria”,
afirmou Ross.
No caso da assessoria,
Ross explica que o produtor precisa de um suporte
para conseguir alcançar
Produtor rural Luiz Carlos Ross fala em giro técnico no Showtec
os resultados objetivados.
“São várias observações que precisam
de precisão nos dados”, explicou Ross.
ser feitas, desde o plantio a taxa variada
“Vários fatores são observados na
que depende da região a ser cultivada,
agricultura de precisão e, como dito, há
a regulagem de maquinário, gerenciadiversos estágios entre os produtores.
mento de lavouras, entre outros”, disse
Entretanto, alguns são elementares, por
ao ressaltar o trabalho realizado pela
conta disso, o trabalho sempre passa por
Fundação MS. (F.R)
um bom mapa de colheita e também
14
FEVEREIRO 2012
NOVO$ EMPREENDEDORES
Produtor patenteia produto que evita infecções em animais
Anel é colocado para evitar as infecções nas orelhas dos animais após a colocação dos brincos de identificação
É
possível inovar e ser um empresário no campo com incentivo
e apoio. O produtor rural pode
ter visão empreendedora e fazer a
diferença. Um bom exemplo vem do
município de São José, no litoral de
Santa Catarina. Um produtor não só
teve uma boa ideia como foi atrás e desenvolveu o projeto: criou um anel que
é colocado no brinco de identificação
dos animais para evitar a ocorrência
de infecções. Com o apoio da Administração Regional do SENAR de Santa
Catarina, órgão vinculado à Federação
da Agricultura e Pecuária do Estado
de SC (FAESC), patenteou o produto
e pensa em comercializá-lo.
Oscar Nazareno de Sousa é pecuarista e técnico em reprodução animal
e possui uma propriedade em Forquilhinhas, São José. Ao analisar que era
comum a ocorrência de infecções nas
orelhas dos animais após a colocação
do brinco de identificação, começou a
pensar em produtos que evitassem as
doenças, mas que fossem diferenciados dos existentes.
Em 2011, quando participou do
Programa Empreendedor Rural (PER)
do SENAR/SC em Angelina, o produtor
manifestou interesse do projeto e recebeu o apoio dos instrutores da entidade e do Sindicato Rural de São José
para desenvolver a pesquisa. A experiência iniciou com 150 bovinos e deu
certo. Em outubro, Sousa encaminhou
o processo para patentear o produto,
registrado como “Anel repelente e cicatrizante para identificação animal”,
para ser usado em bovinos, bubalinos,
caprinos, ovinos e suínos.
Hoje, o produto serve como base
de pesquisa em búfalos, na região
de Dourados (SP), coordenada pelo
Centro de Pesquisa do Agronegócio
da Universidade de São Paulo (USP).
FOTOS DIVULGAÇÃO
Anel contém anti-inflamatório que evita a ocorrência de doenças nos animais brincados
“É muito gratificante ver um projeto
se desenvolvendo e, ainda mais, por
ser um produto benéfico para milhares de produtores que enfrentam esse
problema com os animais”, salienta o
produtor.
Sousa comenta que geralmente os
produtores aplicam o brinco e deixam
o animal ir ao campo. Quando percebem, as infecções tomaram conta da
orelha do animal. O anel contém um
anti-inflamatório que evita a ocorrência de doenças. Além disso, o repelente
mata as larvas que são deixadas pelas
moscas no local, impedindo a presença de miíase – mais conhecida como
bicheira. “Os medicamentos atuam
cerca de 35 dias no local, prazo superior as duas semanas consideradas
críticas para o surgimento de doenças
após a perfuração para o uso do brinco”, explica.
O laudo científico que comprova os
resultados sairá nos próximos dias. O
passo seguinte, de acordo
com o produtor, é buscar
incentivos para comercializar o produto. “Já recebi
proposta para vender o
projeto ou então negociar
e receber os royaltes mensalmente. Mas há também a
possibilidade de investir na
comercialização, se conseguir apoio”, enfatiza.
Na avaliação do produtor, o apoio do SENAR/SC
foi fundamental para o desenvolvimento do projeto.
“A participação no PER me
fez ver que é possível gerenciar a propriedade, agregando valor ao nosso trabalho.
Também nos proporcionou
visão de gestão e empreendedorismo, essenciais para
crescer e permanecer no
campo”, conclui.
PER
O Programa Empreendedor Rural - PER é oferecido gratuitamente
pelo SENAR, tem duração de 136
horas e visa transformar o produtor
rural em empreendedor, desenvolver
competências inovadoras e preparar
líderes para ações sociais, políticas
e econômicas sustentáveis no agronegócio brasileiro. “É uma forma de
preparar os produtores para enfrentar
o mercado cada vez mais exigente. Ter
resultados de projetos como esse desenvolvido em São José nos motiva a
investir cada vez mais em qualificação
no campo. Dessa forma o SENAR/SC
e a FAESC fortalecem o meio rural,
além de elevar a qualidade de vida
das famílias rurais catarinenses”, avalia o superintendente do SENAR/SC,
Gilmar Zanluchi.
O médico veterinário da fazenda e o produtor Oscar Nazareno
de Sousa, que também é técnico em reprodução animal
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FEVEREIRO 2012
FEVEREIRO 2012
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Canal 36 da NET Pela Agromix TV
BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL - FEVEREIRO DE 2012 | [email protected] | 67 3345-4200
Expogrande corre riscos de não acontecer
este ano, afirma presidente Chico Maia
E
m entrevista coletiva na manhã do
dia 6 de fevereiro, o presidente da
Acrissul, Francisco Maia, anunciou
que a Expogrande está suspensa por conta da interdição do Parque de Exposições
Laucidio Coelho para a realização de
shows e eventos. O líder da instituição
disse ainda que estaria reunindo-se com
o governador André Puccinelli, em um
dos últimos esforços para tentar realizar
uma das cinco maiores feiras agropecuárias do País.
A situação é grave, anualmente a
Expogrande movimento o comércio
de Mato Grosso do Sul, através da circulação financeira em shows, leilões e
apresentações. No último ano foram R$
120 milhões e o parque recebeu cerca
de 350 mil pessoas. “Temos direitos e
deveres, individuais e coletivos, que garantem direitos iguais para todos. Fato é
que áreas como a Praça do Papa, Estádio
Morenão, Praça do Rádio Clube e Jóquei
Clube podem realizar shows e apresentações, enquanto nós, que realizamos o
maior evento do Estado de Mato Grosso
do Sul, não podemos exercer nosso di-
Francico Maia: “A Acrisul não tem condições de atender exigências do TAC”
reito”, declarou Chico Maia. Maia destacou ainda que na compra da área do
parque em 1943 não havia nada no local.
“Quando chegamos não havia nada no
local, não havia vizinhança, que segundo
as pesquisas apóia a realização da feira”,
disse. O presidente da instituição garantiu ainda que sem vontade política não
será realizada a feira. “Entraremos com
uma ação, com pedido de liminar para
suspender os efeitos de interdição contra eventos no Parque Laucidio Coelho”,
garantiu Chico.
Chico também lembrou que a feira
utiliza banheiros químicos, portanto não
haveria necessidade de galerias de esgoto. “Assinamos no ano passado a TAC
‘Termo de Ajustamento de Conduta’ e
entramos com o projeto de Licença Ambiental.Fizemos, mas eles estão cobrando a instalação das galerias de esgoto
e um projeto acústico. Precisamos de
tempo, custa em torno de R$ 1 milhão
para realizar”, disse.
Chico ao final garantiu. “Somos a favor da legalidade, portanto, a realização
da Expogrande está suspensa, vamos
nos concentrar com esforços em uma última tentativa. Entretanto, a geração de
empregos, impostos, 48 leilões e a festa
mais importante de Mato Grosso do Sul,
por enquanto não está mais garantida”,
afirmou.
Acrissul debate com governador temas do agronegócio
No último dia 7 de fevereiro o presidente da Acrissul, Francisco Maia,
esteve reunido com o governador do
Estado André Puccinelli, para discutir questões ligadas ao agronegócio
de Mato Grosso do Sul e na oportunidade tratou de assuntos relativos
à realização da Expogrande 2012,
ameaçada pela interdição do parque
imposta pela falta de licenciamento
ambiental.
A reunião foi acompanhada pelo
deputado Zé Teixeira, a titular da
Seprotur – Tereza Cristina Correa da
Costa, do tesoureiro da Acrissul, Luiz
Vieira, entre outros representantes do
agronegócio sul-mato-grossense.
Na oportunidade Chico Maia apresentou ao governador as questões ligadas à realização da feira, a apresentação do projeto de licenciamento
ambiental, os custos para se construir
galerias fluviais e de esgoto no Parque
Laucidio Coelho. “É muito oneroso,
quase R$ 1milhão, sendo que usamos
banheiros químicos, o que elimina
qualquer necessidade de realizar este
tipo de adequação”, afirmou.
Maia frisou a importância do apoio
e participação do governo do Estado
na Expogrande. “É uma das mais tradicionais feiras do país, uma das cinco
mais importantes, já contamos com 48
leilões confirmados e ainda, podemos,
em um grande esforço garantir shows
de qualidade para nossa população”,
afirmou.
Ciente do crescimento da cidade e da área ao em torno do Parque
Laucidio Coelho estar cada vez mais
urbanizada, Chico Maia apresentou o
projeto de um novo parque em uma
BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL
área concedida pela Embrapa Gado
de Corte. “É inovador. Já temos uma
tratativa com a Embrapa e apresentamos o projeto ao Pedro Arraes,
presidente da instituição, serão 300
hectares, com locais para dinâmicas
agrícolas, cientificas, além de toda a
carga da pecuária. É um projeto que
precisa movimentar e unir a Acrissul,
Famasul, Governo do Estado, Seprotur e todos que queiram tornar a Expogrande uma feira diferente de todas
as outras”, disse.
19
FEVEREIRO 2012
População do entorno do Parque quer shows na Expogrande
U
ma importante pesquisa realizada pela Ícone Pesquisa e Consultoria em Marketing mostra
que a 77,3% dos moradores da região
do Parque de Exposições Laucídio Coelho aprovam a organização de shows
no local, sendo que 83,3% acredita que
os shows devem continuar sendo realizados durante a Expogrande. Ontem a
pesquisa foi enviada para o prefeito de
Campo Grande Nelson Trad Filho, para
o governador de MS André Puccinelli,
para a Câmara de Vereadores e para
o procurador-geral de Justiça, Paulo
Alberto de Oliveira.
O público consultado foi de 150
pessoas com idade igual ou superior a
16 anos, residentes nos bairros Jardim
América, Progresso, Jockey Clube, Taquarussú, Vila Carvalho e Vila Glória.
A pesquisa foi encomendada pela Associação dos Criadores de Mato Grosso
do Sul. A interdição do parque também
apareceu na pesquisa sendo uma atitude reprovada por 75,3% dos pesquisados, enquanto 75,6% se declaram a
favor da realização de apresentações
musicais no local. Outro fator relevante é a musica como expressão cultural
desta amostragem da população de
Campo Grande, 63,3% declararam que
as apresentações musicais são suas expressões artísticas preferenciais.
ARQUIVO
E, em um universo de 401 entrevistados,
entre 16 e 34 anos, a Ícone Pesquisa e
Consultoria em Marketing observou que
70,1% preferem shows musicais, em relação às artes na cidade.
A pesquisa apontou que 71,3% já assistiram algum show no Parque de Exposições Laucídio Coelho e que 78,6%
aprovam o local para a realização de
shows e apresentações musicais. Entre
outros dados, a pesquisa realizada apenas com o público jovem mostra que
a sede da Acrissul está diretamente
envolvida nas iniciativas culturais de
Campo Grande: 74,6% já participaram
de eventos musicais, 55,1% de feiras
agropecuárias, 34,7% de festas juninas, 15% da festas das nações e 12%
de leilões.
A pesquisa com o público jovem envolveu um universo de 401 entrevistas,
com questionários estruturados com 23
perguntas abertas, margem de erro de
4,9%, para mais ou para menos, dentro
de um coeficiente de confiança de 95%.
A atividade de campo aconteceu no intervalo dos dias 22 e 30 de novembro
de 2011.
Shows fazem da festa uma atração turística
A pesquisa foi de caráter quantitativo e a coleta de dados aconteceu
entre os dias 25 e 30 de novembro,
com uma amostra de 150 entrevistas.
A abordagem foi através da aplicação
de questionário estruturado, em entrevistas pessoais e domiciliares, com
23 perguntas abertas e fechadas. Para
este estudo a margem de erro é de 8%,
para mais ou para menos, dentro de um
coeficiente de confiança de 95%.
Jovens querem shows
no Parque Laucídio Coelho
A Acrissul quis saber também o posicionamento dos jovens em relação às manifestações artísticas em Campo Grande.
SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA
INSTRUÇÃO NORMATIVA SDA Nº 48, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2011
O SECRETÁRIO DE DEFESA AGROPECUÁRIA, DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, no uso das atribuições que lhe
confere os artigos 10 e 42 do Anexo I do Decreto nº 7.127, de 4 de março de
2010, tendo em vista o disposto no decreto nº 5053, de 22 de abril de 2004 e
o que consta do processo nº 21000.014393/2011-70, resolve:
Art. 1º Proibir em todo o território nacional o uso em bovinos de corte
criados em regime de confinamentos e semi-confinamentos, de produtos antiparasitários que contenham em sua formulação princípios ativos da classe das
avermectinas, cujo período de carência ou de retirada descrito na rotulagem
seja maior do que vinte e oito dias.
Parágrafo único: a proibição prevista no caput se aplica também ao uso em
bovinos de corte criados em regime extensivo, na fase de terminação.
Art. 2º O descumprimento do disposto nesta Instrução Normativa ensejará
ao infrator as penas da lei.
Art. 3º - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.
FRANCISCO SERGIO FERREIRA JARDIM
D.O.U., 29/12/2011 - Seção 1
Boletim Informativo | FEVEREIRO 2012
Mão-de-obra e serviços
SALÁRIO MÍNIMO RURAL: R$ 621,00
MÉDIA/R$ N° INFORMAÇÕES
Técnico Agrícola
1.053,60
02
Inseminador
621,00
02
Encarregado de Máquinas
693,16
01
Operador de Máquinas de Esteira
1.043,77
04
Tratorista - pneus
621,00
04
Motorista
673,75
02
Capataz de Campo
1.138,32
06
Retireiro
621,00
05
Peão Campeiro (tralha própria)
621,00
07
Praieiro/Caseiro (serviços manuais)
621,00
04
Cozinheira
621,00
04
Diária Bruta (empreiteiro)
25,70
02
'RPDGH&DYDORJUDWLÀFDomR
Aceiro Leve/KM (pé da cerca)
Aceiro Pesado/KM (1,5 mts cada lado)
Roçada de Pasto Pesado/Há (manual)
Roçada de Pasto Leve/Há (manual)
Tirar e Lampinar Poste
3,68
03
Tirar e Lampinar Firme
5,80
05
Tirar e Lampinar Palanque (3,20mts)
)LQFDU3RVWHÀRVFEDODQFLQV
)LQFDU3RVWHÀRVVEDODQFLQV
Trator de Esteira D-4 / hora
156,48
01
Trator de Esteira D-6 / hora
223,00
03
Trator de Pneu Traçado 140 CV acima/hora 124,28
01
Pá carregadeira W-20 / hora
111,14
01
Motoniveladora / hora
167,66
01
&DPLQKmR&DoDPED7UXFDGRKRUD
&DPLQKmR&DoDPED7RFRKRUD
Colheita de Grãos (mecanizada)
5 a 8% do Valor do Produto
FONTE: CONVENÇÃO COLETIVA JULHO 2011
http://www.ruraldemiranda.com.br/OBSERVAÇÕES:- TODOS O VALORES
CONSTANTES NESTE BOLETIM, SÃO VALORES BRUTOS SEM QUAISQUER
DESCONTOS, JÁ ACRESCIDOS DE TODOS OS BENEFÍCIOS.
BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL
20
FEVEREIRO 2012
Palavra do Presidente
FRANCISCO MAIA, PRESIDENTE DA ACRISSUL
ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL
A Expogrande é um
patrimônio da cidade
Depois de ser suspensa uma
única vez na sua história – durante
a Segunda Grande Guerra – a Expogrande corre sério risco de ser
banida do calendário das festas populares de Mato Grosso do Sul por
conta daquilo que podemos chamar
de intolerância injustificada.
Estamos, desde o acordo judicial do ano passado com o Ministério Público, atuando em todas as
frentes para cumprir as exigências
assumidas no TAC, mas infelizmente nossos recursos são limitados e
estão em fase de exaustão. Protocolamos o projeto de licenciamento
ambiental na Prefeitura de Campo
Grande em agosto do ano passado, e até hoje ainda aguardamos
resposta.
Estamos a praticamente dois
meses do início da feira e todos os
esforços investidos até agora foram em vão e a Expogrande corre
sério e concreto risco de não ser
realizada este ano. Expogrande é
sinônimo de festa popular – há 80
anos. Imaginar uma Expogrande
sem as grandes atrações nacionais
é o mesmo que imaginar o carnaval
baiano sem a folia nas ruas, sem o
desfile dos blocos e sem trio elétrico.
Sem shows não existe Expogrande. Aliás, há décadas a história
de Mato Grosso do Sul tratou de
“furtar” para si a exposição, guardando-a na galeria vip de suas datas festivas. Todos os anos cada sulmato-grossense prepara-se para vir
à Expogrande. Nos palcos da arena
de shows do Parque de Exposições
brotaram artistas regionais que
hoje estão consagrados no Brasil e
no mundo afora. O palco da Expogrande foi alçado a lugar de honra
àqueles que almejam o sucesso no
mundo musical.
A Acrissul é uma entidade que
depende dos recursos oriundos
da Expogrande para atender suas
obrigações ao longo do resto do ano
e assim cumprir com sua função
social. Administramos um parque
de exposições de 180 mil metros
quadrados, que com a proibição de
shows e eventos se transformará
num grande elefante branco, que
só gera ônus e nenhum bônus.
Sabemos que em 70 anos a
cidade evoluiu, ilhou o parque na
região, mas sua importância para a
cultura e para o lazer do sul-matogrossense continua lá – firme como
nunca. Mesmo sob ameaça.
A Expogrande não é só a vitrine
da pecuária de elite. É a vitrine da
pecuária brasileira. Mato Grosso
do Sul é uma referência nacional
da produção pecuária. E a exposição é o reflexo dessa qualidade que
nunca para de crescer.
Estamos investindo nossos últimos esforços para salvar a Expogrande. Vamos à Justiça para
exigir não a violação às leis e à
ordem estabelecida, mas para exigir o direito de que a lei deva ser
aplicada para todos. Como previsto
na Constituição.
Ainda queremos fazer desta a
melhor exposição de todos os tempos. Mais do que nunca, agora depende de todos.
Acrissul convida presidente Dilma para Expogrande
A Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) mobilizou a bancada
federal, através do deputado federal Vander Loubet e do senador Delcídio Amaral,
para encaminhar um convite oficial para a presidente Dilma Rousseff participar da
cerimônia de abertura da Expogrande 2012, no dia 12 de abril. O convite será entregue
à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Em 2010 (foto) uma comitiva da diretoria da Acrissul levou o convite para então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, que
não pode comparecer mas enviou como representante o ministro Paulo Bernardo.
Setores do comércio,
restaurante e hotelaria apóiam
a realização da Expogrande
Campo Grande está entre os cinco
mais importantes destinos do país quando o assunto é feira agropecuária. Tudo
isso graças a Expogrande, evento anual
realizado pela Associação dos Criadores
de Mato Grosso do Sul desde 1933 e que
corre o risco de não acontecer ou não ser
realizada da maneira tradicional.
Relevante para a capital e Estado, a
feira traz forte impacto para o comércio
e setor hoteleiro. “O impacto positivo da
Expogrande sobre o comércio local é enorme. Basta relacionar as atividades temporárias que acontecem dentro do parque de
exposições, as pessoas que circulam, a geração de trabalho, renda e impostos. É um
evento vital para a cidade”, explicou Omar
Andrade Aukar, presidente da Associação
Comercial de Campo Grande.
“O risco da feira não acontecer tira
Campo Grande e Mato Grosso do Sul do
circuito das grandes feiras do país. Vai prejudicar os negócios em leilões, no transporte, hotelaria e a economia de forma
geral”, ressaltou Omar Aukar, lembrando
BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL
que a Expogrande traz visitantes de outros
centros de desenvolvimento da bovinocultura, para buscar genética na cidade. “É
muito difícil falar em Campo Grande sem
falar na Expogrande, ano passado tivemos
uma explosão de artistas de nossa terra,
estamos no momento de ver eles de volta
na nossa feira e trazer alegria para o público”, afirmou Aukar.
Quem divide da opinião de Aukar é Gilberto Pertinari presidente do Sindicato de
Hotéis, Restaurantes, Bares e similares.
Para ele, a Expogrande é essencial para
Campo Grande. “Somos uma cidade que
cada vez mais se destaca por conta do turismo de eventos e temos no mês de abril
a Expogrande, referência para cidade.
Contamos com ela”, explicou.
“A feira traz desenvolvimento econômico para o setor, trata-se de um evento
consolidado para os negócios e cultura.
Lamentaríamos muito caso não tenha a
feira e estamos à disposição para que a
Expogrande aconteça”, declarou Gilberto
Pertinari.
21
FEVEREIRO 2012
Pré-Agenda de Leilões Expogrande 2012
DATA
DIA
HS
EVENTO
LOCAL
31/3/2012
2/4/2012
3/4/2012
5/4/2012
7/4/2012
8/4/2012
9/4/2012
sabado
segunda
terça
quinta
sabado
Domingo
segunda
10/4/2012
11/4/2012
12/4/2012
terça
quarta
quinta
12 hs
19 hs
20 hs
19 hs
12 hs
19 hs
20 hs
19 hs
20 hs
19 hs
INICIO EXPOGRANDE
19 hs
19 hs
13 hs
19 hs
19 hs
12 hs
14.30 hs
17 hs
19 HS
12 HS
12 hs
20 hs
19 hs
19 hs
19 hs
21 hs
20 hs
20 hs
19 hs
19 hs
19 hs
19 hs
19 hs
19 hs
12 hs
17 hs
20 hs
12 hs
13 hs
18 hs
19 hs
33º Leilão Nelorão do MS
12º Leilão de Corte Mulher BPW
2º Leilão 3WF´S
3º Leilão Taquari de Corte Expogrande
5º Leilão Brahman de Peso do MS
Leilão Só Cruzamento
16º Leilão Melhoradores
Leilão Matrizes MM e Fronteira
6º Leilão do Ranking Nelore MS
8º Leilão Produção LS
Estancia Orsi
Tatersal 1
Tatersal 1
Tatersal 2
Tatersal 1
Tatersal 1
Tatersal 1
Tatersal 2
Tatersal 2
Taersal 1
40º Leilão LS
11º Leilão Bezerros do MS - Ranking
Leilão de Corte Capitaliza
5º Leilão Reprodutores Progenel
2º Leilão King Horse Sale - QM & PH
14º Leilão Touro Jovem - IPB
4º Leilão Goya Galiléia
Leilão União da Raça Crioula (EQUINOS)
11º Leilão Matrizes do Futuro - Ranking
Leilão de Gado Leiteiro Faz Stª Helena
13º Leilão VR JO
11º Leilão Cavalo Pantaneiro (EQUINOS)
Leilão Produção Ouro Verde e São Jose Lageado
26º Leilão Max QM (EQUINOS)
Mega Leilão de Corte (AC/ A N)
Leilão Prenhezes 42
2º Leilão Agropecuaria Menta e Conv
Leilao Toka do Jacare
8º Leilão Bonsmara
Leilao Guzera da ZOOM
Leilão Top Gir Leiteiro MS
3º Leilão Nelore MM & Fronteira
Leilão Produção IATF-Nelore e Cruz.Indust
3º Leilão Força do Senepol - Elite
Leilão Touros Campo Grande
16º Leilão Girolando Fazendão
25º Leilão Top MS
(EQUINOS)
4º Leilão Matrizes- IPB
Leilão de Corte Expogrande 2012
10º Leilão Comitiva
7º Leilão GPL
Tatersal 1
Tatersal 2
Tatersal 2
Tatersal 2
Tatersal 1
Estancia IPB
Tatersal 1
Tatersal 2
Tatersal 1
Tatersal 2
Tatersal 1
Tatersal 1
Tatersal 2
Tatersal 1
Tatersal 2
Buffet Golden Class
Tatersal 2
Tatersal 1
Tatersal 1
Tatersal 2
Tatersal 2
Tatersal 1
Tatesal 1
Tatersal 2
Tatersal 1
Tatersal 2
Tatersal 1
Estancia IPB
Tatersal 2
Tatersal 2
Tatersal 1
13/4/2012
sexta
14/4/2012
sabado
15/4/2012
domingo
16/4/2012
segunda
17/4/2012
terça
18/4/2012
quarta
19/4/2012
quinta
20/4/2012
sexta
21/4/2012
sabado
22/4/2012
domingo
Agenda provisória, sujeita a alterações
e confirmação.
Informações:
(67) 3345-4200
www.acrissul.com.br
BOLETIM DA ACRISSUL - ASSOCIAÇÃO DOS CRIADORES DE MATO GROSSO DO SUL
22
FEVEREIRO 2012
Feiras crescem fora do eixo Rio-São Paulo
Aumento foi de 44% em cidades de menor porte entre 2009 e 2012; nas duas capitais, foi de 7%
NATÁLIA CANCIAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DA AGÊNCIA FOLHA
Estandes à vista
A
Feiras devem ser realizadas
no Brasil neste ano
s feiras de negócios estão mais
segmentadas, atreladas a palestras e congressos e migrando
para cidades fora do eixo Rio-São Paulo. Essa é a avaliação de organizadores,
especialistas em negócios e associações
do setor consultados pela Folha. De 201
grandes feiras esperadas para este ano,
65 (32%) devem ocorrer fora das duas
cidades. Em 2009, foram ao menos 45
(26%) de um total de 172, segundo a
Ubrafe (União Brasileira dos Promotores de Feiras).
Enquanto o número de eventos cresceu 7,1% nos grandes centros, fora deles
o aumento chega a 44% na comparação
dos dois anos. Para Gustavo Carrer,
consultor do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), essa mudança ocorre devido
à migração das empresas para outras
regiões. “À medida que os negócios se
deslocam, as feiras vão atrás”, diz.
A mesma avaliação é feita pelo presidente da Ubrafe, Armando Campos
Salles. “Há uma escolha natural pelo
local de produção ou pelo destino das
mercadorias”, frisa. O presidente da
organizadora de feiras Francal, Abdala
Jamil, diz que o custo do metro quadrado
--mais barato em cidades menores-- e a
dificuldade para obter hospedagem em
São Paulo também colaboram para a
mudança.
Foram esses os motivos que fizeram
Amilton Mainard participar de feiras
de menor porte, há 12 anos. Dono de
uma pequena empresa de medidores de
espessura, a Mainard, ele decidiu conquistar o público em eventos regionais
--mesmo com sede na capital paulista.
Hoje o empresário participa de sete por
ano e já arrisca feiras maiores. Mas con-
201
Houve aumento de 17% de 2009 (172) a 2012 no
número de eventos, segundo a Ubrafe
(União Brasileira dos Promotores de Feiras)
Principais
cidades
Locais que abrigarão mais
feiras de negócio
Belo Horizonte
Curitiba
Recife
Rio de Janeiro
São Paulo
Vitória
Prejuízos
tinua indo para outras regiões. “Começo
por Novo Hamburgo [RS] e depois vou
para outras cidades”, assinala.
Já para Larissa Di Pietro, proprietária da Chezi, fabricante de
boias, cadeiras flutuantes e artigos
para piscina, a experiência de participar de um evento distante da
sede da empresa não foi boa.
Com pouco mais de um ano
de negócio, ela decidiu participar de
uma feira em Recife após perceber que tinha dificuldade para vender produtos em
São Paulo no inverno. A estratégia não
deu o retorno que a empresária esperava. Hoje, ela atribui o problema ao fato
de ter escolhido uma feira que estava na
primeira edição. Os custos de transporte
e hospedagem também pesaram. “Voltei
com 90% do estoque de produtos que tinha levado para a feira”, relata. A melhor
maneira de escolher o evento é analisar o
público e a capacidade de gerar negócios,
indica Carrer.
23
FEVEREIRO 2012
ISADORA BRANT/FOLHAPRESS
Evento na internet tem
rodadas de negócio e estande
Elas têm tudo: entrada, espaço
de credenciamento, corredores com
“visitantes” e estandes. Com uma diferença: estão na internet.
As feiras on-line, ainda pouco
conhecidas no Brasil, têm sido a opção de empresários para aumentar
a chance de negócios.
Embora sem estatísticas oficiais,
o mercado apresenta crescimento.
Ao menos três feiras virtuais ocorreram em 2010. Em 2011, foram 13,
segundo levantamento feito pela Folha com empresas organizadoras.
Por meio de uma plataforma virtual, é possível escolher as cores do
estande e inserir vídeos, contatos e
catálogo de produtos. O “visitante”
pode marcar empresas favoritas e
participar de chats e rodadas de
negócio. O custo de contrato e manutenção do espaço varia de R$ 500
a R$ 1.500 --valores próximos ao do
metro quadrado em feiras presenciais.
Em geral, as feiras virtuais complementam as físicas e duram três
meses após o início delas. Mas há
exemplos de eventos exclusivamente on-line, como a ExpoBaby (www.
expobusi ness.com.br/expobaby), de
produtos para gestantes.
Renata Aranha, diretora da
Danny Luvas, participou da ExpoSST (www.expo business.com.
br/expo sst), feira de segurança no
trabalho, e diz que conseguiu fechar
negócios. Mas não conseguiu fazer
tudo on-line. Foram necessários telefonemas e visitas, diz.
Amilton Mainard em seu escritório. Ele fabrica medidores e balanças e participa sempre de feiras
Empresa de um sócio tem baixa adesão na 1ª semana
Falta de informação faz interessados pelo modelo postergarem inscrição
ALESSANDRO SHINODA/FOLHAPRESS
PATRÍCIA BASILIO
DE SÃO PAULO
DA AGÊNCIA FOLHA
Há quase uma semana em vigor, a Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) caminha a passos lentos.
De segunda a sexta-feira, 41 empresas
foram protocoladas -entre constituições
e migrações de modelo- na Jucesp (Junta
Comercial do Estado de São Paulo). No
Rio de Janeiro, uma foi constituída.
Criado em 2011, o formato permite
a empresários abrir negócio sem sócio e
resguardar os bens pessoais ao separá-los
do patrimônio social do empreendimento.
A adesão “inexpressiva” deve-se à demora na divulgação da regulamentação da
lei -publicada em novembro de 2011- e à
dificuldade para aplicá-la, pondera José
Constantino de Bastos Júnior, presidente da Jucesp. “Faltou informação para
o empresário. Esperamos para analisar
as normas, mas elas só vieram no fim do
ano”, assinala.
O veto à abertura da Eireli por pessoas jurídicas, imposto pelo DNRC (Departamento Nacional de Registro do Co-
Exigência de capital social adia inscrição
„ Para abrir uma empresa de tradução há dois anos, a professora de letras Damiana de Oliveira, 28, teve de constituir sociedade limitada. Sócia
majoritária, deixou cota de 10% a uma amiga para cumprir as exigências
da legislação.
„ Com a vigência da Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), a empresária pensou em migrar para o modelo. A ideia, no entanto,
dissipou-se quando soube da necessidade de ter capital social de cem
salários mínimos (R$ 62,2 mil).
Diretor administrativo da A10TI Distribuidora de
Software Eireli, Belmir Menegatti, 48, primeira
em SP a se cadastrar na Eireli
mércio), resultou em “esvaziamento” de
interessados, diz.
Na prática, uma empresa ou um grupo
não podem abrir uma Eireli para expandir suas atividades -apenas o empresário,
como pessoa física. A decisão, segundo
Romulo Rocha, coordenador-geral do
DNRC, “reflete o entendimento prevalente no meio jurídico e entre procuradores
das juntas comerciais”. Alguns pontos
ainda estão em debate. O Supremo Tribunal Federal deve analisar tópicos como
„ “É uma exigência ridícula. Pequenos negócios como o meu não têm
condições de acumular esse montante.”
o valor do capital social exigido (R$ 62,2
mil) e sua indexação ao salário mínimo.
Com as indefinições, advogados e contadores aconselharam clientes a esperar
a maturação do modelo. O advogado Rodrigo de Camargo foi um deles. “Só valerá a pena apostar na lei quando ela for
definida.”
Amadurecimento
Esse também é o posicionamento
do tributarista Miguel Silva. “Jogaram
um balde de água fria vetando o que
havia sido aprovado”, diz ele, sobre a
proibição de pessoa jurídica abrir Eireli. Disposto a dar fim a uma sociedade
de três anos em empresa de construção
civil devido a desentendimentos com o
sócio, Nilton Neres, 38, orientado por
seu contador, decidiu esperar ao menos uma semana para migrar para a
Eireli. “Quero continuar meu trabalho
sem pedir favor [para abrir sociedade]
a ninguém.”
24
FEVEREIRO 2012
FOTO: DIVULGAÇÃO OCB MS
Entrevista Rogério Coan
“Pesquisa feita com 1.400 pecuaristas mostra que 99,89%
não sabiam dizer qual o custo por arroba produzida (...)”
A Folha do Fazendeiro entrevistou o diretor técnico da Coan Consultoria, Rogério Coan, zootecnista, mestrado e doutorado em Produção Animal. O tema recorrente na atividade pecuária: custos de produção. Além disso, Coan falou sobre confinamento e sobre o 7º Encontro
de Confinamento que acontece no mês de março em Ribeirão Preto.
“Produtor desconhece o quanto
gasta para produzir uma arroba”
Folha do Fazendeiro – No seu entenna relação de desembolsos financeiros
dimento, o produtor rural conhece
em cada setor da fazenda (administraos seus custos de produção?
ção, nutrição animal, insumos agropecuRogério Coan – Não, o produtor
ários, sanidade, salários, manutenções,
infelizmente não conhece o custo de
impostos e taxas, alimentos, reprodução
produção na fazenda. Para reforçar essa
e inseminação, investimentos, etc). Os
questão vou fazer uso de uma pesquisa
itens podem variar de uma propriedade
de mercado que fizemos juntamente
com maior intensificação do que outra
com a Academia da Pecuária com mais
de menor, uma vez que normalmente esde 1.400 pecuaristas. A resposta a essa
tratificamos mais os centros e classes de
pergunta é que 99,89% dos pecuaristas
custos. Mas isso é uma questão de “prenão sabiam dizer qual o custo por arroba
ciosismo”, pois com os mesmos centros e
produzida, custo
classes de custos
por arroba engorpodemos admidada, custo por
nistrar qualquer
arroba estocada
fazenda, indepene custo por hectadentemente do
re. Falar em lucro
nível tecnológico
Acredito que o
então é algo muito
e tamanho. Vale
confinamento se encaixa
distante para os
ressaltar que as
pecuaristas entredepreciações das
perfeitamente no
vistados. Foi por
instalações, pastasistema de produção de
isso que desenvolgens, benfeitorias
países tropicais como
vemos uma ferrae maquinários
menta em Excel,
fazem parte do
o Brasil, pois temos
que chama-se PEcusto de produestações climáticas
CGESTOR-GR, de
ção e, para isso, o
forma que o pecuapecuarista deverá
muito bem definidas na
rista pudesse ter o
contabilizá-las na
maioria das regiões.
custo de produção
avaliação dos cusnão mão e tomar
tos e resultados.
decisões acertadas na condução do seu
Os indicadores de eficiência produtiva
negócio.
(zootécnica e agronômica) são relevantes para avaliar se a fazenda está conQuais são os fatores determinantes
duzindo bem suas atividades produtivas.
no custo de produção da pecuária?
É como mensurar em um veículo o conOs fatores determinantes referem-se
sumo por km rodado. Se o consumo for
aos centros, classes de custo e indicadoalto, algo está errado. Na pecuária não
res de eficiência produtiva ou zootécnica.
é diferente. É necessário avaliarmos a
Os centros e classes de custo implicam
mortalidade, taxa de prenhez, taxa de
desmama, peso ao abate, produtividade
(@/ha/ano) e com isso fazer os ajustes
necessários para que a propriedade melhore seus números gradativamente.
Por muito tempo o pecuarista esteve mais ou só preocupado com o
valor da arroba do que com o valor
investido para se produzir. Essa realidade tem mudado?
Com certeza essa preocupação ainda persiste para alguns pecuaristas e
a explicação é fácil, no meu entender.
Pelo fato de não saberem os custos de
produção, quanto maior a remuneração
da arroba maior será a tranquilidade do
pecuarista em produzir, uma vez que ele
não consegue aferir se está tendo lucro
ou prejuízo e com uma arroba mais cara
ele pode se dar ao luxo de dizer que está
bom ou ótimo. A questão é que o pecuarista não deve se preocupar somente
com a remuneração da arroba, pois o
mais importante é saber a qual custo
ele está produzindo e qual a margem
de lucro diante daquela remuneração
da arroba, pois na verdade o pecuarista
produz um produto e vende sem saber
se está tendo lucro ou prejuízo. Já imaginou uma indústria que produz carne
e não sabe o custo de produção? Como
essa indústria vai permanecer em um
mercado tão competitivo. Difícil, não é?
Em qual momento o confinamento
se apresenta como a solução mais
viável?
Acredito que o confinamento se encaixa perfeitamente no sistema de produção de países tropicais como o Brasil,
O maior componente do
custo operacional de um
confinamento refere-se
aos animais, seguido
pela alimentação.
pois temos estações climáticas muito
bem definidas na maioria das regiões.
No verão temos todos os fatores favoráveis (temperatura, umidade e luminosidade) para uma maior taxa de crescimento e capacidade de suporte das
pastagens. Já no inverno, as condições
são adversas, o que implica em menor
crescimento do capim e, consequentemente, em menor capacidade de
lotação das pastagens. Com isso, fica
fácil de entender que o confinamento é
uma estratégia que se encaixa perfeitamente nesse modelo de produção, pois
permite “aliviar” a taxa de lotação das
pastagens em um momento onde as
pastagens já não apresentam capacidade de crescimento e produção. Com
a tecnologia do confinamento o pecuarista “protege” suas pastagens do uso
exaustivo, que levaria à degradação
e ainda aumentar a produtividade da
fazenda.
Ter um confinamento em sua propriedade é para todo pecuarista?
O confinamento é hoje uma tecnologia acessível a todo pecuarista, com
certeza. Digo isso porque a tecnologia
em nutrição animal evoluiu tanto que
hoje já confinamos sem a necessidade
de utilização de alimentos volumosos.
Para isso, basta o pecuarista comprar
milho em grãos e um núcleo peletizado
e a dieta estará pronta. Esse tipo de
tecnologia viabilizou o confinamento
25
FEVEREIRO 2012
E NTREVISTA
de pequenos números de animais, pois o
investimento é praticamente direcionado
à montagem de uma linha de cochos e
bebedouros e até uma “manga” do curral
pode ser adaptada ao confinamento dos
animais. Só não confina nos dias de hoje
quem não quer...
Para o confinador, quais itens devem ser observados para diminuir
custos?
O maior componente do custo operacional de um confinamento refere-se aos
animais, seguido pela alimentação. Com
isso, para o pecuarista que deseja reduzir
os custos de produção, este deverá ter
muita habilidade na produção ou compra
do animal que será confinado. Um custo
de produção elevado ou uma compra mal
feita poderá, com certeza, inviabilizar a
operação de confinamento. A compra de
insumos seria o segundo item de maior
custo e, por isso, há a necessidade de
um planejamento muito bem elaborado
para se comprar os insumos (milho, sorgo, aveia, casca de soja, farelo de soja,
caroço de algodão polpa cítrica, entre
outros) na hora certa. A hora certa acaba
sendo a safra e é por isso que informações sobre o mercado de commodities e
insumos são relevantes para a condução
da atividade do confinamento.
A Coan é realizadora do 7º Encontro
Confinamento em Ribeirão Preto no
mês de março. Quais serão os temas
abordados?
Estaremos abordando assuntos ponresultado econômico no confinamento.
tuais e de relevância para o pecuarista,
No confinamento, como acontece o
seja ele confinador ou não. No dia sete
controle de investimentos e resultados?
de março teremos a pecuária de corte
De maneira geral, em um projeto de
brasileira e suas novas estratificações;
confinamento dimensionamos, em virtuperspectivas do mercado de commodide do número de animais confinados, as
ties; pecuária do futuro: como será e
instalações, benfeitorias e maquinários
como chegar lá;
para a correta
manejo operaciooperacionalizanal de grandes
ção do mesmo.
confinamentos;
Diante disso, esestratégias de
taremos avaliancompra de boi
do a necessidade
De maneira geral, o
magro e venda
de investimento,
confinador brasileiro
de boi gordo pela
os custos de proBM&F e uma
dução e os resulse preocupa mais com
mesa redonda que
tados esperados,
o
peso
e
rendimento
vai tratar do risco
para diferentes
compartilhado na
cenários de precide carcaça do que
cadeia de produficação da arroba.
com uma carcaça mais
ção e atendimenEm um conpadronizada e que vá de
to do consumidor
finamento já
interno externo.
encontro com os anseios implantado, os
No segundo dia do
investimentos
dos frigoríficos.
evento (08/03/12),
são dimensionavamos trabalhar
dos em função
o gerenciamenda capacidade
to da informação no confinamento;
operacional já instalada. Se o sistema
cruzamento industrial: eficiência protem uma boa estrutura operacional e
dutiva e econômica no confinamento;
a atividade apresenta bons resultados
modulação dos custos e resultados do
técnicos e econômicos, os investimentos
confinamento via promotores de eficisão direcionados somente na ampliação
ência alimentar; tecnologias em saúde
do projeto. Agora, se os resultados não
animal para incremento da produtisão satisfatórios por questões operaciovidade no confinamento; viabilidade
nais (dimensionamento errado), deve-se
técnica e econômica da floculação de
então avaliar os investimentos necesságrãos no Brasil e a eficiência biológica x
rios para se buscar a máxima eficiência
econômica do sistema, seja na aquisição
de novos equipamentos, maquinários ou
até na construção de barracões.
Em itens como padrão de carcaça,
terminação, a questão do animal
inteiro ou castrado. Hoje o confinamento faz um produto que o frigorífico deseja?
De maneira geral, o confinador brasileiro se preocupa mais com o peso e
rendimento de carcaça do que com uma
carcaça mais padronizada e que vá de
encontro com os anseios dos frigoríficos.
Na verdade, o confinador e também o
pecuarista tradicional se preocupa
em obter o mínimo de acabamento (3
mm), de forma que a carcaça não seja
penalizada por falta de cobertura de
gordura, que traria prejuízos ao frigorífico em relação à preservação pelo frio.
Em relação aos animais serem castrados
ou inteiros, na maioria dos confinamentos os animais são inteiros, uma vez que
nesses animais há maior desempenho
zootécnico quando comparado aos animais castrados. Logicamente que para
os frigoríficos seria muito melhor que o
confinador utilizasse animais castrados,
pois com certeza ele teria melhor resultado financeiro ao processar uma carcaça
com maior rendimento de cortes de traseiro e melhor proteção ao frio (gordura) quando comparado com os animais
inteiro (maior rendimento de dianteiro e
menor proteção ao frio - pouca gordura
de cobertura).
26
FEVEREIRO 2012
Agro&Energia
Demanda por etanol permanece estável em janeiro
Na primeira quinzena de janeiro o volume processo foi de 465 mil toneladas, com 10 unidades em operação
O
volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da Região Centro-Sul do País,
desde o início da safra 2011/2012 até
16 de janeiro de 2012, atingiu 492,70
milhões de toneladas. O número representa queda de 11,53% ante as 556,95
milhões de toneladas registradas na safra 2010/2011.
Na primeira quinzena de janeiro, o
volume processado foi de apenas 465,37
mil toneladas, já que apenas 10 unidades
produtoras estavam em operação (três
no Estado do Espírito Santo, quatro no
Mato Grosso do Sul, duas em Minas Gerais e uma no Paraná).
O diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA), Antonio de Padua Rodrigues, afirma que
“conforme já havíamos adiantado no último informe à Imprensa, o volume de
cana a ser processado neste início de
ano é residual.” Diferente do observado
em outros anos, apenas cinco unidades
produtoras devem continuar moendo
cana na segunda quinzena de janeiro,
acrescentou o executivo.
Produção de açúcar e etanol
A produção acumulada de açúcar
desde o início da safra até 16 de janeiro
de 2012 somou 31,19 milhões de toneladas, contra 33,50 milhões de toneladas
no final da última safra, uma redução
de 6,91%.
Já o volume total de etanol hidratado
alcançou 12,71 bilhões de litros, queda
de 29,30%, ante os 17,97 bilhões de litros produzidos na safra 2010/2011. Já
a produção de etanol anidro apresentou
crescimento de 6,29% quando comparado à safra passada: até 16 de janeiro de
2012 foram produzidos 7,88 bilhões de
litros do produto, total superior aos 7,41
bilhões de litros na safra anterior.
ARQUIVO | UDOP
Venda de etanol pelas unidades produtoras do Centro-sul totalizaram 627 milhões de litros em 15 dias de janeiro
Conforme enfatiza Rodrigues, “foram
importados 790,38 milhões de litros de
etanol anidro pela região Centro-Sul
desde o início da safra, em abril, até a
primeira quinzena de janeiro, aumentando a oferta do combustível ao mercado
interno.”
Vendas de etanol
As vendas de etanol pelas unidades
produtoras da região Centro-Sul totalizaram 627,06 milhões de litros nos primeiros quinze dias de janeiro. Desse total,
619,02 milhões de litros foram destinados ao mercado interno, e apenas 8,04
milhões foram exportados.
Para o diretor da UNICA, “os primeiros 15 dias de janeiro apresentaram vendas de etanol no mercado interno dentro
do esperado; a retração observada em
relação ao volume vendido em dezembro é natural devido à sazonalidade do
consumo de combustíveis, com menor
demanda nos meses de janeiro e fevereiro.”
As vendas de etanol anidro para o
mercado interno, nos primeiros quinze dias de janeiro, totalizaram 255,64
milhões de litros, abaixo dos 277,76
milhões de litros comercializados nos
últimos 15 dias de dezembro. Já as vendas de hidratado totalizaram 363,38
milhões de litros na primeira quinzena
de janeiro, contra 410,04 milhões de litros observados na segunda quinzena
de dezembro.
Rodrigues explica que “nas últimas
quatro semanas, o preço do etanol hidratado vendido pelo produtor recuou
quase R$ 0,10 por litro, chegando a
R$ 1,09/l na semana passada.” Se essa
queda for repassada ao preço de bomba, haverá uma leve recuperação da demanda de etanol hidratado em algumas
regiões, acrescenta o diretor técnico da
UNICA.
No acumulado desde abril de 2011,
as vendas de etanol anidro pelas unidades produtoras do Centro-Sul totalizaram
6,47 bilhões de litros, sendo 626,12 milhões de litros destinados ao mercado externo e 5,84 bilhões de litros ao mercado
doméstico – aumento de 9,85% em relação ao volume observado no mesmo período da safra passada. Destaca-se que as
vendas internas de etanol anidro incluem
os volumes importados por produtores e
não produtores. As vendas acumuladas
de etanol hidratado atingiram 10,41 bilhões de litros até 16 de janeiro, queda
de 31,64% em relação ao valor observado em igual período da safra 2010/2011
(15,23 bilhões de litros). Do total vendido
nesta safra, 1,02 bilhão de litros foram
destinados ao mercado externo, e 9,39
bilhões ao mercado doméstico.
27
FEVEREIRO 2012
DIVULGAÇÃO
A GRO&ENERGIA
Diesel menos poluente
encalha nos postos
Apenas veículos fabricados em 2012 são obrigados a abastecer
com o S50, o que limita a demanda pelo produto
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
AGÊNCIA FOLHA
O
diesel menos poluente S50, que
começou a ser vendido neste ano
no varejo de combustíveis, encalhou nos postos por falta de demanda.
Apenas veículos com motores adaptados ao novo diesel, produzidos a partir deste ano, são obrigados a abastecer
com o S50 -caso contrário, o motor será
danificado.
Como praticamente não há veículos
fabricados em 2012 em circulação, o con-
sumo do S50 está limitado a “curiosos”,
segundo representantes de distribuidoras
e postos. “Apenas donos de camionetes
estão comprando o S50”, diz Ricardo
Hashimoto, diretor de postos de rodovias
da Fecombustíveis (Federação Nacional
do Comércio de Combustíveis).
Veículos fabricados até o ano passado
podem ser abastecidos com o S50, mas
os benefícios ambientais são limitados.
Por isso, a produção e o abastecimento
do S50 foram planejados para atender à
nova frota. Os donos de postos, no entanto, estão decepcionados com o movimento. “Esperávamos que um caminhão se-
minovo também abastecesse com o S50,
mas nem isso está acontecendo, porque
o preço do novo diesel encarece o frete”,
diz José Alberto Gouveia, presidente do
Sincopetro (sindicato dos postos de São
Paulo). Dependendo da região, o novo diesel chega ao consumidor por um preço de
R$ 0,12 a R$ 0,16 maior do que o S500,
que é o mais comum hoje nos grandes
centros urbanos, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Nas refinarias
da Petrobras, a diferença é de R$ 0,06
por litro. “O preço é uma barreira para
adesão ao novo diesel. A experiência do
carro flex nos mostra que o consumidor
migra de acordo com o preço”, diz Allan
Kardec Duailibe, diretor da ANP.
Problemas
Os estoques altos preocupam o setor.
“Se veículos novos não são vendidos,
cria-se um problema. O mercado de combustíveis não pode ficar refém de uma
expectativa de venda”, diz Kardec.
A ANP obrigou 4.200 postos no país
em que o número de bicos de diesel supera o de outros combustíveis a vender
o S50 a partir do dia 1º. “O posto é obrigado a tirar um equipamento produtivo
na venda de diesel normal por outro que
vende muito pouco, gerando ineficiência”, diz Alísio Vaz, presidente do Sindicom (Sindicato das Distribuidoras de
Combustíveis).
Na sexta-feira, dia 20, de 8 postos fiscalizados pela ANP na Grande São Paulo,
2 foram multados por não ter o S50 em
seus tanques. A manutenção da qualidade do combustível é outra preocupação
do setor.
A ANP estabelece prazo de 30 dias
para o diesel ficar armazenado nos tanques dos postos. “Se ficar muito tempo
parado, o produto pode se degradar e
trazer sérias sanções ao dono do posto”,
diz Hashimoto, da Fecombustíveis.
Veículos não adaptados
ainda estão à venda
As vendas, pelos fabricantes, de caminhões e ônibus que utilizam o diesel
mais poluente continuam até o fim de
março. Segundo a Fenabrave (federação
dos distribuidores de veículos), após esse
prazo os veículos podem ser adquiridos
em revendedoras. No prazo, fabricantes
e distribuidores esperam comercializar
todo o estoque nacional, que hoje representa 40 dias, segundo dados do setor. No
ano, a fabricação de caminhões e ônibus
fechou 10,7% acima das vendas.
Segundo o presidente-executivo da
Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior,
ainda há interesse pelos veículos. “Os
fabricantes anteciparam a produção e
agora eles têm até o fim de março para
repassar e cumprir a regra”, disse.
O vice-presidente de vendas da Mercedes-Benz, Joachium Maier, afirmou que
o estoque próprio do modelo anterior é
menor que um mês. “Nós produzimos
conforme a demanda do mercado e agora
estamos vendendo”, disse.
A Anfavea (associação dos fabricantes) afirmou que considera o estoque
normal para o período e que as montadoras já dispõem dos novos modelos de
caminhões e ônibus.
Em 2011 foram fabricados 263.835
caminhões e ônibus, segundo o setor.
(Venceslau Borlina Filho, Agência Folha, de São Paulo)
28
FEVEREIRO 2012
ARQUIVO | FAEG
Análise Energia
Produtores europeus de açúcar
ganham competitividade
PLINIO NASTARI
ESPECIAL PARA A FOLHA
A bem-sucedida
ação iniciada em
2002 pelo Brasil na
Organização Mundial do Comércio
contra exportações
subsidiadas de açúcar da União Europeia, e que contou com a adesão da
Austrália e da Tailândia, motivou a
grande reforma do regime comum
europeu para o açúcar.
A decisão final do Órgão de Solução de Controvérsias, de 2005,
limitou as exportações subsidiadas
europeias a 1,3 milhão de toneladas, fez com que a Comissão Europeia reduzisse o preço mínimo de
garantia da beterraba e implementasse leilões pelos quais produtores
menos eficientes poderiam vender
suas cotas de produção, posteriormente remanejadas para outros
produtores, ou eliminadas.
As transformações causadas por
essa ação foram profundas para
toda a indústria europeia, com o
fechamento de dezenas de usinas,
a extinção da produção na Grécia,
em Portugal, na Irlanda e na Finlândia e a redução significativa na
Itália, na Holanda e na Espanha.
As exportações europeias caíram de 6,6 milhões para 2 milhões
de toneladas entre 2005 e 2010. O
país que mais se beneficiou dessa
ação foi o Brasil, que, no mesmo
período, aumentou as exportações
de 13,3 milhões para 28 milhões
de toneladas.
No mês passado, a França comemorou 200 anos de introdução
da beterraba açucareira, trazida
da Prússia por Napoleão, em 1811,
para contornar o bloqueio continen-
tal imposto pela Inglaterra.
A Confederação Geral dos Produtores de Beterraba da França
promoveu uma reunião especial
para comemorar o bicentenário.
Uma semana antes do evento, a
Direção Agrícola da Comissão Europeia anunciou a intenção de eliminar por completo o sistema de
cotas de produção em 2015.
Os produtores franceses são os
mais eficientes e competitivos da
Europa. Nos últimos cinco anos,
se reagruparam, reduziram a área
cultivada nas regiões menos produtivas e realizaram enorme esforço
para aumentar a produtividade,
que subiu de 11,5 para 16 toneladas de açúcar por hectare.
A INTENÇÃO DE ELIMINAR
por completo as cotas de produção representa novo choque de
liberação e, até que seja implantada, se isso ocorrer, vai encontrar
muitas resistências.
Porém a posição relativa de
competitividade no mercado mundial dos produtores da França e da
Alemanha mudou muito, e melhorou
graças à reforma do regime comum
europeu e à perda de competitividade do Brasil, que tem vários fatores
explicativos, mas tem a valorização
do real como o principal.
Em 2002, o diferencial de custo
entre o Brasil e a França era de
300%. Atualmente, essa diferença é
de aproximadamente 30%. A reforma gerada pela ação do Brasil na
OMC foi muito dolorosa, mas permitiu que os produtores europeus
tenham atingido um novo patamar
de competitividade.
PLINIO NASTARI É MESTRE E DOUTOR EM ECONOMIA AGRÍCOLA E
PRESIDENTE DA DATAGRO CONSULTORIA.
Mato Grosso comemora 16 anos sem registrar nenhum caso de febre aftosa no Estado
Pecuaristas do MT gastaram
R$ 63,1 milhões com vacinas
contra aftosa em 2011
Estado obteve o melhor índice de imunização registrado: 99,6%
Os pecuaristas de Mato Grosso desembolsaram R$ 63,1 milhões só com a
compra de vacinas contra a febre aftosa
em 2011 para imunizar o maior rebanho
de gado de Brasil nas etapas de vacinação de maio e novembro. “Esse é um
gasto que o pecuarista faz somente com
a compra das vacinas, mas o montante
é bem maior no processo de vacinação,
porém o produtor tem consciência da
importância dessa imunização para continuarmos exportando para mais de 180
países”, frisou o superintendente da Acrimat – Associação dos Criadores de Mato
Grosso – Luciano Vacari.
O Instituto de Defesa Agropecuária
de Mato Grosso (Indea-MT) divulgou
os resultados da etapa de vacinação de
novembro de 2011em todo rebanho.
Os dados demonstram que se obteve o
melhor índice de vacinação espontânea
já registrada no Estado com 99,76% do
rebanho. Foram vacinados 29.122.232
animais em 108.359 propriedades rurais
que produzem gado nos 141 municípios
mato-grossenses. O rebanho total cresceu 1,5% com relação a 2010 e chegando
a 29.193.319 cabeças. Com esse montante, Mato Grosso continua no topo de
ranking como o maior produtor de gado
do Brasil. Para vacinar todo esse gado
o pecuarista gastou R$ 44,66 milhões,
pagando um preço médio pela dose de
R$ 1,53, segundo levantamento feito pelo
Imea – Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária.
O histórico de Mato Grosso quanto a
imunização do rebanho contra a febre aftosa levou o estado a comemorar 16 anos
sem registrar nenhum caso da doença.
Esse fato desencadeou um processo de
eliminação nas etapas de vacinação. Mato
Grosso chegou a ter 04 etapas de vacinação contra febre aftosa. A partir de 2009
passou para 03 etapas, sendo uma em fevereiro para animais de zero a 12 meses
da fronteira com a Bolívia, em maio para
animais de 0 a 24 meses e outra em novembro para animais de todas as faixas.
A partir deste ano a etapa de fevereiro
também foi retirada do calendário.
“O Indea fez um levantamento sorológico minucioso e constatou que os
animais de zero a 12 meses localizados
na fronteira e que recebiam vacina em
fevereiro apresentavam a mesma imunidade que os demais animais dessa faixa
etária que não eram vacinados nesse período”, disse o presidente do Indea, Valney Souza Côrrea. Diante disso, foi feita
a solicitação junto ao Mapa – Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
– para retirada da etapa de vacinação de
fevereiro. Ele ressaltou que os produtores da Bolívia continuarão recebendo a
doação de vacinas contra aftosa. No ano
passado foram 190 mil doses repassadas
aos produtores bolivianos.
29
FEVEREIRO 2012
Real H, 27 anos de crescimento e inovação
Uma história de sucesso surge de oportunidade, confiança e de muito trabalho. E
são esses os pilares que baseiam a história
da Real H, o maior e mais importante laboratório homeopático da América Latina,
que no dia 8 de fevereiro de 2012, completou 27 anos de constante inovação no
mercado de nutrição e saúde animal.
A Real H existe desde 1985, quando
iniciou suas atividades como loja de produtos veterinários e artigos para fazendas
no município sul-mato-grossense de Ribas
do Rio Pardo. Quatro anos depois, em 1989,
uma pequena fábrica destinada à produção
de suplementos minerais foi inaugurada,
dando início a uma nova fase para a organização.
No período entre 1985 e 1988, um fato
ocorrido nas fazendas do Centro-Oeste
causou a morte de mais de 70 mil cabeças
de gado. Enquanto os cientistas afirmavam
que eram casos de botulismo, a teoria foi
logo descartada pelo Médico Veterinário
Homeopata Dr. Claudio Real, que com base
em mais de 45 anos de estudo de homeopatia, tinha certeza de que o problema era
outro. “Realizamos estudos e análises de
dosagens bioquímicas, e constatamos que
o problema não era botulismo, era um problema mineral. Decidimos utilizar a homeopatia, não como tratamento de cura, mas
para melhorar a absorção de cálcio e de
outros nutrientes”, afirmou.
Os testes com 600 animais duraram
quase dois anos, e por se tratar de um rebanho, idealizou-se a mistura da homeopatia
no suplemento animal. Ao final dos testes
ficou comprovado que a homeopatia era
efetiva nesta forma de aplicação coletiva,
e os resultados foram surpreendentes. Na
ocasião, surgia no mundo a primeira aplicação em caráter populacional para bovinos,
sem estresse para os animais, já que o gado
se automedicava no cocho, sem a necessidade de levá-los ao brete.
A Real H
As pesquisas do Dr. Claudio Real marcaram um novo período para a Real H e
para a pecuária nacional. Mas todo esse
sucesso aconteceu porque seus dois filhos
acreditaram que a incorporação da homeopatia poderia auxiliar os produtores rurais.
Marcelo Renck Real e Mário Renck Real,
Crônica do mês
Situações indesejáveis
São muitas as situações constrangedoras que temos de enfrentar nesta vida.
Lembro - me de algumas, particularmente,
engraçadas para quem assiste de camarote e muito desagradáveis para quem as
passa.
O casamento era simples. No almoço,
servido aos convidados, macarronada com
frango. Para tomar, vinho de garrafão e Tubaína. A festa, um baile numa barraca de
lona, armada no terreiro, em frente à casa
do noivo. Para animar, um pobre conjunto
composto por sanfona, violão e pandeiro.
Chovia muito e já chegamos, ao sitio,
molhados e enlameados vindos da cidade.
A noite prometia e nada nos tirava o ânimo
de dançar madrugada afora, afinal, este tipo
de acontecimento era muito raro e esperado
lá na roça.
Os recém - casados extravasavam alegria. E assim que chegaram à barraca, foram
convidados, pelo sanfoneiro, a dançarem a
valsa - como era de costume. A música escolhida e tocada pela chorosa sanfona foi
- Saudade de Matão, uma composição, do
inesquecível Mario Zan.
O noivo, já, meio “tchuco” pelo vinho,
pouco acima “do nível”, e querendo caprichar nas rodopiadas, acabou perdendo o
equilíbrio e estatelando-se no chão. Pior,
arrastou a pobre noiva junto. Aos recém,
agora, enlameados só restou uma opção trocarem de roupa enquanto os convidados
riam muito sem parar, no entanto, sem interromper o baile.
Eu mesmo passei por algumas situações
desagradáveis. A primeira diz respeito ao
exame de fezes, daqueles de antigamente,
onde o conteúdo era acondicionado num vidro de Toddy ou em lata de manteiga vazia.
Eu rezava para a farmácia estar inabitada, quando da entrega do produto para
análise laboratorial, mas, isso, quase nunca
acontecia. Que vergonha quando o farmacêutico, cínico por sinal, me perguntou em
alto e bom som, o que eu desejava, mesmo
sabendo o motivo.
Faltava-me coragem para lhe dizer: vim
trazer as fezes para examinar. Lá na roça, a
gente chamava de m... ou de b... mesmo. Foi
na cidade que inventaram este nome fezes
que, para nós, soava afrescalhado. Tenha a
também médicos veterinários, decidiram
tomar a frente da empresa e assumiram,
juntamente com Jorge Leite e Cláudia Maria Real Leite, o processo de expansão.
Hoje a Real H possui mais de 250 funcionários e uma rede de colaboradores e
distribuidores que estão presentes no Brasil, Paraguai e expandindo as negociações
para outros países da América Latina. Sua
sede se transferiu para Campo Grande
(MS), e por questões estratégicas, possui
filiais em Cuiabá (MT) e Ji-Paraná (RO). Seu
laboratório é considerado o maior laboratório homeopático da América Latina, e em
seu mix estão dezenas de produtos da Linha
Saúde, Linha Nutrição e da Homeopet, esta
última direcionada a pequenos animais.
Os números expõem a grandiosidade da
empresa, e mostram o comprometimento
das pessoas envolvidas em seu crescimento. “Neste momento em que comemoramos
mais um aniversário ficamos extremamente
felizes, pois é com o trabalho e dedicação
de todos os colaboradores, e o reconhecimento de nossos clientes, que continuamos
nossa trajetória com sucesso”, ressaltou o
Diretor Comercial Marcelo Renck Real.
A luta para vencer desafios é constante,
e o crescimento sustentável é uma obrigação. “Nesses 27 anos temos desenvolvido
políticas e projetos que contribuem para
a conscientização de nossos funcionários,
seus familiares e a comunidade sobre a
importância do respeito e conservação dos
recursos naturais utilizados no dia-a-dia”,
comentou o Diretor Técnico Mário Renck
Real.
Um dos projetos mais conhecidos é o
Ciclos Reciclagem, desenvolvido para conscientizar os colaboradores sobre as questões do meio ambiente. A intensa participação dos funcionários mostra o compromisso
com as ações da empresa. “Temos que
agradecer o empenho e o comprometimento de todos que, ao longo destes 27 anos,
trabalham e contribuem para crescermos
juntos”, afirmou Claudia Real Leite.
A Real H busca os padrões de excelência investindo nas competências individuais e na valorização do trabalho, sempre
visando proporcionar melhor qualidade de
vida aos envolvidos na cadeia produtiva de
alimentos, bem-estar à sociedade, e seu
crescimento sustentável. “Do mais humilde funcionário, até o mais graduado, todos
fazem parte do sucesso desta empresa. A
Real H realmente constitui uma grande família”, completou Dr. Claudio Real.
Osvaldo Piccinin | [email protected]
santa paciência! Capiau dando uma de fino
- destoa!
- Caprichou no volume heim? Nem precisava tanto! Disse - me o atrevido farmacêutico. Graças a Deus que este maldito exame se
modernizou, e a discrição se faz presente. Às
vezes chega no laboratório disfarçado num
tupperware. Até a embalagem ganhou status - coletor de amostras! É o nome dado ao
potinho com tampa vermelha!
Logo após minha vasectomia fui fazer um
espermograma, para testar a esterilidade.
Esse sim é de lascar amigo! A atendente,
uma moça bonita, me cumprimentou dizendo: - pois não? Em que posso lhe ajudar? Bem que eu pensei: ah se você, realmente,
pudesse me ajudar, tudo seria mais fácil! - Eu
vim fazer um espermograma, senhorita. Em
seguida me trouxe um coletor. Conduziu-me
até uma baia com um potinho na mão, onde
fiquei isolado e sem ação, tentando me recuperar da falta de ar e da vergonha sentida.
Notando minha demora, ela sutilmente,
me perguntou: - está tudo bem aí, Osvaldo?
Apenas respondi: - humm! Vou falar o que,
num momento, com meio caminho andado?
Olhei para os lados, procurei uma revista
Playboy e nada. Pensei, mas que laboratório
sem criatividade! Vou reclamar. Imaginei.
Para desistir em seguida. Fingindo estar
cheio de moral e com a missão cumprida,
dirigi-me ao balcão.
Sem encarar a moça, e com voz firme
indaguei-lhe: - quando sai o resultado? - Senhor, se não precisar repeti-lo, em uma semana estará disponível. Pode ser pela internet,
se o senhor preferir. O que? Repetir? Nem
pensar, capriche na análise, porque aqui não
volto mais. - Sabe senhor é que muitas vezes,
logo após a vasectomia, acontece do paciente não produzir material suficiente para a
análise. - Espero não ser este o meu caso,
senhorita!
Até hoje não voltei para buscar o exame.
A santa internet me salvou. Anos depois, fiz
a reversão para ter o terceiro filho. Era prudente fazer novamente o vexatório exame.
Agora, para checar se eu havia recuperado
a fertilidade. Como minha esposa engravidou
em seguida, nunca quis fazê-lo, e também
me neguei a fazer o DNA. Por quê? Porque
minha sogra sempre diz: - este menino é
sua cara! Melhor assim sogrinha! Como se
diz: pai é quem cria e não quem faz! Quá,
quá, quá, quá! Perco um amigo, mas não a
piada!
E VIVA AS SITUAÇÕES INDESAJÁVEIS!
30
FEVEREIRO 2012
Som de Cerrado
Cristian e Rony preparam
lançamento do 2º CD
Dupla promete mexer com o coração dos amantes
da boa música sertaneja
A
dupla Cristian e Rony é a união de
um sonho de dois jovens que viveram
a sua infância e juventude na Cidade
de Bonito/MS, sem que um soubesse do sonho um do outro. Rony desde criança já se
inspirava na música raiz do então saudoso
Tião Carreiro e Cristian autodidata em viola
se inspirou em seu tio que tocava nas reuniões familiares. O encontro da dupla se deu
quando Rony voltava de seu trabalho, passando em frente a um salão de beleza, ouviu
um rapaz que tocava sua viola, chamandolhe a atenção pela sintonia musical, como
tudo que toca os nossos sentimentos.
A carreira profissional artística iniciou
em 2006, sonho que se tornou realidade,
quando a dupla começou a compor as músicas que hoje fazem parte do repertório,
com uma pitada de regionalismo.
Na trajetória da dupla inúmeros shows
foram realizados com repertório de mexer
com o coração dos amantes da boa música
Brasileira e da verdadeira moda de raiz, fazendo com que o público reviva as emoções
de um passado tão presente e já com o lançamento da turnê 2011/2012 – apresentam
uma proposta de cenário totalmente voltada
a preservação do meio ambiente, ou seja,
constituído de materiais reciclados (pneus,
latinhas, madeira, copos descartáveis e outros), algo inédito.
Cristian e Rony lançam em 2012 seu segundo CD “ao vivo” cujo nome, SUL-MATOGROSSENSE, composto de nove músicas
inéditas, sendo seis composições da dupla
e três de compositores parceiros, na qual
duas é do grande violeiro do MS, Aurélio
Miranda (Chão da saudade e Mulher Pantaneira) e de Welington Britto (VO CU TU CA
NO), demonstrando a perfeita harmonia que
existe entre a dupla.
Cristian nasceu em Campo Grande, Mato
Grosso do Sul em 01 de agosto de 1986,
e foi criado na Cidade de Bonito. Aos oito
anos, teve seu primeiro contato com uma
viola “emprestada” pelo tio, violeiro, e se encantou com o instrumento. Na escola onde
estudava as atividades que mais o encantava
era as aulas de dança e canto, sendo a viola
sempre a sua melhor companhia.
De lá pra cá, nunca mais abandonou sua
paixão pela viola. Músico autodidata busca
o seu aperfeiçoamento treinando de 7 a 8
horas por dia. Aos 15 anos comprou sua primeira viola toda talhada e charmosa e que
até hoje abrilhanta os seus espetáculos por
onde passa. Com 19 anos decidiu ser músico profissional, montando sua própria dupla
com um rapaz que conhecera ao passar pelo
salão de beleza em que trabalhava.
Viajaram por cerca de 3 anos pela região
Centro-oeste divulgando a sua arte.
Cristian como é chamado na dupla Cristian e Rony, se apresentaram em vários estados brasileiros levando o melhor da moda
de viola, música raiz, que encanta e alegra o
público fazendo-os reviver um passado tão
presente.
A dupla atualmente completa 5 anos de
carreira artística. Rony nasceu em Bonito,
Mato Grosso do Sul, em 19 de novembro de
1977, e sempre foi criado na Cidade de Bonito. O primeiro contato com a música fora
através de canções ouvidas no radinho que
tinha logo pela manhã no antigo ranchinho
da família. Entusiasmado com as modas de
viola que ouvia ele as acompanhava cantando como um canarinho. O tempo foi passando a música já não era tanta prioridade em
sua vida e sim seus estudos. Sua mãe fez
com que concluísse o segundo grau e disse
que a partir dali teria de escolher o que seria
melhor para seu futuro.
A paixão pela música sempre esteve presente em sua vida e o destino fez com
que ele optasse por ela. Em uma das
oportunidades que voltava de seu trabalho,
conheceu um jovem rapaz sentado a frente
de um salão de beleza que tocava uma viola
que logo lhe chamou a atenção pela sintonia musical, como tudo que toca os nossos
sentimentos Rony naquele momento sentiu
vontade de levar a música de raiz à todos
aqueles que a admiram e vibram na mesma
sintonia, então se aproximou e pediu para
tocar uma moda juntos. A primeira música
tocada foi o grande sucesso do saudoso Tião
Carreiro – Amargurado.
Atualmente com 5 anos de carreira a
dupla Cristian e Rony se apresenta em vários estados brasileiros, levando o melhor da
moda de viola e a verdadeira música raiz,
encantando uma imensidão de pessoas por
onde passam.
Contatos:
(67) 9912-0080 / 9243-5054
www.cristianerony.com.br
31
FEVEREIRO 2012
ARQUIVO | EMBRAPA GADO DE CORTE
E STATÍSTICA
Famasul projeta indicador de
custo de produção na pecuária
Sistema de indicadores deve ficar pronto até o final de 2012
P
ara subsidiar os pecuaristas com
informações mais precisas de preço
de custo e tendência de mercado, a
Federação de Agricultura e Pecuária de MS
(Famasul) está criando uma ferramenta de
levantamento de dados da bovinocultura.
Com variáveis como evolução de rebanho,
abate e trânsito de animais desde 2007, o
estudo vai facilitar um diagnóstico mais
apurado do setor para indicar ao produtor
rural benefícios de investimento na atividade ou na diversificação de produção.
“Com uma análise mais detalhada, o
produtor poderá fazer projeções e mesmo
comparações com outras atividades. Isso
vai facilitar sua visão de negócio para que
ele decida como aumentar sua produtividade e lucratividade”, explica a economista e
assessora técnica da Famasul, Adriana Mas-
carenhas. O sistema de indicadores deve
ficar pronto até o final de 2012. Durante
todo o ano, a Famasul irá ouvir pecuaristas
e entidades representativas na produção de
gado.
Para a Associação Sul-mato-grossense
de Produtores de Novilho Precoce (ASPNP),
a iniciativa vai complementar as ações de
modernização que o Estado tem adotado
na pecuária. “Ao longo dos últimos cinco
anos, o produtor teve de se adaptar à tecnologia. Com a informatização do sistema
de controle de trânsito animal e vacinação
feito pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO), por exemplo, sabemos da verdadeira quantidade de
cabeças nas propriedades”, diz Alexandre
Scaff Raffi, presidente da entidade.
Mas a maior contribuição do indicador
Indicador pode ajudar a acabar com a falta de informações sobre o rebanho bovino sul-mato-grossense
para os pecuaristas está na avaliação real
da rentabilidade da produção. “Com dados
do que foi vendido, comprado e exportado,
vamos ter um raio x da evolução da pecuária no Estado e entender a dinâmica do
mercado. O produtor terá mais condições
de avaliar qual retorno esta tendo e o que
pode dispor para diversificar”, analisa Alexandre. (Com informações da Sato Comunicação)
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FEVEREIRO 2012
LARISSA ALMEIDA | CAPITAL NEWS
Professor Marcos Fava Neves, no Showtec 2012: “Agronegócio ainda é o maior gerador de riquezas”
“Cooperativas são o futuro
do agronegócio”, afirma
palestrante do Showtec
Marcos Fava Neves falou sobre o tema “Agricultura Brasileira.
Profissionalização, competividade e sustentabilidade”
O professor da Universidade de São
Paulo e palestrante do Showtec 2012,
Marcos Fava Neves, defendeu que o
agronegócio é o principal gerador de
riqueza do Brasil. Na palestra “Agricultura Brasileira. Profissionalização, Competitividade e Sustentabilidade”. “Antes
precisávamos pagar para participar dos
congressos internacionais, hoje somos
pagos para estarmos lá”, apontou.
Fava Neves afirmou que para acompanhar as novas tendências de mercado, as organizações cooperativas são o
futuro do agronegócio. “O Brasili precisa aumentar o número de cooperativas, que ainda é baixo, para fortalecer
o agronegócio”, afirmou. O palestrante
ainda apontou que até 2020, o agronegócio deve gerar US$ 200 bilhões.
Em 2011, o setor rural gerou US$ 95
bilhões. Sem os números positivos da
agropecuária brasileira, o saldo da
balança comercial ficaria negativo.
“Cairíamos de 44,7 bilhões de dólares
positivos, para 20,2 bilhões de dólares”,
apontou Fava Neves, comparando os
saldos de 2005 para 2010.
Para ele a crise mundial não vai
atrapalhar o crescimento brasileiro.
Tudo porque em 2.000, 60% do que era
exportado ficava centralizado para os
Estados Unidos e os países da Europa.
Já em 2010, o percentual de comércio
com esses locais caiu para 34%. “Nossos compradores se diversificaram, logo
se a Europa enfrenta uma crise, ela não
afetará o Brasil”, conclui Fava Neves.
O palestrante também vê na África,
além da Ásia, uma potencialidade como
mercado consumidor. “O País [África]
cresceu mais do que a Ásia, e esse reflexo vem na compra de mais alimento”,
apontou, informando que as crises afetam menos a aquisição de alimentos.
Distribuição de renda
O professor da USP apontou ainda
que o agronegócio brasileiro é também
um distribuidor de renda. “O agronegócio reduz a desigualdade social”,
comentou. Ele explica que é preciso
gerar renda, antes de distribuí-la.
Como o agronegócio produz riqueza,
gerando empregos, aumentando o
consumo interno e trazendo novos investimentos por meio da instalação de
novas industrias, ele distribui melhor
os recursos.

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